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Apostila Esquadrias Schola Digital (2)

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Prévia do material em texto

Esquadrias 
 
 
 
 
SCHOLA DIGITAL 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material Didático de Leitura 
Obrigatória utilizado na 
Disciplina de Esquadrias – 
Revisão 00 de Janeiro de 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
Aula 1: Introdução às Esquadrias................................................................................................1 
Aula 2: Classificação....................................................................................................................7 
Aula 3: Considerações dos Materiais........................................................................................24 
UNIDADE 2 – INSTALAÇÕES 
Aula 4: Esquadrias de Madeira.................................................................................................33 
Aula 5: Esquadrias de Alumínio................................................................................................44 
Aula 6: Esquadrias de Aço e PVC..............................................................................................53 
UNIDADE 3 – ESQUADRIAS ESPECIAIS 
Aula 7: Esquadrias de Vidro......................................................................................................64 
Aula 8: Fachadas.......................................................................................................................74 
Aula 9: Modelos Diversos.........................................................................................................81 
UNIDADE 4 – QUALIDADE 
Aula 10: Patologias...................................................................................................................86 
Aula 11: Utilização e Manutenção............................................................................................95 
Aula 12: Avaliação de Conformidade......................................................................................105 
 
 
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Aula 1 – Introdução às Esquadrias 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Unidade 1 – Aspectos Gerais 
 
Aula 1: Introdução às Esquadrias 
 
Componentes da edificação que asseguram a proteção quanto à penetração de intrusos, da 
luz natural, do vento e da água. Com a sua evolução, as esquadrias deixaram apenas de 
proteger e adquiriram também o lugar de decoração de fachadas. 
 
1. Introdução 
Desde os primórdios, quando os povos começaram a se sedentarizar, os primeiros 
refúgios e resquícios do que se podem chamar de primeiras moradias são caracterizados 
por serem constituídos de aberturas, sejam designados para entrada, saída e circulação ou 
para iluminação. Antigamente constituídos exclusivamente de madeira e meramente com 
caráter funcional, hoje as aberturas, que são preenchidas com o que chamamos de 
esquadrias, são elementos que possuem caráter estético e possibilitam um maior conforto 
ao produto final. 
Como a especulação imobiliária atualmente vem se desenvolvendo cada vez mais, 
influenciada tanto por investimentos públicos como privados, visto que em nosso país a 
demanda por moradias e empreendimentos comerciais é constante, existe uma 
preocupação crescente com a otimização dos materiais e da estrutura da edificação. Com 
isso, devem ser analisadas as opções mais viáveis que estão disponíveis no mercado e, com 
as esquadrias, essa preocupação torna-se inevitável, pois elas podem valorizar a construção 
final, além de uma escolha correta de tipo de esquadria poder reduzir custos, agilizar 
cronogramas e evitar problemas posteriores, como possíveis patologias. 
As esquadrias e caixilhos, compostas com vidros ou outros materiais transparentes ou 
translúcidos, são considerados elementos de fechamento de vãos em edificações e fazem 
parte dos acabamentos, ou seja, são executados nas etapas finais de uma obra. Sendo assim 
é comum, nessa fase da obra, a percepção de defeitos das etapas anteriores pela falta de 
prumo, nivelamento e alinhamento, fatores estes que a colocação das esquadrias 
Aula 1 – Introdução às Esquadrias 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
2 
 
 
apontarão, exigindo muitas vezes a execução emergencial de retrabalhos na obra antes da 
instalação de portas e janelas. Da mesma forma, a qualidade dos serviços e dos materiais 
empregados serão imediatamente colocadas à prova na ocupação da edificação, pois o mau 
funcionamento na abertura ou fechamento desses elementos é facilmente detectável pelos 
usuários, assim como na sequência, com o uso frequente, na sua durabilidade e 
desempenho contra intempéries, ruídos e ações externas. 
Em termos práticos, o termo esquadria é usado para a designação genérica de todos os 
sistemas de vedação de vãos com portas, janelas, persianas e venezianas, executados em 
madeira ou plástico; e o termo caixilho é usado para identificar toda a vedação de vãos por 
meio de portas e janelas executados em metal, seja de ferro ou alumínio. 
As esquadrias são normalizadas pela NBR 10821 - Esquadrias externas para edificações 
(ABNT, 2011-B) a qual se divide em três partes: terminologia; requisitos e classificação; e 
métodos de ensaio. Dependendo da matéria-prima constituinte da esquadria, podem ser 
inclusas outras normas, como o vidro na NBR 7199/89 - Projeto, execução e aplicações de 
vidro na construção civil (ABNT, 1989) e também dependendo do tipo de esquadria, como a 
janela necessita de caixilhos para guarnição, deve-se levar em conta a NBR 10821/1: 
Caixilhos para edificações – Janelas (ABNT, 2011-A). 
1.1. Condições Gerais 
De acordo com o projeto, as esquadrias e caixilhos de portas e janelas devem atender 
as especificações e detalhes estabelecidos em normas técnicas, as exigências do usuário, 
adequadas à composição arquitetônica quanto a sua utilização, dimensão, forma, textura, 
cor e desempenho. Considerando o desempenho, os sistemas devem observar as condições 
principais de: 
• Estanqueidade ao ar: características dos sistemas que devem proteger os 
ambientes interiores da edificação das infiltrações de ar que possam causar 
prejuízo ao conforto do usuário e/ ou gastos adicionais de energia a 
climatização do ambiente, tanto no calor como no frio; 
• Estanqueidade à água: característica dos sistemas em proteger o ambiente 
interior da edificação das infiltrações de água provenientes de chuvas, 
acompanhadas ou não de ventos; 
• Resistência a cargas uniformemente distribuídas: característica dos sistemas 
em suportar pressões de vento estabelecidas nas normas técnicas e que têm 
de ser compatibilizadas pelo projetista, segundo o seu local de uso; 
• Resistência à operação de manuseio: característica do sistema em suportar os 
esforços provenientes de operações e manuseio prescrita nas normas; 
Aula 1 – Introdução às Esquadrias 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
3 
 
 
• Comportamento acústico: característica das janelas em atenuar, quando 
fechadas, os sons provenientes de ambientes externos, compatibilizado com 
as condições de uso e as normas técnicas. 
2. Exemplos de Esquadrias 
Basicamente, como observado nas definições acima, tem-se então que Esquadrias são 
Elementos de Vedação vertical utilizado no fechamento de vãos com a função de controle 
de passagem de agentes, sejam eles quais forem. As principais esquadrias consideradas na 
Construção Civil serão abaixo propostas. 
2.1. Janelas 
São aberturas ou vãos em um elemento de vedação ou estrutural (paredes) de uma 
edificação, que se destina a proporcionar iluminação e ventilação e que nãopossam ser 
transpostas a pé. 
 
2.2. Portas 
Analogamente às janelas, as portas são aberturas ou vãos em um elemento de 
vedação ou estrutural (paredes) que se destinam a circulação de pessoas de um ambiente a 
outro. 
 
2.3. Gradis 
São grades que circundam determinada área ou construção. 
Aula 1 – Introdução às Esquadrias 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
2.4. Cobogós 
Cobogós são blocos vazados, feitos de concreto ou cerâmica, que permitem a entrada 
de ventilação e luminosidade nos ambientes. Amplamente utilizados na arquitetura da 
década de 50 como substitutos aos tijolos tradicionais, os cobogós apresentam padrões e 
desenhos diversos. 
 
2.5. Brises 
Os brises são elementos que barram a incidência da radiação solar antes que ela atinja 
a fachada e, consequentemente, o ambiente interno, reduzindo o calor recebido. Em 
comparação a outros dispositivos de proteção solar, oferece melhor controle dos ganhos 
térmicos, iluminação natural adequada e ventilação. É um elemento de uso externo às 
fachadas. A especificação desse elemento no projeto e a avaliação da eficiência baseiam-se 
na geometria de insolação, dimensões, orientação da fachada e na determinação do fator 
solar. 
Aula 1 – Introdução às Esquadrias 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
2.6. Telas 
São dispositivos instalados geralmente em janelas criando assim uma barreira, 
evitando a invasão de insetos (telas mosqueteiras). Podem ser também elementos fixos, 
geralmente para proteção, com diversas malhas. 
 
2.7. Alçapões 
É a passagem de piso através de uma portinhola que abre, geralmente, de baixo para 
cima. 
 
 
 
 
 
Aula 1 – Introdução às Esquadrias 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
6 
 
 
3. Exigências da Qualidade 
Do ponto de visto do comportamento mecânico, uma esquadria deve resistir aos 
agentes atmosféricos, às vibrações, aos esforços introduzidos pelos demais componentes 
do edifício, provenientes da movimentação ao longo do tempo e aos esforços devidos ao 
uso. Na última Unidade desta disciplina o assunto será retomado com maiores informações 
e tecnicidades. 
A durabilidade das esquadrias pode ser expressa pela habilidade de desempenhar suas 
funções durante um período de tempo sob a influência de vários agentes. Assim, a vida útil 
também é determinada pelo material escolhido na fabricação da esquadria. 
Entre as exigências de qualidade na escolha da esquadria estão: 
• Segurança: no uso, na limpeza e no comportamento mecânico; 
• Habitabilidade: na estanqueidade e na acústica; 
• Durabilidade: na conservação das propriedades, manutenção e reparos; 
• Qualidade: dos dispositivos complementares de estanqueidade e dos 
acessórios; 
• Estética: na importância no “visual” da edificação; 
• Facilidade: no uso diário 
• Manutenibilidade: da segurança e economia na execução de ações de 
manutenção de um sistema ou do produto em si. 
Também é preciso analisar a resistência estrutural à deformação, à carga do vento, ao 
esforço de uso, ao impacto ou vandalismo e ao fogo. O isolamento térmico já é uma variável 
pelo sistema de vedação, no entanto, essa exigência deve ser maior quando há perdas de 
calor no inverno. 
 
