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1° a 8° semana de gestação Fecundação +/- 24 horas local: tuba uterina oócitos + c. foliculares secretam sinais químicos: guiam os espermatozoides (quimiotaxia) 1. Passagem de um espermatozoide através da corona radiata 2. Penetração da zona pelúcida: enzimas acrossômicas (esp. acrosina) causam sua lise 3. Reação zonal: zona pelúcida altera suas propriedades e fica impermeável a outros espermatozoides 4. Fusão das membranas plasmáticas do oócito e do espermatozoide: cabeça + cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito, mas a membrana celular espermática (membrana plasmática) e as mitocôndrias não entram 5. Término da meiose II do oócito e formação do pronúcleo feminino = oócito maduro e um segundo corpo polar; cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do oócito maduro se torna o pronúcleo feminino. 6. Formação do pronúcleo masculino = núcleo do espermatozoide aumenta + cauda do espermatozoide degenera 7. Pronúcleos replicam seu DNA 8. Oótide = oócito contendo os dois pronúcleos haplóides 9. Pronúcleos se fundem em um único agregado diploide de cromossomos = oótide → zigoto 10.Cromossomos no zigoto se organizam em um fuso de clivagem Semana 1 Clivagem do zigoto ● inicia 30 horas após a fecundação ● divisões mitóticas repetidas do zigoto = aumento rápido do número de células (blastômeros) ● passagem tuba uterina → útero ● zigoto continua dentro da zona pelúcida ● após 9 células → blastômeros mudam sua forma e se agrupam firmemente uns com os outros para formar uma bola compacta de células ● compactação: mediada por glicoproteínas de adesão de superfície celular; possibilita uma maior interação célula-célula; pré-requisito para a separação das células internas que formam o embrioblasto (massa celular interna) do blastocisto ● via de sinalização hippo: papel essencial na separação do embrioblasto do trofoblasto ● mórula: 12 a 32 blastômeros ○ células internas: circundadas pelas células trofoblásticas ○ formada +/- 3 dias após fecundação ○ chega ao útero Formação do blastocisto 4 dias após a fecundação 1. cavidade blastocística: surge no interior da mórula; espaço preenchido por líquido separa os blastômeros em: ● trofoblasto (Grego trophe, nutrição): delgada camada celular externa; formará a parte embrionária da placenta ● embrioblasto: grupo de blastômeros localizados centralmente; formará o embrião 2. fator de gestação inicial: proteína imunossupressora; secretada pelas células trofoblásticas; aparece no soro materno cerca de 24 a 48 horas após a fecundação; base do teste de gravidez durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento 3. blastogênese: blastocisto = embrião + suas membranas embrioblasto: se projeta para a cavidade blastocística trofoblasto: forma a parede do blastocisto 4. blastocisto flutua pelas secreções uterinas por +/- 2 dias; obtém nutrição das secreções das glândulas uterinas 5. zona pelúcida gradualmente se degenera e desaparece: permite o rápido crescimento do blastocisto. 6. 6 dias após a fecundação: blastocisto adere ao epitélio endometrial, normalmente adjacente ao polo embrionário 7. trofoblasto se prolifera rapidamente e se diferencia em duas camadas ● citotrofoblasto: camada interna ● camada externa: sinciciotrofoblasto, que consiste em uma massa protoplasmática multinucleada na qual nenhum limite celular pode ser observado 2° SEMANA Término da implantação do blastocisto 1. entre 6 e 10 dias após a ovulação e a fecundação 2. citotrofoblasto: camada interna; mitoticamente ativa; forma novas células que migram para a massa crescente de sinciciotrofoblasto, onde se fundem e perdem as membranas celulares 3. sinciciotrofoblasto: massa multinucleada que se expande rapidamente, na qual nenhum limite celular é visível; erosivo e invade o tecido conjuntivo endometrial; c. sinciciotrofoblásticas deslocam as células endometriais no local de implantação; c. endometriais sofrem apoptose (morte celular programada), o que facilita a invasão 4. células do tecido conjuntivo ao redor do local da implantação acumulam glicogênio e lipídios e assumem um aspecto poliédrico (muitos lados) ● células deciduais: se degeneram