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UNIP - CONTABILIDADE SOCIETÁRIA - ATIVO INTANGIVEL

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC 
CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
TRABALHO NP2 
 
 
 
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA 
 
 
 
 
 
TAIS TATIANA BOCCUCI MANENTE 
R.A. B89aij2 
Prof. Marcelo Alfredo dos Santos 
 
 
 
 
SANTOS 
2017 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC 
CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO INTANGÍVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2017 
 
 
ÍNDICE 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 
1. O QUE É ATIVO .................................................................................................... 5 
1.1. ATIVO INTANGÍVEL ....................................................................................... 6 
1.1.1. NORMAS INTERNACIONAIS PARA ATIVOS INTANGÍVEIS ................... 9 
1.1.2. ATIVOS INTANGÍVEIS – LEI 11.638/07 ................................................. 10 
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 13 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA .......................................................................... 14 
 
 4 
INTRODUÇÃO 
 
Esta pesquisa tem como objetivo principal destacar a importância dos 
ativos intangíveis para os valores das organizações. Muitas empresas e profissionais 
não reconhecem esses ativos e, por isso, às vezes, elas deixam de ser competitivas. 
O patrimônio das empresas não é somente composto por bens tangíveis, mas 
também por aquilo que ela representa na sociedade e todo conhecimento nela 
existente, seja dos empregados, diretores e gerentes, o que induz pensar ser o bem 
mais importante que uma organização possui. 
É importante entender que as demonstrações financeiras devem ser fácil 
entendimento às pessoas que possuam um conhecimento pelo menos básico da 
análise de demonstrações financeiras, facilitando a comparabilidade das 
informações, para se chegar a um resultado econômico e financeiro desejável, as 
empresas procuram agregar valores para atraírem investimentos e, assim sendo, os 
ativos intangíveis correspondem a uma grande parcela desses valores. 
A pesquisa visa analisar traços de amadurecimento do enfoque dos bens 
considerados intangíveis e que vem ganhando espaço e valor no segmento contábil, 
apesar de ainda não encontrarem respaldo científico que possam mensurar tais 
valores de forma a figurarem nos Balanços Patrimoniais das empresas. 
 
 5 
1. O QUE É ATIVO 
 
O termo ativo em contabilidade representa os bens e ou direitos que uma 
empresa possui em determinado momento, resultante de suas movimentações a 
partir das quais serão obtidos futuros resultados financeiros. Pode ser apresentado 
tanto da forma tangível quanto intangível, ou seja, pode possuir ou não matéria 
corpórea. Sua contabilização no Balanço Patrimonial é feita através dos grupos de 
ativo circulante e ativo não circulante, mensurados conforme, a liquidez. Desta forma 
Iudícibus1 (2009) classifica os ativos como recursos controlados por uma entidade 
capazes de gerar, mediata ou imediatamente, fluxo de caixa e devem enquadrar-se 
nos seguintes critérios: 
 Ser considerado modernamente, em primeiro lugar, quanto a sua 
controlabilidade por parte da entidade, subsidiariamente quanto a sua propriedade e 
posse; 
 Precisa estar incluído no ativo algum direito especifico a benefícios 
futuros (por exemplo, a proteção á cobertura de sinistro, como direito em 
contraprestação ao premio de seguro pago pela empresa), ou, em sentido mais 
amplo, o elemento precisa apresentar uma potencialidade de serviços futuros (fluxo 
de caixa futuros) para a entidade; 
 O direito precisa ser exclusivo da entidade; 
 
Após a definição de ativo, outro fato para analisar é como mensurá-lo. 
Para Hendriksen e Van Breda2 (2007, p.304) a “mensuração é o processo de 
atribuição de valores monetários significativos a objetos ou eventos associados a 
uma empresa, e obtidos de modo a permitir agregação (tal como na avaliação total 
de ativos) ou desagregação, quando exigida em situação especifica.” As bases para 
mensuração de um ativo são os valores de entrada, valores de saída, e a partir 
desses valores é realizada a contabilização de custos, no decorrer do período. 
Portanto, o ativo é todo recurso (físico ou não) que se encontra sob controle de uma 
organização com objetivo de obter benefícios econômicos futuros. 
 
