Buscar

projeto de Ensino - A afetividade na aprendizagem do aluno

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
pedagogia
 (
rafaela garcia
) (
PROJETO DE ENSINO
Em pedagogia
A Afetividade na aprendizagem do aluno
)
Rosário do Ivaí
2020
Ano
 (
rafaela garcia
)
 (
PROJETO DE ENSINO
Em pedagogia
A afetividade na aprendizagem do aluno
)
 (
Projeto
 
de Ensino 
apresentado
 à
 UNOPAR – Universidade Norte do Paraná
, como requisito parcial 
à 
conclusão
 do Curso
 de
 Pedagogia
.
Docente supervisor
: 
Prof
.
 
Natalia Gomes dos Santos
 
)
 (
Rosário do Ivaí
2020
)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	PARTICIPANTES	7
4	OBJETIVOS	8
5	PROBLEMATIZAÇÃO	9
6	REFERENCIAL TEÓRICO	10
7	METODOLOGIA	15
8	CRONOGRAMA	16
9	RECURSOS	17
10	AVALIAÇÃO	18
CONSIDERAÇÕES FINAIS	19
REFERÊNCIAS	21
INTRODUÇÃO
A afetividade é a dinâmica mais profunda e complexa de que o ser humano pode participar, ela é a mistura de todos os sentimentos como: amor, motivação, ciúme, raiva e outros, e aprender a cuidar adequadamente de todos nas emoções é que vai proporcionar ao sujeito uma vida emocional plena e equilibrada. Tendo em vista que todo processo de educação significa também a constituição de um sujeito. A criança seja em casa, na escola, em todo lugar, está se constituindo como ser humano, através de suas experiências com o outro, naquele lugar, naquele momento.
No processo ensino-aprendizagem o professor como elemento mais importante do processo de desenvolvimento da afetividade com o aluno, deve passar-lhe metas claras e realistas levando este a perceber as vantagens de realizar atividades desafiadoras. O aluno precisa sentir vontade de aprender, e o professor é quem pode despertar essa vontade no aluno, a afetividade na educação constitui um importante campo de conhecimento que deve ser explorado pelos professores desde as séries iniciais, uma vez que, por meio dela podemos compreender a razão do comportamento humano, pois, a afetividade é uma grande aliada da aprendizagem.
Este projeto tem o objetivo de promover reflexão de postura em relação ao educador e ao educando a respeito da afetividade promovendo a conscientização do educador sobre o seu papel de mediador nesse processo de construção da afetividade no ambiente escolar e assim entender que tem influência no processo de ensino aprendizagem de crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
O estudo caracteriza-se como pesquisa bibliográfica, na qual pretende-se, analisar e discutir como tem ocorrido a afetividade na prática pedagógica entre professor e aluno, e como os professores tem utilizado as teorias de Vygotsky, Eugênio Cunha, Saltini, Piaget, Antunes, Cury, que valorizam a afetividade aliada a educação, para melhorar aprendizado dos alunos. 
23
TEMA
A afetividade no ambiente escolar contribui para o processo ensino-aprendizagem considerando uma vez, que o professor não apenas transmite conhecimento, mas também ouve seus alunos e ainda estabelece uma relação de troca, essa troca deve ser permeado de afeto. Precisa-se não só ensinar o currículo, mas ensinar a amar, a ter empatia com o outro, e isso só se dá através do afeto e da afetividade.
O tema afetividade ligado à aprendizagem está sempre em evidência nos ambientes escolares, impelindo professores a se superar ou fazendo-os recuar, chegando à desistência dos casos mais complexos. Porém, ela tem um papel muito importante nos resultados que os professores e alunos almejam. Hoje já se sabe que a afetividade é algo visceral, um sentimento, ou se tem ou se não tem. Isso não quer dizer que não se possa fazer nada para que as pessoas consigam vivenciá-las
A afetividade tem um papel imprescindível no processo de desenvolvimento da personalidade da criança, que se manifesta primeiramente no comportamento e posteriormente na expressão. O desenvolvimento é um processo continuo, pois o ser humano nunca está pronto e acabado, esse desenvolvimento refere-se ao mental e ao crescimento orgânico, conhecendo as características comuns de uma faixa etária, reconhecendo as individualidades. 
