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VIOLÊNCIA ESCOLAR- JOANA ANGÉLICA, SÔNIA LIMA E VERONICA OLIVEIRA.

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0 
 
UNIVERSIDADE TIRADENTES 
SERVIÇO SOCIAL 
 
 
JOANA ANGÉLICA SANTANA DIAS 
SÔNIA MATOS LIMA 
VERÔNICA OLIVEIRA DE SANTANA 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA ESCOLAR – UM ESTUDO DESSA REALIDADE NA ESCOLA 
MUNICIPAL MÉDICI EM PARIPIRANGA/BA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lagarto-SE 
2015 
 
 
1 
 
JOANA ANGÉLICA SANTANA DIAS 
SÔNIA MATOS LIMA 
VERÔNICA OLIVEIRA DE SANTANA 
 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA ESCOLAR – UM ESTUDO DESSA REALIDADE NA ESCOLA 
MUNICIPAL MÉDICI EM PARIPIRANGA/BA 
 
Artigo científico apresentado como um dos pré-
requisitos da disciplina Trabalho de Conclusão de 
Curso do curso de Serviço Social da Universidade 
Tiradentes. 
Professora: Michelly Marry Costa Campos Hora 
Tutora: Amanda Gabriela do Carmo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lagarto-SE 
2015 
2 
 
VIOLÊNCIA ESCOLAR – UM ESTUDO DESSA REALIDADE NA ESCOLA 
MUNICIPAL MÉDICI EM PARIPIRANGA/BA 
 
 
 
Joana Angélica Santana Dias1 
Sônia Matos Lima2 
Verônica Oliveira de Santana3 
 
RESUMO 
O presente artigo trata da violência escolar, na unidade de ensino Escola Municipal 
Presidente Emílio Garrastazu Médici, na cidade de Paripiranga, Bahia, com a 
finalidade de conhecer os problemas de violência no âmbito escolar, o 
relacionamento entre família e comunidade escolar, o trabalho dos professores e as 
medidas cabíveis para o processo de ensino e aprendizagem e a ressocialização 
dos discentes, percebendo que a educação é fator primordial para a formação de 
novos cidadãos. Esse trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica e 
documental por meio de livros, artigos, paper, revistas e pesquisa digital que 
possibilitou a compreensão e embasamento da temática, e entrevistas com o corpo 
docente e discente, visitas a unidade de ensino. 
PALAVRAS-CHAVE: Violência. Família. Educação. 
ABSTRACT 
This article deals with school violence in school municipal school unit President 
Emilio Medici Garrastazu in the city of Paripiranga, Bahia, in order to meet the 
problems of violence in schools, the relationship between family and school 
community, the work of teachers and appropriate action for the teaching and learning 
process and the rehabilitation of students, realizing that education is an essential 
factor for the formation of new citizens. This work was conducted through 
bibliographical and documentary research through books, articles, paper, magazines 
 
1 Graduanda em Serviço Social pela Universidade Tiradentes Ead,8º período – Lagarto/SE. 
joana.angelica.diias@outlook.com 
2 Graduanda em Serviço Social pela Universidade Tiradentes Ead, 8º período – Lagarto/SE. 
lima.mattos@hotmail.com 
3 Graduanda em Serviço Social pela Universidade Tiradentes Ead, 8º período – Lagarto/SE. 
veronicaos-paris@hotmail.com 
mailto:joana.angelica.diias@outlook.com
3 
 
and digital research that led to the understanding and foundation of the subject, and 
interviews with faculty and students, visits to teaching unit. 
KEYWORDS: Violence. Family. Education. 
1 INTRODUÇÃO 
A escola se configura no espaço da formação do saber, cenário fundamental 
de acesso ao conhecimento, porem diante das novas configurações sociais, os 
ambientes escolares também sofreram modificações, o que antes era tido como 
espaço seguro além do âmbito familiar, passou a apresentar as enumeras interfases 
da violência, essas representadas por discriminação, agressões verbais, físicas e 
até assassinatos, enfim, tomando proporção comum no cotidiano de alunos e 
professores. 
A escola é um espaço de grandes diversidades com uma amplitude de 
indivíduos constituídos de diferentes valores que buscam nesse âmbito a formação 
do conhecimento. É nesse ambiente que se apresentam as várias demandas 
sociais, tais como drogas, trabalho infantil, gravidez na adolescência, evasão 
escolar, violência etc. Diante dessas demandas o presente artigo tem como 
abordagem principal a violência escolar e como tem sido essa realidade dentro da 
Escola Municipal Presidente Emílio Garrastazu Médici, na cidade de Paripiranga-BA. 
Dentro desse contexto, questiona-se: em que proporções têm ocorrido à 
violência na escola? Que razões podem ser atribuídas a esse comportamento? Que 
medidas têm sido adotadas no intuito de diminuir a violência escolar? Que 
intervenções são aplicadas diante da problemática? 
Nesse sentido, o referido trabalho tem como objetivo geral: Estudar sobre a 
expressão da violência escolar a partir do contexto da escola Médici em Paripiranga, 
BA. E os objetivos específicos: Identificar quais os tipos e fatores que impulsionam a 
violência dentro da escola; verificar qual tem sido a atuação dos professores, 
diretores e secretários diante da problemática; identificar os alunos que 
frequentemente são protagonistas de situações violentas. 
O tema proposto tem sido alvo de debates na escola, na secretaria 
educacional, no conselho tutelar, entre outros órgãos. Portanto, justifica-se a 
pesquisa através do fato de que os envolvidos no fenômeno da violência escolar são 
jovens em formação cultural, social e psicológica, que estão dentro de uma área de 
vulnerabilidade social e econômica. Enquanto acadêmicos da área de serviço social 
4 
 
