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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS TRABALHO NP2 CONTABILIDADE SOCIETÁRIA TAIS TATIANA BOCCUCI MANENTE R.A. B89aij2 Prof. Marcelo Alfredo dos Santos SANTOS 2017 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ATIVO INTANGÍVEL SANTOS 2017 ÍNDICE INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 1. O QUE É ATIVO .................................................................................................... 5 1.1. ATIVO INTANGÍVEL ....................................................................................... 6 1.1.1. NORMAS INTERNACIONAIS PARA ATIVOS INTANGÍVEIS ................... 9 1.1.2. ATIVOS INTANGÍVEIS – LEI 11.638/07 ................................................. 10 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA .......................................................................... 14 4 INTRODUÇÃO Esta pesquisa tem como objetivo principal destacar a importância dos ativos intangíveis para os valores das organizações. Muitas empresas e profissionais não reconhecem esses ativos e, por isso, às vezes, elas deixam de ser competitivas. O patrimônio das empresas não é somente composto por bens tangíveis, mas também por aquilo que ela representa na sociedade e todo conhecimento nela existente, seja dos empregados, diretores e gerentes, o que induz pensar ser o bem mais importante que uma organização possui. É importante entender que as demonstrações financeiras devem ser fácil entendimento às pessoas que possuam um conhecimento pelo menos básico da análise de demonstrações financeiras, facilitando a comparabilidade das informações, para se chegar a um resultado econômico e financeiro desejável, as empresas procuram agregar valores para atraírem investimentos e, assim sendo, os ativos intangíveis correspondem a uma grande parcela desses valores. A pesquisa visa analisar traços de amadurecimento do enfoque dos bens considerados intangíveis e que vem ganhando espaço e valor no segmento contábil, apesar de ainda não encontrarem respaldo científico que possam mensurar tais valores de forma a figurarem nos Balanços Patrimoniais das empresas. 5 1. O QUE É ATIVO O termo ativo em contabilidade representa os bens e ou direitos que uma empresa possui em determinado momento, resultante de suas movimentações a partir das quais serão obtidos futuros resultados financeiros. Pode ser apresentado tanto da forma tangível quanto intangível, ou seja, pode possuir ou não matéria corpórea. Sua contabilização no Balanço Patrimonial é feita através dos grupos de ativo circulante e ativo não circulante, mensurados conforme, a liquidez. Desta forma Iudícibus1 (2009) classifica os ativos como recursos controlados por uma entidade capazes de gerar, mediata ou imediatamente, fluxo de caixa e devem enquadrar-se nos seguintes critérios: Ser considerado modernamente, em primeiro lugar, quanto a sua controlabilidade por parte da entidade, subsidiariamente quanto a sua propriedade e posse; Precisa estar incluído no ativo algum direito especifico a benefícios futuros (por exemplo, a proteção á cobertura de sinistro, como direito em contraprestação ao premio de seguro pago pela empresa), ou, em sentido mais amplo, o elemento precisa apresentar uma potencialidade de serviços futuros (fluxo de caixa futuros) para a entidade; O direito precisa ser exclusivo da entidade; Após a definição de ativo, outro fato para analisar é como mensurá-lo. Para Hendriksen e Van Breda2 (2007, p.304) a “mensuração é o processo de atribuição de valores monetários significativos a objetos ou eventos associados a uma empresa, e obtidos de modo a permitir agregação (tal como na avaliação total de ativos) ou desagregação, quando exigida em situação especifica.” As bases para mensuração de um ativo são os valores de entrada, valores de saída, e a partir desses valores é realizada a contabilização de custos, no decorrer do período. Portanto, o ativo é todo recurso (físico ou não) que se encontra sob controle de uma organização com objetivo de obter benefícios econômicos futuros. 1 IUDÍCUBUS, S. Teoria da contabilidade. 9. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. 2 HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. 