O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, para que isto aconteça é necessário que o professor desperte a curiosidade dos mesmos, acompanhando suas ações no desenrolar das atividades em sala de aula. 
JUSTIFICATIVA
A afetividade no ambiente escolar contribui para o processo ensino-aprendizagem considerando uma vez, que o professor não apenas transmite conhecimentos, mas também ouve os alunos e ainda estabelece uma relação de troca. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, expondo opiniões, dando respostas e fazendo opções pessoais. O fortalecimento das relações afetivas entre professor e aluno contribui para o melhor rendimento escolar, destacando assim que a afetividade não se dá somente por contato físico: discutir a capacidade do aluno, elogiar seu trabalho, reconhecer seu esforço e motivá-lo sempre, constituindo assim formas cognitivas de ligação afetiva, sem deixar de ressaltar que o contato corporal também é uma manifestação de carinho.
O professor sabe que sua tarefa é orientar o aluno em seu aprendizado, tornando-o mais crítico e sua relação com os alunos é uma relação profissional, que deve potencializar um bom aprendizado, pois o olhar do professor para seu aluno é indispensável para a construção e o sucesso da sua aprendizagem. Isto inclui dar credibilidade as suas opiniões, valorizar sugestões, observar, acompanhar seu desenvolvimento e demonstrar acessibilidade e disponibilizar mútuas conversas. Portanto, na relação professor-aluno, pode-se dizer que a escola exerce um papel fundamental no desenvolvimento sócio-afetivo da criança, por isso, a ação educativa da escola deve propiciar ao aluno oportunidades para que esse seja induzido a um esforço intencional, visando resultados esperados e compreendidos. Vale ressaltar que a afetividade, não se refere ao carinho do professor para com determinada criança. Mas uma afetividade voltada para a relação do professor em relação ao contexto grupal, de forma que o professor adote uma postura afetiva e positiva com o mesmo.
Para que haja esse processo educativo afetivo é necessário que algo mais permeie essa relação professor-aluno. É esse algo a mais que falta em diversas instituições de ensino. A afetividade, uma relação mais estreita entre o educando e o educador. Dentro da abordagem Democrática, a afetividade ganha um novo enfoque no processo de ensino e aprendizagem, pois se acredita que a interação afetiva auxilia mais na compreensão e na modificação das pessoas do que um raciocínio brilhante, repassado mecanicamente. A afetividade, no processo educacional, ganha seguidores ao colocar as atividades lúdicas no processo da aprendizagem.
A afetividade exerce um papel crucial na vida das pessoas e forma um elo na relação professor-aluno, quanto maior for à afinidade entre professores e alunos, maior será a fluência do processo ensino-aprendizagem, pois mais facilmente os alunos compreenderão o sentido de estudar o que está sendo apresentado pelo professor e terão a curiosidade de buscar novas informações que possam completar a aula, tornando-a um momento de aprendizagem dinâmica para ambos, aluno e professor.
Escolheu-se esse tema por haver uma preocupação do estagiário do Curso de Pedagogia, em como trabalhar essa interação no dia-a-dia da sala de aula, buscando uma maneira de contribuir para que a escola seja um ambiente de relações agradáveis entre professores e alunos, e que a aprendizagem possa ser uma consequência dessa relação afetuosa bem sucedida, que o aluno possa aprender em um ambiente afetivo e prazeroso.
PARTICIPANTES
A afetividade na Educação Infantil contribui, também, para a criação de um espaço agradável e harmonioso em sala de aula. Este ambiente é um dos responsáveis por despertar nas crianças a curiosidade e prazer por aprender, influenciando positivamente no processo de aprendizagem. 
A demonstração de afetividade na Educação Infantil não precisa ter um momento específico para acontecer.A melhor maneira de uma educação com afeto é quando o educador age de forma afetiva em toda a rotina da criança.
Isso inclui criar uma relação com os alunos que seja evidente o afeto em todos os momentos. Ou seja, observar e dar atenção ao que as crianças dizem e fazem durante as aulas, percebendo detalhes de seus comportamentos. Com isso é possível demonstrar proximidade ao respondê-las, verbalmente ou com atitudes, e proporcionar bons momentos em sala de aula.
Para tanto o presente projeto busca analisar a afetividade na aprendizagem de alunos da Educação Infantil.