 
 
 
Aula 2 – Classificação 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
7 
 
 
Aula 2: Classificação 
 
As esquadrias podem ser divididas em diferentes formas, de acordo com o tipo de material, 
(alumínio, metal, PVC, madeira e vidro), quanto a sua função (serão apresentadas, 
principalmente, portas e janelas) e forma de abertura. 
 
1. Introdução 
As classificações das Esquadrias se dão conforme a seguir. 
1.1. Classificação Quanto à Função das Esquadrias 
A classificação quanto à função baseia-se no caráter funcional da esquadria. É a divisão 
tipicamente conhecida, composta pelas tradicionais portas (função de circulação de 
pessoas, separação de ambientes) e janelas (circulação de ar e luminosidade), além de 
grades (caráter de proteção da edificação, geralmente constituídas de metal), cobogós 
(superfície vazada, com função de aeração, luminosidade e estético; possuindo como 
matéria-prima cimento, cerâmica ou outros materiais), alçapão (possibilita acesso a porão e 
sótão) e brise-soleil (elemento com caráter de proteger da luminosidade e calor). 
Importante salientar que portas e janelas podem ser regulamentadas por instrumentos 
legais, que tem como propósito determinar dimensões e requisitos mínimos para a 
execução de projetos de modo a garantir padrões de segurança, habitabilidade e conforto. 
Desse modo, algumas das escolhas durante o projeto e a execução ficam restritas aos 
padrões determinados em legislação. 
1.2. Classificação Quanto à Forma de Abertura 
A classificação das esquadrias quanto à forma de abertura baseia-se no método em 
que ocorre a abertura das folhas ou caixilhos, geralmente por movimentos de rotação, 
translação e ou movimentos combinados de ambos. 
Os sistemas de esquadrias, com seus tipos de janelas e portas, definidos pelo 
movimento e pelo número de folhas estão a seguir elencados. 
 
Aula 2 – Classificação 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
8 
 
 
1.2.1. Tipos de Janela 
1.2.1.1. JANELAS FOLHA FIXA 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, cuja folha não possui 
movimento. Componente ideal para o fechamento de vãos, sem a necessidade de abertura, 
permitindo a luminosidade e a vista para o ambiente externo. É muito aplicada na 
composição de fachadas, peitoris. Pode ser confeccionada em diversos formatos, como 
arcos e trapézios. 
 
1.2.1.2. JANELAS DE ABRIR (GIRO, DE EIXO VERTICAL) 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, formada por uma ou mais 
folhas (envidraçadas ou destinadas ao sombreamento – venezianas) que podem ser 
movimentadas mediante rotação em torno de eixos verticais fixos, coincidentes com as 
laterais da folha. São classificadas em janelas de giro, que abrem para dentro ou para fora 
da edificação. 
 
1.2.1.3. JANELA PROJETANTE E DE TOMBAR 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, formada por uma ou mais 
folhas que podem ser movimentadas mediante rotação em torno de um eixo horizontal fixo 
situado na extremidade superior ou inferior da folha. É considerada: 
• Projetante: quando o eixo fixo de rotação se localiza na extremidade superior. 
O movimento de abertura da folha pode ser para dentro ou para fora da 
edificação; 
Aula 2 – Classificação 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
• De tombar: quando o eixo fixo de rotação se localiza na extremidade inferior. 
O movimento de abertura da folha pode ser para dentro ou para fora da 
edificação. 
 
1.2.1.4. JANELA PIVOTANTE 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, formada por uma ou várias 
folhas que podem ser movimentadas mediante rotação em torno de um eixo vertical e não 
coincidente com as laterais das folhas. 
 
1.2.1.5. JANELA BASCULANTE 
Janela destinada exclusivamente ao uso interno à edificação, formada por uma ou 
várias folhas que podem ser movimentadas com eixo de rotação horizontal, central ou 
excêntrico, não coincidente com as extremidades superior ou inferior da janela. 
Aula 2 – Classificação 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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1.2.1.6. JANELA DE CORRER 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação,formada por uma ou várias 
folhas (envidraçadas ou destinadas ao sombreamento – venezianas) que podem ser 
movimentadas por deslizamento horizontal, no plano da esquadria. 
 
1.2.1.7. JANELA GUILHOTINA 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, formada por uma ou mais 
folhas que podem ser movimentadas por deslizamento vertical, no plano da esquadria. 
Disponíveis com duas ou três folhas, são ideais para ambientes integrados, possuindo um 
sistema de abertura vertical das folhas e permitindo comunicação entre os ambientes. 
Aula 2 – Classificação 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
1.2.1.8. JANELA PROJETANTE DESLIZANTE (MAXIM-AR) 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, formada por uma ou mais 
folhas que podem ser movimentadas em torno de um eixo horizontal, com translação 
simultânea desse eixo. 
 
1.2.1.9. JANELA SANFONA (CAMARÃO) 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, formada por duas ou mais 
folhas (envidraçadas ou destinadas ao sombreamento – venezianas) articuladas entre si 
que, ao se abrirem, dobram-se uma sobre as outras, por deslizamento horizontal de seus 
eixos de rotação. Tais eixos podem coincidir com as bordas das folhas ou se situar em 
posições intermediárias. 
Aula 2 – Classificação 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
1.2.1.10. JANELA INTEGRADA 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, formada por um conjunto 
composto por duas ou mais folhas que podem ser do tipo: 
• Persiana de enrolar que se movimenta com deslizamento vertical ou inclinado 
no plano externo da esquadria e por folhas que podem ser movimentadas por 
deslizamento horizontal, vertical ou giro para o lado interno; componente 
destinado a promover o sombreamento e privacidade do ambiente, sendo 
muito utilizada em conjuntos com porta e janela de correr. Ideais para 
ambientes como dormitórios, podendo ser por acionamento manual ou 
automático. 
 
• Veneziana que se movimenta mediante rotação em torno de eixos verticais 
fixos, coincidentes com as laterais da folha e por folhas (envidraçadas) que 
podem ser movimentadas por deslizamento horizontal, vertical ou giro para o 
lado interno. 
Aula 2 – Classificação 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
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1.2.1.11. JANELA REVERSÍVEL 
Janela destinada exclusivamente ao uso interno à edificação, formada por uma ou 
várias folhas que podem ser do tipo basculante ou pivotante, em que a rotação das folhas 
em torno dos eixos se situa no intervalo entre 160° e 180°. 
1.2.1.12. JANELAS ESPECIAIS 
Janelas destinadas ao uso externo ou interno à edificação, formadas pela combinação 
de dois ou vários tipos de esquadrias citadas anteriormente. São também consideradas 
janelas especiais aquelas que, por suas características de forma, uso e funcionamento, não 
foram definidas anteriormente. 
1.2.1.13. JANELA ALÇANTE (ELEVADORA) 
Janelas destinadas ao uso externo ou interno à edificação, formada por folhas de 
correr que, ao fecharem, comprimem o marco inferior, deixando as roldanas sem peso. 
 
 
 
Aula 2 – Classificação 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
14 
 
 
1.2.1.14. JANELA DE CORRER COM GIRO 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, formada por folhas 
(envidraçadas ou destinadas ao sombreamento – venezianas) que correm no mesmo eixo, 
com giro de 90o do lado interno no final do curso. As folhas possibilitam ventilar todo o vão. 
 
1.2.1.15. JANELA DE GIRAR E DE TOMBAR (OECILO BATENTE) 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, formada por folhas de girar e 
tombar. Tal tipologia permite dois tipos de ventilação: 
 
1.2.1.16. JANELA DE CORRER PARALELA E DE TOMBAR 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, formada por folhas 
(envidraçadas ou destinadas ao sombreamento – venezianas) de correr e de tombar que se 
mantêm alinhadas quando fechadas. 
Aula 2 – Classificação 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
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1.2.1.17. JANELA DE CORRER COM COMPRESSÃO TRANSVERSAL AO PLANO DE 
MOVIMENTAÇÃO 
Janela destinada ao uso externo ou interno à edificação, formada por folhas 
(envidraçadas ou destinadas ao sombreamento – venezianas) de correr que, ao se 
fecharem, pressionam-se perimetralmente. 
 
