Buscar

TCC MODELO 2021 nota100

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2
5
AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
XXXXXX, Xxxxx, Xxxxx.[footnoteRef:1] [1: Acadêmica do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. ] 
 RU XXXXX
XXXXXX, Xxxxx, xxxxx[footnoteRef:2] [2: Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER ] 
 
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo compreender a importância da afetividade no processo de ensino e aprendizagem da criança na Educação Infantil. Diante da pesquisa foi levantada a seguinte problemática: “Em que consiste a afetividade humana e como ela pode contribuir na construção do conhecimento da criança na Educação Infantil?”. E tendo em vista tal proposta de abordagem se espera de modo geral apresentar a importância da afetividade para o processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança e para que isso aconteça foi preciso identificar os benefícios da afetividade na Educação Infantil; investigar estratégias que possibilitam a convivência para uma relação de efetividade entre professor e aluno para contribuir no processo de ensino e aprendizagem e discutir como a afetividade pode ser trabalhada em sala de aula. A pesquisa feita foi de caráter qualitativo contando com referenciais teóricos como Freire (1999), Piaget (1981), Saltini (1997), entre outros. Diante dos resultados do trabalho, busca-se uma conscientização e discernimento de que a afetividade pode e deve ser manifestada na educação da criança da educação infantil, a fim de que se torne um instrumento intermediador entre a aluno e o professor, que a acompanha em seu desenvolvimento de ensino e aprendizagem. Para fins de conclusão se observou que o trabalho em sala de aula envolvendo a afetividade é importante para que o processo de ensino aprendizado se consolide e na Educação Infantil se torna ainda mais importante por se tratar da fase escolar em que a criança está iniciando seu desenvolvimento educacional.
Palavras-chave: Afetividade, Educação Infantil, Ensino-aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo trata de questões que relacionam a importância da afetividade no processo de ensino e aprendizagem da criança na Educação Infantil, pois se entende que o indivíduo que recebe afeto pode se transformar em um ser humano capaz de enfrentar todas suas dificuldades na vida, além de aumentar suas possibilidades de ampliar seus saberes. A afetividade, ou seja, uma boa relação entre professor e aluno é essencial para que o processo de ensino-aprendizagem aconteça de forma satisfatória.
Este tema é relevante para a Educação Infantil, pois o professor tem um papel fundamental para promover o equilíbrio afetivo e emocional do aluno podendo intervir nos conflitos que surgem no cotidiano em sala de aula e uma boa relação entre professor e aluno que se fundamente no respeito e afeto favorece essa mediação. Percebe-se que é de extrema importância a relação afetiva na Educação Infantil, e por isso a necessidade de abordar a temática e apresentar os pontos positivos que podem ser vistos no desenvolvimento no processo de ensino e aprendizado da criança. 
Com a pesquisa se analisa a necessidade de desenvolver uma pesquisa a fim de identificar esse vínculo de afeto que contribui para um melhor rendimento escolar. Por isso, como norteadora surge a seguinte problemática: “Em que consiste a afetividade humana e como ela pode contribuir na construção do conhecimento da criança na Educação Infantil?”. Para responder tal questão se levantou diversas hipóteses se pautando no fato de que o professor não é apenas o que transmite saberes, mas também aquele que cria possibilidades a fim de estabelecer uma relação afetiva com seus alunos para facilitar o processo de aprendizagem.
Com a pesquisa se tem como como objetivo geral apresentar a importância da afetividade para o processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança. Para que isso aconteça foi preciso identificar os benefícios da afetividade na Educação Infantil; investigar estratégias que possibilitam a convivência para uma relação de efetividade entre professor e aluno, para contribuir no processo ensino e aprendizagem e discutir como a afetividade pode ser trabalhada em sala de aula.
A metodologia usada para a construção deste trabalho foram pesquisa bibliográfica qualitativa tendo como base de dados Google Acadêmico, Scielo, Bibliotecas Virtuais, sites acadêmicos e material impresso a fim de encontrar autores com ideias relevantes sobre o tema abordado para investigar o tema proposto. Foram selecionadas diversas informações que foram uteis para a redação do artigo e as de caráter não relevantes foram descartadas. 
Para fins de resultados sobre o tema se instauraram abordagens teóricas pautadas em diversos autores, tais como: Freire (1999) Piaget (1981), Saltini (1997), entre outros no objetivo de garantir o valor da fundamentação do trabalho e dar seriedade e credibilidade a discussão feita ao longo do artigo.
2.DESENVOLVIMENTO
2.1 A Educação Infantil
A educação infantil é conhecida como a primeira fase da educação básica, onde atende crianças de zero a cinco anos de idade, onde a criança tem seus primeiros contatos com a escola, e dessa forma necessita de ensino e cuidado, além do complemento e ação da educação familiar. De acordo com a LDB 9394/96 (BRASIL, 1996), a educação básica deve ser obrigatória em todo o estado nacional, inclui também a educação infantil. 
Por isso, a primeira infância é uma etapa muito importante e deve ter um olhar especial, pois neste período é formada a base para o desenvolvimento da criança. Nesta fase, de acordo com Brasil (1996), a criança se desenvolve em vários aspectos e constantemente faz com que busquem respostas para tudo. Diante disto, no decorrer destes momentos elas aprimoram as competências linguísticas, valores e ações, e assim começam a se expressar de outras formas a suas competências físicas, emocionais e sociais por meio da interação possibilitando o desenvolvimento cognitivo.
