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Exame de Consciência

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CONTEÚDO
CONSIDERAÇÕES GERAIS 3
Método para se confessar bem 3
Oração preparatória 4
Exame de consciência 5
Método para examinar bem a consciência 6
OS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS 7
1º Mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas 7
2º Mandamento: Não jurar seu Santo Nome em vão 9
3º Mandamento: Guardar domingos e festas de guarda 9
4º Mandamento: Honrar pai e mãe 10
4º Mandamento: Não matar 11
6° E 9° Mandamentos: Não pecar contra a castidade, 
Não desejar a mulher do próximo 13
7º E 10º Mandamentos: Não furtar, 
Não cobiçar as coisas alheias 15
8º Mandamento: Não levantar falso testemunho 16
9º Mandamento: Não desejar a mulher do próximo 17
10º Mandamento: Não cobiçar as coisas alheias 17
Os preceitos da Santa Igreja 18
Os pecados capitais 18
A CONTRIÇÃO E O BOM PROPÓSITO 20
MEDITAÇÃO: AS QUATRO CONSIDERAÇÕES 22
Primeira Consideração: o Túmulo 22
Segunda Consideração: o Céu 23
Terceira consideração: o Inferno 24
Quarta Consideração: o Calvário 25
ORAÇÕES COMPLEMENTARES 27
Ato de contrição e bom propósito 27
Ato de contrição mais breve 28
Prática da Confissão 28
Notas importantes 30
ORAÇÕES PARA DEPOIS DA CONFISSÃO 31
Ação de Graças 31
Salmo 102 32
Renovação do bom propósito 33
Oração a Maria Santíssima para alcançar a perseverança 34
MÉTODO BREVE PARA O EXAME DE CONSCIÊNCIA 37
Oração preparatória 37
Exame de consciência 38
Ato de contrição 38
4
CONSIDERAÇÕES GERAIS
MÉTODO PARA SE CONFESSAR BEM
L embra-te, ó cristão, que coisa santa e inestimável é a confissão; pois a confissão, ou penitência, é aquele sacramento que nos perdoa os pecados cometidos depois do batismo; é um 
meio eficacíssimo que Nosso Senhor Jesus Cristo, na sua bondade 
e misericórdia, nos proporcionou para salvar a nossa alma e que 
todos que, depois do batismo, cometeram um pecado mortal, devem 
empregar. Não é a confissão um objeto de aborrecimento ou medo, 
mas sim uma instituição de misericórdia divina.
Pobres de nós, se não tivéssemos um meio tão simples, tão 
eficaz e seguro, e, para assim dizer, tão natural, como é a sincera, 
humilde e contrita confissão dos nossos pecados. Aproveita-te, pois 
muitas vezes, deste meio tão salutar, e tanto mais quanto maior for 
a tua fraqueza e propensão ao pecado. Recebe, porém, sempre este 
sacramento tão santo com a disposição necessária, isto é: 1º depois 
de ter séria e tranquilamente examinado a tua consciência; 2º depois 
de ter feito uma contrição sincera de teus pecados, com firme 
propósito de emenda. Cuida bem de não depreciar este sacramento 
por negligência e superficialidade no exame de consciência, ou falta 
de contrição, ou por calar, de propósito um pecado mortal. De outra 
parte, procura ter uma grande confiança em Deus, que não despreza 
a quem, de boa vontade e de coração contrito, se converte a Ele. 
Procedendo assim, sempre hás de tirar grande aproveitamento da 
confissão e assegurar-te para a eterna salvação.
Antes de principiar uma obra tão santa e importante, invoca com 
toda humildade e fé o auxílio divino pelas orações seguintes:
5
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Invoca o Espírito Santo, dizendo com toda devoção:
Vinde Espírito Santo! Enchei os corações dos vossos fiéis e 
acendei neles o fogo do vosso amor!
V/ . Senhor, enviai o vosso Espírito, e tudo será criado!
R/. E renovareis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com 
a luz do Espírito Santo, concedei que pelo mesmo espírito 
saibamos o que é reto e sempre gozemos de sua consolação.
Depois acrescenta:
M eu Deus e Senhor, vou receber agora o santo Sacramento da Penitência. Ajudai-me para isso com o auxílio de vossa graça; 
porque nada posso sem vós. Enviai-me o Espírito Santo, para 
que conheça bem o número e a gravidade de meus pecados, 
devida e sinceramente deles me arrependa e faça um firme 
propósito de não pecar mais. Assisti-me com a vossa graça, 
para que confesse sinceramente os meus pecados e não cale 
nada do que deva dizer. Dai-me força para me emendar 
verdadeiramente. Amém.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim, pobre pecador, 
para que faça uma boa confissão e alcance o perdão de todos 
os meus pecados. Jesus, Maria, José, esclarecei-me, socorrei-
me, salvai-me. Amém. Santo Anjo da Guarda e todos os Anjos 
e Santos de Deus, rogai por mim nesta hora. Amém.
Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
6
EXAME DE CONSCIÊNCIA
Nota: Para examinar bem a consciência é necessário saber o que 
constitui um pecado mortal.
É a matéria grave; o pleno conhecimento; e o pleno consentimento. Faltando uma destas três condições, não se pode falar em pecado mortal. Convém saber ainda 
que a culpabilidade duma ação sempre depende do conhecimento 
que temos da dela.
Se, por exemplo, praticamos alguma ação que julgamos ser 
pecado mortal, mas que, na realidade não o é, nos tornamos réus 
de pecado mortal porque tínhamos a vontade de cometê-lo. Quem 
por exemplo, julgar ser pecado mortal uma mentira (que geralmente 
é pecado venial), comete tal mesmo se depois ouvir que é somente 
pecado venial. Ou se alguém pensar ser hoje dia de abstinência, 
quando não o é, comete um pecado comendo carne. Assim, pela 
mesma razão, um grande pecado pode tornar-se pequeno.
Também não se deve esquecer que para examinar bem a 
consciência é necessário indagar o número e as espécies de pecados 
mortais, o quanto possível, e todas as circunstâncias que tornam um 
pecado venial em mortal, ou um mortal em venial.
Quem, por exemplo, roubar a um pobre, comete um maior 
pecado do que se o fizera a um rico; ou, se alguém furtar um objeto 
na igreja, comete dois pecados, um contra o 7º e outro contra o 1º 
Mandamento de Deus.
Nos pecados veniais não é necessário indicar a miúdo o número. 
Basta dizer se foi uma ou muitas vezes. Afinal, convém saber que, 
se não chegar ao pleno conhecimento de ser ou não alguma coisa 
pecado grande ou pequeno, ou quando tivermos dúvida sobre 
alguma coisa, ou quando não soubermos exprimir-nos bem, ou 
quando estivermos com vergonha, o declaremos ao nosso confessor, 
que, muitas vezes, com algumas perguntas, saberá remover as 
dificuldades.
7
MÉTODO PARA EXAMINAR BEM A CONSCIÊNCIA
Observações: Convém notar que é obrigação grave empregar o tempo 
suficiente para examinar-se e arrepender-se.
Em primeiro lugar, vejamos quando nos confessamos a última 
vez. Depois devemos ver se esta confissão teve valor.
Note-se bem: Uma confissão não tem valor:
1. Quando, por grave negligência no exame de consciência, 
deixamos de dizer pecado mortal, ou o número e as 
circunstâncias necessárias dele.
2. Quando nos confessamos sem verdadeira contrição e sem 
propósito sincero de emenda.
3. Quando calamos de propósito um pecado mortal.
4. Quando, antes de recebermos a absolvição, já tínhamos a 
intenção de não cumprir a penitência.
Quem antes de receber a absolvição tem a vontade de cumprir 
a penitência e depois, sem própria culpa, se esqueceu de cumpri-la, 
cometeu pecado e a confissão é válida.
Quem, porém, deixa de cumprir a penitência por própria culpa, 
comete um pecado e deve dizê-lo ao confessor. 
Quem conhecer que a confissão foi sacrílega, deve dizer isto 
ao confessor e repeti-la toda, arrependendo-se de coração por ter 
cometido um pecado grande, abusando de um Sacramento tão 
santo.