1
 IUDÍCUBUS, S. Teoria da contabilidade. 9. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
2
 HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. 
 6 
É relevante também se destacar que o ativo total das empresas 
apresenta-se como uma variável geralmente utilizada em pesquisas acadêmicas 
para representar o tamanho das empresas (ALSAEED3, 2006), existindo argumentos 
inclusive para que empresas maiores possuem maiores níveis de evidenciação em 
seus relatórios contábeis (LEUZ e VERRECCHIA4, 2000; LOPES e RODRIGUES5, 
2007). 
O crescente interesse das companhias sobre os ativos intangíveis, bem 
como o aumento relevante dos estudos sobre o tema, tem impelido as empresas a 
esforçarem-se em busca de uma diferenciação frente aos seus concorrentes e tem 
criado uma espécie de competição por uma melhor evidenciação de suas 
informações (MOURA, et al., 2011; JACQUES, RASIA, OTT, 2012; CUNHA et al., 
2010). 
Considerando-se também que o processo de globalização das economias 
tem intensificado a competição entre as companhias, tem provocado um 
estreitamento de margens e exigido mais qualidade, como consequência impeliu as 
empresas a destoar-se de seus concorrentes forçando-as a buscar maior 
transparência em suas demonstrações contábeis (CUNHA6, et al., 2010). 
 
 
1.1. ATIVO INTANGÍVEL 
 
De acordo com Hendriksen e Van Breda7 (1999) colocam que ativos 
intangíveis são ativos que necessitam de substância e que não deixam de sê-lo por 
não possuírem uma substância palpável. Pelo contrário, devem ser reconhecidos 
 
3
 ALSAEED, K. The Association Between Firm-Specific Characteristics And Disclosure: the case of 
Saudi Arabia. Managerial Auditing Journal. vol. 21. n. 5. p. 476-496. 2006. 
4
 LEUZ, C.; VERRECCHIA, R. E. The Economic Consequences of Increased Disclosure. Journal of 
Accounting Research. vol. 38. Supplement: Studies on Accounting Information and the Economics of 
the Firm. p. 91-124. 2000. 
5
 LOPES, P. T.; RODRIGUES, L. L. Accounting for Financial Instruments: an analysis of the 
determinants of disclosure in the Portuguese stock exchange. The Journal of Accounting. v. 42. p. 25-
56. 2007. 
6
 CUNHA, Alessandra G.; SOUZA, Andréia A.; SANTANA, Luiz F.; MAGALHÃES, Vanessa G.; 
PELEGRINI, Verônica S.; MALAQUIAS, Rodrigo F. Evidenciação de Ativos Intangíveis: um Estudo 
com Empresas Brasileiras; VII SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Resende. 
2010. 
7
 HENDRIKSEN, Eldon S. VAN BREDA, Michael F. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. 
 7 
sempre que preencherem os requisitos de todo e qualquer ativo, ou seja, sempre 
que for possível a sua identificação, mensuração e controle. 
Ainda os autores, definem três características especificas que 
supostamente distinguem os ativos tangíveis dos intangíveis, que são a inexistência 
de usos alternativos, a falta de separabilidade e a maior incerteza quanto à 
recuperação. 
1) Inexistência de usos alternativos: os Ativos Tangíveis são passiveis de 
valores alternativos como utilização e comparação de valores de reposição e 
mercado do produto da empresa. Os Ativos Intangíveis retiram seu valor econômico 
das expectativas de geração de lucros no futuro, e algumas vezes possuem valores 
em usos alternativos, a reputação de uma marca pode ser transferidapara outros 
produtos que a empresa venha a lançar. 
2) Separabilidade: supõe-se que os Ativos Intangíveis somente existem e 
tem valor quando integrados à empresa e combinados com os Tangíveis. 
3) Incerteza: Segundo Martins (1972:54) talvez a característica mais 
comum a todos os itens do chamado intangível seja o grau de incerteza existente na 
avaliação dos futuros resultados que por eles poderão ser proporcionados. 
 