6 É relevante também se destacar que o ativo total das empresas apresenta-se como uma variável geralmente utilizada em pesquisas acadêmicas para representar o tamanho das empresas (ALSAEED3, 2006), existindo argumentos inclusive para que empresas maiores possuem maiores níveis de evidenciação em seus relatórios contábeis (LEUZ e VERRECCHIA4, 2000; LOPES e RODRIGUES5, 2007). O crescente interesse das companhias sobre os ativos intangíveis, bem como o aumento relevante dos estudos sobre o tema, tem impelido as empresas a esforçarem-se em busca de uma diferenciação frente aos seus concorrentes e tem criado uma espécie de competição por uma melhor evidenciação de suas informações (MOURA, et al., 2011; JACQUES, RASIA, OTT, 2012; CUNHA et al., 2010). Considerando-se também que o processo de globalização das economias tem intensificado a competição entre as companhias, tem provocado um estreitamento de margens e exigido mais qualidade, como consequência impeliu as empresas a destoar-se de seus concorrentes forçando-as a buscar maior transparência em suas demonstrações contábeis (CUNHA6, et al., 2010). 1.1. ATIVO INTANGÍVEL De acordo com Hendriksen e Van Breda7 (1999) colocam que ativos intangíveis são ativos que necessitam de substância e que não deixam de sê-lo por não possuírem uma substância palpável. Pelo contrário, devem ser reconhecidos 3 ALSAEED, K. The Association Between Firm-Specific Characteristics And Disclosure: the case of Saudi Arabia. Managerial Auditing Journal. vol. 21. n. 5. p. 476-496. 2006. 4 LEUZ, C.; VERRECCHIA, R. E. The Economic Consequences of Increased Disclosure. Journal of Accounting Research. vol. 38. Supplement: Studies on Accounting Information and the Economics of the Firm. p. 91-124. 2000. 5 LOPES, P. T.; RODRIGUES, L. L. Accounting for Financial Instruments: an analysis of the determinants of disclosure in the Portuguese stock exchange. The Journal of Accounting. v. 42. p. 25- 56. 2007. 6 CUNHA, Alessandra G.; SOUZA, Andréia A.; SANTANA, Luiz F.; MAGALHÃES, Vanessa G.; PELEGRINI, Verônica S.; MALAQUIAS, Rodrigo F. Evidenciação de Ativos Intangíveis: um Estudo com Empresas Brasileiras; VII SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Resende. 2010. 7 HENDRIKSEN, Eldon S. VAN BREDA, Michael F. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. 7 sempre que preencherem os requisitos de todo e qualquer ativo, ou seja, sempre que for possível a sua identificação, mensuração e controle. Ainda os autores, definem três características especificas que supostamente distinguem os ativos tangíveis dos intangíveis, que são a inexistência de usos alternativos, a falta de separabilidade e a maior incerteza quanto à recuperação. 1) Inexistência de usos alternativos: os Ativos Tangíveis são passiveis de valores alternativos como utilização e comparação de valores de reposição e mercado do produto da empresa. Os Ativos Intangíveis retiram seu valor econômico das expectativas de geração de lucros no futuro, e algumas vezes possuem valores em usos alternativos, a reputação de uma marca pode ser transferidapara outros produtos que a empresa venha a lançar. 2) Separabilidade: supõe-se que os Ativos Intangíveis somente existem e tem valor quando integrados à empresa e combinados com os Tangíveis. 3) Incerteza: Segundo Martins (1972:54) talvez a característica mais comum a todos os itens do chamado intangível seja o grau de incerteza existente na avaliação dos futuros resultados que por eles poderão ser proporcionados. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis 04 (R1) (2010, p. 4) veio para regulamentar quando um ativo pode e deve ser reconhecido como intangível, definindo-o deste modo: “Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física”, ao tratar do alcance deste pronunciamento, no item 5, o CPC 04 (R1) (2010) estabelece que o mesmo: “aplica-se a gastos com propaganda, marcas, patentes, treinamento, início das operações (também denominados pré-operacionais) e atividades de pesquisa e desenvolvimento. As atividades de pesquisa e desenvolvimento destinam-se ao desenvolvimento de conhecimento. Por conseguinte, apesar de poderem gerar um ativo com substância física (por exemplo, um protótipo), o elemento físico do ativo é secundário em relação ao seu componente intangível, isto é, o conhecimento incorporado ao mesmo” (CPC 04 (R1), 2010, p. 4). Isto é, de acordo com o CPC 04 (R1) (2010), um ativo intangível é aquele que decorre de gastos ou obrigações com a aquisição, o desenvolvimento, a manutenção ou o aprimoramento de recursos intangíveis