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1 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 2 SUMÁRIO DIREITO PENAL ........................................................................................................ 3 APLICAÇÃO DA LEI PENAL ................................................................................... 3 FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS ..................................................................... 55 DOS CRIMES CONTRA A PESSOA ...................................................................... 95 DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ............................................................ 117 DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA .............................................................. 185 DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .................................... 241 GABARITOS ......................................................................................................... 296 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 3 DIREITO PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1 A norma penal incriminadora é formada basicamente por dois preceitos: o preceito primário (ou preceptum juris), em que se prevê a conduta abstrata que a sociedade pretende punir, o preceito secundário (ou sanctio juris), em que se fixa a sanção penal correspondente. As normas que necessitam de complementação no preceito secundário, por não trazerem a cominação da pena correspondente à prática da conduta típica são chamadas de normas penais: A) Explicativas. B) Em branco homogêneas. C) Em branco heterogêneas. D) Imperfeitas (ou incompletas strictu sensu). 2 Julia, nascida em 22 de maio de 2000, não mais aguentando o comportamento de sua prima, Renata, que constantemente a vinha ofendendo, resolve por fim àquele comportamento. Para isso, no dia 21 de maio de 2018, pega, sem que ninguém perceba, as chaves do carro de seu pai que estava estacionado na garagem e, enquanto a prima, de 18 anos, consertava a bicicleta, também na garagem, dá ré com o veículo e atropela Renata, que é imediatamente encaminhada ao hospital pelos tios. Em virtude de lesões internas sofridas, Renata vem a falecer em 25 de maio de 2018. Em procedimento administrativo para apurar os fatos, Julia, acompanhada de advogado, confessa sua intenção de matar, apesar de se declarar atualmente arrependida. Concluído o procedimento, os autos são encaminhados ao Promotor de Justiça com atribuição exclusivamente criminal. Com base nas informações expostas, o Promotor de Justiça Criminal, em relação ao resultado morte, deverá: A) reconhecer que a atribuição é da Promotoria da Infância e Juventude infracional, pois o Código Penal adota a Teoria da Ubiquidade para definir momento do crime; B) reconhecer que a atribuição é da Promotoria da Infância e Juventude infracional, pois o Código Penal adota a teoria da Atividade para definir o momento do crime; C) oferecer denúncia em face de Julia, pois o Código Penal adota a Teoria da Ubiquidade para definir o momento do crime; D) oferecer denúncia em face de Julia, pois o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir o momento do crime; E) oferecer denúncia em face de Julia, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o momento do crime. 3 Com relação ao Código Penal e ao Código de Processo Penal, é correto afirmar que o Código A) Penal contempla que se considera praticado o crime no momento do resultado. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 4 B) de Processo Penal considera que, nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento do Ministério Público ou de quem tenha qualidade para intentá-la. C) Penal contempla que não excluem a imputabilidade penal a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. D) de Processo Penal contempla que, nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito permanecerão na posse da autoridade policial aguardando a iniciativa do ofendido, sendo autorizada a entrega ao requerente, se o pedir, mediante traslado. 4 Tício, morador do Rio de Janeiro, começou a namorar Gabriela, uma jovem moradora da cidade de São Paulo. Com o passar do tempo e os efeitos da distância, Tício, motivado por ciúmes, resolveu tirar a vida de Gabriela. Pôs-se então a planejar a prática do crime em sua casa, no Rio de Janeiro, tendo adquirido uma faca, instrumento com o qual planejou executar o crime. No dia em que seguiu para São Paulo para encontrar Gabriela, que lhe o esperava na rodoviária, Tício combinou com a jovem uma viagem a passeio para o Espírito Santo. Ao ingressarem no ônibus que os levaria de São Paulo para o Espírito Santo, Tício afirmou para Gabriela que iria matá-la. Todavia, dada a calma de Tício, a jovem achou que se tratava de uma brincadeira. Durante o trajeto, Tício, ofereceu a ela uma bebida contendo substância que causava a perda dos sentidos. Após Gabriela beber e dormir, sob efeito da substância, enquanto passavam pela BR-101, no Rio de Janeiro, Tício passou a desferir golpes com a faca no peito da jovem. Quando chegou ao destino, Tício se entregou para polícia, e Gabriela, embora tenha sido socorrida, veio a óbito ao chegar ao Hospital. O crime descrito no texto foi praticado, de acordo com a lei penal, no momento A) da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Trata-se, portanto, do momento em que Tício desferiu os golpes em Gabriela. B) em que o agente se prepara para a promoção da conduta criminosa. Ou seja, trata-se do momento em que Tício planejou e adquiriu as ferramentas necessárias ao cometimento do crime. C) em que a autoridade policial toma conhecimento do crime. Ou seja, quando Tício se entregou para a polícia. D) em que é alcançada a consumação do crime. Trata-se, portanto, do momento da morte de Gabriela, que ocorreu no hospital. E) da ação ou omissão, se este for concomitante ao resultado. Não sendo possível determiná-lo, no presente caso, em razão da separação temporal entre a conduta e o resultado. 5 João Carlos, 30 anos, brasileiro, com residência transitória na Argentina, aproveitando-se da aquisição de material descartado por uma indústria gráfica falida, passou a fabricar moeda brasileira em território argentino. Para garantir a diversidade da moeda falsificada, João imprimia notas de 50 e de 100 reais. Ao entrar em território brasileiro João foi revistado por policiais que encontraram as notas falsificadas em meio a sua bagagem. João foi acusado da prática do crime previsto no artigo 289 do Código Penal. De acordo com as teorias que informam a aplicação da lei penal brasileira no espaço, é correto dizer que, nesse caso, cabe a aplicação Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 5 A) da lei argentina, em atenção à regra da territorialidade, uma vez que o crime fora praticado na Argentina. B) incondicionada da lei brasileira, uma vez que o crime cometido atenta contra a fé pública. C) condicionada da lei brasileira, pelo fato de a conduta ter sido cometida em território argentino. D) condicionada da lei brasileira, já que a conduta integra dois ordenamentos jurídicos. E) da lógica da extraterritorialidade, já que o fato ocorreu em território argentino. 6 “Chamamos de extra-atividade a capacidade que tem a lei penal de se movimentar no tempo regulando fatos ocorridos durante sua vigência, mesmo depois de ter sido revogada, ou de retroagir no tempo, a fim de regular situações ocorridas anteriormente à sua vigência”. (GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte geral. vol. 1. 17. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2015, p.159). Segundo esse autor a extra- atividade é gênero do qual seriam espécies a ultra-atividade e a retroatividade. Leia as afirmativas a seguir e marque a alternativa correta: A) A garantia penal positivadana Constituição Federal brasileira (1988) promove a retroatividade da lei penal mais benéfica quando o condenado, por uma conduta típica, apresenta residência fixa, após cometimento do ilícito penal. B) A lei penal possui ultra-atividade, nos casos em que, mesmo após sua revogação por lei mais gravosa, continua sendo válida em relação aos efeitos penais mais brandos da lei que era vigente no momento da prática delitiva. C) A aplicação da irretroatividade em direito penal funciona como garantia legal do ius puniendi que pretende auferir a punição mais gravosa ao condenado. D) A ultra-atividade da lei penal funciona como mecanismo de endurecimento da norma penal, ao passo que funciona como técnica de resolução de conflito para aplicação de um direito penal punitivo. E) A figura da ultra-atividade da norma penal realiza o objetivo de garantir a condenação do réu pela norma penal vigente na prática da conduta delitiva, com o principal objetivo de promover a segurança jurídica em âmbito penal. 7 Assinale a alternativa correta. A) Otelo e Rinaldo foram denunciados e pronunciados pela prática de homicídio. Otelo como autor da conduta e Rinaldo como partícipe. Se o Conselho de sentença decidir que Otelo, agente denunciado e pronunciado como autor do crime de homicídio, não praticou a conduta descrita no tipo, “matar alguém”, ainda assim poderá decidir pela condenação de Rinaldo, partícipe que permaneceu “vigia”, dando cobertura ao autor Otelo, pois, em relação ao concurso de pessoas, aplica-se a teoria da acessoriedade limitada. B) O juiz, na sentença condenatória, ao verificar evidenciada a hipossuficiência econômica do condenado e a inviabilidade de suportar o pagamento da pena de multa prevista no preceito secundário do tipo, ainda que aplicada em seu mínimo legal, pode excluir a sua aplicação e isentar o condenado do seu pagamento. C) Na sucessão de leis penais no tempo, deve ser aplicada a lei mais favorável ao réu, seja a lei contemporânea à prática da infração penal, seja a vigente na data da sentença. D) O arrependimento posterior, como causa de diminuição de pena entre determinados limites, tem como pressuposto para seu reconhecimento que o crime seja patrimonial, Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 6 para atender ao requisito da reparação do dano ou da restituição da coisa. E) No crime de injúria cometido contra funcionário público, em razão de suas funções, é admitida a exceção da verdade. 8 De acordo com o Código Penal, ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes: I. Contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. II. Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. III. Contra a administração pública. Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas I e III. 9 Em 05/10/2018, Lúcio, com o intuito de obter dinheiro para adquirir uma moto em comemoração ao seu aniversário de 18 anos, que aconteceria em 09/10/2018, sequestra Danilo, com a ajuda de um amigo ainda não identificado. No mesmo dia, a dupla entra em contato com a família da vítima, exigindo o pagamento da quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para sua liberação. Duas semanas após a restrição da liberdade da vítima, período durante o qual os autores permaneceram em constante contato com a família da vítima exigindo o pagamento do resgate, a polícia encontrou o local do cativeiro e conseguiu libertar Danilo, encaminhando, de imediato, Lúcio à Delegacia. Em sede policial, Lúcio entra em contato com o advogado da família. Considerando os fatos narrados, o(a) advogado(a) de Lúcio, em entrevista pessoal e reservada, deverá esclarecer que sua conduta A) não permite que seja oferecida denúncia pelo Ministério Público, pois o Código Penal adota a Teoria da Ação para definição do tempo do crime, sendo Lúcio inimputável para fins penais. B) não permite que seja oferecida denúncia pelo órgão ministerial, pois o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir o tempo do crime, e, sendo este de natureza formal, sua consumação se deu em 05/10/2018. C) configura fato típico, ilícito e culpável, podendo Lúcio ser responsabilizado, na condição de imputável, pelo crime de extorsão mediante sequestro qualificado na forma consumada. D) configura fato típico, ilícito e culpável, podendo Lúcio ser responsabilizado, na condição de imputável, pelo crime de extorsão mediante sequestro qualificado na forma tentada, já que o crime não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade, pois não houve obtenção da vantagem indevida. 10 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 7 Analise as afirmativas abaixo, em relação ao Título “Da Aplicação da Lei Penal1', do Código Penal Comum. I- Considera-se praticado o crime no momento em que ocorreu a ação ou a omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. II- Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. III- Considera-se praticado o crime no lugar da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. IV- A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Assinale a opção correta. A) Apenas a afirmativa IV está correta. B) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. C) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. E) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. 11 Em relação à aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta de acordo com o Código Penal: A) A lei posterior, que de qualquer modo desfavorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, desde que ainda não decididos por sentença condenatória transitada em julgado. B) Considera-se praticado o crime no momento do resultado. C) A lei excepcional ou temporária aplica-se exclusivamente ao fato praticado e julgado durante sua vigência. D) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 12 Sendo o concurso de pessoas operado no território brasileiro, mas o crime sendo integralmente executado no exterior, aplica-se ao partícipe e ao coautor: A) Quanto ao coautor o princípio da Ubiquidade, sendo punido pela Lei Brasileira ou pela Lei Estrangeira. B) A Lei Brasileira C) A Lei estrangeira. D) Irá depender de onde ambos estejam no momento da instrução penal. 13 Crimes cometidos em embarcações oficiais brasileiras em alto mar serão de competência da justiça brasileira em razão do princípio: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 8 A) Nacionalidade Ativa B) Defesa C) Territorialidade D) Representação ou bandeira 14 Considerando as regras advindas do estudo da lei penal no tempo e no espaço, analise as afirmativas a seguir. I. A novatio legis incriminadora, como norma irretroativa, é a lei que não existia no momento da prática da conduta e que passa a considerar como delito a ação ou omissão realizada. II. Depois do trânsito em julgado da condenação, se a aplicação da lei penal mais benéfica depender de mera operação matemática, o juiz da execução da pena é competente para aplicá-la. Por outro lado, se for necessário juízo de valor para aplicação da lei penal mais favorável, o interessado deverá ajuizar revisão criminal para desconstituir o trânsito em julgado e aplicar a lei nova. III. O princípio da continuidade normativa típica ocorre quando uma norma penal é revogada, mas amesma conduta continua sendo crime no tipo penal revogador, ou seja, a infração penal continua tipificada em outro dispositivo, ainda que topologica ou normativamente diverso do originário. IV. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, a lei penal mais leve aplica-se ao crime continuado ou ao permanente, se a sua vigência for anterior à cessação da continuidade ou da permanência, haja vista que tal interpretação mais benéfica ao acusado privilegia o princípio constitucional de presunção de inocência. Estão corretas as afirmativas A) II e IV, apenas. B) I, II e III, apenas. C) I, III e IV, apenas. D) III e IV, apenas. 15 Dois colombianos explodiram bombas em uma agência do Banco do Brasil, sediada em Nova Iorque (Estados Unidos da América), para acessar os valores que lá se encontravam. Nessa hipótese, ambos estão sujeitos à aplicação da lei penal brasileira por se tratar de uma hipótese de A) territorialidade temperada. B) extraterritorialidade condicionada, dada a incidência do princípio da nacionalidade ativa. C) extraterritorialidade incondicionada, dada a incidência do princípio real. D) extraterritorialidade incondicionada, dada a incidência do princípio da bandeira. E) extraterritorialidade condicionada, dada a incidência do princípio cosmopolita. 16 Acerca das regras de territorialidade e de extraterritorialidade da lei penal, assinale a opção correta. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 9 A) Crime de genocídio praticado fora do território brasileiro poderá ser julgado no Brasil quando cometido contra povo alienígena por estrangeiro domiciliado no Brasil. B) O brasileiro que praticar crime em território estrangeiro poderá ser punido, devendo ser aplicada ao fato a lei penal brasileira, ainda que o agente não mais ingresse no Brasil. C) Crime contra a administração pública nacional praticado no exterior ficará sujeito à lei brasileira quando o agente criminoso que estava a serviço da administração regressar ao Brasil. D) Crime praticado em embarcação de propriedade de governo estrangeiro, quando se encontrar em mar territorial brasileiro, ficará sujeito à lei penal brasileira. E) Crime praticado em aeronave brasileira de propriedade privada em território estrangeiro não se sujeita à lei penal brasileira, mesmo que não seja julgado no exterior. 17 A aeronave Tropicália é de propriedade da União e está sobrevoando país estrangeiro quando Joecy, passageiro da aeronave, é acusado de cometer crime culposo durante o voo. Nesse caso, de acordo com a parte geral do Código Penal, é correto afirmar: A) Aplica-se a lei estrangeira do local de sobrevoo. B) A aeronave é considerada extensão do território nacional brasileiro. C) A tipificação de crimes culposos não se aplica a sobrevoos. D) Caberá ao Estado brasileiro decidir qual lei será aplicada. E) A aplicação da lei cabível dependerá de tratados internacionais. 18 Quanto ao lugar e o tempo do crime, é correto afirmar que o Código Penal brasileiro adotou a teoria do (a), respectivamente: A) atividade e ubiquidade. B) resultado e ubiquidade. C) ubiquidade e contemporaneidade. D) contemporaneidade e resultado. E) ubiquidade e atividade. 19 Segundo dispõe o artigo 7º, inciso I, do Código Penal, fica sujeito à lei brasileira, embora cometido no estrangeiro, o crime A) de genocídio, ainda que o agente seja estrangeiro e não resida no Brasil. B) contra o patrimônio do Presidente da República. C) contra a liberdade de Ministro das Relações Exteriores. D) contra o patrimônio de fundação instituída pelo Poder Público. E) contra a vida de empregado de Sociedade de Economia Mista. 20 A extraterritorialidade presente no art. 7º do Código Penal se divide em condicionada e incondicionada. Na extraterritorialidade incondicionada, aplica-se a lei nacional a determinados Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 10 crimes cometidos fora do território, independentemente de qualquer condição, ainda que o acusado seja absolvido ou condenado no estrangeiro, EXCETO A) quando o crime for contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. B) quando o crime for contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. C) no caso de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. D) quando, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir o crime praticado. E) quando o crime for contra a administração pública, por quem está a seu serviço. 21 Segundo dispõe o artigo 7º, inciso I, do Código Penal, fica sujeito à lei brasileira, embora cometido no estrangeiro, o crime A) de genocídio, ainda que o agente seja estrangeiro e não resida no Brasil. B) contra o patrimônio do Presidente da República. C) contra a liberdade de Ministro das Relações Exteriores. D) contra o patrimônio de fundação instituída pelo Poder Público. E) contra a vida de empregado de Sociedade de Economia Mista. 22 Sílvio foi condenado pela prática de crime de roubo, ocorrido em 10/01/2017, por decisão transitada em julgado, em 05/03/2018, à pena base de 4 anos de reclusão, majorada em 1/3 em razão do emprego de arma branca, totalizando 5 anos e 4 meses de pena privativa de liberdade, além de multa. Após ter sido iniciado o cumprimento definitivo da pena por Sílvio, foi editada, em 23/04/2018, a Lei nº 13.654/18, que excluiu a causa de aumento pelo emprego de arma branca no crime de roubo. Ao tomar conhecimento da edição da nova lei, a família de Sílvio procura um(a) advogado(a). Considerando as informações expostas, o(a) advogado(a) de Sílvio A) não poderá buscar alteração da sentença, tendo em vista que houve trânsito em julgado da sentença penal condenatória. B) poderá requerer ao juízo da execução penal o afastamento da causa de aumento e, consequentemente, a redução da sanção penal imposta. C) deverá buscar a redução da pena aplicada, com afastamento da causa de aumento do emprego da arma branca, por meio de revisão criminal. D) deverá buscar a anulação da sentença condenatória, pugnando pela realização de novo julgamento com base na inovação legislativa. 23 Dirigindo embriagado pelas ruas da Lapa, o cônsul da França no Rio de Janeiro provoca um acidente, no qual resta ferida sua esposa brasileira, que também estava no carro. Transferida a um hospital francês, a mulher morre depois de alguns meses internada, em virtude dos ferimentos suportados por ocasião do acidente. Nesse contexto, o cônsul poderá ser punido criminalmente de acordo com a lei brasileira? A) Sim, pois o crime aconteceu no estrangeiro, onde se deu o resultado, aplicando-se ao Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 11 caso, todavia, a extraterritorialidade da lei brasileira. B) Não, pois, em razão de imunidade diplomática, trata-se de uma hipótese de intraterritorialidade da lei penal estrangeira. C) Sim, pois, como imunidade do cônsul não alcança a conduta praticada, aplica-se a lei brasileira, uma vez que o crime foi praticado em território nacional. D) Não, pois, se o resultado aconteceu no estrangeiro, o crime não se deu em território nacional. E) Sim, pois, se a ação aconteceu no Brasil, sempre haverá a aplicação da lei brasileira ao caso concreto, pelo princípio da territorialidade. 24 Marque a alternativa correta que representa o princípio da territorialidade: A) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território internacional. B) Aplica-se a lei estrangeira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. C) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções,tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. D) Aplica-se a lei brasileira, com prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. E) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito nacional, ao crime cometido no território nacional. 25 Assinale a alternativa correta a respeito da lei penal no tempo. A) A lei penal não admite retroatividade, tampouco em benefício do réu. B) A pena prevista por lei posterior se aplica a crime anteriormente praticado, desde que a conduta já fosse legalmente prevista como crime ao tempo da sua prática. C) A lei posterior que descriminaliza uma conduta não favorece o condenado criminalmente por sentença já transitada em julgado. D) A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência, não ocorrendo, nesse caso, a retroatividade de lei mais favorável. E) A ultratividade da lei anterior que favorece 0 agente só ocorrerá se ainda não iniciada a execução da pena. 26 Aplica-se a lei penal brasileira: A) apenas aos crimes cometidos no território nacional. B) a todos os crimes praticados no território nacional e aos praticados em território estrangeiro por brasileiros ou agentes domiciliados no Brasil. C) aos crimes praticados em território estrangeiro, lá não julgados, e cujo agente se encontre no território nacional. D) a todos os crimes, praticados em território nacional ou estrangeiro, cujo agente for brasileiro nato ou naturalizado. E) aos crimes cometidos em território estrangeiro contra o patrimônio de autarquia municipal. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 12 27 “Interpretar a lei penal é fixar o seu sentido (conceito, objeto e alcance).” (LIRA, 1942, p. 164). Com respeito à interpretação e à integração da norma penal, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Na lei penal, a viabilidade da interpretação analógica compreende tão somente o sistema da alternância expressa, ou seja, quando a própria norma penal indica claramente a indispensabilidade da interpretação analógica. ( ) Na atividade de interpretação da norma penal, admite-se a criação de elementos ou o preenchimento de lacunas, já a integração da regra penal foge a esse universo. ( ) No processo de interpretação, pode-se ampliar o conteúdo de determinado termo ou expressão para extrair o seu real significado. ( ) A norma penal em branco própria recebe tal denominação por seu complemento ser extraído de norma de igual status, por exemplo, outra Lei Federal, tal qual a editada para criar o tipo incriminador. ( ) A utilização da analogia em matéria penal torna-se complexa porque se encontra presente o princípio da legalidade e, dessa maneira, a regência é conduzida pela lei em sentido estrito, mas diante de uma lacuna, todo e qualquer caso concreto poderá ser resolvido dentro das fronteiras legais pela integração do sistema. A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é A) V F V F V B) V F V V F C) V V F V F D) F V F V F E) F F V F V 28 Leia as afirmativas a seguir sobre aplicação da lei penal no tempo e marque (V) para as VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS. ( ) A Lei Penal começa a vigorar na data de sua publicação. ( ) A Lei Penal, em caso de omissão quanto a data de sua vigência, começa a vigorar na data de sua publicação. ( ) A Lei Penal tem, como regra, a fixação de data certa para entrar em vigência só, excepcionalmente, em caso de omissão, sua vigência tem início no Brasil quarenta e cinco dias após sua publicação. ( ) A revogação da Lei Penal opera-se com a edição de nova lei, e sua revogação pode se efetivar total (ab-rogação) ou parcialmente (derrogação). ( ) O crime sempre é cometido no momento da ação ou omissão, aplicando-se ao delito a lei vigente na data do fato. Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA. A) V – V – V – F – V. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 13 B) F – V – V – V – V. C) F – V – V – F – V. D) F – F – V – V – V. E) F – F – F – V – V. 29 Acerca da aplicação da lei penal no direito brasileiro, o ordenamento vigente estabelece que A) a lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, exceto se já houve o trânsito em julgado da sentença, hipótese em que a decisão se torna imutável. B) a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, somente se a sua vigência for anterior ao início da prática delitiva, em razão do princípio da irretroatividade da lei penal mais severa. C) as contravenções praticadas contra a Administração pública, por quem está a seu serviço ficam sujeitas à lei brasileira, embora cometidas no estrangeiro. D) a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando idênticas, ou nela é computada, quando diversas. E) a lei temporária aplica-se ao fato praticado durante sua vigência, embora decorrido o período de sua duração. 30 Determinado empregado de uma empresa brasileira de exportação, em negociação realizada fora do Brasil, oferece vantagem indevida a funcionário público estrangeiro com o intuito de fechar negócio e, de imediato, a proposta ilícita é recusada pelo funcionário público estrangeiro. Com base nos fatos hipotéticos narrados, assinale a alternativa correta. A) O empregado brasileiro será punido nos termos do Código Penal Brasileiro, mesmo que esse oferecimento tenha se dado fora do Brasil, e mesmo que o funcionário estrangeiro não o tenha aceitado. B) Será possível punir o empregado brasileiro apenas nas leis estrangeiras. C) Não será possível punir o empregado brasileiro apenas em razão de o fato ter ocorrido fora do Brasil. D) Não será possível punir o empregado brasileiro com base nas leis penais brasileiras em razão de o fato ter ocorrido fora do Brasil e de o funcionário público estrangeiro não ter aceitado a proposta. E) Não será possível punir o empregado da empresa brasileira com base no Código Penal Brasileiro por não haver, no referido diploma, a conceituação do que vem a ser estrangeiro. 31 Quando de sua promulgação, em 1940, o art. 360 do Código Penal revogou expressamente uma série de diplomas legais. Contudo, ressalvou-se a vigência de outras normas, entre elas a referente aos crimes A) de tortura. B) de imprensa. C) contra a saúde pública. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 14 D) correlatos ao tráfico de armas. E) cometidos contra o Presidente da República. 32 Deputados estaduais estão reunidos para analisar a penalização do crime de estupro, chegando ao consenso de que é inadequada a ausência de previsão no Código Penal sobre causa formal de aumento de pena para quando o delito é praticado com emprego de arma branca ou de fogo. Admitindo a possibilidade de realizar uma campanha para a alteração legislativa do tema, os deputados solicitaram dos seus assessores que avaliassem as consequências dessa alteração para os que estão condenados por atos praticados nessas circunstâncias, para os que respondem à ação penal e para os que teriam praticado fatos com essas peculiaridades, mas sequer foram denunciados. Deverá ser esclarecido pelo assessor que eventual aumento de pena, em razão do emprego de arma no crime de estupro, A) poderá ser imposto aos que já praticaram fatos e não foram denunciados, aos que respondem ação penal e aos condenados, exceto os que já tiverem a pena extinta, já que é prejudicial. B) poderá ser imposto aos que já praticaram fatos e não foram denunciados e aos que respondem ação penal, mas não aos condenados definitivamente, tendo ou não cumprido a pena,já que prejudicial. C) poderá ser imposto aos que já praticaram fatos e não foram denunciados, mas não aos que respondem ação penal e aos condenados, tendo ou não cumprido a pena, já que é prejudicial. D) não poderá ser imposto aos que já praticaram fatos e não foram denunciados, aos que respondem ações penais e nem aos condenados definitivamente, mas tão só àqueles que praticarem a conduta após votação da lei, sendo irrelevante se a inovação é favorável ou desfavorável. E) não poderá ser imposto aos que praticaram fatos e não foram denunciados, aos que respondem ações penais e nem aos condenados definitivamente, mas só àqueles que praticarem a conduta após a entrada em vigor da lei, já que prejudicial. 33 Mévio, deputado estadual, estava de férias com sua família em embarcação brasileira, de natureza privada, na França, quando acabou por praticar um crime de lesão corporal grave contra um francês que foi desrespeitoso com seus filhos. Dias após do delito, Mévio retornou ao Brasil sem que os fatos chegassem ao conhecimento das autoridades francesas, mas, em razão de gravações por câmeras de celulares, o Ministério Público tomou conhecimento dos fatos. Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que Mévio A) não poderá vir a ser julgado no Brasil, já que o Código Penal adota o princípio da territorialidade e o crime foi praticado em território estrangeiro. B) não poderá vir a ser julgado no Brasil, pois, apesar de o Código Penal prever hipóteses de extraterritorialidade, Mévio não estava a serviço da Administração e a vítima era estrangeira. C) poderá vir a ser julgado no Brasil, ainda que já houvesse sido julgado no estrangeiro, diante da extraterritorialidade incondicionada justificada por ser funcionário público, mas eventual pena aplicada na França atenuaria a imposta no Brasil. D) poderá vir a ser julgado no Brasil, sendo indispensável que, dentre outras condições, o autor ingresse no país e não tenha sido absolvido na França. E) poderá vir a ser julgado no Brasil, pois, apesar de o Código Penal não prever causas Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 15 de extraterritorialidade, aplica-se o princípio da territorialidade, já que a embarcação privada brasileira é considerada território nacional. 34 Sobre a lei penal, tem-se o seguinte: A) A jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal admite a aplicação combinada das partes benéficas de leis penais distintas (lex tertia). B) A ultratividade da lei penal temporária, prevista no artigo 3º do Código Penal, constitui exceção legal à regra do tempus regit actum. C) Não se aplica a lex gravior ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da permanência D) A retroatividade de lei penal benéfica ao réu é expressamente prevista na Convenção Americana sobre Direitos Humanos. E) Admite-se a aplicação da analogia in malam partem no Direito Penal. 35 João comete um crime no estrangeiro e lá é condenado a 4 anos de prisão, integralmente cumpridos. Pelo mesmo crime, João é condenado no Brasil à pena de 8 anos de prisão. João A) cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que para essa quantidade de pena não se reconhece o cumprimento no estrangeiro. B) não cumprirá pena alguma no Brasil caso de trate de país com o qual o Brasil tem acordo bilateral para reconhecer cumprimento de pena. C) não cumprirá pena alguma no Brasil, uma vez já punido no país em que o crime foi cometido. D) cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que o Brasil não reconhece pena cumprida no estrangeiro. E) ainda deverá cumprir 4 anos de prisão no Brasil. 36 Prescreve o art. 327 do CP: “considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.” Tal norma traduz exemplo de interpretação A) científica. B) autêntica. C) extensiva. D) doutrinária. E) analógica. 37 Jorge foi condenado, definitivamente, pela prática de determinado crime, e se encontrava em cumprimento dessa pena. Ao mesmo tempo, João respondia a uma ação penal pela prática de crime idêntico ao cometido por Jorge. Durante o cumprimento da pena por Jorge e da submissão ao processo por João, foi publicada e entrou em vigência uma lei que deixou de considerar as condutas dos dois como criminosas. Ao tomarem conhecimento da vigência da lei nova, João e Jorge o procuram, como Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 16 advogado, para a adoção das medidas cabíveis. Com base nas informações narradas, como advogado de João e de Jorge, você deverá esclarecer que A) não poderá buscar a extinção da punibilidade de Jorge em razão de a sentença condenatória já ter transitado em julgado, mas poderá buscar a de João, que continuará sendo considerado primário e de bons antecedentes. B) poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, fazendo cessar todos os efeitos civis e penais da condenação de Jorge, inclusive não podendo ser considerada para fins de reincidência ou maus antecedentes. C) poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, fazendo cessar todos os efeitos penais da condenação de Jorge, mas não os extrapenais. D) não poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, tendo em vista que os fatos foram praticados anteriormente à edição da lei. 38 São excluídos da jurisdição penal brasileira, em caráter absoluto, ou seja, detentores de imunidade absoluta, exceto: A) chefes de Estado. B) agentes consulares na prática de atos ilícitos estranhos a essa função. C) embaixadores, quando em serviço. D) representantes do governo estrangeiro. E) secretários de embaixada, quando em serviço. 39 Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional: I - as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem. II - as aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem no espaço aéreo correspondente. III - as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem em alto-mar. Estão corretas somente as afirmativas constantes nos itens: A) I, II e III. B) I e II. C) I. D) II e III. E) III. 40 Constitui hipótese de aplicação da lei penal brasileira, independente de qualquer condição, a mera prática de delito em outro país que não o Brasil, exceto os crimes: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 17 A) praticados por brasileiros. B) contra a vida ou liberdade do Presidente da República. C) contra o patrimônio ou a fé pública da união, do DF, de Estado, Território ou Município. D) contra a administração pública, por quem está a seu serviço. E) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. 41 Assinale a alternativa correta sobre a teoria da ubiquidade utilizada no Direito Penal e que trata do lugar do crime. A) Considera-se praticado o delito no local no qual se produziu ou deveria ter sido produzida a ação, ainda que tenha sido outro o lugar do resultado B) O lugar do crime e aquele onde o resultado se verificou, pouco importando o lugar no qual a ação ou omissão se deu C) O lugar do crime e aquele no qual se realizou a ação ou a omissão, tanto quanto o lugar onde se realizou ou deveria ter sido realizado o resultado D) O lugar do crime é aquele onde o agente é capturado em razão da prática do fato tipificado como infração penal 42 Assinale a alternativa correta sobre o tema da lei penal no tempo e, mais especificamente, o que se entende por lex tertia. A) Trata-se da revogação de uma incriminação penal por uma lei posterior que não mais considere o fato como criminoso B) Trata-se da aplicabilidade da lei posterior que de qualquer modo favorece o agente e aplica-se aos fatos anteriores,ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado C) Trata-se da aplicabilidade da lei posterior que de qualquer modo favorece o agente e aplica-se aos fatos anteriores, desde que não tenha ocorrido o trânsito em julgado D) Trata-se da combinação de leis que se mostra necessária por força da equidade, para regular algumas situações transitórias, que se verificam em face da sucessão de leis penais 43 Em relação à aplicação da lei penal é CORRETO afirmar que: A) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes cometidos contra a vida ou o patrimônio do Presidente da República; B) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por brasileiro; mesmo que o fato não seja punível também no país em que foi praticado; C) ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; D) para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza privada onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras mercantes, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar; Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 18 E) é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou em alto-mar. 44 É certo afirmar: I. A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais civis no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria, sobre os delitos civis, militares e administrativos. II. Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil, penal ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito, constitui-se em crime de fraude processual. III. As leis penais, em algumas hipóteses, incidem sobre os fatos delituosos cometidos fora do território brasileiro, apresentando, assim, excepcionalmente, uma extraterritorialidade. Entretanto, no que tange às leis processuais penais, estas não ultrapassam os limites do território do Estado que as promulgou. São eminentemente territoriais. IV. O inquérito policial não é peça meramente informativa, trata-se de peça essencial para o deslindo do crime não sendo facultada a sua observância. Analisando as proposições, pode-se afirmar: A) Somente as proposições II e IV estão corretas. B) Somente as proposições I e III estão corretas. C) Somente as proposições II e III estão corretas. D) Somente as proposições I e IV estão corretas. 