8
OS DEZ MANDAMENTOS 
DA LEI DE DEUS
Para dar maior esclarecimento sobre a distinção dos pecados em 
mortais e veniais, sempre o indicaremos em parêntesis. No lugar indicado 
diga-se o número das vezes; nos veniais basta dizer se foram muitas ou 
poucas vezes.
1º MANDAMENTO:
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
Contra a 1º Mandamento pequei:
• Não rezei __ vezes a oração da manhã e da noite por 
negligência (omitir as orações diárias durante algum tempo 
e por mera preguiça, não passa dum pecado venial).
• Rezei as orações diárias __ vezes sem devoção, rindo-me, ou 
olhando para outras coisas (é pecado venial)
• Neguei __ vezes alguma verdade da fé (pecado mortal).
• Duvidei voluntariamente de alguma verdade da fé __ vezes 
(é pecado mortal).
• Falei__ vezes contra a nossa santa religião ou seus ministros 
(se foi em coisa grave, é pecado mortal).
• Gostei de ouvir falar __ vezes contra a nossa santa religião, 
contra Deus e seus ministros (conforme a matéria e 
consentimento que demos, é pecado mortal ou venial).
• Zombei __ vezes de coisas santas, por exemplo da Santa 
Missa, das procissões (é pecado venial ou mortal, conforme 
a matéria e o desprezo).
• Tive vergonha da minha religião, deixando, por exemplo, 
de ir Missa ou de cumprir outro dever de nossa religião 
por causa de respeito humano (é pecado mortal ou venial 
conforme a matéria e as circunstâncias).
• Li __ vezes livros ou jornais escritos contra a fé.
9
Quem souber que a leitura de tais livros não prejudica a sua alma, 
já não pode por isso estudá-los, nem mesmo para poder defender sua fé 
católica, ou por achar neles assuntos que tocam a matéria de seus estudos; 
mas tem que pedir antes a licença da autoridade eclesiástica.
• Descuidei de instruir-me sobre os deveres de cristão, por 
muito ou pouco tempo, por exemplo, não estudando o 
catecismo, ou nunca assistindo às práticas.
Quem por grave negligência, deixou de instruir-se nas verdades 
necessárias da fé, cometeu pecado mortal; e tem, por conseguinte, a 
obrigação de procurar a instrução necessária.
• Consultei ou mandei consultar espiritistas, feiticeiros, 
benzedores ou cartomantes __ vezes (é pecado mortal; pode 
ser venial, se for por ignorância ou mera curiosidade).
• Fiz mesmo feitiços __ vezes (é pecado mortal; pode ser 
venial se feito por ignorância ou outra razão que diminui 
o pecado).
• Rezei orações supersticiosas __ vezes (é pecado mortal; pode 
ser venial, se for por ignorância, curiosidade, etc.).
• Usei devoções supersticiosas __ vezes (pecado mortal; pode 
ser venial, se for por ignorância).
• Desconfiei de Deus, murmurando contra Ele, dando-me 
ao desânimo em qualquer desgraça ou até ao desespero __ 
vezes (é muitas vezes pecado venial; é, porém, mortal, se 
propriamente desesperamos da misericórdia de Deus ou da 
nossa salvação).
• Pequei por presunção __ vezes, isto é, continuar a pecar 
e deixar de converter-se, contando com a misericórdia de 
Deus (é pecado mortal); ou expor-se sem razão ao risco 
de vida ou a outro grave perigo, esperando que Deus nos 
salvará por um milagre (é pecado mortal; às vezes pode ser 
venial por falta de plena advertência).
• Tive aborrecimento, indiferença, desprezo ou até ódio 
das coisas santas, dos Santos ou de Deus __ vezes (Ter 
próprio desprezo ou ódio das coisas santas é pecado mortal; 
10
enquanto o aborrecimento é muitas vezes pecado venial por 
falta de malícia e plena advertência).
2º MANDAMENTO:
NÃO JURAR SEU SANTO NOME EM VÃO
Contra o 2º Mandamento pequei:
• Pronunciei o nome de Deus ou dos Santos sem respeito e 
devoção __ vezes (é pecado venial).
• Jurei __ vezes falso (se for próprio juramento falso, é pecado 
mortal)
• Jurei __ vezes à toa (é pecado venial em geral).
Dizendo simplesmente: — eu “juro”, o que não é fazer um juramento.
• Roguei pragas __ vezes, i.é, proferir maldições contra si 
mesmo ou contra outros (é pecado mortal; se for sem 
advertência, pode ser venial).
• Blasfemei __ vezes, isto é, proferir palavras injuriosas contra 
Deus ou contra os Santos (é em geral pecado mortal).
• Não cumpri __ vezes uma promessa que fiz (diga se era 
grande ou pequena).
Se me obriguei, debaixo de pecado mortal, a cumprir uma promessa de 
grande valor (i.é., em matéria grave), deixando, em seguida, de cumpri-la 
por culpa própria, cometo pecado mortal; mas havendo feito uma promessa 
em matéria leve, a omissão será pecado venial. Não convém fazer uma 
promessa em assunto grave, sem ter antes consultado o confessor.
3º MANDAMENTO:
GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA
Contra o 3º Mandamento pequei:
• Faltei por minha culpa à Missa nos domingos e dias santos 
__ vezes (é pecado mortal).
• Cheguei muito ou pouco tarde à Missa, por minha própria 
11
culpa, nos domingos e dias santos...
É muito tarde, quando se chega depois do ofertório; se, neste caso, 
não ouvirmos outra Missa, sendo possível, cometemos um pecado 
mortal; se, porém, chegamos antes do ofertório, não somos obrigados a 
ouvir outra Missa; cometemos, porém, pecado venial, se for por própria 
culpa.
• Fui __ vezes irreverente na Igreja, rindo-me, ou conversando 
com outros, distraindo-os (muitas vezes o desrespeito não 
passa dum pecado venial).
• Trabalhei __ vezes nos domingos e dias santos sem 
necessidade (diga que trabalho foi e quanto tempo; é pecado 
mortal, conforme o trabalho e o tempo que empregamos; p. 
ex.: 2 – 3 horas).
4º MANDAMENTO:
HONRAR PAI E MÃE
Contra o 4º Mandamento pequei:
• Desobedeci __ vezes a meus pais, ou a outras pessoas, que 
fazem as vezes deles (é em geral pecado venial; em coisa 
grave e segundo certas circunstâncias pode ser mortal).
• Faltei-lhes ao respeito __ vezes, respondendo-lhes mal, talvez 
com palavras ásperas e grosseiras, ou até desprezando-os no 
coração por palavras e ações; p. ex.: caçoando ou falando 
mal deles (pecado mortal ou venial, segundo a matéria e o 
desprezo).
• Contrariei e aborreci __ vezes meus pais por malcriação, em 
coisa grave ou pequena (se for em coisa grave, p. ex., a ponto 
de os fazer chorarem, pode ser mortal).
• Contrariei e aborreci __ vezes meus pais por malcriação, em 
coisa grave ou pequena (se for em coisa grave, p. ex., a ponto 
12
de os fazer chorarem, pode ser mortal).
• Deixei de socorrer a meus pais em suas necessidades __ vezes 
(diga em que coisa foi; é pecado mortal ou venial, conforme a 
matéria e outras circunstâncias).
• Desejei grande ou pequeno mal a meus pais __ vezes (se 
grande mal, é pecado mortal).
• Zombei __ vezes de pessoas pobres, velhas e defeituo sas (é 
muitas vezes pecado venial, pode ser mortal, se ofendemos 
gravemente a tais pessoas).
No 4º Mandamento também nos devemos examinar sobre o 
procedimento para com os nossos professores, patrões e outros superiores.
Os pais de família têm de examinar-se sobre os deveres mútuos, como 
também sobre as obrigações que têm para com seus filhos, como são a boa 
educação e os bons exemplos, que lhes devem.
Podem pecar gravemente os pais, descuidando de educar os filhos e instruí-
los, ou fazê-los instruir sobre os deveres de nossa santa religião, mandando-
os, p. ex., para colégios descrentes, ou onde correm perigo de perder a sua fé 
católica; ou, por amor falso, não lhes dando a correção necessária, ou não 
vigiando sobre o procedimento deles, ou dando-lhes até maus exemplos.