como: “conhecimento científico ou técnico, projeto e implantação de novos processos ou sistemas, licenças, propriedade intelectual, conhecimento 8 mercadológico, nome, reputação, imagem e marcas registradas (incluindo nomes comerciais e títulos de publicações)” (CPC 04 (R1), 2010, p.6). Conforme à definição de ativos intangíveis, em sua pesquisa Crisóstomo8 (2009), concluiu que até a divulgação do Pronunciamento Técnico CPC 04, não existia no Brasil uma definição de “ativo intangível” em nenhum órgão regulamentador. Muitos autores em discordância quanto a definição do Ativo Intangível, porém deve possuir as quatro características que identificam um ativo, são eles: Corresponde a definição apropriada; É mensurável; É relevante; É preciso. No grupo de contas do ativo destacam-se os ativos intangíveis, os quais podem ser definidos de maneira simplista como bens não físicos, incorpóreos. Para Hendriksen e Van Breda (2007) “os ativos intangíveis formam uma das áreas mais complexas da contabilidade, em parte em virtude das dificuldades de definição, mas principalmente por causa das incertezas a respeito da mensuração de seus valores e da estimação de suas vidas úteis”. Outra definição para os intangíveis proposto por Kayo9 (2002, p. 14), em sua tese de doutorado, é a de que os ativos intangíveis representam um conjunto estruturado de conhecimentos, práticos e atitudes da empresa que, ao interagir com seus ativos tangíveis, contribui para a formação do valor das empresas. O reconhecimento de um ativo intangível deverá obedecer as mesmas regras válidas pra os ativos. O SFAC define que um item deve ser reconhecido quando, corresponder à definição apropriada, for mensurável, relevante e preciso. Segundo Hendriksen e Van Breda (2007) os ativos intangíveis são difíceis de medir, já que, não podem ser identificados separadamente, tais como goodwill. Todos os ativos intangíveis são amortizados por um período não superior a quarenta anos. 8 CRISÓSTOMO, Vicente Lima. Ativos Intangíveis: estudo comparativo dos critérios de reconhecimento, mensuração e evidenciação adotados no Brasil e em outros países. Revista Contabilidade, Gestão e Governança. Brasília, v. 12, n. 1, p. 50-68, jan/abr. 2009. 9 KAYO, E. K. A estrutura de capital e o risco das empresas tangível e intangível-intensivas: uma contribuição ao estudo da valoração de empresas. Tese (Doutorado em Administração) – FEA/USP, 2002. 9 Alguns exemplos de ativos intangíveis são: patentes, franquias, marcas, direitos autorais, softwares desenvolvidos, banco de dados, desde que sejam identificáveis controlados e geradores de benefícios econômicos futuros. 1.1.1. Normas Internacionais para Ativos Intangíveis No âmbito das normas internacionais o tratamento contábil referente aos ativos intangíveis sofreu um grande avanço com a emissão do pronunciamento IAS nº 38, que trata especificamente desse subgrupo. Esse pronunciamento foi emitido pelo International Accounting Standards Committee (IASC) criado em 1973 sendo elaborado por um conselho de padrões de contabilidade International Accounting Standards Board (IASB). O IASB é um órgão independente do setor privado que se destina ao estudo de padrões contábeis, com sede em Londres, Grã Bretanha. É formado por um conselho de membros, constituído por representantes de mais de 140 entidades profissionais de todo o mundo, inclusive o Brasil, representado pelo Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) e Conselho Federal de Contabilidade (CFC) (NIYAMA, 2006, p.40). Os principais pontos tratados pela IAS 38 envolvem questões relacionadas à natureza e reconhecimento dos ativos intangíveis, à mensuração dos custos e à contabilização da amortização e das perdas por impairment de tais ativos (CARVALHO; LEMES10, 2010). A IAS 38 prescreve o tratamento referente aos ativos intangíveis que não sejam especificados por outras normas, “assim, a IAS 38 é aplicável a gastos com publicidade, treinamento, pré-operacionais, pesquisas e desenvolvimento, patentes, licenças, filmes cinematográficos, software, conhecimento técnico, franquias, fidelidade de clientes, participação no mercado, lista de clientes e itens similares” (CARVALHO; LEMES, 2010). As demonstrações contábeis devem evidenciar o valor agregado dos gastos com pesquisas e desenvolvimento reconhecido como despesa durante o período (NIYAMA11, 2008). Conforme Carvalho e Lemes (2010) as empresas no 10 CARVALHO, L. N.; LEMES, S. Contabilidade internacional para graduação. São Paulo: Atlas: 2010. 