A movimentação das folhas que compõem as janelas permite a utilização de vários 
modelos, como os exemplos apresentados junto aos desenhos de cada um dos tipos de 
janelas. Há, no entanto, a possibilidade da combinação de mais de um tipo de janela na 
mesma esquadria e composta com mais de uma folha móvel, como, por exemplo: 
• Janela veneziana de correr com três folhas; 
• Janela veneziana de correr com quatro folhas; 
• Janela veneziana de correr com seis folhas; 
• Janela de correr com duas folhas; 
Aula 2 – Classificação 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
16 
 
 
• Janela de correr com três folhas; 
• Janela de correr com quatro folhas; 
• Janela veneziana de giro com folhas tipo guilhotina; 
• Janela integrada com duas ou quatro folhas de correr e persiana de enrolar; 
• Janela tipo maxim-ar de uma folha; 
• Janela tipo maxim-ar de duas ou três folhas horizontais; 
• Janela tipo maxim-ar de duas ou três folhas verticais; 
• Conjunto de janela composto de uma folha intermediária tipo maxim-ar e/ou 
um peitoril fixo e/ou uma bandeira fixa; 
• Janela tipo basculante de uma até quatro folhas. 
1.2.2. Resumo 
Assim sendo, o quadro resumo fica disposto da seguinte maneira: 
 
 
Aula 2 – Classificação 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
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Aula 2 – Classificação 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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1.2.3. Tipos de Portas 
Com relação à manobra de abertura, as portas se classificam das seguintes maneiras: 
Aula 2 – Classificação 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
19 
 
 
1.2.3.1. PORTA DE GIRO (ABRIR) 
Porta cuja folha gira em torno de um eixo vertical posicionado na sua borda e está 
fixada no marco normalmente através de dobradiças. 
 
1.2.3.2. PORTA DE CONEXÃO 
Porta com duas folhas da mesma largura sobrepostas e fixadas no marco, com sentido 
de abertura opostos ou iguais. 
 
1.2.3.3. PORTA BALCÃO 
Porta com quatro folhas da mesma largura, fixadas e sobrepostas duas a duas, 
respectivamente, em cada um dos montantes do marco. Duas abrem para dentro e duas 
abrem para fora. 
Aula 2 – Classificação 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
1.2.3.4. PORTA PIVOTANTE 
Porta cuja folha gira em torno de um eixo vertical, posicionado nas proximidades de 
uma de suas bordas, fixada no piso e na travessa do marco ou diretamente no montante do 
marco através de um pivô, de tal forma que, no movimento de rotação da folha, as suas 
bordas verticais se deslocam para lados opostos do vão da porta. 
 
1.2.3.5. PORTA VAIVÉM 
Porta cuja (s) folha (s) gira (m) em torno de um eixo vertical posicionado numa de suas 
bordas, podendo se movimentar para qualquer um dos lados do vão da porta; o 
fechamento da (s) folha (s) de porta é automático. 
Aula 2 – Classificação 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
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1.2.3.6. PORTA DECORRER OU DESLIZANTE 
 
1.2.3.7. PORTA SANFONADA 
Porta constituída de duas ou mais folhas, articuladas entre si e que apresentam 
movimentos combinados de rotação e translação, dobrando-se uma sobre as outras. O 
movimento de translação é limitado por uma guia horizontal. 
 
Aula 2 – Classificação 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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A movimentação e o sentido das folhas que compõem as portas permitem a utilização 
de vários modelos, como os exemplos apresentados junto aos desenhos de cada um dos 
tipos de portas. Há, no entanto, a possibilidade da combinação de mais de um tipo de porta 
na mesma esquadria e composta com mais de uma folha móvel, como, por exemplo: 
• Portas de giro de duas ou três folhas (uma folha de giro e as demais folhas 
fixas); 
• Porta de giro em um plano; 
• Porta de giro em um plano com uma folha; 
• Porta de giro no sentido horário; 
• Porta de giro no sentido anti-horário; 
• Porta de giro em um plano com duas folhas; 
• Porta de giro com duas folhas simétricas; 
• Porta de giro com duas folhas assimétricas; 
• Porta de giro em um plano com quatro folhas; 
• Porta de giro em dois planos; 
• Porta de giro em dois planos com duas folhas; 
• Porta de giro com dois planos com quatro folhas; 
• Porta pivotante horária; 
• Porta pivotante anti-horária; 
• Porta de correr em um plano; 
• Porta de correr com uma folha sobreposta; 
• Porta de correr com uma folha inclusa; 
• Porta de correr com uma folha embutida; 
• Porta de correr com duas folhas sobrepostas; 
• Porta de correr com duas folhas inclusas; 
• Porta de correr com duas folhas embutidas; 
• Porta de correr em dois planos; 
• Porta de correr com duas folhas; 
• Porta de correr com uma folha fixa e uma folha móvel; 
• Porta de correr com duas folhas móveis; 
• Porta de correr com quatro folhas em dois planos; 
• Porta de correr em três planos; 
• Porta de correr com três folhas com 2/3 de vão livre; 
• Porta de correr paralela; 
• Porta de correr alçante. 
 
Aula 2 – Classificação 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
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1.3. Classificações Quanto à Matéria-Prima 
A classificação quanto à matéria-prima será a classificação utilizada para realizar um 
detalhado estudo das esquadrias em geral, neste curso. Os diferentes materiais, além de 
possuírem diferentes características, são facilmente adaptáveis em diferentes tipos de 
abertura e podem ser utilizados, quase sempre, diferentes materiais para diferentes 
funções. 
Assim, as matérias-primas tornam-se o principal diferencial na comparação das 
esquadrias, possuindo distintos valores no comércio e, para uma correta escolha no uso da 
esquadria na obra, deve-se conhecer os materiais presentes no mercado da construção civil 
brasileira. No transcorrer desta disciplina, serão apresentadas as matérias-primas mais 
utilizadas no cenário nacional: madeira, alumínio, metal, PVC e vidro, exemplificadas nos 
dois elementos mais comuns: portas e janelas. 
 
 
 
 
Baseado e adaptado de CBIC, 
Jonas Vieira Rodrigues. 
Edições sem prejuízo de 
conteúdo. 
Aula 3 – Considerações dos Materiais 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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Aula 3: Considerações dos Materiais 
 
As matérias-primas possuem distintas particularidades, possuindo diferentes elasticidades, 
conforto termo acústico, resistência às intempéries e agentes biológicos, garantia do produto, 
enfim, uma infinidade de características que devem ser analisadas para a correta escolha por 
parte do profissional. 
 
1. Esquadrias de Aço 
As especificidades das esquadrias e seus materiais terão uma unidade específica no 
curso, porém, suas demandas são caracterizadas pelos aspectos que virão a seguir, e serão 
colocados de maneira que o aluno possa fazer seus comparativos. 
O emprego do aço na fabricação de esquadrias vem sendo feito pelas qualidades 
plásticas, pela versatilidade e pela resistência inerentes ao material, o que permite 
liberdade no desenvolvimento de projetos e na aplicação desses elementos. 
a) Desempenho e Resistência: O aço apresenta resistência intrínseca, que permite o 
desenvolvimento de projetos praticamente sem restrições de grandes esquadrias 
de aço, com leveza do conjunto e esbeltez dos perfis. O desempenho de uma 
esquadria depende primordialmente de um bom projeto e da somatória de 
componentes, sistema construtivo e materiais utilizados. 
b) Matéria Prima: Utilização de novos materiais (aço com adição de cobre e aços 
zincados, com a maior resistência à corrosão e durabilidade), aliados a modernas 
tecnologias como processos de tratamento de superfície (Fosfatização e 
Nanotecnologia) e pintura (de fundo ou de acabamento final), permitem aos 
fabricantes oferecer esquadrias mais resistentes à corrosão. 
c) Instalação: As esquadrias de aço chegam ao local da construção sem os tipos de 
defeitos estruturais geralmente associados a materiais não conformes. 
Dependendo do projeto da construção, esquadrias de aço frequentemente 
conferem integridade adicional à estrutura. 
d) Acabamento: As portas e janelas de uso externo ou interno recebem diversos 
tipos de pintura, utilizando-se os métodos de imersão, eletroforese (diferença de 
potencial elétrico), aplicação com pistola de ar comprimido. As tintas aplicadas 
podem ser: um primer de fundo ou de acabamento. 
Aula 3 – Considerações dos Materiais 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
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• Primer de fundo anticorrosivo – tinta à base de solvente ou base d’ água; 
• Primer de acabamento – tintas do tipo: esmalte sintético, tinta óleo, 
epóxi, poliuretano. 
2. Esquadrias de Alumínio 
Analogamente, segue-se: 
a) Desempenho e Resistência: O alumínio apresenta um fator determinante, que é a 
sua durabilidade. Isso se dá pelo fato de ser resistente à corrosão e à maresia, o 
que eleva a procura em regiões litorâneas e com muita poluição. 
b) Matéria Prima: O alumínio é leve, estrutural, de baixa manutenção e longa vida 
útil. Permite a fabricação de esquadrias em todas as tipologias, com design 
atualizado, pode ser curvado e receber tratamento de superfície em diversas cores 
e tons, em pintura eletrostática a pó ou anodização. 
c) Instalação: É de fácil manutenção, necessitando apenas de limpeza com água, 
sabão neutro e pano seco. Além disso, pode ser adequado aos mais diversos 
projetos arquitetônicos, pois a esquadria de alumínio tem regulagem precisa de 
ventilação e exaustão do ambiente. 
d) Acabamento: Esquadrias desse material apresentam diversos acabamentos, desde 
o processo de anodização, que é um processo eletrolítico (conjunto de reações 
químicas provocadas pela passagem de corrente elétrica numa solução condutora) 
de acabamento e proteção de peças metálicas, formando na superfície desses 
materiais uma camada uniforme de óxido de alumínio e pintura em resinas de 
cores variadas, como o bege, o branco, e até imitando outros materiais, como a 
madeira e o mármore – sendo assim, as esquadrias de alumínio não necessitam de 
pintura periódica. Os perfis de alumínio devem ser protegidos por anodização ou 
pintura, conforme especificado nas ABNT NBR 12609 e ABNT NBR 14125. 
e) Anodização: É de competência exclusiva do arquiteto ou engenheiro civil, 
responsável pelo projeto da obra, especificar a espessura da camada anódica, 
considerando-se o que determina a norma brasileira (ABNT) quanto à sua classe, 
de acordo com a localização da edificação, em função da maior ou menor 
agressividade encontrada no ar. 
f) Pintura: Conformea norma ABNT NBR 14125, a camada de tinta aplicada ao perfil 
deverá ser de 60 a 110 micrômetros, tanto nas zonas rural e urbana como nas 
zonas marítima e industrial, variando apenas na frequência de limpeza. 
 
