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Anatomia do Tornozelo e Pé

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Prévia do material em texto

Mariana Soares 
1 
 Região Talocrural e Pé 
→ O tornozelo é formado pela parte estreita e maleolar da região distal da perna, 
proximal ao dorso do pé e calcanhar e inclui a articulação talocrural 
→ O pé, distal ao tornozelo, é uma plataforma para sustentação do corpo de pé e 
tem um importante papel para a locomoção. 
 
 
Divisão das partes do pé de acordo com a funcionalidade: 
 
Parte posterior do pé (retropé): 
Tálus e calcâneo 
Parte média do pé (mediopé): 
Navicular, cubóide e cuneiformes 
Parte anterior do pé (antepé): 
Metatarsais e falanges 
 
→ A parte do pé que toca o solo é a planta ou região plantar. 
→ A parte voltada para cima é o dorso ou região dorsal. 
→ A parte da planta do pé subjacente ao calcâneo é o calcanhar ou região 
calcânea. 
→ A parte da planta subjacente às cabeças dos dois metatarsais mediais é a bola 
do pé. 
 Mariana Soares 
2 
 
 Pele e fáscia do pé: 
Pele e tela subcutânea: 
1. A pele do dorso é muito mais fina e menos sensível do que a 
pele na maior parte da planta. 
2. A tela subcutânea é frouxa profundamente à pele dorsal, 
portanto o edema é mais acentuado nessa região - 
principalmente anteriormente ao maléolo medial. 
3. A pele sobre as principais áreas de sustentação de peso 
(calcanhar, margem lateral e bola do pé) possuem a fáscia 
mais espessa. 
4. A tela subcutânea na planta é mais fibrosa do que em outras 
áreas do pé. 
5. Septos fibrosos: ligamentos cutâneos muito desenvolvidos 
(retináculos da pele) - possibilita a absorção de choque 
principalmente na área do calcanhar 
Fáscia muscular do pé: é fina no local onde é contínua na parte proximal com o retináculo 
inferior dos músculos extensores. 
 Nas faces lateral e posterior do pé, a fáscia muscular é contínua com a fáscia plantar 
(fáscia profunda da planta). 
 A fáscia plantar tem uma parte central espessa e partes medial e lateral mais fracas. 
 A parte central e espessa da fáscia plantar forma a forte aponeurose plantar (assemelha-
se a aponeurose da mão), porém é mais espessa, resistente, densa e alongada - Ela 
mantém unida as partes do pé, protege a planta contra lesões e ajuda a sustentar os 
arcos longitudinais do pé. 
 A aponeurose plantar origina-se posteriormente do calcâneo e tem a função de um 
ligamento superficial. Em sua parte distal, as fibras dividem-se em cinco faixas 
contínuas com as bainhas fibrosas dos dedos. 
 Na extremidade anterior da planta, inferiormente cabeças dos metatarsais, a aponeurose 
é reforçada por fibras transversais, que formam o ligamento metatarsal transverso 
superficial. 
 
Compartimentos do pé: 
- Compartimento medial da planta: é coberto superficialmente pela 
fáscia plantar medial mais finas. Contém os músculos adutor do 
hálux e flexor curto do hálux. O tendão do músculo flexor longo do 
hálux e o nervo e vasos plantares mediais. 
- Compartimento central da planta: é coberto superficialmente pela aponeurose 
plantar densa. Contém os músculos flexor curto dos dedos, os tendões dos 
músculos flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos, quadrado plantar a 
lumbricais e o músculo adutor do hálux. Nervos plantares laterais . 
 Mariana Soares 
3 
- Compartimento lateral da planta: é coberto superficialmente pela fáscia 
plantar lateral mais fina e contém os músculos abdutor e flexor curto do dedo 
mínimo. 
- Compartimento interósseo (apenas na parte anterior do pé): é circundado 
pelas fáscias interósseas plantar e dorsal. Contém os ossos metatarsais, os 
músculos interósseos dorsais e plantares e os vasos plantares profundos e 
metatarsais. 
- Compartimento dorsal do pé: situa-se entre a fáscia dorsal do pé, os ossos
tarsais e a fáscia interóssea dorsal do mediopé e antepé. Contém os 
músculos extensor curto do hálux e extensor curto dos dedos. Contém as 
estruturas neurovasculares do dorso do pé. 
 