45 Imagine que o Prefeito Municipal de Bauru, em viagem oficial ao exterior, tenha o computador pessoal que utiliza para trabalho – propriedade da Prefeitura, portanto – subtraído nas dependências do hotel em que se hospedava. Nesse caso, é correto afirmar que o furtador A) não será punido pela Lei Penal Brasileira. B) será punido pela Lei Penal Brasileira, ainda que eventualmente absolvido pela lei do país em que o furto ocorreu. C) apenas será punido pela Lei Penal Brasileira, caso seja brasileiro. D) apenas será punido pela Lei Penal Brasileira, caso adentre voluntariamente ao território nacional. E) apenas será punido pela Lei Penal Brasileira, caso seja absolvido pela lei do país em que o furto ocorreu. 46 Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que admite a possibilidade de reconhecimento e aplicação da “ultratividade penal”: A) lei penal incriminadora B) lei penal excepcional C) lei penal interpretativa D) lei penal explicativa 47 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 19 Analise as proposição a seguir: I. Segundo entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal, no crime continuado, se entrar em vigor lei mais grave enquanto não cessada a continuidade, aplica-se a lei penal mais grave. II. O princípio da continuidade normativa típica, conforme posição do Superior Tribunal de Justiça, ocorre quando uma norma penal é revogada, porém a mesma conduta continua tipificada em outro dispositivo, ainda que topologicamente diverso do originário. III. Na fase de execução da sentença condenatória, com a definição da culpa do condenado, não se aplica a lex mitior. IV. A lei penal brasileira é aplicável aos crimes cometidos em aeronaves estrangeiras de propriedade privada que estiverem sobrevoando o espaço aéreo brasileiro. Assinale a alternativa correta. A) Todos os itens estão corretos. B) Somente os itens I, II e III estão corretos. C) Somente os itens III e IV estão corretos. D) Somente os itens I, II e IV estão corretos. E) Somente os itens II, III e IV estão corretos. 48 Francisco, brasileiro, é funcionário do Banco do Brasil, sociedade de economia mista, e trabalha na agência de Lisboa, em Portugal. Passando por dificuldades financeiras, acaba desviando dinheiro do banco para uma conta particular, sendo o fato descoberto e julgado em Portugal. Francisco é condenado pela infração praticada. Extinta a pena, ele retorna ao seu país de origem e é surpreendido ao ser citado, em processo no Brasil, para responder pelo mesmo fato, razão pela qual procura seu advogado. Considerando as informações narradas, o advogado de Francisco deverá informar que, de acordo com o previsto no Código Penal, A) ele não poderá responder no Brasil pelo mesmo fato, por já ter sido julgado e condenado em Portugal. B) ele somente poderia ser julgado no Brasil por aquele mesmo fato, caso tivesse sido absolvido em Portugal. C) ele pode ser julgado também no Brasil por aquele fato, sendo totalmente indiferente a condenação sofrida em Portugal. D) ele poderá ser julgado também no Brasil por aquele fato, mas a pena cumprida em Portugal atenua ou será computada naquela imposta no Brasil, em caso de nova condenação. 49 No dia 02.01.2018, Jéssica, nascida em 03.01.2000, realiza disparos de arma de fogo contra Ana, sua inimiga, em Santa Luzia do Norte, mas terceiros que presenciaram os fatos socorrem Ana e a levam para Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 20 o hospital em Maceió. Após três dias internada, Ana vem a falecer, ainda no hospital, em virtude exclusivamente das lesões causadas pelos disparos de Jéssica. Com base na situação narrada, é correto afirmar que Jéssica: A) não poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o momento do crime e a Teoria da Ubiquidade para definir o lugar; B) poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir o momento do crime e a Teoria da Atividade para definir o lugar; C) poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria da Ubiquidade para definir o momento do crime e a Teoria da Atividade para definir o lugar; D) não poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o momento do crime e apenas a Teoria do Resultado para definir o lugar; E) poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir o momento do crime e a Teoria da Ubiquidade para definir o lugar. 50 Paulo, funcionário público do governo brasileiro, quando em serviço no exterior, vem a praticar um crime contra a administração pública. Descoberto o fato, foi absolvido no país em que o fato foi praticado. Diante desse quadro, é correto afirmar que Paulo: A) não poderá ser julgadode acordo com a lei penal brasileira por já ter sido absolvido no estrangeiro; B) somente poderá ser julgado de acordo com a legislação penal brasileira se entrar no território nacional; C) não poderá ter contra si aplicada a lei penal brasileira porque o fato não ocorreu no território nacional; D) poderá, por força do princípio da defesa real ou proteção, ser julgado de acordo com a lei penal brasileira; E) poderá, com fundamento no princípio da representação, ser julgado de acordo com a lei penal brasileira. 51 Arlindo desferiu diversos golpes de faca no peito de Tom, sendo que, desde o início dos atos executórios, tinha a intenção de, com seus golpes, causar a morte do seu desafeto. No início, os primeiros golpes de faca causaram lesões leves em Tom. Na quarta facada, porém, as lesões se tornaram graves, e os últimos golpes de faca foram suficientes para alcançar o resultado morte pretendido. Arlindo, para conseguir o resultado final mais grave, praticou vários atos com crescentes violações ao bem jurídico, mas responderá apenas por um crime de homicídio por força do princípio da: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 21 A) subsidiariedade, por se tratar de progressão criminosa; B) alternatividade, por se tratar de crime progressivo; C) consunção, por se tratar de progressão criminosa; D) especialidade, por se tratar de progressão criminosa; E) consunção, por se tratar de crime progressivo. 52 Em razão da situação política do país, foi elaborada e publicada, em 01.01.2017, lei de conteúdo penal prevendo que, especificamente durante o período de 01.02.2017 até 30.11.2017, a pena do crime de corrupção passiva seria de 03 a 15 anos de reclusão e multa, ou seja, superior àquela prevista no Código Penal, sendo que, ao final do período estipulado na lei, a sanção penal do delito voltaria a ser a prevista no Art. 317 do Código Penal (02 a 12 anos de reclusão e multa). No dia 05.04.2017, determinado vereador pratica crime de corrupção passiva, mas somente vem a ser denunciado pelos fatos em 22.01.2018. Considerando a situação hipotética narrada, o advogado do vereador denunciado deverá esclarecer ao seu cliente que, em caso de condenação, será aplicada a pena de: A) 02 a 12 anos, observando-se o princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa; B) 03 a 15 anos, diante da natureza de lei temporária da norma que vigia na data dos fatos; C) 02 a 12 anos, observando-se o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica; D) 03 a 15 anos, diante da natureza de lei excepcional da norma que vigia na data dos fatos; E) 02 a 12 anos, aplicando-se, por analogia, a lei penal mais favorável ao réu. 53 A regra geral em direito é a aplicação da lei vigente à época dos fatos (tempus regit actum). No campo penal, não ocorre de maneira diferente, pois, ao crime cometido em determinada data, aplicar-se-á a lei penal vigente ao dia do fato. Considerando o conceito e o alcance da lei penal no tempo, assinale a alternativa INCORRETA. A) A exceção à regra geral é a extratividade, ou seja, a possibilidade de aplicação de uma lei a fatos ocorridos fora do âmbito de sua vigência. O fenômeno da extratividade, no campo penal, realiza-se em dois ângulos: retroatividade e ultratividade. B) A ultratividade é a aplicação da norma penal benéfica a fato criminoso acontecido antes do período da sua vigência. C) O Código Penal Brasileiro, no artigo 2º, faz referência somente à retroatividade, pelo fato de estar analisando a aplicação da lei penal sob o ponto de vista da data do fato. Desta maneira, ou se aplica o princípio regra (tempus regit actum), se for o mais benéfico, ou se aplica a lei penal posterior, se for a mais benigna (retroatividade). D) Para a definição da lei penal mais favorável, deve-se ter em vista, como marco inicial, a data do cometimento da infração penal, e, como marco final, a extinção da punibilidade pelo cumprimento da pena ou outra causa qualquer. De toda sorte, durante a investigação policial, processo ou execução da pena, toda e qualquer lei penal favorável, desde que possível a sua aplicação, deve ser utilizada em favor do réu. E) A abolição do delito (abolitio criminis) é um fenômeno que ocorre quando uma lei posterior deixa de considerar crime determinado fato. Essa hipótese gera a extinção da punibilidade. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 22 54 Analise as assertivas abaixo em relação ao Decreto-Lei n. 2.848/40 (Código Penal Brasileiro): I. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. II. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. III. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. IV. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Estão CORRETAS as assertivas: A) I, II e III, apenas. B) I, e IV, apenas. C) Todas estão corretas. D) III e IV, apenas. 55 A aplicação do princípio da retroatividade benéfica da lei penal ocorre quando, ao tempo da conduta, o fato é A) típico e lei posterior suprime o tipo penal. B) típico e lei posterior provoca a migração do conteúdo criminoso para outro tipo penal. C) típico e lei posterior aumenta a pena correspondente ao crime. D) típico e lei posterior acrescenta hipótese de aumento de pena. E) atípico e lei posterior o torna típico. 56 O Código Penal estabelece como hipótese de qualificação do homicídio o cometimento do ato com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum. Esse dispositivo legal é exemplo de interpretação A) analógica. B) teleológica. C) restritiva. D) progressiva. E) autêntica. 57 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 23 Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade da lei penal, conforme previstos no CP, assinale a opção correta. A) Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o agente pretendia que tivesse ocorrido a consumação do delito. B) Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime ser julgado pela legislação penal do país em que for cometido. C) No concurso de pessoas, o lugar do crime será somente aquele em que ocorrerem os atos de participação ou coautoria, independentemente do local do resultado. D) No crime continuado, somente será aplicada a lei nacional quando todos os fatos constitutivos tiverem sido praticados em território brasileiro, por se tratar de delito unitário. E) Nos crimes complexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, mesmo que o delito-meio tenha sido cometido em território brasileiro. 58 Em relação à lei penal no tempo e à irretroatividade da lei penal, é correto afirmar que à lei penal mais A) severa aplica-se o princípio da ultra-atividade. B) benigna aplica-se o princípio da extra-atividade. C) severa aplica-se o princípio da retroatividade mitigada. D) severa aplica-se o princípio da extra-atividade. E) benigna aplica-se o princípio da não ultra-atividade. 59 Bárbara, nascida em 23 de janeiro de 1999, no dia 15 de janeiro de 2017, decide sequestrar Felipe, por dez dias, para puni-lo pelo fim do relacionamento amoroso. No dia 16 de janeiro de 2017, efetivamente restringe a liberdade do ex-namorado, trancando-o em uma casa e mantendo consigo a única chave do imóvel. Nove dias após a restrição da liberdade, a polícia toma conhecimento dos fatos e consegue libertar Felipe, não tendo, assim, se realizado,em razão de circunstâncias alheias, a restrição da liberdade por dez dias pretendida por Bárbara. Considerando que, no dia 23 de janeiro de 2017, entrou em vigor nova lei, mais gravosa, alterando a sanção penal prevista para o delito de sequestro simples, passando a pena a ser de 01 a 05 anos de reclusão e não mais de 01 a 03 anos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Bárbara, imputando-lhe a prática do crime do Art. 148 do Código Penal (Sequestro e Cárcere Privado), na forma da legislação mais recente, ou seja, aplicando-se, em caso de condenação, pena de 01 a 05 anos de reclusão. Diante da situação hipotética narrada, é correto afirmar que o advogado de Bárbara, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, deverá pleitear A) a aplicação do instituto da suspensão condicional do processo. B) a aplicação da lei anterior mais benéfica, ou seja, a aplicação da pena entre o patamar de 01 a 03 anos de reclusão. C) o reconhecimento da inimputabilidade da acusada, em razão da idade. D) o reconhecimento do crime em sua modalidade tentada. 60 Com relação aos princípios de Direito Penal e à interpretação da lei penal, assinale a alternativa correta. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 24 A) A interpretação autêntica contextual visa a dirimir a incerteza ou obscuridade da lei anterior. B) Não se aplica o princípio da individualização da pena na fase da execução penal. C) A interpretação quanto ao resultado busca o significado legal de acordo com o progresso da ciência. D) O princípio da proporcionalidade tem apenas o judiciário como destinatário cujas penas impostas ao autor do delito devem ser proporcionais à concreta gravidade. E) A interpretação teleológica busca alcançar a finalidade da lei, aquilo que ela se destina a regular. 61 Considerando que o processo de criminalização está intrinsecamente relacionado à noção de bem jurídico, assinale a alternativa correta. A) A disponibilidade dos bens jurídicos coletivos é ilimitada e, por isso, a atipicidade material do fato poderá decorrer do consentimento de alguns de seus titulares. B) A teoria da proteção penal proposta por Jakobs tem fundamento na Constituição e, como tal, refuta a ideia de que a missão do direito penal é a proteção da vigência da norma. C) O paternalismo constitui intervenção estatal na liberdade individual sempre de acordo com a vontade do titular do bem jurídico, podendo interferir, inclusive, em suas escolhas morais. D) No tipo penal de incesto, previsto expressamente no Código Penal, o legislador buscou proteger não somente a autodeterminação sexual, senão igualmente a moral familiar e a saúde pública. E) A incriminação da omissão de socorro revela a possibilidade, ainda que eventual, de a tutela de um bem jurídico nascer diretamente do poder punitivo. 62 De acordo com os dispositivos da parte geral do Código Penal, é correto afirmar: A) Na hipótese de abolitio criminis a reincidência permanece como efeito secundário da prática do crime. B) O território nacional estende-se a embarcações e aeronaves brasileira de natureza pública, desde que se encontrem no espaço aéreo brasileiro ou em alto-mar. C) Crimes à distância são aqueles em que a ação ou omissão ocorre em um país e o resultado, em outro. D) O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se evitável, isenta de pena; se inevitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. E) É isento de pena o agente que pratica crime sem violência ou grave ameaça à pessoa, desde que, voluntariamente, repare o dano ou restitua a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa. 63 Assinale a alternativa INCORRETA considerando os preceitos normativos e doutrinários básicos sobre o crime de homicídio. A) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, ao crime cometido no território Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 25 nacional B) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado C) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de tratados, ao crime cometido no território nacional D) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional E) Aplica-se a lei brasileira, afastando-se convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional 64 Dadas as definições seguintes sobre Leis “excepcionais” em Direito Penal, I. São regras penais que gozam de retroatividade II. São leis denominadas vagas, por incompletude do seu preceito secundário. III. São regras penais destinadas a vigorar, tão somente durante a existência dos fatos que as motivaram. IV. Tais quais às temporárias são regras destinadas a reger situações anômalas. V. Tratam-se, na verdade, de leis, exclusivamente, de cunho administrativo. verifica-se que estão corretas A) I, II e V, apenas. B) III, IV e V, apenas. C) III e IV, apenas. D) I e III, apenas. E) I, III, IV e V. 65 A sociedade pós-índustrial foi denominada por Ulrich Beck como uma “sociedade do risco”, ou uma “sociedade de riscos” (Risikogesellschaft). Com efeito, essa nova configuração social produz reflexos nas searas da teoria do bem jurídico-penal e dos princípios correlatos. Uma das consequências desse fenômeno é a chamada “administrativização” do direito penal, sobre a qual é correto falar que: A) exclui do âmbito do direito penal os crimes contra a Administração Pública, cujas condutas lesivas doravante passam a ser regidas pelo direito sancionador. B) reconhece a diferenciação entre os ilícitos penais e administrativos unicamente pelo aspecto quantitativo, sendo estes formas de injusto de menor reprovabilidade que aqueles. C) tem como consequência a caracterização de diversos crimes como delitos de acumulação, ou seja, infrações penais que tutelam simultaneamente diferentes bens jurídicos decorrentes dos novos riscos sociais. D) transforma tipos penais clássicos, como a desobediência e o desacato, em meros ilícitos administrativos. E) é uma forma de expansão do direito penal, em que este, que normalmente reage a posteriori quanto ao fato lesivo individualmente delimitado, se converte em um direito Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 26 de gestão punitiva de riscos gerais. 66 De acordo com o Código Penal Brasileiro, A) nos crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa, o arrependimento posterior isenta de pena o autor do crime, desde que reparado o dano até o recebimento da denúncia ou queixa. B) responde penalmente, a título de omissão, aquele que deixa de agir para evitar o resultado quando, por lei ou convenção social, tenha obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. C) o crime é tentado quando, iniciada a execução, o agente impede a realização do resultado. D) fica sujeito à lei brasileira, embora praticado no estrangeiro, o crime contra o patrimônio dos municípios. O agente será punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro. E) o crime praticado sob coação irresistível ou em obediência à ordem de superior hierárquico, desde que não manifestamente ilegal, é punido de forma atenuada. 67 Considerando o disposto no Código Penal brasileiro quanto à aplicação da lei penal, indique a alternativa incorreta: A) Não há crime sem lei anterior que o defina, tampouco pena sem prévia cominação legal; B) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória; C) A lei excepcional ou temporária, se decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, não retroage ao fato praticado durante sua vigência; D) Considera-sepraticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado; E) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 68 De acordo com as assertivas, responda a alternativa INCORRETA: A) São requisitos do fato típico a conduta, resultado, nexo causal e tipicidade penal. B) No que diz respeito aos critérios utilizados para verificação da imputabilidade penal, o Código Penal vigente adotou, em regra, o critério biopscicológico. C) Atinente à aplicação da Lei penal, no princípio da representação, a lei penal brasileira aplica-se aos crimes cometidos em aeronaves e embarcações privadas quando praticados no estrangeiro e aí não sejam julgados. D) Prisão em Flagrante, prisão preventiva e prisão temporária são exemplos de prisões penais previstas no ordenamento jurídico brasileiro. 69 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 27 No direito brasileiro, adota-se, no âmbito espacial, como regra, o princípio da territorialidade. Dada, porém, a relevância de certos bens, protege-os o direito até mesmo contra crimes praticados inteiramente fora do Brasil, em respeito a certos princípios. É o que chama a doutrina de aplicação extraterritorial condicionada ou incondicionada, conforme o caso, da lei penal brasileira. A esse respeito, assinale a alternativa INCORRETA: A) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da justiça cosmopolita, ao crime contra a dignidade sexual de criança praticado no estrangeiro, quando o agente ou vítima for brasileiro ou pessoa domiciliada no Brasil, falando a doutrina, nesse caso, de aplicação extraterritorial incondicionada. B) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da personalidade, ao crime praticado no estrangeiro por brasileiro, falando a doutrina, nesse caso, de extraterritorialidade condicionada. C) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio da proteção, ao crime praticado no estrangeiro contra a Administração Pública por quem está a seu serviço, falando a doutrina, nesse caso, de aplicação extraterritorial incondicionada. D) A lei brasileira é aplicável, por força do princípio do pavilhão, ao crime praticado a bordo de embarcação mercante brasileira, quando em território estrangeiro e aí não seja julgado, falando a doutrina, nesse caso, de aplicação extraterritorial condicionada. 70 Assinale a opção correta: A) A doutrina dominante aponta que, em regra, o crime culposo admite tentativa, especialmente quando a culpa é própria. B) Se “A” determina que “B” aplique uma surra em “C”, e este, ao executar a ação, excede-se, causando a morte de “C”, o Código Penal Brasileiro determina que ambos respondam por homicídio, em decorrência da adoção do sistema monista no concurso de pessoas. C) O erro de tipo exclui a ilicitude, mas permite a punição culposa do fato, quando vencível. D) No concurso de crimes, o cálculo da prescrição da pretensão punitiva considera o acréscimo decorrente do concurso formal, material ou da continuidade delitiva. E) Se vigorava lei mais benéfica, depois substituída por lei mais grave, hoje vigente, é a lei mais grave que será aplicada ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência foi iniciada antes da cessação da continuidade. 71 Sobre a aplicação da lei penal, analise as afirmativas a seguir. I. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. II. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. III. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Estão corretas as afirmativas A) I, II e III. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 28 B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. 72 Quanto à aplicação da lei, no Estado Democrático de Direito, pode-se afirmar que, segundo a Convenção Americana de Direitos Humanos, são identificáveis nove dimensões do princípio da legalidade, disciplinadas no art. 9º da Convenção, quais sejam: lex scripta, lex populi, lex certa, lex clara, lex determinata, lex rationabilis, lex stricta, lex praevia e nulla lex sine iniuria. Acerca das dimensões de garantia, emanadas da legalidade criminal, é correto afirmar que A) valem para as contravenções penais, mas não se aplicam à execução da pena. B) também se aplicam à execução da pena, mas não se aplicam às medidas de segurança. C) lex praevia significa que a lei primeiro precisa entrar em vigor e só vale para fatos ocorridos a partir da respectiva vigência, exceto se for lei de exceção. D) lex rationabilis é um postulado que se relaciona à máxima segundo a qual “a lei, ainda que irracional, sendo clara, tem de ser aplicada”. E) lex determinata, por força do princípio da determinabilidade, refere-se às normas criminais, que devem descrever fatos passíveis de comprovação em juízo. 73 No que diz respeito à aplicação da lei penal, é CORRETO afirmar que A) se considera praticado o crime no momento em que se produziu o seu resultado. B) a lei temporária, por sua própria natureza, só tem eficácia durante sua vigência, após o que passa a ser aplicável a lei que vigia anteriormente. C) a lei penal brasileira apenas é aplicável em solo nacional. D) se considera praticado o crime tanto no lugar em que ocorreu a conduta quanto no qual se produziu ou deveria se produzir o resultado. E) a chamada abolitio criminis extingue a punibilidade e a execução da pena, persistindo, no entanto, os efeitos penais da condenação. 74 De acordo com o Art. 12 do Decreto-lei n° 2.848 (Código Penal Brasileiro), de 7 de dezembro de 1940, que trata da aplicação das regras gerais do mesmo, pode-se afirmar que A) existindo regulamentação específica para os fatos incriminados por meio de legislação especial, aplicam-se as regras gerais do Código Penal brasileiro, em prejuízo daquela. B) quando o cânone especial penal dispuser de modo diverso, suas regras não prevalecerão sobre as normas gerais previstas no Código Penal brasileiro. C) "...o principio da especialidade possui uma característica que não o distingue dos demais: a prevalência da norma especial sobre a geral não se estabelece in abstracto, pela comparação das definições abstratas contidas nas normas, enquanto os outros não exigem um confronto em concreto das leis que descrevem o mesmo fato"(Damásio E. de Jesus, Direito penal, 23. ed., Saraiva, v. 1, p. 109). D) a alteração genérica da legislação, sem explicitação acerca das leis especiais, não pode revogar textos destas últimas. E) a comparação entre a lei geral e a lei especial se faz da mais grave para a menos grave, ou seja, da mais completa para a menos completa. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 29 75 Sobre a analogia e a interpretação da lei penal, analise as assertivas e indique a alternativa correta: I – A analogia consiste em aplicar-se a uma hipótese já regulada por lei uma disposição mais benéfica relativa a um caso semelhante. II – Entende-se por analogia o processo de averiguação do sentido da norma jurídica, valendo-se de elementos fornecidos pela própria lei, através de método de semelhança. III – Na interpretação analógica, existe uma norma regulando a hipótese expressamente, mas de forma genérica, o que torna necessário o recurso à via interpretativa. IV – Não se admite o emprego de analogia para normas incriminadoras, uma vez que não se pode violar o princípio da reserva legal. A) apenas as assertivas I e II são verdadeiras. B) apenas as assertivas I e III são verdadeiras. C) apenas as assertivas II e III são verdadeiras. D) apenas as assertivasII e IV são verdadeiras. E) apenas as assertivas III e IV são verdadeiras. 76 Revoltado com a conduta de um Ministro de Estado, Mário se esconde no interior de uma aeronave pública brasileira, que estava a serviço do governo, e, no meio da viagem, já no espaço aéreo equivalente ao Uruguai, desfere 05 facadas no Ministro com o qual estava insatisfeito, vindo a causar- lhe lesão corporal gravíssima. Diante da hipótese narrada, com base na lei brasileira, assinale a afirmativa correta. A) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da territorialidade. B) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da extraterritorialidade e princípio da justiça universal. C) Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da extraterritorialidade, desde que ingresse em território brasileiro e não venha a ser julgado no estrangeiro. D) Mário não poderá ser responsabilizado pela lei brasileira, pois o crime foi cometido no exterior e nenhuma das causas de extraterritorialidade se aplica ao caso. 77 A Lei Penal dispõe: ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença. Tal disposição está relacionada com Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 30 A) aplicação da pena. B) lei penal do tempo. C) lei penal do espaço. D) irretroatividade da Lei. E) direito de defesa do acusado. 78 Assinale a alternativa correta. A) “X” cai num poço e grita por socorro. “Y”, que caminhava nas imediações e nenhum vínculo possuía com “X”, ao ouvir seus gritos, prepara-se para estender uma corda, mas, ao reconhecê-lo neste tempo como um inimigo mortal, recolhe-a antes que “X” a segurasse, vindo este a morrer devido à falta de socorro, por afogamento. Nessas circunstâncias, “Y” responderá por homicídio. B) Para roubar um banco, “A” amarra “B” pelos pulsos e pernas, sendo este o gerente do estabelecimento. Tortura-o para que diga o segredo do cofre. “B”, vencido pela dor e pelo medo, acaba revelando o número da combinação, o cofre é aberto, e o roubo é consumado. Houve, no caso, em relação ao gerente, coação física absoluta excludente da tipicidade. C) Em comprovado surto epilético, “A” desfere violento golpe no ventre de mulher grávida, matando-a. Do evento, também resulta a interrupção da gravidez e a morte do feto. Haveria, neste caso, se “A” não soubesse do estado gravídico da vítima, apenas crime de homicídio. D) Caracteriza hipótese de concurso formal, com aplicação da mais grave das penas, quando “A”, com uma única conduta, desdobrada em atos de efetuar disparos de arma de fogo, em face de desígnios autônomos, mata o vigilante “B” e a atendente “C” do estabelecimento comercial em que pretende cometer subtração de bens. E) Ao episódio de violência física protagonizado pelo companheiro, em Nova York, EUA, contra a modelo Luísa Brunet, a extraterritorialidade da lei brasileira é condicionada. 79 Considerando os princípios constitucionais e legais informadores da lei penal, assinale a opção correta. A) Por adotar a teoria da ubiquidade, o CP reputa praticado o crime tanto no momento da conduta quanto no da produção do resultado. B) A lei material penal terá vigência imediata quando for editada por meio de medida provisória, impactando diretamente a condenação do réu se a denúncia já tiver sido recebida. C) Considerando os princípios informativos da retroatividade e ultratividade da lei penal, a lei nova mais benéfica será aplicada mesmo quando a ação penal tiver sido iniciada antes da sua vigência. D) A novatio legis in mellius só poderá ser aplicada ao réu condenado antes do trânsito em julgado da sentença, pois somente o juiz ou tribunal processante poderá reconhecê-la e aplicá-la. E) Ainda que se trate de crime permanente, a novatio legis in pejus não poderá ser aplicada se efetivamente agravar a situação do réu. 80 João, que acabara de completar dezessete anos de idade, levou sua namorada Rafaela, de doze anos e onze meses de idade, até sua casa. Considerando ser muito jovem para namorar, a garota aproveitou a Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 31 oportunidade e terminou o relacionamento com João. Inconformado, João prendeu Rafaela na casa, ocultou sua localização e forçou-a a ter relações sexuais com ele durante o primeiro de treze meses em que a manteve em cativeiro. Após várias tentativas frustradas de fuga, um dia antes de completar quatorze anos de idade, Rafaela, em um momento de deslize de João, conseguiu pegar uma faca e lutou com o rapaz para, mais uma vez, tentar fugir. Na luta, João tomou a faca de Rafaela e, após afirmar que, se ela não queria ficar com ele, não ficaria com mais ninguém, desferiu-lhe um golpe de faca. Rafaela fingiu estar morta e, mesmo ferida, conseguiu escapar e denunciar João, que fugiu após o crime, mas logo foi encontrado e detido pela polícia. Rafaela, apesar de ter sido devidamente socorrida, entrou em coma e faleceu após três meses. Nessa situação hipotética, João A) responderá pelo crime de tentativa de homicídio. B) responderá por crime de estupro de incapaz, previsto no CP. C) não responderá pelo crime de estupro segundo a lei penal, de acordo com a teoria adotada pelo CP em relação ao tempo do crime. D) não poderá ser submetido à lei penal pelo cometimento de crime de cárcere privado, pois, à época do crime, ele era menor de idade. E) responderá pelo crime de homicídio, sem aumento de pena por ter cometido crime contra pessoa menor de quatorze anos de idade, uma vez que Rafaela, à época da morte, já havia completado quatorze anos de idade. 81 De acordo com o Código Penal brasileiro, assinale a alternativa incorreta. A) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena. B) O erro sobre a ilicitude do fato, se evitável, poderá diminuir a pena. C) É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. D) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória. E) Considera-se praticado o crime no momento do resultado, ainda que outro seja o tempo da ação ou omissão que lhe deu causa. 82 Assinale a alternativa correta. A) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, desde que não decididos por sentença condenatória transitada em julgado. B) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. C) A lei excepcional ou temporária aplica-se ao fato praticado durante sua vigência e somente no período de sua duração. D) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra a Administração Pública, por quem está a seu serviço, sendo o agente punido segundo a lei brasileira somente se condenado no estrangeiro. E) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil, para obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis, prescindindo de pedido da parte interessada. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 32 83 Assinale a alternativa correta. A) O prazo penal tem contagem diversa da dos prazos processuais e o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo, ainda que se trate de fração de dia. B) As regras gerais do Código Penal sempre terão aplicação aos fatos incriminados por lei especial. C) Nas penas privativas de liberdade desprezam-se as fraçõesde dias, o mesmo não ocorrendo nas penas restritivas de direitos. D) A lei penal não contém dispositivo a respeito da prorrogação dos prazos penais e, assim, podem ser prorrogáveis. E) Os prazos prescricionais e decadenciais são prazos de direito processual e não material. 84 Um brasileiro, João, que reside em Buenos Aires, Argentina, decide matar um desafeto, José, que reside na cidade de Alumínio, SP, Brasil. João, em sua residência, fabrica uma “carta-bomba”, no dia 10, e, no mesmo dia, posta o objeto em uma unidade dos correios de Buenos Aires, com destino a Alumínio. O artefato é recebido por José, em Alumínio, no dia 20. No dia 25 é aberto, explode e mata José. Com relação à aplicação da Lei Penal, e de acordo com os arts. 4º e 6º do CP, assinale a alternativa que traz, respectivamente, o dia do crime e o local em que ele foi praticado. A) 10; apenas Buenos Aires. B) 10; Buenos Aires ou Alumínio. C) 20; apenas Alumínio. D) 25; apenas Alumínio. E) 25; Buenos Aires ou Alumínio. 85 A respeito da analogia, considere: I. A analogia é uma forma de auto-integração da lei. II. Pela analogia, aplica-se a um fato não regulado expressamente pela norma jurídica um dispositivo que disciplina hipótese semelhante. III. O emprego da analogia para estabelecer sanções criminais é admissível no Direito Penal. IV. A analogia não pode ser aplicada contra texto expresso de lei. Está correto o que se afirma APENAS em A) II, III e IV. B) I, II e IV. C) I e II. D) III e IV. E) I e III. 86 Em relação ao Código penal, assinale a assertiva correta: A) Na contagem do prazo em matéria penal exclui-se o dia do começo, incluindo-se o dia final. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 33 B) Abolitio criminis significa a supressão da figura criminosa, por ter o legislador considerado que a ação, antes prevista como delituosa, não é mais idônea a ferir o bem jurídico tutelado. C) Com relação ao tempo do crime, o ordenamento jurídico brasileiro adotou a teoria da atividade, já, em relação ao lugar do crime o legislador manifestou sua preferência pela teoria da ubiquidade. D) Referente à tentativa, pode dizer que é punível com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de 1 (um) a 2/5 (dois quintos). 87 Sobre a aplicação da lei penal, assinale alternativa correta. A) Em se tratando de crimes temporários e excepcionais, a nova lei penal mais benéfica deverá ser aplicada retroativamente em benefício do réu, desde que encerrado o período de vigência da norma especial. B) Em se tratando de crimes permanentes, a nova lei penal mais gravosa não poderá retroagir em relação aos fatos já realizados pelo agente; todavia, esta deverá ser utilizada pelo juiz no momento da prolação da sentença, caso se verifique a permanência delitiva após a sua entrada em vigor. C) Segundo dispõe a legislação penal brasileira atualmente em vigor, em obediência ao princípio do ne bis in idem, não se admite que um cidadão brasileiro venha a ser processado novamente no território nacional caso tenha praticado um crime contra o patrimônio da União ou de empresa pública em um país estrangeiro e lá tenha sido absolvido. D) Em se tratando de crimes praticados por estrangeiros contra brasileiros fora do território nacional, aquele poderá ser punido pela legislação brasileira mesmo que a conduta imputada não seja tipificada como ilícito penal no local dos fatos. E) Segundo estabelece a Constituição Federal, vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores gozam de imunidade penal absoluta por todo e qualquer crime decorrente da manifestação de opiniões, palavras e votos praticado no exercício do mandato eletivo, desde que a realização da conduta delitiva tenha ocorrido nos limites territoriais do estado pelo qual foram eleitos. 88 Atinente à aplicação da Lei penal no tempo e no espaço, é correto afirmar: A) No que tange ao tempo do crime, o código penal adotou a teoria da ubiquidade. B) Leis temporárias e excepcional (art. 3, CP) são hipóteses excepcional de ultra atividade maléfica. C) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. Tal instituto é denominado Extraterritorialidade. D) De acordo com o princípio da territorialidade, não é possível, por conta de regras internacionais, que um crime cometido no Brasil não sofra as consequências da Lei Brasileira. 89 O Código Penal adota o princípio da territorialidade. Este, contudo, comporta exceções. Ficam sujeitos à lei brasileira, de forma incondicional, os crimes Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 34 A) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir. B) praticados por brasileiros. C) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e que aí não sejam julgados. D) contra patrimônio de sociedade de economia mista brasileira. 90 Observa-se nas leis temporárias que: A) não adotam a regra da retroatividade benigna. B) sua vigência depende da excepcionalidade que a gerou. C) não são ultra-ativas nem retroativas. D) possuem a característica da retroatividade, sempre para beneficiar o réu. E) sua vigência é previamente fixada pelo legislador. 91 No que se refere à aplicação da lei penal no espaço, assinale a opção correta. A) De acordo com o princípio da nacionalidade, é possível a aplicação da lei penal brasileira a fato criminoso lesivo a interesse nacional ocorrido no exterior. B) A aplicação da lei penal brasileira a cidadão brasileiro que cometa crime no exterior é possível, de acordo com o princípio da defesa. C) De acordo com o princípio da representação, a lei penal brasileira poderá ser aplicada a delitos cometidos em aeronaves ou embarcações brasileiras privadas, quando estes delitos ocorrerem no estrangeiro e aí não forem julgados. D) De acordo com o princípio da justiça penal universal, a aplicação da lei penal brasileira é possível independentemente da nacionalidade do delinquente e do local da prática do crime, se este estiver previsto em convenção ou tratado celebrado pelo Brasil. E) Segundo o princípio da territorialidade, a lei penal brasileira poderá ser aplicada no exterior quando o sujeito ativo do crime praticado for brasileiro. 