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1 @jumorbeck Aminoácidos ↠ Proteínas são polímeros de aminoácidos, com cada resíduo de aminoácido unido ao seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente (o termo “resíduo” indica a perda de elementos de água quando um aminoácido é unido a outro). (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ As proteínas podem ser degradadas (hidrolisadas) em seus aminoácidos constituintes por vários métodos. (LEHNINGNER, 7ª ed.) OS AMINOÁCIDOS POSSUEM ALGUMAS CARATERÍSTICAS ESTRUTURAIS EM COMUM ↠ Todos os 20 tipos de aminoácidos comuns são α- aminoácidos. Eles têm um grupo carboxila e um grupo amino ligados ao mesmo átomo de carbono (o carbono α). (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ Em todos os aminoácidos comuns, exceto na glicina, o carbono α está ligado a quatro grupos diferentes: um grupo carboxila, um grupo amino, um grupo R e um átomo de hidrogênio. (LEHNINGNER, 7ª ed.) Obs.: Na glicina, o grupo R é outro átomo de hidrogênio. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ O átomo de carbono α é, portanto, um centro quiral. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ A polaridade dos grupos R varia amplamente, de apolar e hidrofóbico (não hidrossolúvel) a altamente polar e hidrofílico (hidrossolúvel). (LEHNINGNER, 7ª ed.) Peptídeos e proteínas ↠ As proteínas são macromoléculas formadas pela união sucessiva de aminoácidos, que são compostos originados da ligação peptídica entre um grupo amino e um grupo carboxílico. (DUARTE, 2015) ↠ As proteínas controlam praticamente todos os processos que ocorrem em uma célula, e elas apresentam uma variedade quase infinita de funções. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ As proteínas são as macromoléculas biológicas mais abundantes, estando presentes em todas as células e em todas as partes das células. Além disso, há uma grande diversidade de proteínas; milhares de tipos diferentes podem ser encontrados em uma única célula. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ As proteínas são os instrumentos moleculares pelos quais a informação genética é expressa. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ As proteínas de cada organismo, desde a mais simples das bactérias até os seres humanos, são construídas a partir do mesmo conjunto de 20 aminoácidos. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ Para gerar uma determinada proteína, os aminoácidos ligam-se de modo covalente em uma sequência linear específica. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ Entre as proteínas, as enzimas são as que têm maior variedade e especializações. Como catalisadoras de quase todas as reações celulares. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ Duas moléculas de aminoácidos podem ser ligadas por ligação covalente por meio de uma ligação amida substituída, denominada ligação peptídica, produzindo, assim, um dipeptídeo. Essa ligação é formada pela remoção de elementos de água (desidratação) do grupo α-carboxila de um aminoácido e do grupo α-amino do outro. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ A formação da ligação peptídica é um exemplo de uma reação de condensação, uma classe comum de reações nas células vivas. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ Quando o número de aminoácidos que se ligam dessa maneira é pequeno, a estrutura é chamada de oligopeptídeo. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ Quando o número de aminoácidos que se ligam for maior, o produto é chamado de polipeptídeo. As proteínas 2 @jumorbeck podem ter milhares de resíduos de aminoácidos. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ Embora algumas vezes os termos “proteína” e “polipeptídeo” sejam usados de maneira intercambiável, as moléculas chamadas de polipeptídeos têm massas moleculares abaixo de 10.000, e as chamadas de proteínas têm massas moleculares mais elevadas. (LEHNINGNER, 7ª ed.) Algumas proteínas contêm, além dos aminoácidos, componentes químicos permanentemente associados; elas são chamadas de proteínas conjugadas. A parte de uma proteína conjugada que não é aminoácido normalmente é chamada de grupo prostético. (LEHNINGNER, 7ª ed.) Estrutura das proteínas A descrição de todas as ligações covalentes ligando resíduos de aminoácidos em uma cadeia polipeptídica é a estrutura primária. O elemento mais importante da estrutura primária é a sequência de resíduos de aminoácidos. (LEHNINGNER, 7ª ed.) Uma mesma proteína pode adquirir também estruturas secundárias, terciárias