Músculos do pé: 
→ Os músculos da face plantar estão localizados em 4 camadas 
1. Primeira camada: 
Abdutor longo do hálux: 
 
Origem: Tubérculo medial da tuberosidade do calcâneo. 
Retináculo dos flexores e aponeurose plantar 
Inserção: Face medial da base da falange distal do 1 dedo 
Inervação: N plantar medial (S2,S3) 
Ação: Abduz e flete o hálux 
Flexor curto dos dedos: 
 
Origem: Tubérculo medial da tuberosidade do calcâneo,
aponeurose plantar e septos intermusculares 
Inserção: Os dois lados das falanges médias dos quatro 
dedos laterais 
Inervação: N plantar medial (S2,S3) 
Ação: Flete os 4 dedos laterais 
 
 
 Mariana Soares 
4 
Abdutor do dedo mínimo: 
 
Origem: Tubérculos medial e lateral da tuberosidade do
 calcâneo, aponeurose plantar e septos 
intermusculares 
Inserção: Face lateral da base da falange proximal do dedo
 mínimo 
Inervação: Nervo plantar lateral (S2,S3) 
Ação: Abduz e flete o dedo mínimo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Segunda camada: 
Quadrado plantar: 
 
Origem: Face medial e margem lateral da face plantar do
 calcâneo 
Inserção: Margem posterolateral do tendão do M. flexor
 longo dos dedos 
Inervação: N. plantar lateral (S2,S3) 
Ação: Ajuda o M. flexor dos dedos a fletir os quatro dedos
 laterais 
 
Lumbricais: 
 
Origem: Tendões do M. flexor longo dos dedos. 
Inserção: Face medial da expansão sobre os quatro dedos
 laterais 
Inervação: Um medial (Nervo plantar medial) 3 laterais 
(Nervo plantar lateral) 
Ação: Fletem as falanges proximais, estendem as falanges
 médias e distais dos 4 dedos laterais. 
 
 
 
 
 
 
 
 Mariana Soares 
5 
 
3. Terceira camada: 
Flexor curto do hálux: 
 
Origem: Faces plantares do cubóide e cuneiformes laterais 
Inserção: Os dois lados da base da falange proximal do 1
dedo 
Inervação: N plantar medial 
Ação: Flete a falange proximal do 1 dedo 
 
 
 
Adutor do hálux: 
 
Origem: Cabeça oblíqua: bases do 2 a 4 metatarsais 
Cabeça transversa: ligamentos plantares das articulações 
metatarsofalangeanas 
Inserção: O tendões de ambas as cabeças fixam-se à face
 lateral da base da falange proximal do primeiro 
dedo Inervação: Ramo profundo do N. plantar lateral 
Ação: Considerado o adutor do 1 dedo, auxilia na 
formação do arco transverso do pé pelos metatarsais 
medialmente 
Flexor do dedo mínimo: 
 
Origem: Base do 5 metatarso 
Inserção: Base da falange proximal do 5 dedo 
Inervação: Ramo superficial do N. plantar lateral 
Ação: Flete a falange proximal do 5 dedo, ajudando assim
 na sua flexão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mariana Soares 
6 
4. Quarta camada: 
Interósseos plantares (3 músculos) 
 
Origem: Aspecto plantar e faces mediais do 3 ao 5 
metatarso 
Inserção: Faces mediais das bases das falanges do 3 ao 5
 dedo 
Inervação: N. plantar lateral 
Ação: Aduz os 3 a 5 dedo e flete as articulações 
metatarsofalangeanas 
 
 
 
Interósseos dorsais (4 músculos) 
 
Origem: Faces adjacentes do 1 ao 5 dedo metatarsalInserção: 1- face medial da falange proximal do 2 dedo 
2 a 4 - faces laterais do 2 a 4 dedo 
Inervação: N plantar lateral 
Ação: Abduz os dedos 2 a 4 e flete as articulações 
metatarso falangeanas 
 
 → Músculos da parte dorsal do pé: 
Extensor curto dos dedos: 
 
Origem: Calcâneo 
Inserção: Tendões do M. extensor longo do 2 e 4 dedo 
Inervação: N. fibular profundo 
Ação: Ajuda o músculo extensor longo dos dedos nas 
articulações 
 Mariana Soares 
7 
Extensor curto do hálux: 
 
Origem: Em comum com o extensor curto dos dedos 
Inserção: Face dorsal da base da falange proximal do 
hálux (1 dedo) 
Inervação: N. fibular profundo 
Ação: Ajuda o M. extensor longo do hálux a estender o 
hálux na articulação metatarsofalângica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Retináculos do Pé: 
Retináculos dos Flexores: estabilizar os tendões que vão realizar a plantilexão 
do pé e das falanges. Apenas os tendões da camada profunda do compartimento 
posterior da perna (Tibial posterior, flexor dos dedos e flexor longo do Hálux) é 
que passam profundamente a esse retináculo. A camada superficial do 
compartimento posterior da perna não tem acesso pelo retináculo dos músculos 
flexores. Algumas estruturas neurovasculares, como à artéria tibial posterior e 
nervo tibial, também passam posteriormente por ali. 
Retináculo dos Extensores: Formato me Y – Banda superior e inferior tendões 
dos músculos dorsiflexores passam profundamente (tibial anterior, extensor longo 
dos dedos, extensor longo do Hálux , fibular terceiro); também passam nervo 
fibular profundo e artéria tibial anterior 
Retináculo dos Eversores: (músculos fibulares): tendões dos músculos fibular 
longo e curto passam profundamente a esse retináculo 
 