Aula 3 – Considerações dos Materiais 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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3. Esquadrias de PVC 
Para o PVC, tem-se: 
a) Desempenho e Resistência: Devido às características dos perfis e ao processo de 
fabricação, as esquadrias de PVC apresentam excelente desempenho quando 
submetidas aos ensaios especificados pelas normas brasileiras e internacionais, 
destacando-se principalmente pelo desempenho acústico e térmico. Os perfis de 
PVC contam internamente com reforços metálicos para conferir maior resistência 
às esquadrias, em atendimento à ABNT NBR 10821-2. Além disso, o PVC apresenta 
alta resistência química à agressão de outros materiais encontrados em 
construções e não está sujeito à corrosão. 
b) Matéria Prima: O PVC é produto de grande versatilidade e resistência, além de ser 
100% reciclável. Os perfis PVC contam com aditivos que lhes conferem maior 
resistência mecânica e contra as intempéries, permitindo às esquadrias um 
excelente desempenho. 
c) Instalação: Devido à alta resistência química de seus perfis, as esquadrias de PVC 
chegam ao momento da instalação em perfeitas condições. As esquadrias de PVC 
são de fácil instalação, podendo ser fixadas diretamente ao vão já acabado. 
d) Acabamento: As esquadrias de PVC estão disponíveis no mercado com acabamento 
natural, geralmente em cores claras, bem como pintadas ou revestidas com 
lâminas de cores e acabamentos variados. Os perfis utilizados nas esquadrias de 
PVC devem atender aos requisitos da norma europeia EN 12608-1. 
4. Esquadrias de Madeira 
E, finalmente, tem-se as características da madeira: 
a) Desempenho e Resistência: As tecnologias e os processos de engenharia aplicados 
na fabricação de portas de madeira, como a secagem e a reconstituição da 
matéria-prima através de seleção e colagem das peças, elevam o grau de 
resistência da madeira, seu desempenho e sua durabilidade. 
b) Matéria Prima: A utilização da madeira contribui para o aumento da qualidade das 
portas, uma vez que a matéria-prima possui características especificas que 
possibilitam um conforto acústico e térmico para ambiente. A madeira é 
considerada também a única matéria-prima 100% renovável na construção civil. 
c) Instalação: O kit porta de madeira chega à obra devidamente montado e pronto 
para a instalação, como marco, alizares, dobradiças e fechaduras, proporcionando 
Aula 3 – Considerações dos Materiais 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
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uma praticidade em obra, sem a necessidade de montagem e facilitando a 
padronização. 
d) Acabamento: As portas podem receber diversos tipos de acabamento, sendo os 
mais usuais a pintura e o revestimento. As portas de madeira pintadas de uso 
interior podem receber pinturas ultravioleta, poliuretano, esmalte sintético, verniz, 
à base d’água e laca. Os revestimentos aplicados podem ser de lâminas de madeira 
(natural e pré-composta), papel melamínico, PVC, pet, polipropileno. Para o uso 
exterior, a porta deve receber uma pintura especial com resistência às intempéries, 
que pode ser de resina à base d’água e resinas sintéticas. Os revestimentos 
aplicados podem ser de PVC, pet e polipropileno. 
5. Estanqueidade 
Com as chuvas, são comuns os problemas de umidade e infiltrações em apartamentos 
e casas, principalmente das janelas e sacadas. Isso causa um grande desconforto devido à 
formação de mofos e degradação da edificação. Além disso, a umidade pode trazer risco à 
saúde de seus moradores, uma vez que ambientes úmidos são mais susceptíveis à 
proliferação de fungos. 
A escolha dos componentes de qualidade e em conformidade com as normas técnicas, 
para a vedação e o envidraçamento, pode ser a diferença entre fornecer uma vida útil longa 
e a falha pré-matura. 
Os selantes representam apenas uma pequena parte do valor monetário de uma 
edificação e muitas vezes são considerados erroneamente como um mero detalhe sem 
importância. 
Segundo a ISO 6927, selante é um material moldado no local que, uma vez curado ou 
seco, tem propriedades de adesão e coesão para vedar uma junta. Quando aplicado em 
esquadrias, é utilizado para fixação e/ou vedação de frestas. Para janelas, é necessária uma 
vedação hidrofugante que possa suportar exposição a raio UV, chuva, neve e temperaturas 
e climas extremos e que continue flexível. 
Alguns selantes podem ser pintados e outros não. Devem ser verificados a embalagem 
e o catálogo e deve-se consultar o fabricante para conhecer essa propriedade. Com o 
tempo, usados de forma incorreta, eles podem endurecer, fissurar e perder a adesão, 
levando muitas vezes à infiltração de água. 
Para as portas de madeira resistentes à umidade ou estanques à devem-se consultar 
as orientações de impermeabilização recomendadas pelo fabricante. É extremamente 
Aula 3 – Considerações dos Materiais 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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importante que o comprador, na hora da compra da esquadria, exija que o fornecedor 
especifique claramente o processo de montagem, vedação e fixação. 
6. Ferragens e Acessórios 
São considerados ferragens todos os acessórios, componentes e peças metálicas para 
a sustentação, fixação e movimentação das esquadrias de qualquer tipo. A qualidade da 
ferragem vai determinar o bom funcionamento do conjunto, garantir a durabilidade e a 
estética de portas, janelas, portões e gradis. A seguir serão mostradas a classificação geral 
das ferragens e nas figuras são mostrados exemplos de alguns dos tipos de ferragens mais 
utilizados nas obras correntes. 
 
6.1. Dobradiças 
São peças fabricadas em ferro (oxidadas, zincadas, niqueladas ou escovadas), em 
bronze ou latão (liga e cobre com níquel) que sustentam e permitem a movimentação das 
esquadrias. São constituídas de duas chapas, chamadas de asas, interligadas por um eixo 
vertical chamado de pino, podendo ainda ter outros elementos conforme o uso. A seguir 
são apresentados os diversos tipos mais comuns de dobradiças usadas na construção civil: 
Aula 3 – Considerações dos Materiais 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
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6.2. Fechaduras 
São os mecanismos instalados nas portas, portões e janelas para travar a sua abertura, 
garantir a segurança e permitir o funcionamento da porta ou janela de acordo com a 
finalidade. Em geral pode-se classificar as fechaduras em: 
• De embutir com cilindro - o mecanismo da abertura e fechamento da lingueta 
comandada pela chave é removível, sendo mais utilizadas em folhas de portas 
que dão comunicação com a parte externa das edificações; 
• De embutir tipo gorges - é o tipo mais antigo de fechadura, em que o 
mecanismo que aciona a lingueta da chave é parte integrante do corpo da 
fechadura; 
• De embutir tipo de correr - é a fechadura utilizada em folhas de porta de 
correr, onde a lingueta da chave tem forma de gancho (bico de papagaio); 
• De sobrepor - fechadura instalada na face interna da folha; 
• De acionamento elétrico – as mais comuns são as que por acionamento 
elétrico liberam a lingueta pelo deslocamento da chapa da contratesta. 
Existem, no entanto, no mercado da construção civil, inúmeros tipos de 
fechaduras com acionamento elétrico, como porteiros eletrônicos, chaves de 
tempo, com cartões magnéticos controladas por central informatizada etc. 
Aula 3 – Considerações dos Materiais 
 
ESQUADRIAS30 
 
 
 
6.3. Demais Componentes de Portas e Janelas 
Os seguintes acessórios e ferragens são amplamente utilizados em esquadrias. 
Seguem-se: 
6.3.1. Contratesta 
É uma lâmina metálica com aberturas para o encaixe das linguetas do trinco e da 
chave, havendo um ressalto junto à abertura do trinco para proteger a madeira do batente 
contra a ação do mesmo, que tende a esfregar (bater) na madeira quando a lingueta se 
recolhe e depois penetra no furo correspondente para travar a folha, junto ao rebaixo 
(jabre) do batente, evitando assim desgastar o local. 
6.3.2. Espelho 
É a chapa metálica, com diversos acabamentos, cuja peça única tem dois orifícios para 
introdução da chave e do eixo do trinco de fechaduras embutidas, com a finalidade de dar 
arremate nas laterais da folha da porta onde foram feitos os buracos. 
6.3.3. Rosetas 
São peças metálicas menores, com diversos acabamentos e geralmente circulares, que 
tem a mesma finalidade de arrematar os orifícios de chave e eixo de trinco de fechaduras, 
de forma individual, ou seja, como alternativa de acabamento 
Aula 3 – Considerações dos Materiais 
 