pretende-se adquirir subsídios coerentes e significativos para posteriores discussões 
e aprofundamento sobre as questões sociais que implicam no contexto educacional, 
levando refletir sobre a atuação e contribuição do assistente social no contexto 
escolar. 
O universo pesquisado constitui na Escola Municipal Presidente Emílio 
Garrastazu Médici, na cidade de Paripiranga-BA, tendo como sujeitos os discentes e 
o corpo multidisciplinar de profissionais formado por professores, secretários e 
diretores. A pesquisa utilizou-se da busca bibliográfica e documental por meio de 
livros, artigos, paper, revistas e pesquisa digital que possibilitou a compreensão e 
embasamento da temática. Para melhor aprofundar informações na pesquisa foi 
realizada entrevista com doze alunos de ambos os sexos do turno vespertino, onde 
consiste maior concentração, sendo um representante de cada turma abrangendo 
assim todas as séries e idades, cinco professores de matemática, língua portuguesa 
e ciências, disciplinas com maior carga horária que proporciona mais dias e mais 
horas de contato com os alunos. 
Os procedimentos metodológicos utilizados nesse estudo seguem a 
perspectiva exploratória, norteado pelo método dialético, utilizando a abordagem 
qualitativa para análise dos dados, por isso não defini uma amostragem quantitativa 
visto que o intuito é a qualidade das informações. Para a coleta de dados um roteiro 
de entrevista semiestruturado proporcionando uma relação dinâmica entre 
pesquisador e pesquisado, sendo assim, através das técnicas de pesquisa adotadas 
nesse estudo foi possível compreender a realidade em questão. 
2 A VIOLENCIA E SUA EXPRESSÃO NO AMBITO ESCOLAR 
Sabe – se que a educação, direito de todos e dever da família e do Estado, 
deve ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno 
desenvolvimento da pessoa, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de 
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, 
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Sendo 
direitos assegurados por lei com base na Constituição de 1988, na lei nº 9.394, de 
20 de dezembro de 1996, no art. 2º e no Estatuto da Criança e Adolescente – ECA, 
nos artigos 53 e 54. 
A educação é valiosa por ser a mais eficiente ferramenta para crescimento 
pessoal. E assume o status de direito humano, pois é parte integrante da dignidade 
humana e contribui para ampliá-la com conhecimento, saber e discernimento. Além 
5 
 
disso, pelo tipo de instrumento que constitui, trata-se de um direito de múltiplas 
faces: social, econômica e cultural. Direito social porque, no contexto da 
comunidade,promove o pleno desenvolvimento da personalidade humana. Direito 
econômico, pois favorece a autossuficiência econômica por meio do emprego ou do 
trabalho autônomo. E direito cultural, já que a comunidade internacional orientou a 
educação no sentido de construir uma cultura universal de direitos humanos. Em 
suma, a educação é o pré-requisito fundamental para o indivíduo atuar plenamente 
como ser humano na sociedade moderna.4 
A Família por sua vez desempenha um papel importante na formação do 
indivíduo, pois permite a construção da sua essencialidade. É nela que o homem 
constrói suas raízes. Portanto a família é a primeira instituição social formadora da 
criança. Dela depende em grande parte a personalidade do adulto que a criança virá 
a ser. As mudanças ocorridas na família e na sociedade trouxeram novos problemas 
para dentro da escola, implicando assim, novas práticas e dimensões diferentes no 
ato de educar. 5 
A escola era vista como um ambiente seguro e acolhedor onde os pais 
deixavam seus filhos com tranquilidade e confiança, para garantir o seu 
desenvolvimento no processo de ensino e aprendizagem tornando-o um cidadão de 
bem. Mas ao longo do tempo mudaram-se os valores, comportamentos e atitudes, o 
ambiente escolar que era sinônimo de segurança e tranquilidade, tornou-se um 
verdadeiro cenário de violência, onde os alunos sofrem agressões físicas e verbais 
denominadas bullying. 
Podendo se apresentar em diversas formas, a violência6 é conceituada 
como ação ou efeito de violentar, de empregar força física ou intimidação moral 
contra alguém ou algo, expressão de crueldade, força. Definido como termo de 
constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém com a perspectiva de 
obrigação. 
 
4 Richard Pierre Claude. Direito à educação e educação para os direitos humanos. Sur, Rev. 
int. direitos humanos. vol.2 no.2 São Paulo 2005. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-64452005000100003&script=sci_arttext Acesso: 
15/06/2015. 
5 Pedagogia ao Pé da Letra. A importância do meio familiar no processo de aprendizagem 
da criança. 2013. Disponível em: http://pedagogiaaopedaletra.com/a-importancia-do-meio-
familiar-no-processo-de-aprendizagem-da-crianca/ Acesso: 15/06/2015 
6SERASEXPERIAN. Violência. Informação do Dicionário Houaiss.Disponível 
em://httpwww.serasaexperian.com.br/guiacontraviolencia/violencia.htm. Acesso: 10/06/2015. 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-64452005000100003&script=sci_arttext
http://pedagogiaaopedaletra.com/author/soraya-mm/
http://www.serasaexperian.com.br/guiacontraviolencia/violencia.htm
6 
 
Segundo Costa (apud PAREDES et al 2006, p.11), a “(...) violência é o 
emprego desejado da agressividade, com fins destrutivos”. BATISTA et al (2000) 
distingue etimologicamente violência e agressão, pois para ele violência é a 
aplicação de uma força excessiva a algo ou alguém, já a agressão seria a violência 
dirigida contra alguém com o propósito de causar-lhe dano. 
Na atualidade, a estrutura familiar entrou em decadência trazendo inúmeras 
situações de violência ao seu cotidiano, necessitando resgatar os valores afetivos e 
morais. 
De acordo com Morais (1995), a violência é algo muito complexo, pois pode 
apresentar-se de várias maneiras, podendo ir das mais sutis até as mais brutais, 
como agressão ao patrimônio ou agressão física; já a sutil por não apresentar o 
mesmo impacto que a violência brutal tende a passar despercebida. 
Dentre as diversas definições de violência, o aspecto da força física pode ser 
identificado em quase todas as concepções. Por outro lado, há um aspecto 
relacionado à violência, mais difícil de determinar, alguns autores chamam de 
violência sutil e outros, desmascaradas ou invisíveis. 
O que nos diferencia dos animais é o raciocínio7, fora isso, reagimos a 
estímulo tal qual os animais, ou seja, se um ambiente prevalece rispidez, 
agressividade e desdém os indivíduos ali existentes vai agir da mesma forma. Na 
escola a agressão verbal é apontada por crianças e adolescentes como a 
progenitora de todos os outros tipos de violências como: ameaças, agressão física, 
agressão moral, descriminação. Podemos considerar questões como índole e 
características peculiares de cada personalidade, mas, a família não é só o berço da 
educação e sim fonte inesgotável de onde todo indivíduo deve buscar a primeira 
resposta sobre qualquer aspecto, e ela por sua vez espera-se que repasse bons 
exemplos de valores e princípios que possam servir de exemplo para todos que os 
cercam. 
Bettencourt (2006) menciona que em pesquisas desenvolvidas revelaram 
que a presença de traços de violência, de conflitos parentais e divórcio, de pobreza, 
de provocação e de má qualidade das relações entre pais e filhos figuram como 
 