A escola hoje deve possuir um caráter formador, aprimorando valores e atitudes, desenvolvendo desde a educação infantil, o sentido da observação, despertando a curiosidade intelectual das crianças, capacitando-as a serem capazes de buscar informações, onde quer que elas estejam a fim de utilizá-las no seu cotidiano (KREFTA, 2011).
 	A escola é fundamental no processo de desenvolvimento, principalmente na infância, pois o período dos 0 aos 5 anos é a faixa etária em que a criança está se desenvolvendo. Neste contexto, conforme Freire (1999) a escola é “o espaço em que a criança, popular ou não, tenha condições de aprender e de criar, de arriscar-se, de perguntar, de crescer”. A escola assim deve ser um espaço que vai além dos cuidados com a criança (na Educação Infantil), porque é nela que a criança tem a possibilidade de se envolver, interagir e agir com o meio, com o próximo e com si mesma para compreender o mundo, e também os significados importantes para seu crescimento e conhecimento. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil estabelecem que a Educação Infantil é:
Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social (BRASIL, 2010).
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trouxe muitas mudanças na Educação Básica, tal documento garante a aprendizagem fundamental que a ser desenvolvida pelos alunos e nele que possui princípios pedagógicos específicos. A Educação Infantil por ser a primeira etapa da Educação Básica deve ser traçada a partir das diretrizesda BNCC e sendo um direito garantindo a todas as crianças na idade de 4 anos, antes dessa faixa etária não é obrigatório. A Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013, que altera a LDB n. 9394/96, afirma que as crianças com 4 anos devem ser matriculadas na Educação Infantil e de acordo com a legislação brasileira, todo os responsáveis legais são obrigados a matricular a criança na escola e manter sua frequência.
Dessa forma a Educação Infantil passa a fazer parte da Educação Básica com a função de monitorar a frequência da criança na escola, o calendário escolar, período avaliação, documentação. No que se refere à Educação Infantil é preciso considerar quatro itens básicos, tais como: o sentido da infância, a composição do pensamento da criança, as leis de desenvolvimento e a construção da vida do indivíduo enquanto ser social (PIAJET, 1975, p.154). Segundo o autor, a educação infantil deve cumprir seu papel de transmitir sabres e ensinar valores e atitudes a criança, além de ampliar a possibilidade da socialização e do conhecimento de elementos que estão relacionados direto ou indiretamente na atividade humana. 
Advogamos o princípio segundo o qual a escola, independentemente da faixa estaria que atenda, cumpra a função de transmitir conhecimentos, isto é, de ensinar como lócus privilegiado de socialização para além das esferas cotidianas e dos limites inerentes à cultura do senso comum. (MARTINS, 2009, p.94).
Nesse mesmo sentido baseado na ideia do autor em que conceitua a escola como um espaço coletivo que envolve professores e crianças, pais e toda a comunidade escolar, e lugar onde se constroem conhecimentos e aprendizagens em cooperação, onde se busca estabelecer metas e características muito próprias, além do caráter do cuidado, a educação Infantil tem como objetivo:
[...] acrescenta-se que, no cuidado, se exerce uma prática educativa e, com base nesse enfoque, é pertinente considerar todas as áreas que envolvem práticas do cuidado infantil para que sejam integradas ao objetivo educativo. Muitas vezes, quando não conseguimos trabalhar cuidado e educação de forma integrada, acabamos reduzindo e negligenciando as áreas de cuidado como secundárias, na estrutura educacional (GONÇALVES; CATRIB; VIEIRA e VIEIRA, 2008 p. 5).
	Tendo em vista isso, é importante ressaltar que a primeira fase escolar da criança é essencial para o início de seu desenvolvimento como cidadão crítico e cabe enfatizar que neste ciclo a relação entre professor e aluno deve ir além da transmissão do conhecimento, pois o fortalecimento da afetividade é um fator determinante dentro do processo de ensino aprendizado. No subcapítulo abaixo será explorada a relação entre a aprendizagem e a afetividade e como ela contribui para a construção do saber e também da identidade da criança.
2.2 Aprendizagem e a Afetividade
De acordo com Wallon (2007), as emoções são na verdade uma associação entre a manifestação da afetividade que podem constituir um instrumento de sociabilidade que aproxima pessoas entre si, e que podem facilitar as mudanças tanto nas próprias pessoas envolvidas, quanto no meio social em que estão. O afeto pode ser traduzido por emoções representadas e correspondentes ao estímulo que produzem percepções emocionais, físicas ou psíquicas de maneira rápida ou não. Em relação ao conceito de afetividade, Ferreira (1975, p. 44), no dicionário Aurélio, define:
Qualidade ou caráter de afetivo e conjunto de fenômenos psíquicos, que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza.
Antonino (2012) também faz uma definição mais ampla do termo afetividade e de como ela se relaciona na vida do indivíduo. Por isso o trecho abaixo expressa o pensamento do autor:
[...] a afetividade é utilizada com uma significação mais ampla, referindo-se às vivências dos indivíduos e às formas de expressão mais complexas e essencialmente humanas. Engloba sentimentos (origem psicológica) e emoções (origem biológica). A afetividade desempenha um papel fundamental na constituição e funcionamento da inteligência, determinando os interesses e necessidades individuais (ANTONINO et al, 2012, p. 56).
A afetividade é um dos fatores que beneficia aprendizagem do aluno no desenvolvimento cognitivo na Educação Infantil, fazendo com que ela aprenda por meio dos sentimentos, emoções e experiências que são trocadas na interação com próximo dentro da sala de aula. A escola e a família exercem a função de contribuir não só na aquisição de conhecimentos no campo cognitivo, mas também na construção da personalidade e autonomia.