UNIDADE 1 – ASPECTOS GERAIS 
 
 
 
 
 
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6.3.4. Maçanetas 
São as peças de uma fechadura que tem a finalidade de abrir, fechar e movimentar a 
folha de porta, geralmente apresentadas em dois modelos: de bola e de alavanca. Há 
vantagens e desvantagens na aplicação de cada modelo, sendo que o modelo bola diminui a 
fadiga na mola do trinco, mas apresenta desconforto no manuseio e em alguns casos 
quando fica instalado perto do batente, ao rodar a maçaneta o usuário esfrega as juntas dos 
dedos no batente. Com o modelo tipo alavanca, esse problema não existirá, mas a fadiga da 
mola provocará o desnivelamento da peça com a horizontal, causando um aspecto estético 
desagradável com o tempo. 
6.3.5. Puxadores 
São peças com a única finalidade de movimentar a folha e não possuem mecanismo de 
trava, apresentadas em dois modelos: do tipo alça e do tipo concha. Existem, ainda, 
puxadores do tipo trinco de maçaneta usada em caixilhos de correr. 
6.3.6. Ferrolho 
Peça utilizada para prender a folha na soleira ou peitoril, quando houver duas folhas. 
Entre os modelos, existe um denominado fecho (ferro pedrez) que é instalado na face de 
espessura da folha (encabeçamento), possuindo uma mola que traz sempre a peça travada. 
 
 
Aula 3 – Considerações dos Materiais 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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6.3.7. Tarjetas 
São peças semelhantes aos ferrolhos, utilizadas para portinholas e portas de box 
sanitários, podendo ser executadas em peças mais robustas, com porta cadeado, para 
portas e portões externos. 
6.3.8. Cremona 
É o mecanismo que substitui nas janelas e portas, a fechadura. É um sistema de 
cremalheira que movimenta duas varetas de ferro, que faz a vez do ferrolho, podendo ser 
simples ou com mecanismo de chave que trava o movimento de rotação da Cremona. 
6.3.9. Carrancas 
São peças fixadas na alvenaria externa para prender as folhas de venezianas quando 
abertas, para que o vento não as faça bater. 
6.3.10. Fixadores e Prendedores 
São peças variadas, fixadas no rodapé, no soalho e na folha das esquadrias ou 
caixilhos, com o objetivo de fixar a folha para que ela, sobre ação do vento, não venha 
bater. 
6.3.11. Rodízios 
São acessórios utilizados para instalação de folhas de correr, que fazem parte de um 
sistema composto de trilho, rodízios, guia, pivô e concha. 
 
 
 
Baseado e adaptado de CBIC, 
CARLAN ZULIAN, ELTON DONÁ, 
CARLOS VARGAS. Edições sem 
prejuízo de conteúdo. 
Aula 4 – Esquadrias de Madeira 
 
UNIDADE 2 – INSTALAÇÕES 
 
 
 
 
 
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Unidade 2 – Instalações 
 
Aula 4: Esquadrias de Madeira 
 
A madeira é um dos materiais de construção mais utilizados pelo homem, possuindo 
características técnicas que favorecem sua utilização nas mais diversas etapas e elementos 
construtivos de uma obra. Boa resistência mecânica, bom nível de isolamento termo acústico 
e facilidade de afeiçoamento (podem ser trabalhadas com ferramentas simples) aliado com o 
valor estético que proporciona, faz da madeira uma excelente matéria-prima para execução 
de esquadrias, as quais se destacam pela nobreza e sofisticação nos acabamentos. 
 
1. Características das Esquadrias 
Há uma grande gama de espécies de madeiras que podem ser utilizadas como 
matérias-primas para a fabricação de esquadrias, devendo ser analisado basicamente dois 
critérios: maleabilidade e resistência a umidade. Vale destacar que para que se possa 
executar uma esquadria com qualidade é necessário que a madeira esteja completamente 
seca, caso contrário, a madeira continuará com o processo de secagem mesmo depois da 
esquadria instalada, podendo ocorrer deformações irreversíveis. 
Dentre as espécies mais utilizadas, destacam-se: Cumaru, Ipê, freijó, cedro-mara, 
itaúba. 
 
Aula 4 – Esquadrias de Madeira 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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A madeira é utilizada tanto em obras com características rusticas quanto obras 
sofisticadas, destacando-se pelo valor estético que proporcionam em seus acabamentos. 
A principal desvantagem que este material apresenta é a vulnerabilidade de grande 
parte das espécies, quando expostas a condições climáticas adversas. A umidade, radiação 
solar e agente biológico, interfere na estrutura da madeira acarretando primeiro a perda de 
seu valor estético e posteriormente sua degradação. Outra desvantagem é que este 
material pode apresentar variações de volume (retração ou inchamento), em função da 
variação da umidade, mesmo depois de trabalhadas. 
No entanto, existem maneiras de proteger a madeira e minimizar os efeitos causados 
por agente naturais. A aplicação de substâncias químicas é a melhor forma de protege-la e 
aumentar sua vida útil, sendo que existem uma vasta linha de produtos disponíveis no 
mercado com diferentes características. Porém é importante que a aplicação destes 
produtos seja rotineira, o que também acaba se tornando uma desvantagem. 
2. Fabricação 
Os fabricantes de esquadrias de madeira buscam por espécies que apresentem boa 
maleabilidade, boa resistência à umidade e que se adaptem as diversas particularidades de 
projetos com custos viáveis. O processo de fabricação de portas e janelas de madeira segue 
as etapas descritas na sequência: 
1º Passo: Preparação – Antes do início do processo de fabricação de esquadrias, a 
madeira deve se apresentar seca, a fim de se evitar possíveis deformações 
durante a produção. O processo de secagem natural é o mais recomendado, 
porém uma secagem completa ao natural pode levar até 2 anos; 
2º Passo: Corte – Nessa primeira etapa do procedimento industrial propriamente 
dito, deve-se cortar a madeira que dará forma à estrutura futura. Ocorre o corte 
e também se tem o fresamento dos perfis de madeiras que formarão os caixilhos, 
por exemplo (essa etapa tem a função de formar o perfil de madeira que vai 
construir o caixilho); 
3º Passo: Proteção - Após a transformação da madeira bruta em peça, deve-se 
tratar o produto contra agentes biológicos, com passagem de resinas e 
antissépticos. O processo de proteção é dado colocando a estrutura dentro de 
um recipiente com substâncias químicas que irão neutralizar a ação de insetos e 
microrganismos que possam prejudicar a longevidade do material ou a perda de 
resistência; 
4º Passo: Acabamento e Colagem – Depois da proteção concedida pela ação de 
substâncias químicas, as peças são levadas até máquinas,como 
Aula 4 – Esquadrias de Madeira 
 
UNIDADE 2 – INSTALAÇÕES 
 
 
 
 
 
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desempenadeiras, plainas e lixadeiras, que possuem a função de retirar possíveis 
deformações, como curvaturas indesejadas e realizam lixamento superficial, 
proporcionando forma final à estrutura. Após esse acabamento, as partes da 
estrutura final são montadas (geralmente possuem encaixe do tipo espiga, porém 
ocorre variação de acordo com o fabricante, podendo ocorrer encaixe tipo 
cavilha) e coladas, finalizando o processo de montagem. A fabricação da 
esquadria é finalizada com a colocação das ferragens, como: dobradiças, 
fechaduras, rodízios, borboletas, trincos, visores, entre outras. A esquadria 
finalizada é protegida no seu esquadro, embalada e estocada até ser solicitada 
em obra. É recomendada a estocagem na posição vertical em piso nivelado e livre 
de possíveis agentes externos que possam prejudicar a estrutura, mas o assunto 
será retomado na 4ª Unidade. 
3. Execução de Esquadrias de Madeira 
3.1. Portas 
As portas, como já estudado, são as esquadrias com função de privacidade e transição 
de ambientes, sendo constituídas além da peça de madeira de materiais como: dobradiças, 
fechaduras, marcos, visores, entre outros. A execução de portas de madeira é um processo 
considerado simples, geralmente é utilizada uma espuma de poliuretano expansiva, que 
auxilia na correta adequação da esquadria junto ao vão. 
 
As portas são sistemas funcionais constituídos de batente ou marco (quando é mais 
estreito que a parede), guarnição (alisares ou vistas), folha ou folhas e ferragens 
(dobradiças, fechadura, travas e fixadores). O batente é o elemento fixo que guarnece o vão 
Aula 4 – Esquadrias de Madeira 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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da parede onde se prende a folha de porta, e que tem um rebaixo (jabre) contra o qual a 
folha de porta se fecha. A folha é a parte móvel da porta, e quando é do tipo de articulação, 
o sentido de abertura é à direita ou à esquerda de quem olha a porta do lado em que não 
aparecem as dobradiças. O alisar (guarnição ou vista) é a peça fixada ao batente e destinada 
a emoldurá-lo (para arremate junto da parede). 
 