7 Nota positiva. Psicologia. Teorias de Jean Piaget e Lev Vygotsky. Disponível em: 
http://www.notapositiva.com/trab_professores/textos_apoio/psicologia/teoriaspiagetvygostsk
y.htm. Acesso: 06/07/2015. 
http://www.notapositiva.com/trab_professores/textos_apoio/psicologia/teoriaspiagetvygostsky.htm
http://www.notapositiva.com/trab_professores/textos_apoio/psicologia/teoriaspiagetvygostsky.htm
7 
 
algumas das mais importantes variáveis situacionais que influenciam os 
comportamentos agressivos das crianças. 
Antigamente, o indivíduo era educado em casa, ou seja, recebiam 
unicamente dos seus genitores noções de etiqueta, como se portar a mesa, ás 
pessoas e como se vestir; português, pois chegavam à escola lendo fluentemente; 
matemática, decoravam a tabuada e dominavam muito bem as quatro operações 
pois, eram de extrema importância para os negócios; ciências e geografia chegavam 
a se confundir, na verdade era o conhecimento do mundo, qual o melhor chá para 
cada tipo de doença, em que solo se plantava cada cultura, fazes da lua para 
determinar algumas atividades e etc. Na maioria dos casos os ofícios eram 
passados de pais para filho e quando uma família era abastada financeiramente 
mandavam sus filhos para escola para se formarem advogados e professoras, 
ambos muito conceituados em outra época. 
Com as novas configurações familiares, verificadas nos últimos anos 
conduziram a uma alteração ao nível dos possíveis agentes de socialização e ao 
nível dos modelos de aprendizagem pois, pai, mãe ou responsável precisa trabalhar 
em tempo integral para garantir o sustento de seus filhos e restringindo cada vez 
mais seu tempo juntos, transferindo assim, a responsabilidades de educar 
unicamente à escola em que, um único professor é responsável por em média trinta 
crianças em um único turno. O que se configura em fracasso pois, entre todos os 
grupos humanos, a família desempenha um papel primordial na transmissão da 
cultura e educação, exercendo esta função nos processos fundamentais do 
desenvolvimento psíquico, na construção da estrutura comportamental do indivíduo 
(LACAN, 2002). 
Para que a escola funcione bem é necessário que haja o engajamento entre 
família e escola, pois não pode ser delegada a escola toda a função de educar, a 
família é o alicerce primordial na formação do indivíduo. 
 
A família é o espaço indispensável para garantir a sobrevivência de 
desenvolvimento e da proteção integral dos filhos, e demais 
membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma com 
vem se estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos e, 
sobretudo materiais, necessários ao desenvolvimento e bem-estar 
dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na 
educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos 
seus valores éticos e humanitários e onde se aprofundam os laços 
de solidariedade. É também, seu interior que constrói as marcas 
8 
 
entre as gerações e são observados valores culturais (KALOUSTIAN, 
1994, p. 12). 
 
De acordo com as observações, os estudos realizados e do ponto de vista 
cultural, a violência na escola é resultado das vivências no seio familiarou na 
comunidade onde vive. Neste sentido afirma-se ser a violência resultado de 
construções que ocorrem fora do ambiente escolar, mas que interfere negativamente 
ao adentrá-los. O aluno que apresenta comportamento violento se posta sempre em 
estado de alerta e todas as informações que recebe ou interpreta no ambiente ele 
reverte em algum tipo de violência, mesmo sendo fatos simples e corriqueiros como: 
um colega que usa óculos, outro que usa o mesmo jeans, ou que não tem o mesmo 
comportamento. Tudo isso é do seu interesse, menos o que o professor fala e se o 
mesmo não consegue chamar sua atenção de alguma forma sua aprendizagem 
atrofia-se à medida que esse quadro permanece estável. 
Tais representações da violência externa reflete em ações de violência nas 
instituições de ensino como: agressão verbal8 e física9, ameaças10, discriminação11, 
roubos12 e vandalismo13. 
A violência tem crescido em todos os domínios da vida social. Observa-se 
que ela acontece também na escola, onde alunos e professores no dia a dia 
vivenciam muitas situações que envolvem a violência. A violência nas escolas não é 
um acontecimento recente, a cada dia este impasse tem tomado novas proporções 
de modo que representa um problema que ocorre em todas as escolas, em todos os 
níveis de ensino, área geográfica ou demográfica. 
 
8 Expressão utilizada para designar agressões morais, as quais são feitas com palavras. 
A agressão verbal é um tipo de agressão que também fere, porém, não fisicamente. 
Disponível em http://www.dicionarioinformal.com.br/agress%C3%A3o%20verbal/. 
9 Agressão física é um ato em que um indivíduo prejudica ou lesa outro (s) de sua própria 
espécie intencionalmente. O comportamento agressivo em humanos pode ser definido em 
termos gerais como um comportamento social hostil com a intenção de infligir dano ou 
causar prejuízo a uma pessoa ou grupo. Disponível em 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agressão. 
10 s.f. Palavra, ato, gesto pelos quais se exprime a vontade que se tem de fazer mal a 
alguém: discurso cheio de ameaças. Disponível em http://www.dicio.com.br/ameaca/. 
11 s.f. Segregação; ação de segregar alguém, tratando essa pessoa de maneira diferente e 
parcial, por motivos de diferenças sexuais, raciais, religiosas; ato de tratar de forma injusta: 
discriminação racial. Disponível em http://www.dicio.com.br/discriminacao/. 
12 s.m. Ato ou efeito de roubar (-se). Delito cometido por quem se apossa indevidamente de 
coisa móvel pertencente a outrem. Disponível em http://www.dicio.com.br/roubo/. 
13 s.m. Ato de vândalo. Destruição de obras de arte, de objetos importantes, por ignorância, 
selvajaria ou falta de gosto. Disponível em http://www.dicio.com.br/vandalismo/. 
9 
 