OBJETIVOS
O projeto de ensino tem como norte central a importância da afetividade no processo de ensino aprendizagem. Nossa linha de pesquisa veio de encontro a autores que amparassem a perspectiva da influência do afeto na relação professor-aluno no âmbito da aprendizagem escolar e na aprendizagem da vida como um todo.
Um dos objetivos primordiais deste projeto é mostrar a influência da relação afetiva entre professor e aluno no processo de ensino aprendizagem de crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental. 
E ainda promover uma reflexão do educador, em avaliar como tem sido o seu papel de mediador do conhecimento em sala de aula. 
PROBLEMATIZAÇÃO
	
Toda a criança é um ser único e tem seu jeito de pensar e agir, por isso é necessário que a relação professor-aluno seja prazerosa, para que assim ocorra uma aprendizagem mais satisfatória. Isso irá acontecer mais intensamente se a afetividade estiver incluída nessa relação, porque a mesma está presente em todas as esferas de vida no trabalho, no lazer e principalmente na escola, pois é no ambiente escolar aonde ocorre a aprendizagem mais específica do conhecimento de nossas crianças. Por isso, o ambiente escolar como base no processo ensino-aprendizagem do aluno pode e deve favorecer ao educando a afetividade em todos os aspectos cognitivos, levando o indivíduo a sua autorealização e crescimento
Portanto é notório perceber que a relação professor-aluno em sala de aula, influencia diretamente no resultado de sua aprendizagem. Diversos teóricos falam a respeito da aprendizagem, Vygotsky por exemplo, afirma que o aluno traz consigo uma bagagem de conhecimentos adquiridos em sua experiência de vida, a esse conhecimento Vygotsky chama de conhecimento prévio. A partir deste conhecimento prévio, o professor irá ensinar novas aprendizagens aos alunos. Contudo, se não há uma relação afetiva de confiança, entre professor e o aluno, com certeza o professor não conseguirá mensurar o conhecimento prévio adquirido por esse aluno, e com isso irá comprometer a aquisição de uma aprendizagem significativa por parte do aluno. Desta forma, é extremamente necessário ser construído uma relação de afeto entre o professor e o aluno, pois essa relação está intimamente ligada a aprendizagem. 
REFERENCIAL TEÓRICO
O processo educativo requer do professor um papel de mediador do ensino aprendizagem ao aluno. E nessa mediação, o professor pode contar com uma ferramenta que irá facilitar esse processo, que é a afetividade. 
De acordo com Cunha (2008), ele nos mostra a importância que o professor deve ter ao procurar conhecer o seu aluno de forma particular, principalmente no que diz respeito aos estágios de desenvolvimento cognitivo de seu aluno, para que possa utilizar-se de recursos adequados e ao mesmo tempo estimulativos, facilitando assim de forma significativa o aprendizado do aluno. 
Para Piaget (2005) a afetividade é um dos principais elementos da inteligência, ela pode ajudar no desenvolvimento do aluno, como também pode prejudicar pelo excesso dos pais, que ocorre na superproteção. 
Saltini (2008) diz que o professor além de conhecimentos teóricos, ele precisa conhecer o seu aluno, entende-lo, demonstrar disponibilidade de mudança, quando perceber que está cometendo certos equívocos, pois o professor não é dono do Saber, e se faz necessário, reconhecer quando existem falhas na sua prática pedagógica, o aluno deve ser encarado como o sujeito ativo, o qual deseja aprender de forma significativa, não sendo um mero expectador, em que só são repassados os conteúdos, sem haver uma preocupação por parte do professor. Por isso é tão importante entendermos de seres humanos e praticarmos uma pedagogia afetiva. 
Educar não é apenas transmitir conhecimento, mas dá oportunidade do aluno aprender, e buscar suas próprias verdades, para isso devemos utilizar de vários meios como o afeto para que o aluno tenha prazer em estudar, nisso Cunha (2008, p.51) diz que:
Em qualquer circunstância, o primeiro caminho para a conquista da atenção do aprendiz é o afeto. Ele é um meio facilitador para a educação. Irrompe em lugares que, muitas vezes estão fechados às possiblidades acadêmicas. Considerando o nível de dispersão, conflitos familiares e pessoais e até comportamentos agressivos na escola hoje em dia, seria difícil encontrar algum outro mecanismo de auxílio ao professor mais eficaz
De fato, o afeto é uma importante ferramenta no auxílio do professor, o afeto sendo desenvolvido em sala de aula para alcançar a atenção do aluno, certamente pode provocar por parte do aluno uma boa receptiva do mesmo, em querer aprender e ao mesmo tempo tornar-se participativo. 