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis 04 (R1) (2010, p. 4) veio para 
regulamentar quando um ativo pode e deve ser reconhecido como intangível, 
definindo-o deste modo: “Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem 
substância física”, ao tratar do alcance deste pronunciamento, no item 5, o CPC 04 
(R1) (2010) estabelece que o mesmo: 
 
“aplica-se a gastos com propaganda, marcas, patentes, treinamento, início 
das operações (também denominados pré-operacionais) e atividades de 
pesquisa e desenvolvimento. As atividades de pesquisa e desenvolvimento 
destinam-se ao desenvolvimento de conhecimento. Por conseguinte, apesar 
de poderem gerar um ativo com substância física (por exemplo, um 
protótipo), o elemento físico do ativo é secundário em relação ao seu 
componente intangível, isto é, o conhecimento incorporado ao mesmo” 
(CPC 04 (R1), 2010, p. 4). 
 
Isto é, de acordo com o CPC 04 (R1) (2010), um ativo intangível é aquele 
que decorre de gastos ou obrigações com a aquisição, o desenvolvimento, a 
manutenção ou o aprimoramento de recursos intangíveis como: 
 
“conhecimento científico ou técnico, projeto e implantação de novos 
processos ou sistemas, licenças, propriedade intelectual, conhecimento 
 8 
mercadológico, nome, reputação, imagem e marcas registradas (incluindo 
nomes comerciais e títulos de publicações)” (CPC 04 (R1), 2010, p.6). 
 
Conforme à definição de ativos intangíveis, em sua pesquisa Crisóstomo8 
(2009), concluiu que até a divulgação do Pronunciamento Técnico CPC 04, não 
existia no Brasil uma definição de “ativo intangível” em nenhum órgão 
regulamentador. 
Muitos autores em discordância quanto a definição do Ativo Intangível, 
porém deve possuir as quatro características que identificam um ativo, são eles: 
Corresponde a definição apropriada; 
É mensurável; 
É relevante; 
É preciso. 
 
No grupo de contas do ativo destacam-se os ativos intangíveis, os quais 
podem ser definidos de maneira simplista como bens não físicos, incorpóreos. Para 
Hendriksen e Van Breda (2007) “os ativos intangíveis formam uma das áreas mais 
complexas da contabilidade, em parte em virtude das dificuldades de definição, mas 
principalmente por causa das incertezas a respeito da mensuração de seus valores 
e da estimação de suas vidas úteis”. 
Outra definição para os intangíveis proposto por Kayo9 (2002, p. 14), em 
sua tese de doutorado, é a de que os ativos intangíveis representam um conjunto 
estruturado de conhecimentos, práticos e atitudes da empresa que, ao interagir com 
seus ativos tangíveis, contribui para a formação do valor das empresas. 
O reconhecimento de um ativo intangível deverá obedecer as mesmas 
regras válidas pra os ativos. O SFAC define que um item deve ser reconhecido 
quando, corresponder à definição apropriada, for mensurável, relevante e preciso. 
Segundo Hendriksen e Van Breda (2007) os ativos intangíveis são difíceis de medir, 
já que, não podem ser identificados separadamente, tais como goodwill. Todos os 
ativos intangíveis são amortizados por um período não superior a quarenta anos. 
 
8
 CRISÓSTOMO, Vicente Lima. Ativos Intangíveis: estudo comparativo dos critérios de 
reconhecimento, mensuração e evidenciação adotados no Brasil e em outros países. Revista 
Contabilidade, Gestão e Governança. Brasília, v. 12, n. 1, p. 50-68, jan/abr. 2009. 
9
 KAYO, E. K. A estrutura de capital e o risco das empresas tangível e intangível-intensivas: uma 
contribuição ao estudo da valoração de empresas. Tese (Doutorado em Administração) – FEA/USP, 
2002. 
 9 
Alguns exemplos de ativos intangíveis são: patentes, franquias, marcas, 
direitos autorais, softwares desenvolvidos, banco de dados, desde que sejam 
identificáveis controlados e geradores de benefícios econômicos futuros. 
 