Também os superiores devem examinar-se sobre as obrigações que 
têm para com os criados e os demais que estão a seus cuidados, tratando-
os bem, dando-lhes o salário convencionado, vigiando também sobre 
o procedimento deles e proporcionando-lhes o tempo necessário para 
cumprirem os deveres de cristão, por exemplo, de ouvirem a Santa Missa 
nos dias de preceito. Também neste ponto os pecados são graves ou 
pequenos, segundo a matéria e as demais circunstâncias.
5º MANDAMENTO:
NÃO MATAR
Contra o 5º Mandamento pequei:
• Briguei com meus irmãos ou outras pessoas __ vezes 
(em geral pecado venial, e pode ser mortal, segundo as 
circunstâncias; p. ex., tendo ferido gravemente uma pessoa 
numa briga).
• Maltratei muito ou pouco, ou até feri outras pessoas __ 
vezes (é pecado mortal ou venial, conforme os maus tratos).
13
Se, por culpa grave, prejudicarmos gravemente a vida corporal do 
próximo, devemos indenizá-lo de tudo quanto por nossa causa sofreu; p. 
ex., nas despesas do médico, da farmácia e na perda do lucro, etc.
• Desejei grande ou pequeno mal a mim ou a outras pessoas 
__ vezes (segundo o mal que desejamos, o pecado é mortal 
ou venial).
• Injuriei __ vezes os outros, chamando-lhes nomes; p. ex., do 
demônio, ou proferindo talvez injúrias mais graves.
Segundo a injúria, que, com tais palavras, se faz ao próximo, o pecado 
é mortal ou venial; convém, porém, saber que chamá-lo pelo nome do 
demônio e outrossemelhantes é, em geral, pecado venial, suposto que não 
sejam nomes gravemente injuriosos que, geralmente, constituem pecado 
mortal.
Tive raiva, ódio ou inimizade, muito ou pouco tempo, duma 
pessoa __ vezes.
Ter raiva por algum momento é, geralmente, pecado venial; mantendo, 
porém, o ódio ou inimizade por mais tempo, pode ser pecado mortal; para 
fazer uma boa confissão, é necessário perdoar de coração ao nosso inimigo 
e ter a vontade sincera de deixar a inimizade.
• Tive desejo de me vingar em coisa grande ou pequena __ 
vezes.
O desejo de vingança é pecado venial ou mortal, conforme a matéria 
e as demais circunstâncias.
• Fiz pecar os outros por maus exemplos, conselhos, palavras 
ou obras __ vezes (diga em que pecado foi).
Fazer ações, etc., que levam outros a pecarem, é dar escândalo. Segundo 
o pecado, de que fomos a causa, o escândalo é pecado mortal ou venial. 
Lembremo-nos sempre das palavras ameaçadoras de Nosso Senhor Jesus 
Cristo acerca dos que dão escândalo: “Quem escandalizar a um destes 
pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que lhe pendurassem ao 
pescoço uma mó de moer e o lançassem ao fundo do mar”. 
• Maltratei bichos e outros animais __ vezes (é em geral 
pecado venial).
14
6° E 9° MANDAMENTOS:
NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE
NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO
Observação: Todos os pensamentos, desejos, palavras e ações 
voluntárias, diretamente contra o 6° e o 9° Mandamentos de Deus, são 
pecados mortais. Podem tornar-se veniais, às vezes, por falta de advertência 
e pleno consentimento. É por isso que deixamos de indicar a distinção de 
pecados mortais e veniais. Cumpre notar, porém, que, além de indicar o 
número das vezes, é necessário declarar também as circunstâncias que 
constituem nova espécie de pecado. Assim, p. ex., deve-se declarar se os 
desejos ou ações contra a castidade se referem à própria pessoa ou à pessoa 
do mesmo ou diferente sexo, a pessoas casadas, parentes, etc., naturalmente, 
sem jamais dizer o nome de pessoa alguma.
Acusa-te com sinceridade e confiança de tudo quanto neste ponto grava 
a tua consciência, pois que a menor falta voluntária contra a virtude da 
castidade e pureza do coração pode facilmente ser a fonte de uma torrente 
de pecados e crimes vergonhosos, que arrastam a alma para a desgraça 
eterna no fogo do inferno. “Bem sabeis”, diz o grande Apóstolo S. Paulo, 
“que nenhum impuro tem herança no reino de Deus”. (Ef V, 5). Diga, pois, 
o mundo o que quiser, verdade é que pecados da impureza levam às portas 
do inferno, e às vezes muito cedo e muito depressa. Procura purificar 
cada vez mais a tua alma de toda a mancha por meio de uma humilde 
acusação no santo sacramento da penitência. Não te deixes levar, vencido 
por vergonha falsa, a calar um pecado mortal, ou outra coisa, que julgas 
dever dizer. Não sabendo se alguma coisa é, ou não, pecaminosa, ou se 
não souberes se te exprimiste bem, consulta o confessor, que te responderá 
em nome de Deus. Tem para sempre um amor de predileção à virtude 
preciosa da santa pureza, lembrando-te constantemente das sublimes 
palavras de Jesus: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles 
verão a Deus” (Mt V).
Contra o 6º e 9º Mandamentos pequei: 
• Pensei voluntariamente em coisas desonestas __ vezes.
• Tive o propósito de ver, ouvir, falar, ler, ou de fazer coisas 
desonestas __ vezes.
• Olhei de propósito e com prazer para figuras e outras coisas 
desonestas, ou para pessoas descompostas __ vezes.
• Cantei cantigas imorais __ vezes.
• Tive conversas desonestas __ vezes (falar nomes indecentes 
em geral é pecado venial).
15
• Gostei de ouvir coisas desonestas __ vezes.
• Li livros, jornais ou outras coisas imorais __ vezes.
• Emprestei tais livros ou escritos a outros __ vezes.
Se pudermos dispor de tais livros ou escritos, devemos queimá-los, ou, 
de outra maneira, destruí-los.
• Trajei roupas indecentes __ vezes.
Sair mascarado, sem usar vestes indecentes e sem faltar à modéstia, 
não é pecado em si; torna-se, porém, muitas vezes pecaminoso por causa 
de escândalos e outras circunstâncias.
• Fiz ações desonestas, só ou com outros __ vezes.
• Mostrei a outros imagens desonestas __ vezes.
Se se tratar de figuras ou estampas desonestas, de que poderemos 
dispor, procuraremos destruí-las.
• Faltei à modéstia ao vestir ou ao despir-me, ou em outras 
ocasiões semelhantes, só ou em presença de outros __ vezes.
• Ensinei, provoquei, ou ajudei a outros por minhas palavras, 
ações, etc., a cometerem um pecado desonesto __ vezes.
Também deves examinar e acusar-te sobre as ocasiões próximas de 
pecado, isto é, sobre aquelas ocasiões que sempre ou quase sempre te 
levam ao pecado, como são certas pessoas, más companhias, teatros ou 
bailes indecentes ou perigosos, certos lugares e conhecimentos ou reuniões 
perigosas, livros obscenos ou perigosos, ou enfim, outros divertimentos 
desonestos ou perigosos. Quem se expõe voluntariamente a tais ocasiões, 
que sabe que poderão causar-lhe a ruína espiritual, já comete pela mesma 
frequência de tais lugares, pessoas, etc., um pecado mortal. Convém 
notar, porém, que certas ocasiões são absolutamente perigosas para todos, 
enquanto outras somente o são relativamente, isto é, para certas pessoas ou 
por causa de certas circunstâncias, se nos acharmos em ocasiões perigosas, 
que não podemos deixar, por causa de nosso ofício, ou outra gravíssima 
razão, devemos procurar vencer as tentações pela oração, pela vigilância 
sobre os nossos sentidos e pela frequência dos sacramentos.
Quem na confissão não tiver vontade firme de deixar tais ocasiões 
próximas do pecado, não poderá receber a absolvição. Não digas que não 
as podes deixar. Manifesta humildemente ao confessor as fraquezas e 
feridas de tua alma, escuta os conselhos que te der, e Deus não deixará de 
dar-te as graças necessárias para para venceres os inimigos da tua alma.