92 Aplica-se a lei penal brasileira ao crime cometido no território nacional. O art. 5° do CP estende a aplicação da lei penal brasileira para fato cometido em A) embarcação privada brasileira atracada em portos estrangeiros. B) embarcação estrangeira de propriedade privada navegando no mar territorial do Brasil. C) aeronave privada brasileira pousada em aeroportos estrangeiros, desde que o país respectivo tenha acordo de extradição com o Brasil. D) sede de embaixada ou unidade consular do Brasil no estrangeiro. E) residência do embaixador brasileiro em país estrangeiro que faça parte do Mercosul. 93 Sobre a Aplicação da Lei Penal no tempo e no espaço, analise as assertivas e assinale a alternativa correta: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 35 I- No que diz respeito à lei penal no tempo e no espaço, pode-se afirmar que a vigência de norma penal posterior atenderá ao princípio da imediatidade, não incidindo, em nenhum caso, sobre fatos praticados na forma da lei penal anterior. II - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. III – A exceção ao princípio de que a lei não pode retroagir, salvo para beneficiaro acusado, restringe-se às normas de caráter penal, não se estendendo às normas processuais penais. IV - No Brasil adota-se o Princípio da territorialidade temperada, segundo o qual a lei penal brasileira aplica-se, em regra, ao crime cometido no território nacional. Excepcionalmente, porém, a lei estrangeira é aplicável a delitos cometidos total ou parcialmente em território nacional, quando assim determinarem tratados e convenções internacionais. V – O Princípio da Territorialidade adotado no Brasil não se coaduna com o “Princípio da passagem inocente”, segundo o qual se um fato fosse cometido a bordo de navio ou avião estrangeiro de propriedade privada, que esteja apenas de passagem pelo território brasileiro, não seria aplicada a nossa lei, se o crime não afetasse em nada nossos interesses. A) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras. B) Apenas as assertivas I, II e IV são verdadeiras. C) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras. D) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras. E) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras. 94 I - Em nome do princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica, a abolitio criminis e a lex mitior alcançam todos os fatos delitivos anteriores à sua entrada em vigor, inclusive aqueles previstos em legislação penal temporária ou excepcional. II - A lei penal brasileira é aplicável aos crimes cometidos a bordo de embarcações e aeronaves estrangeiras de propriedade privada que estejam localizadas no mar territorial ou sobrevoando o espaço aéreo brasileiro, sendo também consideradas como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, localizadas em mar territorial ou no espaço aéreo de outro país, desde que estejam a serviço do governo brasileiro. III - Segundo dispõe o princípio da consunção, quando a concretização da prática de um crime depende direta e necessariamente da prática de uma conduta delitiva antecedente, o juiz, no momento da sentença, deve afastar o reconhecimento do concurso de infrações, aplicando ao réu apenas a pena do crime mais grave. Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas II e III. 95 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 36 Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada, em caso de condenação, a pena de A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu. B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa. C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o ato). D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa. 96 Sobre a aplicação da lei penal, de acordo com o Decreto Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Não há crime sem lei posterior que o defina. ( ) Considera-se praticado o crime no momento da omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. ( ) Considera-se como extensão do território nacional, para efeitos penais, a aeronave de propriedade privada, que se ache no espaço aéreo correspondente. ( ) Não fica sujeito à lei brasileira, embora cometido no estrangeiro, o crime contra a liberdade do Presidente da República. Assinale a sequência correta. A) V, F, F, V B) F, V, V, F C) V, V, F, F D) F, F, V, V 97 Em uma embarcação pública estrangeira, em mar localizado no território do Uruguai, o presidente do Brasil sofre um atentado contra sua vida pela conduta de João, argentino residente no Brasil, que conseguiu se infiltrar no navio passando-se por funcionário da cozinha, já planejando o cometimento do delito. O presidente do Brasil, porém, é socorrido e se recupera, enquanto João é identificado e preso na Bahia, um mês após os fatos. Considerando a situação narrada, sobre a aplicação da lei penal no espaço, é correto afirmar que a João A) não pode ser aplicada a lei brasileira, já que o crime foi cometido no estrangeiro. B) poderá ser aplicada a lei brasileira, com base no princípio da territorialidade. C) poderá ser aplicada a lei brasileira, ainda que o autor do crime tenha sido absolvido ou Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 37 condenado no estrangeiro. D) poderá ser aplicada a lei brasileira, desde que o autor do crime não seja julgado no estrangeiro. E) não poderá ser aplicada a lei brasileira, já que o autor do crime é estrangeiro. 98 São características das normas penais: A) imperatividade, generalidade, abstração e pessoalidade. B) exclusividade, generalidade, abstração e impessoalidade. C) exclusividade, imperatividade, generalidade, abstração e impessoalidade. D) exclusividade, imperatividade, generalidade, e pessoalidade. 99 Responda considerando a aplicação da lei penal. I- A lei excepcional ou temporária, porque decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, não se aplica ao fato praticado durante a sua vigência. II- Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. III- Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional e no estrangeiro. IV- Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Está incorreto o que se afirma em: A) I e III apenas. B) I e IV apenas. C) III e IV apenas. D) I, III e IV apenas.. 100 As regras gerais do Código Penal aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial? A) Sim, sempre. B) Sim, mas apenas se a lei especial não dispuser de modo diverso. C) Sim, mas desde que a lei especial seja anterior ao Código Penal. D) Sim, mas apenas se a lei especial previr expressamente a aplicação subsidiária do Código Penal. E) Não, nunca. 101 Segundo MIRABETE, são hipóteses de conflitos de Leis Penais no tempo: A) Novatio legis incriminadora, abolitio criminis, novatio legis in pejus, pluralidade de condutas e identidade de fato. B) Novatio legis incriminadora, abolitio criminis, novatio legis in pejus, novatio legis in mellius. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 38 C) Novatio legis incriminadora, abolitio criminis, novatio legis in pejus, pluralidade de condutas e identidade de fato, nullun crimennulla poena sine lege scripta. D) Novatio legis incriminadora, abolitio criminis, novatio legis in pejus, nullun crimennulla poena sine lege scripta. E) Nenhuma das alternativas anteriores. 102 Na lição de MIRABETE, quanto à aplicação da Lei Penal no espaço, identificam-se cinco princípios, que são: A) Territorialidade, nacionalidade, proteção da competência real, competência universal e representação. B) Territorialidade, nacionalidade, proteção da competência real, competência universal e do domicílio. C) Nacionalidade, do lugar do crime, do domicílio, territorialidade e representação. D) Territorialidade, nacionalidade, proteção da competência real, competência universal e do lugardo crime. E) Nenhuma das alternativas anteriores. 103 Com relação às fontes e aos princípios de direito penal, bem como à aplicação e interpretação da lei penal no tempo e no espaço, assinale a opção correta. A) No Código Penal brasileiro, adota-se, com relação ao tempo do crime, a teoria da ubiquidade. B) A lei penal brasileira aplica-se ao crime perpetrado no interior de navio de guerra de pavilhão pátrio, ainda que em mar territorial estrangeiro, dado o princípio da territorialidade. C) Segundo a doutrina majoritária, os costumes e os princípios gerais do direito são fontes formais imediatas do direito penal. D) Dado o princípio da legalidade estrita, é proibido o uso de analogia em direito penal. E) Dada a ampla margem de escolha atribuída ao legislador no que se refere à tipificação dos crimes e cominações de pena, é-lhe permitido tipificar crimes de perigo abstrato e criminalizar atitudes internas das pessoas, como orientações sexuais. 104 Analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, ou a letra F, quando se tratar de afirmativa falsa. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes: ( ) De genocídio, qualquer que seja a nacionalidade ou domicílio do agente. ( ) Contra a administração pública, por quem está a seu serviço. ( ) Praticados contra chefes de Estado. A) V – V – V B) V – F – F C) F – F – V D) F – V – V E) F – V – F Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 39 105 João, brasileiro, é vítima de um furto na cidade de Paris, na França. O autor do delito foi identificado na ocasião, José, um colega brasileiro que residia no mesmo edifício que João. A Justiça francesa realizou o processo e ao final José foi definitivamente condenado a uma pena de 2 anos de prisão. Ambos retornaram ao país e José o fez antes mesmo de cumprir a sua condenação. Neste caso, conforme o Código Penal brasileiro, A) não se aplica a lei penal brasileira, pois José já foi condenado pela justiça francesa. B) aplica-se a lei penal brasileira por ser o furto um delito submetido à extraterritorialidade incondicionada. C) aplica-se a lei penal brasileira, desde que haja requisição do Ministro da Justiça. D) aplica-se a lei penal brasileira, se não estiver extinta a punibilidade segundo a lei mais favorável. E) não se aplica a lei penal brasileira por ter sido o crime cometido em outro país. 106 Sobre a aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta. A) A nova lei penal mais grave não se aplica, em nenhum caso, ao crime continuado ou permanente. B) Mesmo após o trânsito em julgado de sentença condenatória, a aplicação da lei penal mais benigna compete ao juiz que prolatou a sentença condenatória. C) Aos crimes praticados a bordo de aeronaves estrangeiras de propriedade privada em vôo no espaço aéreo brasileiro, aplica-se a lei do país de origem. D) Crime contra a fé pública da União praticado no exterior ficará sujeito apenas à lei do país em que o crime se consumou. E) As imunidades diplomáticas não se aplicam aos empregados particulares dos diplomatas, ainda que oriundos do Estado representado. 107 A lei penal não pode ser aplicada senão pelo juiz com o poder de jurisdição e, por conseguinte, só ele poderá julgar o acusado e/ou denunciado e exigir o cumprimento da sentença condenatória. Para isso, é necessário que tenha competência. Em relação à lei penal no tempo e no espaço, assinale a alternativa incorreta: A) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. O tempus delicti é importante para que se possa ser determinado o momento da prática do crime, aplicando-se corretamente a lei vigente durante a conduta ilícita do agente tipificando-a como ilícito penal. Tal fato é importante, principalmente para avaliar a questão da menoridade ou não do agente. B) A imputabilidade é aferida ao tempo da conduta, não se podendo punir um adolescente que, às vésperas de completar 18 anos, comete roubo e impulsionando uma arma de fogo, atira sem querer no pé da vítima, que vem a falecer depois de ele atingir a maioridade penal. Neste caso, responderá judicialmente por ato infracional. O menor não responderá pelo ilícito penal de homicídio previsto no artigo 121 do Código Penal. C) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. O agente será punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. D) Nos termos do artigo 6° do Código Penal, considera-se praticado o crime no lugar em Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 40 que ocorreu a ação e/ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Por considerar tanto o local da conduta como o local do resultado, essa teoria consegue solucionar o problema dos crimes à distância e também os conflitos de direito penal internacional. Assim, o Brasil, poderá ser competente para julgar ilícitos penais que, apesar de serem iniciados ou encerrados em outros países, sejam investigados, resolvidos e decididos de acordo com as normas do nosso país. Assim, utilizando o exemplo da carta bomba remetida por um brasileiro no México para outro brasileiro no Espírito Santo - que ao abri-la morre pela explosão - mesmo estando em outro país, o agente da ação poderá responder pelo seu dolo, conforme a legislação brasileira, por preenchimento dos requisitos do artigo 7° do Código Penal. E) A legislação penal brasileira considera que o crime se realiza pessoalmente, no local onde ocorreu o resultado. Assim, considerando que uma mulher, domiciliada na Inglaterra, queira se vingar de seu ex-marido que atualmente é o Vice-Presidente do Brasil, e desejando matá-lo encaminhe pelo correio uma caixa com destino certo, a vítima, ao abri-la, provoca o acionamento de um mecanismo eletrônico, explodindo uma bomba que resulta instantaneamente no óbito dele e de sua filha. Assim, a inglesa não poderá ser punida porque, para ocorrer a tipicidade penal brasileira, o homicida deverá pessoalmente estar presente no local do crime no momento do resultado fatídico. 108 Assinale a opção CORRETA: A) A desistência voluntária só se aplica a crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, e o agente não responde pela tentativa. B) O motorista sem imunidade diplomática da Embaixada de Portugal em Brasília que furta, de dentro da sede daquela repartição diplomática, um computador, presta contas à justiça penal brasileira. C) A tentativa de vias de fato é punível e, em caso de condenação, o agente pode ser beneficiado com a suspensão condicional da pena, por período que pode variar de 1 a 3 anos. D) A reparação espontânea e integral do dano pelo agente, após o recebimento da denúncia ou queixa, mas antes do julgamento do processo, é causa de diminuição de pena. E) A ineficácia absoluta do meio empregado e a impropriedade absoluta do objeto material ensejam a caracterização do crime impossível, que é causa de exclusão da ilicitude. 109 Observa-se nas leis temporárias que: A) não adotam a regra da retroatividade benigna. B) sua vigência depende da excepcionalidade que a gerou. C) não são ultra-ativas nem retroativas. D) possuem a característica da retroatividade, sempre para beneficiar o réu. E) sua vigência é previamente fixada pelo legislador. 110 Em relação ao âmbito temporal de aplicação da lei penal, é incorreto afirmar que: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 41 A) A lei penal mais benéfica é a única que tem extra-atividade. B) A lei excepcional e a lei temporária possuem em comum o regime específico da ultratividadegravosa. C) A lei penal em branco, quando tem por objetivo garantir a obediência da norma complementar, não está subordinada à irretroatividade da lei mais severa e da retroatividade da lei mais benigna. D) No delito continuado, formado por uma pluralidade de atos delitivos, mas legalmente valorados como um só delito, para efeito de sanção, considera-se como tempo do crime aquele da prática de cada ação ou omissão. E) O Código Penal acolheu a teoria da ação ou atividade, sendo o tempo da infração penal tanto o da ação como o da omissão, independentemente do momento do evento. 111 No dia 25 de fevereiro de 2014, na cidade de Ariquemes, Felipe, nascido em 03 de março de 1996, encontra seu inimigo Fernando na rua e desfere diversos disparos de arma de fogo em seu peito com intenção de matá-lo. Populares que presenciaram os fatos, avisaram sobre o ocorrido a familiares de Fernando, que optaram por transferi-lo de helicóptero para Porto Velho, onde foi operado. No dia 05 de março de 2014, porém, Fernando não resistiu aos ferimentos causados pelos disparos e veio a falecer ainda no hospital de Porto Velho. Considerando a situação hipotética narrada e as previsões do Código Penal sobre tempo e lugar do crime, é correto afirmar que, em relação a estes fatos, Felipe será considerado: A) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto que o lugar do crime é definido pela Teoria da Ubiquidade; B) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto que o lugar é definido pela Teoria do Resultado; C) imputável, pois o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir tanto o tempo quanto o lugar do crime; D) imputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Ubiquidade para definir o momento do crime, enquanto que a Teoria da Atividade determina o lugar; E) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir tanto o tempo quanto o local do crime. 112 No que concerne à aplicação da lei penal no espaço, o princípio pelo qual se aplica a lei do país ao fato que atinge bem jurídico nacional, sem nenhuma consideração a respeito do local onde o crime foi praticado ou da nacionalidade do agente, denomina-se princípio A) da nacionalidade. B) da territorialidade. C) de proteção. D) da competência universal. E) de representação. 113 Segundo o disposto na Parte Geral do Código Penal, é correto afirmar: A) com relação ao tempo, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 42 resultado. B) com relação ao lugar, considera-se praticado o crime no lugar da ação ou omissão, ainda que outro seja o lugar do resultado. C) o resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. D) diz-se o crime tentado, quando, iniciada a preparação, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. E) a pena é diminuída de um a dois terços quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. 114 Determinada lei dispõe: “Subtrair objetos de arte. Pena: a ser fixada livremente pelo juiz de acordo com as circunstâncias do fato". Para um fato cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei A) fere o princípio da legalidade. B) fere o princípio da anterioridade. C) fere os princípios da legalidade e da anterioridade. D) não fere os princípios da legalidade e da anterioridade. E) é uma norma penal em branco. 115 Quanto à lei penal, analise as assertivas abaixo. I - Em nenhuma situação a lei penal poderá ser aplicada a fatos anteriores à sua vigência. II - A definição de crimes e a imposição de penas por meio de medidas provisórias violam o princípio de reserva legal. III - De acordo com o princípio da territorialidade, aplica-se a lei brasileira ao crime cometido no território nacional, salvo se convenção ou tratado firmado pelo Brasil dispuser de forma diversa. IV - Os costumes podem servir como fontes de agravamento de pena ou de criação de infrações penais. Está correto o que se afirma em: A) I e III, apenas. B) II e IV, apenas. C) I e IV, apenas. D) II e III, apenas. 116 Sobre a aplicação da lei penal, é correto afirmar que A) em relação ao tempo do crime, o Código Penal, no artigo 4° , adotou a teoria da ubiquidade. B) para os crimes permanentes, aplica-se a lei nova, ainda que mais severa, pois é considerado tempo do crime todo o período em que se desenvolver a atividade criminosa. C) em relação ao lugar do crime, o Código Penal, no artigo 6° , adotou a teoria da atividade. D) a nova lei, que deixa de considerar criminoso determinado fato, cessa, em favor do Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 43 agente, todos os efeitos penais e civis. E) o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica é absoluto, previsto constitucionalmente, sobrepondo-se até mesmo à ultratividade das leis excepcionais ou temporárias. 117 Em relação aos princípios concernentes à aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta. A) Reserva legal, anterioridade e retroatividade da lei penal mais benéfica. B) Pessoalidade, individualização da pena e humanidade. C) Intervenção mínima, fragmentariedade, culpabilidade e taxatividade. D) Proporcionalidade, razoabilidade e dignidade da pessoa humana. E) Pessoalidade, anterioridade e vedação da dupla punição (este último introduzido pela Convenção Americana de Direitos Humanos, art. 8º, n.4). 118 Analise as seguintes assertivas acerca da norma penal: I – Visando à busca de uma solução para situação relacionada ao conflito aparente de normas, o intérprete pode se valer do princípio da consunção e do princípio da subsidiariedade. II – A abolitio criminis faz cessar a execução da pena, os efeitos secundários da sentença condenatória e os efeitos civis da prática delituosa. III – A lei penal pode ser revogada durante o período de sua vacatio legis. IV – A incriminação do agente em virtude de prática de delito de acumulação constitui violação ao princípio da legalidade. V – A obrigatoriedade da individualização da pena, considerando a gravidade do fato e as condições do seu autor, é desdobramento do princípio da pessoalidade das penas. Estão CORRETAS as assertivas: A) I, II e III. B) I, II e V. C) I, III e IV. D) II, IV e V. E) III, IV e V. 119 De acordo com o Código Penal, ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra a A) honra do Presidente da República. B) administração pública, por quem está a seu serviço. C) vida ou a liberdade de Presidente ou Chefe de Estado estrangeiro. D) vida, ainda que o agente seja estrangeiro, mas domiciliado no Brasil. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 44 E) vida, praticados por brasileiro que já foi absolvido no estrangeiro. 120 Assinale a alternativa que apresenta um caso hipotético que seria julgado pela lei penal brasileira, considerando as regras da territorialidade do art. 5.º do CP A) Furto de computador da embaixada brasileira estabelecida na França, praticado por um Croata. B) Roubo à agência do Banco do Brasil, estabelecida em Roma, praticado por autores desconhecidos. C) Tentativa de homicídio do Presidente do Brasil, na Bélgica, praticado por um belga em coautoria com um brasileiro. D) Lesão corporal de marinheiro holandês contra marinheiro alemão dentro de navio privado, de bandeira portuguesa, que está ancorado em porto brasileiro. E) Falsificação de documento de identidade emitido pela Rússia,praticado por brasileiro no Paraguai, em cidade localizada a 2 km da fronteira com o Brasil. 121 Ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro e independente do concurso de qualquer condição, os crimes_________________________ . Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. A) Que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir. B) Praticados por brasileiro C) Contra a administração pública, por quem está a seu serviço. D) Praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 122 Assinale a alternativa CORRETA. A) Leis penais em branco em sentido estrito são aquelas, cuja norma de complementação é oriunda da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento. B) A lei penal em branco é revogada em conseqüência da revogação de sua norma de complementação. C) Leis penais em branco em sentido amplo são aquelas leis penais, cuja norma de complementação é oriunda de fonte diversa daquela que a editou. D) No crime de uso de documento falso, o Código Penal brasileiro emprega a técnica de leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis penais que remetem a outras normas incriminadoras para especificação da pena. E) As leis penais em branco consistem em modalidade de lei temporária. 123 Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 45 A) contra a honra do Presidente da República. B) de genocídio, quando o agente for estrangeiro, qualquer que seja o seu domicílio. C) cometidos por particulares contra a administração pública. D) contra a fé pública de sociedade de economia mista federal. 124 Após leitura dos enunciados abaixo, assinale a alternativa falsa: A) O princípio da legalidade tem como fundamento o princípio nullum crimen, nulla poena sine praevia lege. B) No tocante ao tempo do crime, o Código Penal Brasileiro adotou a teoria da atividade, que o considera como o momento da conduta comissiva ou omissiva. C) No tocante ao lugar do crime, o Código Penal Brasileiro adotou a teoria da atividade, que o considera como o local onde ocorreu a conduta criminosa. D) Lei excepcional, por ter ultratividade, pode ser aplicada a fatos praticados durante sua vigência mesmo após sua revogação. E) A lei penal, ao entrar em conflito com lei penal anterior, pode apresentar as seguintes situações: novatio legis incriminadora, abolitio criminis, novatio legis in pejus e novatio legis in mellius. 125 A respeito do erro de execução, do denominado dolus generalis, das normas penais em branco e dos crimes previstos na parte especial do CP, assinale a alternativa correta. A) A complementação da Lei de Drogas por portaria do Ministério da Saúde configura hipótese da chamada norma penal em branco homogênea heteróloga. B) Suponha que “A” coloque sonífero na bebida de “B” a fim de subtrair-lhe os pertences (celular, bolsa, cartão de crédito). Neste caso, ausente a violência ou a grave ameaça, “A” responderá por furto ou estelionato, a depender das circunstâncias concretas e do dolo. C) Quanto ao erro de execução, o ordenamento jurídico brasileiro adotou a teoria da equivalência, e não a teoria da concretização. D) Suponha que “A” tenha atirado contra “B” com o propósito de matá-lo. “A” acredita ter consumado o crime por meio dos tiros. Em seguida, joga o corpo de “B” em um rio, com a intenção de ocultar o cadáver. Posteriormente, descobre-se que “B” estava vivo quando foi jogado no rio e que morreu por afogamento. Nesta hipótese, conforme a doutrina majoritária, “A” poderá responder, a depender do caso, por homicídio doloso tentado em concurso material com homicídio culposo ou por homicídio doloso tentado em concurso material com ocultação de cadáver. Não se admite que “A” responda por homicídio doloso consumado, porque “A” já não possuía animus necandi no momento em que arremessou o corpo de “B” no rio. E) Desde que esteja fora do expediente, pratica omissão de socorro o policial que, podendo impedir roubo praticado diante de si, decide permanecer inerte. 126 A respeito da aplicação da lei penal, considere: I. Aplica-se a lei brasileira a crimes praticados a bordo de embarcações brasileiras a serviço do governo brasileiro que se encontrem ancorados em portos estrangeiros. II. A sentença estrangeira pode ser executada no Brasil para obrigar o condenado a reparar o dano Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 46 independentemente de homologação. III Consideram-se extensões do território brasileiro as embarcações brasileiras de propriedade privada em alto mar. Está correto o que se afirma APENAS em A) I B) II C) I e III D) I e II E) II e III. 127 Acusado em processo que apurou o crime de lavagem de dinheiro em concurso com o crime de organização criminosa teve uma pena altíssima. Quando lhe restava um terço para o cumprimento da pena, as modalidades criminosas praticadas tiveram suas penas reduzidas na metade. Nesse caso, o agente A) não será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada somente com os fatos ocorridos posteriormente, acompanhando as normas do processo penal. B) será favorecido com o reconhecimento da extinção de metade da pena restante para o cumprimento, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada neste patamar proporcionalmente, diante dos fatos praticados anteriormente. C) será favorecido com o reconhecimento da possibilidade de indenização pelo Estado, diante da lei posterior, devendo cumprir integralmente sua pena em face do trânsito em julgado. D) será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada mesmo com os fatos praticados anteriormente. E) não será favorecido com o reconhecimento da extinção da pena, haja vista que a lei posterior que favoreça o agente será aplicada no caso de prever expressamente o efeito retroativo. 128 No que toca ao prazo penal, pode-se dizer que A) admite suspensão ou prorrogação por domingos, feriados ou férias B) exclui o dia do começo em seu cômputo. C) a contagem é feita pelo calendário comum, considerando-se os meses sempre como de trinta dias. D) é o considerado na contagem da decadência e do livramento condicional E) se considera a hora em que cometido o crime. 129 Segundo o Direito Penal brasileiro, analise os itens abaixo e assinale a alternativa CORRETA. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 47 A) São elementos que integram o fato típico: a conduta humana, o resultado, o nexo causal e a ilicitude. B) São excludentes legais de ilicitude: o estado de necessidade, a legítima defesa, o estrito cumprimento de dever legal, o exercício regular de direito e o consentimento do ofendido. C) Integram o crime tentado: o início da execução e a não consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente, a qual pode ser dar a título de dolo ou de culpa. D) Sobre a lei penal no tempo, o Código Penal Brasileiro adotou a Teoria da Ubiquidade. E) O crime é consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. 130 Nos estritos termos do art. 7.º, I do CP, fica sujeito à lei penal brasileira, mesmo cometido no estrangeiro, e ainda que lá absolvido o agente, o crime A) cometido por qualquer brasileiro. B) cometido contra qualquer brasileiro. C) contra a honra do Presidente da República. D) contra o patrimônio de sociedade de economia mista. E) contra a vida de qualquer funcionário público no exercício de sua função. 131 Na forma do Art. 7º , I, do Código Penal, nãoconfigura caso de extraterritorialidade incondicionada o crime A) contra a vida de chefe de governo estrangeiro. B) contra a fé pública de sociedade de economia mista. C) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. D) contra a liberdade do Presidente da República. E) contra a administração pública, por quem está a seu serviço. 132 Uma pessoa comete crime “Azul" no dia seguinte à publicação da lei “Verde", que veio a revogar a lei “Amarela". Sabe-se que • A lei “Verde" está em período de vacatio legis. • Tanto a lei “Verde" quanto a lei “Amarela" tratam do crime “Azul". Após a entrada em vigor da lei “Verde", o cidadão deverá ser julgado pela Lei A) “Amarela", porque a Lei “Verde" ainda não entrou em vigor. B) mais benéfica, seja ela a “Verde” ou a “Amarela” C) Verde”, porque o fato fora cometido após a revogação da lei “Amarela”. D) “Amarela”, ainda que a posterior seja mais benéfica E) “Verde”, seja mais benéfica ou mais severa 133 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 48 A respeito do lugar do crime, o Código Penal brasileiro estabelece, em seu art. 6.º: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”. Pelo exposto, e a respeito das teorias que buscam estabelecer o lugar do crime, assinale a alternativa correta. A) Pela teoria do resultado ou do evento, o lugar do crime é aquele em que o crime se consumou, pouco importando o local da prática da conduta. B) Pela teoria da ubiquidade, o lugar do crime será, tão somente, aquele em que foi praticada a conduta comissiva ou omissiva. C) Segundo a doutrina nacional, o Código Penal adotou, em seu artigo 6.º, a chamada teoria do resultado. D) Pela teoria da atividade ou do resultado, o lugar do crime é aquele em que foi praticada a conduta comissiva ou omissiva. E) Pela teoria do resultado, o lugar do crime é aquele em que se produziu ou se deveria produzir o resultado, bem como o local em que fora perpetrada a conduta comissiva ou omissiva do agente. 134 Analise as seguintes assertivas acerca da norma penal: I – Após a realização das operações previstas em lei para o cálculo final da pena, o número não inteiro de dias deve ser desprezado no cálculo da pena privativa de liberdade, e as frações de real devem ser consideradas no cálculo da pena de multa. II – A lei intermediária pode ter, simultaneamente, dupla extra-atividade, possuindo características de retroatividade e ultra-atividade. III – Verificamos a incidência do princípio da continuidade normativa típica quando uma norma penal é revogada, mas sua conduta continua prevista como crime em outro dispositivo legal. IV – A norma penal em branco própria homovitelina é aquela em que a norma incompleta e seu necessário complemento estão contidos na mesma estrutura legislativa. V – Na hipótese de crime permanente, diante de duas leis penais vigentes, uma em cada determinado período de permanência delitiva, sempre deve ser aplicada a lei penal mais benéfica ao réu. Estão CORRETAS as assertivas: A) I e III. B) I e IV. C) II e III. D) II e V. E) IV e V. 135 Em virtude da seca que assola o país, considere a hipótese em que seja promulgada uma Lei Federal ordinária que estabeleça como crime o desperdício doloso ou culposo de água tratada, no período compreendido entre 01 de novembro de 2014 e 01 de março de 2015. Em virtude do encerramento da estiagem e volta à normalidade, não houve necessidade de edição de nova lei ou alteração no prazo estabelecido na citada legislação. Nessa hipótese, o indivíduo A que em 02 de março de 2015 estiver sendo acusado em um processo criminal por ter praticado o referido crime de “desperdício de água tratada”, durante o período de vigência da lei, Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 49 A) poderá ser condenado pelo crime de “desperdício de água tratada” ainda que o período indicado na lei que previu essa conduta esteja encerrado. B) não poderá ser punido pelo crime de “desperdício de água tratada” C) só poderá ser punido pelo crime de “desperdício de água tratada” se houver nova edição da lei no próximo período de seca. D) só poderá ser punido pelo crime de “desobediência” em virtude de não mais subsistir o crime de “desperdício de água tratada”. E) poderá ser condenado pelo crime de “desperdício de água tratada”, no entanto esta condenação não poderá ser executada. 136 Rodrigo praticou no exterior crime sujeito à lei brasileira e foi condenado a 1 ano de reclusão no exterior e a 2 anos de reclusão no Brasil. Cumpriu a pena no exterior e voltou ao Brasil, tendo sido preso em razão do mandado de prisão expedido pela justiça brasileira. Nesse caso, a pena cumprida no exterior A) implicará na transformação automática da pena imposta no Brasil em sanção pecuniária. B) será considerada circunstância atenuante e a pena fixada no Brasil será objeto de nova dosimetria. C) implicou exaurimento da sanção penal cabível e Rodrigo não estará sujeito ao cumprimento da pena imposta no Brasil. D) será descontada da pena imposta no Brasil e, assim, Rodrigo terá que cumprir mais 1 ano de reclusão. E) é irrelevante para a lei brasileira e Rodrigo deverá cumprir integralmente os 2 anos de reclusão impostos pela justiça brasileira. 137 Na data de 03 de outubro de 2014, na cidade de Aquiraz – CE, o indivíduo B efetuou dois disparos de arma de fogo contra a pessoa C, que foi socorrida no Hospital mais próximo. A pessoa C foi posteriormente transferida para um Hospital na cidade de Fortaleza – CE, local em que faleceu na data de 09 de outubro de 2014, em decorrência dos disparos de arma de fogo efetuados pelo indivíduo B na cidade de Aquiraz – CE. Assinale a alternativa correta em relação ao lugar e tempo do crime praticado pelo indivíduo B, segundo o previsto no Código Penal A) Considera-se o lugar do crime tanto aquele em que ocorreram os disparos de arma de fogo na cidade de Aquiraz – CE quanto o local em que a pessoa C faleceu na cidade de Fortaleza – CE; e o tempo do crime, tanto o dia 03 quanto o dia 09 de outubro de 2014. B) Considera-se o lugar do crime aquele em que a pessoa C faleceu na cidade de Fortaleza – CE; e o tempo do crime o dia 09 de outubro de 2014 C) Considera-se o lugar do crime tanto aquele em que ocorreram os disparos de arma de fogo na cidade de Aquiraz – CE quanto o local em que a pessoa C faleceu na cidade de Fortaleza – CE; e o tempo do crime, o dia 09 de outubro de 2014. D) Considera-se o lugar do crime aquele em que ocorre- ram os disparos de arma de fogo na cidade de Aquiraz – CE; e o tempo do crime, o dia 09 de outubro de 2014. E) Considera-se o lugar do crime tanto aquele em que ocorreram os disparos de arma de fogo na cidade de Aquiraz – CE quanto o local em que a pessoa C faleceu na cidade de Fortaleza – CE; e o tempo do crime, o dia 03 de outubro de 2014. 138 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 50 Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, mas desde que presentes algumas condições (entrar o agente no território nacional; ser o fato punível também no país em que foi praticado; estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável), os crimes A) contra a administração pública, por quem está a seu serviço. B) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. C) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. D) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir. E) contra o patrimônio ou a fépública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. 139 No que diz respeito à aplicação da lei penal, analise as assertivas a abaixo: I. Ultratividade da lei penal significa que quando a lei revogada for mais benéfica, ela será aplicada ao fato cometido durante a sua vigência. II. Abolitio criminis significa que a nova lei deixa de considerar crime um fato anteriormente tipificado como ilícito penal, fazendo desaparecer todos os efeitos penais e civis das condenações proferidas com base na lei anterior. III. O Código Penal Brasileiro adotou a teoria da ubiquidade, também conhecida por mista ou unitária, considerando o lugar do crime tanto o local onde ocorreu a ação ou a omissão, no todo ou em parte, como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Quais estão corretas? A) Apenas II. B) Apenas I e II. C) Apenas I e III. D) Apenas II e III. E) I, II e III. 140 Digamos que o menor de 18 (dezoito) anos “A” atire dolosamente contra a vítima que vem a falecer após a maioridade de “A”. Sobre o fato narrado, o tempo do crime e a regra geral adotada no Código Penal brasileiro, analise os itens a seguir: I. Aplica-se o Código Penal, uma vez que o crime foi consumado na vigência da maioridade penal de “A”. II. Considera-se praticado o crime no tempo em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como na época em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado. III. O Código Penal não pode ser aplicado, uma vez que deve ser considerado o momento da consumação do crime. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 51 IV. O Código Penal não pode ser aplicado, uma vez que deve ser considerado o momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Está CORRETO, somente, o que se afirma em A) III. B) III e IV. C) I e II. D) II. E) IV. 141 Suponha que um indivíduo primário, de bons antecedentes e não dedicado a atividades criminosas tenha praticado um tráfico ilícito de entorpecentes no mês de julho de 2006, quando estava em vigor a Lei nº 6.368/76, que previa a pena de reclusão de 3 (três) a 15 (quinze) anos para o referido delito. Na data de seu julgamento já vigora a Lei nº 11.343/06, que prevê, para o referido crime, pena de reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e uma causa de diminuição de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços) para o agente primário, de bons antecedentes, que não se dedique a atividades criminosas e que não integre organização criminosa. Levando em consideração a situação hipotética narrada e o entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa correta em relação à aplicação da lei penal neste caso: A) É incabível a aplicação retroativa da Lei nº 11.343/06, mesmo que mais benéfica ao réu, pois o fato ocorreu quando estava em vigor a Lei nº 6.368/76. B) É cabível a aplicação da pena prevista na Lei nº 6.368/76, com incidência da causa de diminuição prevista na Lei nº 11.343/06, pois o julgador deve alcançar o maior benefício para o réu. C) É cabível a aplicação retroativa da Lei nº 11.343/06, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei nº 6.368/76, sendo vedada a combinação de leis penais. D) É cabível a aplicação retroativa da Lei nº 11.343/06, desde que o réu não possua contra si inquéritos policiais e ações penais em curso, pois isso lhe retiraria a primariedade e os bons antecedentes. E) É cabível a aplicação retroativa da Lei nº 11.343/06, ainda que mais prejudicial ao réu, pois a função do Direito Penal é conferir maior rigor punitivo naquelas infrações que a Constituição Federal considera equiparadas às hediondas. 142 À luz da aplicação da lei penal no tempo, dos princípios da anterioridade, da irretroatividade, retroatividade e ultratividade da lei penal, julgue as afirmações abaixo relativas ao fato de Mévio ter sido processado pelo delito de adultério em dezembro de 2004, sendo que a Lei n. 11.106, de 28 de março de 2005, aboliu o crime de adultério: I. Caso Mévio já tenha sido condenado antes de março de 2005, permanecerá sujeito à pena prevista na sentença condenatória. II. Alei penal pode retroagir em algumas hipóteses. III. Caso Mévio não tenha sido condenado no primeiro grau de jurisdição, poderá ocorrer a extinção de Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 52 punibilidade desde que a mesma seja provocada pelo réu. IV. Na hipótese, ocorre o fenômeno da abolitio criminis. A) Todas estão corretas B) Somente I está incorreta. C) I e IV estão corretas. D) I e III estão corretas. E) II e IV estão corretas. 143 Considere, abaixo, a norma disposta no art. 7º, inciso II, alínea c, do Código Penal. “Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro [...], os crimes [...] praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados”. Esse inciso II, em sua alínea c, define o princípio da A) proteção. B) justiça universal. C) representação. D) defesa. E) territorialidade. 144 Em relação à aplicação da lei penal, analise as assertivas. I - Segundo o princípio da anterioridade, uma pessoa só pode ser punida se, à época do fato por ela praticado, já estava em vigor a lei que descrevia o delito. II - Segundo o princípio da reserva legal, a lei em sentido formal pode descrever condutas criminosas, bem como decretos e outras normas gerais e abstratas. III - As leis penais excepcionais ou temporárias têm como característica a ultratividade, pois regulam condutas praticadas durante sua vigência produzindo efeitos mesmo após sua revogação. IV - Caso uma nova lei venha a revogar lei antiga que descrevia um crime, seus efeitos devem retroagir, salvo para beneficiar os agentes. Estão corretas as afirmativas: A) I e III, apenas. B) e IV, apenas. C) I, II e III, apenas. D) II, III e IV, apenas. 145 De acordo com o Código Penal, os crimes cometidos no estrangeiro ficam submetidos à lei brasileira quando: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 53 A) praticados contra brasileiro. B) praticados no exercício da função. C) previstos no Código Penal Brasileiro. D) praticados contra qualquer agente público. E) praticados contra quem está a serviço da administração pública. 146 Assinale a alternativa correta acerca do cumprimento de pena no estrangeiro A) Será convertida em pena restritiva de direitos. B) Deverá ser atenuada a pena imposta no Brasil, quando for pelo mesmo crime. C) Não poderá ser computada no Brasil, em função da sua soberania. D) O Direito Penal é internacional, considerando-se, sempre, automaticamente, atenuado o seu cumprimento no Brasil. E) Deverá submeter o agente a novo julgamento, quando verificada a ocorrência do mesmo crime. 147 Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Trata-se do postulado constitucional que se consagrou com a denominação de A) presunção de inocência. B) devido processo legal. C) in dubio pro reo. D) estrita legalidade. E) princípio da culpabilidade. 148 Assinale a alternativa correta: A) Em razão do princípio da atividade, a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica- se ao fato praticado durante sua vigência. B) A lei “A” foi revogada pela lei “B”, que por sua vez foi revogada pela lei ´'C”; diante da imposição de que uma lei só pode ser revogada por outra, o sistema jurídico brasileiro admite a repristinação automática de lei revogada. C) O momentoe o lugar do crime são regulados pela teoria da atividade, importando o momento da ação ou omissão do agente, ainda que outros sejam o momento e o lugar do resultado. D) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada, onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. E) No crime permanente, a conduta se protrai no tempo em razão da própria vontade do agente e o tempo do crime é o de sua duração; enquanto que, no crime continuado, o tempo do crime é o da prática de cada conduta perpetrada. 149 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 54 Assinale a opção falsa. O C. Supremo Tribunal Federal, recentemente, assentou, por meio de Súmula, o seguinte entendimento: A) A lei penal mais grave só se aplica ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior ao início da continuidade ou da permanência. B) É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. C) Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. D) O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres. 150 A sentença criminal condenatória estrangeira é eficaz no direito brasileiro A) inclusive para fins de reincidência. B) somente para sujeitar o agente à medida de segurança. C) somente para sujeitar o agente à reparação do dano, à restituição e outros efeitos civis. D) somente nos casos expressos de extraterritorialidade incondicionada da lei estrangeira. E) somente quando se tratar de crime executado no Brasil, cujo resultado se produziu no estrangeiro. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 55 FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 1 Paul Polônio é motorista profissional e apreciador das corridas de alta velocidade. Conduzindo seu próprio automóvel, tem o hábito de reunir-se com amigos para realizar corridas ilícitas em vias públicas conhecidas como “rachas”. Em um desses eventos, uma das pessoas presentes vem a ser atingida pelo veículo conduzido por Paul, vindo a falecer. Nesse caso, aplicando-se a parte geral do Código Penal e adequada interpretação jurisprudencial, o crime ocorrido deve ser caracterizado como doloso: A) direto B) aberto C) presente D) negligente E) eventual 2 O cidadão XT participa de ato de introdução de substância narcótica em estabelecimento prisional. A substância veio a ser interceptada por autoridades policiais que desconfiaram da atitude de XT. Nesse caso, de acordo com a parte geral do Código Penal, ocorreu a denominada: A) realização B) punibilidade C) tentativa D) consumação E) reiteração 3 João subtrai para si um pacote de bolachas no valor de R$ 10,00 de um grande supermercado e o fato se encaixa formalmente no art. 155 do Código Penal. Em virtude da inexpressividade da lesão causada ao patrimônio da vítima e pelo desvalor da conduta, incide o princípio da insignificância que tem sido aceito pela doutrina e por algumas decisões judiciais como excludente de A) punibilidade. B) tipicidade material. C) culpabilidade. D) ilicitude formal. E) executividade. 4 À luz do que dispõe o Ordenamento Penal brasileiro, A) o agente que desiste de forma voluntária de prosseguir na execução do crime, ou impede que o resultado se produza, terá sua pena reduzida de um a dois terços. B) o arrependimento posterior, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, deve ocorrer até o oferecimento da denúncia ou da queixa. C) não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 56 consumação. D) crime impossível é aquele em que o agente, embora tenha praticado todos os atos executórios à sua disposição, não consegue consumar o crime por circunstâncias alheias à sua vontade. E) diz-se crime culposo, quando o agente assumiu o risco de produzi-lo. 5 De acordo com o que estabelece o Código Penal, A) não há crime quando o agente pratica o fato no exercício regular de direito. B) entende-se em legítima defesa quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar. C) é possível a invocação do estado de necessidade mesmo para aquele que tinha o dever legal de enfrentar o perigo. D) é plenamente possível a compensação de culpas quando ambos os agentes agiram com imprudência, negligência ou imperícia na prática do ilícito. E) considera-se praticado o crime no momento do resultado, ainda que outro seja o momento da ação ou omissão. 6 O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo 20 do Código Penal, A) exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. B) sempre isenta o agente de pena. C) não isenta o agente de pena, mas esta será diminuída de um sexto a um terço. D) não tem relevância na punição do agente, pois o desconhecimento da lei é inescusável. E) se inevitável, isenta o agente de pena; se evitável, poderá diminuir a pena de um sexto a um terço. 7 O arrependimento eficaz A) configura-se quando a execução do crime é interrompida pela vontade do agente. B) dá-se após a execução, mas antes da consumação do crime. C) decorre da interrupção casuística do iter criminis. D) é causa inominada de exclusão da ilicitude. E) exige que a manifestação do autor do crime seja posterior à consumação do delito. 8 Nos termos do Código Penal, pune-se o crime tentado com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Para o Supremo Tribunal Federal, a pena será diminuída A) considerando as circunstâncias judiciais do artigo 59, do Código Penal. B) tomando-se por base os antecedentes e a personalidade do acusado. C) com base nas condições de ordem subjetiva do autor do delito. D) na proporção inversa do iter criminis percorrido pelo agente. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 57 E) de forma equitativa ao dano causado à vítima do crime 9 Três indivíduos que são amigos reúnemse para fazer uso de narcóticos. Porém, em dado momento, os entorpecentes acabam e eles não têm mais dinheiro para reabastecer o vício. Um deles, chamado Ronaldo, propõe que se dirijam a um ponto de ônibus para roubar algum transeunte que lá esteja aguardando a chegada do veículo de lotação. Contudo, ao se aproximarem do referido ponto de ônibus, uma viatura policial passa por eles, inibindo-lhes a vontade de praticar o delito. Se o crime de roubo planejado pelo trio não chegou pelo menos a ser tentado, qual é a consequência penal para Ronaldo, aquele que havia sugerido a prática desse delito contra o patrimônio? A) Nenhuma, pois tais atos são relativamente nulos. B) Ele responderá por participação de menor importância. C) Ele responderá por tentativa de roubo, nos termos do art. 14 do Código Penal. D) Nenhuma, pois tais atos são impuníveis. E) Ele responderá por roubo com aplicação de causa de diminuição de pena por arrependimento eficaz, nos termos do art. 15 do Código Penal. 10 Frederico decide escalar os muros de uma residência e a invade, tencionando subtrair computadores e celulares que encontrar em seu interior. Quando começa a acomodar os aparelhos em sua sacola, escutaos proprietários da residência abrirem o portão da garagem, anunciando seu retorno à moradia. Nesse momento, Frederico decide abandonar a empreitada e bate em retirada sem subtrair qualquer bem. Após pular novamente o muro para fugir pela calçada, é surpreendido por policiais em uma viatura, sendo prendido em flagrante. Supondo que Frederico seja futuramente denunciado por crime de furto, qual instituto jurídico melhor se aplicaria a ele em eventual sentença? A) Aplicação da causa de diminuição de pena por "erro evitável sobre a ilicitude do fato" prevista no art. 21 do Código Penal, uma vez que o agente atuou sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. B) Aplicação da regra da "desistência voluntária" prevista no art. 15 do Código Penal e consequente desclassificação da imputação de crime de "furto" para crime de "invasão de domicílio", pois o agente desistiu de prosseguir na execução do delito e responderá tão somente pelos atos praticados. C) Absolvição própria por não constituir o fato infração penal, uma vez que não se consumou a subtração de coisa alheia móvel exigente para configuração do delito de furto. D) Assunção da autoria e da materialidade do delito com aplicação de circunstância atenuante de ter o agente "procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências", conforme prescreve o art. 65, III, "b", do Código Penal. E) Aplicação do instituto do "arrependimento posterior" previsto no art. 16 do Código Penal, porquanto o agente reparara o dano e restituíra a coisa, voluntariamente, antes do recebimento da denúncia pelo Juízo. 11 Arquimedes dirigia seu caminhão à noite, por uma estrada de serra, com muitas curvas, péssima sinalização e sob forte chuva. Ele estava sonolento e apenas aguardava o próximo posto de Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 58 combustíveis para estacionar e dormir. Motorista experiente que era, observava as regras de tráfego no local, imprimindo ao veículo a velocidade permitida no trecho. Entretanto, a 50 Km do posto de combustíveis mais próximo, após uma curva, Arquimedes assustou-se com um vulto que de súbito adentrou a via, imediatamente acionando os freios, sem, contudo, evitar o choque. Inicialmente, pensou tratar-se de um animal, mas quando desembarcou do veículo, pôde constatar que se tratava de um homem. Desesperado ao vê-lo perdendo muito sangue, Arquimedes logo acionou o serviço de socorro e emergências médicas, que chegou rapidamente ao local, constatando o óbito do homem em cujo bolso foi encontrado um bilhete de despedida. Era um suicida. Da leitura do enunciado, pode-se afirmar que: A) Arquimedes não praticou crime, tendo em vista a incidência na hipótese da inexigibilidade de conduta diversa − excludente de culpabilidade. B) a Arquimedes deve ser imputada a prática de homicídio culposo na direção de veículo automotor, em razão de sua conduta negligente. C) a conduta de Arquimedes não reúne os elementos necessários à configuração do fato como crime. D) Arquimedes não praticou crime, uma vez que agiu em exercício regular de direito − excludente de ilicitude. E) a Arquimedes deve ser imputada a prática de homicídio doloso (dolo eventual), tendo em vista que, ao dirigir à noite, sonolento e sob chuva intensa, assumiu o risco de matar alguém. 12 Sobre as disposições contidas no Código Penal acerca do crime, assinale a alternativa correta. A) O agente que aponta simulacro de arma de fogo para a vítima, acreditando tratar-se de arma de fogo real, e pressiona o gatilho, responde por tentativa de homicídio para o qual será aplicada a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de dois a três quintos. B) Durante um naufrágio, duas pessoas acreditam haver apenas uma boia salva vidas e, disputando-a, uma mata a outra. Em seguida, o agente percebe que havia outra boia disponível. Nesse caso, verifica-se a ocorrência do estado de necessidade real, o qual exclui a ilicitude da conduta. C) O Policial Civil que, ao efetuar uma prisão determinada por ordem judicial, é obrigado a fazer uso da força, provocando ofensas à integridade física do preso, não responde pelo crime de lesão corporal, dado que praticou a conduta em estrito cumprimento de dever legal, o que exclui a culpabilidade do agente. D) Um Policial Civil que algema um cidadão honesto, sósia de um fugitivo age com erro de tipo permissivo ou descriminante putativa e, por isso, é isento de pena. E) O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, responde pelos atos já praticados com pena reduzida de um a dois terços. 13 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 59 Nos crimes comissivos por omissão, A) pelo critério nomológico, violam-se normas mandamentais. B) a tipicidade é a do tipo comissivo, mas pode também, excepcionalmente, ser a do tipo omissivo. C) a falta do poder de agir gera atipicidade da conduta. D) são delitos de mera atividade, que se consumam com a simples inatividade. E) no caso de ingerência, a conduta anterior deve ser a produtora do dano ou lesão. 14 No Direito Penal brasileiro, o erro A) sobre os elementos do tipo impede a punição do agente, pois exclui a tipicidade subjetiva em todas as suas formas B) determinado por terceiro faz com que este responda pelo crime. C) sobre a pessoa leva em consideração as condições e qualidades da vítima para fins de aplicação da pena. D) de proibição exclui o dolo, tornando a conduta atípica. E) sobre a ilicitude do fato isenta o agente de pena quando evitável. 15 O erro de tipo, no Direito Penal, A) exclui a culpabilidade subjetiva, impedindo a punição do agente. B) quando escusável, permite a punição por crime culposo. C) é incabível em crimes hediondos e equiparados. D) é inescusável nos crimes da Lei de Drogas, no desconhecimento da lei penal. E) incide sobre o elemento constitutivo do tipo e exclui o dolo. 16 M. é acusado de cometer o crime de Excesso de Exação previsto no Código Penal. Esse crime é considerado decorrente de: A) erro B) negligência C) imprudência D) dolo 17 Marcelino, dirigindo seu veículo, é abordado por policiais militares que o vistoriaram e nada encontraram de irregular, nem com a documentação do veículo, tampouco com os documentos pessoais, os quais estavam plenamente válidos. Apenas por precaução, os policiais o convidaram para ir à Delegacia de Polícia para fazer uma melhor averiguação de sua vida pregressa já que não simpatizaram com ele. Marcelino se recusa a acompanhá-los e, os policiais o alertam que o conduzirão à força, caso ele não concorde. No entanto, ele novamente não aceita acompanhá-los resistindo à ordem. A conduta de Marcelino Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 60 A) configura crime de desacato e de resistência. B) configura crime de resistência, somente. C) configura crime de resistência e de desobediência. D) configura crime de desacato e de desobediência. E) não configura crime. 18 A teoria do erro detém grande importância para avaliação da responsabilidade penal de indivíduo acusado do cometimento de delito. Sobre o erro de tipo, assinale a alternativa correta: A) Erro de tipo é equívoco de representação, ou seja, o agente atinge terceiro achando tratar-se de pessoa que visava atingir com sua conduta ilícita B) Conhecido como “aberratio ictus”, o erro de tipo se vislumbra quando do momento da execução do delito terceiro é atingido sem que o agente tenha vontade de o fazê-lo C) O erro de tipo é uma modalidade de erro que, quando verificada, não exclui o dolo, cabendo ao julgador verificar a ocorrência de engano durante a execução do delito e aplicar-lhe pena mais branda D) Erroverificável quando o agente criminoso supõe que sua conduta recai sobre determinada coisa e na realidade recai sobre outra E) Trata-se de erro sobre elemento constitutivo do tipo legal, excluindo o elemento subjetivo e permitindo uma condenação por ato culposo, quando previsto em lei penal 19 Os itens abaixo dizem respeito à figura da tentativa em Direito Penal. Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta. I. Tentativa branca é aquela que ocorre quando o agente, embora tendo empregado os meios ao seu alcance, não consegue atingir a coisa ou a pessoa. II. Constitui-se como sendo o único elemento constituidor da tentativa a interrupção da execução por circunstâncias alheias à vontade do agente. III. Nos crimes preterdolosos não se admite a tentativa. IV. A pena por crimes tentados é a mesma do consumado, mas diminuída em ¼ (um quarto). Assinale a alternativa correta. A) Apenas I e II estão corretos B) Apenas II e IV estão corretos C) Apenas I e III estão corretos D) Apenas II e III estão incorretos E) I, II, III e IV estão incorretos 20 Analise os itens abaixo sobre a teoria do erro. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 61 I. O erro de tipo essencial incide sobre elementar do tipo quando a falsa percepção de realidade faz com que o agente desconheça a natureza criminosa do fato. II. O erro sobre objeto é irrelevante para o Direito Penal, já que o agente, mesmo quando realiza a conduta que recai sobre coisa alheia, responderá criminalmente pelo crime cometido nos limites do tipo penal. III. O aberratio ictus é modalidade de erro acidental que não exclui a tipicidade, sopesando ao agente uma responsabilização em âmbito penal. IV. O aberratio criminis é o desvio na execução do delito e recai sobre o objeto jurídico do crime, sendo que sua verificação não exclui a tipicidade. Assinale a alternativa correta. A) Apenas I e III estão corretos B) Apenas II e IV estão corretos C) Apenas II e III estão incorretos D) Apenas III e IV estão incorretos E) I, II, III e IV estão corretos 21 João decide agredir fisicamente Pedro, seu desafeto, provocando-lhe vários ferimentos. Porém, durante a luta corporal, João resolve matar Pedro, realizando um disparo de arma de fogo contra a vítima, sem contudo, conseguir atingi-lo. A polícia é acionada, separando os contendores. Diante do caso hipotético, João responderá A) apenas por lesões corporais. B) apenas por tentativa de homicídio. C) por rixa e disparo de arma de fogo. D) por lesões corporais consumadas e disparo de arma de fogo. E) por lesões corporais consumadas e homicídio tentado. 22 De acordo com os dispositivos da parte geral do Código Penal, é correto afirmar: A) Na hipótese de abolitio criminis a reincidência permanece como efeito secundário da prática do crime. B) O território nacional estende-se a embarcações e aeronaves brasileira de natureza pública, desde que se encontrem no espaço aéreo brasileiro ou em alto-mar. C) Crimes à distância são aqueles em que a ação ou omissão ocorre em um país e o resultado, em outro. D) O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se evitável, isenta de pena; se inevitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. E) É isento de pena o agente que pratica crime sem violência ou grave ameaça à pessoa, desde que, voluntariamente, repare o dano ou restitua a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa. 23 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 62 Após uma discussão em um bar, Pedro decide matar Roberto. Para tanto, dirige-se até sua residência onde arma-se de um revólver. Ato contínuo, retorna ao estabelecimento e efetua um disparo em direção a Roberto. Contudo, erra o alvo, atingindo Antonio, balconista que ali trabalhava, ferindo-o levemente no ombro. Diante do caso hipotético, Pedro praticou, em tese, o(s) crime(s) de A) lesão corporal leve. B) lesão corporal culposa. C) homicídio tentado e lesão corporal leve. D) lesão corporal culposa e tentativa de homicídio. E) homicídio na forma tentada. 24 O reconhecimento da tentativa é possível nos crimes A) omissivos próprios. B) culposos. C) preterdolosos. D) habituais. E) materiais. 25 Sobre o dolo, é correto afirmar: A) O dolo requer o pleno conhecimento dos elementos do tipo subjetivo, além da vontade de realizá-lo. B) A teoria da imputação objetiva limita os casos em que o dolo é excessivo e pode aumentar a pena do réu diante do risco criado. C) O momento do dolo não precisa coincidir com o momento da execução da ação, existindo validamente nas figuras do dolo antecedente e subsequente. D) O aspecto cognitivo do dolo antepõe-se sempre ao volitivo. E) Os tipos omissivos prescindem da verificação do dolo. 26 Sobre o iter criminis, é correto afirmar: A) A aferição do início do ato de execução do crime independe do elemento subjetivo do tipo. B) O Código Penal brasileiro adota a teoria subjetiva pura na aferição do início do ato de execução. C) A Lei Antiterrorismo (Lei n° 13.260/2016) prevê a punição de atos preparatórios de terrorismo quando realizado com o propósito inequívoco de consumar o delito. D) A punição da tentativa de crime culposo depende de expressa previsão legal. E) Em verdadeira regressão garantista, o Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento de que a posse mansa e pacífica é necessária à consumação do roubo. 27 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 63 Conforme a redação do Código Penal, A) configurada a tentativa, pela falta de completude do injusto, a pena sempre deverá ser reduzida de um a dois terços. B) o crime impossível é tentativa impunível. C) a desistência voluntária permite a interrupção do nexo causal sem a consideração da vontade. D) o arrependimento eficaz, quando pleno, exclui a pena, e quando parcial permite a redução de um a dois terços. E) pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado dolosamente. 28 Um cidadão americano residente no Estado da Califórnia, onde o uso medicinal de Cannabis é permitido, vem ao Brasil para um período de férias em Santa Catarina e traz em sua bagagem uma certa quantidade da substância, conforme sua receita médica. Ao ser revistado no aeroporto é preso pelo delito de tráfico internacional de drogas. Neste caso, considerando-se que seja possível a não imputação do crime, seria possível alegar erro de A) proibição indireto. B) tipo permissivo. C) proibição direto. D) tipo. E) subsunção. 29 Tício, movido pela intenção de matar seu desafeto Paulus, atraiu-o para local ermo e lhe desferiu um golpe de faca, causando-lhe grave ferimento no abdome, com intensa hemorragia e perigo de vida. Ao perceber a gravidade do ferimento causado, Tício se arrependeu e levou Paulus a um hospital, onde este foi operado e salvo. Nesse caso, Tício A) responderá por tentativa de homicídio, pois, apesar do arrependimento posterior, a intenção inicial de Tício era de matar Paulus. B) responderá por lesões corporais leves, porque, em razão da intervenção cirúrgica, a vítima se recuperou. C) não responderá por nenhum delito, porque ocorreu arrependimento eficaz e a vítima se recuperou da lesão sofrida. D) responderá por lesão corporal de natureza grave, pois, apesar do arrependimento eficaz, a vítima recebeu ferimento de que resultou perigo de vida. E) responderá por homicídio consumado, pois a lesão era apta a causar a morte de Paulus, que só não morreu em razão da intervenção cirúrgica a que foi submetido. 30 Maria, a fim de cuidar do machucado de seu filho que acabou de cair da bicicleta, aplica sobre o ferimento da criança ácido corrosivo, pensando tratar-se de uma pomada cicatrizante, vindo a agravar o ferimento. A situação descrita retrata hipótesetratada no Código Penal como: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 64 A) erro de proibição. B) erro na execução. C) estado de necessidade. D) exercício regular de direito. E) erro de tipo. 31 A, cidadão americano, vem para o Brasil em férias, trazendo alguns cigarros de maconha. Está ciente que mesmo em seu país o consumo da substância não é amplamente permitido, mas, como possui câncer em fase avançada, possui receita médica emitida por especialista americano para utilizar substâncias que possuam THC. Ao passar pelo controle policial do aeroporto, é detido pelo crime de tráfico de drogas. Nesta situação, é possível alegar que A encontrava-se em situação de erro de: A) tipo. B) tipo permissivo. C) proibição direto. D) proibição indireto. E) tipo indireto. 32 A relação de causalidade constitui um pressuposto da imputação do resultado. Contudo, não basta a relação de causalidade para imputar um resultado como criminoso em certos casos. Tomando-se esta premissa como correta, Roxin desenvolveu critérios para a imputação objetiva de um resultado, e, dentre eles, NÃO se pode incluir, A) a criação de um risco proibido ao bem jurídico. B) o âmbito de proteção da norma de cuidado. C) a realização do risco no resultado. D) a heterocolocação da vítima em risco. E) o domínio do fato pelo domínio da vontade. 33 Sobre o iter criminis é correto afirmar que A) a jurisprudência do STF, sobre a consumação do roubo seguido de morte sem subtração da coisa, ultrapassa os limites do conceito de consumação do Código Penal. B) a criminalização de atos preparatórios como crimes de perigo abstrato autônomos não é admita pela jurisprudência do STF, por violação do princípio da lesividade. C) em casos de acidente automobilístico sem a morte da vítima, provocado por ingestão de bebida alcóolica, não se pode presumir o dolo eventual, pois há casos em que a imputação subjetiva concreta verifica a tentativa de homicídio culposo. D) por razões de política criminal, o ordenamento jurídico brasileiro tornou as tentativas de contravenção e falta disciplinar na execução penal impuníveis. E) a correta imputação subjetiva do crime tentado requer o dolo de tentar o delito para não incorrer em excesso punitivo, comum no populismo penal contemporâneo. 34 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 65 O erro sobre a pessoa contra a qual o crime é praticado A) não isenta de pena o agente. B) exclui o dolo. C) exclui o dolo, mas prevalece a culpa. D) não isenta de pena o agente, porém deve sempre ser considerado na sentença. E) é um crime impossível 35 A respeito do crime consumado e do crime tentado, da desistência voluntária, do arrependimento eficaz e do arrependimento posterior, considere: I. Há desistência voluntária quando o agente, embora tenha iniciado a execução de um delito, desiste de prosseguir na realização típica, atendendo sugestão de terceiro. II. A redução de um a dois terços da pena em razão do reconhecimento do crime tentado deve ser estabelecida de acordo com as circunstâncias agravantes ou atenuantes porventura existentes. III. Há arrependimento eficaz, quando o agente, após ter esgotado os meios de que dispunha para a prática do crime, arrepende-se e tenta, sem êxito, por todas as formas, impedir a consumação. IV. Em todos os crimes contra o patrimônio, o arrependimento posterior consistente na reparação voluntária e completa do prejuízo causado, implica a redução obrigatória da pena de um a dois terços. V. Há crime impossível quando a consumação não ocorre pela utilização de meio relativamente inidôneo para produzir o resultado. Está correto o que se afirma APENAS em A) I. B) I e II. C) III e IV. D) IV. E) II e V. 36 Se o agente oferece propina a um empregado de uma sociedade de economia mista, supondo ser funcionário de empresa privada com interesse exclusivamente particular, incide em A) erro sobre a pessoa. B) descriminante putativa. C) erro de tipo. D) erro sobre a ilicitude do fato inevitável. E) erro sobre a ilicitude do fato evitável. 37 O erro inescusável sobre A) a ilicitude do fato constitui causa de diminuição da pena. B) elementos do tipo permite a punição a título de culpa, se acidental. C) elementos do tipo isenta de pena. D) elementos do tipo exclui o dolo e a culpa, se essencial. E) a ilicitude do fato exclui a antijuridicidade da conduta. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 66 38 No que concerne aos elementos do crime, é correto afirmar que A) a inexigibilidade de conduta diversa constitui causa supralegal de exclusão da ilicitude. B) o dolo e a culpa integram, respectivamente, a tipicidade e a culpabilidade, segundo a teoria finalista da ação. C) o chamado princípio da insignificância exclui a tipicidade formal da conduta. D) a coação moral irresistível constitui causa de exclusão da antijuridicidade. E) o consentimento do ofendido pode conduzir à exclusão da tipicidade. 39 A respeito da relação de causalidade, é INCORRETO afirmar que A) o resultado, de que depende a existência do crime, só é imputável a quem lhe deu causa. B) não há fato típico decorrente de caso fortuito. C) não há crime sem resultado. D) a omissão também pode ser causa do resultado. E) o Código Penal adotou a teoria da equivalência das condições. 40 Sobre as relações que se estabelecem entre os conceitos de desvalor da ação e desvalor do resultado, é correto afirmar que no sistema legal positivo brasileiro expressado pelo Código Penal vigente A) na ofensa ao bem jurídico reside o desvalor da ação, enquanto que na forma ou modalidade de concretizar-se a ofensa situa-se o desvalor do resultado. B) há preponderância do desvalor da ação sobre o desvalor do resultado, o que faz com que não haja distinção entre gravidade de condutas dolosas e culposas. C) os conceitos de desvalor da ação e de desvalor do resultado não têm qualquer relevo para o sistema legal brasileiro. D) há preponderância do desvalor do resultado, embora haja relevância do desvalor da ação, como se vê no caso de cominação da pena para o crime tentado em relação ao crime consumado. E) o conceito de desvalor da ação acha-se limitado aos crimes de mera conduta e crimes formais enquanto o desvalor do resultado guarda relação apenas com os crimes materiais. 41 O elemento subjetivo derivado por extensão ou assimilação decorrente do erro de tipo evitável nas descriminantes putativas ou do excesso nas causas de justificação amolda-se ao conceito de A) culpa imprópria. B) dolo eventual. C) culpa inconsciente. D) culpa consciente. E) dolo direto. 42 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 67 A diferença entre erro sobre elementos do tipo e erro sobre a ilicitude do fato reside na circunstância de que A) o erro de tipo exclui a culpabilidade, o de fato a imputabilidade. B) o erro de tipo exclui o dolo, o de fato a culpabilidade. C) o erro de tipo exclui a reprovabilidade da conduta, o de fato o elemento do injusto. D) o erro de tipo exclui o dolo, o de fato a invencibilidade do erro. E) a discriminante putativa é o que distingue o erro de tipo do erro de fato. 43 São elementos da tentativa: A) início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo e culpa. B) início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo. C) início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; culpa consciente. D) atos preparatórios; Início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo e culpa. E) atos preparatórios; Início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheiasà vontade do agente; dolo. 44 O Código Penal adota no seu art. 13 a teoria conditio sine qua non (condição sem a qual não). Por ela, A) imputa-se o resultado a quem também não deu causa. B) a causa dispensa a adequação para o resultado. C) a ação e a omissão são desconsideradas para o resultado. D) tudo que contribui para o resultado é causa, não se distinguindo entre causa e condição ou concausa. E) a omissão é penalmente irrelevante. 45 Em relação às fases de execução do crime, pode-se assegurar que A) não se tipifica crime formal contra a ordem tributá- ria, previsto no art. 1° , incisos I e IV, da Lei n° 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo, segundo entendimento sumulado. B) a desistência voluntária também é conhecida como quase crime ou tentativa impossível. C) não se admite tentativa de crime culposo. D) há arrependimento eficaz quando o agente, por ato voluntário, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa. E) há tentativa imperfeita quando, apesar de ter o agente realizado toda a fase de execução, o resultado não ocorre por circunstâncias alheias à sua vontade. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 68 46 No que toca à relação de causalidade, é correto afirmar que A) é normativa nos crimes omissivos impróprios. B) a superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado, não se podendo imputar os fatos anteriores a quem os praticou. C) a previsão legal de que a omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado, se tinha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, é aplicável aos crimes omissivos próprios. D) se adota em nosso sistema a teoria da conditio sine qua non, distinguindo-se, porém, causa de condição ou concausa. E) a teoria da imputação objetiva estabelece que somente pode ser objetivamente imputável um resultado causado por uma ação humana quando a mesma criou, para o seu objeto protegido, uma situação de perigo juridicamente relevante, ainda que permitido, e o perigo se materializou no resultado típico. 47 A tentativa A) é impunível nos casos de ineficácia absoluta do meio e de relativa impropriedade do objeto. B) não prescinde da realização de atos de execução, ainda que se trate de contravenção penal. C) dispensa o exaurimento da infração, necessário apenas para que se reconheça a consumação nos crimes formais. D) constitui causa geral de diminuição da pena, devendo o respectivo redutor corresponder à culpabilidade do agente, segundo pacifico entendimento jurisprudencial. E) exige comportamento doloso do agente. 48 O arrependimento posterior previsto no art. 16 do Código Penal A) constitui circunstância atenuante, incidindo na segunda etapa do cálculo da pena B) exclui a tipicidade e leva a absolvição. C) constitui causa geral de diminuição da pena, incidindo na terceira etapa do cálculo. D) não é aplicável aos crimes cometidos com violência a pessoa, não se admitindo igualmente nas infrações culposas violentas, segundo pacífico entendimento jurisprudencial. E) é cabível se a reparação do dano ocorrer até o trânsito em julgado da sentença. 49 A consumação se dá nos crimes A) de mera conduta, com a ocorrência do resultado naturalístico. B) omissivos impróprios com a prática de conduta capaz de produzir o resultado naturalístico. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 69 C) permanentes, no momento em que cessa a permanência. D) omissivos próprios, com a simples omissão. E) culposos, com a prática da conduta imprudente, imperita ou negligente 50 Em matéria de erro, correto afirmar que A) o erro sobre a ilicitude do fato exclui a culpabilidade, por não exigibilidade de conduta diversa B) o erro sobre elemento constitutivo do tipo penal não exclui a possibilidade de punição por crime culposo. C) o erro sobre a ilicitude do fato, se evitável, isenta de pena. D) o erro sobre elemento constitutivo do tipo penal exclui a culpabilidade. E) o erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena, considerando-se as condições ou qualidades da vítima, e não as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 51 A respeito do dolo e da culpa, é correto afirmar que A) na culpa consciente o agente prevê o resultado e admite a sua ocorrência como consequência provável da sua conduta. B) no dolo eventual o agente prevê a ocorrência do resultado, mas espera sinceramente que ele não aconteça. C) a imprudência é a ausência de precaução, a falta de adoção das cautelas exigíveis por parte do agente. D) a imperícia é a prática de conduta arriscada ou perigosa, aferida pelo comportamento do homem médio. E) é previsível o fato cujo possível superveniência não escapa à perspicácia comum. 52 Fernando deu início à execução de um delito material, praticando atos capazes de produzir o resultado lesivo. Todavia, aliou-se à sua ação uma concausa I. preexistente, absolutamente independente em relação à conduta do agente que, por si só, produziu o resultado. II. concomitante, absolutamente independente em relação à conduta do agente que, por si só, produziu o resultado. III. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente, situada na mesma linha de desdobramento físico da conduta do agente, concorrendo para a produção do resultado. IV. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente, sem guardar posição de homogeneidade em relação à conduta do agente e que, por si só, produziu o resultado. O resultado lesivo NÃO será imputado a Fernando, que responderá apenas pelos atos praticados, nas situações indicadas em A) I, II e IV. B) III e IV. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 70 C) I e III. D) I e II. E) II, III e IV. 53 É correto afirmar que: A) Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. B) O agente que, involuntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, não responde pelos atos já praticados. C) Diz-se o crime tentado quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. D) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado, exceto culposamente. E) Não se pune a tentativa quando, por absoluta impropriedade do meio ou por ineficácia absoluta do objeto, é impossível consumar-se o crime. 54 O Código Penal, em seu art. 19, prevê que pelo resultado que agrava especialmente a pena só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente. NÃO se verifica a existência de crime agravado pelo resultado quando A) o agente mata intencionalmente a vítima com a finalidade de subtrair seus bens. B) a ação que redundar no fato-base for culposa e o evento qualificador culposo. C) a ação que redundar no fato-base for dolosa e o evento qualificador doloso. D) a ação que redundar no fato-base for dolosa e o evento qualificador culposo. E) a ação que redundar no fato-base for culposa e o evento qualificador doloso. 55 Referente à Teoria Geral do Crime, é correto afirmar: A) O erro de tipo essencial invencível exclui o dolo, mas permite a punição de crime culposo, se previsto em lei. B) O estado de necessidade agressivo ocorre quando o ato necessário se dirige contra a coisa que promana o perigo para o bem jurídico defendido. C) No caso de excesso culposo da legítima defesa, embora o agente somente possa resultar punido com a pena do crime culposo, quando prevista em lei esta estrutura típica, a vontadedeste é dirigida ao resultado, de modo que age, na realidade, dolosamente, mas, por erro vencível ou evitável, não sabe que transpôs os limites legais da causa de justificação e exercita defesa desnecessária. D) Nas discriminantes putativas, quando o erro recair sobre os limites ou o alcance da justificativa, estaremos diante do erro de tipo permissivo. E) Tanto a legítima defesa como o estado de necessidade possuem o caráter de agressão autorizada a bens jurídicos, com diferença, entretanto, de que no estado de necessidade ocorre uma ação predominantemente defensiva com aspectos agressivos, ao passo que na legítima defesa se dá uma ação predominantemente agressiva com aspectos defensivos. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 71 56 A respeito da tipicidade penal, é correto afirmar: A) Para a teoria da tipicidade conglobante, a tipicidade penal pressupõe a existência de normas proibitivas e a inexistência de preceitos permissivos da conduta em uma mesma ordem jurídica. B) As causas excludentes da ilicitude restringem-se àquelas previstas na Parte Geral do Código Penal. C) A figura do crime impossível prevista no art. 17 do Código Penal retrata hipótese de fato típico, mas inculpável. D) Pelo Código Penal, aquele que concretiza conduta prevista hipoteticamente como crime, mas que age em obediência à ordem de superior hierárquico que não seja notoriamente ilegal, pratica ação atípica penalmente. E) Nas hipóteses de estado de necessidade, o Código Penal prevê que o excesso doloso disposto no parágrafo único do art. 23 do Código Penal torna ilícita conduta originalmente permitida, o que não ocorre com o excesso culposo, que mantém a ação excessiva impunível. 57 Segundo entendimento doutrinário, o consentimento do ofendido (quando não integra a própria descrição típica), a adequação social e a inexigibilidade de conduta diversa constituem causas supralegais de exclusão, respectivamente, da A) tipicidade, da culpabilidade e da ilicitude. B) culpabilidade, da tipicidade e da ilicitude. C) ilicitude, da tipicidade e da culpabilidade. D) ilicitude, da culpabilidade e da tipicidade. E) culpabilidade, da ilicitude e da tipicidade. 58 Por si própria, a conduta de premeditar um crime de homicídio caracteriza A) início de execução. B) exaurimento. C) cogitação impunível. D) dolo. E) erro de proibição. 59 Com relação ao plano subjetivo do crime, A) as culpas concorrentes de regra se compensam. B) dolo indireto é aquele cometido com culpa consciente. C) não há tentativa de crime culposo e involuntário. D) de regra os crimes são culposos e, excepcionalmente, dolosos. E) a culpa inconsciente é impunível. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 72 60 Na estrutura do Direito Penal, a tentativa é instituto que diz respeito mais diretamente à ideia de A) tipicidade. B) antijuridicidade. C) culpabilidade formal. D) culpabilidade material. E) imputabilidade. 61 Segundo sua classificação doutrinária dominante, o chamado ofendículo pode mais precisamente caracterizar situação de exclusão de A) antijuridicidade. B) tipicidade. C) periculosidade. D) culpabilidade. E) punibilidade. 62 Aprovada em Sessão Plenária de 15 de dezembro de 1976, a Súmula 554 do Supremo Tribunal Federal enuncia que O pagamento de cheque emitido sem suficiente previsão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta o prosseguimento da ação penal. Com o advento da reforma da Parte Geral do Código Penal pela Lei no 7.209/1984, o sentido normativo dessa súmula passou a ser, no entanto, tensionado por importantes segmentos da doutrina brasileira, notadamente à luz do instituto denominado A) insignificância penal. B) desistência voluntária. C) arrependimento eficaz. D) arrependimento posterior. E) crime impossível. 63 Decididamente disposto a matar Tício, por erro de pontaria o astuto Caio acerta-lhe de leve raspão um disparo no braço. Porém, assustado com o estrondo do estampido, e temendo acordar a vizinhança que o poderia prender, ao invés de descarregar a munição restante, Caio estrategicamente decide socorrer o cândido Tício que, levado ao hospital pelo próprio algoz, acaba logo liberado com curativo mínimo. Caio primeiramente diz, em sua autodefesa, que o tiro ocorrera por acidente, chegando ardilosamente a indenizar de pronto todos os prejuízos materiais e morais de Tício com o fato, mas sua trama acaba definitivamente desvendada pela límpida investigação policial que se segue. Com esses dados já indiscutíveis, mais precisamente pode-se classificar os fatos como A) tentativa de homicídio. B) desistência voluntária. C) arrependimento eficaz. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 73 D) arrependimento posterior. E) aberratio ictus. 64 Quanto à tipicidade penal, é INCORRETO afirmar que, segundo a teoria A) causalista, conduta é um comportamento humano voluntário no mundo exterior que consiste em fazer ou não fazer alguma coisa. B) social, conduta é a manifestação externa da vontade humana que tenha relevância social. C) finalista, conduta é a atividade humana conscientemente dirigida a uma finalidade. D) da imputação objetiva, conduta é a atividade que cria ou incrementa um risco que, permitido ou não, produza resultado lesivo ou expositivo ao bem jurídico tutelado. E) da equivalência dos antecedentes, todos os fatores que concorrem fisicamente para a produção de um resultado criminoso naturalístico são considerados sua causa. 65 O erro inevitável sobre a ilicitude do fato e o erro sobre elementos do tipo excluem A) a punibilidade e a culpabilidade, respectivamente. B) a culpabilidade em ambos os casos. C) a culpabilidade e o dolo e a culpa, respectivamente. D) o dolo e a culpa em ambos os casos. E) a culpabilidade e o dolo, respectivamente. 66 Em direito penal: I. Reconhecida a tentativa, a pena há de ser diminuída na proporção inversa do iter criminis percorrido pelo agente. II. A causalidade, nos crimes comissivos por omissão, não é fática, mas jurídica, consistente em não haver atuado o omitente, como devia e podia, para impedir o resultado. III. O crime culposo comissivo por omissão pressupõe a violação por parte do omitente do dever de agir para impedir o resultado. IV. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, exclui a punibilidade e se confunde com o desconhecimento da lei. Está correto o que se afirma APENAS em A) I, II e III. B) I, II e IV. C) II, III e IV. D) III e IV. E) I e III. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 74 67 O arrependimento posterior, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa e onde existe a reparação do dano ou a restituição da coisa, segundo o art. 16 do Código Penal, deve ser considerado quanto à sua natureza jurídica como A) causa de exclusão da culpabilidade. B) circunstância atenuante. C) causa de exclusão da ilicitude. D) causa geral de diminuição de pena. E) forma privilegiada de cometimento de crime. 68 Assinale a alternativa INCORRETA: A) Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida até um terço. B) O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. C) Diz-se o crime tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. D) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. 69 Assinale a alternativa CORRETA: A) Nos crimes cometidos contra o patrimônio, indistintamente, reparado o dano ou restituída a coisa até o recebimentoda denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. B) Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de metade. C) Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o oferecimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. D) Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. E) Nos crimes e nas contravenções, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 70 Os crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão são aqueles A) cuja consumação se protrai no tempo, enquanto perdurar a conduta. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 75 B) em que a relação de causalidade é normativa. C) praticados mediante o “não fazer” o que a lei manda, sem dependência de qualquer resultado naturalístico. D) que se consumam antecipadamente, sem dependência de ocorrer ou não o resultado desejado pelo agente. E) que o agente deixa de fazer o que estava obrigado, ainda que sem a produção de qualquer resultado. 71 No que diz respeito aos estágios de realização do crime, é correto afirmar que A) se atinge a consumação com o exaurimento do delito. B) há arrependimento eficaz quando o agente, por ato voluntário, nos crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa. C) há desistência voluntária quando o agente, embora já realizado todo o processo de execução, impede que o resultado ocorra. D) na desistência voluntária e no arrependimento eficaz o agente só responde pelos atos já praticados, se típicos. E) a tentativa constitui circunstância atenuante. 72 É causa de exclusão da tipicidade, A) a insignificância do fato ou a sua adequação social, segundo corrente doutrinária e jurisprudencial. B) o erro inevitável sobre a ilicitude do fato. C) a coação moral irresistível. D) a não exigibilidade de conduta diversa. E) a obediência hierárquica. 73 No que concerne ao arrependimento eficaz e à desistência voluntária, é correto afirmar que A) a desistência voluntária só se caracteriza se o agente suspender a execução do delito por motivo nobre. B) agente, no arrependimento eficaz, não responde pelos atos já praticados. C) o arrependimento eficaz tem como pressuposto a consumação do delito. D) há desistência voluntária quando o agente suspende a execução do delito e continua a praticá-lo posteriormente, aproveitando-se dos atos já praticados. E) há desistência voluntária quando o agente suspende a execução do delito atendendo súplicas da vítima. 74 Assinale a alternativa incorreta A) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 76 anteriores, ressalvados os decididos por sentença condenatória transitada em julgado. B) O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. C) A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. D) A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. 75 Quanto à isenção de pena,assinale a alternativa incorreta: A) É isento de pena quem, por erro plenamente justifcado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. B) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. C) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um a dois terços. D) O desconhecimento da lei é inescusável. 76 Em relação ao dolo o Código Penal adota as teorias: A) Da vontade e do assentimento. B) Da vontade e da cognição. C) Da representação e do assentimento. D) Da probabilidade e da cognição. 77 O erro inevitável faz a conduta típica ser inteiramente desculpável quando tiver por objeto a A) lei. B) ilicitude do fato. C) pessoa da vítima. D) qualidade subjetiva ou a condição pessoal da vítima. E) eficácia do meio empregado. 78 Com relação à tentativa, assinale a alternativa INCORRETA: A) Tentativa branca é aquela em que o objeto material não é atingido pela conduta criminosa. B) Tentativa vermelha é aquela em que o objeto material é atingido pela atuação criminosa. C) Tentativa perfeita é aquela em que o agente, mesmo esgotando os meios executórios disponíveis, não consuma o crime, por circunstâncias alheias à sua vontade. D) Tentativa imperfeita é aquela em que o agente inicia a execução sem, contudo, utilizar Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 77 dos meios que tinha à sua disposição, não se consumando o crime, por circunstâncias alheias à sua vontade. E) Tentativa imperfeita é aquela em que o agente, mesmo esgotando os meios executórios disponíveis, não consuma o crime, por circunstâncias alheias à sua vontade. 79 Estudantes universitários, em greve por melhores condições de ensino, invadiram e depredaram severamente o prédio da reitoria. Foram afinal condenados como incursos nas penas do artigo 200 do Código Penal, posto que, no curso de seu movimento grevista, praticaram violência contra coisa. Com base nesses dados, cabe dizer que a sentença condenatória deve ser reformada, uma vez que a conduta dos réus NÃO foi; A) típica. B) voluntária. C) consciente. D) culposa. E) culpável. 80 Na tentativa punível, o correspondente abatimento na pena intensifica-se segundo A) a aptidão para consumar. B) a periculosidade demonstrada. C) a lesividade já efetivada. D) o itinerário já percorrido. E) o exaurimento já alcançado. 81 A “capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento” e “a contradição entre uma conduta e o ordenamento jurídico” são, respectivamente, conceitos da A) imputabilidade e da tipicidade. B) culpabilidade e da tipicidade. C) imputabilidade e da ilicitude. D) culpabilidade e da ilicitude. E) culpabilidade e da imputabilidade. 82 Não há crime sem . A) dolo. B) resultado naturalístico. C) imprudência. D) conduta. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 78 E) lesão. 83 Na análise do caminho percorrido para a realização do delito, a doutrina penalista construiu o conceito de iter criminis, identificando as fases que o compõem e os seus reflexos na responsabilidade penal do agente. Diante desse conceito, podemos afirmar corretamente que: A) A cogitação, a deliberação e a resolução, por integrarem a fase interna do iter criminis, não são passíveis de punição. B) A manifestação da ideia criminosa em nenhuma hipótese constituirá fato punível, haja vista revelar-se inidônea à configuração do delito objetivado e à caracterização de outra figura típica autônoma. C) A preparação, componente da fase externa do iter criminis, permite a responsabilização penal do agente pela tentativa do crime fim. D) A execução configura-se pela utilização de meios inidôneos a atingir o resultado criminoso, sujeitando o agente à punição pela tentativa, mesmo diante da impossibilidade de se consumar o delito. E) A consumação somente estará caracterizada com o esgotamentoda atividade criminosa e a efetiva lesão material ao bem jurídico tutelado, mesmo nos casos de crimes formais ou de mera conduta. 84 Um policial civil regularmente designado para atuar como responsável pela carceragem de uma Delegacia de Polícia é cientificado por familiares de um preso temporário que este sofre de “diabetes” grave e que necessita de constantes injeções de “insulina” para manter a doença sob controle, sendo- lhe exibido o respectivo laudo médico. O agente público simplesmente ignora esta informação e não a transmite aos seus superiores hierárquicos, mantendo o indivíduo no cárcere sem qualquer assistência médica. Dias depois, o preso é encontrado caído no chão da cela com visíveis sinais tanatológicos, sendo o óbito constatado e a causa mortis apurada como decorrente da ausência de controle glicêmico. No caso em tela o policial civil estará sujeito à responsabilização penal pela prática do crime de: A) Homicídio. B) Omissão de socorro. C) Prevaricação. D) Tortura. E) Abuso de autoridade. 85 Levando em conta o que sustenta a teoria tripartida do conceito analítico de crime, o fato típico, a antijuridicidade e a culpabilidade são tidos como elementos componentes da figura delituosa, sem os quais este ente jurídico-penal não se aperfeiçoa. Com fundamento na referida conceituação e em seus desdobramentos no direito penal, podemos afirmar corretamente que são causas supralegais de exclusão da tipicidade: A) Inexigibilidade de conduta diversa e erro de tipo permissivo. B) Coação moral irresistível e erro de proibição. C) Insignificância da lesão ao bem jurídico e adequação social da conduta. D) Embriaguez preordenada e obediência hierárquica. E) Coação física irresistível e violenta emoção. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 79 86 A ideia de insignificância penal centra-se no conceito A) formal de crime. B) material de crime. C) analítico de crime. D) subsidiário de crime. E) aparente de crime. 87 No tocante aos crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que A) a subtração de coisa comum não constitui crime. B) é cabível o arrependimento posterior no crime de extorsão. C) o dano culposo constitui infração de menor potencial ofensivo. D) a apropriação indébita admite a figura priveligiada do delito. E) no estelionato praticado em prejuízo de irmão a ação penal é privada. 88 O arrependimento posterior A) permite, como causa geral de diminuição, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal. B) não permite, como circunstância atenuante, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal. C) exclui a tipicidade da conduta. D) não permite, como causa geral de diminuição, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal. E) permite, como circunstância atenuante, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal. 89 A tentativa A) constitui causa geral de diminuição da pena, devendo o respectivo redutor corresponder à culpabilidade do agente. B) é impunível nos casos de ineficácia absoluta do meio e de relativa impropriedade do objeto. C) exige comportamento doloso do agente. D) não prescinde da realização de atos de execução, ainda que se trate de contravenção penal. E) dispensa o exaurimento da infração, necessário apenas para que se reconheça a consumação. 90 Direito Penal Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 80 São elementos objetivos da relação de tipicidade A) a conduta, o resultado e a relação de causalidade. B) a antijuridicidade e a culpabilidade. C) as circunstâncias do fato. D) o dolo e a culpa. E) a imputabilidade e o juízo de reprovação. 91 No que se refere aos elementos do crime, é correto afirmar que A) o estrito cumprimento do dever legal exclui a imputabilidade. B) o dolo e a culpa integram a tipicidade e a culpabilidade, respectivamente. C) o arrependimento eficaz afasta a ilicitude. D) a exigibilidade de conduta diversa é pressuposto da culpabilidade. E) o crime impossível extingue a punibilidade. 92 No que concerne aos crimes consumado e tentado, é correto afirmar: A) Há crime consumado quando o agente praticou todos os atos necessários à consumação do delito, que não ocorreu por circunstâncias alheias à sua vontade. B) A cogitação não externada a terceiros da prática de um delito só é punível a título de culpa. C) O crime de peculato culposo não admite tentativa. D) Por ser a tentativa a realização incompleta do tipo penal, no crime tentado não há tipicidade. E) A consumação do crime de concussão ocorre com o recebimento da vantagem indevida. 93 A respeito da relação de causalidade, é INCORRETO afirmar: A) Se o evento resultou de causa absolutamente independente, o agente por ele responde a título de culpa. B) Concausa é a confluência de uma causa na produção de um mesmo resultado, estando lado a lado com a ação do agente. C) A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado, imputando-se, porém, os fatos anteriores a quem os praticou. D) O Código Penal brasileiro considera causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. E) O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. 94 O arrependimento posterior Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 81 A) não influi no cálculo da prescrição penal. B) prescinde de voluntariedade do agente. C) deve ocorrer até o oferecimento da denúncia ou da queixa. D) constitui circunstância atenuante, a ser considerada na segunda etapa do cálculo da pena. E) pode reduzir a pena abaixo do mínimo previsto para o crime. 95 Quanto aos crimes contra o patrimônio, é possível afirmar que A) na extorsão o agente busca a obtenção de vantagem ilícita, ainda que não econômica. B) a fraude, no furto qualificado, antecede o apossamento da coisa e é a causa de sua entrega ao agente pela vítima. C) a receptação qualificada exige que a coisa seja recebida pelo agente no exercício de atividade comercial ou industrial clandestinas. D) o delito de dano culposo contra o patrimônio da União é de ação penal pública incondicionada. E) é incabível o arrependimento posterior no crime de roubo. 96 Em matéria de dolo e culpa, é correto afirmar que A) é indispensável a previsibilidade do resultado pelo agente nos crimes culposos. B) é prescindível o nexo causal entre a conduta e o resultado nos crimes culposos. C) há culpa consciente quando o agente não prevê o resultado, embora este seja previsível. D) excluem a culpabilidade, se ausentes. E) o agente só responderá pelo resultado que agrava especialmente a pena quando o houver causado dolosamente. 97 De acordo com o Código Penal, o erro sobre a ilicitude do fato, A) se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. B) é inescusável. C) se inevitável, diminui a pena de um sexto a um terço; se evitável, será inescusável. D) se inevitável, exclui a tipicidade; se evitável, exclui a ilicitude do fato. E) reduz a pena à metade. 98 Consumam-se com o resultado os crimes A) formais e omissivos próprios. B) omissivos impróprios e materiais. C) formais e omissivos impróprios. D) materiais e omissivos próprios. E) materiais e de mera conduta. 99 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 82 Em Direito Penal, o erro A) de tipo, se for invencível, exclui a tipicidade dolosa e a culposa. B) que recai sobre a existência de situação de fato que justificaria a ação, tornando-a legítima, é tratado pelo Código Penal como erro de proibição, excluindo-se, pois, a tipicidade da conduta. C) de tipo exclui o dolo e a culpa grave, mas não a culpa leve. D) de proibição é irrelevante para o Direito Penal, pois, nos termos do caput do art. 21 do Código Penal, “o desconhecimentoda lei é inescusável”. E) de proibição exclui a consciência da ilicitude, que, desde o advento da teoria finalista, integra o dolo e a culpa. 100 Augusta, funcionária pública municipal, subtraiu da repartição em que trabalhava, uma máquina fotográfica, patrimônio da Prefeitura, que era utilizada na realização de perícias. Vários dias depois, arrependida, procurou a sua superiora hierárquica, confessou a subtração e devolveu a máquina referida. Nesse caso, na ação penal resultante desse fato, Augusta A) será inocentada, por ter ocorrido arrependimento eficaz. B) responderá por tentativa de peculato. C) terá sua pena reduzida de um a dois terços. D) não terá nenhum benefício, por tratar-se de crime contra a Administração Pública. E) será inocentada, por ter ocorrido desistência voluntária. 101 Sobre o crime, de acordo com o Código Penal, é correto afirmar: A) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado dolosamente. B) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta ou relativa do meio, é impossível consumar-se o crime. C) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena e, se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. D) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena e serão consideradas, neste caso, também, as condições ou qualidades da vítima. E) Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, ainda que não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. 102 A respeito da tentativa, considere: I. o meio empregado é absolutamente ineficaz para a obtenção do resultado. II. o agente suspende espontaneamente a execução do delito após tê-la iniciado. III. o meio empregado é relativamente inidôneo para a obtenção do resultado. IV. o agente suspende a execução do delito em razão da resistência oposta pela vítima. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 83 V. o agente, após ter esgotado os meios de que dispunha para a prática do crime, impede que o resultado se produza. Há crime tentado nas situações indicadas APENAS em A) III e IV. B) I e IV. C) I, II e IV. D) II e III. E) II, III, IV e V. 103 A respeito do dolo e da culpa, é certo que A) a negligência é o comportamento doloso realizado com precipitação ou insensatez. B) o dolo eventual tem previsão legal diferente do dolo direto para fins de aplicação da pena. C) a imprudência é a modalidade da culpa em que o agente, por descuido ou desatenção, deixa de tomar o cuidado que determinada atividade exigia. D) ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, salvo os casos expressos em lei, senão quando o pratica dolosamente. E) se o agente e o ofendido agiram com culpa, a culpa de um compensa a do outro, excluindo a conduta delituosa. 104 Considere a prática de fato criminoso por: I. desconhecimento da lei. II. erro inevitável sobre a ilicitude do fato. III. erro evitável sobre a ilicitude do fato. IV. erro plenamente justificado pelas circunstâncias, que leva à suposição de situação de fato que, se existissem, tornaria a ação legítima. O agente é isento de pena nas situações indicadas APENAS em A) I, II e IV. B) I e III. C) e IV. D) II e IV. E) III e IV. 105 A respeito do crime tentado e do crime consumado, é correto afirmar que A) a consumação do crime de concussão ocorre com o recebimento da vantagem indevida. B) a interrupção da execução do delito por desistência do agente caracteriza o crime tentado. C) a consumação do crime de corrupção passiva ocorre com o recebimento da vantagem indevida. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 84 D) os atos preparatórios fazem parte da execução do delito, caracterizando o crime tentado. E) a ocorrência do resultado é indispensável para a caracterização do crime culposo. 106 A respeito do dolo e da culpa, considere: I. Presume-se a culpa do agente quando infringir disposição regulamentar. II. Para a existência de ilícito contravencional não se exige dolo, nem culpa, mas apenas ação ou omissão voluntária. III. Se a vítima e o agente tiverem culposamente dado causa ao evento, este somente será penalmente responsável se a sua culpa for mais grave que a daquela. Está correto o que se afirma APENAS em A) I. B) II. C) I e II. D) I e III. E) II e III. 107 A respeito dos elementos do crime, é correto afirmar que A) o crime cujo tipo descreve conduta comissiva não pode ser praticado por omissão. B) o nexo de causalidade é a ligação entre a vontade do agente e a conduta delituosa. C) o resultado pode se restringir ao perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal. D) tipicidade é a relação entre a ação delituosa e o resultado almejado pelo agente. E) não exclui a imputação a superveniência de causa relativamente independente que por si só produziu o resultado. 108 No tocante ao crime culposo, é possível assegurar que A) a inobservância de disposição regulamentar não faz presumir a culpa. B) a culpa concorrente da vítima exclui a do acusado. C) é desnecessária previsão de punição a título de culpa na respectiva figura penal. D) é admissível a tentativa. E) é dispensável a previsibilidade do resultado. 109 Para a doutrina finalista, o dolo integra a Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 85 A) culpabilidade. B) tipicidade. C) ilicitude. D) antijuridicidade. E) punibilidade. 110 Os crimes que resultam do não fazer o que a lei manda, sem dependência de qualquer resultado naturalístico, são chamados de A) comissivos por omissão. B) formais. C) omissivos próprios. D) comissivos. E) omissivos impróprios. 111 A disposição legal contida no art. 13, parágrafo segundo do CP, segundo a qual a omissão apresenta valor penal quando o agente devia e podia agir para evitar o resultado, corresponde corretamente à ideia ou ao conceito de A) causalidade normativa. B) possibilidade de punição superveniente de causa independente ao delito. C) causalidade entre a omissão e o resultado naturalístico. D) desnecessária conjugação do dever legal e possibilidade real de agir. E) regra aplicável somente aos crimes omissivos próprios. 112 Em razão da concepção normativa do dolo, o erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo se A) incidir exclusivamente nos elementos objetivos, normativos e subjetivos da definição legal. B) incidir nos elementos objetivos, normativos e subjtivos da definição legal além de outros elementos ou circunstâncias que qualificam o crime ou aumentam a pena. C) a concepção normativa do dolo exigir apenas o resultado naturalístico e não se considerar a consciência da ilicitude para a caracterização do erro. D) não incidir nos elementos, causas ou circunstâncias que qualificam o crime ou aumentam a pena. E) incidir apenas nos elementos normativos do tipo legal do crime. 113 Paulo foi até a casa de Pedro e ministrou-lhe dose letal de veneno, retirando-se, em seguida, do local. Antes de Pedro começar a sentir os efeitos do veneno, o teto do imóvel desabou e Pedro foi atingido por uma viga, vindo a falecer por traumatismo craneano. Nesse caso, Paulo Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 86 A) responde por tentativa de homicídio, pois causa superveniente por si só produziu o resultado. B) responde por homicídio porque deu início à execução desse delito, que veio a se consumar. C) responde por homicídio porque a causa superveniente encontrava-se na linha de desdobramento da sua conduta. D) não responde por nenhum delito porque o evento morte ocorreu em decorrência de causa superveniente absolutamente independente. E) responde por lesões corporaispor ter feito Pedro ingerir substância nociva à sua saúde. 114 São elementos do crime culposo a A) não observância do dever de cuidado e a previsibilidade do resultado. B) possibilidade de conhecer a ilicitude do fato e a imputabilidade. C) previsibilidade do resultado e a exigibilidade de conduta diversa. D) imputabilidade e a não observância do dever de cuidado. E) exigibilidade de conduta diversa e a possibilidade de conhecer a ilicitude do fato. 115 O critério utilizado pela jurisprudência para fixar o quantum de redução da pena pela tentativa considera, basicamente, A) a incidência de circunstâncias atenuantes ou agravantes. B) a culpabilidade do agente. C) o grau de culpa do agente. D) a relevância do bem jurídico protegido. E) a maior ou menor proximidade da consumação. 116 A relação de causalidade A) não fica excluída pela superveniência de causa relativamente independente. B) não está regulada, em nosso sistema, pela teoria da equivalência dos antecedentes causais. C) é normativa nos crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão. D) é dispensável nos crimes materiais. E) é imprescindível nos crimes formais. 117 Paulo abordou a vítima Pedro em via pública e, mediante grave ameaça com emprego de arma de fogo, anunciou o assalto e exigiu a entrega da carteira com dinheiro. No momento em que Pedro retirava a carteira do bolso para entregar para Paulo este resolveu ir embora espontaneamente sem subtrair a res. Trata-se de hipótese típica de Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 87 A) arrependimento eficaz. B) desistência voluntária. C) tentativa. D) arrependimento posterior. E) crime impossível. 118 A pessoa que tiver cometido um ato no exterior considerado como crime pelo Estado estrangeiro e como contravenção penal pelo ordenamento jurídico do Brasil A) não será extraditada em respeito ao princípio da autodeterminação dos povos. B) não será extraditada em respeito ao principio da presunção de inocência. C) não será extraditada, porém permanecerá presa no Brasil, onde responderá pelo ato praticado no exterior em respeito ao princípio da cooperação mútua. D) será extraditada em respeito ao princípio da cooperação mútua. E) não será extraditada, face ao não preenchimento do requisito da dupla tipicidade. 119 Admite-se a tentativa A) nas contravenções. B) nos crimes omissivos puros. C) nos crimes culposos. D) nos crimes unisubsistentes. E) nos crimes comissivos por omissão. 120 João, com a intenção de matar, golpeou José com uma faca, ferindo-o. Em condições normais, o ferimento teria configurado apenas lesão corporal leve. No entanto, por ser a vítima diabética, a lesão se agravou e esta veio a falecer em razão do ocorrido. Nesse caso, João responderá por A) homicídio doloso. B) tentativa de homicídio. C) lesões corporais graves. D) lesões corporais leves. E) homicídio culposo. 121 A respeito da relação de causalidade, considere as teorias abaixo propostas pela doutrina: I. Teoria da causalidade adequada:um determinado evento só será produto da ação humana quando esta tiver sido apta e idônea a gerar o resultado. II. Teoria da equivalência das condições:quaisquer das condições que compõem a totalidade dos antecedentes é causa do resultado, pois a sua inocorrência impediria produção do evento. III. Teoria da imputação objetiva:só pode ser imputado ao agente a prática de um resultado delituoso Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 88 quando o seu comportamento tiver criado, realmente, um risco não tolerado, nem permitido, ao bem jurídico. O Código Penal brasileiro adotou a (s) teoria (s) indicada (s) APENAS em A) I. B) I e II. C) I e III. D) II. E) II e III. 122 Quando o agente dá início à execução de um delito e desiste de prosseguir em virtude da reação oposta pela vítima, ocorre A) arrependimento eficaz. B) crime consumado. C) fato penalmente irrelevante. D) desistência voluntária. E) crime tentado. 123 Sobre a teoria geral do delito, é correto afirmar: A) O erro de tipo afeta a compreensão da tipicidade subjetiva culposa, enquanto o erro de proibição afeta o entendimento sobre a ilicitude do agente que praticou o injusto penal, podendo levar à sua exclusão. B) O erro de tipo tem como consequência jurídica a exclusão do dolo e, portanto, a exclusão da tipicidade dolosa da conduta, podendo, no caso penal concreto, ser vencível ou invencível. C) O fato de um consumidor de uma loja de joias tocar um abajur sem saber que serve de apoio a uma prateleira, que despenca e quebra uma rara peça de arte é exemplo de erro de proibição. D) Havendo orientação da Autoridade Administrativa acerca da legitimidade da conduta, a prática da ação realiza-se coberta pela boa-fé de que não é a mesma ilegal, atuando o agente em erro de tipo permissivo. E) A partir da adoção da teoria limitada da culpabilidade pelo Código Penal, tanto na hipótese de ser o erro de tipo essencial vencível quanto na hipótese de ser invencível, a consequência jurídica é a exclusão do juízo de culpabilidade do agente que se equivoca em relação às circunstâncias concomitantes do ato praticado. 124 Miro, em mera discussão com Geraldo a respeito de um terreno disputado por ambos, com a intenção de matá-lo, efetuou três golpes de martelo que atingiram seu desafeto. Imediatamente após o ocorrido, no entanto, quando encerrados os atos executórios do delito, Miro, ao ver Geraldo desmaiado e perdendo sangue, com remorso, passou a socorrer o agredido, levando-o ao hospital, sendo que sua postura foi fundamental para que a morte do ofendido fosse evitada, pois foi providenciada a devida transfusão de sangue. Geraldo sofreu lesões graves, uma vez que correu perigo de vida, segundo auto de exame de corpo de delito. Nesse caso, é correto afirmar: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 89 A) Miro responderá pelo crime de lesão corporal gravíssima previsto no art. 129, § 2o, do Código Penal, em vista da sua vontade inicial de matar a vítima e da quantidade de golpes, circunstâncias que afastam a validade do auto de exame de corpo de delito. B) Incidirá a figura do arrependimento eficaz e Miro responderá por lesões corporais graves. C) Incidirá a figura do arrependimento posterior, com redução de eventual pena aplicada. D) Incidirá a figura da desistência voluntária e Miro responderá por lesões corporais graves. E) Miro responderá por tentativa de homicídio simples, já que o objetivo inicial era a morte da vítima. 125 Se o agente, para a prática de estelionato, utiliza-se de documento falsificado de forma grosseira, inidôneo para iludir a vítima, caracteriza-se A) crime impossível. B) crime provocado. C) erro sobre elementos do tipo. D) crime putativo. E) tentativa de crime. 126 O erro em matéria penal A) afasta a culpabilidade, se o engano recai sobre elemento do tipo penal. B) exclui sempre o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. C) reflete na culpabilidade, de modo apenas a atenuála, se o engano incide sobre elemento do tipo penal. D) afasta a tipicidade, se o engano incide sobre a ilicitude do fato. E) reflete na culpabilidade, podendo inclusive excluí-la, se o engano recai sobre a ilicitude do fato. 127 São crimes que se consumam no momento em que o resultado é produzido: A) omissivos impróprios e materiais. B) materiais e omissivos próprios. C) culposos e formais. D) de mera conduta e omissivos impróprios. E) permanentes e formais. 128 Nos crimes preterdolosos, A) o agente prevê o resultado, mas espera que este não aconteça. B) o dolo do agente é subsequente ao resultado culposo. C) há maior intensidade de dolo por parte do agente. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-9790 D) o agente é punido a título de dolo e também de culpa. E) o agente aceita, conscientemente, o risco de produzir o resultado. 129 No dolo eventual, A) o agente, conscientemente, admite e aceita o risco de produzir o resultado. B) a vontade do agente visa a um ou outro resultado. C) o sujeito prevê o resultado, mas espera que este não aconteça. D) o sujeito não prevê o resultado, embora este seja previsível. E) o agente quer determinado resultado. 130 A tentativa é A) imperfeita quando o agente realiza toda a fase de execução e o resultado não ocorre por circunstâncias alheias à sua vontade. B) punível nas contravenções penais. C) circunstância atenuante, incidindo na segunda etapa do cálculo da pena. D) impunível nos casos de ineficácia relativa do meio e de absoluta impropriedade do objeto. E) inadmissível nos crimes culposos. 