11 NIYAMA, J. K. Contabilidade internacional. São Paulo: Atlas, 2006. 10 processo de aquisição, desenvolvimento, manutenção ou melhoria de bens intangíveis despendem gastos financeiros. Contudo, para que esses gastos sejam classificados como ativos intangíveis, três aspectos devem ser considerados: identificabilidade, controle e geração de benefícios econômicos. Para o IASB o reconhecimento de um item como ativo intangível tem que conter as condições prescritas na sua definição que, de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade é “um ativo identificável, sem substância física para uso na produção ou fornecimento de bens e/ou serviços, para ser alugado a terceiros ou para propósitos administrativos.” (NIYAMA, 2008, p.64) Para Carvalho e Lemes (2010) o item também deve apresentar as seguintes características para atender o critério de reconhecimento: possibilitar benefícios econômicos futuros à empresa e o custo desse ativo possa ser mensurado de uma forma confiável. Os ativos intangíveis adquiridos separadamente, segundo a IAS 38, devem ser mensurados pelo seu custo, que compreende o seu valor de compra, incluindo quaisquer impostos sobre a compra, bem como as despesas necessárias a colocação do ativo em uso. “Se o pagamento por um ativo intangível excede os prazos normais de crédito, o custo do ativo é seu preço à vista. A diferença entre os dois montantes (a vista e a prazo) deve ser reconhecida como despesa de juros ao longo do prazo do financiamento” (CARVALHO; LEMES, 2010). 1.1.2. Ativos Intangíveis – Lei 11.638/07 Embora hoje se reconheça a importância dos ativos intangíveis, antes da introdução regulamentar das normas internacionais de contabilidadeno Brasil, a evidenciação dos ativos intangíveis não seguia nenhum padrão específico, mesmo com a deliberação da CMV 488/2005, até que a promulgação da Lei 11.638/07 estabeleceu novas normas, o que de fato representou um grande avanço no tratamento destes ativos (BRASIL, 2007). A Lei nº 11.638/07, que alterou a Lei nº 6.404/76, trouxe mais clareza e qualidade às informações contábeis, proporcionando simultaneamente uma conformidade com as normas internacionais emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), assim sendo, a Lei 11.638/07 em seu artigo 179 relaciona as mudanças ocorridas no Balanço Patrimonial (BRASIL, 1976 e BRASIL, 2007). 11 No artigo 179 especificamente foram separados os bens materiais – Ativo Imobilizado - dos bens intangíveis ou imateriais – Ativo Intangível (CRISÓSTOMO, 2009). Como se pode notar no texto do artigo 179 da Lei 11.638/07, transcrito a seguir: “Art. 179.......................................................... IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional; VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido” (BRASIL, 2007). A Lei 11.638/07 gerou um grupo contábil específico para o tratamento desses ativos, o que contribuiu para uma melhor identificação desse grupo do ativo no que tange a evidenciação em seus balanços (BRASIL, 2007). Trouxe também mudanças em relação à Lei das Sociedades por Ações – 6.404/76, tais como: inclusão no Balanço de novo critério de avaliação dos bens, de forma que os direitos classificados como Intangíveis serão avaliados pelo custo incorrido na aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização, o que também beneficia as empresas, que passa a determinar de forma mais clara e exata o real valor dos seus bens Intangíveis (ANTUNES, SILVA, SAIKI12, 2009; BRASIL13, 1976 e BRASIL, 2007). Em decorrência da adoção da referida Lei, diversos ativos antes registrados em outros subgrupos de contas foram reclassificados e registrados no subgrupo Intangível, fato este que promoveu a alteração da estrutura do balanço patrimonial. Estas mudanças são consideradas positivas pelos estudiosos, visto que simplificam a análise das demonstrações contábeis por investidores estrangeiros 12 ANTUNES, Maria T. P.; SILVA, Luciana C. P.; SAIKI, Tatiana G. Evidenciação dos Ativos Intangíveis (Capital Intelectual) por empresas brasileiras à luz da Lei 11.638/07. In XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS. Fortaleza. Anais. Associação Brasileira de Custos: Fortaleza, 2009. 13 BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por ações. DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO REPÚBLICA DO BRASIL, Brasília, DF, 15 dez. 1996. 