A instalação de uma porta de madeira ocorre da seguinte forma, considerando o 
método mais atual de execução, com utilização de espuma de poliuretano e Kit Porta 
pronta. 
1º Passo: Preparação do Vão - O cuidado na preparação dos vãos na alvenaria é 
fundamental para a fim de se evitar problemas posteriores à aplicação da peça de 
Aula 4 – Esquadrias de Madeira 
 
UNIDADE 2 – INSTALAÇÕES 
 
 
 
 
 
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esquadria. É necessário prover uma folga entre a alvenaria e a esquadrias para 
que a mesma possa ser posicionada, aprumada e nivelada. Atentar que quando a 
fixação não for feita com espuma, deve-se proceder o trabalho com tacos ou 
grapas, conforme figura. 
 
2º Passo: Colocação do marco - Deve-se colocar o batente, fixando e travando com 
cunhas, posicionando-as preferencialmente nos cantos dos caixilhos e sem 
excesso de força, pois este movimento exagerado pode ocasionar empenamento; 
também se deve averiguar o prumo, nível e cotas. A figura ilustra a fixação de 
batente; 
 
3º Passo: Após o posicionamento da esquadria no vão, devidamente aprumada e 
nivelada, é feito a aplicação da espuma. A figura ilustra a posição correta de 
Aula 4 – Esquadrias de Madeira 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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aplicação dos pontos de espuma. Após a aplicação da espuma é recomendada 
uma pausa a fim de que ocorra a correta ação desta. O tempo de pausa varia de 
fabricante, podendo ser de 2hs até um dia; 
 
4º Passo: Após o intervalo de colocação da espuma deve ser cortado o excesso 
desta, por meio de estilete, por exemplo. Também devem ser retiradas cunhas, 
ripas e travamentos; 
5º Passo: Por fim, deve-se colar os encaixes finais como guarnições, em meia 
esquadria para encaixe perfeito com a parte superior, fixando-as nos marcos 
reguláveis; 
3.1.1. Colocação de Portas Montadas no Local 
Devem ser respeitados os seguintes pontos: 
• Encostar a porta no encaixe do batente para verificar as folgas e ajustes; 
• Manter 3 mm de folga entre a porta e batente (montantes e travessa); 
• Manter 8 mm de folga entre a porta e o piso; 
• Marcar e colocar as dobradiças, usando ferramentas adequadas (furadeira e 
brocas, plainas, formões e ponteiros); 
• Colocar a fechadura na porta e furos no batente para lingueta e trinco; 
• Colocar cavilhas nos furos dos parafusos e dar o último acabamento; 
• Testar o funcionamento, fazer ajustes; 
• Cortar, ajustar e pregar as guarnições (pode ficar para depois da pintura); 
• Manter as portas fechadas ou travadas com cunhas para evitar que batam 
com o vento. 
 
Aula 4 – Esquadrias de Madeira 
 
UNIDADE 2 – INSTALAÇÕES 
 
 
 
 
 
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3.2. Janelas 
A especificação da utilização de janelas de madeira tem ficado, cada vez mais, restrito 
às habitações de alto padrão e às edificações para fins comerciais (restaurantes e lojas), 
devido, principalmente, ao seu alto custo. Em geral, as janelas de madeira têm os seguintes 
componentes: 
• Batente: também de madeira na forma de marcos, pois não atingem a 
espessura total da parede, como mostram as figuras a seguir: 
 
• Vidraça: chamado claro da janela, é constituído de um quadro com baguetes 
onde são fixados os vidros com massa de vidraceiro ou filetes de madeira ou 
alumínio; 
• Venezianas: chamada também de escuro, é a vedação da janela contra a 
entrada de claridade e permitir alguma ventilação; 
• Guarnição: mesma função que nas portas, para dar acabamento entre a 
alvenaria e o batente; 
• Peitoril: dependendo do tipo de janela o peitoril pode ser externo, interno ou 
ambos com a mesma função da soleira, dar acabamento e impedir a 
infiltração de água; 
• Pingadeira: no caso de janelas mais trabalhadas deve utilizar pingadeiras para 
evitar a infiltração de água; 
3.3. Quadros Resumos de Instalação 
As instalações de Esquadrias de Madeira podem ser resumidas nos seguintes passos e 
procedimentos: 
 
Aula 4 – Esquadrias de Madeira 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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Aula 4 – Esquadrias de Madeira 
 
UNIDADE 2 – INSTALAÇÕES 
 
 
 
 
 
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Baseado e adaptado de CBIC, 
Jonas Vieira Rodrigues. 
Edições sem prejuízo de 
conteúdo. 
Aula 5 – Esquadrias de Alumínio 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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Aula 5: Esquadrias de Alumínio 
 
O uso do alumínio é difundido no mundo devido às suas características, tais como: aparência 
limpa e moderna, é um material leve, facilitando sua execução e não acrescentando muita 
sobrecarga à edificação. Além disso, possui defesa natural à ação da água e, 
consequentemente, à corrosão, propiciando maior longevidade quando em comparação a 
esquadrias de metais e de madeiras mais simples, necessitando uma menor manutenção. 
 
1. Características das Esquadrias 
O histórico do uso das esquadrias de alumínio no país já é antigo, desde 1940 pode-se 
encontrar fábricas com produção de esquadrias deste material, porém não existiam perfis 
extrudados, ou seja, as chapas eram cortadas e trefiladas (espécie de dobras) até chegar ao 
tipo de perfil que se desejava. Este processo era demorado e muitas vezes ocorriam 
defeitos, com dobras imprecisas, sendo melhoradosomente em 1952 quando os Estados 
Unidos difundiram ao mundo a técnica de extrusão. 
Extrusão, de acordo com a NBR 6599 (ABNT, 2000), é o processo metalúrgico que 
consiste na deformação plástica a quente do material, fazendo-o passar, pela ação de um 
pistão, através de um orifício e uma matriz que apresenta o contorno da secção do produto 
a ser obtido. 
 A fim da obtenção de um melhor caráter estético ou de uma maior vida útil, pode 
facilmente receber pintura eletrostática ou anodização, conferindo ao material final uma 
maior resistência frentes às intempéries. 
Além de possibilitar vários acabamentos e ser de um material extremamente durável, 
a esquadria de alumínio é geralmente muito precisa e estanque (com exceções das janelas 
padrão de má qualidade que são vendidas em diversos centros de construção no país). O 
alumínio oferece muitas opções de acabamento e não enferruja, sendo adequado para 
construções à beira-mar, por exemplo. 
Este material é extremamente leve, facilitando a fabricação, instalação e 
funcionamento do produto, além disso, diminui o peso nas estruturas principais dos 
edifícios. Sintetizando, a utilização do alumínio em esquadrias pode ser justificada pelas 
suas vantagens: resistência à corrosão, baixo peso, característica estética, disponibilidade 
Aula 5 – Esquadrias de Alumínio 
 
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no mercado, ser reciclável, fácil moldagem (podendo ser transformado em diversas formas), 
variedade dos acabamentos de superfície, tecnologia moderna, fácil manutenção, durável, 
boa vedação. 
2. Fabricação 
A fabricação de esquadrias em alumínio é bem difundida em todas as regiões do país, 
estando presente em quase todo o território nacional. As fábricas produzem todas as 
classificações de esquadrias envolvidas nos estudos do deste curso, como portas e janelas. 
Na fabricação das esquadrias de alumínio estão presentes máquinas como: policorte 
(serra de disco), entestadeira, pantógrafo, curvadeira, estampo, entre outras. O processo de 
fabricação de perfis para esquadrias, através da extrusão, produz barras com comprimentos 
médios de 6 metros. Ele consiste basicamente nas seguintes etapas: os lingotes de alumínio 
são transformados em tarugos cilíndricos, com posição química de acordo com sua 
aplicação. A extrusão é dada por meio de prensas hidráulicas, nos quais os tarugos são 
introduzidos e prensados passando através de uma matriz que dá a forma ao perfil, como 
apresentado na figura. 
 
As fases de fabricação podem ser sinteticamente demonstradas nas seguintes etapas: 
1º Passo: Preparação - É a etapa de avaliação da função da esquadria, 
dependendo de seu projeto. Levam-se em conta a região de utilização do caixilho, 
pé direito da edificação, dimensões e futuros acabamentos do vão; 
2º Passo: Usinagem - Nesta etapa ocorre as operações de usinagem, em que as 
barras de alumínio necessitam de um tratamento de vaselina líquida para a 
proteção na fabricação durante o manuseio do material. Dentre os tipos de 
Aula 5 – Esquadrias de Alumínio 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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processos tem-se cortes (por meio de serras circulares) e estampagem (operação 
realizada através de ferramentas especiais para cada tipo de furo, rasgo ou 
encaixe). Os dois processos são importantes para a fabricação dos caixilhos de 
alumínio, necessitando de precisão para tornar o produto final estanque e nas 
dimensões pretendidas para a execução em obra; 
3º Passo: Montagem – Após as operações de corte e usinagem dos perfis, é feito 
a montagem dos quadros, com auxílio de acessórios (geralmente macho e cunha 
ou parafusos). Após a montagem ocorre a instalação das ferragens e demais 
acessórios. 
3. Execução de Esquadrias de Alumínio 
Para a execução das esquadrias de alumínio em obra utiliza-se contramarco cortado a 
45o e fixado com macho e cunha. Contramarco é um quadro suplementar de alumínio, 
chumbado diretamente na alvenaria a fim de garantir uma vedação e exatidão no 
preenchimento do vão, racionalizando o processo de execução e evitando possíveis locais 
vazados ou não alinhados, ou seja, proporciona a exatidão nas dimensões de projeto além 
de garantir prumo, nível e a proteção na fase de acabamento. O contramarco também 
permite acabamentos finais no vão sem prejuízo, pois a esquadria só é adicionada após a 
colocação deste. A figura apresenta um exemplo de chumbamento de contramarco de 
alumínio. 
 