nas proximidades do sinciciotrofoblasto invasor 5. sinciciotrofoblasto: engolfa essas células que servem como uma rica fonte de nutrientes para o embrião; produz um hormônio glicoproteico, o hCG, que entra na circulação sanguínea materna através de cavidades isoladas (lacunas) no sinciciotrofoblasto; o 6. hCG: hormônio que mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário, durante a gestação 7. corpo lúteo: estrutura glandular endócrina que secreta estrogênio e progesterona para manter a gestação 8. radioimunoensaios altamente sensíveis: usados para detectar o hCG; base dos testes de gravidez 9. quantidade suficiente de hCG é produzida pelo sinciociotrofoblasto no final da segunda semana para resultar em um teste de gravidez positivo 10.nidação pode causar um leve sangramento Formação da cavidade amniótica, do disco embrionário e da vesícula umbilical 1. primórdio da cavidade amniótica: pequeno espaço no embrioblasto 2. amnioblastos: células amniogênicas; se separam do epiblasto e formam o âmnio, que reveste a cavidade amniótica 3. embrioblasto: massa celular da qual se desenvolve o embrião; passa por mudanças morfológicas → formação de uma placa bilaminar, quase circular, de células achatadas 4. disco embrionário: formado por duas camadas ● epiblasto: uma camada mais espessa, constituída de células cilíndricas altas, voltadas para a cavidade amniótica; forma o assoalho da cavidade amniótica e está perifericamente em continuidade com o âmnio ● hipoblasto: composto de células cubóides pequenas adjacentes à cavidade exocelômica; forma o teto da cavidade exocelômica; contínuo à delgada membrana exocelômica ● vesícula umbilical primitiva: revestida pela membrana exocelômica + hipoblasto 5. mesoderma extraembrionário: produzido por células do endoderma da vesícula; camada de tecido conjuntivo que passa a envolver o âmnio e a vesícula umbilical 6. vesícula umbilical + cavidade amniótica: possibilitam os movimentos morfogenéticos das células do disco embrionário 7. assim que se formam o âmnio: o disco embrionário e a vesícula umbilical aparecem lacunas (pequenos espaços) no sinciciotrofoblasto 8. lacunas são preenchidas por um mistura de sangue materno proveniente dos capilares endometriais rompidos e os restos celulares das glândulas uterinas erodidas ● embriotrofo: fluido dos espaços lacunares; chega ao disco embrionário por difusão e fornece material nutritivo para o embrião 9. circulação uteroplacentária primitiva: estabelecida pela comunicação dos capilares endometriais rompidos com as lacunas no sinciciotrofoblasto 10.quando o sangue materno flui para rede lacunar: o oxigênio e as substâncias nutritivas passam para o embrião sangue oxigenado: passa para as lacunas a partir das artérias endometriais espiraladas sangue pouco oxigenado: removido das lacunas pelas veias endometriais 11.10° dia: concepto (embrião e membranas) está completamente implantado no endométrio uterino 12.inicialmente, existe uma falha superficial no epitélio endometrial que logo é fechada por um tampão, um coágulo sanguíneo fibrinoso 13.12° dia: epitélio quase totalmente regenerado recobre o tampão; resulta parcialmente da sinalização de AMPc e progesterona 14.concepto se implanta: ● reação decidual: transformações nas c. do tecido conjuntivo endometrial ○ função: fornecer nutrientes para o embrião e um local imunologicamente privilegiado para o concepto ○ células incham devido ao acúmulo de glicogênio e lipídios no citoplasma 15.lacunas sinciociotrofoblásticas adjacentes se fusionam para formar a rede lacunar: dão ao sinciciotrofoblasto uma aparência esponjosa 16.redes lacunares (ao redor do polo embrionário): primórdios dos espaços intervilosos da placenta 17.capilares endometriais ao redor do embrião implantado se tornam congestos e dilatados:formam os sinusoides maternos, vasos terminais de paredes finas e mais largos do que os capilares normais 18.formação dos vasos sanguíneos no estroma endometrial (estrutura de tecido conjuntivo) está sob a influência do estrogênio e da progesterona 19.sinusoides: erodidos pelo sinciciotrofoblasto e o sangue materno flui livremente para dentro da rede lacunar 20. trofoblasto absorve o fluido