O afeto tem mesmo esse poder de derrubar muralhas emocionais, de romper bloqueios psicológicos e também de promover um bem estar no aluno. Saltini (2008, p.12) diz que: 
Inicialmente, educar seria, então, conduzir ou criar condições para que, na interação, na adaptação da criança de zero até seis anos, fosse possível desenvolver as estruturas da inteligência necessárias ao estabelecimento de uma relação lógico-afetivo com o mundo.
Nisso Saltini (2008) relata que é através da interação afetiva, do aluno com o professor e com seus colegas de classe, que ocorre a troca de informações através do diálogo, em que o aluno vai se desenvolver intelectualmente na interação das atividades. 
Cunha apud Piaget (2007, p.54) aponta quatro estágios, com diferentes níveis “[...] sensório-motor, pré-operatório, operações concretas e operações formais. Cada período constitui um momento do desenvolvimento, onde são construídas estruturas cognitivas singulares”. 
Piaget, em seus estudos, comprova a existência desses estágios de desenvolvimento cognitivo muito importante para o aprendizado da criança, cada segmento deste, deve ser conhecido e respeitado pelo professor, como também estimulado, sabendo que cada etapa a criança tem a oportunidade de crescimento intelectual e amadurecimento de suas emoções, nisto também pode-se desenvolver a afetividade na criança, o professor necessita respeitar esses estágios, que bem estimulados certamente resultaram em grandes conquistas. Já Cunha (2008, p.57) relata que: 
É importante que o professor conheça os estágios do desenvolvimento cognitivo do seu aluno, para utilizar os mecanismos educativos apropriados que promovam práticas pedagógicas estimulativas, não restritivas, adequadas ao período de amadurecimento de cada idade.
Cunha (2008) mostra, a importância de conhecermos os estágios do desenvolvimento cognitivo da criança, pois a medida que está verdade torna-se presente, certamente influenciaremos nossa prática pedagógica e também respeitaremos cada etapa deste seguimento. (Piaget apud Rossini 2004 p.9) “parece existir um estreito paralelismo entre o desenvolvimento afetivo e o intelectual, com este último determinando a forma de cada etapa da afetividade”. Mas o que se observa dia-a-dia é que a afetividade é a base sobre a qual se constrói o conhecimento. Isso relata que o primeiro momento, o professor conquista a confiança do aluno, através de um diálogo afetivo para depois começar a ensinar, através de exercícios que desenvolvem o aluno. Segundo Montessori apud Cunha (2008, p.59) diz que:
Um educador mal preparado para observar a alma infantil e o dinamismo das nuances do seu desenvolvimento cognitivo pode calcar a sua natural necessidade para o aprendizado escolar e, consequentemente de expressar-se. É necessário manter aprodigiosa aptidão da criança que, enquanto vive plenamente, aprende
A referida autora fala-nos da importância do estar devidamente preparado e com uma sensibilidade que permita um olhar atento por parte do educador, que deve atender as expectativas e proporcionar momentos significativos que destaquem as aptidões da criança, a criança precisa vivenciar situações de aprendizado, as quais possibilitem que a mesma possa expressar-se. Um educador mal preparado impede este avanço por parte da criança, todo um crescimento, que para a criança ficarão as consequências.
Para Cunha (2008, p.63): 
O modelo de educação que funcionava verdadeiramente é aquele que começa pela necessidade de quem aprende e não pelos conceitos de quem ensina. Ademais, a prática pedagógica para afetar o aprendente deve ser acompanhada por uma atitude vicária do professor.
O autor supracitado deixa claro que na prática pedagógica o alvo deve ser o aluno, com isso se faz necessário ao educador refletir sobre sua ação, e entender que para haver um aprendizado significativo, o aluno deve ter suas reais necessidades respeitadas. O ato de ensinar não deve ser encarado como algo imposto ou tão somente transferência de conhecimentos como se o aluno fosse um depósito bancário, mas sim como uma experiência bastante proveitosa em que a criança aprende e ao mesmo tempo se diverte. Saltini (2008, p.63) diz que: 
O professor (educador) obviamente precisa conhecer e ouvir a criança. Deve conhecê-la não apenas na sua estrutura biofisiológica e psicossocial mas também na sua interioridade afetiva, na sua necessidade de criatura que chora, ri, dorme, sofre e busca constantemente compreender o mundo que a cerca, bem como o que ela faz ali na escola.