 
 
 Mariana Soares 
8 
 
 
 
Artérias do pé: 
As artérias do pé são ramos terminais das artérias tibiais anterior e posterior, 
respectivamente a artéria dorsal do pé e plantares. 
1. Artéria dorsal do pé: Importante na vascularização da parte anterior do pé. 
Continuação direta da artéria tibial anterior 
- Artéria plantar profunda: origina da divisão da artéria dorsal do pé ao passar 
pelo primeiro espaço interósseo. A plantar profunda forma o arco plantar 
profundo junto com a artéria plantar lateral 
- Artéria tarsal lateral: um ramo da artéria dorsal do pé, segue lateralmente 
sobre o músculo ECD 
- 1 artéria metatarsal dorsal: divide-se em ramos que suprem os dois lados do 
hálux e face medial do segundo dedo. 
- Artéria arqueada: segue lateralmente através das bases dos quatro 
metatarsos, laterais, profundamente aos tendões dos extensores. 
- Artérias metatarsais dorsais: se originam na artéria arqueada 
- Artérias digitais dorsais: são origem das metatarsais, que se dividem em duas 
em sua parte distal 
2. Artérias da planta do pé: derivada da artéria tibial posterior que se divide 
profundamente ao retináculo dos músculos flexores 
- Artéria plantar medial: é o menor ramo da artéria tibial posterior. Dá origem a 
um ou mais ramos profundos que suprem principalmente os músculos do 
hálux. O ramo superficial as vezes forma o arco plantar superficial quando se 
anastomosa com a artéria lateral. 
 Mariana Soares 
9 
- Artéria plantar lateral: forma o arco plantar profundo, que é completado pela 
união com a artéria plantar profunda, um ramo da artéria dorsal do pé 
 
 
 Drenagem venosa do pé: 
Ao contrário da coxa e da perna, a drenagem do pé é feita basicamente para as principais 
veias superficiais 
 
 Drenagem linfática do pé: 
Os vasos linfáticos do pé começam em plexos subcutâneos. Os vasos coletores consistem 
nos vasos linfáticos superficiais e profundos que acompanham as veias superficiais e os 
principais feixes musculares, respectivamente. 
Os vasos linfáticos são mais numerosos na planta do pé. 
Esses vasos convergem para a veia safena magna e acompanham-na até o grupo vertical 
dos linfonodos inguinais superficiais, localizados ao longo do término da veia, e daí para os 
linfonodos inguinais profundos, ao longo da veia femoral. 
 
 Anatomia de superfície: 
Os tendões da região do tornozelo só podem ser identificados durante a ação dos músculos. 
- Tibial posterior → inversão do pé 
- Fibular longo → palpado até o osso cubóide 
- Extensor curto dos dedos → pode ser visto e palpado anteriormente ao maléolo 
lateral. 
 
 Casos clínicos: 
1. Fascite plantar: Inflamação da fáscia plantar - costuma ser causada por
esforço repetitivo - comum na parte posterior do pé de corredores. A dor 
aumenta com a extensão do hálux e com a dorsiflexão do tornozelo 
2. Infecções do pé: São comuns em climas e culturas em que os sapatos são
menos usados. As infecções profundas do pé costumam se localizar em 
compartimentos entre as camadas musculares - normalmente requer 
drenagem e cirurgia para a correção. 
3. Contusão do músculo extensor curto dos dedos: resulta em hematoma 
que provoca um edema na região do maléolo lateral. 
4. Reflexo plantar: é um reflexo miotático avaliado durante exames 
neurológicos de rotina. O leve afastamento de um dos 4 dedos ou a 
dorsiflexão do hálux, são respostas anormais, podem representar uma lesão 
encefálica ou problema cerebral. 
5. Compressão do nervo plantar medial: normalmente ocorre durante a sua
passagem pelo retináculo dos flexores. Pode haver a compressão durante a 
eversão repetitiva do pé. 
6. Palpação da artéria dorsal do pé: Podem ser palpados com o pé em ligeira 
dorsiflexão. 
 Mariana Soares 
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