16
7º E 10º MANDAMENTOS:
NÃO FURTAR
NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS
Observações: A gravidade dos pecados contra o 7º e 10º Mandamentos 
de Deus, depende dos objetos que se tiraram ou injustamente se retiveram, 
ou se estragaram, como também das circunstâncias que a aumentam ou 
diminuem. Assim, um furto feito na igreja ou a um pobre, é maior pecado 
do que se fora feito em lugar profano ou a um rico. Feita esta observação, 
deixamos também nesses dois mandamentos de indicar a distinção dos 
pecados em mortais e veniais.
Contra o 7º e 10º Mandamentos pequei:
• Furtei alguma coisa __ vezes (dizer se era coisa de valor).
• Tive propósito de furtar alguma coisa grande ou pequena 
__ vezes.
• Aceitei, comprei ou guardei coisas roubadas __ vezes (dizer 
se eram coisas de valor).
• Fiquei com coisa achada, sem procurar os donos __ vezes 
(dizer se eram coisas de grande valor).
• Fiquei com coisas emprestadas __ vezes (dizer se tinham 
grande ou pequeno valor).
• Deixei de pagar muito tempo, sem justa razão, as minhas 
dívidas __ vezes (é pecado mortal ou venial segundo as 
dívidas que não se pagaram ou segundo a perda que outro 
sofreu pela demora injusta).
• Enganei os outros no preço, na medida, nos objetos, que 
lhes vendi, ou em outros negócios e encomendas __ vezes.
• Prejudiquei outros nos seus bens, estragando alguma coisa __ 
vezes (dizer se foi em coisa grande ou pequena).
• Ajudei outros a fazerem tais pecados contra o 7º 
mandamento, mandando, provocando, aconselhando, 
aprovando, guardando silêncio, ou não proibindo tais ações 
17
ilícitas, sendo obrigado a falar e proibi-las, por ser superior, 
chefe, ou empregado __ vezes.
• Gastei mal a minha fortuna, ou a da minha família, com 
jogos ou de outras maneiras __ vezes.
8º MANDAMENTO:
NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO
Contra o 8º Mandamento pequei:
• Menti __ vezes (é geralmente pecado venial).
• Prejudiquei outros mentindo __ vezes (dizer se foi em coisa 
grave ou leve; é pecado mortal ou venial, segundo o prejuízo 
que causamos ao próximo, mentindo).
• Murmurei da vida alheia, isto é, falando mal do próximo, 
criticando ou censurando-o,ou descobrindo faltas graves 
ou leves dele, sem necessidade __ vezes.
A gravidade do pecado depende da gravidade do mal que se descobre 
do próximo, como também da nossa malícia ou má intenção; porque 
muitas vezes se fala em tais coisas, sem reparar propriamente no mal que 
se profere, o que muitas vezes diminui o pecado.
Quem descobriu uma falta grave do próximo, sem necessidade, deve 
esforçar-se a restituir-lhe a fama, que por sua culpa perdeu, desculpando-o 
ou elogiando as suas boas qualidades, etc.
• Levantei falso testemunho, grande ou pequeno, contra o 
próximo __ vezes (a calúnia é pecado grande ou pequeno, 
conforme a gravidade da matéria).
Quem levantou grande falso testemunho contra o próximo deve 
revogá-lo para restituir-lhe a fama e assim obter o perdão de seu pecado; 
em dúvida sobre este ponto, peça-se o conselho do confessor.
• Provoquei ou favoreci tais conversas contra o próximo, por 
palavras, aplausos, gestos, etc. __ vezes (dizer se foi em coisa 
18
grave; é mortal ou venial, segundo o prejuízo que causamos ao 
próximo com tais conversas).
• Fiz juízo temerário do próximo, isto é, julgar mal dele sem 
justa razão __ vezes (dizer se foi grande ou leve; é pecado 
mortal ou venial, segundo os conceitos que, sem justa razão, 
formamos do próximo e segundo os motivos que para isso 
tivemos).
• Causei discórdias, grandes ou pequenas, entre outras pessoas, 
por minhas murmurações, calúnias ou conversas __ vezes (é 
pecado mortal ou venial, segundo as discórdias que, com tais 
murmurações, etc., causamos).
• Fingi-me doente, pobre, ou melhor do que sou __ vezes (é 
muitas vezes pecado venial; pode ser mortal, se trata-se de coisa 
grave, como, p. ex., se deu com os fariseus, cuja hipocrisia Jesus 
repreendeu com palavras severas).
Também nos examinemos se, porventura, revelamos sem justa razão, 
algum segredo, que nos foi confiado, ou se violamos qualquer outro segredo, 
abrindo cartas alheias, sem ter licença, ou por outras maneiras. A gravidade 
do pecado neste ponto também depende da importância do segredo que 
descobrimos ou do modo que violamos, como também de outras circunstâncias; 
mas muitas vezes a curiosidade diminui a gravidade do pecado.
9º MANDAMENTO:
NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO
(Veja os pecados contra o 6° Mandamento).
10º MANDAMENTO:
NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS
(Veja os pecados contra o 7º Mandamento).
19
OS PRECEITOS DA SANTA IGREJA
• Deixei, por minha culpa, de confessar-me uma vez por ano e 
de comungar pelo tempo da Páscoa (é pecado mortal).
O tempo da comunhão pascoal foi determinado pela Santa Igreja, a 
fim de que todos os fiéis ao menos uma vez por ano, se chegassem à Mesa 
Sagrada. Para proporcionar a todos tempo suficiente de cumprir esta 
santa obrigação, o prazo da comunhão é bastante prolongado nas diversas 
dioceses. Estende-se, no Brasil, desde o Domingo da Septuagésima, isto é, 
o Domingo antes da Quaresma, até à oitava da festa do Corpo de Deus, 
inclusive.
• Comi carne nos dias proibidos pela Santa Igreja, sem ter 
licença, ou sem outra razão grave __ vezes (mortal ou 
venial, segundo a quantidade da carne e conforme outras 
circunstâncias; são obrigados a guardar abstinência os que 
tiverem 7 anos completos).
Os que têm 21 anos de idade devem examinar-se também se têm 
deixado de jejuar sem justa razão, como são doenças, trabalhos pesados, ou 
a dispensa. A gravidade deste pecado depende de diversas circunstâncias. 
Se tivermos dúvida a respeito do jejum, perguntemos ao confessor.
OS PECADOS CAPITAIS
• Fui vaidoso __ vezes (é pecado venial).
• Fui orgulhoso, desprezando talvez os pobres e outros __ 
vezes (é pecado venial, pode ser mortal se gravemente 
ofendemos o próximo com o nosso desprezo e por outras 
razões).
• Fui avarento __ vezes (é pecado mortal ou venial, segundo a 
gravidade da avareza).
Cuidemos bem que, sob o pretexto de falsa economia, não caiamos no 
vício da avareza, apegando-nos com imoderação ao dinheiro e aos mais 
bens caducos deste mundo, tratando os pobres com dureza, etc.
20
• Tive inveja dos outros __ vezes (muitas vezes pecado venial; 
tratando-se, porém, de coisas graves, pode ser pecado 
mortal, como foi a inveja de Caim).
• Alegrei-me dos castigos ou desgraças do próximo __ vezes 
(pecado mortal ou venial, segundo o mal, de que regozijamos 
e segundo a nossa malícia e advertência).
• Fiquei com raiva __ vezes (a maioria das vezes é pecado 
venial; pode ser mortal segundo certas circunstâncias. 
Quem se indignar com justa razão, como, p. ex., os pais 
castigando os filhos para corrigi-los, não peca).
• Fiquei com preguiça, deixando talvez, por isso, de cumprir 
as obrigações do meu estado __ vezes (é geralmente pecado 
venial; pode ser mortal, se a preguiça for causa ou ocasião de 
graves prejuízos materiais ou espirituais).
Guarda-te deste pecado, porque é a fonte de muitos crimes.
Lembrando-te ainda de outros pecados que talvez não se achem neste 
método de exame de consciência, não deixes de declará-los também ao 
confessor. Assim, p. ex., cada um deve examinar-se também sobre as 
obrigações do próprio estado, aqui não especificadas, como as do médico, 
advogado, etc.
21
A CONTRIÇÃO E O 
BOM PROPÓSITO
A contrição ou arrependimento é a condição mais necessária e mais 
importante para obter o perdão dos pecados, pois sem a contrição não há 
perdão. Pode dar-se o caso de que a acusação dos pecados a um sacerdote 
se torne impossível por falta de sacerdote, ou por ter o moribundo perdido a 
fala, etc., porém, a contrição não se pode dispensar. Há muitos que aplicam 
o máximo cuidado no exame de consciência, achando mal o tempo para 
arrepender-se bem dos pecados.