131 Podem ser consideradas causas supralegais de exclusão do crime A) o exercício regular de direito e a inimputabilidade, afastando a ilicitude e a culpabilidade, respectivamente. B) a insignificância e o erro sobre a ilicitude do fato, ambas afastando a culpabilidade. C) a adequação social e a coação moral irresistível, ambas afastando a tipicidade. D) o consentimento do ofendido, nos casos em que não integrar a descrição típica, e a inexigibilidade de conduta diversa. E) as descriminantes putativas e a coação física irresistível. 132 No trajeto do transporte de dois presos para o foro criminal por agentes penitenciários um deles saca de um instrumento perfurante e desfere diversos golpes contra o outro preso. Os agentes da lei presenciaram a ação desde o início e permaneceram inertes. Na conduta dos agentes A) há amparo pela excludente de ilicitude do exercício regular do direito, deixando de agir por exposição do risco às próprias vidas. B) a omissão é penalmente irrelevante porque a causalidade é fática. C) não há punição porque o Estado criou o risco da ocorrência do resultado. D) a omissão é penalmente relevante porque a causalidade é normativa. E) a omissão é penalmente relevante porque a causalidade é fática-normativa. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 91 133 Os crimes culposos A) admitem tentativa. B) não dispensam a previsibilidade do resultado pelo agente. C) não admitem co-autoria. D) independem de expressa previsão legal. E) não admitem a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 134 O erro sobre a ilicitude do fato A) reflete na culpabilidade, de modo a excluir a pena ou diminuí-la. B) exclui o dolo e a culpa. C) reflete na culpabilidade, sempre isentando de pena. D) extingue a punilidade. E) exclui o dolo, mas permite a punção por crime culposo, se previsto em lei. 135 O resultado é prescindível para a consumação nos crimes A) materiais e de mera conduta. B) formais e materiais. C) formais e omissivos impróprios. D) omissivos próprios e materiais. E) de mera conduta e formais. 136 O agente iniciou a execução de um delito, cuja consumação não ocorreu pela: I. Ineficácia relativa do meio empregado. II. Impropriedade absoluta do objeto. III. Reação da vítima. IV. Ineficácia absoluta do meio empregado. V. Impropriedade relativa do objeto. Haverá tentativa punível na(s) hipótese(s) indicada(s) SOMENTE em A) I, III e V. B) III. C) I e V. D) II e IV. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 92 E) I, II e IV. 137 O art. 14, § único, do Código Penal dispõe que "salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços". O percentual de diminuição de pena a ser considerado levará em conta A) a intensidade do dolo. B) o inter criminis percorrido pelo agente. C) a periculosidade do agente. D) a reincidência. E) os antecedentes do agente. 138 O arrependimento posterior é A) causa de extinção da punibilidade. B) conduta que impede a produção do resultado. C) circunstância atenuante. D) causa obrigatória de aumento de pena. E) causa obrigatória de diminuição de pena. 139 João, com intenção de matar, agrediu José a golpes de faca, ferindo-o no abdome. Atendido por terceiros, José foi levado a um hospital. Quando estava sendo medicado, ocorreu um incêndio no hospital e José morreu queimado. Nesse caso, João responderá por A) lesões corporais leves. B) lesões corporais graves. C) homicídio doloso. D) tentativa de homicídio. E) homicídio culposo. 140 Ocorre desistência voluntária quando o agente suspende a execução do delito de homicídio A) temporariamente para prosseguir mais tarde. B) atemorizado com os gritos da vítima. C) atendendo a súplica da vítima. D) por ter a vítima fugido do local. E) por ter escutado o barulho de sirene. 141 Com relação ao sujeito ativo e passivo do crime, é correto afirmar que Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 93 A) a pessoa jurídica, como titular de bens jurídicos protegidos pela lei penal, pode ser sujeito passivo de determinados crimes. B) sujeito ativo do crime é o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta criminosa. C) sujeito passivo do crime é aquele que pratica a conduta típica descrita na lei, ou seja, o fato típico. D) o Estado, pessoa jurídica de direito público, não pode ser sujeito passivo de crime, sendo apenas o funcionário público diretamente afetado pela conduta criminosa. E) o homem pode ser, ao mesmo tempo, sujeito ativo e sujeito passivo de crime, como no caso de autolesão para a prática de fraude contra seguro (art. 171, parágrafo 2º, inc. V, CP). 142 João, dirigindo um automóvel, com pressa de chegar ao seu destino, avançou com o veículo contra uma multidão, consciente do risco de ocasionar a morte de um ou mais pedestres, mas sem se importar com essa possibilidade. João agiu com A) dolo direto. B) culpa. C) dolo indireto. D) culpa consciente. E) dolo eventual. 143 Dentre os elementos do fato típico, NÃO se inclui A) o resultado. B) a ação ou a omissão. C) o dolo ou a culpa. D) a relação de causalidade. E) a tipicidade. 144 Em matéria de tipicidade, A) o uso de expressões "indevidamente", "sem justa causa" representa a presença, no tipo, de um elemento normativo. B) o uso da expressão "para o fim de ..." representa a presença, no tipo, de um elemento objetivo especial. C) no caso de tentativa, há tipicidade direta anormal. D) considera-se tipo permissivo a descrição abstrata de uma ação proibida. E) considera-se tipo anormal o que descreve as hipóteses de inimputabilidade total ou parcial. 145 A respeito da tentativa, é correto afirmar: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 94 A) Trata-se de uma ampliação, contida na parte especial do Código Penal, da proibição típica. B) Há tentativa a partir da prática dos atos que antecedem o começo da execução até o momento da consumação. C) Não há co-autoria em crime tentado. D) Enquanto os atos preparatórios ingressam no âmbito do proibido, os atos da tentativa não ingressam. E) Se falta algum elemento objetivo do tipo não se pode falar em tentativa. 146 No caso de crime impossível é correto afirmar: A) Se os meios empregados são ineficazes para alcançar o resultado, mesmo que o agente acredite que são eficazes e aja para evitar o resultado, haverá crime impossível e não arrependimento eficaz. B) Se houver absoluta ineficácia do meio a tentativa é atípica, mas punível. C) A ausência da menção da inidoneidade no art. 17 do Código Penal, que só trata da ineficácia do meio e da impropriedade do objeto, não pode ser resolvida com a analogia in bonam partem. D) Nos casos de flagrante preparado, porque o bem está inteiramente protegido, não se pode dizer que há crime impossível.E) Para sua configuração é necessário tanto que o meio seja absolutamente ineficaz, quanto que o objeto seja absolutamente impróprio. 147 Agnelo foi acusado de praticar quatro roubos e dois furtos no decorrer de 2001. Pela prática de dois roubos foi condenado definitivamente em 2003, quanto aos outros dois crimes de roubo pende recurso da defesa, em um, e da acusação, no outro. Pela prática de um crime de furto foi condenado definitivamente em 2002, no outro processo, a sentença condenatória transitou em julgado para a defesa e o Ministério Público recorreu. Pode-se afirmar, tendo em vista a Parte Geral do Código Penal de 1984, que Agnelo é A) reincidente específico em crime de furto, porque já tem duas condenações pela prática desse crime. B) reincidente específico em crime de roubo, porque só transitou em julgado para as partes sentença condenatória relativa a crime de roubo. C) reincidente, mas não específico, porque na reforma, de 1984, da Parte Geral do Código Penal, não foi adotada a figura da reincidência específica. D) primário, pois não consta tenha cometido novo crime após o trânsito em julgado de sentença penal que o tenha condenado por crime anterior. E) tecnicamente primário, conforme prevê a Parte Geral do Código Penal, pois, embora não conste que tenha cometido novo crime após o trânsito em julgado de decisão penal condenatória já tem outras condenações. 148 Há tentativa punível quando o agente A) deu início à execução do delito que não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade. B) cogitou da prática do delito. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 95 C) cogitou e decidiu praticar o delito. D) deu início ao delito que não se consumou pela própria vontade do agente. E) armou-se dos instrumentos necessários à prática da infração penal. 149 No tocante à culpa, considere: I. Conduta arriscada, caracterizada pela intempestividade, precipitação, insensatez ou imoderação. II. Falta de capacidade, despreparo ou insuficiência de conhecimentos técnicos para o exercício de arte, profissão ou ofício. III. Displicência, falta de precaução, indiferença do agente, que, podendo adotar as cautelas necessárias, não o faz. As situações descritas caracterizam, respectivamente, a A) negligência, imprudência e imperícia. B) imperícia, negligência e imprudência. C) imprudência, imperícia e negligência. D) imperícia, imprudência e negligência. E) negligência, imperícia e imprudência. 150 Denomina-se crime complexo o que A) exige que os agentes atuem uns contra os outros. B) se enquadra num único tipo legal. C) é formado pela fusão de dois ou mais tipos legais de crime. D) exige a atuação de dois ou mais agentes. E) atinge mais de um bem jurídico. DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 1 Um indivíduo sofreu uma lesão e teve a capacidade de movimentar a perna direita reduzida em 95%. De acordo com o art. n° 129 do Código Penal Brasileiro, em qual classificação o caso se encaixa mais especificamente? A) Debilidade permanente de membro, sentido ou função. B) Deformidade permanente. C) Perigo de vida. D) Lesão corporal grave. E) Perda ou inutilização de membro, sentido ou função. 2 De acordo com o art. n° 129 do Código Penal Brasileiro, assinale a alternativa correta. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 96 A) Perigo de vida não é considerado lesão corporal. B) Aborto é lesão corporal de natureza grave. C) Uma criança que sofreu lesão corporal que a incapacita para as ocupações habituais por 20 dias se enquadra nesse art. 129 do CPB. D) Incapacidade permanente para o trabalho é lesão grave. E) Considera-se lesão corporal seguida de morte quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. 3 Em relação aos crimes contra a pessoa, assinale a alternativa correta. A) Pratica o crime de lesão corporal de natureza grave, a pessoa que ofender a integridade corporal de outrem, causando-lhe incapacidade para as ocupações habituais, por dez dias. B) Não constitui injúria, difamação ou calúnia punível, a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador. C) No homicídio doloso, a pena é aumentada de um terço se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. D) No delito de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, a pena é duplicada se o crime é praticado por motivo egoístico. E) Deve ser punido o aborto praticado por médico, ainda que não exista outro meio de salvar a vida da gestante. 4 Lesão corporal de natureza grave é aquela da qual resulta A) deformidade permanente. B) incapacidade permanente para o trabalho. C) violência doméstica. D) feminicídio. E) aceleração de parto. 5 Sobre a exceção de verdade no crime de difamação, pode-se afirmar: A) Admite-se de forma ampla, sem qualquer restrição. B) Não se admite. C) Admite-se somente se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa. D) Admite-se somente se o ofendido é pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência. E) Admite-se somente se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. 6 Sobre o homicídio culposo, é correto afirmar que: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 97 A) não admite perdão judicial. B) admite a compensação das culpas do agente e da vítima. C) admite as formas tentada e consumada. D) sua pena é aumentada se o agente foge para evitar a prisão em flagrante. E) não admite concorrência de culpas, mas sua pena é aumentada se coexistirem condutas culposas por parte da mesma pessoa. 7 Ficou comprovado que houve assassinato, pela única razão de menosprezo à condição de mulher, praticado por Samuel contra sua vizinha Maria de Fátima, de trinta anos de idade, que possuía um filho ao qual deu à luz dois meses exatos antes do crime. Com base nas disposições da Lei no 13.104/2015 (Lei do Feminicídio), nesse caso, o crime de feminicídio A) está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um terço até a metade. B) não está caracterizado, pois não houve violência doméstica. C) está caracterizado em sua modalidade simples, não havendo aumento de pena. D) está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um a dois terços. E) está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um sexto a um terço. 8 A pena no homicídio culposo é aumentada de 1/3 (um terço), I. Se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício. II. Se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima. III. Se o agente foge para evitar prisão em flagrante. IV. Se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. V. Se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. Está correto o que se afirma APENAS em A) I, II e IV. B) II, III e IV. C) I, II e III. D) II, III e V. E) I, III e V. 9 Comete o crime de A) difamação aquele que ofende a dignidade de pessoa morta. B) denunciação caluniosa aquele que provoca ação de autoridade comunicando-lhe ocorrência de vias de fato que sabe não ter se verificado. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 98 C) calúnia aquele que imputa crime sabendo ser a pessoa inocente e dá causa à instauração de inquérito policial. D) injúria aquele que ofende a dignidade de alguém com utilização de elementos referentes à condição de pessoa idosa. E) desacato aquele que ofende a dignidade da Polícia Militar ao expor opinião pejorativa sobre a instituição. 10 Tício, logo após haversido provocado injustamente por Mévio, sob o domínio de violenta emoção, pratica atos de violência contra Mévio, que vem a falecer imediatamente em função dos golpes de barra de ferro desferidos por Tício contra a sua cabeça. Em função de seu comportamento ilícito, Tício deverá responder pelo delito de: A) homicídio privilegiado B) homicídio qualificado por motivo torpe C) homicídio qualificado por emprego de meio cruel D) homicídio qualificado por emprego de forma insidiosa 11 Mariana, menor de 13 anos, grávida de 2 meses, pretende realizar aborto por não desejar a criança, uma vez que não sabe quem é o pai do bebê concebido. Maridete, parteira conhecida da família de Mariana, realiza o aborto com autorização da menor. A conduta de Maridete, ao provocar o aborto, é passível de pena de A) detenção de um a quatro anos. B) detenção de três a dez anos. C) reclusão de três a dez anos. D) reclusão de um a três anos. E) reclusão de quinze a vinte anos. 12 No que concerne aos crimes contra a honra, considere as afirmativas abaixo: I. Não é admissível a exceção da verdade para o delito de injúria. II. A retratação somente é admissível nos casos de calúnia e difamação. III. O juiz pode deixar de aplicar a pena na difamação no caso de retorsão imediata, que consista em outra difamação. Está correto o que se afirma em A) I, II e III. B) I e III, apenas. C) II e III, apenas. D) I, apenas. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 99 E) I e II, apenas. 13 João decide agredir fisicamente Pedro, seu desafeto, provocando-lhe vários ferimentos. Porém, durante a luta corporal, João resolve matar Pedro, realizando um disparo de arma de fogo contra a vítima, sem contudo, conseguir atingi-lo. A polícia é acionada, separando os contendores. Diante do caso hipotético, João responderá A) apenas por lesões corporais. B) apenas por tentativa de homicídio. C) por rixa e disparo de arma de fogo. D) por lesões corporais consumadas e disparo de arma de fogo. E) por lesões corporais consumadas e homicídio tentado. 14 Após uma discussão em um bar, Pedro decide matar Roberto. Para tanto, dirige-se até sua residência onde arma-se de um revólver. Ato contínuo, retorna ao estabelecimento e efetua um disparo em direção a Roberto. Contudo, erra o alvo, atingindo Antonio, balconista que ali trabalhava, ferindo-o levemente no ombro. Diante do caso hipotético, Pedro praticou, em tese, o(s) crime(s) de A) lesão corporal leve. B) lesão corporal culposa. C) homicídio tentado e lesão corporal leve. D) lesão corporal culposa e tentativa de homicídio. E) homicídio na forma tentada. 15 Considere as disposições do Código Penal Brasileiro e assinale a alternativa correta sobre a prática do crime de injúria. A) Pratica Injúria aquele que ofender alguém atingindo-lhe a dignidade ou o decoro, cabendo, nesse caso, pena de detenção B) Pratica Injúria aquele que ofender alguém atingindo-lhe a dignidade ou o decoro, cabendo, nesse caso, pena de reclusão C) Pratica Injúria aquele que ofender alguém imputando-lhe falsamente fato definido como crime, cabendo, nesse caso, pena de detenção D) Pratica Injúria aquele que ofender alguém imputando-lhe falsamente fato definido como crime, cabendo, nesse caso, pena de reclusão E) Pratica Injúria aquele que ofender alguém imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação, cabendo, nesse caso, pena de reclusão 16 Considere as disposições do Código Penal Brasileiro e assinale a alternativa correta sobre a pena aplicável pela prática do crime de injúria. A) Detenção, de um a seis anos, ou multa, devendo o juiz aplicar a pena mesmo quando o Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 100 ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria B) Reclusão, de um a seis anos, ou multa, podendo o juiz deixar de aplicar a pena quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria C) Reclusão, de dois a oito anos, ou multa, devendo o juiz aplicar a pena mesmo quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria D) Detenção, de um a seis meses, ou multa, podendo o juiz deixar de aplicar a pena quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria E) Reclusão, de um a seis anos, ou multa, e Detenção de seis meses a um ano se o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria 17 O aborto é a interrupção da gravidez em qualquer época gestacional, antes da data prevista, com a morte do concepto, intra ou extrauterina. Em relação a esse assunto, analise as afirmativas abaixo. I. O aborto realizado pelo médico para salvar a vida da gestante é chamado de aborto terapêutico. II. O aborto indicado nas causas de estupro é chamado de aborto sentimental. III. Somente o aborto sentimental é legalmente permitido no Código Penal. Assinale a alternativa correta. A) Todas as afirmativas estão corretas B) Estão corretas apenas as afirmativas I e II C) Estão corretas apenas as afirmativas II e III D) Está correta apenas a afirmativa II E) Está correta apenas a afirmativa III 18 As lesões corporais estão compreendidas nos dispositivos dos Crimes contra a Pessoa do Código Penal. Sobre esse assunto, analise as afirmativas. I. As lesões corporais dividem-se em dolosas e culposas e ambas são subdivididas em leves, graves e gravíssimas. II. O conceito legal de lesão leve é obtido por exclusão. III. A incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias está relacionada à lesão corporal grave. Assinale a alternativa correta. A) Todas as afirmativas estão corretas B) Estão corretas apenas as afirmativas I e II C) Estão corretas apenas as afirmativas I e III D) Estão corretas apenas as afirmativas II e III E) Está correta apenas a afirmativa II 19 Assinale a alternativa correta, considerando o disposto expressamente na Lei n° 12.737, de 30/11/2012 (Lei dos crimes cibernéticos), sobre a AÇÃO PENAL nos casos do crime praticado por quem invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 101 indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo: A) Nesses casos, somente se procede mediante representação, mesmo que o crime seja cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços públicos B) Nesses casos, procede-se independentemente de representação, salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios C) Nesses casos, procede-se independentemente de representação, salvo se o crime é cometido contra empresas concessionárias de serviços públicos D) Nesses casos, somente se procede mediante representação, salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços públicos E) Nesses casos, a ação penal é sempre pública e incondicionada 20 O parágrafo primeiro do artigo 129 do Código Penal estabelece casos de lesões corporais graves. Assinale a alternativa que não resulta em lesões corporais graves de acordo com o Código Penal. A) Debilidade permanente de membro B) Incapacidade para as ocupações habituais por 10 dias C) Aceleração do parto D) Debilidade permanente de sentido E) Perigo de vida 21 O artigo 129 do Código Penal Brasileiro estabelece o crime de lesões corporais. Sobre esse assunto, analise as afirmativas. I. A lesão corporal que tem como resultado aborto é classificada como lesão corporal seguidade morte. II. Inutilização de função é classificado como lesão gravíssima. III. Perda de sentido é classificada como lesão grave. Assinale a alternativa correta. A) Todas as afirmativas estão corretas B) Estão corretas apenas as afirmativas I e II C) Estão corretas apenas as afirmativas I e III D) Está correta apenas a afirmativa I E) Está correta apenas a afirmativa II 22 Paulo, após subtrair a bolsa de Regina, é perseguido pelo cidadão Rodrigo, particular que passava pelo local e presenciou o crime. Rodrigo consegue segurar Paulo para efetuar a prisão. Entretanto, Paulo Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 102 desfere um soco no rosto de Rodrigo, lesionando-o, e consegue empreender fuga. Nesse caso, Paulo, além do delito de furto, A) cometeu crime de desobediência e lesão corporal dolosa. B) cometeu crimes de resistência e lesão corporal dolosa. C) não cometeu nenhum crime. D) cometeu crime de lesão corporal dolosa. E) cometeu crime de resistência qualificada, pois o ato não foi executado em razão da resistência. 23 Paulo é atropelado e, em estado grave, é socorrido de ambulância a um determinado Hospital para atendimento emergencial. Chegando ao nosocômio, a gerente Flávia exige da esposa do atropelado a apresentação de um cheque-caução no valor de R$ 20.000,00 e o preenchimento de formulários administrativos como condição para iniciar o atendimento médico-hospitalar emergencial. Neste caso, a gerente Flávia A) cometeu crime de homicídio doloso. B) cometeu crime de omissão de socorro. C) não cometeu crime, agindo de forma absolutamente legal segundo normas que regem o atendimento hospitalar no Brasil. D) cometeu crime de lesão corporal de natureza grave. E) cometeu crime de condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial. 24 Bráulio, inconformado com uma mensagem privada de conteúdo romântico observada no aparelho de telefonia celular de sua namorada, decide dele se apossar como vingança. Contudo, enfrenta oposição da namorada, que se posta entre o autor e o aparelho. Assim, Bráulio, para assegurar seu intento, empurra com violência a namorada contra a parede, ferindo-a levemente. Assegurando a posse do telefone, Bráulio deixa a casa da namorada, vai até um terreno baldio e, pegando uma grande pedra que ali se encontra, com ela golpeia o aparelho, de modo a torná-lo inservível, o que era sua intenção desde o início. Analisando o caso proposto, assinale a opção que corretamente realiza a subsunção do comportamento do autor à norma penal. A) Dano qualificado B) Furto e lesão corporal. C) Lesão corporal. D) Roubo E) Dano qualificado e lesão corporal. 25 Quanto ao crime de infanticídio, é correto o que se afirma na alternativa: A) Se a mãe não quis ou assumiu o risco da morte do filho, não se configura crime de infanticídio, em qualquer das formas, eis que inexiste para o crime de infanticídio forma culposa. B) É um crime comum, de perigo, formal, plurissubjetivo, comissivo, instantâneo de efeitos Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 103 permanentes, complexo. C) É sujeito passivo, no crime de infanticídio, a mãe que mata o próprio filho durante ou logo após o parto sob a influência do estado puerperal e, sujeito ativo, seu próprio filho. D) Pratica o crime de infanticídio a mãe que mata o óvulo fecundado após a nidação, o embrião ou o feto sob a influência do estado puerperal. E) O estado puerperal pode durar muito tempo, portanto, a mãe que mata seu próprio filho uma semana após o parto, estando, ainda, sob a influência do estado puerperal, pratica o crime de infanticídio. 26 No tocante ao crime de homicídio, é correto afirmar que A) inadmissível a continuidade delitiva, por ser a vida um bem personalíssimo. B) possível o reconhecimento da chamada figura privilegiada do delito na decisão de pronúncia. C) a ausência de motivos e a embriaguez completa são incompatíveis com a qualificadora do motivo fútil, consoante entendimento jurisprudencial. D) possível a coexistência entre as qualificadoras dos motivos torpe e fútil, segundo entendimento sumulado. E) a chamada figura privilegiada é incompatível com as qualificadoras do emprego de meio cruel e do motivo torpe. 27 Amílcar, durante uma briga, tenta chutar seu adversário, mas sem querer acerta a própria esposa, que buscava apartar a contenda. Atingida no ventre, a mulher sofre ruptura do baço e é submetida a uma cirurgia de emergência, na qual tem o órgão extraído de seu corpo, medida que garante sua sobrevivência. Considerando que Amílcar em momento algum agiu com animus necandi, o comportamento do autor caracteriza crime de lesão corporal: A) culposa. B) gravíssima com aumento de pena em virtude da relação conjugal entre autor e vítima. C) grave. D) gravíssima. E) grave com aumento de pena em virtude da relação conjugal entre autor e vítima. 28 Ao realizar a manutenção da rede elétrica na casa de um cliente, o eletricista Servílio inadvertidamente entra em um quarto que pensava ser o banheiro. Lá encontra fotos do dono da casa fantasiado de Adolf Hitler, além de um diário. Ao folhear o diário, Servílio descobre vários escritos nos quais o dono da casa manifesta seu desprezo por um vizinho, por ele denominado “judeu sujo". Servílio, então, leva o fato ao conhecimento do vizinho, que, sentindo-se ofendido, noticia o fato em uma delegacia policial. Ouvido o dono da casa, este revela ser simpatizante do nazismo, usando o referido cômodo para dar secretamente vazão à sua ideologia. Outrossim, o diário seria uma forma de extravasar suas inquietações sem ser descoberto por terceiros. Considerando o caso concreto, é possível afirmar que a conduta do dono da casa: A) configura crime de difamação. B) configura crime de injuria por preconceito. C) configura crime de injuria. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 104 D) configura crime previsto em lei especial. E) é atípica. 29 Considerando apenas as informações existentes nas alternativas, assinale aquela que caracteriza crime de lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2o, do CP). A) Provocar dolosamente a perda de audição em um dos ouvidos da vítima. B) Queimar culposamente significativa parte do corpo da vítima, de modo a causar-lhe deformidade permanente. C) Agredir a vítima com intenção de interromper sua gravidez mediante aborto, o que efetivamente ocorre. D) Transmitir a vitima , intencionalmente , enfermidade grave, mas curável. E) Lesionar a vítima dolosamente, causando-lhe por culpa incapacidade permanente para o trabalho. 30 Leia as alternativas a seguir e assinale a correta. A) A pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de crime contra a administração pública previsto no Código Penal. B) A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo em crime de difamação. C) Os inimputáveis não podem ser vitimas de crimes contra a honra. D) A pessoa jurídica só pode ser sujeito passivo em crimes patrimoniais. E) O inimputável por embriaguez proveniente de caso fortuito não pode figurar como sujeito passivo. 31 O crime de ameaça: A) pressupõe a injustiça do mal prometido B) é de ação penal privada. C) não admite transação penal. D) não pode ser praticado por meios simbólicos. E) quando usado como meio executório de um roubo, coexiste com este em concurso de crimes. 32 Considerando apenas as informações existentes nas alternativas, assinale aquela que caracteriza crime de lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2º, do CP). A) Provocar dolosamente a perda de audição em um dos ouvidos da vítima. B) Agredir a vitima com intenção de interromper sua gravidez mediante aborto, o que efetivamente ocorre. C) Lesionar a vítima dolosamente, causando-lhe por culpa incapacidade permanente para o trabalho. D) Transmitir a vítima, intencionaImente,enfermidade grave, mas curável. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 105 E) Queimar culposamente significativa parte do corpo da vítima, de modo a causar-lhe deformidade permanente. 33 Leia as alternativas a seguir e assinale a correta. A) A pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de crime contra a administração pública previsto no Código Penal. B) O inimputável por embriaguez proveniente de caso fortuito não pode figurar como sujeito passivo. C) Os inimputáveis não podem ser vítimas de crimes contra a honra. D) A pessoa jurídica só pode ser sujeito passivo em crimes patrimoniais. E) A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo em crime de difamação. 34 O crime de ameaça: A) pressupõe injustiça do mal prometido. B) é de ação penal privada. C) não admite transação penal. D) não pode ser praticado por meios simbólicos. E) quando usado como meio executório de um roubo, coexiste com este em concurso de crimes. 35 Considerando apenas as informações existentes nas alternativas, assinale aquela que caracteriza crime de lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2º, do CP). A) Queimar culposamente significativa parte do corpo da vítima, de modo a causar-lhe deformidade permanente. B) Lesionar a vítima dolosamente, causando-lhe por culpa incapacidade permanente para o trabalho. C) Provocar dolosamente a perda de audição em um dos ouvidos da vítima. D) Transmitir a vítima, intencionaImente, enfermidade grave, mas curável. E) Agredir a vitima com intenção de interromper sua gravidez mediante aborto, o que efetivamente ocorre. 36 Leia as alternativas a seguir e assinale a correta. A) A pessoa jurídica só pode ser sujeito passivo em crimes patrimoniais. B) A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo em crime de difamação. C) A pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de crime contra a administração pública previsto no Código Penal. D) Os inimputáveis não podem ser vítimas de crimes contra a honra. E) O inimputável por embriaguez proveniente de caso fortuito não pode figurar como sujeito passivo. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 106 37 O crime de ameaça: A) não pode ser praticado por meios simbólicos. B) é de ação penal privada. C) pressupõe injustiça do mal prometido. D) quando usado como meio executório de um roubo, coexiste com este em concurso de crimes. E) não admite transação penal. 38 Sobre os crimes contra a pessoa, A) o comportamento da vítima é incapaz de influenciar a pena no crime de lesão corporal. B) o princípio da insignificância não se aplica ao crime de lesão corporal, pois sua desclassificação incide na contravenção de vias de fato. C) a ofensa à saúde de outrem, por ser crime de perigo, não depende da produção do resultado para a configuração da tipicidade. D) a lesão corporal culposa na direção de veículo automotor impede a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. E) a prática de lesão corporal leve em situação de lesões recíprocas pode ensejar a substituição da pena de detenção pela de multa. 39 Sandra, jovem de dezessete anos de idade, inabilitada para conduzir veículo automotor, com a devida autorização de seu genitor senhor Getúlio D. Za Tento, saiu para passear com o veículo de propriedade do pai e dirigindo em alta velocidade atropelou Maria das Dores, causando-lhe lesões corporais gravíssimas as quais causaram a morte da vítima. Acerca da situação hipotética proposta, é correto afirmar à luz do Código Penal, que Getúlio responderá por: A) homicídio doloso (crime omissivo). B) homicídio doloso (crime comissivo por omissão). C) homicídio culposo (crime comissivo). D) homicídio culposo (crime comissivo por omissão). E) lesões corporais dolosas seguidas de morte (crime comissivo por omissão). 40 Nei Santos, jovem de família conservadora, toma conhecimento de que sua noiva Ana Silva, com quem está prestes a casar, se encontra no segundo mês de gravidez. Preocupado em não decepcionar seus familiares, Nei faz de tudo para convencer Ana a realizar o aborto. Para tanto, orienta-a a procurar uma conhecida clínica clandestina situada próximo a sua residência. O procedimento abortivo realizado pelo cirurgião Carlos Quintão, provoca em Ana uma lesão leve (pequena escoriação), em face de seu comportamento negligente. Indique o(s) crime(s) praticado(s) por Nei, Ana e Carlos, respectivamente: A) consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto praticado por terceiro com consentimento da gestante, em concurso material de crimes com o delito Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 107 de lesão corporal leve. B) autoaborto, aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso de crimes com o delito de lesão corporal e aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso formal de crimes com o delito de lesão grave em sentido estrito. C) consentimento para o aborto, aborto provocado por terceiro com consentimento especialmente agravado e aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante em concurso material com lesão corporal de natureza leve. D) autoaborto, aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante e aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante em concurso material com lesão corporal de natureza leve. E) consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto provocado por terceiro 41 Com base no Código Penal, em relação aos crimes contra a liberdade pessoal e aos crimes contra o patrimônio, considera-se A) “furto de coisa comum” a subtração, para si ou para outrem, de bem móvel fungível que esteja armazenado, juntamente com outros assemelhados, em local de guarda compartilhada. B) “furto qualificado” a subtração, para si ou outrem, de coisa alheia móvel, desde que praticada por quadrilha. C) “roubo”, a subtração de coisa alheia móvel, para si ou outrem, quando praticada contra pessoa incapaz ou menor de 14 anos, presumindo-se o emprego ao menos de grave ameaça, salvo prova em contrário. D) “constrangimento ilegal” a prática de qualquer ato que, após haver reduzido a capacidade de resistência de alguém, lhe constrange a não fazer o que a lei permite ou a fazer que ela não manda. E) “extorsão indireta” ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar mal injusto e grave, com o objetivo de atingir fim ilícito que beneficie terceiro. 42 Em uma briga de trânsito, um motorista sai do carro e dá um soco em outro motorista e este cai, batendo com a cabeça na calçada e depois de algumas horas morre no hospital. O melhor enquadramento do crime é: A) lesão corporal culposa B) lesão corporal dolosa C) lesão corporal seguida de morte D) homicídio com dolo eventual E) homicídio culposo 43 No que se refere aos crimes contra a liberdade pessoal, é correto afirmar: A) A intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento da vítima ou de seu representante legal, não exclui, em qualquer situação, o constrangimento ilegal. B) O crime de constrangimento ilegal não se reveste de subsidiariedade em relação a outros delitos. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 108 C) Constitui figura equiparada à de redução a condição análoga à de escravo o ato de cercear o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. D) O crime de cárcere privado é permanente e formal, não admitindo a tentativa. E) O crime de ameaça, se praticado no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, é de ação penal pública incondicionada. 44 Sebastião Fernandes e Reinaldo Rezende durante longo tempo disputaram o amor de Veridiana Fagundes, sendo que, ao final, esta opta por ficar noiva do primeiro, o que levou Reinaldo a nutririndisfarçável ódio por Sebastião. Em determinada ocasião, aproveitando-se de um descuido de Sebastião, Reinaldo, com a intenção de matar, efetua vários disparos de arma de fogo contra ele, seu desafeto. Ferido gravemente, Sebastião é levado a um hospital onde foi internado, e nele vem a falecer, não em razão dos ferimentos recebidos resultantes dos disparos de arma de fogo efetuados por Reinaldo, mas sim, queimado em um incêndio provocado por Severino Silva, que destrói a enfermaria onde se encontrava. Assim, diante do caso hipotético apresentado, assinale a alternativa que indica o crime pelo qual Reinaldo será responsabilizado. A) Lesão corporal seguida de morte B) Homicídio privilegiado diante da violenta emoção C) Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima D) Homicídio tentado E) Homicídio consumado 45 Sandra, jovem de dezessete anos de idade, inabilitada para conduzir veículo automotor, com a devida autorização de seu genitor senhor Getúlio D. Za Tento, saiu para passear com o veículo de propriedade do pai e dirigindo em alta velocidade atropelou Maria das Dores, causando-lhe lesões corporais gravíssimas as quais causaram a morte da vítima. Acerca da situação hipotética proposta, é correto afirmar à luz do Código Penal, que Getúlio responderá por: A) lesões corporais dolosas seguidas de morte (crime comissivo por omissão). B) homicídio doloso (crime omissivo). C) homicídio doloso (crime comissivo por omissão). D) homicídio culposo (crime comissivo por omissão). E) homicídio culposo (crime comissivo). 46 Nei Santos, jovem de família conservadora, toma conhecimento de que sua noiva Ana Silva, com quem está prestes a casar, se encontra no segundo mês de gravidez. Preocupado em não decepcionar seus familiares, Nei faz de tudo para convencer Ana a realizar o aborto. Para tanto, orienta-a a procurar uma conhecida clínica clandestina situada próximo a sua residência. O procedimento abortivo realizado pelo cirurgião Carlos Quintão, provoca em Ana uma lesão leve (pequena escoriação), em face de seu comportamento negligente. Indique o(s) crime(s) praticado(s) por Nei, Ana e Carlos, respectivamente: A) consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto praticado por terceiro com consentimento da gestante, em concurso material de crimes com o delito de lesão corporal leve. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 109 B) consentimento para o aborto, aborto provocado por terceiro com consentimento especialmente agravado e aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante em concurso material com lesão corporal de natureza leve. C) consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto provocado por terceiro. D) autoaborto, aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso de crimes com o delito de lesão corporal e aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso formal de crimes com o delito de lesão grave em sentido estrito. E) autoaborto, aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante e aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante em concurso material com lesão corporal de natureza leve. 47 Sandra, jovem de dezessete anos de idade, inabilitada para conduzir veículo automotor, com a devida autorização de seu genitor senhor Getúlio D. Za Tento, saiu para passear com o veículo de propriedade do pai e dirigindo em alta velocidade atropelou Maria das Dores, causando-lhe lesões corporais gravíssimas as quais causaram a morte da vítima. Acerca da situação hipotética proposta, é correto afirmar à luz do Código Penal, que Getúlio responderá por: A) lesões corporais dolosas seguidas de morte. (crime comissivo por omissão). B) homicídio culposo (crime comissivo por omissão). C) homicídio doloso (crime comissivo por omissão). D) homicídio culposo (crime comissivo). E) homicídio doloso (crime omissivo). 48 Nei Santos, jovem de família conservadora, toma conhecimento de que sua noiva Ana Silva, com quem está prestes a casar, se encontra no segundo mês de gravidez. Preocupado em não decepcionar seus familiares, Nei faz de tudo para convencer Ana a realizar o aborto. Para tanto, orienta-a a procurar uma conhecida clínica clandestina situada próximo a sua residência. O procedimento abortivo realizado pelo cirurgião Carlos Quintão, provoca em Ana uma lesão leve (pequena escoriação), em face de seu comportamento negligente. Indique o(s) crime(s) praticado(s) por Nei,Ana e Carlos, respectivamente: A) autoaborto, aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante e aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante em concurso material com lesão corporal de natureza leve. B) consentimento para o aborto, aborto provocado por terceiro com consentimento especialmente agravado e aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante em concurso material com lesão corporal de natureza leve. C) consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto provocado por terceiro. D) autoaborto, aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso de crimes com o delito de lesão corporal e aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso formal de crimes com o delito de lesão grave em sentido estrito. E) consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto praticado por terceiro com consentimento da gestante, em concurso material de crimes com o delito de lesão corporal leve. 49 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 110 Adriano atravessou a rua com o semáforo na cor verde para o motorista e fora da faixa de pedestres. Foi atropelado por Joaquim, condutor que vinha em velocidade dentro dos limites legais. Após o atropelamento, Adriano foi encaminhado para o hospital mais próximo, com traumatismo craniano por ter batido com a cabeça na guia. O médico que o recepcionou condicionou o atendimento médico- hospitalar emergencial à exigência de nota promissória. O médico cometeu o delito de condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial cuja pena é de A) detenção de 3 meses a 1 ano e multa. B) reclusão de 6 meses a 2 anos e multa. C) detenção de 9 meses a 3 anos e multa. D) reclusão de 3 meses a 1 ano e multa, além de possível pensão mensal vitalícia que será devida a Adriano em caso de sequelas resultantes da demora no atendimento. E) detenção de 3 meses a 1 ano e multa, além da representação na Receita Federal do Brasil para que o hospital perca os benefícios fiscais. 50 Cristina, gestante de 7 meses, numa discussão de trânsito, foi agredida por Francisco. Em decorrência da agressão, Cristina sente contrações e adentra o hospital com o diagnóstico de aceleração do parto. Diante dessa situação, é correto afirmar que Cristina é sujeito A) ativo de lesão corporal de natureza grave, tendo como resultado aceleração de parto; Francisco assume a posição de sujeito passivo, por ser o autor da agressão. Nesse tipo de delito a pena é de reclusão de 1 a 5 anos. B) passivo de lesão corporal culposa, tendo como resultado aceleração de parto; Francisco assume a posição de sujeito ativo, por ser o autor da agressão. Nesse tipo de delito a pena é de reclusão de 2 meses a 1 ano. C) passivo de lesão corporal de natureza grave, tendo como resultado aceleração de parto; Francisco assume a posição de sujeito ativo, por ser o autor da agressão. Nesse tipo de delito a pena é de reclusão de 1 a 5 anos, com o aumento de pena em 1/3 em razão da aceleração do parto. D) passivo de lesão corporal culposa, tendo como resultado aceleração de parto; Francisco assume a posição de sujeito ativo, por ser o autor da agressão. Nesse tipo de delito a pena é de reclusão de 2 meses a 1 ano, com o aumento de pena em 1/3 em razão da aceleração do parto. E) passivo de lesão corporal de natureza grave, tendo como resultado aceleração de parto; Franciscoassume a posição de sujeito ativo, por ser o autor da agressão. Nesse tipo de delito a pena é de reclusão de 1 a 5 anos. 51 Considere as disposições do Código Penal Brasileiro e assinale a alternativa correta sobre o crime de injúria. A) O crime de injúria tem pena base de reclusão, de um a seis anos, ou multa. B) O juiz pode deixar de aplicar a pena no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. C) O juiz não pode deixar de aplicar a pena se o ofendido, ainda que de forma reprovável, tenha provocado a injúria. D) Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes a pena passa a ser de reclusão de três meses a um ano mais multa, excluído-se a pena correspondente à violência. E) Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 111 origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência a pena passa a ser de detenção de um a três anos e multa. 52 Admissível a exceção da verdade e a retratação, respectivamente, nos crimes de A) falso testemunho e calúnia. B) injúria e calúnia. C) injúria e falso testemunho. D) difamação e injúria. E) difamação e falso testemunho. 53 Considere a seguinte conduta descrita: Publicar ilustração de recém-nascidos afrodescendentes em fuga de sala da parto, associado aos dizeres de um personagem (supostamente médico) de cor branca "Segurança! É uma fuga em massa!". Tal conduta amolda-se à seguinte tipificação legal: A) Não se amolda a tipificação legal por se tratar de ofensa social e não de conteúdo racial. B) Injúria, prevista no art. 140 do Código Penal. C) Crime de racismo, previsto na Lei no 7.716/89. D) Difamação, prevista no art. 139 do Código Penal. E) Não se amolda a tipificação legal por se tratar de liberdade de expressão − direito de charge. 54 Elio, proprietário da Fazenda Leite da Mimosa, localizada em região erma e não servida por transporte regular, possui 20 empregados, que dispõem de adequadas condições para prestar o trabalho, sem excesso de jornada ou condições degradantes. Todos os trabalhadores − que recebem salários em média superiores aos praticados por outras fazendas próximas para funções semelhantes − por vontade própria, residem em confortável alojamento fornecido pelo empregador. O local mais próximo a dispor de transporte regular é o centro do Município onde está localizada a Fazenda Leite da Mimosa, 42 quilômetros distante. Para chegar ao centro do Município, os trabalhadores precisam se valer de transporte fornecido pelo proprietário da fazenda. Elio adotou as seguintes condutas: I. Afixou, em 10/07/2014, no alojamento dos empregados, cartaz com o seguinte dizer “Quem não cumprir a meta de colheita diária, não receberá o salário da semana e não poderá sair da fazenda.". As metas fixadas não implicavam necessidade de trabalho excessivo ou sequer de trabalho suplementar. II. No mesmo cartaz, referindo a dois empregados que costumeiramente não atingiam suas respectivas médias, também inseriu: “e estou achando que o Arlindo e o Setembrino, que são dois molengas preguiçosos, não querem ver a família no final de semana. Se continuarem com essa vadiagem, vão ficar sem salário e de castigo na Mimosa". III. No dia 26/07/2014, sábado, dia em que não havia prestação de trabalho na fazenda e que, por livre vontade dos trabalhadores, pela manhã, um ônibus os levaria ao centro do Município, Elio impediu que Setembrino partisse junto com os demais, afirmando que, assim, “quem sabe ele aprende". Não foi Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 112 permitido a este trabalhador se valer de qualquer dos demais meios de transporte que a fazenda dispunha (motocicleta, bicicleta e automóvel). Exclusivamente em relação aos crimes contra a liberdade pessoal, a conduta de Elio caracteriza, afora outros, acaso existentes, A) constrangimento ilegal em relação a Setembrino e ameaça em relação a Arlindo. B) ameaça em relação a Setembrino e constrangimento ilegal em relação a Arlindo. C) injúria em relação a Arlindo e cárcere privado em relação a Setembrino. D) constrangimento ilegal em relação a Arlindo e redução à condução análoga a de escravo em relação a Setembrino. E) redução à condução análoga a de escravo em relação a Setembrino e injúria em relação a Arlindo. 55 Assinale a alternativa correta. Não será considerado crime contra a pessoa A) Homicídio B) Lesão corporal. C) Latrocínio. D) Rixa 56 Nos crimes contra a honra, sobre a exceção da verdade, é correto afirmar que A) cabe no caso de calúnia, desde que constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não tenha sido condenado por sentença irrecorrível. B) para ter cabimento em caso de difamação exige-se que o crime tenha sido cometido por funcionário público. C) somente não é cabível nos casos de injúria. D) a exceção da verdade foi abolida por súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. E) depende de requisição do Procurador-Geral da República, em caso de calúnia contra o Presidente da República. 57 O crime previsto no art. 129, § 3o do Código Penal - lesão corporal seguida de morte - preterdoloso, por excelência, A) é forma privilegiada de homicídio e por isso sujeito à jurisdição do Tribunal do Júri por se tratar de espécie de crime doloso contra a vida. B) exige para sua caracterização que fique demonstrado que o agente não quis o resultado obtido com sua ação ou que esse lhe fosse imprevisível. C) insere-se na categoria dos delitos qualificados pelo resultado e, portanto, não admite a forma tentada. D) é punível ainda que a morte seja fruto do acaso ou imprevisível. E) a assunção do risco do resultado exige a verificação da relação de causalidade formal e a imputabilidade plena do agente nas circunstâncias para a complementação do tipo penal. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 113 58 De acordo com o Código Penal, se o resultado da lesão corporal for grave, o autor do crime estará sujeito à pena de reclusão de dois a oito anos na hipótese de A) incapacidade para as funções habituais, por mais de trinta dias. B) incapacidade permanente para o trabalho. C) perigo de vida. D) debilidade permanente de membro, sentido ou função. E) aceleração de parto. 59 O homicídio privilegiado A) pode levar a pena abaixo do mínimo legal B) é aquele em que o agente comete o crime sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta agressão da vítima. C) pode concorrer com as qualificadoras subjetivas. D) pode ser identificado pelo juiz na decisão de pronúncia. E) é crime hediondo, segundo pacificado entendimento jurisprudencial. 60 "A" recebeu de "B" a determinação de espancar terceiro. No entanto, ultrapassando os limites da provocação, mata a vítima. No caso, o partícipe responderá A) por lesão corporal, sem aumento da pena, se podia prever o resultado, ou pelo homicídio, por dolo eventual, se assumiu o risco de produzir o resultado. B) pelo homicídio, por dolo eventual, se assumiu o risco de produzir o resultado, ou por homicídio culposo. C) por lesão corporal, sem aumento da pena, se não podia prever o resultado, ou pelo homicídio, por dolo eventual, se assumiu o risco de produzir o resultado. D) por lesão corporal, sem aumento de pena, se não podia prever o resultado morte, ou por homicídio culposo. E) por lesão corporal, com a pena aumentada, se a consequência letal lhe era imprevisível, ou pelo homicídio, por dolo eventual, se assumiu o risco de produzir o resultado. 61 A manifestação do advogado, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, é acobertada por imunidade nos crimes de A) difamação e desacato. B) injúria e calúnia. C) injúria edesacato. D) difamação e injúria. E) desacato e calúnia. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 114 62 Em relação à qualificadora do motivo fútil no crime de homicídio, NÃO encontra significativo amparo doutrinário e jurisprudencial a tese de que A) é excluída pela embriaguez voluntária ou culposa, se completa. B) não equivale a motivo injusto C) não se confunde com a ausência de motivos. D) é compatível com o homicídio privilegiado. E) não pode coexistir com a do motivo torpe em um mesmo ato. 63 No crime de homicídio, previsto no título “Dos Crimes contra a Pessoa” do Código Penal, são circunstâncias qualificadoras, exceto: A) Se o crime é cometido contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. B) Se o crime é cometido para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. C) Se o crime é cometido com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum. D) Se o crime é cometido à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. 64 Uma pessoa hemofílica é agredida por outra com um pontapé no abdômen, o que resulta em pequena laceração hepática, hemoperitônio e morte. Nesse caso, houve homicídio: A) culposo B) preterdoloso. C) doloso D) simples E) qualificado. 65 Com relação ao aborto necessário, marque a opção correta. A) Pode ser realizado quando houver gravidez de risco. B) Precisa de consentimento da gestante ou de seu representante legal. C) É a interrupção artificial da gravidez para repelir perigo certo e inevitável à vida da gestante, na ausência de outrométodo eficaz. D) É aquele praticado na presunção de que o futuro filho herdaria dos pais doenças ou anormalidades físicas oumentais. E) Deve ser feito quando a gravidez for resultante de estupro. 66 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 115 Mediante promessa de pagamento de cem reais, a intrometida vizinha Florisbela participa dolosamente do infanticídio executado pela jovem mãe Aldegunda que, em desespero, se encontrava então sob forte influência do esta-do puerperal. Sobre Florisbela, à vista do entendimento hoje dominante na doutrina, com esses dados em princípio pode-se afirmar que A) responderia por homicídio doloso qualificado, caso a lei brasileira classificasse o infanticídio como modalidade privilegiada de homicídio. B) responderia por homicídio privilegiado, com Aldegunda, caso a lei brasileira classificasse o infanticídio como modalidade privilegiada de homicídio. C) responde por homicídio qualificado. D) responde por infanticídio qualificado. E) responde por infanticídio privilegiado, com Aldegunda. 67 Decididamente disposto a matar Tício, por erro de pontaria o astuto Caio acerta-lhe de leve raspão um disparo no braço. Porém, assustado com o estrondo do estampido, e temendo acordar a vizinhança que o poderia prender, ao invés de descarregar a munição restante, Caio estrategicamente decide socorrer o cândido Tício que, levado ao hospital pelo próprio algoz, acaba logo liberado com curativo mínimo. Caio primeiramente diz, em sua autodefesa, que o tiro ocorrera por acidente, chegando ardilosamente a indenizar de pronto todos os prejuízos materiais e morais de Tício com o fato, mas sua trama acaba definitivamente desvendada pela límpida investigação policial que se segue. Com esses dados já indiscutíveis, mais precisamente pode-se classificar os fatos como A) tentativa de homicídio. B) desistência voluntária. C) arrependimento eficaz. D) arrependimento posterior. E) aberratio ictus. 68 Quanto ao crime de rixa previsto no artigo 137 do Código Penal (participar de rixa, salvo para separar os contendores), é correto afirmar que: A) é crime comum, de dano, comissivo por omissão, colet ivo, não transeunte como regra, unissubsistente, instantâneo. B) é crime comum, de perigo, comissivo, coletivo, não transeunte como regra, plurissubsistente, instantâneo. C) é crime próprio, de dano, comissivo, plurissubjetivo, transeunte como regra, plurissubsistente, permanente. D) é crime próprio, de perigo, comissivo por omissão, monossubjetivo, não transeunte como regra, unissubsistente, permanente. E) é crime comum, de perigo, comissivo, monossubjetivo, transeunte como regra, plurissubsistente, instantâneo. 69 Considera-se gravíssima, punida com reclusão de 2 a 8 anos, a lesão corporal de que resulte Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 116 A) deformidade permanente. B) aceleração de parto. C) debilidade permanente de membro, sentido ou função. D) perigo de vida. E) incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias. 70 Sobre o crime de Lesão Corporal e sua disciplina no Código Penal, assinale a alternativa CORRETA: A) Caracteriza lesão corporal de natureza grave a ofensa à integridade corporal, da qual resulte à vítima perigo de vida. B) Caracteriza lesão corporal de natureza grave a ofensa à integridade corporal, da qual resulte à vítima perda de sentido ou função. C) Os crimes de lesão corporal admitem substituição da pena de detenção por pena de multa se as lesões forem recíprocas entre os agentes ou se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. D) O crime de lesão corporal admite o perdão judicial se as lesões forem recíprocas entre os agentes. E) Não configura violência doméstica a lesão corporal praticada pelo agente contra vítima com quem conviva ou tenha convivido, se inexistir o vínculo de parentesco sanguíneo. 71 Quanto à injúria, é correto afirmar que A) a pena é aumentada de 1/3 se o crime é cometido contra pessoa portadora de deficiência. B) absorve o crime de lesão corporal, se consiste em violência que, por sua natureza ou pelo meio empregado, possa ser considerada aviltante. C) há extinção da punibilidade quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a ofensa. D) não responde pelo crime quem dá publicidade a conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício. E) admissível a retratação, se verificada até o recebimento da denúncia. 72 Quem causar lesão grave à integridade física de membros de grupo nacional, étnico, racial ou religioso, com a intenção de destruir o grupo no todo ou em parte, comete A) injúria qualificada por preconceito, prevista no art. 140 do Código Penal Brasileiro. B) crime resultante de preconceito de raça ou de cor, previsto na Lei nº 7.716, de 05/01/1989. C) crime de genocídio, previsto na Lei nº 2.889, de 01/10/1956. D) crime de tortura, previsto na Lei nº 9.455, de 07/04/1997. E) contravenção penal resultante de preconceito de raça, prevista na Lei nº 7.437, de 20/12/1985. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 117 73 No que concerne ao crime de homicídio, considere: I . O emprego cfe veneno para causar a morte da vítima não constitui, por si só, circunstância qualificadora do delito. I I . A utilização de arma de calibre superior àquela que era portada pela vítima constitui circunstância qualificadora, porque coloca o agente em situação de superioridade. I I I . O emprego de meio que agrava o sofrimento da vitima configura a circunstância qualificadora do emprego de meio cruel. IV . O fato de ter sido o homicídio praticado por motivo frívolo, feviano, insignificante, mínimo, caracteriza a circunstância quafificadora do motivo torpe. Está correto o que se afirma SOMENTE em A) I I . B) I I I . C) I, II, e IV. D) I I e IV . E) I e I I I . 74 Com relação ao crime deHomicídio, analise as assertivas abaixo: I. A prática por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio, qualifica o crime de homicídio. II. Também qualifica do crime de homicídio, se praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) anos ou maior de 60 (sessenta) anos. III. Se o agente comete o crime sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima, o juiz pode reduzir a pena. IV. O Homicídio é qualificado, se praticado para assegurar a vantagem de outro crime. Está CORRETO, apenas, o que se afirma em: A) I. B) I e II. C) I, II e III. D) IV. E) I e IV. 75 Em princípio, nos crimes contra a honra dispostos no Código Penal cabe; Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 118 A) retratação na injúria, exceto se racial. B) retratação na injúria em geral. C) exceção da verdade na calúnia contra os mortos. D) exceção da verdade na injúria. E) exceção da verdade na difamação contra particular. 76 No momento em que um policial, em cumprimento a mandado judicial, deu voz de prisão a Brutus, seu irmão Paulus interveio e impediu a execução do ato, agredindo o policial a socos e pontapés, causando- lhe ferimentos leves. Paulus responderá A) pelo crime de desobediência. B) somente pelo crime de lesões corporais leves. C) somente pelo crime de resistência. D) pelos crimes de resistência e lesões corporais leves. E) pelos crimes de desobediência e resistência. 77 A respeito do crime de lesões corporais, é correto afirmar: A) É grave a lesão quando provocar aborto, mas não o é quando provocar apenas aceleração de parto. B) Se o agente agrediu a vítima, assumindo o risco de causar-lhe a morte, responderá por lesão corporal seguida de morte, se ela vier a óbito. C) O perigo de vida só é causa de agravamento de pena quando for efetivo, concreto e resultar de diagnóstico médico fundamentado. D) A lesão corporal que ocasionou a incapacidade do ofendido para as ocupações habituais por mais de trinta dias não depende de exame de corpo de delito complementar. E) Se da lesão resultar a perda de um olho não ocor- rerá debilidade permanente de função, por tratar-se de órgão duplo. 78 O autor de homicídio praticado com a intenção de livrar um doente, que padece de moléstia incurável, dos sofrimentos que o atormentam (eutanásia), perante a legislação brasileira, A) não cometeu infração penal. B) responderá por crime de homicídio privilegiado. C) responderá por homicídio qualificado pelo motivo torpe. D) responderá por homicídio simples. E) responderá por homicídio qualificado pelo motivo fútil. 79 Na descrição típica do crime de homicídio o Código Penal prevê hipóteses de diminuição de pena e algumas figuras qualificadoras. Tendo em conta as referidas disposições legais, analise as afirmativas a seguir: I. O pai de um jovem viciado em “crack” que, em ato de desespero, mata o traficante que fomece Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 119 drogas para o seu filho, poderá ter sua pena reduzida em face da caracterização do homicídio privilegiado por relevante valor moral. II. O marido que, ao surpreender a esposa conversando com outro homem em praça pública, tomado por ciúme egoístico, efetua disparos de arma de fogo contra ela, ceifando sua vida, comete homicídio privilegiado em decorrência do domínio da violenta emoção. III. O homicídio praticado por agente público, que tem como vítima o morador de uma comunidade carente suspeito de colaborar com os traficantes locais, caracteriza figura privilegiada, em decorrência do relevante valor social da conduta. IV. O cliente que suprime a vida do dono de um bar porque este se negou a servir-lhe uma dose de bebida fiado, comete o crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil. V. O agente que emprega violência física reiterada contra o suspeito da prática de um crime visando extrair-lhe a confissão, mas lhe causa a morte em decorrência da intensidade das sevícias, responde pelo crime de homicídio qualificado pela tortura. Estão corretas apenas as afirmativas: A) I, IV e V. B) II, III e IV. C) I e IV D) IV eV. E) II, III eV. 80 Um policial civil regularmente designado para atuar como responsável pela carceragem de uma Delegacia de Polícia é cientificado por familiares de um preso temporário que este sofre de “diabetes” grave e que necessita de constantes injeções de “insulina” para manter a doença sob controle, sendo- lhe exibido o respectivo laudo médico. O agente público simplesmente ignora esta informação e não a transmite aos seus superiores hierárquicos, mantendo o indivíduo no cárcere sem qualquer assistência médica. Dias depois, o preso é encontrado caído no chão da cela com visíveis sinais tanatológicos, sendo o óbito constatado e a causa mortis apurada como decorrente da ausência de controle glicêmico. No caso em tela o policial civil estará sujeito à responsabilização penal pela prática do crime de: A) Homicídio. B) Omissão de socorro. C) Prevaricação. D) Tortura. E) Abuso de autoridade. 81 Segundo o entendimento jurisprudencial hoje preponderante, a lesão corporal respectivamente simples e qualificada ocorrida no Brasil (Cód. Penal, Art. 129 e seus parágrafos) é um crime de ação penal A) pública incondicionada e de ação penal privada. B) pública condicionada à representação e de ação penal privada. C) pública condicionada à representação e incondicionada. D) privada e de ação penal pública condicionada à representação. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 120 E) pública e exclusivamente condicionada à representação. 82 As seguintes situações médico-legais são consideradas lesões corporais graves, COM EXCEÇÃO DE: A) incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias. B) risco de vida. C) debilidade permanente de membro. D) debilidade permanente de sentido ou função. E) aceleração de parto. 83 A lesão corporal, para efeitos penais, é considerada de natureza gravíssima, em distinção àquelas de natureza grave ou leve, entre outras hipóteses, se resulta: A) eritemas. B) perigo de vida. C) incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias. D) debilidade permanente de membro, sentido ou função. E) enfermidade incurável. 84 Sobre o homicídio, é correto afirmar: A) Não é admitida amodalidade culposa. B) O emprego de veneno, fogo, explosivo ou outro meio cruel consiste em causa de aumento de pena. C) O homicídio cometido contra maior de 60 (sessenta) anos é necessariamente qualificado. D) A prática do crime por grupo de extermínio constitui causa de aumento de pena. E) Se o agente comete o crime sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz poderá extinguir a punibilidade. 85 Manoel estava cortando uma laranja com um canivete em seu sítio, distraído, quando seu primo, Paulo, por mera brincadeira, veio por trás e deu um grito. Em razão do susto, Manoel virou subitamente, ferindo Paulo no pescoço, provocando uma lesão que o levou a óbito. Logo, Manoel: A) não praticou crime, pois agiu por ato reflexo. B) praticou o crime de homicídio culposo. C) praticou o crime de homicídio doloso por dolo direto. D) praticou crime de homicídio doloso por dolo eventual. E) praticou crime de lesão corporal seguida de morte. 86 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 121 Um profissional foi contratado para cuidar de um homem muito idoso. Certo dia, deixou o idoso sentado em uma praça pública para pegar sol. Em determinado momento, o idoso saiu andando, pensando que tinha sido esquecido pelo cuidador. O cuidador ficou inerte ao ver o idoso cruzar a rua próxima, mesmo vendo avançar um veículo, que estava a toda marcha, concebendo-se, portanto,o propósito de deixá-lo morrer, o que ocorreu. O cuidador: A) não praticou crime algum, pois não houve nexo de causalidade da sua conduta e a morte do idoso. B) praticou crime de omissão de socorro, com pena triplicada pela morte. C) praticou crime de homicídio doloso na modalidade omissão imprópria. D) praticou o crime de omissão de socorro (artigo 135 do CP) na modalidade omissão imprópria. E) praticou crime de homicídio culposo na modalidade omissão própria. 87 O termo “decoro”, prescrito no tipo penal do artigo 140 do CP, pode ser classificado como elemento: A) misto. B) objetivo. C) subjetivo. D) normativo. E) alternativo. 88 Maria, que estava sob a influência do estado puerperal, em face de ter acabado de dar à luz, estando sonolenta pela medicação que lhe fora ministrada, ao revirar na cama, acabou sufocando seu filho, que se encontrava ao seu lado na cama, matando-o. Logo, Maria: A) deverá responder pelo crime de homicídio doloso. B) deverá responder pelo crime de homicídio culposo. C) deverá responder pelo crime de infanticídio doloso. D) deverá responder pelo crime de infanticídio culposo. E) não deverá responder por crime algum, pois foi um acidente. 89 Manoel invadiu o computador de Paulo sem autorização deste e alterou várias informações do proprietário do computador, inclusive violando indevidamente seu mecanismo de segurança, em troca de um carro. Assim, Manoel: A) não praticou crime. B) praticou o crime de invasão de dispositivo informático (artigo 154-Ado CP). C) praticou o crime de estelionato (artigo 171 do CP). D) praticou o crime de inserção de dados falsos em sistema de informação (artigo 313- Ado CP). E) praticou o crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (artigo 313-B do CP). Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 122 90 Marinaldo, por ser inimigo de Nando, espalhou junto à vizinhança em que moram que Nando furta toca- fitas de veículos, o que é falso. Logo, Marinaldo deverá responder pelo crime de: A) calúnia (artigo 138 do CP). B) difamação (artigo 139 do CP). C) injúria (artigo 140 do CP). D) denunciação caluniosa (artigo 339 do CP). E) comunicação falsa de crime (artigo 340 do CP). 91 Gertrudes, para ir brincar o carnaval, deixou dormindo em seu apartamento seus filhos Lúcio, de cinco anos de idade, e Lígia, de sete anos de idade. As crianças acordaram e, por se sentirem sós, começaram a chorar. Os vizinhos, ouvindo os choros e chamamentos das crianças pela janela do apartamento, que ficava no terceiro andar do prédio, arrombaram a porta, recolheram as crianças e entregaram-nas ao Conselho Tutelar. Logo, pode-se afirmar que Gertrudes deve responder pelo crime de: A) perigo a vida ou saúde de outrem e os vizinhos não praticaram crime, pois estavam agindo em legítima defesa de terceiros. B) abandono de incapaz e os vizinhos não praticaram crime, pois estavam agindo em legítima defesa de terceiros. C) perigo a vida ou saúde de outrem e os vizinhos não praticaram crime, pois estavam agindo em estado de necessidade de terceiros. D) abandono de incapaz e os vizinhos não praticaram crime, pois estavam agindo em estado de necessidade de terceiros. E) pelo crime de abandonomaterial e os vizinhos não praticaram crime, pois estavam agindo em estado de necessidade exculpante de terceiros. 92 Anderson, ginecologista, foi procurado por Zéfira, que estava grávida de seu amante Josenildo. Zéfira solicitou que Anderson interrompesse sua gravidez, mediante a utilização de uma curetagem, objetivando esconder a traição. Anderson, que era inimigo de Josenildo, efetuou um procedimento cirúrgico causando a expulsão do embrião e, para se vingar de Josenildo, retirou os dois ovários de Zéfira. Assim, pode-se afirmar: A) Zéfira deve responder pelo crime de aborto provocado com o consentimento da gestante (artigo 124 do CP), em concurso de agentes com Anderson. B) Anderson deve responder pelo crime de aborto com o consentimento da gestante (artigo 126 do CP) com a causa de aumento de pena prevista no artigo 127 do CP. C) Anderson deve responder pelo crime de aborto com o consentimento da gestante (artigo 126 do CP) e lesão corporal gravíssima (se resulta perda ou inutilização de função – artigo 129, § 2º, III do CP), emconcurso formal. D) Anderson deve responder pelo crime de aborto com o consentimento da gestante (artigo 126 do CP) e lesão corporal gravíssima (se resulta perda ou inutilização de função - artigo 129, § 2º, III, do CP), em concurso material. E) Anderson deve responder pelo crime de lesão corporal gravíssima (se resulta aborto). 93 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 123 Adriana, desejando a morte de sua amiga Leda, por vingança,mediante ameaça com uma faca, obrigou- a a ingerir “chumbinho", substância utilizada para matar ratos, a despeito das súplicas da vítima que sabia que a ingestão daquela substância poderia levá-la a morte. Após a ingestão do veneno, a vítima permaneceu agonizando por duas horas, vindo a óbito. Logo, Adriana deve responder pelo crime de homicídio doloso: A) simples consumado. B) qualificado por meio insidioso. C) qualificado por meio cruel. D) duplamente qualificado por motivo torpe e por meio insidioso. E) duplamente qualificado por motivo torpe e por meio cruel. 94 Dois veículos chocaram-se em um cruzamento. Em razão da colisão, um dos motoristas fraturou um braço, o que o impossibilitou de trabalhar por seis meses. O outro motorista teve uma luxação no joelho direito. O fato foi apurado pela delegacia local, restando cabalmente provado que os motoristas de ambos os carros concorreram para a colisão, pois um, em face da ausência de manutenção, estava sem freio, e o outro havia avançado o sinal e estava em velocidade acima da permitida.Assim, conclui-se que se trata de hipótese de: A) autoria colateral. B) compensação de culpa. C) lesão corporal culposa, preceituada no artigo 129, § 6º doCP. D) aberratio delicti . E) culpa consciente. 95 Joseval, no calor de uma discussão com Marinalda, sua namorada, por divergências esportivas, pois torcem para times distintos, desferiu um soco no rosto desta, que resultou em lesão, após o que Marinalda passou a não sentir mais paladar. Assim, Joseval: A) deve responder pelo crime de lesão corporal simples. B) deve responder pelo crime de lesão corporal grave. C) deve responder pelo crime de lesão corporal gravíssima. D) deve responder pelo crime de violência doméstica. E) não deve responder por crime algum, pois a imputabilidade fica excluída pela emoção ou pela paixão. 96 Lucileide, ao sair de sua residência, foi rendida por dois homens, que portavam armas de fogo, e colocada no porta-malas do seu próprio veículo. Os marginais percorreram por muitas horas vários bairros, sendo exigido sempre de Lucileide efetuar vários saques bancários em contas de sua titularidade, sempre sob a ameaça de armas, inclusive sob a ameaça de ser violentada sexualmente. Logo, Lucileide foi vítima do delito de: A) cárcere privado (artigo 148 do CP). B) roubo (artigo 157, § 2, V, doCP). Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 124 C) extorsão simples (artigo 158, caput do CP). D) extorsão qualificada (artigo 158, § 3º do CP). E) extorsãomediante sequestro (artigo 159 do CP). 97 Crisântemo não possuía as pernas e utilizava uma cadeira de rodas para se locomover. Em um determinado dia, estando em seu sítio, percebeu quando elementos furtavam frutas em seu pomar. Gritou e pediu insistentemente que se afastassem e fossem embora. Como os elementos continuassem a subtrair-lhe as frutas, efetuou um disparo com sua espingarda, calibre 38, contra os mesmos, tendo o disparo transfixado um deles e lesionado outro que, em razão dos ferimentos, permaneceram quarentadias internados em um hospital público da cidade. Após restar provado todo esse episódio, pode-se afirmar que Crisântemo: A) praticou o crime de tentativa de homicídio qualificado pelo motivo torpe, tendo ocorrido aberratio ictus . B) praticou o crime de tentativa de homicídio qualificado pelo motivo fútil, tendo ocorrido aberratio ictus . C) não praticou crime, pois se utilizou do meio necessário, portanto excluindo a ilicitude. D) praticou o crime de lesão corporal grave consumada, tendo ocorrido aberratio ictus . E) praticou o crime de lesão corporal gravíssima consumada, tendo ocorrido aberratio delicti. 98 Nos crimes contra a honra A) é admissível a exceção da verdade na injúria, se a vítima é funcionária pública e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. B) é admissível a retratação apenas nos casos de calúnia e difamação. C) a pena é aumentada de um terço, se cometidos contra pessoa maior de sessenta anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de difamação. D) é admissível o perdão judicial no crime de difamação, se houver retorsão imediata. E) a injúria real consiste no emprego de elementos preconceituosos ou discriminatórios relativos à raça, cor, etnia, religião, origem e condição de idoso ou deficiente. 99 Em relação aos crimes contra a vida, correto afirmar que A) o homicídio simples, em determinada situação, pode ser classificado como crime hediondo. B) a pena pode ser aumentada de um terço no homicídio culposo, se o crime é praticado contra pessoa menor de quatorze anos ou maior de sessenta anos. C) compatível o homicídio privilegiado com a qualificadora do motivo fútil. D) cabível a suspensão condicional do processo no homicídio culposo, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício. E) incompatível o homicídio privilegiado com a qualificadora do emprego de asfixia. 100 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 125 Alfredo, querendo matar Epaminondas, sobe até o terraço de um prédio portando um rifle de alta precisão, com silencioso e mira telescópica. Sem ser visto, constata a presença de Gildenis, outro atirador, em prédio vizinho, armado com uma escopeta, também preparado para matar a mesma vítima, tendo Alfredo percebido sua intenção. Quando Epaminondas atravessa a rua, ambos começam a atirar, vindo a vítima a morrer em face, unicamente, dos disparos efetuados por Gildenis. Analisando o caso concreto, leia as assertivas a seguir: I. Há, no caso, autoria colateral incerta. II. Alfredo e Gildenis devem responder por homicídio consumado, inobstante o disparo fatal ter sido produzido unicamente pela arma de Gildenis. III. Tanto Alfredo, quanto Gildenis, agiam em concurso de pessoas. IV. Alfredo é o autor direto e Gildenis o autor mediato. Agora, assinale a opção que contempla a(s) assertiva(s) verdadeira(s). A) Apenas a I. B) Apenas a II. C) Apenas II e III. D) Apenas I e II. E) I, II, III e IV. 101 Certo Juiz de Direito encaminha ofício à Delegacia de Polícia visando à instauração de inquérito policial em desfavor de determinado Advogado, porque o causídico, em uma ação penal de iniciativa privada, havia, em sede de razões de apelação, formulado protestos e críticas contra o Magistrado, alegando que este fundamentara sua sentença em argumentos puramente fantasiosos. Resta comprovado na investigação que os termos usados pelo Advogado foram duros e que tinham aptidão para ofender a honra do Magistrado, embora empregados de forma objetiva e impessoal. Assim, o Advogado: A) deve responder por crime de injúria. B) deve responder por crime de desacato. C) deve responder por crime de difamação. D) deve responder por crime de calúnia. E) não responde por crime algum. 