nutritivo proveniente da rede lacunar → transferido para o embrião 21.Conforme ocorrem mudanças no trofoblasto e no endométrio, o mesoderma extraembrionário aumenta e aparecem espaços celômicos extraembrionários isolados dentro dele 22.celoma extraembrionário: fusão desses espaços; grande cavidade isolada cheia de fluido que envolve o âmnio e a vesícula umbilical, exceto onde eles estão aderidos ao córion (membrana fetal mais externa) pelo pedículo de conexão 23.vesícula umbilical primitiva diminui → forma a vesícula umbilical secundária um pouco menor ● formada por células endodérmicas extraembrionárias que migram do hipoblasto do interior da vesícula umbilical primitiva ● local de origem das células germinativas primordiais ● transferência seletiva de nutrientes para o embrião 24.durante a formação da vesícula umbilical secundária: uma grande parte da vesícula umbilical primitiva se desprende, deixando uma vesícula remanescente Desenvolvimento do saco coriônico 1. vilosidades coriônicas primárias: aparecem no fim da 2° semana ● processos vasculares do córion ● formam colunas com revestimentos sinciciais ● extensões celulares crescem para dentro do sinciciotrofoblasto. ● crescimento dessas extensões: induzido pelo mesoderma somático extraembrionário subjacente ● primeiro estágio de desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta 2. placenta: órgão fetomaternal de troca metabólica entre o embrião e a mãe 3. celoma extraembrionário: divide o mesoderma extraembrionário em duas camadas: • mesoderma somático extraembrionário: reveste o trofoblasto e cobre o âmnio • mesoderma esplâncnico extraembrionário: envolve a vesícula umbilical ● primórdio da cavidade coriônica. 4. córion (membrana fetal mais externa)= mesoderma somático extraembrionário + duas camadas do trofoblasto 5. saco coriônico: ● parede externa: formada pelo córion ● embrião, o saco amniótico e a vesícula umbilical estão suspensos dentro desse saco pelo pedículo de conexão 6. ultrassonografia transvaginal: usada para medir o diâmetro do saco coriônico; importante para a avaliação do desenvolvimento embrionário inicial e da progressão da gestação. 7. 14 dias: ainda formato de um disco embrionário bilaminar plano 8. células hipoblásticas de uma área localizada são agora cilíndricas e formam a placa pré-cordal, um região circular espessada placa pré-cordal: indica o local da boca e é um importante organizador da região da cabeça. 9. implantação do blastocisto pode ser detectada por ultrassonografia e por radioimunoensaio altamente sensíveis para hCG, já no final da segunda semana Semana 3 Gastrulação: formação das camadas germinativas uma gravidez normal pode ser detectada por ultrassonografia gastrulação: formação das três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma), marcando o início da morfogênese (desenvolvimento da forma do corpo) 1. Formação da linha primitiva: resulta da proliferação e do movimento das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. Ocorre na superfície do epiblasto do disco embrionário bilaminar, na região caudal do disco embrionário. 2. A adição de células à extremidade caudal da linha primitiva causa seu alongamento e, além disso, sua extremidade cranial prolifera para formar o nó primitivo 3. Ao mesmo tempo: invaginação de c. epiblásticas = o sulco primitivo se desenvolve na linha primitiva e é contínuo com uma pequena depressão no nó primitivo, a fosseta primitiva. 4. A células migram da linha primitiva para formar o mesoderma: um tecido conjuntivo embrionário formado por pequenas células fusiformes, frouxamente organizadas em uma matriz extracelular (substância intercelular de um tecido) de fibras colágenas (reticulares) esparsas; forma os tecidos de sustentação do embrião, assim como a maior parte dos tecidos conjuntivos do corpo e a trama de tecido conjuntivo das glândulas. 5. Células do epiblasto + c. do nó primitivo + c. outras partes da linha primitiva: deslocam o hipoblasto, formando o endoderma embrionário no teto da vesícula umbilical. 6. Células remanescentes do epiblasto: formam o ectoderma embrionário. 