Diante disso alguns autores dizem que a afetividade com as crianças é uma prática educativa, mas precisa ter objetivos, pois muitos professores não conseguem demonstrar carinho e educar ao mesmo tempo, por isso a preparação integral da criança em conviver em sociedade não funciona. O ato de educar se pauta em ensinar o indivíduo a ser crítico, autônomo e muitas vezes por diversos motivos esse conceito passa despercebido e negligenciado. Se o educador tiver um olhar sensível irá tornar a criança capaz de interagir com o outro, desse modo aprendendo a respeitar seus níveis de desenvolvimento tendo consciência que cada uma tem seu potencial para se desenvolver de forma diferente em tempos diferentes. Assim, o conhecimento é construído coletivamente articulando “o saber de experiência feito” que os alunos têm até chegar no saber científico, mediado pelas experiências no mundo (FREIRE, 1999, p.83). 
A afetividade na Educação Infantil contribui e favorece a criança na criação de um espaço agradável e com muita harmonia em sala de aula, sendo um dos ambientes responsáveis para despertar nas crianças a curiosidade e ter prazer por aprender, de maneira positiva no processo de aprendizagem. Segundo o Referencial Curriculares Nacional para a Educação Infantil (RCNEI):
As instituições de educação infantil devem favorecer um ambiente físico e social onde as crianças se sintam protegidas e acolhidas, e ao mesmo tempo seguras para se arriscar e vencer desafios. Quanto mais rico e desafiador for esse ambiente, mais ele lhes possibilitará a ampliação de conhecimentos acerca de si mesma, dos outros e do meio em que vivem. (BRASIL, 1998, p.15).
Educação Infantil, segundo Brasil (1998) em relação a aprendizagem nesta fase está intimamente ligada à vida afetiva da criança. Por isso cabe à escola ampliar este processo, fortalecendo vínculos que possa criar um ambiente socioafetivo saudável para os alunos neste processo de formação. E quanto mais rico e desafiador o espaço oferecido a criança maiores serão as possibilidades de aquisição de conhecimento no meio que está inserida. Segundo Alencastro (2009) “a escola deve propiciar um espaço para reflexão sobre a vida do aluno como um todo contribuindo para o seu desenvolvimento por completo, considerando que a afetividade é um mecanismo que engloba a maioria dos seus valores pessoais.
A escola tem o papel de ensinar, estimular a criança a aprender a desenvolver um pensamento crítico, preparando-a para a vida. Se a escolas receberem crianças com baixa estima, rejeitadas, frustradas, malcuidadas e mal-amadas o professor deve buscar fazer com que a criança tenha confiança. Por mais problema que ela possa trazer de casa se deve acreditar em seu potencial e capacidade de aprender. 
De acordo Comenius (2002) o cérebro na idade infantil é úmido, tenro e pronto para receber todas as imagens que lhe chegam, apreendendo rapidamente o que lhes é ensinado. Acredita-se que a criança vê o professor como um substituto de seu genitor, por isso ela se sente amada, o que será elevará seu potencial e sua vontade de aprender, além de favorecer sua autoestima, a comunicação e a socialização, que são fundamentais para o processo de ensino e aprendizagem.
Nesta fase, conforme afirma Freire, o conhecimento por meio de experiências faz com que o aluno desenvolva variadas formas de comunicação (a oral,os gestos e expressão facial), além das emoções e suas influências negativas e positivas, pois nesta idade que se manifesta ideias e pensamentos. E a beneficiar ambientes lúdicos com jogos brincadeiras nas atividades, a criança é estimulada a aprender, e isso irá depender de como é oferecido o ensino, o planejamento e como será utilizado os recursos disponibilizados pela escola.
 Segundo Freire (1996, p.159), a afetividade é a base ou o começo para o aprendizado, pois estimula o aluno a compreender as aulas, a se sentir motivado para buscar novos conhecimentos e a interagir com os professores e colegas. Como já supracitado a afetividade de conceitua pela capacidade individual do ser humano para experimentar o conjunto de elementos afetivos como: emoções e sentimentos entre outros. O autor faz compreender que o afeto é base para significados importantes no aprendizado da criança.
A criança começa um novo ciclo da vida fora do seu ambiente de conforto, dessa maneira começa se relacionar e criar laços no espaço em que está inserida. Para Almeida, (1999, p. 42) diz; “A afetividade tem um papel imprescindível no processo de desenvolvimento da personalidade da criança, que se manifesta primeiramente no comportamento e posteriormente na expressão”. Portanto é através do afeto que as crianças demostram suas expressões e acordo com Almeida (1999) o desenvolvimento está ligado ao lado afetivo, ou seja, de como será direcionado essa relação da criança consigo mesma, suas interações com outras crianças e com o ambiente escolar como um todo.
À medida que a criança vai se desenvolvendo, sua sensibilidade amplia o processo de manter contato com o ambiente, exercendo um fator determinante para o ensino e aprendizado dela. É por meio da emoção que se agrega os indivíduos, por isso se deve proporcionar à criança desde pequena o relacionamento com outras crianças. Através disso elas conseguem interagir entre si vivendo novas experiências e diferentes emoções que vai contribuindo para o desenvolvimento da afetividade e aprendizagem, que é algo importante sendo uma forma de viver em comunhão na sociedade.
As emoções, que são a exteriorização da afetividade, ensejam assim mudanças que tendem a reduzi-las. Sobre elas repousam arrebatamentos gregários que são uma forma primitiva de comunhão e de comunidade. As relações que elas tornam possíveis aguçam seus meios de expressão, fazem deles instrumentos de sociabilidade cada vez mais especializados (WALLON, 2007, p. 124).