A escola enquanto instituição é por excelência o local determinante para o 
desenvolvimento do processo de socialização e aprendizagem das nossas crianças 
e jovens, seu papel está em dissipar o conhecimento e formar indivíduos críticos 
reflexivos capazes de interagir na sociedade, dando sua contribuição social, 
instituindo-se como um local de aprendizagem, de transmissão de conhecimentos e 
de valores, bem como de exercício da ética e da cidadania. Bock, Furtado e Teixeira 
(1999) afirmam que a escola faz parte do processo de socialização, sendo 
considerada a continuidade do processo que foi iniciado pela família. 
 Porém, em virtude do surgimento de atitudes violentas em seu cerne, essa 
ação peculiar, tem se tornado tarefa difícil de se realizar com sucesso e o ambiente 
acaba tornado hostil e pouco acolhedor. 
O que não se pode de forma alguma, é ignorar este impasse. É fingir que a 
violência escolar não existe, quando se sabe que qualquer pessoa, ao longo do seu 
percurso escolar, acaba por presenciar comportamentos violentos. Pelo contrário, 
devemos atentar para que estas situações deixem de ocorrer ou que, pelo menos, 
ocorram com menor frequência e gravidade. 
Ademais não se pode esquecer o contexto em que estes comportamentos 
ocorrem, um contexto de múltiplas interações entre colegas e, por isso, gerador de 
múltiplos conflitos, numa fase da vida em que as competências sociais para a 
resolução dos mesmos ainda estão sendo adquiridas. 
3. O CENÁRIO DA PESQUISA: ESCOLA MUNICIPAL PRESIDENTE EMÍLIO 
GARRASTAZU MÉDICI, PARIPIRANGA-BA. 
A Escola Municipal Presidente Emílio Garrastazu Médici fundada em 1972, 
lotada na Rua Major Justino das Virgens, S/N na Cidade de Paripiranga – Bahia, 
município com mais de 27.778 habitantes14. O corpo multidisciplinar é atualmente 
formado por dezoito professores, uma coordenadora, uma secretária, uma diretora e 
vice-diretora, seu corpo discente é composto por 380 alunos das zonas rural e 
urbana divididos em turnos matutino e vespertino de fundamental ll atende, com 
faixa etária de 11 aos 18 anos de idade. No geral são alunos de família de baixa 
renda 15e que depende financeiramente do Bolsa Família, Programa16 de 
 
14BRASIL.IBGE. Instituto Brasileiro de Estatistica e Geografia. Disponivel em: 
http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?lang=&codmun=292380&search=bahia%7
Cparipiranga%7Cinfograficos:-dados-gerais-do-municipio. 
15São famílias com renda mensal per capita de até meio salário mínimo e as que 
possuam renda mensal de até três salários mínimos. Informação disponível no site 
http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?lang=&codmun=292380&search=bahia%7Cparipiranga%7Cinfograficos:-dados-gerais-do-municipio
http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?lang=&codmun=292380&search=bahia%7Cparipiranga%7Cinfograficos:-dados-gerais-do-municipio
10 
 
transferência de renda direta as famílias em situação de pobreza e extrema pobreza 
com renda percapita de R$77,00 ou até R$154,00. 
A temática aqui trabalhada “Violência Escolar” não tem sido assunto distante 
dos muros da instituição Médici que se configurou no cenário de pesquisa desse 
trabalho. Em entrevista a alguns componentes do corpo profissional e discente, foi 
possível compreender melhor essa realidade. 
Mesmo a escola Médici se estabelecendo aparentemente em excelentes 
condições físicas e pedagógicas, fato que não justifica desmotivação ou evasão das 
salas de aula, foram acompanhadas em paralelo pela exposição pública nas ruas e 
em redes sociais, fatos notórios da indisciplina juvenil que se constituíram em 
ameaça grave e violência precisando ser reprimidas. 
Segundo a direção da escola esses fatos são reincidentes com um grupo de 
alunos sem nenhuma estrutura familiar, que respondem processo judicial por roubo 
e possivelmente tem envolvimento com uso de drogas e que lamentavelmente os 
pais ou responsáveis de fato não possuem ou não querem nenhuma participação ou 
conhecimento na vida emocional e escolar dos filhos e restando apenas para a 
escola a iniciativa de manter o diálogo com os envolvidos sobre os fatos para tomar 
as providências que julgam cabíveis como: suspensão ou encaminhar para outros 
serviços da rede, exemplo conselho tutelar e CRAS, pois o município não dispõe de 
CREAS. 
A escola também possui um livro de ocorrência para os alunos onde ela 
registra fatos que envolvam violência, desrespeito ou qualquer tipo de ocorrido 
considerado fora dos padrões da escola, quando há no máximo três ocorrências do 
mesmo aluno ele passa por todo esse processo supracitado de atendimento em 
rede municipal encaminhado e acompanhado pela direção da escola. 
Inúmeros são os fatores que podem impulsionar a questão da violência no 
ambiente escolar. Como por exemplo: diferenças sociais, psicológicas, culturais, 
experiência de frustações, competições, diferenças de personalidade. Podendo ser 
enumerados em vários tipos, áreas e níveis. 
O professor de língua portuguesa (entrevistado 1) que leciona atualmente na 
escola afirma: 
 
http://www.mds.gov.br/falemds/perguntas-frequentes/bolsa-familia/cadastro-
unico/beneficiario/cadunico-inclusao. 
16BRASIL/MDS. Bolsa Família. Disponível em http://www.mds.gov.br/bolsafamiliahttp://www.mds.gov.br/falemds/perguntas-frequentes/bolsa-familia/cadastro-unico/beneficiario/cadunico-inclusao
http://www.mds.gov.br/falemds/perguntas-frequentes/bolsa-familia/cadastro-unico/beneficiario/cadunico-inclusao
11 
 
Já presenciei inúmeros acontecidos envolvendo algum tipo de 
violência, a maioria proveniente de gozações, ou seja, palavras 
grosseiras, e que a primeira reação da vítima é revidar da mesma 
forma sem distinção de gênero, mas, geralmente os meninos são os 
primeiros a ignorar o diálogo e partir para a agressão física. 
 