Saltini (2008) mostra-nos o quanto se faz necessário, estabelecermos um vínculo afetivo com nosso aluno, precisamos aceitar o fato de que por ser uma criança, ela por si só é dotada de sentimentos, desejos, necessidade desde físicas, a espirituais. Precisamos conhecer este aluno, saber quem é, e como é, estar disposto a ajudar, valorizando-o e fazendo-o perceber que é um ser, em constante desenvolvimento, e que poder socializar essa relação será algo prazeroso. 
Para que aconteça uma prática pedagógica diferenciada, é necessário a existência de estímulos que transformem o aprendizado do aluno em algo prazeroso, o exercício de uma pedagogia afetiva permite ao professor conhecer o seu aluno bem como suas particularidades. De acordo com Cunha (2008, p.67): 
[...] o que vai dar qualidade ou modificar a qualidade do aprendizado será o afeto. São as nossas emoções que nos ajudam a interpretar os processos químicos, elétricos, biológicos e sociais que experienciamos, e a vivência das experiências que amamos é que determinará a nossa qualidade de vida. Por esta razão, todos estão aptos a aprender quando amarem, quando desejarem, quando forem felizes.
De acordo com Cunha o desenvolver do afeto será algo determinante na vida do aluno, pois o mesmo sendo amado sentirá o desejo de aprender e consequentemente este saber adquirido elevará sua autoestima e o tornará feliz. Nisso Cunha (2008, p.69) relata que: 
Há professores – mesmo com pouquíssimos recursos- que afetam tanto que são capazes de transformar suas aulas em dínamos de inteligências, mesmo recitando o catálogo telefônico. Pode ser um exagero usar o catálogo como metáfora, mas na verdade, em nossa memória, o que mais conservamos são as coisas que nos afetam, para o bem ou para o mal. 
Segundo Cunha (2008) como é importante o professor saber realizar uma boa aula, transformando-a em uma rica experiência de aprendizado a qual vai deixar marcas positivas na vida do aluno. “ A nova educação consideraria o sujeito como sendo mais importante que o objeto, isto é, o objeto só valeria enquanto funcionasse para o homem” Saltini (2008, p. 49). Com isso a educação, a qual demonstra, que o sujeito (aluno), hoje passa a ter importância no ensino aprendizagem, revela também que para haver um aprendizado significativo a relação que acontece, exerce influência e portanto se faz necessário orientá-lo quanto ao uso deste conhecimento. O referido autor fala da interação com o objeto (educando), comenta como é fundamental manter este vínculo, pois o mesmo facilita o aprendizado intelectual, como afetivo, essa relação quando estabelecida favorece uma troca de experiências mútuas.
Segundo Saltini (2008, p.98) “O educador sensível é aquele questiona suas ações baseando-se na abordagem que a criança faz da realidade, verbalizando uma realidade vista a seu modo (criança), com as suas capacidades estruturais, funcionais e afetivas”. O educador que tem um olhar sensível, é o que em sua prática pedagógica, avalia seus alunos e trabalha com eles de forma atenciosa, é capaz de compreender, contextualizando seus valores, em cima da realidade dos alunos para melhor aprendizagem. 
A sensibilidade do professor torna-o capaz de entender os estágios de desenvolvimento da criança, fazendo-o vivenciar um mundo de imaginação, sonhos, alegria e etc. O professor precisa conhecer bem a criança, para usar de estratégias que produzam resultados satisfatórios, concordar que o aluno tem um papel importante no uso da Didática adotada pelo professor. Para Saltini (2008, p.100):
[...] a inter-relação da professora com o grupo de alunos e com cada um em particular é constante, se dá o tempo todo, seja na sala ou no pátio, e é em função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente. Essa inter-relação é o fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento.