7. A linha primitiva forma ativamente o mesoderma pelo ingresso (entrada) de células até o início da quarta semana; depois disso, a produção do mesoderma desacelera. A linha primitiva diminui em tamanho relativo e torna-se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do embrião. Processo notocordal e notocorda 1. cordão celular mediano (processo notocordal): formado por c. mesenquimais que migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva ● adquire um lúmen: canal notocordal ● cresce cranialmente entre o ectoderma e o endoderma até alcançar a placa pré-cordal (pequena área circular de células endodérmicas cilíndricas no qual o ectoderma e o endoderma se fundem; funciona como um centro sinalizador (Shh e PAX6) para o controle do desenvolvimento das estruturas cranianas, incluindo o prosencéfalo e os olhos) 2. mesoderma pré-cordal: população mesenquimal que tem origem na crista neural, localizada rostralmente à notocorda 3. membrana bucofaríngea: localizada no futuro local da cavidade oral; originada da placa pré-cordal 4. células mesenquimais da linha primitiva + processo notocordal: migram lateral e cranialmente, se misturando com outras células mesodérmicas, entre o ectoderma e o endoderma, até alcançarem as margens do disco embrionário. 5. membrana cloacal: área circular na região caudal à linha primitiva; indica o futuro local do ânus 6. 3° semana: mesoderma intraembrionário separa o ectoderma e o endoderma em todos os lugares, exceto: ● Cranialmente, na membrana bucofaríngea ● No plano mediano da região cranial até o nó primitivo, onde o processo notocordal está localizado ● Caudalmente, na membrana cloacal 7. sinais instrutivos da região da linha primitiva induzem as células precursoras notocordais a formar a notocorda notocorda: estrutura celular semelhante a um bastão ● Define o eixo longitudinal primordial do embrião e dá a ele alguma rigidez ● Fornece sinais que são necessários para o desenvolvimento das estruturas musculoesqueléticas axiais e do sistema nervoso central (SNC) ● Contribui para a formação dos discos intervertebrais localizados entre corpos vertebrais adjacentes 8. processo notocordal se alonga pela invaginação das células da fosseta primitiva (aprofundamento que se desenvolve e se estende para dentro do processo notocordal formando o canal notocordal). 9. processo notocordal se torna um tubo celular que se estende cranialmente a partir do nó primitivo até a placa pré-cordal 10.assoalho do processo notocordal se funde com o endoderma embrionário subjacente 11.camadas fusionadas: se degeneram gradualmente = formação de aberturas no assoalho do processo notocordal, o que coloca o canal notocordal em comunicação com a vesícula umbilical 12.conforme essas aberturas se tornam confluentes: o assoalho do canal notocordal desaparece + restante do processo notocordal forma a placa notocordal achatada e sulcada 13.células da placa notocordal se proliferam e sofrem um dobramento (começa na extrem. cranial): forma a notocorda 14.região proximal do canal notocordal persiste temporariamente como o canal neuroentérico, formando uma comunicação transitória entre a cavidade amniótica e a vesícula umbilical. 15.quando o desenvolvimento da notocorda está completo: canal neuroentérico normalmente se fecha 16.notocorda se destaca do endoderma da vesícula umbilical, que volta a ser uma camada contínua; funciona como um indutor primário (centrode sinalização) no embrião inicial 17.notocorda se degenera conforme os corpos vertebrais se formam, mas uma pequena porção dela persiste como o núcleo pulposo de cada disco intervertebral 18.desenvolvimento da notocorda: induz o ectoderma embrionário sobreposto a se espessar e formar a placa neural (primórdio do SNC) Alantoide ● aparece +/- no 16° dia ● pequeno divertículo (evaginação) da parede caudal da vesícula umbilical, que se estende para o pedículo de conexão ● alantoide permanece muito pequeno, mas o mesoderma do alantoide se expande para baixo do córion e forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta ● porção proximal do divertículo do alantoide original persiste durante a maior parte do desenvolvimento como um cordão, o úraco úraco: se estende da bexiga até a região umbilical ○ adultos: ligamento umbilical mediano ● vasos sanguíneos do alantoide → as artérias umbilicais Neurulação: formação do tubo neural 1. notocorda se desenvolve: induz o ectoderma localizado acima dela ou adjacente à linha média a se espessar e formar uma placa neural alongada de células epiteliais espessas placa neural: ● = em comprimento à notocorda subjacente ● surge rostralmente (extremidade da cabeça) ao nó primitivo e dorsalmente (posterior) à notocorda e ao mesoderma adjacente a ela ● conforme a notocorda se alonga, a placa neural se amplia e finalmente se estende cranialmente até a membrana bucofaríngea ● depois: se estende além da notocorda ● neuroectoderma: dá origem ao SNC, o encéfalo e a medula espinhal; retina etc 2. 18° dia: a placa neural se invagina ao longo do seu eixo central para formar o sulco neural mediano longitudinal, com as pregas neurais em ambos os lados 3. pregas neurais se tornam particularmente proeminentes na extremidade cranial do embrião e são o primeiro sinal do desenvolvimento do encéfalo. 4. fim da 3° semana: pregas neurais se movem e se fusionam = placa neural → tubo neural 5. tubo neural: primórdio das vesículas encefálicas e da medula espinhal 6. tubo neural se separa do ectoderma superficial assim que as pregas neurais se fusionam 7. à medida que as pregas neurais se encontram e as margens livres do ectoderma de superfície (ectoderma não neural) se fundem: células da crista neural: epitelial → mesenquimal e migram 8. essa camada se torna contínua sobre o tubo neural e no dorso do embrião 9. ectoderma superficial se diferencia na epiderme 10.algumas células neuroectodérmicas situadas ao longo da margem interna de cada prega neural perdem a sua afinidade epitelial e a ligação às células vizinhas 11. conforme o tubo neural se separa do ectoderma superficial: as células da crista neural formam uma massa achatada irregular, a crista neural, entre o tubo neural e o ectoderma superficial acima 12.crista neural → gânglios espinhais e aos gânglios do SNA + bainhas de neurilema dos nervos periféricos + leptomeninges (aracnoide-máter e pia-máter) + c. pigmentares, da medula da glândula suprarrenal e muitos outros tecidos e órgãos. Desenvolvimento dos somitos 1. fim da 3° semana: mesoderma se diferencia, se condensa e começa a se dividir → somitos: corpos cuboides pareados; formam em uma sequência craniocaudal ● somitos: localizados em cada lado do tubo neural em desenvolvimento; utilizados como um dos vários critérios para a determinação da idade do embrião; formam elevações na superfície do embrião e são um pouco triangulares em secções transversais ● surgem na futura região occipital da cabeça do embrião ● se desenvolvem craniocaudalmente → dão origem à maior parte do esqueleto axial + musculatura associada + à derme da pele adjacente ● axônios motores da medula espinhal inervam as células musculares nos somitos 2. dias 20 a 30: formam 38 pares de somitos 3. fim da 5° semana: 42 a 44 pares de somitos Desenvolvimento do celoma intraembrionário 1. espaços celômicos: primórdio do celoma intraembrionário (cavidade do corpo do embrião); no mesoderma → celoma intraembrionário (cavidade em formato de ferradura) divide o mesoderma lateral em: ● camada somática (parietal de mesoderma): localizado abaixo do epitélio ectodérmico, que é contínuo com o mesoderma extraembrionário que reveste o âmnio ● camada esplâncnica (visceral de mesoderma): localizado adjacente ao endoderma, que é contínuo com o mesoderma extraembrionário que reveste a vesícula umbilical. 2. mesoderma somático + ectoderma embrionário → parede do corpo do embrião ou somatopleura 3. mesoderma esplâncnico + endoderma embrionário → intestino embrionário (esplancnopleura) Desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular 1. fim da 2° semana: nutrição do embrião é obtida a partir do sangue materno pela difusão através do celoma extraembrionário e da vesícula umbilical 2. início da 3° semana: formação dos vasos sanguíneos começa no mesoderma extraembrionário da vesícula umbilical, do pedículo de conexão e do córion 3. 