O professor normalmente tenta contornar com diálogo ou fazem vista 
grossa, para não comprometer o conteúdo das aulas, mas, sempre está atento, e se 
for cometido vandalismo, agressão moral ou física grave, ele imediatamente 
comunica a direção, pois os alunos consideram ato de covardia atitudes como essa, 
por isso só uma pequena minoria chega a participar a direção, dificultando assim 
medidas que evitem reincidências. 
A coordenadora da escola (entrevistado 2) também concordou com as 
afirmações do professor (entrevistado 1), a mesma está a quarenta e quatro horas 
presente na escola e muitas vezes respondendo em nome da diretora, ela ainda 
complementa que as agressões estão presentes, não só no sexto ano 
remanescentes do fundamental menor mas, em todas as salas e idades e sempre 
da mesma forma, agressão verbal, grosserias, ofensas evoluindo conforme o 
agredido reage, no entanto o envolvimento dos pais que é o primeiro suporte que a 
escola busca acaba se tornando um transtorno pois, muitas vezes não se mostram 
interessados ou desmerecem as iniciativas da escola. 
Percebeu-se que os entrevistados não quiseram se ir a fundo na questão 
para evitar possíveis transtornos emocionais para os alunos envolvidos mas, têm a 
convicção de que tem pela frente a grande missão de educar os pais, responsáveis 
e alunos simultaneamente, ou pelo menos tentar estreitar os laços que os unem o 
que caberia também às atribuições de um profissional de Serviço Social assim como 
outras citadas a cima e que a escola vem tentando sanar devido a falta de 
profissional dessa área com os profissionais que dispõe de boa vontade à amenizar 
essa de transferência de responsabilidade por parte da família para a escola e que 
acarretam consequências na conduta e na aprendizagem do indivíduo. 
Para Charlot (1997 apud ABRAMOVAY, 2002, p.69), ampliando o conceito 
de violência escolar classificando- se em três níveis: Violência, Incivilidades e 
Violência simbólica ou institucional. 
a. Violência: golpes, ferimentos, violência sexual, roubos, crimes, 
vandalismos; 
b. Incivilidades: humilhações, palavras grosseiras, falta de respeito; 
c. Violência simbólica ou institucional: compreendida como a falta de 
sentido de permanecer na escola por tantos anos; o ensino como um 
12 
 
desprazer, que obriga o jovem a aprender matérias e conteúdos 
alheios aos seus interesses; as imposições de uma sociedade que 
não sabe acolher os seus jovens no mercado de trabalho; a violência 
das relações de poder entre professores e alunos. Também o é a 
negação da identidade e da satisfação profissional aos professores, 
a obrigação de suportar o absenteísmo e a indiferença dos alunos. 
Geral nos diversos meios sociais de referência. 
 
As afirmações do professor (entrevistado 1) e da coordenadora (entrevistado 
2), de que os alunos da escola Médici, tem o habito de utilizar palavras grosseiras e 
gozações para se dirigirem aos seus colegas e professores, histórico de roubos 
recorrentes, falta de respeito com os que convivem e vandalismo com o bem público 
na escola confirmou-se as alegações de Chalot a respeito da violência escolar que é 
atualmente um fenômeno real que já faz parte dos problemas sócio-políticos do país. 
Trata-se de uma questão multicausal e complexa que demanda ainda análises e 
estudos mais aprofundados. 
A miséria, o desemprego, as desigualdades sociais, a falta de oportunidades 
para os jovens e a presença insuficiente ou inadequada do Estado fazem aumentar 
as manifestações de violência no país. Entretanto, não se trata de um fenômeno 
circunscrito a fatores estruturais de ordem socioeconômica. Em razão disso, a 
violência deve ser entendida no âmbito cultural e psicossocial dos indivíduos, dos 
grupos e da sociedade. 
Enquanto Instituição, a escola Médici, sofre os reflexos dos fatores de 
violência externos que têm gerado conflitos, manifestados na escola dentro da sala 
de aula, comprometendo o aprendizado e as relações interpessoais. 
Segundo Sposito (1998): 
A violência escolar expressa aspectos epidêmicos de processos de 
natureza mais ampla, ainda insuficientemente conhecidos, que 
requer investigação. Faz-se necessário, portanto, investigar a 
concepção do professor, peça principal nesse cenário educacional, 
acerca da violência, pois muitas vezes esta pode ser percebida e 
compreendida como inevitável e inerente ao contexto. 
 
Se medidas preventivas para garantir a integridade física, moral e o 
aprendizado do indivíduo não forem adotadas imediatamente ficará cada vez mais 
difícil conter a onda de violência e desrespeito que se alastra e insiste em 
permanecer nas escolas fatores que criam um ambiente hostil e pouco atrativo para 
o cotidiano dos personagens envolvidos com tantas difusões de valores pouco 
corroborados pela sociedade atual, onde aparentemente as consequências desses 
fatos são atribuídas à hereditariedade de falta de afeto familiar, a cultura do castigo 
13 
 
a base de agressividade física ser comum para muitos pais, pois foi isso que eles 
receberam, suposta e consequentemente é o que estão dando aos seus filhos e os 
mesmos passando adiante para todos ao seu redor com maior intensidade e quando 
questionados, os valores entram em choque, o que era comum no passado e 
considerados métodos educacionais, agora se constitui em violência e crime. 
Como mencionou a coordenadora (entrevistado 2) da escola, a família é o 
lugar de onde deveriam sair indivíduos supostamente saudáveis emocionalmente 
para poder lidar com os desafios que a sociedade e a escola possa proporcionar, 
tais como: convivência com o outro, respeito e partilha, cidadania, compromisso e 
disciplina; mas assistimos à escola tentando administrar essa falta de suporte 
emocional e pedagógico para assessorar as atividades da escola de impor limites, 
respeito e valores necessários para um convívio hospitaleiro transmitindo a 
sensação de segurança à todos que dela fazem parte. 
É notório que toda criança carrega em si um histórico de tudo o que recebeu 
e apreendeu, mas o que ela faz de tudo isso é que faz a diferença e determina os 
reflexos que cairão sobre a escola e seus elementos. Crianças que não foram 
educadas moralmente e emocionalmente apresentam reflexos disso em ações no 
ambiente escolar, o que acaba provocando as mais diversas consequências, sem 
falar das mais graves que envolvem desajustes e problemas sociais. Se a família 
abrir mão de educar, a escola sofre para administrar tantas demandas, sem falar de 
problemas disciplinares que impossibilitam o bom andamento das atividades. É 
necessário que a comunidade escolar esteja preparada para lidar com esse tipo de 
problemática. 
A exemplo disso a (entrevistado 2) usou o caso de um aluno de onze anos 
filho de pais separados, a genitora desenvolve um quadro de transtorno mental 
gravíssimo, agressividade e discurso incoerente, o genitor é um homem da roça que 
apresenta atitudes tiranas com os filhos cabendo só a ele a responsabilidade pela 
educação dos mesmos, o resultado disso é o aluno retraído, indisciplinado, 
extremamente agressivo e de difícil socialização em tempo integral na escola. 
Uma Criança indisciplinada17 e violenta não decidiu ser/agir assim. Ela é o 
resultado de todas as ações e testemunhos recebidos no seio familiar. 
 