Não te contentes, pois, em fazer precipitadamente, pela boca, alguns atos de contrição; mas procura compenetrar o teu coração duma verdadeira 
compunção e dor, duma detestação e dum aborrecimento sincero das 
culpas cometidas, junto com o propósito de emenda. Não é necessário 
exprimir com lágrimas e outros sinais sensíveis a dor dos pecados; é 
uma prova de arrependimento sincero termos a vontade firme de nos 
emendar, de evitar as ocasiões próximas do pecado e de empregar 
os meios necessários de nos emendar. Para fazer uma boa confissão 
é necessário o arrepender-se ao menos de todos os pecados mortais 
e ter a vontade firme de deixá-los no futuro. A respeito dos pecados 
veniais, notar que, embora não tenhamos a obrigação de confessá-los, 
é contudo necessário nos arrependermos daqueles que se apresentam 
22
ao tribunal da penitência; pois confessar os pecados veniais, sem 
propósito de emenda, é ridicularizar, desprezar o sacramento da 
penitência.
Se somente tivermos de acusar pecados veniais, convém incluir 
um pecado da vida passada, mais grave e de que estamos mais 
arrependidos, para assim não corrermos perigo de confessar-nos 
invalidamente por falta de verdadeira contrição.
A fim de nos arrependermos bem, é necessário nos propormos 
os motivos de contrição que a fé nos ensina. Estes podem proceder 
do temor ou do amor de Deus; daquele: se nos arrependermos por 
ter perdido o céu e merecido os castigos do inferno e do purgatório; 
procedem do amor de Deus, se principalmente nos arrependermos 
por ter ofendido a Deus, que é o nosso maior benfeitor e melhor 
Pai, o nosso amantíssimo Salvador, nosso Criador e Senhor, nosso 
Sumo e amantíssimo Bem. A contrição, excitada pelo temor de 
Deus, chama-se imperfeita, e é suficiente para fazer uma confissão 
válida. A contrição excitada pelo amor de Deus chama-se perfeita; 
seu efeito é justificar o pecador, ainda antes de receber o Sacramento 
da Penitência, contanto que tenha sincero desejo de se confessar. 
Apesar de ser suficiente a contrição imperfeita, procuremos sempre 
ter uma contrição perfeita. 
Intimamente unido com a sincera dor dos pecados é o bom 
propósito, ou a vontade firme e séria de emendar-se e de não pecar 
mais, isto é, de evitar pelo menos todos os pecados mortais e a 
ocasião próxima do pecado, de prestar a satisfação devida, comosão: o fiel cumprimento da penitência que o sacerdote nos há de 
impor, a obrigação de indenizar o próximo por tudo que, por nossa 
causa, perdeu, e, afinal, empregar os meios necessários de emenda, 
tais quais são a vigilância sobre nós mesmos, a frequência dos 
sacramentos, a oração e, em geral, o fiel cumprimento dos deveres 
de cristão. Muito convém também por em prática os conselhos e 
instruções do confessor, o qual, como ministro de Deus e médico 
das almas, bem saberá indicar o remédio conveniente para a salvação 
das mesmas.
23
MEDITAÇÃO: AS QUATRO 
CONSIDERAÇÕES
Para nos arrependermos bem dos pecados cometidos, façamos 
devotamente quatro considerações, segundo as fez São Carlos Borromeu, 
Bispo de Milão:
PRIMEIRA CONSIDERAÇÃO: O TÚMULO
T ransporta-te em espírito à beira dum túmulo. Imagina-te uma cova. Que é que lá verias? Um cadáver apodrecido, roído por 
milhares de bichos, tão feio, espalhando cheiro, tão desagradável, 
que te custaria, suportar tal presença. Eis aqui o homem, rei da terra, 
a criatura mais formosa e mais nobre deste mundo; um montão de 
ossos, uma comida de vermes!
E que foi que o reduziu a estado tão horrível? Foi a morte. E 
quem veio introduzir a morte neste mundo? O pecado. Adão e 
Eva comeram o fruto proibido, desobedeceram a Deus e foram 
condenados à morte; e com eles, todo o gênero humano. Eis a 
consequência dum só pecado mortal! É o pecado que transforma 
o corpo humano, obra tão esplêndida e artificiosa da onipotência 
divina, num monturo de podridão. Foi um único pecado mortal, 
que, num momento, transformou os anjos mais formosos no estado 
mais feio e mais abominável que há: em demônios. Que grande mal, 
pois, deve ser o pecado mortal! Sim, muito mais feio e mais horrível 
do que um cadáver reduzido a podridão.
Contam que, na Antiguidade, um tirano, para atormentar o 
seu inimigo do modo mais cruel possível, mandou-o ligar vivo 
a um cadáver. Que castigo horrível dia e noite ser amarrado a um 
cadáver apodrecido! Muito mais feia, porém, é a alma manchada 
com o pecado mortal. Essa alma, feita à imagem de Deus, outrora 
tão formosa, um templo de Deus, mais bela que o mais lindo jardim 
de flores, agora uma morada, uma escrava do demônio! E, talvez, 
24
já haja muito tempo que vendeste, entregaste tua alma ao demônio, 
dando entrada em teu coração a este teu inimigo capital, pelo pecado 
grave. Ah! Como és infeliz agora! Em lugar de paz e de alegria, agora 
remorsos horríveis.
Não permitais, meu Deus, que mais uma vez entregue minha 
alma imortal ao demônio, dando a meu corpo um prazer proibido, 
satisfazendo os desejos da carne, que sempre se revolta contra o 
meu espírito; desta carne que um dia vai ser reduzida a pó e cinza, a 
uma comida de bichos. Fazei que vença as minhas más inclinações, 
principalmente esta __ a fim de que um dia meu corpo ressuscite 
glorioso, para participar da glória celeste.
SEGUNDA CONSIDERAÇÃO: O CÉU
E rgue teu Espírito ao céu. Imagina a coisa mais bela, mais sublime que há neste mundo. Talvez um mimoso jardim no brilho das 
mais belas flores; ou uma cidade, segundo a descreve S. João no seu 
Apocalipse, uma cidade com ruas de ouro puro, com portas de pérolas 
brilhantes, com muros de pedras preciosas. Tudo isso, comparado ao 
céu, não é mais nada do que a fraca luz duma pequena lâmpada, em 
comparação ao sol radioso.
Imagina um homem, a quem foi concedido gozar, talvez uma 
vida inteira, todas as alegrias e prazeres que desde Adão pôde 
experimentar um pobre mortal. Todos esses gozos e deleites, 
comparados à Glória do céu, são como uma gota d’água em 
comparação ao oceano imenso. E este lugar de delícias era destinado 
para ti; mas, pelo pecado mortal, perdeste o direito de entrar naquela 
mansão celeste. Um único pecado mortal e perdido está o céu com 
suas delícias.
Ó meu Deus, que coisa horrível deve ser o pecado mortal, que 
nos priva de um bem tão grande e sublime! E tu o soubeste, minha 
alma; e, apesar disto, cometeste o pecado mortal, renunciaste à tua 
eterna salvação no céu, talvez por algum dinheiro, que tiraste, talvez 
por outras tantas injustiças que cometeste contra o próximo, talvez 
25
por um prazer ilícito, por um pecado desonesto! Ah, que loucura, 
vender, perder sua eterna felicidade por um momento de prazeres 
proibidos; trocar o céu por algumas moedas, um punhado, de bens 
e riquezas passageiras!
Porventura queres de novo perder o céu, cometendo um pecado 
mortal? Transporta o teu espírito mais uma vez àquela região 
celeste e contempla o Senhor do céu sentado no seu trono cercado 
de majestade tremenda, de glória indizível. Imagina os milhares 
e milhares de espíritos angélicos, trêmulos, prostrados diante do 
trono de Deus que, com as faces veladas e cheios de respeito e 
santa reverência cantam incessantemente o “Santo, Santo, Santo”. 
Eis, como o céu e a terra se dobram diante da majestade divina — e 
como tudo obedece à santíssima vontade de Deus.