Para o referido autor, a relação exercida entre o professor e aluno permite grande aquisição e conhecimentos, cada momento que é compartilhado pelos mesmos enriquece o aprendizado. Esses momentos são representados pelo que chamamos de afetividade, e como já foi dito anteriormente o cognitivo não esta dissociado do afetivo. Cunha (2008, p.85) também afirma que:
A sala de aula ao revestir-se da sua humanidade, com laços de compreensão e entendimento, com atividades dinâmicas e desejastes, com participação ativa do aluno e nutrida por seu interesse, poderá tornar o aprendizado surpreendente.
Nisto observa-se que a afetividade deve estar fluindo dentro da sala de aula, pois é na sala de aula que desenvolve-se a educação emocional, que prepara estes alunos a se tornarem pessoas com ótimas relações interpessoais e principalmente esses alunos terão melhores condições intelectuais de aprender, pois os mesmos estão tendo as suas necessidades atendidas pelo professor, que procura utilizar este espaço para o aprendizado do aluno. “A educação é uma arte. Não é uma mera profissão ser um educador. Manipulamos a educação com as duas mãos a do afeto e a da lei das regras”. (Saltini 2008, p.p2). Isso quer dizer que ser educador, é ter comprometimento com o conhecimento que se transmite ao aluno, e tanto o afeto como a lei das regras, caminham juntas para construir os valores e aprendizagem do aluno, e esse trabalho realizado pelo professor não ocorre de qualquer maneira, precisa de responsabilidade e respeito em sala.
METODOLOGIA
A afetividade na Educação Infantil é super importante no processo de ensino e aprendizagem. Os vínculos de confiança entre aluno e professor estão diretamente ligados ao sucesso na aquisição do conhecimento, não só na primeira infância. Mas esse é o momento em que essa relação precisa ser construída.
A afetividade na Educação Infantil contribui, também, para a criação de um espaço agradável e harmonioso em sala de aula. Este ambiente é um dos responsáveis por despertar nas crianças a curiosidade e prazer por aprender, influenciando positivamente no processo de aprendizagem. 
A demonstração de afetividade na Educação Infantil não precisa ter um momento específico para acontecer. A melhor maneira de uma educação com afeto é quando o educador age de forma afetiva em toda a rotina da criança. Isso inclui criar uma relação com os alunos que seja evidente o afeto em todosos momentos. Ou seja, observar e dar atenção ao que as crianças dizem e fazem durante as aulas, percebendo detalhes de seus comportamentos. Com isso é possível demonstrar proximidade ao respondê-las, verbalmente ou com atitudes, e proporcionar bons momentos em sala de aula. Diante de certas dificuldades de como criar a aproximação com os pequenos, algumas atitudes podem ajudar. São elas:
Falar com as crianças de forma madura
Uma das formas de se relacionar bem com as crianças dentro de sala de aula é tratá-las de forma madura. Lembre-se que, acima de tudo, os alunos são pessoas em desenvolvimento. Perguntar sobre o dia e os problemas, apontar quando algo foi feito de forma errada e manter uma conversa com as crianças são formas simples e eficientes de criar uma conexão entre professor e aluno.
Promover roda de conversa com as crianças
Uma boa ideia para estimular a afetividade na Educação Infantil é promover uma roda de conversa com as crianças. Isso pode acontecer sempre em um momento específico da rotina, como logo no início da aula. Além de aproximar alunos e professores, também é um momento em que a relação entre as crianças pode ser fortalecida. Nessa roda de conversa vale abordar assuntos sobre família ou atividades que cada um gosta de fazer. Assim, deixar a atividade acontecer, de acordo com a interação das crianças, e o professor se mostrando sempre como parte da conversa.
Acompanhar atividades individuais
Enquanto as crianças estiverem desenhando, brincando de massinha, ou realizando outras atividades sozinhas, especialmente as que envolvem criação, é interessante que o educador se sente por um tempo ao lado delas. Durante esse momento de proximidade, o adulto pode perguntar mais sobre a atividade. Um exemplo do que pode ser útil para a construção deste vínculo é perguntar sobre o que está sendo desenhado ou criado. Essa atitude também ajuda a, mais uma vez, demonstrar uma relação de confiança entre professor e aluno. Com isso, o professor pode entender também mais sobre o que pensa a criança.
