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SISTEMA RESPIRATÓRIO - HISTOLOGIA

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 @jumorbeck 
 
 
Epitélio Respiratório 
↠ A maior parte da porção condutora é revestida 
internamente por um epitélio pseudoestratificado colunar 
ciliado com muitas células caliciformes, denominado 
epitélio respiratório. 
↠ O epitélio respiratório típico consiste em cinco tipos 
celulares, identificáveis ao microscópio eletrônico. 
➢ O tipo mais abundante é a célula colunar ciliada. 
Cada uma tem cerca de 300 cílios na sua 
superfície apical. 
➢ Em termos quantitativos, seguem-se, em 
segundo lugar, as células caliciformes, secretoras 
de muco. 
➢ As demais células colunares deste epitélio são 
conhecidas como células em escova (brush 
cells), em virtude dos numerosos microvilos 
existentes em suas superfícies apicais. 
➢ Existem ainda as células basais, que são 
pequenas e arredondadas, também apoiadas na 
lâmina basal, mas que não se estendem até a 
superfície livre do epitélio. Elas são células-tronco 
que se multiplicam continuamente por mitose e 
originam os demais tipos celulares do epitélio 
respiratório. 
➢ Existem também as células granulares, 
semelhantes às basais, mas que contêm 
numerosos grânulos. 
 
Traqueia 
↠ É revestida internamente por epitélio do tipo 
respiratório. 
↠ A lâmina própria da mucosa é formada por tecido 
conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas. Contém 
 
glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem no lúmen 
traqueal. 
↠ A traqueia apresenta um número variável (16 a 20) de 
cartilagens hialinas, em forma da letra C, cujas 
extremidades livres situam-se dorsalmente. 
↠ Ligamentos fibroelásticos e feixes de músculo liso 
prendem-se ao pericôndrio e unem os braços das 
porções abertas das peças cartilaginosas, fechando esse 
espaço. 
↠ A traqueia é revestida externamente por um tecido 
conjuntivo frouxo, constituindo a camada adventícia. 
 
 
Brônquios 
↠ Nos ramos maiores, a mucosa é semelhante à da 
traqueia, revestida por epitélio respiratório; já nos ramos 
menores, o epitélio é cilíndrico simples ciliado. 
↠ A lâmina própria é rica em fibras elásticas. 
↠ Externamente à mucosa segue-se uma camada de 
músculo liso, formada por feixes musculares dispostos em 
espiral. 
↠ Externamente à camada muscular, estão situadas as 
peças cartilaginosas dos brônquios. A parede dos 
brônquios tem várias pequenas peças cartilaginosas de 
formato irregular, cujo conjunto circunda o tubo 
inteiramente. 
Traqueia Brônquios Primários
Brônquios 
Lobares (3PD E 
2 PE)
Brônquios 
Segmentares
Bronquíolos
Bronquíolos 
Terminais
Bronquíolos 
Respiratórios
Ductos 
Alveolares
Sacos 
Alveolares
ALVÉOLOS
Sistema Respiratório 
HISTOLOGIA 
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 @jumorbeck 
 
↠ As peças cartilaginosas são envolvidas por tecido 
conjuntivo rico em fibras elásticas. Essa capa conjuntiva, 
frequentemente denominada camada adventícia. 
↠ Particularmente nos pontos de ramificação da árvore 
brônquica, é comum a existência de nódulos linfáticos 
pertencentes ao BALT, tecido linfático associado à 
mucosa brônquica. 
 
 
Bronquíolos 
↠ Além do diâmetro menor, algumas de suas 
características diferenciais com os brônquios são: ausência 
de cartilagem e de glândulas em suas paredes. 
↠ Nódulos linfáticos do BALT são infrequentemente 
encontrados. 
ATENÇÃO: Seu epitélio é cilíndrico simples ciliado nas 
porções iniciais, passando, na porção final, a cúbico 
simples inicialmente ciliado e finalmente sem cílios. 
ATENÇÃO: As células caliciformes diminuem em número, 
podendo estar ausentes completamente no final dos 
bronquíolos. 
↠ A lâmina própria da mucosa dos bronquíolos é delgada 
e rica em fibras elásticas. Em torno da mucosa há uma 
camada de músculo liso cujas células se entrelaçam com 
as fibras elásticas. 
ATENÇÃO: Nota-se que a musculatura bronquiolar é 
proporcionalmente mais espessa que a brônquica. 
BRONQUÍOLOS TERMINAIS 
↠ As últimas partes da porção condutora. 
↠ Revestida internamente por epitélio colunar baixo ou 
cúbico, com células ciliadas e não ciliadas. 
↠ O epitélio dos bronquíolos terminais apresenta as 
células em clava, também chamadas células bronquiolares 
secretoras não ciliadas, anteriormente denominadas 
células de Clara. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corte transversal de bronquíolo. No segmento mostrado na figura, há uma transição entre epitélio 
de tipo respiratório (R) e epitélio simples cúbico (C). Abaixo do epitélio há uma camada de músculo 
liso relativamente espessa. Não há cartilagem em sua parede. Em torno do bronquíolo há alvéolos 
pulmonares. 
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 @jumorbeck 
 
BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS 
↠ O bronquíolo respiratório é um tubo curto, às vezes 
ramificado, com estrutura semelhante à do bronquíolo 
terminal. 
↠ Porém, uma grande diferença entre ambos é a 
existência de várias descontinuidades na parede do 
bronquíolo respiratório, pelas quais o seu lúmen se 
comunica diretamente com os alvéolos pulmonares. 
 
↠ A superfície interna dos bronquíolos respiratórios é 
revestida por epitélio simples, que varia de colunar baixo 
a cuboide, podendo apresentar cílios na porção inicial. 
↠ Esse epitélio simples não apresenta células 
caliciformes, mas pode conter células em clava (células de 
Clara). 
↠ O músculo liso e as fibras elásticas de sua parede 
formam uma camada mais delgada do que a do 
bronquíolo terminal. 
Ductos alveolares 
↠ À medida que o bronquíolo respiratório se prolonga, 
aumenta o número de descontinuidades de sua parede 
acompanhadas de alvéolos que se abrem no seu lúmen. 
↠ Quando a parede passa a ser constituída quase só de 
saídas de alvéolos, o tubo passa a ser considerado um 
ducto alveolar. 
↠ Os ductos alveolares são revestidos por epitélio 
simples cúbico, mas um epitélio simples pavimentoso 
pode ser observado em suas extremidades. 
↠ Devido à grande quantidade de interrupções, a parede 
passa a ser percebida sob a forma de pequenos “botões” 
constituídos principalmente de epitélio e tecido muscular 
liso. 
 
Sacos alveolares e alvéolos 
↠ O ducto alveolar termina em um alvéolo único, ou mais 
comumente em sacos alveolares, que são espaços nos 
quais se abrem diversos alvéolos. 
↠ Os alvéolos são pequenas bolsas semelhantes aos 
favos de uma colmeia e apresentam uma abertura. Assim 
como os sacos alveolares, quase sempre a parede de um 
alvéolo é comum a dois alvéolos adjacentes, sendo 
denominada parede alveolar ou septo interalveolar. 
 
COMPONENTES DOS SEPTOS INTERALVEOLARES 
↠ Os septos interalveolares (ou paredes alveolares) são 
revestidos por dois tipos de células que estão em contato 
com o ar presente no lúmen alveolar. São o pneumócito 
tipo I e o pneumócito tipo II. 
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 @jumorbeck 
 
↠ O pneumócito tipo I é uma célula pavimentosa, com 
citoplasma muito delgado e núcleo achatado, que faz uma 
ligeira saliência para o interior do alvéolo. 
↠ Pneumócitos I adjacentes aderem entre si por 
desmossomos e por zônulas de oclusão (junções 
oclusivas), que impedem a passagem de fluidos do espaço 
tecidual (interstício) para o interior dos alvéolos. 
↠ A principal função dos pneumócitos tipo I é constituir 
uma barreira de espessura mínima para possibilitar as 
trocas de gases entre o lúmen alveolar o tecido intersticial 
que forma o eixo da parede alveolar, e ao mesmo tempo 
impedir a passagem de líquido. 
↠ O pneumócito tipo II localiza-se na superfície alveolar, 
intercalado entre os pneumócitos tipo I. Ambos os tipos 
de células aderem entre si por meio de desmossomos e 
junções oclusivas. 
↠ Os pneumócitos tipo II são células arredondadas 
frequentemente vistas em grupos de duas ou três células 
nos pontos em que as paredes alveolares se tocam, e o 
núcleo esférico é maior e mais claro em relação às 
demais células da parede interalveolar. O citoplasma 
aparece vacuolizado em cortes histológicos. Responsável 
pela produção de surfactante. 
 
MACRÓFAGOS ALVEOLARES E CÉLULAS DENDRÍTICAS 
↠ Há uma grande população de macrófagos e células 
dendríticasno sistema respiratório, onde exercem, 
respectivamente, funções de fagocitose e 
processamento/apresentação de antígenos a linfócitos T. 
↠ Os macrófagos alveolares (células de poeira) fazem 
parte do sistema mononuclear fagocitário do organismo. 
Situam-se no interior dos septos interalveolares e de 
alvéolos 
 
Referências: 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e 
atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018

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