2 dias depois: vasos sanguíneos embrionários começam a se desenvolver 4. se desenvolve uma circulação uteroplacentária primordial 5. começa: quando as células mesenquimais → precursores das células endoteliais (angioblastos = células formadoras de vasos) 6. angioblastos: se agregam para formar aglomerados celulares angiogênicos isolados, ou ilhotas sanguíneas (associados à vesícula umbilical ou com os cordões endoteliais dentro do embrião) 7. pequenas cavidades aparecem dentro das ilhotas sanguíneas e dos cordões endoteliais pela confluência das fendas intercelulares 8. células mesenquimais ao redor dos vasos sanguíneos endoteliais primitivos se diferenciam nos elementos de tecido muscular e tecido conjuntivo da parede dos vasos sanguíneos. 9. vasculogênese: formação de novos canais vasculares pela união de precursores individuais celulares (angioblastos) 10.angiogênese: formação de novos vasos pelo brotamento e ramificação de vasos preexistentes 11.fim da 3° semana: células sanguíneas se desenvolvem a partir de células endoteliais especializadas (epitélio hematogênico) dos vasos à medida que eles crescem na vesícula umbilical e no alantoide; depois em locais especializados ao longo da aorta dorsal. 12.c. sanguíneas progenitoras também se originam diretamente de células-tronco hematopoiéticas 13.formação de sangue: apenas na 5° semana 14.coração + grandes vasos: formados a partir das células mesenquimais na área cardiogênica 15.tubos cardíacos endocárdicos (canais longitudinais e pareados revestidos por células endoteliais): desenvolvem durante a 3° semana e se fusionam para formar o tubo cardíaco primitivo 16.sistema cardiovascular primitivo = coração tubular + vasos sanguíneos do embrião, do pedículo de conexão e da vesícula umbilical 17.fim da 3° semana: sangue está circulando + coração começa a bater no 21° ou 22° dia. 18. primeiro sistema de órgãos a alcançar um estado funcional 19.batimentos cardíacos embrionários podem ser detectados ao se realizar uma ultrassonografia com Doppler durante a quarta semana, aproximadamente 6 semanas após o último período menstrual normal Desenvolvimento das vilosidades coriônicas 1. início da 3° semana: mesênquima cresce para dentro dessas vilosidades primárias, formando um eixo central de tecido mesenquimal 2. vilosidades coriônicas secundárias: revestem toda a superfície do saco coriônico 3. Algumas células mesenquimais nas vilosidades logo se diferenciam em capilares e células sanguíneas 4. vilosidades coriônicas terciárias: vasos sanguíneos são visíveis no interior delas 5. capilares nas vilosidades coriônicas se fundem para formar redes arteriocapilares, que logo se tornam conectadas com o coração do embrião através dos vasos que se diferenciam no mesênquima do córion e do pedículo de conexão 6. fim da 3° semana: sangue do embrião começa a fluir lentamente através dos capilares das vilosidades coriônicas 7. oxigênio e os nutrientes do sangue materno presentes no espaço interviloso se difundem através das paredes das vilosidades e entram nosangue do embrião 8. dióxido de carbono e os produtos residuais se difundem do sangue dos capilares fetais, através da parede das vilosidades coriônicas, para o sangue materno 9. células citotrofoblásticas das vilosidades coriônicas proliferam e se estendem através do sinciciotrofoblasto, formado uma capa citotrofoblástica extravilosa que, gradativamente, envolve o saco coriônico e o fixa ao endométrio 10.vilosidades coriônicas-tronco (vilosidades de ancoragem): se prendem aos tecidos maternos através da capa citotrofoblástica 11.vilosidades coriônicas ramificadas: crescem das laterais das vilosidades-tronco; ocorre a principal troca de material entre o sangue materno e do embrião. 12.vilosidades ramificadas são banhadas por sangue materno do espaço interviloso, que é renovado continuamente 4° SEMANA 1. pregas neurais na região cranial → primórdio do encéfalo 2. encéfalo em desenvolvimento: se projeta dorsalmente para a cavidade amniótica, a cavidade cheia de fluido no interior do âmnio (a membrana mais interna ao redor do embrião) 3. embrião é quase reto e possui de 4 a 12 somitos que produzem elevações visíveis na superfície 4. tubo neural é formado em frente aos somitos, mas é amplamente aberto nos neuroporos rostral e caudal 5. 