Também se utiliza na execução de esquadrias de alumínio o marco, que é o quadro 
que fica aparente, na periferia da região da esquadria. Marco e contramarco podem possuir 
diferentes funções de acordo com a forma de abrir de peças de esquadrias, por exemplo, 
caso a esquadria seja do tipo “abrir”, marco e contramarco funcionam como batentes, em 
Aula 5 – Esquadrias de Alumínio 
 
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caso de portas/janelas de correr, funcionam como trilhos para a corrida das folhas. A união 
dos quadros pode ser de duas formas, com corte a 45o, como o contramarco (também 
fixado com o macho e cunha) ou com usinagem a 90o, unido com olhal e parafusos. 
Continuando a execução das esquadrias de alumínio, temos elementos como folhas, 
vidros e outros acessórios que se diferenciam de acordo com o fabricante do material, como 
borboletas, trincos e roldanas. As folhas podem necessitar de encaixes para baguetes de 
alumínio para a fixação de vidros ou estes serão instalados com o auxílio de gaxetas de 
borracha ou massas de silicone. Por fim, após a instalação de folhas e vidros resta somente 
um acabamento final que pode ser feito por meio de arremates. 
Também se deve salientar que a esquadria de alumínio necessita de um tratamento 
para proteção a fim de evitar possíveis danos como corrosão e uma deterioração da sua 
superfície. Frente a isto, têm-se três possibilidades de tratamento para evitar que danos 
ocorram e diminuam a vida útil da estrutura: anodização, coloração inorgânica eletrolítica e 
pintura eletrostática. 
Primeiramente, a anodização tem a função de conferir melhor padrão estético final à 
esquadria e também proporcionar melhorar proteção frente à corrosão, maresias e 
quaisquer outros ataques que a esquadria possa ser submetida. O processo de anodização 
se dá através de um banho de ácido eletrolítico com tensão de alimentação na faixa de 14 a 
20 volts e intensidade de corrente de 1,5 A/dm² proporcionando um aquecimento do 
banho. 
Além disso, têm-se cuidados como temperatura entre 18 e 20 oC e refrigeração com ar 
contínua. Com este ambiente criado, há decomposição do ácido e uma reação que gera 
óxido de alumínio, conhecido como alumina que possui a característica de ser mais 
resistente que o material inicial. Após o processo de anodização deve ocorrer a selagem que 
é descrita como uma etapa complementar e obrigatória, pois confere uma melhor 
resistência à corrosão atmosférica. O processo de selagem é sinteticamente descrito como 
um mergulho do alumínio anodizado em uma cuba d’água (destilada ou dionizada) levado à 
ebulição (98 a 100 graus Celsius). Nestas condições a alumina se hidrata e aumenta seu 
volume, o que acarreta o fechamento total de seus poros. 
A segunda forma de proteção é a coloração inorgânica eletrolítica que se baseia no uso 
de corrente alternada que acaba por atrair sais metálicos para o fundo dos poros. A 
diversidade de tons se dá devido à quantidade de sais metálicos utilizados no processo. 
A última forma de proteção é a pintura eletrostática, sendo o processo mais utilizado 
na proteção e decoração do alumínio.O processo de aplicação da pintura é realizado em 
Aula 5 – Esquadrias de Alumínio 
 
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uma cabina utilizando uma pistola de ar comprimido de baixa pressão. Em sua ponta 
existem dois eletrodos ligados uma fonte de alta voltagem (até 90 mil volts). 
Ao passar por ela, o pó recebe uma carga positiva e, pelo princípio de atração 
eletromagnética, é atraída pela peça metálica ligada a terra. Este princípio oferece ao 
produto segurança de uma cobertura perfeita e uniforme, mesmo nas reentrâncias e 
cavidades de difícil acesso, cobrindo-as com uma camada que pode variar de 40 a 100 
micra. 
O sistema de pintura eletrostática exige que a peça passe por um pré-tratamento 
antes de ser pintada, eliminando-se resíduos como óleo, graxa, sujeira e remoção de 
oxidação. Após o pré-tratamento, a peça vai para a cabina de pintura e depois para uma 
estufa a uma temperatura de aproximadamente 230 a 250 oC, por um tempo de 15 a 30 
minutos, onde é feita a polimerização do produto. As principais vantagens da pintura 
eletrostática são: acabamento homogêneo, pintura total da esquadria, aderência elevada, 
resistência a impactos, a ferrugem e a altas temperaturas. 
3.1. Serviços Preliminares à Instalação do Contramarco 
Os serviços de preparação para a colocação de esquadrias de alumínio dependem 
muito do tipo de caixilho a ser utilizado e seu acabamento em relação aos peitoris externos 
e internos. Os procedimentos a seguir são indicados para projetos padrões de edificações 
de alvenaria comum, revestimentos internos com argamassas, pastilhas nas fachadas etc.: 
• Alvenaria deve estar concluída e chapiscada com vãos das aberturas com 
folgas de 3 a 7 cm de cada lado, em cima e em baixo, dependendo da 
orientação do fornecedor; 
• No caso de edifícios altos, preferivelmente, a estrutura deverá estar concluída 
para que seja possível aprumar os contramarcos a partir de fio de prumo 
externo; 
• Dependendo do tipo de caixilho, as taliscas das paredes internas também 
devem estar indicando o plano final do acabamento; 
• Internamente deve haver uma referência de nível do peitoril em relação ao 
piso acabado padrão para todas as janelas do mesmo pavimento ou de 
conformidade com o projeto. 
3.2. Assentamento de Contramarcos 
1º Passo: Dependendo das dimensões do vão, utilizar sarrafos de madeira de 
1”x2” em cruz ou verticais para dar suporte ao ajuste pela face externa do 
contramarco e cunhas de madeira; 
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2º Passo: Os contramarcos deverão ser amarrados precariamente nos sarrafos 
com arames recozidos para permitir os ajustes de prumo, alinhamento e nível; 
 
3º Passo: Preferencialmente os chumbadores de aço devem ocupar a folga entre 
o contramarco e o vão, sem que haja necessidade de fazer rasgos na parede; 
 
4º Passo: Os chumbadores devem ficar a 20 cm dos cantos e em número 
suficiente para que não fiquem a mais de 80 cm uns dos outros; 
5º Passo: Fazer os ajustes de nível, alinhamento, prumo e esquadro usando 
cunhas, réguas e demais ferramentas; 
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6º Passo: O alinhamento deve compatibilizar a face externa com a face interna 
da parede e se ocorrer diferenças adotar, preferencialmente, a face externa 
como referência; 
7º Passo: Após conferir todas as referências, dar o aperto no arame de 
amarração nos sarrafos; 
 
8º Passo: Encaixar os chumbadores (grapas metálicas) no contramarco em 
número suficiente (ver norma e indicação do fornecedor); 
9º Passo: Conferir novamente esquadro, nível, prumo e alinhamento; 
10º Passo: Fazer o chumbamento definitivo com argamassa de cimento e areia 
média, no traço 1:3, apenas nos pontos de ancoragem; 
11º Passo: Aguardar 24 horas e completar o preenchimento com argamassa e dar 
o acabamento (requadro); 
12º Passo: No caso de contramarcos de portas é recomendável a colocação de 
uma proteção na soleira para evitar que o trânsito de carrinhos e pessoas 
danifique a peça de alumínio; 
13º Passo: Após 24 horas pode-se retirar os sarrafos. 
3.3. Instalação dos Caixilhos 
Em geral a instalação dos caixilhos de alumínio é feita por pessoal especializado que 
pode ser da própria fornecedora dos caixilhos ou por empreiteiro indicado pela mesma. De 
qualquer forma, é importante que o responsável pela obra tome alguns cuidados nesta fase 
para assegurar o perfeito funcionamento das janelas e portas de alumínio. Quase sempre as 
etapas que antecedem a instalação dos caixilhos são o revestimento interno e externo. 
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1º Passo: Os caixilhos devem vir embalados em plástico e identificados (tipo, 
andar, etc.), preferencialmente em época próxima de sua instalação para evitar 
que fique por muito tempo exposto às condições da obra; 
2º Passo: A armazenagem na obra deve ser feita em local seguro, afastado da 
circulação de pessoas e equipamentos, seco, coberto, livre de poeiras. As peças 
devem ser colocadas sobre calços, na vertical, encostadas umas nas outras e 
separadas por cunhas de madeira, papelão ou pedaços de carpetes; 
 
3º Passo: Após a colocação das esquadrias de alumínio e se ainda existir algum 
serviço a ser executado, é recomendável proteger os caixilhos com vaselina ou 
plásticos adesivos; 
4º Passo: A limpeza pode ser feita com água e detergente neutro com até 10% 
de álcool (jamais utilizar esponjas de aço ou de outra fibra que possa riscar a 
superfície de alumínio); 
5º Passo: As superfícies de alumínio não podem ser expostas ao contato com 
cimento, argamassas ou mesmo resíduo aquoso desses materiais ou com ácido 
clorídrico (muriático), pois haverá uma reação química na superfície com a 
formação de manchas definitivas. 
3.4. Quadros Resumos de Instalação (Com Contramarco) 
 
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3.5. Quadros Resumos de Instalação (Sem Contramarco) 
Na instalação de esquadrias sem contramarco, os vãos devem estar acabados e com as 
medidas previamente estabelecidas para o recebimento da esquadria. 
O vão deve ser de aproximadamente 50mm (25mm de cada lado) maior do que o 
produto a ser instalado. 
O roteiro recomendado para instalação da esquadria de alumínio sem contramarco é 
apresentado seguir. 
 