e até quaternárias. Isso ocorre como resultado de interações intermoleculares entre partes de uma mesma proteína ou entre várias cadeias de proteína. A estrutura secundária geralmente é resultante de ligações de hidrogênio que ocorrem entre o hidrogênio do grupo -NH e o oxigênio do grupo C = O. Quando as estruturas secundárias das proteínas se dobram sobre si mesmas, elas dão origem a uma disposição espacial denominada de estrutura terciária. Já a estrutura quaternária é a união de várias estruturas terciárias que assumem formas espaciais bem definidas. (DUARTE, 2015) Estrutura primária ↠ Algumas observações simples ilustram a importância da estrutura primária, ou a sequência de aminoácidos de uma proteína: (LEHNINGNER, 7ª ed.) ➢ Proteínas com funções diferentes sempre possuem sequências de aminoácidos diferentes. ➢ Milhares de doenças genéticas humanas foram rastreadas quanto à produção de proteínas defeituosas. ↠ O conhecimento da sequência de aminoácidos em uma proteína pode dar ideias sobre sua estrutura tridimensional e função, localização celular e evolução. (LEHNINGNER, 7ª ed.) Estrutura secundária ↠ O termo estrutura secundário refere-se a qualquer segmento de uma cadeia polipeptídica e descreve o arranjo espacial dos átomos na cadeia principal. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ Existem alguns tipos de estruturas secundárias que são particularmente estáveis e ocorrem extensamente em proteínas. As mais conhecidas são as α-hélices e as conformações β. (LEHNINGNER, 7ª ed.) A estabilidade de uma α -hélice origina-se principalmente das ligações de hidrogênio formadas entre o oxigênio da carbonila da ligação peptídica e o átomo de hidrogênio ligado ao nitrogênio da ligação peptídica no quarto resíduo adiante na cadeia polipeptídica. (HARPER, 30ª ed.) As conformações β organizam as cadeias polipeptídicas em forma de folhas. (LEHNINGNER, 7ª ed.) Em proteínas globulares, que apresentam estrutura enovelada compacta, alguns resíduos de aminoácidos estão em voltas ou alças onde a cadeia polipeptídica inverte a direção. Esses são elementos conectores que ligam estruturas sucessivas de α-hélices e conformações β. (LEHNINGNER, 7ª ed.) Estruturas terciária e quaternária ↠ O arranjo tridimensional total de todos os átomos de uma proteína é chamado de estrutura terciária. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ Algumas proteínas contêm duas ou mais cadeias polipeptídicas distintas, ou subunidades, que podem ser idênticas ou diferentes. O arranjo dessas subunidades proteicas em complexos tridimensionais constitui a estrutura quaternária. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ Considerando esses níveis mais altos de estrutura, é conveniente separar dois grandes grupos nos quais muitas proteínas podem ser classificadas: proteínas fibrosas, com cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas, e proteínas globulares, com cadeias polipeptídicas enoveladas em forma esférica ou globular. (LEHNINGNER, 7ª ed.) 3 @jumorbeck As proteínas fibrosas têm forma alongada e, diferentemente das globulares, são formadas pela associação de módulos repetitivos, possibilitando a construção de grandes estruturas. O componente fundamental das proteínas fibrosas são cadeias polipeptídicas muito longas com estrutura secundária regular: α-hélice nas α-queratinas, folha β pregueada nas β-queratinas e uma hélice característica no colágeno. (MARZZOCO, 4ª ed.) Proteínas globulares ↠ As proteínas globulares normalmente contêm vários tipos de estruturas secundárias. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ São solúveis em água. (DUARTE, 2015) ↠ A maioria das enzimas e das proteínas reguladoras são proteínas globulares. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠Em uma proteína globular, segmentos diferentes das cadeias polipeptídicas (ou de múltiplas cadeias polipeptídicas) se dobram uns sobre os outros, gerando uma forma mais compacta do que a observada nas proteínas fibrosas. (LEHNINGNER, 7ª ed.) ↠ As proteínas globulares tem uma função dinâmica e incluem a maioria das enzimas, os anticorpos, muitos hormônios e proteínas transportadoras, como a albumina sérica e hemoglobina. (DUARTE, 2015) ↠ As proteínas globulares são formadas por cadeias polipeptídicas que se dobram adquirindo a forma esférica ou globular sendo estruturalmente mais complexas que as demais proteínas, contem frequentemente, vários tipos de estruturas secundárias, além de apresentarem estrutura terciária. (DUARTE, 2015) ↠ Hemeproteínas são um grupo de proteínas especializadas que contêm heme como grupo prostético firmemente ligado. O papel do grupo heme é determinado pelo ambiente criado pela estrutura tridimensional da proteína. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Na hemoglobina e na mioglobina, as duas hemeproteínas mais abundantes em humanos, o grupo heme serve para ligar, de forma reversível, o oxigênio (O2). (BROWN, 7ª ed.) MIOGLOBINA A mioglobina, uma hemeproteína presente no coração e no músculo esquelético, funciona tanto como um reservatório quanto como um carreador de oxigênio que aumenta a velocidade de transporte de oxigênio dentro da célula muscular. (BROWN, 7ª ed.) Ela funciona tanto para a estocagem de oxigênio quanto para facilitar a difusão do oxigênio nos tecidos musculares em contração. (LEHNINGNER, 7ª ed.) A mioglobina contém uma única cadeia polipeptídica de 153 resíduos de aminoácidos de sequência conhecida e um único grupo ferro- protoporfirina, ou heme. (LEHNINGNER, 7ª ed.) O mesmo grupo heme encontrado na mioglobina é encontrado na hemoglobina, a proteína ligadora de oxigênio dos eritrócitos. O grupo heme é responsável pela coloração vermelha amarronzada tanto da mioglobina quanto da hemoglobina. (LEHNINGNER, 7ª ed.) A mioglobina é especialmente abundante nos músculos de mamíferos mergulhadores. A estocagem e a distribuição do oxigênio pela mioglobina do músculo permitem que animais que mergulham permaneçam submersos por um longo período. (LEHNINGNER, 7ª ed.) Eritrócitos ↠ Os eritrócitos (hemácias), ou células vermelhas do sangue (RBC), são pequenas células transportadoras de oxigênio com aproximadamente 7,5 µm de diâmetro. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ São as células mais numerosas no sangue. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Os eritrócitos têm a forma de discos bicôncavos — discos com centros rebaixados. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ A forma bicôncava dos eritrócitos é mantida por uma rede de proteínas periféricas na superfície interna da membrana. plasmática. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Os eritrócitos vivem de 100 a 120 dias, muito mais do que a maioria dos outros tipos de células sanguíneas, e se originam na medula óssea vermelha, onde expelem seu núcleo e suas organelas antes de entrarem na corrente sanguínea. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ Os eritrócitos são circundados por uma membrana plasmática, mas não possuem núcleos ou organelas. Seu 4 @jumorbeck citoplasma contém moléculas de hemoglobina, uma proteína transportadora de oxigênio. (MARIEB, 7ª ed.) ↠ A hemoglobina nos eritrócitos, além do oxigênio que transporta, também leva 20% do dióxido de carbono transportado pelo sangue. (MARIEB, 7ª ed.) Hemoglobina ↠ É uma substância pigmentada e formada por duas partes: (THEREZINHA, 4ª ed.) ➢ Porção que contém ferro, denominada heme; ➢ Porção proteica, denominada de globina. FORMAÇÃO DA HEMOGLOBINA ↠ O ferro do heme chega à célula formadora de hemoglobina ou eritroblasto ligado à sua proteína transportadora – a siderofilina ou transferrina. (THEREZINHA, 4ª ed.) ↠ O complexo ferro-transferrina liga-se à membrana celular por meio de seus receptores específicos. A absorção desse complexo pelos eritoblastos se faz após a invaginação de pequena porção da membrana celular. (THEREZINHA, 4ª ed.) ↠ O ferro intracitoplasmático entra na mitocôndria para que se processe a síntese do heme. Se houver ferro em excesso, este se deposita sob a forma de ferritina em pequenos agregados semicristalinos no citoplasma. (THEREZINHA, 4ª ed.) ↠ A globina constitui a maior porção da molécula da hemoglobina. Enquanto a síntese do heme se processa na mitocôndria, a da globina se faz no ribossoma citoplasmático. (THEREZINHA, 4ª ed.) ↠ A formação da globina é comandada por genes das células eritroblásticas, existindo quatro diferentes genes capazes de comandar a síntese de quatro cadeias polipeptídicas, que são: denominadas alfa(controlada pelo gene alfa, localizado no cromossomo 16), beta, gama e delta (controlada pelo gene beta, localizado no cromossomo 11). (THEREZINHA, 4ª ed.) FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS DA HEMOGLOBINA ↠ A hemoglobina tem duas funções essenciais: transportar oxigênio e exercer um poderoso efeito tampão. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ A hemoglobina está presente nas hemácias, com cerca de 270 milhões de moléculas por célula, equivalendo a aproximadamente 1/3 do seu peso. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ A hemoglobina é encontrada exclusivamente nos eritrócitos, e sua principal função é transportar oxigênio (O2) dos pulmões até os capilares dos tecidos. (BROWN, 7ª ed.) ↠ A hemoglobina predominante (mais de 95% do total) nos seres humanos adultos (HbA) é formada por quatro cadeias polipeptídicas, duas α (com 141 aminoácidos) (α1 e α2) e duas β (com 146 aminoácidos) (β1 e β2). (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ Na estrutura quaternária da hemoglobina, as ligações não covalentes são muito mais numerosas entre subunidades diferentes — α/β — do que entre subunidades iguais — α/α e β/β. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ O resultado desta associação desigual é uma molécula tetramérica composta pela união de dois dímeros, α1 β1 e α2 β2. O contato entre os dois dímeros é estabelecido nas interfaces designadas α1 β2 e α2 β1. (MARZZOCO, 4ª ed.) 5 @jumorbeck LIGAÇÃO DO OXIGÊNIO À HEMOGLOBINA ↠ A hemoglobina é uma hemeproteína: cada uma de suas cadeias está associada a um grupo prostético heme. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ O heme é uma molécula de porfirina contendo um íon de ferro, que, na mioglobina e na hemoglobina, permanece no estado ferroso, Fe2+. (MARZZOCO, 4ª ed.) As porfirinas consistem em um anel plano, resultante da fusão de quatro núcleos pirrólicos, com substituintes variáveis, que caracterizam seus subtipos; na hemoglobina é encontrado o isômero denominado protoporfirina IX1. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ O heme confere à hemoglobina, e ao sangue, sua cor característica. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ O grupo heme localiza-se dentro de uma cavidade hidrofóbica, delimitada sobretudo por aminoácidos apolares, que estabelecem interações hidrofóbicas com o anel porfirínico. Este ambiente apolar torna possível a ligação do oxigênio ao ferro (Fe2+), sem que ele seja oxidado ao estado férrico (Fe3+). (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ O íon de ferro fica no centro do grupo heme, formando seis ligações: com os quatro átomos de nitrogênio do anel porfirínico, com a cadeia polipeptídica e pode, ainda, ligar-se reversivelmente a uma molécula de oxigênio (O2). As duas últimas ligações são perpendiculares ao plano do anel e situam-se em lados opostos do plano do heme. (MARZZOCO, 4ª ed.) Ao sítio de ligação do ferro com oxigênio podem ligar-se outras moléculas pequenas, como CO e H2S, com afinidade ainda maior que o oxigênio, o que explica sua alta toxidez para organismos aeróbios. (MARZZOCO, 4ª ed.) A mioglobina pode ligar somente uma molécula de oxigênio (O2), porque contém apenas um grupo heme. A hemoglobina, em contrapartida, pode ligar quatro moléculas de O2, uma a cada um de seus quatro núcleos heme. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Uma molécula de hemoglobina totalmente oxigenada contém quatro moléculas de O2e é denominada oxi- hemoblobina (oxiHb ou HbO2), em contraposição à forma desprovida de oxigênio, chamada desoxi-hemoglobina (desoxiHb ou Hb). (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ A ligação do oxigênio ao grupo heme altera a cor da hemoglobina, que passa de azulada (sangue venoso) a vermelha (sangue arterial). (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ As hemoglobinas oxigenada e desoxigenada têm estruturas tão diferentes, que apresentam formas cristalinas distintas. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ A oxigenação da hemoglobina determina alterações estruturais sequenciais. Na desoxi-Hb, os íons de ferro estão situados fora do plano do grupo heme e o anel porfirínico é ligeiramente côncavo. Quando o oxigênio se liga ao heme de uma das subunidades, o ferro se desloca para o plano do anel, que se torna mais achatado. (MARZZOCO, 4ª ed.) 6 @jumorbeck A HEMOGLOBINA LIGA-SE AO OXIGÊNIO COOPERATIVAMENTE A ligação do oxigênio implica rearranjos moleculares sucessivos, já que a mudança de conformação de uma subunidade acarreta alteração das outras. Estes movimentos coordenados determinam a cinética de oxigenação da hemoglobina: a ligação da primeira molécula de oxigênio facilita o preenchimento dos outros grupos heme. As sucessivas conformações assumidas pela molécula de hemoglobina têm afinidades crescentes pelo oxigênio: a ligação da quarta molécula é 300 vezes mais eficiente do que a ligação da primeira. A esse fenômeno dá-se o nome de cooperatividade. (MARZZOCO, 4ª ed.) FATORES QUE INTERFEREM NA LIGAÇÃO COM OXIGÊNIO ↠ O aumento da temperatura, a presença de determinados compostos orgânicos fosforilados, o aumento da pressão parcial de CO2 e a diminuição de pH são fatores que provocam a redução da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio. (MARZZOCO, 4ª ed.) 2,3 bisfosfoglicerato (BPG) ↠ Composto que as hemácias possuem que diminui a afinidade da hemoglobina por oxigênio. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ O BPG liga-se fortemente à desoxiHb, que apresenta a cavidade entre as subunidades β suficientemente grande para alojá-lo. Esta cavidade é circundada por cadeias laterais de aminoácidos carregadas positivamente, que interagem com os grupos negativos do BPG. Na oxi- Hb, a cavidade é menor, o que dificulta a ligação do BPG. A consequência é o predomínio da forma desoxigenada da hemoglobina, o que equivale a um decréscimo na sua afinidade por oxigênio. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ O efeito do BPG manifesta-se em baixas pressões de oxigênio, sendo suplantado por pressões elevadas de oxigênio, nas quais prevalece a oxi-Hb. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ Nas condições de alta pO2 dos pulmões, a hemoglobina fica saturada com oxigênio, mesmo na presença de BPG, cujo papel fisiológico é aumentar substancialmente a liberação de oxigênio nos tecidos extrapulmonares, onde a pO2 é baixa. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ O nível de BPG nas hemácias aumenta, de modo gradativo, em condições associadas com hipóxia tecidual (oxigenação deficitária dos tecidos) prolongada, como: comprometimento do sistema cardiorrespiratório, estado anêmico e permanência em grandes altitudes. Este mecanismo adaptativo compensa a menor disponibilidade de oxigênio existente nessas situações, com um aumento na liberação do gás para os tecidos. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ As múltiplas subunidades da hemoglobina, uma proteína tetramérica de hemácias, interagem de forma cooperativa, o que possibilita a esse transportador descarregar uma alta quantidade de O2 nos tecidos periféricos enquanto mantém, ao mesmo tempo, a capacidade de ligá-lo com eficiência nos pulmões. (HARPER, 30ª ed.) ↠ Além de entregar O2, a hemoglobina retira os resíduos de produtos da respiração, CO2 e prótons, para o transporte e, finalmente, para a eliminação nos pulmões. (HARPER, 30ª ed.) pH: efeito Bohr ↠ A ligação do oxigênio à hemoglobina depende do pH. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio varia com o pH, mesmo dentro do estreito limite fisiológico de variação do pH: é tanto menor quanto menor o pH. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ A afinidade da hemoglobina por oxigênio também diminui com acréscimos na pressão parcial de CO2 (pO2), produzindo desvios da curva de saturação com oxigênio para a direita, um resultado semelhante ao da diminuição de pH. (MARZZOCO, 4ª ed.) 7 @jumorbeck ↠ Os íons H+, como acontece com o BPG, ligam-se preferencialmente à desoxi-Hb, que passa a constituir a forma predominante, o que corresponde a uma diminuição na afinidade da hemoglobina por oxigênio. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ A influência do pH e da concentração de CO2 sobre a oxigenação da hemoglobina tem grande importância fisiológica, porque no nível dos tecidos a acentuada produção de CO2 pelo metabolismo e o decréscimo no pH resultante estão sempre associados a uma maior demanda de oxigênio. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ O efeito do pH e da pressão parcial de CO2 sobre a união entre Hb e O2 é denominado efeito Bohr. (MARZZOCO, 4ª ed.) Hemoglobina e o tamponamento do sangue ↠ O efeito Bohr revela o papel fundamental desempenhado pela hemoglobina na manutenção do pH plasmático: à medida que a pO2 diminui e a concentração de H+ aumenta, a hemoglobina libera O2 e capta H+. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ Quando a pO2 aumenta e a concentração de H+ diminui, ela se liga a O2 e libera H+. Estas são as condições encontradas nos tecidos e nos alvéolos pulmonares, respectivamente. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ Nos capilares que irrigam os tecidos, o CO2 produzido pelo metabolismo celular difunde-se até as hemácias, onde é hidratado rapidamente em uma reação catalisada pela anidrase carbônica, formando H2CO3. No pH do sangue (7,4), o H2CO3 dissocia-se em HCO3– e H+: (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ A ocorrência destas duas reações consecutivas explica por que um aumento na concentração de CO2 causa uma diminuição do pH. Este aumento de acidez, associado à baixa pO2 tecidual, faz com que a hemoglobina libere O2 e capte H+, impedindo que ocorram grandes variações de pH. O HCO3–, produzido nas hemácias, difunde-se para o plasma e é transportado até os pulmões. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ Cerca de 90% do CO2 produzido nas células são transportados aos pulmões por este mecanismo; 5% como carbamino-hemoglobina e 5% permanecem em solução. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ Nos pulmões a situação inverte-se. A alta pO2 leva à oxigenação da hemoglobina e à dissociação de H+. O HCO3– desloca-se do plasma para o interior das hemácias e combina-se com os H+, formando H2CO3, que é convertido em CO2 e H2O pela anidrase carbônica. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ O CO2 difunde-se das hemácias para o plasma, depois para os alvéolos pulmonares e é expirado. A liberação de prótons pela hemoglobina corrige o valor de pH que, de outro modo, tenderia a aumentar pois, com a baixa pCO2 alveolar, o CO2 é eliminado no ambiente, consumindo H+ e HCO3-: (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ Assim, a manutenção do pH fisiológico, imprescindível para o desempenho de qualquer função vital, é obtida pela ação coordenada do sistema Hb/HbO2 e do sistema CO2/HCO3–. (MARZZOCO, 4ª ed.) 8 @jumorbeck LIGAÇÃO AO CO ↠ O monóxido de carbono (CO) liga-se fortemente (mas reversivelmente) ao ferro da hemoglobina, formando carboxie-moglobina. Quando o monóxido de carbono se liga a um ou mais dos quatro grupos heme, a hemoglobina muda para a conformação R, de modo que os grupos remanescentes se ligam ao O2 com alta afinidade. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Como resultado, a hemoglobina afetada é incapaz de liberar o oxigênio para os tecidos. (BROWN, 7ª ed.) Obs.: a afinidade da hemoglobina por CO é 220 vezes maior do que por O2. Consequentemente, mesmo concentrações mínimas de monóxido de carbono no meio podem produzir concentrações tóxicas de carboxie- moglobina no sangue. (BROWN, 7ª ed.) Além do O2, do CO2 e do CO, outro gás, o óxido nítrico (NO), também é carregadopela hemoglobina. O NO é um potente vasodilatador. Ele pode ser captado pelos eritrócitos ou deles liberado, modulando, assim, a disponibilidade de NO e influenciando o diâmetro dos vasos. (BROWN, 7ª ed.) Tipos de Hemoglobina ↠ É importante lembrar que a hemoglobina A humana (HbA) é apenas um membro de uma família de proteínas funcional e estruturalmente relacionadas, as hemoglobinas. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Cada uma dessas proteínas transportadoras de oxigênio é um tetrâmero, composto por dois polipeptídeos de α-globina e dois polipeptídeos β-globina. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Certas hemoglobinas, como a HbF, são sintetizadas normalmente apenas durante o desenvolvimento fetal, enquanto outras, como a HbA2, são sintetizadas no adulto, embora em baixos níveis quando comparadas com a HbA. (BROWN, 7ª ed.) ↠A HbA também pode ser modificada pela adição covalente de uma hexose (BROWN, 7ª ed.) HEMOGLOBINA FETAL ↠ A hemoglobina fetal (HbF) tem uma cadeia polipeptídica chamada γ (gama) em substituição à cada cadeia β. A estrutura da HbF é, então, α2 γ2, em contraposição à estrutura α2 β2 da HbA. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ HbF tem maior afinidade por oxigênio que HbA: sua curva de saturação com oxigênio é deslocada para a esquerda em relação à curva de saturação da HbA. Graças a esta propriedade, o feto pode obter oxigênio do sangue da mãe, através da placenta - efetivamente, HbF é oxigenada à custa da HbA materna. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ A diferença de afinidade por oxigênio entre HbF e HbA é devida à força de ligação de 2,3bisfosfoglicerato(BPG) aos dois tipos de hemoglobina. Nas cadeias γ, um aminoácido com carga positiva foi substituído por um polar sem carga. Ou seja, na molécula de HbF existe um par a menos de grupos positivos na cavidade onde se insere o BPG, que, por isto, liga-se mais fracamente que na HbA. (MARZZOCO, 4ª ed.) ↠ Como a concentração de BPG é igual nas hemácias da mãe e do feto, e a HbF liga-se menos eficientemente ao BPG, a forma desoxigenada desta hemoglobina fica menos estável e a sua afinidade por oxigênio aumenta: o oxigênio flui da oxi-Hb da mãe para a desoxi-Hb do feto. (MARZZOCO, 4ª ed.) Hemoglobina A2 ↠ A HbA2 é um componente menor da hemoglobina normal do adulto, surgindo inicialmente logo antes do nascimento e finalmente constituindo cerca de 2% da hemoglobina total. É composta por duas cadeias de α- globina e duas de γ-globina. (BROWN, 7ª ed.) 9 @jumorbeck Hemoglobina A1C ↠ Em condições fisiológicas, a HbA é vagarosamente glicada (condensada não enzimaticamente com uma hexose), sendo a extensão dessa glicação dependente da concentração plasmática da hexose. (BROWN, 7ª ed.) ↠A forma mais abundante de hemoglobina glicada é HbA1C. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Ela possui resíduos de glicose ligados predominantemente aos grupos NH2 das valinas N- terminais das cadeias de β -globina Quantidades aumentadas de HbA1c são encontradas nos eritrócitos de pacientes com diabetes melito, pois a HbA desses pacientes está em contato com concentrações mais altas de glicose durante os 120 dias de vida de seus eritrócitos. (BROWN, 7ª ed.) Anemia Falciforme (Doença da hemoglobina S) ↠ Resulta da produção de hemoglobinas com sequências alteradas de aminoácidos (hemoglobinopatias qualitativas). (BROWN, 7ª ed.) ↠ A anemia falciforme, a mais comum das doenças falciformes dos eritrócitos, é uma doença genética causada pela substituição de um único nucleotídeo no gene da cadeia da β -globina. (BROWN, 7ª ed.) ↠ A anemia falciforme é uma doença autossômica recessiva. Ela ocorre em pessoas que herdaram dois genes mutantes (um de cada um dos genitores) que codificam a síntese das cadeias β das moléculas de globina. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Um bebê não demonstra sintomas da doença até que uma quantidade suficiente de HbF tenha sido substituída por HbS, de modo que possa ocorrer a alteração no formato dos eritrócitos, que passam a mostrar-se falciformes. (BROWN, 7ª ed.) ↠ A anemia falciforme caracteriza--se por episódios dolorosos (crises) que ocorrem durante toda a vida, por uma anemia hemolítica crônica com hiperbilirrubinemia associada e pelo aumento da suscetibilidade a infecções, que começam, em geral, no início da infância. (BROWN, 7ª ed.) Obs.: A vida média de um eritrócito na anemia falciforme é menor que 20 dias, comparada com os 120 dias para eritrócitos normais; daí a anemia. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Outros sintomas incluem síndrome aguda do peito, acidentes vasculares cerebrais (AVC), disfunção esplênica e renal e alterações ósseas devido à hiperplasia da medula óssea. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Há redução da expectativa de vida. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Os heterozigotos, representando um em cada doze afro-americanos, possuem um gene normal e um gene falciforme. Os eritrócitos desses heterozigotos contêm tanto HbS quanto HbA, e diz-se que esses indivíduos apresentam traço de anemia falciforme. Eles normalmente não apresentam sintomas clínicos (mas podem apresentar, quando sob condições de exercício físico intenso com desidratação) e podem ter uma expectativa de vida normal. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Substituição de aminoácidos nas cadeias da HbS. Uma molécula de HbS contém duas cadeias de α -globina normais e duas cadeias de β -globina mutantes (βS), nas quais o ácido glutâmico da posição 6 é substituído pela valina. (BROWN, 7ª ed.) 10 @jumorbeck ↠ A substituição de um resíduo de glutamato carregado por uma valina apolar forma uma saliência na cadeia β a qual se associa de forma complementar com a cadeia β de outra molécula de hemoglobina na célula. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Em condições de baixa pressão de oxigênio, a desoxiemoglobina S polimeriza dentro dos eritrócitos, formando uma rede de polímeros fibrosos insolúveis que enrijece e distorce as células, produzindo eritrócitos rígidos e deformados. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Essas células falciformes frequentemente bloqueiam o fluxo sanguíneo nos capilares de pequeno diâmetro. Essa interrupção no suprimento de oxigênio leva à anóxia (privação de oxigênio) localizada no tecido, causando dor e, por fim, a morte isquêmica (infarto) das células na vizinhança da área do bloqueio. (BROWN, 7ª ed.) Comparados aos eritrócitos normais, os eritrócitos falciformes apresentam uma capacidade reduzida de se deformarem e uma tendência aumentada de aderência às paredes do vaso. Isso dificulta o movimento por meio dos vasos pequenos, causando então oclusão microvascular. (BROWN, 7ª ed.) O tratamento envolve adequada hidratação, analgésicos, antibioticoterapia agressiva (em caso de infecção) e transfusões em pacientes que apresentem alto risco de oclusão fatal de vasos. (BROWN, 7ª ed.) Incidência da anemia falciforme e de outras doenças na população negra ↠Até hoje, a exclusão social, condições socioeconômicas e hereditariedade determinam as doenças e os agravos em pessoas de cor de pele negra. (SANTOS, 2019) ↠ Segundo o Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil, a população negra chega menos às atividades de saúde. (SANTOS, 2019) ↠ A população negra compõe mais da metade dos brasileiros. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 54% da população do país se autodeclara negra. ↠ A anemia falciforme é a doença hereditária do sangue mais comum nos Estados Unidos, afetando cerca de 50.000 norte-americanos. (BROWN, 7ª ed.) ↠ Ela ocorre principalmente na população de afro- americanos, afetando 1 a cada 500 recém-nascidos afro- americanos. (BROWN, 7ª ed.) ↠ A anemia falciforme (AF) é uma doença originária do continente africano e foi trazida para o Brasil durante o período da escravidão. É uma doença de caráter genético causada pela mutação do gene da hemoglobina beta, levando a produção de uma hemoglobina anormal, denominada S (HbS). É uma das doençashereditárias mais presentes na população brasileira, acometendo principalmente pessoas negras e pardas, e em menor proporção, pessoas brancas. (OLIVEIRA, et. al., 2013) ↠ A anemia falciforme é muito frequente na população do continente africano. Sua origem data de mais ou menos 30 mil anos atrás, quando da passagem do nomadismo para o sedentarismo humano, e o principal fator implicado no surgimento da mutação genética seria a malária falciparum (o traço falciforme confere uma certa resistência a essa doença, aumentando a possibilidade de sobrevida durante a infância). A partir daí, com as migrações populacionais frequentes naquele período, o gene teria sido disseminado por todo o continente. Esse teria sido o desenvolvimento dos haplótipos do continente africano, que seria diferente da origem daqueles surgidos no continente asiático. (OLIVEIRA, et. al., 2013) ↠ Geneticamente, existem cinco tipos de haplótipos de interesse associados ao gene da hemoglobina S: Senegal, Benin, Banto, Camarões e Árabe-Indiano, cada um recebendo o nome da região ou grupo étnico em que é mais prevalente. Cada um desses haplótipos tem 11 @jumorbeck manifestações clínicas com níveis de gravidades diferentes, sendo aqueles ligados ao Senegal e Árabe- Indiano mais benignas e o ligado ao Banto a forma mais grave. (OLIVEIRA, et. al., 2013) ↠ Doenças prevalentes na população negra: (SANTOS, 2019) ➢ Anemia falciforme: doença genética.; ➢ Hipertensão Arterial Sistêmica: prevalência 2 vezes maior entre os afro-americanos – os negros desenvolvem HAS em idades mais precoces do que os brancos e detêm as taxas mais elevadas de HAS severa; ➢ Diabetes Mellitus; ➢ Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA); ➢ Doença Renal Crônica: maior em negros, com prevalência em indivíduos de baixa escolaridade. ➢ Vírus da Imunodegiciência Humana (HIV) e Infecção Sexualmente Transmissível (IST): maior ocorrência nos afrodescendentes; ➢ Câncer de Próstata: chance duas a três vezes maior; ➢ Glaucoma: em função do aumento da pigmentação nos olhos. ➢ Suicídio: não é uma doença em si, mas uma consequência de alterações psicológicas. Em 2016, segundos dados do IBGE, os negros representaram 55% dos adolescentes e jovens que cometeram suicídio no Brasil, sendo os homens negros o grupo de maior risco. Referências LORENZI, Therezinha F. Hematologia Propedêutica e Clínica, 4ª ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. MARIEB, Elaine. Anatomia humana. Tradução Lívia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz Cláudio Queiroz. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica, 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. RODWELL et. al. Bioquímica Ilustrada de Harper, 30ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2017. FERRIER, Denise. R. Bioquímica Ilustrada. Porto Alegre: Artmed: Grupo A, 2019 9788582714867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978858 2714867/. Acesso em: 29 set. 2021. NELSON, David. L.; COX, Michael. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. Porto Alegre: Artmed: Grupo A, 2018. 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978858 2715345/. Acesso em: 29 set. 2021. SANTOS et al. Doenças e agravos prevalentes na população negra: revisão integrativa. Revista Nursing, v.22, n. 250, p. 2756-2758, 2019. OLIVEIRA et. al. Anemia falciforme: informações científicas sobre uma doença que aflige a população negra e quilombola no Brasil. Revista Digital, Buenos Aires, v. 18, n.183, 2013.
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