 
1.1.1. Normas Internacionais para Ativos Intangíveis 
 
No âmbito das normas internacionais o tratamento contábil referente aos 
ativos intangíveis sofreu um grande avanço com a emissão do pronunciamento IAS 
nº 38, que trata especificamente desse subgrupo. Esse pronunciamento foi emitido 
pelo International Accounting Standards Committee (IASC) criado em 1973 sendo 
elaborado por um conselho de padrões de contabilidade International Accounting 
Standards Board (IASB). 
 
O IASB é um órgão independente do setor privado que se destina ao estudo 
de padrões contábeis, com sede em Londres, Grã Bretanha. É formado por 
um conselho de membros, constituído por representantes de mais de 140 
entidades profissionais de todo o mundo, inclusive o Brasil, representado 
pelo Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) e Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC) (NIYAMA, 2006, p.40). 
 
Os principais pontos tratados pela IAS 38 envolvem questões 
relacionadas à natureza e reconhecimento dos ativos intangíveis, à mensuração dos 
custos e à contabilização da amortização e das perdas por impairment de tais ativos 
(CARVALHO; LEMES10, 2010). 
A IAS 38 prescreve o tratamento referente aos ativos intangíveis que não 
sejam especificados por outras normas, “assim, a IAS 38 é aplicável a gastos com 
publicidade, treinamento, pré-operacionais, pesquisas e desenvolvimento, patentes, 
licenças, filmes cinematográficos, software, conhecimento técnico, franquias, 
fidelidade de clientes, participação no mercado, lista de clientes e itens similares” 
(CARVALHO; LEMES, 2010). 
As demonstrações contábeis devem evidenciar o valor agregado dos 
gastos com pesquisas e desenvolvimento reconhecido como despesa durante o 
período (NIYAMA11, 2008). Conforme Carvalho e Lemes (2010) as empresas no 
 
10
 CARVALHO, L. N.; LEMES, S. Contabilidade internacional para graduação. São Paulo: Atlas: 2010. 
11
 NIYAMA, J. K. Contabilidade internacional. São Paulo: Atlas, 2006. 
 10 
processo de aquisição, desenvolvimento, manutenção ou melhoria de bens 
intangíveis despendem gastos financeiros. Contudo, para que esses gastos sejam 
classificados como ativos intangíveis, três aspectos devem ser considerados: 
identificabilidade, controle e geração de benefícios econômicos. 
Para o IASB o reconhecimento de um item como ativo intangível tem que 
conter as condições prescritas na sua definição que, de acordo com as Normas 
Internacionais de Contabilidade é “um ativo identificável, sem substância física para 
uso na produção ou fornecimento de bens e/ou serviços, para ser alugado a 
terceiros ou para propósitos administrativos.” (NIYAMA, 2008, p.64) Para Carvalho e 
Lemes (2010) o item também deve apresentar as seguintes características para 
atender o critério de reconhecimento: possibilitar benefícios econômicos futuros à 
empresa e o custo desse ativo possa ser mensurado de uma forma confiável. 
Os ativos intangíveis adquiridos separadamente, segundo a IAS 38, 
devem ser mensurados pelo seu custo, que compreende o seu valor de compra, 
incluindo quaisquer impostos sobre a compra, bem como as despesas necessárias a 
colocação do ativo em uso. “Se o pagamento por um ativo intangível excede os 
prazos normais de crédito, o custo do ativo é seu preço à vista. A diferença entre os 
dois montantes (a vista e a prazo) deve ser reconhecida como despesa de juros ao 
longo do prazo do financiamento” (CARVALHO; LEMES, 2010). 
 