Contar histórias
A contação de histórias é um ótimo meio de estimular a afetividade na Educação Infantil. Desde os primeiros meses de vida, quando começam a frequentar a creche, as histórias podem ser uma atividade válida. Elas têm um papel incrível no desenvolvimento cognitivos e na construção de relação entre educadores e alunos. Com o passar do tempo os livros de histórias passam a ter outra função, também importante na Educação Infantil. Entre elas a alfabetização e introdução de hábitos culturais. 
Acompanhar a relação entre as crianças
Além de acompanhar as atividades que as crianças realizam sozinhas na Educação Infantil, estar atento ao que elas fazem em turma também é importante. Acompanhar as relações de amizade entre os colegas de classe e como cada um se relaciona para brincar e se conhecer é uma ótima forma de conhecer seus alunos. Vale também entrar em acordo sobre alguma questão que surge em meio à atividade. 
Promover atividades lúdicas
Atividades lúdicas são brincadeiras que envolvem jogos ou interações com outras crianças ou adultos, e podem ser muito trabalhadas na Educação Infantil. Essas atividades divertem, ensinam e auxiliam no desenvolvimento afetivo, social, cognitivo e motor de quem as práticas. Além disso, proporcionam um ambiente divertido e agradável para a turma. A construção desse ambiente é essencial para a aprendizagem na Educação Infantil.
Impor limites de forma não agressiva
A agressividade, mesmo com as palavras, deve sempre ser evitada pelos professores na Educação Infantil. Ao mesmo tempo, essa é uma idade importante de mostrar aos pequenos que existem limites, e quais são eles. O desafio para o educador nessa fase é buscar formas eficientes e não agressivas de impor os limites necessários. O afeto e vínculo já criados entre professor e alunos, nessa etapa da educação, pode ser um grande aliado.
Acolher críticas e problemas
Uma forma de exercer a afetividade, e até mesmo um sinal de que esse caminho está sendo criado, é aceitar as críticas das crianças e de familiares sobre a condução do ensino. É importante entender qual a reclamação e acolhê-la. Esse mesmo acolhimento é bastante importante ao lidar com os possíveis problemas pessoais das crianças. É um sinal de que a confiança entre aluno e professor foi estabelecida. Então, nesse momento, é preciso reforçar que a conexão e confiança existem.
Manter relação com os responsáveis
Manter uma boa relação com os pais ou responsáveis das crianças também é uma maneira de expressar o afeto e preocupação com relação aos pequenos. Também acaba sendo uma forma de mostrar essa preocupação para os pais e construir a relação de confiança necessária também com os familiares dos alunos.
Limites dos vínculos afetivos na escola
Ao se tratar de relações afetivas entre adultos e crianças, é preciso salientar os limites que as crianças colocam nestes relacionamentos, especialmente com relação a contatos físicos. Primeiramente, é importante lembrar que o vínculo afetivo construído entre educadores e educandos deve estar sempre centrado na aprendizagem. 
Algumas crianças são naturalmente mais afetivas, e gostam de abraços e beijos. Outras não. É preciso observar o comportamento de cada uma delas e respeitá-las. 
Alguns alunos – e até mesmo as famílias – podem não gostar do contato físico, e isso depende da personalidade da criança e do modo com que a família expressa sentimentos em casa, entre outras questões. É extremamente necessário que o educador leve isso em consideração. 
Também é importante encontrar diferentes maneiras de demonstrar o carinho e afetividade na Educação Infantil com cada aluno.
CRONOGRAMA
Etapas do Projeto
O projeto de afetividade deve acontecer durante todo o ano letivo, sendo que cada etapa citada na metodologia vão acontecendo no decorrer do ano, cabe ao professor de acordo com a realidade de cada turma, encontrar o melhor momento para trabalhar cada etapa descriminado abaixo, lembrando que elas poderão se repetir em qualquer momento que for necessário.
	No Início com muita dedicação criar um vínculo com a criança que acaba de chegar na escola
	Falar com as crianças de forma madura
	Promover roda de conversa com as crianças
	Acompanhar atividades individuais
	Contar histórias
	Acompanhar a relação entre as crianças
	Promover atividades lúdicas
	Impor limites de forma não agressiva
	Acolher críticas e problemas
	Manter relação com os responsáveis
	Limites dos vínculos afetivos na escola
RECURSOS
Foram utilizadas para a realização do projeto de ensino diversas bibliografias, como Livros impressos, livros em sites, artigos diversos, além dos livros e materiais fornecidos pela faculdade, nas diversas disciplinas do semestre, e do curso em geral. 