Segundo Ferreira (1975), afetividade muitas vezes fica responsável pelos desejos e ações desenvolvidas pela criança, porque com um meio afetivo ela consegue incorporar o lado cognitivo, intelectual, valores, vontades e motivações. Dessa maneira vai se unindo a afetividade no processo de Educação Infantil, as questões das vontades da criança poderão ser trabalhadas de acordo de como será abordado os valores determinados pelo professor, que podem interferir diretamente na formação individual e nas escolhas do aluno. Cabe ressaltar, que no cotidiano da criança alguns sentimentos e emoções devem ser evitados, conforme Almeida (2008) aponta:
[...] evitar despertar nas crianças determinados sentimentos negativos, como hostilidade, desprezo, ciúme e inveja que em nada contribuem para o convívio em sociedade. [...] despertando a cooperação e não a rivalidade. [...] A família e a escola têm uma participação íntima, pois são um meio favorável à aprendizagem de sentimentos que marcam a vida da criança. Por isso, já nos primeiros anos escolares, o professor deve ser competente em preparar a criança para viver em coletividade (ALMEIDA, 2008, p. 353).
Portanto deve se tomar cuidado com alguns sentimentos transmitido a criança. De acordo com Almeida a família tem uma participação primordial para não permitir que isso aconteça na primeira infância. Pois bem como a criança de 0 aos 5 anos está em uma fase em que se começa a construir suas bases cognitiva, emocional, motora, social e ética. Até mesmo o educador deve se atentar para viver que a mesma aprenda viver em sociedade. Pois é um período onde elas não sabem fazer uso da linguagem oral, pois a criança utiliza os meios para expressar emoção e se comunicar com o mundo, por exemplo através do choro, grito sorriso, e assim se relacionam com o mundo de forma diferentes. Segundo Piaget (1981) destaca que os aspectos afetivos dependem de uma energética e os cognitivos dependem de estruturas. Daí a indissociabilidade do cognitivo e do afetivo no desenvolvimento do sujeito na sua relação ou interação com o objeto. Portanto deve-se na educação infantil meios que favoreçam o aprendizado da criança.
Desse modo, Salla (2011) afirma que a afetividade exerce uma função fundamental no desenvolvimento infantil influenciando em pontos positivos na percepção, na memória, no pensamento, na vontade e nas ações, se tornando assim um elemento essencial para harmonia e equilíbrio da personalidade do indivíduo. A afetividade é um dos conjuntos funcionais da pessoa que atua, juntamente com a cognição e o ato motor, no processo de desenvolvimento e construção do conhecimento. 
A afetividade é a mistura de um conjunto de todos esses sentimentos, que ensina aprender e cuidar de forma adequada de todas essas emoções, que beneficia a criança no desenvolvimento de uma vida emocional plena e equilibrada. Pode-se compreender que alguns aspectos fundamentais do ato de aprender refletem sobre a relação entre afetividade e aprendizagem, e assim o afeto pode ser visto como um comprometimento pessoal do educador e também profissional, que vai muito além da amizade e do carinho em sala de aula.
A aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas. A relação do indivíduo com o mundo está sempre medida pelo outro. Não há como aprender e aprender o mundo se não tivermos o ouro, aquele que nos fornece os significados que permitem pensar no mundo a nossa vida. Veja bem, Vygotsky defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsão dentro de nós que vai se atualizando conforme o tempo passa ou recebemos influência externa (BOCK, 1999, p 124).
Conforme Bock (1999) o processo de ensino-aprendizagem de oferecer atividades que possibilitem a criança fazer suas escolhas por meio de atividades que chamem a sua atenção. A afetividade poderá ser gerada através do reconhecimento construído com a vivência, e por isso não deve restringir apenas ao contado físico, mas à interação que se estabelece em ambas as partes, na qual todos os atos possam se comunicar demonstrando comportamentos como vontades, emoções, sentimentos, crenças, valores, para não afetar o processo de aprendizagem. Tais relações se constroem e deixam sinais afetivos que são os sentimentos e estes vão contribuindo para o mover e o agir, promovendo interação no ambiente escolar podendo ser de forma positiva ou negativa.
Quanto mais houver qualidade na relação, o clima educacional terá a possibilidade de promover aprendizagem ou não. Deve-se por meio das atividades educativas apresentar oportunidades para que aluno possam se empenhar, e serem motivadas a ter energia e outros processos necessários em sua aprendizagem. Entretanto, a escola deve procurar com compromisso questão do conhecimento e da qualidade de suas relações, visando suas interações afetivas existentes no cotidiano escolar, que são muito importantes para o desenvolvimento e a construção do conhecimento da criança. Para Bock: 
A escola surgirá, então, como um lugar privilegiado para este desenvolvimento, pois é o espaço em que o contato com a cultura é feito de forma sistemática, intencional e planejada. O desenvolvimento – que só ocorre quando situações de aprendizagem o provocam – tem ritmo acelerado no ambiente escolar. O professor e os colegas formam um conjunto de mediadores da cultura que possibilita um grande avanço no desenvolvimento da criança. (BOCK et. al.1999, p.124)
A afetividade no ambiente escolar beneficia o ensino-aprendizagem e cabe ao educador ter o compromisso com a educação dos pequenos, e não somentetransmitir conhecimento, mas se deve escutar os alunos, promovendo trocas de experiências. Quando essa relação é baseada em afeto, respeito, comunicação e confiança acontece o crescimento e a realização tanto para o aluno quanto para o professor, por isso não podemos confundir esse vínculo afetivo com “ser flexível”, ao contrário se deve sim o educador impor limites para a criança para que elas possam compreender que ser afetivo não significa permitir tudo que elas querem.