12 interessados, posto que o novo tratamento segundo as normas brasileiras passou a atender as mesmas linhas das normas internacionais (CUNHA14 et al., 2010). 14 CUNHA, Alessandra G.; SOUZA, Andréia A.; SANTANA, Luiz F.; MAGALHÃES, Vanessa G.; PELEGRINI, Verônica S.; MALAQUIAS, Rodrigo F. Evidenciação de Ativos Intangíveis: um Estudo com Empresas Brasileiras; VII SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Resende. 2010. 13 CONCLUSÃO Este estudo foi possível constatar que, a importância dos ativos intangíveis. Dando ênfase ao capital humano e destaque ao valor que as pessoas assumem nas organizações. Com relação às abordagens de avaliação que compreendem os ativos intangíveis, existe um vasto campo a ser desbravado. Muitos dos autores estudados desenvolveram seus próprios métodos de avaliação que fornecem quantitativamente e qualitativamente dados mais próximos à realidade da empresa. A contabilidade tradicional reluta em permanecer com a visão focada apenas para os bens tangíveis que as empresas possuem, porém, já existe uma corrente de profissionais que reconhecem a existência, em diversas organizações, de valores intangíveis que têm uma representatividade expressiva no valor dessas empresas e, desta forma, influenciam e direcionam os empresários a investirem nas pessoas que trabalham para a organização, investirem no conhecimento, que se traduz no capital intelectual, capital este que demonstra o verdadeiro potencial existente, até que sejam por todos reconhecidos e desta forma, consideradas nos Balanços Patrimoniais. A partir da revisão teórica, foi possível identificar várias obras direcionadas ao assunto, onde foram identificadas várias abordagens para a definição de intangíveis, sua função e importância. Neste contexto todos os aspectos teóricos e os práticos levantados poderão servir de apoio para novas pesquisas que aprofundem, complementem ou ampliem a atual. Esta pesquisa torna-se redundante afirmar que os ativos intangíveis assumem importância fundamental na composição do real valor das empresas. Fato esse comprovado pelos autores estudados e verificado nos dados secundários apresentados no trabalho. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA ANTUNES, Maria T. P.; SILVA, Luciana C. P.; SAIKI, Tatiana G. Evidenciação dos Ativos Intangíveis (Capital Intelectual) por empresas brasileiras à luz da Lei 11.638/07. In XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS. Fortaleza. Anais. Associação Brasileira de Custos: Fortaleza, 2009. ALSAEED, K. The Association Between Firm-Specific Characteristics And Disclosure: the case of Saudi Arabia. Managerial Auditing Journal. vol. 21. n. 5. p. 476-496. 2006. BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por ações. DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO REPÚBLICA DO BRASIL, Brasília, DF, 15 dez. 1996. CARVALHO, L. N.; LEMES, S. Contabilidade internacional para graduação. São Paulo: Atlas: 2010. CRISÓSTOMO, Vicente Lima. Ativos Intangíveis: estudo comparativo dos critérios de reconhecimento, mensuração e evidenciação adotados no Brasil e em outros países. Revista Contabilidade, Gestão e Governança. Brasília, v. 12, n. 1, p. 50-68, jan/abr. 2009. CUNHA, Alessandra G.; SOUZA, Andréia A.; SANTANA, Luiz F.; MAGALHÃES, Vanessa G.; PELEGRINI, Verônica S.; MALAQUIAS, Rodrigo F. Evidenciação de Ativos Intangíveis: um Estudo com Empresas Brasileiras; VII SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Resende. 2010. HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. IUDÍCUBUS, S. Teoria da contabilidade. 9. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. 15 KAYO, E. K. A estrutura de capital e o risco das empresas tangível e intangível-intensivas: uma contribuição ao estudo da valoração de empresas. Tese (Doutorado em Administração) – FEA/USP, 2002. LEUZ, C.; VERRECCHIA, R. E. The Economic Consequences of Increased Disclosure. Journal of Accounting Research. vol. 38. Supplement: Studies on Accounting Information and the Economics of the Firm. p. 91-124. 2000. LOPES, P. T.; RODRIGUES, L. L. Accounting for Financial Instruments: an analysis of the determinants of disclosure in the Portuguese stock exchange. The Journal of Accounting. v. 42. p. 25-56. 2007. NIYAMA, J. K. Contabilidade internacional. São Paulo: Atlas, 2006.
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