Para digitação e pesquisa foi usado um notebook.
Em relação à aplicação do projeto o professor com o uso de materiais disponíveis na sala de aula trabalhará as etapas de afetividade, com atenção voltada as explanações discriminadas na metodologia.
AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá por meio da observação permanente do professor, que estará sempre atento e anotando todo o desenvolvimento do aluno, para assim avaliar as suas atitudes, a sua participação, o seu interesse, a sua comunicação oral e escrita, o confronto e a defesa de idéias de cada um. Sempre considerando os saberes espontâneos do aluno.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A afetividade só é estimulada através da vivencia, na qual o professor-educador estabelece um vinculo de afeto com o educando. A criança precisa de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem. O afeto pode ser uma maneira eficaz de se chegar perto do educando, e a ludicidade em parceria, é um caminho estimulador e enriquecedor para se atingir uma totalidade no processo do aprender, quando há um aprendizado de afeto. Todo professor em sua experiência docente e também discente acumula conhecimentos que serão utilizados tanto em sua prática como em sua vida pessoal.
Todo o ser humano necessita de afeto, em sala deaula, não é diferente, pois a própria relação que é estabelecida entre o professor e o aluno requer a presença da afetividade. Porém, a afetividade, não se restringe somente a escola: ela também está inserida dentro do ambiente familiar, o qual também precisa desenvolver laços de afeto em seus filhos. As teorias da afetividade e do desenvolvimento humano que foram surgindo tem nos mostrado o quanto essas especificidades intervêm na individualidade humana e, portanto, não podemos estabelecer leis psicológicas gerais que devem ser aplicadas igualmente a todos seres humanos. São muitos os esforços praticados atualmente para adaptar o ensino às características individuais de cada aluno.
As dificuldades de aprendizagem das crianças encontram origem na forma como são tratadas em casa e na escola. Dessa forma o ato educativo deve estar presente no desenvolvimento do bem estar das mesmas, a educação deve auxiliar a criança desde a infância, conseguindo alcançar seu objetivo que é, de adquirir uma aprendizagem significativa, uma educação de qualidade que o acompanha por toda a sua vida. No cotidiano escolar os alunos vêm crescendo cada vez mais no processo de aprendizagem, pois a escola os acolhe de forma motivadora e afetiva, a família deve também motivar e estimular os filhos antes mesmo de frequentarem a escola
Diante da fundamentação teórica argumentada neste trabalho, percebe-se o quanto é importante, o afeto do professor transmitido ao aluno. A autoestima do aluno é elevada, a aprendizagem se torna mais prazerosa e construtiva, o ambiente da sala de aula se torna mais harmonioso. Para que o professor conheça bem os seus alunos, é necessário que não negligenciem os aspectos afetivos. É importante refletir sobre a importância da afetividade em sala de aula nos anos iniciais do ensino fundamental, de modo que os alunos possam ser compreendidos, aceitos e respeitados, e os professores possam entender os seus sentimentos. É preciso ter sensibilidade para ouvi-los, dialogar com eles e apoiá-los para que busquem superar as suas dificuldades.
Um professor tem um poder de afetar o aluno de forma positiva, como também negativa, por isso é de extrema importância refletirmos a nossa prática pedagógica, para que possamos afetar positivamente os nossos alunos.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala da aula. Ed. Papirus, Campinas, SP, 2012.
BEZERRA,Ricardo José Lima. Afetividade como condição para a aprendizagem: Henri Wallon e o desenvolvimento cognitivo da criança a partir da emoção.Revista Didática Sistêmica, v. 4, jul-dez de 2006. Disponível em: Acesso em 20 de outubro de 2020.
CUNHA, Antônio Eugênio. Afeto e Aprendizagem, relação de amorosidade e saber na prática pedagógica. Rio de Janeiro: Wak 2008.
SALTINI, Cláudio J.P. Afetividade e Inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
VASCONCELOS, Mário Sérgio, A afetividade na escola: alternativas teóricas e práticas. Educ. Soc., Campinas, vol.25, maio/agosto, 2004.
WALLON, Henri. A Evolução Psicológica da Criança. Lisboa: Edições 70, 1968.

Outros materiais