2.3 Afetividade na Relação Professor-Aluno
É importante fazer uma reflexão sobre a educação supondo a presença do aluno e professor, ou seja, o que educa e o que é educado. Estes indivíduos estão submetidos às interações e ideias opostas, que muitas vezes podem sofrer transformações considerado diferentes fatores. Lembrando que o professor esteja preparado para receber, acolher e respeita a identidade de cada criança, fazendo-a se sentir única. Para Freire (1996, p.159), assinala enquanto professor, “é preciso estar aberto ao gosto de querer bem aos educandos e a própria prática educativa de que se participa”. 
Na Educação Infantil a criança terá seu primeiro contato com uma determinada criança, e pra Freire essa influência encaminha para desenvolver novas relações, que podem abrir portas para assimilação do ensino, mas também pode influência no sentido de definições sociais e psíquicos na vida criança. Para Piaget, a importância dos aspectos afetivos e cognitivos na construção do conhecimento, segundo ele é preciso ter à vontade para o desenvolver esses conjuntos de afeto sociais morais que são construído na escola.
De acordo Piaget o fator afetividade é fundamental para o desenvolvimento e a construção do conhecimento da criança, e isso acontece através das relações afetivas que a criança aprende e se desenvolver, absorvendo mais conhecimentos que poderão ser acrescentados em seu próprio desempenho escolar. Dessa maneira, o professor constitui seu papel na tarefa não só de transmitir saberes, mais além disso despertar no aluno valores, sentimentos e respeito pelo outro. Compreende-se que a relação professor e aluno, deve ser mantida por um vínculo de afetividade e diálogo entre ambos como forma de construção do conhecimento e na questão emocional. Assim, o aluno aprende a se sentir competente pelas atitudes por métodos que são utilizados para estimulá-los em sala de aula, conforme afirma Antunes em seu trecho:
Os laços entre alunos e professores se estreitam e, na imensa proximidade desse imprescindível afeto, tornou-se importante descobrir ações, estratégias, procedimentos sistêmicos e reflexões integradoras que estabeleçam vínculos fortes entre o aluno, o professor e o aprendizado (ANTUNES, 2007, p.12).
Desse modo, o autor ressalta que deve haver um vínculo entre aluno e professor e para que isso aconteça é preciso de muitas estratégias e atitudes a serem tomadas para que essa relação se fortaleça. Portanto, o educador pode ter a percepção e sensibilidade para identificar qual é o grau de interesse dos alunos, pois quanto mais interesse do profissional, mais ele poderá motivar seus alunos a interagir e construir laços afetivos. Se o aluno se sentir amado e o professor ouvi-lo e ele irá se sentir aceito e acolhido, assim será despertado para a vida provendo a curiosidade e aumentando sua inteligência e aprendizado. Segundo Saltini “A criança deseja e necessita ser amada, aceita, acolhida, ouvida para que possa despertar para a vida da curiosidade e do aprendizado” (2008, p. 100). O olhar sensível do professor torna-o capaz de fazer com que a criança interaja respeitando seus níveis de desenvolvimento, tendo consciência que cada uma tem seu potencial para desenvolver de forma diversa em tempos diferente. 
Pois, assim a afetividade na relação entre ensino-aprendizagem se apresenta como um processo de conhecimento sendo algo conhecedor de afetividade para assumir um conjunto inseparável e irredutível das estruturas da inteligência. Diante disso, a aprendizagem na Educação Infantil forma um processo de construção singular da criança com o saber, que faz com que ocorra transformações e informações sobre o conhecimento. Diante disso, a criança passa a vivenciar de forma prazerosa favorecendo uma relação afetiva, ou seja, entre os envolvidos no processo sendo concluído de forma positiva. Quanto mais a criança adquiri competência cognitiva ele será capaz de elevar sua autoestima com mais segurança, devido seus próprios resultados e conquistas. Conforme Freire:
Através de uma boa relação que o professor poderá criar autoridade sobre sua turma e alunos. Essa autoridade está diretamente relacionada com a visão que os alunos têm do seu professor e com a forma com que o professor lida com seus alunos. O diálogo também é a melhor forma de se resolver qualquer problema e situação junto aos alunos. É com o diálogo 6 que esse sentimento de respeito e autoridade se faz possível no ambiente da sala de aula. (PAULO FREIRE, 1999, p. 148).
De acordo com Freire (1999) ao inserir a afetividade entre professor e aluno é criada a possibilidade de que o aluno alcance resultados de aprendizagem de forma fácil fazendo com que a criança se sinta segurança e o professor poderá utilizar do seu exemplo, pois nos anos iniciais a afetividade é muito importante para o desenvolvimento educacional fortalecendo os laços afetivos. Essa relação afetiva entre professor e alunos se apresenta com muita importância, sendo muito relevante na construção do conhecimento, destacando que essa necessidade de trazê-la para o ambiente escolar, o que torna a convivência agradável entre todos contribuindo para a formação integral da criança. 
Uma boa relação entre professor e aluno é essencial para o processo de ensino-aprendizagem, pois quando a aprendizagem acontece de maneira afetiva, quando o professor e o aluno trocam toques, olhares até mesmo pela entonação da voz, torna-se um ponto de partida para determinada situação e disposição emocional, desse modo a criança poderá guardar memoria significativas para toda sua vida. 