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Baseado e adaptado de CBIC, 
Jonas Vieira Rodrigues. 
Edições sem prejuízo de 
conteúdo. 
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Aula 6: Esquadrias de Aço e PVC 
 
As esquadrias metálicas são esquadrias tradicionais, muito utilizadas antigamente e que, 
atualmente, vêm perdendo espaço para novas tecnologias, como esquadrias de PVC. Nesta 
aula serão vistos os dois principais últimos tipos de materiais quais são confeccionadas as 
esquadrias. 
 
1. Esquadrias Metálicas de Ferro e Aço 
A fácil disponibilidade no mercado com custos relativamente baixo torna o ferro uma 
matéria prima bastante competitiva para a indústria de esquadrias, pois o material 
apresenta a propriedade de ser facilmentepersonalizado, tornando-se uma boa opção para 
obras onde se necessita de um dimensionamento particular da esquadria. Porém o fato de o 
material ser susceptível aos efeitos da corrosão, necessitando de constante manutenção, 
acaba muitas vezes contribuindo para a escolha de outro material. 
O aço, que possui características semelhantes ao ferro, porém com melhor 
desempenho frente às intempéries, ainda é tido como uma boa alternativa na hora da 
escolha do material utilizado em obra, sendo utilizado em diversas tipologias de esquadrias, 
mas apresenta custo superior ao ferro. 
Como a aula priorizará portas e janelas, a presença de esquadrias metálicas nestas 
duas tipologias se dá em maior volume na produção de janelas, enquanto portas metálicas, 
atualmente, são pouco encontradas em residências de médio a alto padrão. 
O aço utilizado em esquadrias é composto por ferro, carbono e uma leva de outros 
materiais em menor quantidade, como silício, cobre e manganês. Cada elemento, quando 
adicionado à liga metálica, confere certa particularidade, por exemplo, a adição de cobre 
confere ao aço uma maior resistência frente à corrosão, proporcionando uma maior 
durabilidade ao material. A adição de zinco, comumente chamada de galvanização, também 
confere ao aço maior resistência frente ao ataque corrosivo, além de proporcionar uma 
melhor aparência ao produto. 
Aula 6 – Esquadrias de Aço e PVC 
 
ESQUADRIAS 
 
 
 
 
 
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As esquadrias de ferro e aço são recomendadas para quaisquer ambientes, exceto em 
regiões litorâneas em que este é submetido à maresia e pode perder sua durabilidade. O 
aço define uma estrutura robusta ao produto final, possuindo maior resistência a impactos 
quando comparado aos outros materiais em estudo, como o alumínio e o PVC. 
As desvantagens na utilização de janelas e portas em aço são, além do custo, aspecto 
não tão atraente e um menor conforto térmico acústico quando comparado ao alumínio e 
ao PVC. Já o ferro possui menor custo, porém apresenta menor resistência a impactos e à 
corrosão, necessitando de maior manutenção. 
Uma característica diferente dos outros materiais é que as portas metálicas possuem 
tipologias nem sempre encontradas em outras matérias-primas, como as portas corta-fogo. 
O quadro apresenta os tipos de portas metálicas encontradas na construção civil nacional. 
 
Aula 6 – Esquadrias de Aço e PVC 
 
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1.1. Fabricação 
As esquadrias de aço são geralmente produzidas em perfis “I”, “T” e “L”, podendo ser 
encontrados também perfis em chapas de aço ou tubulares enquanto as estruturas de ferro 
são geralmente fabricadas em barras circulares, por se tratarem, geralmente, de grades. O 
ferro também é encontrado na fabricação de janelas, pois o aço, embora mais durável, não 
apresenta facilidade em ser modulado e, assim, é encontrado em dimensões específicas. As 
estruturas de ferro também possuem baixo custo de produção, tornando o produto final 
mais barato que a maioria dos outros materiais. 
Os passos para fabricação de esquadrias metálicas são basicamente semelhantes aos 
descritos na fabricação de quadros de alumínio. A principal diferença na produção dá-se na 
fase de limpeza e proteção, na qual o aço sofre o processo de galvanização. Galvanização é 
o processo de revestimento de um metal por outro mais nobre a fim de proporcionar 
melhor resistência frente à corrosão ou até mesmo conferir melhor aparência ao metal. 
1.2. Execução de Esquadrias Metálicas 
Para a execução das esquadrias de aço e ferro deve-se prestar atenção nas 
características de fábrica, pois a estrutura vem composta por acessórios, como grapas e 
chumbadores, que servem de guia para a fixação da esquadria. Também se deve cuidar o 
armazenamento das peças em obra, evitando empilhamento, e a conferência no ato do 
recebimento quando comprada. Em síntese, pode-se dizer que a execução de esquadrias de 
aço e ferro é dada pelas seguintes etapas: 
1º Passo: Conferência das medidas de projeto e das medidas em obra (a abertura 
do vão deve apresentar, geralmente, uma folga de 2,0 cm a cada lado para 
preenchimento) a fim de evitar maiores problemas caso o vão não esteja correto. 
Também se deve verificar a conformidade de vergas (em portas) e contravergas 
(em janelas), a imagem abaixo demonstra como deve se apresentar a alvenaria 
antes da fixação. 
 
Aula 6 – Esquadrias de Aço e PVC 
 
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2º Passo: Deve-se centralizar a posição da esquadria no vão, conferindo 
nivelamentos e correto posicionamento do peitoril, do prumo, e das possíveis 
diferenças de cotas, como o assentamento de um futuro piso. 
3º Passo: Deve-se calçar vergas e contravergas em suas regiões periféricas, com 
distância de 60 cm entre os diferentes calços. Não deve ocorrer presença de calço 
na região central, somente em posições laterais, permitindo, após a execução, o 
correto funcionamento de abertura que a esquadria conter. Após o calçamento, 
deve-se verificar níveis e prumos novamente. 
4º Passo: Chumbar e parafusar a esquadria, fixando-a e testando sua abertura. 
Também deve-se verificar todo o quadro da esquadria a fim de evitar que esta 
apresente algum problema antes do preenchimento final de argamassa. 
5º Passo: Preencher a folga da esquadria e vão com argamassa (traço 1:3) a fim 
de conferir estanqueidade à estrutura. Este passo deve ser extremamente 
cuidadoso a fim de evitar a penetração de água e o surgimento de possíveis 
infiltrações. 
6º Passo: Secagem da argamassa e proteção final da esquadria, protegendo ela 
contra a corrosão e o ataque de agentes externos. Também deve-se cuidar para 
que a esquadria pronta não seja prejudicada com a presença de pó de cimento, 
cal e outros materiais. Para isto, geralmente a esquadria é plastificada. 
1.2.1. Observações às Portas 
Tecnicamente, as portas metálicas podem substituir as portas de madeira em quase 
todas as situações, devendo-se apenas levar em consideração os aspectos técnicos 
(segurança e base para fixação), estéticos e de custo envolvidos. Em geral as portas de aço e 
mistas são indicadas para edificações comerciais e industriais e para segurança e proteção 
em edificações de qualquer tipo. 
Com relação à execução (instalação) de portas de aço os cuidados são muito 
semelhantes aos adotados na instalação de portas de madeira ou alumínio, considerando a 
folga no vão, dimensões, nivelamento, alinhamento e prumos das superfícies, com a 
vantagem de que as portas em geral são instaladas já montadas (porta, batentes e 
chumbadores). 
1.2.2. Observações às Janelas 
Os mesmos cuidados na instalação de portas e janelas de outros tipos também devem 
ser considerados quando se tratar de peças de serralheria. A escolha de um bom fornecedor 
e instalador (pedreiro), o rigor na execução dos vãos (preparação), os alinhamentos e 
prumos são fatores preponderantes para o funcionamento perfeito das janelas de ferro. O 
Aula 6 – Esquadrias de Aço e PVC 
 
UNIDADE 2 – INSTALAÇÕES 
 
 
 
 
 
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responsável da obra deve estar atento para os seguintes pontos na fase de execução das 
janelas de ferro: 
• O dimensionamento dos perfis, cantoneiras e chapas devem ser feitos por 
profissional habilitado e experiente, pois estarão sujeitas as tensões de uso; 
• A esquadria deve ter rigidez e estabilidade suficientes com chumbadores 
(grapas) colocados distantes uns dos outros não mais do que 60 cm e 
solidarizadas com argamassa de cimento e areia no traço

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