E tu, criatura tão vil e miserável, te atreveste a negar obediência 
a este Deus tão santo, tão forte, tão poderoso e, ao mesmo tempo, 
tão bondoso calcando aos pés a sua lei, transgredindo os seus 
mandamentos, provocando e desprezando a sua justa ira, afligindo 
amargamente o seu Coração paterno, que tanto te ama e te encheu 
de tantos benefícios! Prostra-te de joelhos na santíssima presença 
de Deus e, do fundo de teu coração, dize-lhe: Ó Deus de santidade e 
de misericórdia infinita, diante de quem o céu e a terra se inclinam, 
detesto agora sinceramente todos os pecados, com que na minha 
maldade ofendi a vossa divina majestade, desprezando a bondade 
do melhor dos pais. Ah, lançai um olhar de compaixão sobre mim, 
vosso filho ingrato, pois prometo ser agora e sempre um filho 
obediente, e não tornar a ofender-vos pelo pecado mortal.
TERCEIRA CONSIDERAÇÃO: O INFERNO
D esce em espírito ao inferno — e contempla os tormentos horríveis, que lá sofrem os condenados. — Queimar um 
pouco o dedo já causa uma grande dor — por nada deste mundo o 
deixarias, por uma hora inteira, no fogo. — Os condenados, porém, 
sofrem num fogo muito mais ardente do que o nosso, tormentos 
26
horríveis. Imagina o rico avarento sepultado e enterrado no meio das 
chamas, e nem uma gota d’água lhe é concedida para refrescar a sua 
língua. E quanto tempo são atormentados os condenados? Talvez um 
dia, um ano, ou um século Isto não seria nada. Judas lá está no inferno 
há quase dois mil anos sem um sossego ou descanso e sofrerá mais do 
que estes dois mil, nunca será um pouco aliviado, jamais virá o fim de 
tantos tormentos e dores, pois as penas são eternas, nunca terão fim.
Os condenados são sempre atormentados por dois pensamentos: 
"nunca" e "sempre". Nunca sair, sempre ficar na companhia das 
criaturas mais perversas e desgraçadas. Agora, pergunta-te, minha 
alma, qual a causa de tormentos tão horríveis? É o pecado o pecado 
mortal. E basta um só pecado mortal para te fazer merecedor de tais 
castigos da justiça divina. Se o bom Deus, o Deus de misericórdia, 
que não quer a morte do pecador, mas sim que se converta e viva, 
se Ele castiga tão severamente o pecado, por acaso não deves 
estremecer e temer de tornar a ofender pelo pecado mortal este juiz 
tremendo e severo? Ah, promete agora emendar-te. Ainda há tempo.
Sim, meu Deus, antes morrer, que vos ofender pelo pecado 
mortal. Dai-me força para evitá-lo, principalmente este __ (Aqui 
diga o pecado a que te vês mais inclinado).
QUARTA CONSIDERAÇÃO: O CALVÁRIO
Transporta teu espírito ao Calvário e contempla a Jesus Crucificado. As dores que teu Salvador sofre são tão horríveis 
que te deviam mover à compaixão mesmo se fosse o teu inimigo 
mortal, que lá padecesse. Mas é teu Salvador! Contempla-o: desde a 
ponta dos pés até a cabeça não há nem um ponto do seu corpo que 
não fosse martirizado; todo o corpo ferido, todo o corpo uma chaga. 
A cabeça é atormentada pela coroa de espinhos agudos; a boca pela 
sede ardente; as mãos e os pés são transpassados por pregos duros; a 
alma santíssimaé abismada no mais profundo abandono.
O verme, quando pisado, pode torcer-se. Jesus nem sequer 
pode mover-se na Cruz. E quem é aquele que tão cruelmente é 
27
maltrado? Talvez um malfeitor? Não. É o mais santo, o mais inocente 
é o próprio Filho de Deus. E porque se deixou pregar na Cruz? Por 
causa de teus pecados, para salvar-te da morte eterna do inferno, 
para reconciliar-te com Deus: Jesus, o Filho de Deus, morre na Cruz. 
Para salvar o servo, o Filho é condenado à morte! Ó, que amor! E tu 
soubeste quantas dores, quantos açoites, quantas gotas de seu sangue 
preciosíssimo custou a teu Jesus tua alma imortal!
E, apesar disto, calcaste o sangue de Deus aos pés, cometendo o 
pecado mortal. Sim, para pagar a tua desobediência e o teu orgulho, 
Jesus carregou a sua Cruz. Para satisfazer por teus pensamentos 
e desejos pecaminosos foram-lhe enterrados aqueles espinhos 
pungentíssimos. Aquela sede ardente sofreu Jesus por causa de tantas 
palavras livres e indecentes ou ofensivas ao próximo; e, para pagar 
tantas ações ilícitas e pecaminosas, Jesus recebeu aqueles açoites 
horríveis e se deixou cravar com pregos duros no lenho da cruz.
Minha alma, queres pregar mais uma vez a teu Jesus na cruz? 
Ajoelha-te diante da imagem de teu Jesus crucificado; pede-lhe perdão 
por tanta ingratidão e promete nunca mais ofender a teu amável 
Salvador. Dize-lhe de coração contrito: “Ah, meu Jesus, por amor de 
vossas cinco chagas, por amor de vosso sangue preciosíssimo, lavai 
a minha pobre alma de toda a mancha do pecado. Deixai cair sobre 
minha alma uma só gota de vosso precioso sangue, tão copiosamente 
derramado, e minha alma será inteiramente purificada. E poderei 
chamar-me outra vez vosso filho. Ó doce Jesus, que tanto me amais: 
Fazei que eu vos ame cada vez mais!”
Tendo excitado em ti, por meio destas considerações, uma contrição 
sincera, convém acrescentar ainda o seguinte:
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ORAÇÕES COMPLEMENTARES
ATO DE CONTRIÇÃO E BOM PROPÓSITO
E is-me aqui, meu Deus, cheio de confusão, à vista de minhas culpas. Ah, quantas vezes pequei! Não sou digno de ser chamado vosso filho. Os anjos que pecaram, logo 
reprovastes e lançastes no inferno. Adão e Eva, logo depois de 
terem comido o fruto proibido, foram expulsos do paraíso! Mas 
a mim ainda me suportastes. Muitos homens lançastes no inferno 
ou os condenastes a sofrer as penas horríveis do purgatório porque 
vos ofenderam. Mas a mim ainda me poupastes!
Quanta gratidão vos devia por tanta bondade, e quão ingrato 
fui para convosco, meu Pai misericordioso! Esqueci-me de tantos 
benefícios que me fizestes. Vós me criastes para o céu, mas eu nada 
fiz para alcançá-lo. Vosso Filho Unigênito me remiu por sua dolorosa 
paixão e morte na cruz, derramando, por amor de mim, todo o seu 
sangue. Mas eu, em vez de mostrar gratidão a tanto amor, renovei a 
sua Paixão com os meus pecados.
Ó meu Deus, perdoai-me! Sei que fiz mal. Pesa-me de não 
vos ter amado, mas sim desprezado e ofendido. Sim, meu Deus, 
envergonho-me e arrependo-me agora, do fundo de meu coração, 
de todos os meus pecados, e proponho firmemente não tornar a 
ofender-vos. Quero agora emendar-me sinceramente, cumprindo 
fielmente os vossos mandamentos. Penetrai, Senhor, a minha alma 
com a graça de uma verdadeira penitência, que me faça mudar de 
vida e evitar as ocasiões de pecado.
Virgem Santíssima e Mãe de misericórdia, intercedei por mim, 
para que obtenha o perdão do passado, com as graças necessárias para 
resistir ao pecado no futuro. Meu bom anjo, zeloso guarda de minha 
alma, ajudai-me a erguer-me e a evitar todos os pecados. Amém.
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ATO DE CONTRIÇÃO MAIS BREVE
S enhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vós quem sois, sumamente bom 
e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo 
e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração de vos ter 
ofendido; pesa-me também por ter perdido o céu e merecido o 
inferno; e proponho firmemente, ajudado com o auxílio de vossa 
divina graça, emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender; e 
espero alcançar o perdão de minhas culpas, por vossa infinita 
misericórdia. Amém.