As aulas devem ser lúdicas e expositivas para que as crianças interajam com mais interesse e liberdade de se expressarem e argumentarem se tornando ativos nas atividades em sala de aula. A demonstração de afeto na Educação Infantil não deve ter a necessidade de um momento certo para acontecer, pois a melhor maneira de educar é com a afeto e quando o professor age de forma afetiva em todo o cotidiano do aluno isso se torna um ponto de partida para criar vínculo com aluno, ou seja, observar e ser atencioso com os alunos durante as atividades em sala de aula percebendo todos os detalhes de seus comportamentos. Dessa forma é possível o professor demostrar e estar mais próximo para responder por meio de atitudes possibilitando bons momentos em sala de aula. 
O professor deve conhecer seu aluno dentro e fora da a sala de aula, precisa saber escutá-lo e entender sua necessidade e também seu comportamento, além de buscar meios de compreender o mundo que ele está inserido, e até mesmo o que ele faz no âmbito escolar. 
“O professor (educador) obviamente precisa conhecer e ouvir a criança. Deve conhecê-la não apenas na sua estrutura biofisiológica e psicossocial, mas também na sua interioridade afetiva, na sua necessidade de criatura que chora, ri, dorme, sofre, e busca constantemente compreender o mundo que a cerca, bem como o que ela faz ali na escola”. (SALTINI, 2008, p. 63).
 	De acordo com Saltini (2008), melhor forma para o professor estimular a criança é por meio do afeto e de promover atividades que estimule a criança se compreender e compreender o mundo que o rodeia.  Por meio disso, o educador pode incentivar os alunos sem se preocupar com o momento específico da rotina, por exemplo, no início da aula o professor poderá propor atividades lúdicas como jogos e brincadeiras entre outras atividades que despertem o interesse da criança. 
Além de promover a aproximação entre aluno e professor este será também o momento em que a relação com as criançaspode ser fortalecida, além de promover uma roda de conversa, abordar assuntos sobre família ou atividades que cada criança gosta de fazer, deixando a atividade acontecer de acordo com a interação dos alunos. Lembrando que o mediador deve estar mostrando interesse nesta conversa, pois a construção do conhecimento se dá a partir da troca de informações entre professor e aluno, além de respeitar a cultura de cada um, mediado para que se chegue ao conhecimento. Assim como Cury (2008) aponta:
(...) a afetividade deve estar presente na práxis do educador (...) os educadores, apesar das suas dificuldades, são insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas, enfim, todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por máquinas, e sim por seres humanos. (CURY, 2008, pág. 48).
Portanto, Cury (2008) nos faz compreender que o professor deve estimular a criança para uma boa relação através do afeto e compreensão despertando a curiosidade e o gosto pelo saber. O afeto é o mecanismo que motiva o sistema emocional, cognitivo e social que ajuda na construção do conhecimento e o professor consegue através do afeto transformar aprendizado positivo na vida de seus alunos. As atividades lúdicas que envolvem jogos e brincadeiras são fundamentais para promover a interação dos alunos e podem ser muito trabalhadas na primeira fase escolar a fim de proporcionar diversão e interação no desenvolvimento afetivo, social, cognitivo e motor. Além disso, a sala de aula se torna um ambiente alegre e agradável para a turma, pois a construção de um ambiente afetivo é essencial para a aprendizagem em todos os momentos.
O maior desafio para o professor nesse período é buscar formas eficientes e não agressivas de impor os limites necessários, pois é dessa maneira que a criança compreende que afeto é necessário nesta etapa da educação podendo ser um grande aliado no aprendizado. É natural que alguns alunos possam agir de forma mais afetiva, mas também têm aqueles que não gostam de abraços e beijos, por isso é preciso observar todo esse comportamento e respeitar, pois existem crianças e até mesmo familiares que não gostam do contato físico, porém isso vai depender muito da personalidade da criança e de que modo acontece sua convivência familiar, o respeito e sua maneira de expressar seus sentimentos. É fundamental que professor atente e leve isso em consideração.  
Entende-se que na Educação Infantil e o afeto é completamente indispensável, nesta fase a criança está desenvolvendo o processo de formação de amadurecimento. E se o educador não compreender essa questão nada será alcançado se não for de forma efetiva, porque nesta etapa a criança precisa se sentir segura e confiante para se expressar das diversas formas. Para Kupfer (2003) em nossos dias ainda é habitual entre os educadores a concepção de que a criança se desenvolve a partir de dois âmbitos: a cognição e o afeto.
Portanto, em todas as ações mediadas pela afetividade do professor se percebe que as decisões tomadas por ele têm grande contribuição quanto a afetividade, por isso o ato de ensinar e de aprender envolve e exige muita cumplicidade do professor para com o aluno a fim de construir as intervenções necessárias por meio da linguagem, do que é entendido e do que é transmitido e captado pela criança. Cabe ao professor planejar e executar suas atividades pedagógicas para que seus alunos possam definir vínculos positivos entre si em cada conteúdo aplicado. 
Quando um professor apenas transmite um conteúdo sem sentindo em que a criança não consiga assimilar afetivamente nada será aprendido por ela, pois seu papel é tornar a aula interessante aos olhos dos alunos, além de procurar meios de desenvolver para o aluno adquirir pontos positivo na formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.
A afetividade pode ser manifestada no familiar, nos profissionais ou pessoais, e é válida em qualquer idade e em qualquer nível social e cultural. A afetividade está sempre presente na vida do indivíduo através de experiências vividas em seu cotidiano com o outro, ou seja, é uma relação que dura por toda a vida desde seu nascimento. Todo sujeito necessita de limites de carinho e amor e segundo Piaget (1975) “educar é adaptar o indivíduo ao meio social ambiente” e para isso é essencial que o professor esteja consciente de seu papel na vida da criança na tomando atitudes de acordo com os valores morais e as relações sociais de sua prática, considerando também todas as condições de vida familiar e social de seus alunos.