 
1.1.2. Ativos Intangíveis – Lei 11.638/07 
 
Embora hoje se reconheça a importância dos ativos intangíveis, antes da 
introdução regulamentar das normas internacionais de contabilidadeno Brasil, a 
evidenciação dos ativos intangíveis não seguia nenhum padrão específico, mesmo 
com a deliberação da CMV 488/2005, até que a promulgação da Lei 11.638/07 
estabeleceu novas normas, o que de fato representou um grande avanço no 
tratamento destes ativos (BRASIL, 2007). 
A Lei nº 11.638/07, que alterou a Lei nº 6.404/76, trouxe mais clareza e 
qualidade às informações contábeis, proporcionando simultaneamente uma 
conformidade com as normas internacionais emitidas pelo International Accounting 
Standards Board (IASB), assim sendo, a Lei 11.638/07 em seu artigo 179 relaciona 
as mudanças ocorridas no Balanço Patrimonial (BRASIL, 1976 e BRASIL, 2007). 
 11 
No artigo 179 especificamente foram separados os bens materiais – Ativo 
Imobilizado - dos bens intangíveis ou imateriais – Ativo Intangível (CRISÓSTOMO, 
2009). Como se pode notar no texto do artigo 179 da Lei 11.638/07, transcrito a 
seguir: 
“Art. 179.......................................................... 
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; 
V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação 
que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um 
exercício social e que não configurem tão somente uma redução de custos 
ou acréscimo na eficiência operacional; 
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive o fundo de comércio adquirido” (BRASIL, 2007). 
 
A Lei 11.638/07 gerou um grupo contábil específico para o tratamento 
desses ativos, o que contribuiu para uma melhor identificação desse grupo do ativo 
no que tange a evidenciação em seus balanços (BRASIL, 2007). Trouxe também 
mudanças em relação à Lei das Sociedades por Ações – 6.404/76, tais como: 
inclusão no Balanço de novo critério de avaliação dos bens, de forma que os direitos 
classificados como Intangíveis serão avaliados pelo custo incorrido na aquisição, 
deduzido do saldo da respectiva conta de amortização, o que também beneficia as 
empresas, que passa a determinar de forma mais clara e exata o real valor dos seus 
bens Intangíveis (ANTUNES, SILVA, SAIKI12, 2009; BRASIL13, 1976 e BRASIL, 
2007). 
Em decorrência da adoção da referida Lei, diversos ativos antes 
registrados em outros subgrupos de contas foram reclassificados e registrados no 
subgrupo Intangível, fato este que promoveu a alteração da estrutura do balanço 
patrimonial. Estas mudanças são consideradas positivas pelos estudiosos, visto que 
simplificam a análise das demonstrações contábeis por investidores estrangeiros 
 
12
 ANTUNES, Maria T. P.; SILVA, Luciana C. P.; SAIKI, Tatiana G. Evidenciação dos Ativos 
Intangíveis (Capital Intelectual) por empresas brasileiras à luz da Lei 11.638/07. In XVI CONGRESSO 
BRASILEIRO DE CUSTOS. Fortaleza. Anais. Associação Brasileira de Custos: Fortaleza, 2009. 
13
 BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por ações. DIÁRIO 
OFICIAL DA UNIÃO REPÚBLICA DO BRASIL, Brasília, DF, 15 dez. 1996. 
 12 
interessados, posto que o novo tratamento segundo as normas brasileiras passou a 
atender as mesmas linhas das normas internacionais (CUNHA14 et al., 2010). 
 
14
 CUNHA, Alessandra G.; SOUZA, Andréia A.; SANTANA, Luiz F.; MAGALHÃES, Vanessa G.; 
PELEGRINI, Verônica S.; MALAQUIAS, Rodrigo F. Evidenciação de Ativos Intangíveis: um Estudo 
com Empresas Brasileiras; VII SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Resende. 
2010. 
 13 
CONCLUSÃO 
 