PRÁTICA DA CONFISSÃO
T endo feito, com fervor e devoção, o ato de contrição, e prometido a Deus, com toda a sinceridade, deixar de pecar 
e emendar seriamente a vida, entra, com os olhos baixos e as mãos 
postas, no confessionário, onde o sacerdote te receberá em nome 
de Jesus. Não podendo logo chegar-te aos pés do ministro de Deus, 
espera com paciência e recolhimento, meditando sobre os motivos da 
contrição, ou rezando orações que te movam mais ao arrependimento. 
Quem tem profundo pesar de ter ofendido a Deus, não se distrai 
voluntariamente antes ou depois da confissão, vagueando com os 
olhos por toda a parte, rindo-se ou conversando. No confessionário, 
ajoelha-te humildemente, como se estivesses aos pés de Jesus mesmo, 
e dize:
† Pelo sinal da Santa Cruz † livrai-nos Deus, Nosso Senhor † dos nossos inimigos. † Em nome do Pai, do Filho e do Espírito 
Santo. Amém.
Padre, dai-me a vossa bênção, porque pequei.
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E u, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado S. 
Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado S. João Batista, aos Santos 
Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, a todos os Santos e a vós Padre, que 
pequei muitas vezes por pensamentos, palavras e obras, por minha 
culpa, minha culpa, minha máxima culpa. Portanto, rogo à bem-
aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado S. Miguel 
Arcanjo, ao bem-aventurado S. João Batista, ao Santos Apóstolos 
S. Pedro e S. Paulo, a todos os Santos e a vós, Padre, que rogueis 
por mim a Deus Nosso Senhor. Amém.
Depois dirás desde que tempo não te confessaste, se recebeste a 
absolvição e se cumpriste a penitência.
Então passarás a declarar cada um dos teus pecados, com as 
circunstâncias necessárias, dizendo também o número dos pecados, 
quanto possível. Não acuses outras pessoas, nem digas coisas 
supérfluas. Tendo assim declarado sinceramente todos os teus pecados, 
podes dizer:
Destes pecados, daqueles de que não me lembro e de todos 
os pecados da minha vida passada, peço a Deus perdão e a vós, 
Padre, penitência e absolvição.
Em seguida, responde sinceramente às perguntas que o confessor 
talvez te fizer, presta atenção aos conselhos e à penitência. Depois reza 
com devoção, inclinando humildemente a cabeça, o Ato de Contrição.
Depois retira-te com todo o recolhimento.
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NOTAS IMPORTANTES
1) Havendo muita afluência de penitentes, basta dizer no 
princípio da Confissão:
“Padre, dai-me a vossa bênção, porque pequei. Faz __ semanas 
ou __ meses, que me confessei, eu me acuso..., etc.
2) Tendo cometido apenas faltas veniais, convém incluíres na 
confissão algum pecado mais grave da vida passada, que mais te 
mova à contrição, dizendo, depois de ter acusado os pecados veniais: 
“eu me acuso, enfim, de todos os pecados da minha vida passada, 
principalmente de ter __ (aqui dirás simplesmente algum pecado da 
vida passada, que mais te pese). Peço a Deus perdão, e a vós, Padre, 
penitência e absolvição”.
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ORAÇÕES PARA DEPOIS 
DA CONFISSÃO
AÇÃO DE GRAÇAS
M eu Deus e meu Pai, como hei de manifestar-vos a minha gratidão pela bondade, pelo amor, pela 
misericórdia que agora tivestes comigo! Vós me destes, pelos 
merecimentos de Jesus Cristo, o perdão de todos os meus 
pecados pela boca de vosso sagrado ministro. É verdade, 
meu Deus, vós não quereis a morte do pecador, mas sim que 
ele se converta e viva. Ó minha alma, alegra-te no Senhor, 
glorifica a teu Deus, dá graças sem cessar a teu Salvador.
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SALMO 102
L ouva, minha alma, ao Senhor e todas as minhas faculdades engrandeçam seu Santo Nome.
Bendizei, minha alma, ao Senhor e não te esqueças de 
nenhum de seus benefícios.
Ele é quem perdoou todas as tuas iniquidades, quem te 
curou de todas as tuas enfermidades.
Ele é quem resgatou tua vida da perdição, quem te coroou 
com benignidade em sua misericórdia.
Ele é quem satisfez teus desejos,enchendo-te de novo de 
seus bens, renovando a tua juventude.
O Senhor é misericordioso e faz justiça a todos os que 
padecem injúria.
O Senhor é cheio de misericórdia e ternura, longânimo e 
muito compassivo.
Não fica para sempre irado, nem usa sempre de ameaças.
Não me tratou como mereciam os meus pecados; nem me 
castigou, segundo a grandeza de minhas iniquidades.
Porque, quanto estão altos os céus sobre terra, tanto 
prevalece sua misericórdia sobre os que o temem.
Como um pai se compadece ternamente de seus filhos, 
assim o Senhor se compadece dos que o temem.
 Os dias do homem passam, como a erva; como a flor no 
campo, assim desflorescem.
Porém, a misericórdia do Senhor dura de eternidade em 
eternidade sobre os que o temem; como também sua justiça sobre 
os que guardam os seus mandamentos;
O Senhor firmou o seu trono nos céus e seu reino se estende 
sobre todas as criaturas.
Louvai ao Senhor, vós todos, que sois seus anjos, vós 
espíritos poderosos, que executais as suas ordens e obedeceis 
ao aceno de sua palavra.
Louvai ao Senhor vós todos que compondes os seus 
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exércitos, que sois seus ministros, que cumpris suas vontades.
Louvai ao Senhor todas as suas obras, em todo o lugar de 
sua dominação.
E também tu, ó minha alma, louva ao Senhor!
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era 
no princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. 
Amém.
RENOVAÇÃO DO BOM PROPÓSITO
D eus de bondade e misericórdia, o mais brando e mais amoroso de todos os pais, aceitai benignamente estas 
ações de graças que vos oferece um pecador, o qual por vossa 
infinita misericórdia se tornou vosso filho. Eu vos amo, meu 
Senhor e meu Deus, e meu coração abrasa-se no vosso amor.
Por isso torno a tomar a firmíssima resolução de evitar, 
aborrecer e detestar o pecado para sempre e por amor de vós. 
Seja a maior consolação e felicidade da minha vida cumprir 
fielmente os vossos santos mandamentos. Quero reparar as 
minhas faltas e os meus pecados pela oração, pela mortificação 
dos meus sentidos, e pelo santo zelo e fervor no vosso serviço.
Senhor, vós sabeis todas as coisas, sabeis também que 
agora vos amo; sabeis que é sincero o meu bom propósito de 
amar-vos até o fim. Mas, ó meu Jesus, sou frágil e inconstante, 
vós mesmo dissestes no Horto das Oliveiras: “O espírito, na 
verdade, está pronto, mas a carne é fraca”. Portanto, peço-vos 
humildemente, com santa confiança, ajudai-me com a vossa 
divina graça e fortalecei-me no combate contra as tentações.
Meu amabilíssimo Jesus, encerrai-me em vosso divino 
Coração, para que nem o mundo, nem o inferno, nem 
divertimentos, nem tribulações, nem a mesma morte me 
possam separar de vós. Dai-me a graça da santa perseverança, 
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para que eu possa glorificar, com todos os santos e anjos, a 
vossa infinita misericórdia por toda a eternidade. Amém.
Dulcíssimo Coração de Jesus, sede meu amor! Jesus, vinde 
a mim e ficai comigo; fazei que eu vos ame cada vez mais, 
resistindo às tentações com santa energia e sofrendo tudo com 
paciência por vosso amor.
Reza agora, se for possível, a penitência imposta pelo confessor. Depois 
podes ainda rezar, em honra de Nossa Senhora, a seguinte oração:
ORAÇÃO A MARIA SANTÍSSIMA
(PARA ALCANÇAR A PERSEVERANÇA)
S antíssima Virgem Maria, rainha do céu! Tenho tido a desgraça de cair em pecado, mas me arrependi e 
recebi o perdão no santo Sacramento da Penitência. Venho 
humildemente a vós, ó minha Santíssima Mãe, para vos 
agradecer, de todo o meu coração, por me haverdes ajudado 
e alcançado de Jesus o perdão de todas as minhas culpas. De 
novo me consagro ao vosso serviço.