O ambiente escolar muitas vezes é o local onde a criança permanece na maior parte de seu tempo, por isso muitas delas passa mais tempo com o professor do que com sua família e acaba recebendo informações e sentimentos, e isso é muito importante para que a criança, possa encontram um professor que seja um transmissor de afeto, alegria e carinho. Diante disso anteriormente se pode perceber de maneira clara que todo o desenvolvimento do ser humano, no que diz respeito ao ser social quanto ao potencial corporal, depende de como ele enxerga o seu próximo, de como o admira e como é a afetividade, sendo um elemento importante para todo o processo de ensino e aprendizagem das crianças na educação infantil. 
3 METODOLOGIA
O presente estudo contou com a metodologia a pesquisa bibliográfica qualitativa buscando abordar a importância da afetividade no processo de ensino-aprendizado na primeira fase educacional da criança (Educação Infantil) e como trabalhar de maneira afetiva traz benefícios ao aluno. Segundo Cortelazzo e Romanowski: 
Se refere aos estudos investigativos que tem como base fontes de referências tais como livros e periódicos. Seu objetivo é auxiliar na análise e na compreensão de um tema, contribuindo para explicar um problema a partir das interferências teóricas obtidas nas leituras (CORTELAZZO E ROMANOWSKI, 2007, p. 38).
A pesquisa foi feita por meio de bases de dados, tais como: Scielo, Google Acadêmico, livros, sites e Bibliotecas Virtuais a fim de encontrar autores com ideias relevantes sobre o tema abordado. Desta forma, a pesquisa teve como base o estudo de obras de autores como: Cury (2008), Wallon (2007), Saltini (2008), entre outros que ressaltam a importância da efetividade na Educação Infantil e a relação de afetividade entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem. 
Foram analisadas várias teorias diferentes que afirmam a importância da afetividade na Educação Infantil, o que permitiu selecionar e explorar ideias para explicar os objetivos da afetividade e sua importância, como a finalidade no processo de ensino e aprendizagem na educação infantil. Foram levadas em consideração as informações relevantes para a elaboração do artigo e as que não foram consideradas como relevantes foram descartadas. 
A partir dessa reflexão foi possível descrever sobre assunto e para isso foi usado uma base teórica para fundamentar de maneira adequada o tema proposto se pautando nos objetivos a serem alcançados na pesquisa. Por meio das leituras de todas matérias selecionadas, em análises e reflexões e todas as informações adquiridas que atribui para a conclusão no processo básicos para expor o tema deste trabalho. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constata-se nesse contexto que a presente pesquisa foi importante para se entender a importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem e de acordo com o estudo feito se notou o quanto é fundamental a afetividade na Educação Infantil e a relação professor-aluno no desenvolvimento e aprendizado da criança, sendo que ela tem a possibilidade de levar boas memorias por toda vida e se a transmissão de saberes for mediada pelo professor de forma efetiva, que possibilita a transformação no desenvolvimento cognitivo e afetivo.
 Nota-se que ao criar esse vínculo de afeto o professor estará proporcionando o ensino-aprendizagem, além de aprimorar o afeto que os alunos já trazem de casa. É importante ressaltar a importânciado professor em beneficiar a transformações na vida na da criança através da aprendizagem, pois tem uma grande necessidade de utilizar afetividade como mediadora em todo o processo.
Destaca-se por meio de análises que não se pode confundir esse vínculo afetivo com “ser flexível”, pois ao contrário disso, o professor deve sim impor limites para a criança para que elas possam compreender que ser afetivo não significa ser permissivo, mas sim entender que o afeto é um instrumento que auxilia na criação de um ambiente prazeroso em sala de aula, ou seja um meio de incentivar o respeito.
Procurou-se entender que uma pedagogia afetiva é a nova práxis que os professores devem obter, pois o afeto pode incentivar boas relações cognitivas na vida social da criança. Partindo disso, constata-se que a afetividade é fundamental na vida de todos os seres humanos, desde o nascimento até a vida adulta, e que ela influencia na interação e a proximidade em sala de aula possibilitando o desenvolvimento tanto afetivo quanto cognitivo, por meio da comunicação e incentivos para aumentar a autoestima e a autoconfiança do aluno.
A partir de tudo que foi exposto se concluiu que a interação social é fundamental para o desenvolvimento de todo indivíduo, é através afetividade se pode ampliar as relações interpessoais a fim de criar possibilidades para se compreender várias formas de conhecimentos, possibilitando que o professor em sala de aula seja capaz de transformar a vida dos alunos através do afeto e a educação.
REFERÊNCIAS
ALENCASTRO, C. E. As Relações de Afetividade na Educação Infantil. Porto Alegre: UFRGS, 2009. Disponível em: <http://abelardoluz.ifc.edu.br/wp-content/uploads/2019/02/TC-Daniela.pdf>. Acesso em: 10 de jul. de 2021.
ALMEIDA, A. R. S. A afetividade no desenvolvimento da criança: contribuições de Henri Wallon. Inter-Ação: Revista da Faculdade de Educação da UFG, v. 33, n. 2, p. 343-357, jul./dez. 2008. >. Acesso em: 11 jul. de 2021.
ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. Campinas/SP: Papirus, 1999. Disponível em: <http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/a-importancia-da-afetividade-na-educacao-infantil >. Acesso em: 12 de jul. 2021
ANTONINO, Edileide; VIGAS, Maria Célia; PEIXOTO, Maria de Fátima (Orgs.). Ação psicopedagógica: uma contribuição para a construção do conhecimento. Salvador: Editora da Assembleia Legislativa da Bahia, 2012. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2021.
ANTUNES, Celso. Relações interpessoais e auto-estima: sala de aula como um espaço de crescimento integral, faz. 16. Petrópolis, RJ. Vozes, 2006.Disponível em: <https://www.ucv.edu.br/fotos/files/tcc-ef-rosiane.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2021.
BRASIL, Referencial curricular nacional para a educação infantil; vol.3, Brasília: MEC/SEF,1998. Disponível em: <https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2018/12/a-importancia-da-afetividade-na-educacao-infantil.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2021.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica, 2010.Disponível em: <https://www.finom.edu.br/assets/uploads/cursos/tcc/202102191002349.pdf>. Acesso em 14 jul. 2021.
BOCK, A. M. B. (org). Psicologia: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 13ªed. 1999. Disponível em: <https://www.bage.ideau.com.br/wp-content/files_mf/059cdd781d7db95c3b6a1a849829e47a223_1.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2021.
CATRIB, Ana Maria Fontenele; GONÇALVES, Fernanda Denardim; VIEIRA, Neiva Francenely Cunha; VIEIRA, Jane Eyre de Souza Vieira. A promoção da saúde na educação infantil. Botucatu, 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/icse/a/mrv3zN4qwNhn3mjJDFDR8Sd/?lang=pt>. Acesso em 15 jul. 2021.
COMENIUS, Jan Amos. Didática Magna. São Paulo: Martins Fontes, 2002.Disponível em: < http://www.uel.br/ceca/pedagogia/pages/arquivos/2009%20JOSIANE%20REGINA%20BRUST.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2021
CORTELAZZO, Iolanda Bueno de Camargo / ROMANOWSKI Joana Paulin, Pesquisa e Prática Profissional: Organização da Escola, IBPEX, 2007. Disponível em: < http://alb.org.br/arquivomorto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem13/COLE_3174.pdf>. Acesso em: 16 jul. 2021
CURY, Augusto. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. Disponível em: <http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2017/02/Marcilene-Rodrigues-da-Silva.pdf>. Acesso em: 16 jul. 2021 
FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975. Disponível em: < http://abelardoluz.ifc.edu.br/wp-content/uploads/2019/02/TC-Daniela.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia de a Autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz Terra,1999. Disponível em: <https://www.utic.edu.py/repositorio/COLOQUIOSSIMPOSIOS/SIMPOSIOS/asu/5%20Irene%20da%20Silva%20Benathar%20TC%202.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2021.
FREIRE, Paulo. A educação na cidade. 3 ed. São Paulo: Cortez, 1999. Disponível em: <https://www2.faccat.br/portal/sites/default/files/prestes_rodrigues.pdf>. Acesso em: 18 17 jul. 2021.
KEFTA, Silvana. Metodologia de Ensino e Educação Infantil: Algumas Considerações Sobre a Trajetória da Escola Infantil no Brasil. 2011. Disponível em: <https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/18440_9156.pdf>. Acesso em 18 jul. 2021. 
KUPFER, Maria Cristina Machado. Afetividade e cognição: uma dicotomia em discussão . In: ARANTES, Valéria Amorim. Afetividade Na Escola: Alternativas Teóricas e Práticas. 4. ed. São Paulo: Summus, 2003. p. 35-52.
MARTINS, Lígia Márcia. O Ensino e o Desenvolvimento da Criança de Zero a Três Anos. In: ARCE, Alessandra; MARTINS, Lígia Márcia (Orgs). Ensinando aos pequenos de zero a três anos. Campinas – SP: Editora Alínea, 2009, p. 93 a 121. Disponível em: < http://www.uel.br/eventos/semanaeducacao/pages/arquivos/ANAIS/ARTIGO/SABERES%20E%20PRATICAS/DESENVOLVIMENTO%20INFANTIL.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2021.
WALLON, H. Psicologia e educação da infância. Rio de Janeiro: Estampa 1995. Disponível em: <https://www.finom.edu.br/assets/uploads/cursos/tcc/202102191002349.pdf>. Acesso em 19 jul. 2021.
WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007. Disponível em: <https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2018/12/a-importancia-da-afetividade-no-processo-de-aprendizagem-e-desenvolvimento-da-crianca-inserida-na-educacao-infantil.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2021.
 
PIAGET, J. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. Disponível em: <https://calafiori.edu.br/wp-content/uploads/2018/04/A-IMPORT%C3%82NCIA-DA-AFETIVIDADE-NA-RELA%C3%87%C3%83O-PROFESSOR-ALUNO-NOS-PRIMEIROS-ANOS-DA-EDUCA%C3%87%C3%83O-INFANTIL.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2021.
PIAGET, J. A linguagem e o pensamento da criança. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1981. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/27-4.pdf>. Acesso em
SALLA, Fernanda.  O Conceito de afetividade de Henry Wallon. Disponível em: < novaescola@fvc.org.br>. Acesso em: 20 jul. 2021.
SALTINI, Cláudio J. P. Afetividade e inteligência: a emoção na educação. 4ª ed. Rio de Janeiro: DP & A, 2008. v. 01. Disponível em: <https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2018/12/a-importancia-da-afetividade-na-educacao-infantil.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2021.
WALLON. H. O desenvolvimento cognitivo da criança a partir da emoção. Revista Didática Sistêmica, vol.4, julho dezembro de 2006.

Outros materiais