24 dias: primeiros arcos faríngeos estão visíveis 6. maior parte do primeiro arco: origina a mandíbula e a extensão rostral do arco, a proeminência maxilar, contribui para a formação da maxila (maxilar superior) 7. embrião: levemente curvado em função das pregas cefálica e caudal. 8. coração forma uma grande proeminência cardíaca ventral e bombeia sangue 9. neuroporo rostral está fechando 10.26 dias: 3 pares de arcos faríngeos são visíveis + neuroporo rostral está fechado 11.prosencéfalo: produz uma elevação proeminente na cabeça e o dobramento do embrião lhe causa uma curvatura em forma de C 12.brotos dos membros superiores: pequena dilatação na parede ventrolateral do corpo 13.fossetas óticas: primórdio das orelhas internas; vísiveis 14.espessamentos ectodérmicos (placoides do cristalino): indicam o primórdio dos futuros cristalinos dos olhos; visíveis nas laterais da cabeça 15.fim da 4° semana: 4° par de e arcos faríngeos e os brotos dos membros inferiores + longa eminência caudal → vísiveis 16.rudimentos de muitos sistemas de órgãos (esp. o s. cardiovascular): estabelecidos 17.neuroporo caudal está normalmente fechado 5° SEMANA 1. rápido desenvolvimento do encéfalo e das proeminências faciais → crescimento da cabeça excede o de outras regiões 2. face faz contato com a proeminência cardíaca 3. rápido crescimento do 2° arco faríngeo: se sobrepõe aos 3° e 4° arcos, formando uma depressão lateral de cada lado, o seio cervical. 4. cristas mesonéfricas: indicam o local do desenvolvimento dos rins mesonéfricos (órgãos excretores provisórios.) 6° SEMANA 1. movimentos espontâneos: contrações no tronco e nos membros em desenvolvimento 2. respostas reflexas ao toque 3. membros superiores: diferenciação regional → desenvolvimento do cotovelo e das grandes placas nas mãos 4. raios digitais: iniciam seu desenvolvimento nas placas das mãos; primórdios dos dígitos (dedos) 5. 4/5 dias após o desenvolvimento dos membros superiores: desenvolvimento dos membros inferiores 6. saliências auriculares: pequenas intumescências; desenvolvem ao redor do sulco ou fenda faríngea entre os primeiros dois arcos faríngeos; contribuem para a formação da aurícula (pavilhão), a parte em forma de concha da orelha externa 7. sulco faríngea → meato acústico externo (canal da orelha externa) 8. formação do pigmento da retina → olhos são notáveis 9. cabeça é agora relativamente muito maior do que o tronco e está dobrada sobre a proeminência cardíaca 10. posição da cabeça resulta da flexão da região cervical (pescoço) 11.tronco + pescoço: começam a endireitar-se 12. cavidade abdominal é muito pequena nesta idade para acomodar o rápido crescimento do intestino → intestino penetra no celoma extraembrionário na parte proximal do cordão umbilical 7° SEMANA 1. chanfraduras aparecem entre os raios digitais (sulcos e chanfraduras que separam as áreas das placas das mãos e dos pés) → dedos 2. comunicação entre o intestino primitivo e a vesícula umbilical está reduzida 3. pedículo vitelino → ducto onfaloentérico 4. início da ossificação dos ossos dos membros superiores 8° SEMANA 1. dedos das mãos estão separados porém unidos por uma membrana visível 2. chanfraduras nitidamente visíveis entre os raios digitais dos pés 3. eminência caudal: ainda está presente mas é curta 4. plexo vascular do couro cabeludo: aparece e forma uma faixa característica ao redor da cabeça 5. todas as regiões dos membros estão aparentes e os dedos são compridos e completamente separados 6. primeiros movimentos voluntários dos membros 7. ossificação primária inicia-se no fêmur (osso longo da coxa) 8. eminência caudal desapareceu + as mãos e pés se aproximam uns dos outros ventralmente 9. pálpebras estão se fechando → começam a se unir por fusão epitelial 10.intestinos ainda estão na porção proximal do cordão umbilical Estimativa da idade do embrião ● O Sistema Carnegie de Estagiamento do Embrião é utilizado internacionalmente; seu uso permite que comparações possam ser feitas entre os achados de vários profissionais ● obstetras: a partir do primeiro dia do último período menstrual normal (UPMN) ● A idade do embrião se inicia na fecundação, aproximadamente 2 semanas após o UPMN
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