Lembrai-vos, ó minha doce Mãe, de que tornei a ser vosso 
filho; tende compaixão de mim e recebei-me de novo debaixo 
de vossa maternal proteção. Em vós ponho, depois de Jesus, 
toda minha confiança e espero que não me abandonareis, 
como mereço. Pois ainda estou exposto ao perigo de tornar a 
ofender o vosso divino Filho, meu Senhor Jesus Cristo, a quem 
só quero amar até o último suspiro. Os meus inimigos não 
dormem, as tentações me hão de perseguir de novo, por toda 
a parte. Protegei-me, Rainha gloriosa do céu, defendei-me, ó 
minha boa Mãe, socorrei-me contra os ataques do inferno, ó 
Virgem Imaculada!
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Preservai-me da desgraça imensa de perder a minha alma 
e ao meu Deus; pois é essa a graça que vos peço, ó Maria, e 
espero poder alcançá-la pela vossa piedosa intercessão. Amém.
Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós, que 
recorremos a vós. (100 dias de indulgência)
São José, meu Santo Anjo da guarda, todos os Anjos e 
Santos, rogai por mim. Amém.
Seja amado por toda a parte o Sagrado Coração de Jesus! 
(100 dias de indulgência)
Seja bendita a Santa, Imaculada e puríssima Conceição 
da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus. (300 dias de 
indulgência)
Lembra-te ainda dos bons conselhos do confessor e prepara o teu 
coração para a Sagrada Comunhão.
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MÉTODO BREVE PARA O 
EXAME DE CONSCIÊNCIA
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Invoca o Espírito Santo, dizendo com toda a devoção:
Vinde, Espírito Santo! Enchei os corações de vossos fiéis e 
acendei neles o fogo de vosso amor!
V/ . Senhor, enviai o vosso Espírito, e tudo será criado!
R/. E renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis 
com a luz do Espírito Santo, concedei que pelo mesmo espírito 
saibamos o que é reto e sempre gozemos da sua consolação. Por 
Cristo Nosso Senhor Amém.
Meu Deus e Senhor! Vou receber agora o santo Sacramento da Penitência. Ajudai-me para isso 
com o auxílio de vossa graça, porque nada posso sem vós. 
Enviai-me o Espírito Santo para que conheça bem o número 
e a gravidade de meus pecados, devida e sinceramente deles 
me arrependa e faça um firme propósito de não pecar mais. 
Assisti-me com a vossa graça para que confesse sinceramente 
os meus pecados e nada cale que deva dizer. Dai-me força 
para me emendar verdadeiramente. Amém. Santa Maria, 
Mãe de Deus, rogai por mim, pobre pecador, para que faça 
uma boa confissão e alcance o perdão de todos os meus 
pecados. Jesus, Maria, José, esclarecei-me, soccorei-me e 
salvai-me. Amém. Santo Anjo da Guarda e todos os Anjos e 
Santos de Deus, rogai por mim nesta hora. Amém.
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EXAME DE CONSCIÊNCIA
PECADOS CONTRA DEUS
Por pensamentos: dúvidas na fé.
Por palavras: blasfêmias, falsos juramentos, conversas 
contra a religião e seus ministros.
Por obras: leitura de livros ímpios, falta ao preceito de ouvir 
Missa; mau comportamento na igreja.
PECADOS CONTRA A PRÓXIMO
Por pensamentos: juízos temerários, ira, inveja, ódio, desejo 
de vingança.
Por palavras: censuras, murmurações, levantar falso 
testemunho, injúrias.
Por obras: prejuízos nos seus bens, furto, fraude.
PECADOS CONTRA MIM MESMO
Por pensamentos: orgulhosos, desonestos.
Por palavras: mentiras, pragas, palavras, conversas ou 
cantigas desonestas.
Por obras: violação da lei do jejum e abstinência; descuidos 
nos deveres do meu estado; leituras, olhares, tatos, ações 
desonestas, só ou com outros.
Nos pecados mortais é preciso, quanto possível, indicar o número de 
vezes.
ATO DE CONTRIÇÃO
S enhor, eu não sou digno de vossa consolação, nem de vossa visita espiritual; por isso justiça usais comigo, 
deixando-me pobre e desconsolado. Nem que derramasse um 
mar de lágrimas, nem assim mereço vossa consolação. Pois só 
mereço flagelos e punição por tantas ofensas e tão graves delitos 
que cometi. De maneira que, tudo bem ponderado, não tenho 
direito nem ao menor conforto.
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Vós, porém, Deus clemente e benigno, não quereis que 
pereçam vossas obras; patenteais os tesouros da vossa bondade 
nos vasos de misericórdia e dignais-vos consolar o vosso servo, 
sem merecimento seu algum, de modo sobre-humano, que 
não se parecem vossas consolações com os vãos discursos dos 
homens.
Que fiz eu, Senhor, para que me deis a celeste consolação? 
Bem algum não me lembro que eu fizesse, que antes fui sempre 
pronto para o mal, e tardio na emenda. É esta a verdade, não 
hácomo negá-la; se outra coisa dissera, estaríeis contra mim e 
não haveria quem me defendesse.
Que mereceram meus pecados, senão o inferno, o fogo 
eterno? Confesso, com sinceridade, que de todo escárnio e 
desprezo sou digno, não de ser contado entre os vossos servos. 
Em que me doam os ouvidos, a bem da verdade, acusarei 
meus pecados, para alcançar mais segura misericórdia vossa.
Que direi eu, de pecado e de confusão coberto? Boca não 
tenho para dizer senão estas palavras: Pequei, Senhor, pequei; 
tende piedade de mim, perdoai-me. Deixai-me tempo de 
exalar minha dor, antes que entre na região tenebrosa, coberta 
das sombras da morte.
Que mais exigis do mísero pecador, senão que se humilhe 
e arrependa dos seus pecados? Da contrição humilde e sincera 
nasce a esperança do perdão: serena-se então a consciência 
assustada, recupera-se a graça perdida, é preservado o homem da 
futura vingança, em ósculo santo une-se Deus à alma arrependida.
Agradeço-vos, Senhor, o humilde pesar dos pecados, 
sacrifício de mais suave odor, para vós, que o do mais 
fino incenso. É este o agradável unguento, que quisestes 
derramassem sobre vossos sagrados pés, pois nunca 
desprezastes o coração contrito e humilhado. Na contrição 
achamos o refúgio contra a fúria do inimigo! Ali se emenda o 
pecador e purifica de todas as manchas que contraiu.
© Santa Cruz – Editora & Livraria, 2020.
Projeto Editorial | Equipe Santa Cruz
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	Considerações Gerais
	Método para se confessar bem
	Oração preparatória
	Exame de consciência
	Método para examinar bem a consciência
	OS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
	1º Mandamento:
	Amar a Deus sobre todas as coisas
	2º Mandamento:
	Não jurar seu Santo Nome em vão
	3º Mandamento:
	Guardar domingos e festas de guarda
	4º Mandamento:
	Honrar pai e mãe
	4º Mandamento:
	Não matar
	6° E 9° Mandamentos:
	Não pecar contra a castidade
	Não desejar a mulher do próximo
	7º E 10º Mandamentos:
	Não furtar
	Não cobiçar as coisas alheias
	8º Mandamento:
	Não levantar falso testemunho
	9º Mandamento:
	Não desejar a mulher do próximo
	10º Mandamento:
	Não cobiçar as coisas alheias
	OS PRECEITOS DA SANTA IGREJA
	Os pecados capitais
	A contrição e o bom propósito
	MEDITAÇÃO: AS QUATRO CONSIDERAÇÕES
	Primeira Consideração: o Túmulo
	Segunda Consideração: o céu
	Terceira consideração
	Quarta Consideração: o calvário
	Orações complementares
	Ato de contrição e bom propósito
	Ato de contrição mais breve
	Prática da Confissão
	Notas importantes
	ORAÇÕES PARA DEPOIS DA CONFISSÃO
	Ação de Graças
	Salmo 102
	Renovação do bom propósito
	Oração a Maria Santíssima
	(para alcançar a perseverança)
	MÉTODO BREVE PARA O EXAME DE CONSCIÊNCIA
	Oração preparatória
	Exame de consciência
	Ato de contrição
	Botão 1:

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