17 s.f. Ausência de disciplina; sem disciplina; com desobediência; insubordinação.Comportamento que se opões aos princípios da disciplina; desordem ou bagunça. 
Jurídico. Ação de violar as regras ou ordens que foram determinadas pelo empregador. 
14 
 
Todas as famílias ocorrem a transmissão de padrões de uma geração para 
outra. As relações estabelecidas com a família são as mais importantes relações da 
vida e vão representar a base do comportamento futuro (WAGNER, 2005). 
Tempos em que a cultura do castigo a base de agressividade física ser 
comum para muitos pais, até hoje refletem na criação de seus filhos pois, foi isso 
que eles receberam e repassaram, suposta e consequentemente os mesmos estão 
passando adiante para todos ao seu redor com maior intensidade e quando 
questionados, os valores entram em choque, o que era comum no passado e 
considerados métodos educacionais, agora se constitui em violência e crime. 
No contexto escolar as situações de violência são protagonizadas em sua 
maioria entre os próprios alunos ou na relação aluno e professor. Os 
desentendimentos levam as ações de violência física e moral, geradas por 
circunstâncias diversas conforme percebidas na instituição escola Médici: 
O professor (entrevistado 1), relembrou um fato que em aluno de quinze 
anos foi denunciado pelos colegas por estar portando uma faca (arma branca) que 
segundo eles era para esfaquear um outro colega por estar envolvido 
emocionalmente com uma jovem que ele havia flertado primeiro, porém, o jovem 
desconfiado que a polícia seria acionada, pulou o moro da escola e disse que 
pegaria o colega fora da escola. 
A diretora (entrevistado 3), convocou as famílias separadamente com receio 
de maiores atritos, mas, há sempre um clima de desconfiança quanto a intenção do 
rapaz que foi rejeitado pela jovem o mesmo ainda tem o costume de denigrir a 
imagem do casal com linguagens chulas expostos em paredes e portas da escola. 
Um outo caso que chamou muita atenção foi o de duas meninas de dezesseis anos 
que partiram para agressão física gravíssima, em frente à escola, quando uma delas 
que contou com ajuda de parentes, atingiu o crânio da outra com um paralelepípedo, 
ocasionando traumatismo craniano e sequelas permanentes para agredida que não 
retornou ao convívio escolar após o acontecido. 
Bullyng é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, 
verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou 
mais colegas, é utilizado para descrever atos de violência, sendo assim a forma 
mais comum entre os agressores masculinos, uma das formas de violência que mais 
 
(Etm. in + disciplina) Disponivel em: http://www.dicio.com.br/indisciplina/ 
Acesso: 15 de junho de 2015 
http://www.dicio.com.br/indisciplina/
15 
 
cresce no mundo, a educadora e autora do livro Fenômeno Bullyng, Cléo Fante, 
afirma como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs.) 
Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, em 
escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. 
O que à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode 
afetar emocional e fisicamente e ser alvo da ofensa, além de um possível isolamento 
ou diminuição do rendimento escolar e até mesmo inibir o desejo de alunos 
frequentarem a escol, as crianças e adolescentes que passam por humilhações 
difamatórias podem apresentar sérios problemas de saúde chegando a sofrer de 
algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos o 
bullyng chega a afetar o estado emocional dos jovens de tal maneira que possa 
ocorrer soluções trágicas, como leva-los ao suicídio. 
Alunos que são reprimidos por colegas que acreditam em uma diferença 
física–obesidade, estatura, amorosa, deficiência física – e intelectual. Em muitos 
casos esses alunos deixam de frequentar a escola. “As consequências do bullying 
são terríveis para os envolvidos, mas em especial, para as vítimas” (CALHAU, 2009, 
p.18). 
 As redes sociais, são ferramentas que auxiliam no cotidiano escolar de 
forma significativa, na realização de trabalhos e pesquisas, até mesmo se 
comunicarem com pessoas de outras nacionalidades, porém tem sido instrumento 
de violência moral no seio escolar a denominada ciberviolência. A ciberviolência11 
consiste no recurso à tecnologia para ameaçar, humilhar ou intimidar alguém, seja 
por via de correio electrónico, salas de conversa (chats), sites de relacionamentos, 
Messenger ou telemóvel. Lançam-se boatos na rede, fotografias que muitas vezes 
são retocadas e modificadas (verdadeiros ou falsos). 
A rede social na Internet You Tube tem sido muito utilizada para a prática da 
ciberviolência, ao serem colocados vídeos com intuito de agredir. O próprio You 
Tube criou um canal que tem como objetivo combater a ciberviolência. Encontra-se 
vários vídeos onde vítimas de violência e de ameaças na escola expõem os seus 
casos e incentivam os mais novos a denunciarem situações semelhantes. 
Uma das grandes diferenças entre o bullying tradicional e o cyber-bullying é 
o fato de, neste último, os jovens não estarem frente a frente e, por vezes, nunca 
chegam a saber quem é o agressor, sendo que as ações são muitas vezes 
praticadas por simples entretenimento, sem que os agressores conheçam as 
16 
 