Este estudo foi possível constatar que, a importância dos ativos 
intangíveis. Dando ênfase ao capital humano e destaque ao valor que as pessoas 
assumem nas organizações. Com relação às abordagens de avaliação que 
compreendem os ativos intangíveis, existe um vasto campo a ser desbravado. 
Muitos dos autores estudados desenvolveram seus próprios métodos de avaliação 
que fornecem quantitativamente e qualitativamente dados mais próximos à realidade 
da empresa. 
A contabilidade tradicional reluta em permanecer com a visão focada 
apenas para os bens tangíveis que as empresas possuem, porém, já existe uma 
corrente de profissionais que reconhecem a existência, em diversas organizações, 
de valores intangíveis que têm uma representatividade expressiva no valor dessas 
empresas e, desta forma, influenciam e direcionam os empresários a investirem nas 
pessoas que trabalham para a organização, investirem no conhecimento, que se 
traduz no capital intelectual, capital este que demonstra o verdadeiro potencial 
existente, até que sejam por todos reconhecidos e desta forma, consideradas nos 
Balanços Patrimoniais. 
A partir da revisão teórica, foi possível identificar várias obras 
direcionadas ao assunto, onde foram identificadas várias abordagens para a 
definição de intangíveis, sua função e importância. 
Neste contexto todos os aspectos teóricos e os práticos levantados 
poderão servir de apoio para novas pesquisas que aprofundem, complementem ou 
ampliem a atual. Esta pesquisa torna-se redundante afirmar que os ativos intangíveis 
assumem importância fundamental na composição do real valor das empresas. Fato 
esse comprovado pelos autores estudados e verificado nos dados secundários 
apresentados no trabalho. 
 
 
 
 14 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA 
 
ANTUNES, Maria T. P.; SILVA, Luciana C. P.; SAIKI, Tatiana G. 
Evidenciação dos Ativos Intangíveis (Capital Intelectual) por empresas brasileiras à 
luz da Lei 11.638/07. In XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS. Fortaleza. 
Anais. Associação Brasileira de Custos: Fortaleza, 2009. 
 
ALSAEED, K. The Association Between Firm-Specific Characteristics And 
Disclosure: the case of Saudi Arabia. Managerial Auditing Journal. vol. 21. n. 5. p. 
476-496. 2006. 
 
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as 
Sociedades por ações. DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO REPÚBLICA DO BRASIL, 
Brasília, DF, 15 dez. 1996. 
 
CARVALHO, L. N.; LEMES, S. Contabilidade internacional para 
graduação. São Paulo: Atlas: 2010. 
 
CRISÓSTOMO, Vicente Lima. Ativos Intangíveis: estudo comparativo dos 
critérios de reconhecimento, mensuração e evidenciação adotados no Brasil e em 
outros países. Revista Contabilidade, Gestão e Governança. Brasília, v. 12, n. 1, p. 
50-68, jan/abr. 2009. 
 
CUNHA, Alessandra G.; SOUZA, Andréia A.; SANTANA, Luiz F.; 
MAGALHÃES, Vanessa G.; PELEGRINI, Verônica S.; MALAQUIAS, Rodrigo F. 
Evidenciação de Ativos Intangíveis: um Estudo com Empresas Brasileiras; VII 
SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Resende. 2010. 
 
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. Teoria da contabilidade. São 
Paulo: Atlas, 1999. 
 
IUDÍCUBUS, S. Teoria da contabilidade. 9. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
 15 
KAYO, E. K. A estrutura de capital e o risco das empresas tangível e 
intangível-intensivas: uma contribuição ao estudo da valoração de empresas. Tese 
(Doutorado em Administração) – FEA/USP, 2002. 
 
LEUZ, C.; VERRECCHIA, R. E. The Economic Consequences of 
Increased Disclosure. Journal of Accounting Research. vol. 38. Supplement: Studies 
on Accounting Information and the Economics of the Firm. p. 91-124. 2000. 
 
LOPES, P. T.; RODRIGUES, L. L. Accounting for Financial Instruments: 
an analysis of the determinants of disclosure in the Portuguese stock exchange. The 
Journal of Accounting. v. 42. p. 25-56. 2007. 
 
NIYAMA, J. K. Contabilidade internacional. São Paulo: Atlas, 2006.

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