vítimas. Por outro lado, este tipo de violência ultrapassa os portões da escola para 
um plano virtual, onde todos têm acesso a elas. 18 
O (entrevistado 4) foi um aluno, que estuda na Escola Médici, ele é exemplo 
de caso da ciberviolência, recebe constantemente mensagens com alto teor de 
vulgaridade por filho de mãe solteira, postam nos grupos fotos da mãe com rapazes 
em festas com situações constrangedoras, deixando-o revoltado a ponto de não 
querer frequentar o ambiente escolar, Vale destacar também os vídeos enviados 
pelo aplicativo do whatsapp com meninas estudantes da Escola Médici destacando 
as tops 10 mais rodadas, causando constrangimentos no ambiente escolar e na 
sociedade. 
 Em alguns casos o que era apenas nas redes sócias acaba evoluindo até 
mesmo para agressões físicas, gerando sequelas gravíssimas e irreparáveis para o 
agredido em aspectos físicos, psicológicos e sociáveis, infelizmente, na maioria das 
vezes por motivo torpe e sem chance de defesa. 
Sabe-se que, a forma como os estudantes se relacionam entre si e com 
seus professores é determinante para o desenvolvimento do processo educativo, 
uma vez que, o que ocorre na infância vai refletir no decorrer de toda sua vida, e 
quando esse momento é marcado pelo algum tipo de violência isto se torna crucial 
para seu convívio em sociedade. 
Nesse ínterim, muito tem se falado na “cultura da paz”. Para compreender 
esta linha de pensamento analisa-se: 
A cultura da paz se constitui dos valores, atitudes e comportamentos 
que refletem o respeito à vida, à pessoa humana e à sua dignidade, 
aos direitos humanos, entendidos em seu conjunto, interdependentes 
e indissociáveis. Viver em uma cultura de paz significa repudiar todas 
as formas de violência, especialmente a cotidiana, e promover os 
princípios da liberdade, justiça, solidariedade e tolerância, bem como 
estimular e compreensão entre os povos e as pessoas (UNESCO 
apud MILANI, 2003, p.36). 
 
Para Milani, a violência nada mais é que o resultado da ausência de diálogos 
e da construção de valores morais, figuras ausentes em muitos lares cujas 
configurações passam longe do que se considera normal do ponto de vista social. 
 
18 Fonte: Revista Electrónica "Audácia" Post: Fernanda Maria Simões (com adaptações). 
Disponível em: http://projetociberviolencia.blogspot.com.br/2010/04/ciberviolencia-o-que-
e.html Acesso: 16 de junho de 2015 
 
17 
 
Milani ressalta ainda que seriam fundamentais para escolas e educadores 
voltados à construção de realidades menos violentas elementos básicos como: 
[...] afeto, respeito e diálogo; um ensino que incorpore a dimensão 
dos valores éticos e humanos;processos decisórios democráticos, 
com a efetiva participação dos alunos e de seus pais nos destinos da 
comunidade escolar; implementação de programas de capacitação 
continuada de professores; aproveitamento das oportunidades 
educativas para o aprendizado do respeito às diferenças e a 
resolução pacífica de conflitos; abandono de modelo vigente de 
competição e individualismo por outro, fundamentado na cooperação 
e no trabalho conjunto etc. (2003, p.39). 
 
Na atualidade, com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo e 
igualitário, os lares ficam à mercê dos meios de comunicação, pois as crianças 
quando não estão na escola ficam em frente as TVs com infinidades de programas 
muitas vezes destrutivos, formando crianças agressivas, competitivas e violentas. A 
necessidade de se levar para escola projetos que busquem valores para despertar 
nos educandos uma consciência de paz diante de sua vida cotidiana. 
A violência no ambiente escolar é um problema complicado e sua solução 
requer a participação efetiva de todos os envolvidos: professores, alunos, gestores, 
comunidade escolar, família e sociedade, pois este vem tomando as mais diversas 
formas e contornos de acordo com as mudanças na composição familiar, fácil 
acesso ás redes sociais, sexualidade, falta de segurança e pouca tolerância no 
convívio em sociedade manifestado no cotidiano escolar, envolvendo professores e 
alunos. 
Segundo o artigo 18 do Estatuto da Criança de do Adolescente “é dever de 
todos velar pela integridade da criança do adolescente, pondo-se a salvo de 
qualquer tratamento violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor” (Brasil, Lei 
8069/90, Art. 18). 
Existem diversas justificativas para a questão da violência escolar, cujas 
explicações vão desde os problemas de relacionados a falta de adaptação, 
confirmando se essa falta de adaptação sendo uma consequência do meio onde se 
inserem até a possibilidade de ser essa resulta da ausência de referências positivas 
no meio onde vivem e das pessoas com quem se relacionam. 
Várias escolas têm elaborado projetos para trabalhar valores, com o objetivo 
da diminuição da violência no cotidiano educacional, como projetos de bullying e 
resgate de valores, porém, grande parte das atividades é executada através da 
imposição de valores originados nos trabalhos orais e escritos. Sem a vivência, a 
18 
 
experimentação e interação de valores, apenas a educação pela imposição do que é 
certo e errado, através da autoridade do professor, não funciona para ressocializar 
os discentes. 
Nesse processo de mediação de conflitos a postura seria a de viabilizar o 
diálogo construtivo e a negociação de tomada de decisões, visando relações 
interpessoais confortáveis na convivência escolar. Assim, essa proposta apresenta-
se à escola como uma alternativa democrática para prevenir situações em torno dos 
diversos tipos de violência, dando oportunidade aos alunos de apresentarem de 
forma criativa os projetos propostos pela escola e não o professor impondo a sua 
forma de apresentá-los. 
Do ponto de vista cultural a violência é fruto da hostilidade e da falta de 
diálogo, assim na tentativa de estreitar laços afetivos nas comunidades escolares, 
alguns gestores têm buscado alternativas. 
A Escola Médici visando amenizar essas situações lançou projetos a serem 
trabalhados com os seguintes temas: o bullying e o resgate de valores. O bullying foi 
trabalhado com todas as turmas através de produções textuais finalizando o projeto 
com apresentações teatrais, tendo como objetivo mostrar os alunos as situações 
vivenciadas por alguns deles a fim de chamar atenção para que não cometesse 
mais, esse projeto contou com a participação de outras unidades de ensino nas 
apresentações para conscientizar os discentes dos problemas enfrentados pela 
unidade de ensino. Já o projeto resgate de valores contou com a participação de 
membros religiosos com palestras, com produções de músicas, falando da 
importância dos valores diante da sociedade e na vida futura, foram apresentações 
brilhantes onde muitos alunos participaram mostrando seus talentos musicais e 
artísticos, contou com a participação de toda a comunidade escolar. 
É de extrema importância os educadores estarem atentos a possíveis 
formas de violência, pois a mesma interfere significativamente no cotidiano escolar. 
O comportamento dos alunos, assim como seu desempenho escolar são fortemente 
afetados pela violência familiar, podendo interferir na capacidade de concentração e 
de interagir com os colegas. As consequências são problemas disciplinares, piores 
notas, repetência, o que afetará sua visão como incapaz, a motivação para 
atividades e o vínculo entre ele e a escola. Como afirma Cárdia (1997), a violência 
doméstica e do meio ambiente, aumentam a probabilidade de fracasso escolar e de 
19 
 
delinquência: a delinquência aumenta a violência na escola e as chances de 
fracasso escolar e ambos reduzem o vínculo entre jovens e escola. 
Os jovens precisam de educadores antenados que busquem sempre 
atividades diversificadas para despertar o interesse nos discentes e conviverem 
melhor no ambiente escolar, a escola tem a função de recrutar e ressocializar esses 
jovens para despertar o gosto pelo saber, pois se não houver essa interatividade fica 
difícil executar um bom trabalho. 
A escola pode e deve representar um papel fundamental na tentativa de 
redução dessa violência, com ações preventivas que conscientizem a todos da 
importância do respeito, ética e sobre tudo dos valores, como também alertar aos 
agressores sobre as punições que esse tipo de violência traz. Buscando assim a 
harmonia e a garantia de um ambiente escolar seguro utilizando de métodos 
preventivos como: palestras, reuniões, vídeos educativos sobre o tema, 
atendimentos individuais enfim. 
É de suma importância que o corpo profissional esteja habilitado a lidar com 
as diversas demanda no seio escolar. 
Atualmente, vive-se um país com graves problemas de ordem política, 
econômica e social. Os educadores têm consciência que devem estar preparados 
para transformarem essa situação, formando cidadãos críticos, conscientes e aptos 
para viverem em sociedade, convertendo a decadente crise da educação no Brasil 
(FREIRE, 1996). 
Dentro do processo educativo o professor tem a função de ensinar, 
tornando-se um elo de ligação entre escola, família e educadores. Dessa forma os 
educadores têm consciência de que sua missão não se resume em ensinar, antes 
de tudo devem educar. O educando é, e deve ser visto como sujeito do processo 
educativo, aumentando a responsabilidade do professor como educador. 
O professor precisa acreditar em si mesmo e na importância de seu 
exemplo, de seu papel como adulto, guia e modelo (ALVES, 1999). 
Com tudo citado anteriormente percebe-se que os educadores terão grande 
importância na construção de um mundo melhor. O professor não é apenas 
transmissor de conhecimentos, atitudes e habilidades que permitirão aos alunos 
crescerem como pessoas, cidadãos e futuros profissionais, possibilitando-os 
sucesso na vida pessoal e profissional. 
20 
 
Acredita-se que se existir um bom relacionamento, entre, professores, 
alunos e direção apoiado na teoria das múltiplas inteligências, que foi desenvolvida 
pelo psicólogo norte-americano Howard Gardner, depois de muitos anos de 
pesquisas com a inteligência humana, o psicólogo concluiu que o cérebro do homem 
possui oito tipos de inteligência. Sabendo que a psicologia tem como objeto de 
estudo o processo de mudanças e transformações dos seres humanos, as quais 
ocorrem continuamente desde a concepção até a morte. 
O desenvolvimento humano refere-se ao crescimento mental e orgânico, 
caracterizando-se pelo aparecimento gradativo das estruturas mentais, algumas 
delas permanecendo ao longo da vida, como por exemplo a moral e a motivação. 
Gardner chama a atenção para o fato deque, embora as escolas declarem que 
preparam seus alunos pare a vida, a vida certamente não se limita apenas a 
raciocínios verbais e lógicos. Ele propõe que as escolas favoreçam o conhecimento 
de diversas disciplinas básicas; que encorajem seus alunos a utilizar esse 
conhecimento para resolver problemas e efetuar tarefas que estejam relacionadas 
com a vida na comunidade a que pertencem; e que favoreçam o desenvolvimento de 
combinações intelectuais individuais, a partir da avaliação regular do potencial de 
cada um. 
Segundo Piaget verifica-se que o crescimento divide-se de acordo com o 
aparecimento de novas qualidades do pensamento, que por sua vez interfere no 
desenvolvimento global como: o período sensório-motor, o pré-operatório, o das 
operações concretas, os das operações formais e a juventude. Na idade adulta não 
surge nenhuma nova estrutura mental, o indivíduo caminha então para um aumento 
gradual de suas fases cognitivas, em profundidade, a uma maior compreensão dos 
problemas e das realidades significativas que o atingem. De acordo com essa 
análise, percebe-se que onde há um clima de harmonia, há uma organização e 
disciplina, os educandos sentem a escola como um local agradável que os valoriza, 
os pais percebem que seus filhos estarão mais seguros no âmbito escolar e os 
professores mais motivados como multiplicadores de conhecimentos e valores. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As discussões presentes nesse artigo mostram de forma reflexiva sobre o 
problema da violência no âmbito escolar e como isso influência no processo de 
ensino e aprendizagem. As mudanças ocorridas ao decorrer dos anos tanto no seio 
21 
 
familiar como na sociedade trouxeram novos problemas para dentro da comunidade 
escolar. 
De acordo com as pesquisas realizadas, constatou-se que as famílias 
perderam a autonomia diante de seus filhos, não conseguindo, mas impor limites e 
valores sociais, tornando isso um verdadeiro caos. Delegando assim o papel para a 
escola que além de transmissor de conhecimentos, seja também responsável a 
ensinar os valores éticos e morais necessários para o desenvolvimento de uma 
criança. 
Esse tema é bastante polêmico e preocupante para os diferentes segmentos 
sociais. Vários são os fatores que impulsionam a violência no âmbito escolar, como: 
diferenças sociais, psicológicas, culturais, experiência de frustações, competições, 
diferenças de personalidade. Os tipos de violência mais frequentes são: agressão 
verbal, moral e física denominada de bullying, ameaças, descriminação, roubos e 
vandalismo. 
Percebe-se que a violência no ambiente da Escola Médici é um problema 
complicado e sua solução requer a participação efetiva de todos os envolvidos: 
professores, alunos, gestores, comunidade escolar, família e sociedade. 
Conclui-se que é preciso desenvolver no ambiente da unidade de ensino 
citada anteriormente, projetos voltados para o resgate de valores, direitos e deveres. 
Como também a qualificação dos profissionais envolvidos no processo de ensino 
aprendizagem, e tornar a escola um local atrativo e harmonioso para os discentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
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