102 Maria é amiga e “cunhada” de Paula, pois namora Carlos, o irmão desta.Maria descobre que está sendo traída por Carlos e conta a Paula. Esta sugere que Maria simule o suicídio para dar uma lição em Carlos. Realizada a encenação, Carlos encontra Maria caída em sua cama, aparentando estar com os pulsos cortados e morta, tendo uma faca ao seu lado. Certo da morte de sua amada, pois a cena fora perfeitamente simulada, com aptidão para enganar qualquer pessoa, Carlos, desesperado, pega a faca supostamente utilizada por Maria e começa a golpear o corpo da namorada, gritando que ela não poderia ter feito aquilo com ele, haja vista amá-la demais e que, portanto, sua vida teria perdido o sentido. Maria, mesmo esfaqueada, não esboça qualquer reação, pois, para dar uma aura de veracidade à farsa, havia ingerido medicamentos que a fizeram dormir profundamente. Em razão dos golpes desferidos por Carlos, Maria acaba efetivamente morrendo. Assim, pode-se afirmar que Carlos: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 126 A) deve responder pelo crime de homicídio doloso duplamente qualificado, em face de a morte ter ocorrido por motivo torpe e pela impossibilidade de reação da vítima, sendo Paula coautora do mesmo crime, pois o direito penal brasileiro adota a teoria monista mitigada. B) deve responder por descumprir um dever de cuidado objetivo, que causou um resultado lesivo, já que há previsão expressa do crime na modalidade culposa, considerando Carlos que estava sob erro de tipo vencível; Paula é partícipe do mesmo crime, pois o direito penal brasileiro adota a teoria monista mitigada. C) não pode responder por crime algum, pois não há responsabilidade penal objetiva no direito penal brasileiro. D) deve responder pelo crime de vilipêndio a cadáver, haja vista estar emerro sobre o fato, que, pela teoria extremada da culpabi l idade, amolda-se ao instituto do erro de proibição. E) deve ser indiciado pelo crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver, uma vez que, estando sob erro de tipo vencível, fez o cadáver perder a sua forma original. 103 Osvaldo, desejando matar, disparou seu revólver contra Arnaldo, que, em razão do susto, desmaiou. Osvaldo, acreditando piamente que Arnaldo estava morto, colocou-o em uma cova rasa que já havia cavado, enterrando-o, vindo a vítima a efetivamente morrer, em face da asfixia.Assim, Osvaldo praticou: A) homicídio qualificado pela asfixia e homicídio culposo, bemcomo ocultação de cadáver. B) homicídio qualificado pela asfixia e ocultação de cadáver. C) homicídio simples e ocultação de cadáver. D) homicídio culposo. E) homicídio simples. 104 Após ter ciência da gravidez de sua namorada Silmara, Nicanor convence a gestante a abortar, orientando-a a procurar uma clínica clandestina. Durante o procedimento abortivo, praticado pelo médico Horácio, Silmara sofre grave lesão, decorrente da imperícia do profissional, perdendo, pois, sua capacidade reprodutiva. Nesse contexto, considerando que a intervenção cirúrgica não era justificada pelo risco de morte para a gestante ou em virtude de estupro prévio, Silmara, Nicanor e Horácio responderão, respectivamente, pelos crimes de: A) consentimento para o aborto (artigo 124, 2ª parte, CP); consentimento para o aborto (artigo 124, 2ª parte, CP); e aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso de crimes com o delito de lesão corporal qualificada (artigo 126 c/c artigo 129, § 2º, III, ambos doCP). B) consentimento para o aborto (artigo 124, 2ª parte, CP); aborto provocado por terceiro com consentimento especialmente agravado (artigo 126 c/c artigo 127, ambos do CP); e aborto provocado por terceiro com consentimento especialmente agravado (artigo 126 c/c artigo 127, ambos doCP). C) consentimento para o aborto (artigo 124, 2ª parte, CP); consentimento para o aborto (artigo 124, 2ª parte, CP); e aborto provocado por terceiro com consentimento especialmente agravado (artigo 126 c/c artigo 127, ambos doCP). D) autoaborto (artigo 124, 1ª parte, CP); aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso decrimes como delito de lesão corporal qualificada (artigo 126 c/c artigo 129, § 2º, III, ambos doCP); e aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso de crimes com o delito de lesão corporal qualificada (artigo 126 c/c artigo 129, § 2º, III, ambos doCP). E) autoaborto (artigo 124, 1ª parte, CP); aborto provocado por terceiro com consentimento especialmente agravado (artigo 126 c/c artigo 127, ambos do CP); e aborto provocado Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 127 por terceiro com consentimento especialmente agravado (artigo 126 c/c artigo 127, ambos do CP). 105 No crime de ameaça, A) o mal prometido não precisa ser injusto. B) a intimidação pode ocorrer por meio simbólico. C) a intimidação não pode ser realizada por intermédio de terceiro. D) não há absorção por outro delito quando for elemento ou meio deste. E) a ação penal é privada. 106 A ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador, é acobertada por imunidade judiciária A) em qualquer crime contra a honra. B) na injúria e na calúnia. C) na calúnia e na difamação. D) na injúria e no desacato. E) na difamação e na injúria. 107 Em relação ao homicídio, é correto afirmar que A) o privilégio da violenta emoção pode concorrer com as qualificadoras objetivas, não com as subjetivas. B) as qualificadoras relativas aos motivos do crime não se comunicam aos coautores, mesmo que conheçam a motivação. C) premeditação constitui circunstância qualificadora. D) o erro quanto à pessoa não isenta de pena, considerando-se ainda as condições e qualidades da vítima. E) admite o perdão judicial, se privilegiado. 108 Numa cidade do interior do Estado, uma pequena aglomeração de pessoas se formou no aeroclube local para assistir a um espetáculo de paraquedismo. Em solo, em meio aos observadores encontrava-se Maria, jovem simpática e querida por todos que, aos 17 anos, já tinha “sobre os seus ombros” a responsabilidade de cuidar de seus irmãos mais novos e de seu pai alcoólatra, trabalhava e estudava. Na aeronave prestes a saltar encontrava-se Pedro, jovem arrogante, por todos antipatizado, que aos 25 anos interrompera seus estudos para viver à custa de uma tia idosa, e como a explorava. Durante sua apresentação Pedro, ao se aproximar do solo, por puro exibicionismo e autoconfiança, resolveu fazer uma manobra e acabou por acertar o rosto de Maria. O corte foi profundo e extenso, e a deformou Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 128 permanentemente. Nesse caso, Pedro responderá pelo delito de lesão corporal A) simples. B) grave. C) gravíssima. D) culposa. E) culposa qualificada pela deformidade permanente. 109 Maria reside sozinha com sua filha de 5 meses de idade e encontra-se em benefício previdenciário de licença maternidade de 6 meses. Todas as tardes a filha de Maria dorme por cerca de duas horas, momento no qual Maria realiza as atividades domésticas. Em determinado dia, neste horário de dormir da filha, Maria foi até ao supermercado próximo de sua casa, uma quadra de distância, para comprar alguns mantimentos para a alimentação de sua filha. Normalmente esta saída levaria de 10 a 15 minutos, mas neste dia houve uma queda no sistema informatizado do supermercado o que atrasou o retorno à sua casa por 40 minutos. Ao chegar próximo à sua casa, Maria constatou várias viaturas da polícia e corpo de bombeiros na frente de sua residência, todos acionados por um vizinho que percebeu o choro insistente de uma criança por 15 minutos, acionando os órgãos de segurança. Ao prestarem socorro à criança, com o arrombamento da porta de entrada da casa, os agentes dos órgãos de segurança verificam que a criança estava sozinha em casa, mas apenas assustada e sem qualquer lesão. A conduta de Maria é caracterizada como A) crime de abandono de incapaz. B) crime de abandono de incapaz majorado. C) crime de abandono de recém nascido. D) atípica E) contravenção penal. 110 Miguel cometeu crime de difamação contra Vitor e está respondendo uma ação penal privada movida pelo ofendido (querelante), que tramita perante uma das varas criminais da comarca de Macapá. Miguel, o querelado, poderá se retratar cabalmente e, neste caso, A) ficará isento da pena se a retratação ocorrer antes do trânsito em julgado da sentença e contar com a anuência expressa do querelante. B) terá a pena reduzida de um a dois terços se a retratação ocorrer antes da sentença. C) ficará isento de pena se a retratação ocorrer antes do trânsito em julgado da sentença. D) ficará isento de pena se a retratação ocorrer antes da sentença. E) terá a pena reduzida de um a dois terços se a retratação ocorrer antes da sentença e contar com a anuência expressa do querelante. 111 No crime de lesão corporal leve praticado no âmbito de violência doméstica (art. 129, § 9o, do Código Penal), a ação penal é A) pública incondicionada, se a agressão se der do marido contra a mulher. B) pública incondicionada, em qualquer hipótese, segundo entendimento sumulado do STF. C) privada, se a agressão se der de irmão contra irmão. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 129 D) privada, se a agressão se der do filho maior contra o pai. E) pública condicionada, em qualquer hipótese. 112 No tocante à parte especial do Código Penal, é correto afirmar que A) o crime de assédio sexual pressupõe a prevalência da condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de cargo, emprego ou função, para o fim de obtenção de vantagem econômica ou favorecimento sexual. B) de acordo com a jurisprudência atual do Supremo Tribunal Federal não se admite o reconhecimento do privilégio no furto qualificado pelo rompimento de obstáculo, dada a incompatibilidade das circunstâncias em questão. C) o concurso de agentes constitui circunstância que qualifica o crime de homicídio, vez que a superioridade numérica, por si, indica a maior reprovabilidade da conduta. D) não é punível a conduta do agente que recebe coisa sabendo ser produto de crime, se não for apurada a autoria do crime de que a res proveio. E) pai que agride o filho homem, que possui 18 anos de idade, causando-lhe lesões corporais de natureza leve, terá sua conduta subsumida ao art. 129, § 9o - crime de violência doméstica. 113 Pedro emprestou dinheiro a Paulo e este não lhe pagou a dívida no prazo convencionado. Na festa de aniversário do filho de Paulo, Pedro tomou o microfone e narrou aos presentes que Paulo era caloteiro, por não ter efetuado o pagamento da referida dívida. Nesse caso, Pedro A) cometeu crime de exercício arbitrário das próprias razões. B) cometeu crime de denunciação caluniosa. C) cometeu crime de calúnia. D) não cometeu nenhum crime porque o fato era verdadeiro. E) cometeu crime de difamação. 114 Dentre as hipóteses de formas qualificadas dos crimes de injúria, calúnia e difamação, NÃO se incluem os crimes cometidos A) mediante promessa de recompensa. B) contra Governador de Estado. C) contra chefe de governo estrangeiro. D) na presença de várias pessoas. E) contra funcionário público, em razão de suas funções. 115 Paulo e Pedro trocaram tiros com a intenção de matar um ao outro. Nenhum dos dois foi baleado, mas uma criança que passava pelo local foi atingida e morta. A perícia comprovou que o projétil que atingiu a criança proveio da arma de Paulo. Nesse caso, Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 130 A) Paulo e Pedro responderão por homicídio doloso consumado. B) Paulo responderá por homicídio doloso consumado e Pedro por tentativa de homicídio. C) Paulo e Pedro responderão por homicídio culposo. D) Paulo responderá por homicídio doloso consumado e Pedro por homicídio culposo. E) Paulo e Pedro responderão por tentativade homicídio em concurso formal com homicídio culposo. 116 Tício agrediu Paulus a golpes de faca para subtrair-lhe dinheiro que trazia nos bolsos da calça. Face à aproximação de terceiros, Tício fugiu do local sem nada roubar, sendo que Paulus veio a falecer em conseqüência das lesões recebidas. Nesse caso, de acordo com a orientação jurisprudencial dominante, Tício responderá por A) homicídio qualificado. B) tentativa de furto em concurso formal com homicídio qualificado. C) latrocínio consumado. D) tentativa de roubo em concurso formal com homicídio qualificado. E) latrocínio tentado. 117 Bruno e Pedro, pretendendo matar Rafael, mediante uso de arma de fogo, se colocam de emboscada aguardando a vítima passar, sendo necessário ressaltar que um ignora a intenção e o comportamento do outro. Quando avistam a presença de Rafael, os dois atiram, no mesmo instante, sendo que os tiros disparados por Bruno atingem Rafael primeiro e os de Pedro segundos depois. Rafael então vem a falecer em razão dos tiros disparados. No Instituto Médico Legal os peritos não conseguem identificar quem efetuou o disparo que veio a causar a morte de Rafael. Diante do quadro acima, Bruno e Pedro responderão pelo seguinte crime: A) Bruno responderá por homicídio qualificado e Pedro responderá por tentativa de homicídio. B) ambos responderão por homicídio duplamente qualificado. C) Bruno responderá por homicídio e Pedro responderá por tentativa de homicídio. D) ambos responderão por tentativa de homicídio qualificado. E) ambos responderão por homicídio. 118 Imagine a seguinte hipótese: Caio, com a intenção de apenas atingir fatalmente Lúcia, efetua vários disparos de arma de fogo e acaba atingindo o ombro da vítima e também toda a lataria do carro desta. Assinale a alternativa que tipifica a situação descrita. A) Caio responderá por tentativa de homicídio em concurso material como crime de dano. B) Caio responderá por tentativa de homicídio em concurso formal como crime de dano. C) Caio responderá pelo crime de lesão corporal em concurso formal como crime de dano. D) Caio responderá pela tentativa de homicídio. E) Caio responderá pelo crime de lesão corporal. 119 Bruno e Pedro, pretendendo matar Rafael, mediante uso de arma de fogo, se colocam de emboscada aguardando a vítima passar, sendo necessário ressaltar que um ignora a intenção e o comportamento do outro. Quando avistam a presença de Rafael, os dois atiram, nomesmo instante, sendo que os tiros Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 131 disparados por Bruno atingem Rafael primeiro e os de Pedro segundos depois. Rafael então vem a falecer em razão dos tiros disparados. No Instituto Médico Legal os peritos não conseguem identificar quem efetuou o disparo que veio a causar a morte de Rafael. Diante do quadro acima, Bruno e Pedro responderão pelo seguinte crime: A) ambos responderão por homicídio. B) Bruno responderá por homicídio qualificado e Pedro responderá por tentativa de homicídio. C) ambos responderão por homicídio duplamente qualificado. D) Bruno responderá por homicídio e Pedro responderá por tentativa de homicídio. E) ambos responderão por tentativa de homicídio qualificado. 120 Maria, ex-namorada de Vitor, por estar com muito ciúme do mesmo, por este ter arranjado uma nova namorada, resolve ir à Delegacia de Polícia e inventar uma história dizendo ter sido agredida por Vitor. Maria, que em momento algum sofreu qualquer agressão por parte de Vitor, dirige-se à Delegacia de Polícia e comunica ao Delegado que teria sofrido agressão por parte de Vitor e mostra algumas marcas que possuía. Essas na verdade, foram em razão de uma queda de bicicleta. O Delegado, diante dos fatos, toma as seguintes providências: registra o fato, encaminha Maria para exame de corpo de delito e, logo em seguida, instaura o Inquérito Policial para apurar melhor os fatos. Diante do quadro acima descrito, Maria praticou a seguinte infração penal: A) denunciação caluniosa B) falso testemunho. C) calúnia D) comunicação falsa de crime. E) injúria. 121 Tício tentou suicidar-se e cortou os pulsos. Em seguida arrependeu-se e chamou uma ambulância. Celsus, que sabia das intenções suicidas de Tício, impediu dolosamente que o socorro chegasse e Tício morreu por hemorragia. Nesse caso, Celsus responderá por A) auxílio a suicídio. B) homicídio doloso. C) instigação a suicídio. D) induzimento a suicídio. E) homicídio culposo. 122 No crime de lesão corporal praticado no contexto de violência doméstica (art. 129, § 9º , do Código Penal), A) o sujeito passivo é sempre a mulher. B) é necessário que a vítima conviva com o agente. C) não incide a agravante de o crime ser cometido contra cônjuge, se a ofendida é casada Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 132 com o autor. D) a pena é aumentada de 1/6 (um sexto) se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. E) não basta que se prevaleça o agente de relação de hospitalidade. 123 Paulo resolveu suicidar-se. Pedro forneceu-lhe veneno. Paulo contratou João para, sabendo tratar-se de veneno, injetar-lhe a referida substância, que ocasionou-lhe a morte. Nesse caso, A) Pedro responderá por homicídio e João por auxílio a suicídio. B) Pedro e João responderão por homicídio. C) Pedro e João responderão por auxílio a suicídio. D) Pedro não responderá por nenhum crime e João por auxílio a suicídio. E) Pedro responderá por auxílio a suicídio e João por homicídio. 124 No crime de homicídio, A) não há incompatibilidade na coexistência de circunstâncias objetivas que qualificam o crime e as que o tornam privilegiado. B) há incompatibilidade na coexistência de quaisquer circunstâncias que qualificam o crime e as que o tornam privilegiado. C) não há incompatibilidade na coexistência de circunstâncias subjetivas que qualificam o crime e as que o tornam privilegiado. D) há incompatibilidade na coexistência de duas ou mais qualificadoras, ainda que objetivas. E) não há incompatibilidade na coexistência de duas qualificadoras de natureza subjetiva. 125 Tendo em conta o tipo penal do crime de homicídio (art. 121 do Código Penal: "Matar alguém"), a mãe que intencionalmente deixa de amamentar a criança, causando-lhe a morte por inanição, pratica um A) crime culposo. B) crime omissivo. C) crime sem resultado. D) crime comissivo por omissão. E) fato penalmente atípico. 126 A respeito dos Crimes contra a Pessoa, é correto afirmar que A) o crime de omissão de socorro pode ser cometido por pessoa que não se encontra presente no local onde está a vítima. B) o crime de auto-aborto é punível por culpa, quando resultar de imprudência, negligência ou imperícia por parte da gestante. C) o reconhecimento do perigo de vida no delito de lesões corporais graves depende de exame de corpo de delito complementar. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 133 D) o crime de maus tratos não pode ser cometido por professores contra os seus alunos, mas somente pelos pais ou tutores da vítima. E) quem induz alguém a suicidar-se não responde pelo delito se da tentativa de suicídio resultam apenas lesões corporais graves. 127 Poderá ser concedido perdão judicial para o autor do crime de injúria no caso de A) não ter resultado lesão corporal da injúria real. B) ter sido a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador. C) ter sido a opinião desfavorável emitida em crítica literária, artística ou científica. D) ter sido o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação prestada no cumprimento de dever do ofício. E) ter o ofendido, de forma reprovável, provocado diretamente a ofensa. 128 Considere as hipóteses: I. O agente deixa de prestar imediato socorroà vítima. II. O delito é resultado da inobservância de regra técnica de profissão. III. O crime é praticado contra pessoa menor de 14 anos ou maior de 60 anos. IV. O agente foge para evitar prisão em flagrante. V. O agente encontrava-se em estado de embriaguez preordenada. De acordo com o Código Penal brasileiro, é qualificado o homicídio culposo nas hipóteses: A) I, II e III. B) I, II e IV. C) I, II e V. D) II, III e V. E) III e IV. 129 Considere as assertivas a seguir, em relação ao crime de redução à condição análoga à de escravo: I. Caracteriza-se pela submissão da pessoa a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando- a a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto. II. A pena prevista para este crime é de reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência. III. Na pena prevista legalmente para o crime, incorre quem cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. IV. Na pena prevista legalmente para o crime, incorre quem mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 134 V. A pena prevista legalmente é aumentada em um terço, se o crime é cometido contra criança ou adolescente. Marque a alternativa correta: A) todas as proposições estão corretas B) somente a proposição V está incorreta C) somente a proposição IV está incorreta D) somente a proposição II está incorreta E) somente as proposições III e IV estão incorretas 130 NÃO se inclui dentre as qualificadoras do crime de homicídio a A) asfixia. B) premeditação. C) traição. D) surpresa. E) emboscada. 131 Maria e seu namorado João praticaram manobras abortivas que geraram a expulsão do feto. Todavia, em razão da chegada de terceiros ao local e dos cuidados médicos dispensados, o neonato sobreviveu. Nesse caso, Maria e João responderão por A) tentativa de aborto. B) crime de aceleração de parto. C) tentativa de homicídio. D) infanticídio. E) tentativa de infanticídio. 132 Antonio e sua mulher Antonia resolveram, sob juramento, morrer na mesma ocasião. Antonio, com o propósito de livrar-se da esposa, finge que morreu. Antonia, fiel ao juramento assumido, suicida-se. Nesse caso, Antonio responderá por A) auxílio ao suicídio culposo. B) homicídio doloso. C) homicídio culposo. D) induzimento ao suicídio. E) tentativa de homicídio. 133 Admite-se a exceção da verdade no crime de Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 135 A) calúnia, se do crime imputado, embora de ação pública, o acusado for absolvido por sentença irrecorrível. B) injúria, se a ofensa consistir na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem. C) difamação, se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. D) calúnia, se o crime foi cometido contra o Presidente da República, chefe de governo estrangeiro ou funcionário público no exercício de suas funções. E) calúnia, se constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença recorrível. 134 No caso de lesão corporal de natureza grave resultante de violência doméstica, a pena deve ser aumentada de A) até metade. B) um terço. C) até um terço. D) metade. E) dois terços. 135 Carlos, tomado de ódio e com intuito de matar, efetuou disparo de arma de fogo contra Benedito, atingindo-o mortalmente. O projétil transfixou-lhe o coração e, acidentalmente, atingiu o filho deste, Luizinho, que estava atrás, na mesma linha de tiro, ocasionando-lhe a morte. Carlos responderá por A) um homicídio doloso e um homicídio culposo, em concurso formal. B) dois homicídios dolosos, em concurso formal. C) crime único de homicídio doloso, em virtude da unidade de desígnio. D) dois homicídios dolosos, em concurso material. E) um homicídio doloso e um homicídio culposo, em concurso material. 136 Paulo enviou carta a todos a alunos da classe de seu desafeto Gabriel, com os seguintes dizeres: "Cuidado. Seu colega de classe Gabriel é ladrão!". No dia seguinte, outra carta, desta vez enviada por Lúcio, no mesmo local e para as mesmas pessoas, tem os dizeres: "Gabriel furtou R$ 50,00 que se encontravam dentro da bolsa de Maria", sendo, porém, falsa a imputação. Paulo e Lúcio cometeram, respectivamente, os crimes de A) comunicação falsa de crime e difamação. B) difamação e injúria. C) calúnia e denunciação caluniosa. D) denunciação caluniosa e comunicação falsa de crime. E) injúria e calúnia. 137 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 136 Considere as seguintes assertivas sobre os crimes contra a honra: I. No crime de injúria, o juiz pode deixar de aplicar a pena quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria. II. Admite-se a prova da verdade no crime de calúnia se o fato é imputado a chefe de governo estrangeiro. III. No crime de difamação, a exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. IV. As penas cominadas aos crimes de calúnia, difamação e injúria aumentam-se de um terço se qualquer dos crimes é cometido contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência. De acordo com o Código Penal, está correto o que consta APENAS em A) II, III e IV. B) I e IV. C) II e III. D) I, II e IV. E) I e III. 138 O reconhecimento do homicídio privilegiado é incompatível com a admissão da qualificadora A) do motivo fútil. B) do emprego de explosivo. C) do meio cruel. D) do emprego de veneno. E) da utilização de meio que possa resultar em perigo comum. 139 José na janela da empresa em que seu desafeto Pedro trabalhava, gritou em altos bravos que o mesmo era "traficante de entorpecentes". Nesse caso, José cometeu crime de A) calúnia. B) injúria. C) difamação. D) denunciação caluniosa. E) falsa comunicação de crime. 140 Jonas e José celebraram um pacto de morte. Jonas ministrou veneno a José e José ministrou veneno a Jonas. José veio a falecer, mas Jonas sobreviveu. Nesse caso, Jonas A) não responderá por nenhum delito, por falta de tipicidade. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 137 B) responderá por homicídio consumado. C) responderá por auxílio a suicídio. D) responderá por instigação a suicídio. E) responderá por induzimento a suicídio. 141 Em tema de crime contra a honra, analise: I. A calúnia e a difamação distinguem-se da injúria porque, nas duas primeiras, há imputação de fato desonroso enquanto, na última, há mera atribuição de qualidade negativa ao ofendido. II. A difamação caracteriza-se pela imputação falsa de fato definido como crime. III. A calúnia e a difamação ofendem a honra objetiva da vítima, ao passo que a injúria atinge a honra subjetiva. IV. Na injúria há imputação de fato ofensivo à dignidade ou ao decoro da vítima. V. Para caracterizar a calúnia, o fato imputado não precisa ser criminoso, bastando que seja falso e ofensivo à reputação da vítima. É correto o que consta APENAS em A) I, II e IV. B) I e III. C) II, IV e V. D) IV e V. E) III, IV e V. DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 1 Assinale a alternativa INCORRETA A) A pena do delito de roubo é aumentada de dois terços se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. B) pena do delito de roubo é aumentada de um terço até a metade, se há o concurso de duas oumais pessoas. C) A pena do delito de furto é aumentada de um terço se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. D) Se o delito de extorsão é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, é aumentada a pena de um terço até a metade. E) A pena do delito de apropriação indébita é aumentada de um terço quando o agente recebeu a coisa em depósito necessário. 2 Em relação aos crimes contra o patrimônio, assinale a alternativa correta. A) É isento de pena o agente que pratica o crime de roubo contra seu cônjuge, na Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 138 constância da sociedade conjugal. B) É isento de pena o agente que pratica o crime de furto em prejuízo de seu cônjuge, que possui 50 anos de idade, na constância da sociedade conjugal. C) A pena do delito de receptação é reduzida de um a dois terços se o crime for praticado contra descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo. D) A pena do delito de furto é aumentada de um terço se o crime for praticado em prejuízo do cônjuge, na constância da sociedade conjugal. E) É isento de pena quem pratica o crime de extorsão em prejuízo do cônjuge judicialmente separado. 3 Considerando o que dispõe o Código Penal, o crime de dano é qualificado se cometido A) durante o repouso noturno. B) mediante concurso de duas ou mais pessoas. C) com destreza. D) com escalada. E) por motivo egoístico. 4 Em relação ao crime de furto, é correto afirmar que A) a pena é aumentada de um terço se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração. B) se o criminoso é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode isentar o agente de pena. C) não se equipara à coisa móvel a energia elétrica. D) o furto é qualificado se o crime for cometido com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa. E) a pena é aumentada de três quintos se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. 5 Aquele que deteriorar coisa sem dono ou abandonada pratica: A) crime de dano doloso. B) conduta penalmente atípica. C) crime de furto impróprio. D) crime de apropriação indébita. E) crime de dano culposo. 6 É causa de aumento da pena no crime de roubo A) a subtração de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. B) praticado durante repouso noturno. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 139 C) se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Município. D) ter sido praticado com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza. E) ter sido cometido com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa. 7 José aproximou-se de um turista estrangeiro e, dizendo falsamente ser funcionário da companhia de aviação, se dispôs a tomar conta da sua bagagem, enquanto o mesmo dirigia-se ao balcão de informações, aproveitando-se disso para apossar-se de alguns valores que estavam no interior da mala. Nesse caso, ficou configurado o delito de A) disposição de coisa alheia como própria. B) estelionato. C) apropriação indébita. D) roubo. E) furto qualificado pela fraude. 8 Santiago, grafiteiro de renome, cidadão sem antecedentes criminais, em protesto às medidas políticas de ordem federal, pinta monumento histórico tombado, de propriedade particular, deteriorando-o e alterando suas características originais. Santiago, em tese, cometeu A) crime de natureza política. B) crime de dano, mas não pode ser considerada infração de menor potencial ofensivo. C) conduta atípica, pois a arte agregou valor ao monumento tombado. D) ilícito civil, apenas, que poderá ser reparado com a restauração do monumento. E) crime de dano, podendo ser considerada infração de menor potencial ofensivo. 9 Apresenta-se como hipótese de furto qualificado aquele que é cometido: A) mediante ameaça B) no período do repouso noturno C) mediante violência D) mediante abuso de confiança 10 No estelionato contra o INSS, o A) beneficiário pratica delito instantâneo de efeitos permanentes, e por isso o prazo prescricional começa a fluir da data do pagamento da primeira parcela. B) terceiro e o beneficiário praticam delito permanente, e por isso o prazo prescricional começa a fluir do momento em que o benefício é suspenso ou cancelado. C) terceiro pratica delito permanente, e o beneficiário, delito instantâneo, e cada qual terá o início do prazo prescricional em momentos diferentes. D) terceiro e o beneficiário praticam delito continuado, e por isso o prazo prescricional Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 140 começa a fluir do momento em que o benefício é suspenso ou cancelado. E) terceiro não beneficiário pratica delito instantâneo de efeitos permanentes, e por isso o prazo prescricional começa a fluir da percepção da primeira prestação do benefício indevido. 11 Os crimes contra o patrimônio reservaram grande atenção por parte do legislador, ao passo que este estipulou diversas condutas passíveis de sanção criminal, com a finalidade de resguardar o bem jurídico pessoal. Sobre essa modalidade de crime, assinale a alternativa correta: A) Não constitui crime de estelionato emitir cheque sem provisão de fundos em poder do sacado B) A pena pelo crime de apropriação indébita é diminuída nos casos em que o ato criminoso é perpetrado por tutor ou curador C) O crime de receptação não admite a modalidade culposa D) É isento de pena o cônjuge que comete crime furto em face do companheiro durante a constância do casamento E) Não será punido criminalmente quem, de qualquer modo, apropriar-se de coisa alheia perdida 12 Leonardo encontra uma cédula de R$ 50,00 sob a poltrona da sala da casa de seu amigo Fausto, lugar que habitualmente frequenta e, sem que o dono da casa perceba, dela se apodera. Diante do caso hipotético apresentado, Leonardo pratica o crime de A) apropriação de coisa achada. B) furto qualificado. C) estelionato. D) furto simples. E) apropriação indébita. 13 Nilson, na companhia de sua namorada, Ana Paula, ambos maiores e capazes, subtraem a quantia de R$ 200,00 da carteira do avô de Nilson que, na data do furto, contava 62 anos de idade. Diante da situação hipotética apresentada, A) Nilson ficará isento de pena, em razão do crime ter sido praticado contra seu ascendente. Contudo, tal isenção não alcançará Ana Paula. B) haverá isenção da pena para Nilson, circunstância que também alcançará sua namorada Ana Paula. C) Nilson e Ana Paula responderão pelo crime de furto qualificado, não incidindo a isenção de pena para nenhum dos agentes. D) Nilson responderá por furto qualificado, enquanto que Ana Paula responderá por furto simples. E) a responsabilização penal de Nilson e Ana Paula dependerá de queixa-crime. 14 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 141 Mário e Mauro combinam a prática de um crime de furto a uma residência. Contudo, sem que Mário saiba, Mauro arma-se de um revólver devidamente municiado. Ambos, então, ingressam na residência escolhida para subtrair os bens ali existentes. Enquanto Mário separava os objetos para subtração, Mauro é surpreendido com a presença de um dos moradores que, ao reagir a ação criminosa, acaba sendo morto por Mauro. Nesta hipótese A) Mário e Mauro responderão pela prática de latrocínio. B) Mário e Mauro responderão pela prática de furto. C) Mário responderá pela prática de furto simples e Mauro responderá pela prática de furto qualificado. D) Mário responderá apenas pelo furto e Mauro responderá pela prática dos crimes de porte ilegal de arma de fogo, furto e homicídio. E) Mário responderápela prática de furto e Mauro pelo crime de latrocínio. 15 No crime de estelionato contra a previdência social, a devolução da vantagem indevida antes do recebimento da denúncia, A) segundo o STJ, pode ser considerada analogicamente ao pagamento do tributo nos crime tributários e significará a extinção da punibilidade. B) segundo o STF, pode ser considerada analogicamente à condição prevista na súmula 554 e obstar a ação penal. C) segundo o STF, pode ser considerada como falta de justa causa, sem prejuízo da persecução administrativo-fiscal para a cobrança de eventuais juros e multa. D) não tem qualquer repercussão na esfera penal por ter o delito em questão natureza previdenciária e expressa previsão legal neste sentido. E) somente pode ser considerado como arrependimento posterior. 16 Nos termos preconizados pelo Código Penal, em relação às escusas absolutórias, estará isento de pena A) Pedro, co-autor de um crime de furto qualificado juntamente com seu amigo Italo, praticado contra o genitor deste último. B) Rodrigo, que invade a chácara de sua família e comete um crime de roubo contra seus ascendentes, subtraindo bens que guarneciam o imóvel. C) Paulo, que pratica um crime de furto contra empresa de seu tio. D) Micaela, que pratica um crime de estelionato contra seu filho, utilizando os documentos pessoais e cartão de crédito deste para fazer compras em estabelecimentos comerciais de uma determinada cidade. E) Flávia, que pratica crime de apropriação indébita contra o seu avô de 70 anos de idade. 17 Bráulio, inconformado com uma mensagem privada de conteúdo romântico observada no aparelho de telefonia celular de sua namorada, decide dele se apossar como vingança. Contudo, enfrenta oposição da namorada, que se posta entre o autor e o aparelho. Assim, Bráulio, para assegurar seu intento, empurra com violência a namorada contra a parede, ferindo-a levemente. Assegurando a posse do telefone, Bráulio deixa a casa da namorada, vai até um terreno baldio e, pegando uma grande pedra que ali se encontra, com ela golpeia o aparelho, de modo a torná-lo inservível, o que era sua intenção desde Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 142 o início. Analisando o caso proposto, assinale a opção que corretamente realiza a subsunção do comportamento do autor à norma penal. A) Dano qualificado B) Furto e lesão corporal. C) Lesão corporal. D) Roubo E) Dano qualificado e lesão corporal. 18 Considerando apenas as informações contidas nas alternativas, assinale aquela que corretamente indica uma hipótese de crime de receptação. A) Josefina celebra contrato de penhor, entregando uma joia ao credor pignoratício. Posteriormente, ainda na vigência do contrato, a joia é furtada por terceiro. Ciente do furto e vislumbrando na hipótese uma forma de pagar menos para reaver seu patrimônio, Josefina procura o autor do crime patrimonial prévio e dele compra a joia furtada. B) Ribamar, colecionador de carros antigos percebendo a falta, em lojas especializadas, de uma determinada autopeça para reposição, encomenda a Servílio a referida peça, consciente de que este, motivado pela encomenda, roubará um carro para cumprir o avençado, o que efetivamente ocorre. Assim, Ribamar ingressa na posse da peça desejada. C) Cristóvão compra de Amílcar uma motosserra por preço irrisório, sabendo que o vendedor está dispondo do bem por preço inferior ao do mercado porque usou a ferramenta para a prática de um homicídio e quer dela se livrar. D) Teobaldo tem seu telefone celular furtado. Para reaver o aparelho, liga para o autor do crime, passando a negociar sua entrega. Assim, concretizado o ajuste, Teobaldo paga o valor exigido, recebendo de volta o telefone. E) Elesbão, camelô, conscientemente expõe à venda cigarros de importação proibida, os quais adquiriu de um amigo que sabe ser contrabandista. 19 No que concerne aos crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que A) há pluralidade de latrocínios, se diversas as vítimas fatais, ainda que único o patrimônio visado e lesado, conforme entendimento pacificado dos tribunais superiores. B) possível o reconhecimento da figura privilegiada do delito nos casos de furto qualificado, se primário o agente e de pequeno valor a coisa subtraída, independentemente da natureza da qualificadora, segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça. C) a indispensabilidade do comportamento da vítima não constitui critério de diferenciação entre o roubo e a extorsão. D) a receptação própria não prevê modalidade de crime permanente. E) não constitui furto de energia a subtração de sinal de TV a cabo, consoante já decidido pelo Supremo Tribunal Federal. 20 Sobre os crimes contra o patrimônio, assinale a alternativa correta. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 143 A) O crime de apropriação indébita pressupõe a posse ou detenção lícita, mas vigiada, do agente sobre coisa móvel alheia, com subsequente inversão do título da posse ou detenção. B) Só se configura crime de estelionato quanto há prejuízo patrimonial a outrem, consistente em perder o que já se possui ou em deixar de ganhar o que é devido, não bastando a mera obtenção de uma vantagem indevida pelo agente. C) Ocorre alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria quando o agente vende coisa de sua propriedade, todavia inalienável, crime do qual participa o adquirente que, cientificado de todas as circunstâncias que envolvem o negócio, opta por efetivá-lo. D) Constitui crime de esbulho possessório o ingresso clandestino de duas pessoas em edifício alheio, com a finalidade de usurpá-lo. E) Pratica crime de apropriação de coisa achada aquele que se apossa de uma carteira esquecida por colega sobre a mesa por este usada no escritório em que ambos trabalham. 21 Afim de subtrair pertences de Bartolomeu, Marinalda coloca barbitúricos em sua bebida, fazendo-o desfalecer. Em seguida, a mulher efetiva a subtração e deixa o local, sendo certo que o lesado somente vem a acordar algumas horas depois. Nesse contexto, é correto afirmar que Marinalda praticou crime de: A) estelionato. B) extorsão. C) roubo. D) apropriação indébita. E) furto qualificado. 22 A fim de subtrair pertences de Bartolomeu, Marinalda coloca barbitúricos em sua bebida, fazendo-o desfalecer. Em seguida, a mulher efetiva a subtração e deixa o local, sendo certo que o lesado somente vem a acordar algumas horas depois. Nesse contexto, é correto afirmar que Marinalda praticou crime de: A) furto qualificado. B) apropriação indébita. C) estelionato. D) extorsão. E) roubo. 23 João aproximou-se de José numa via pública, enfiou a mão no bolso traseiro de sua calça e subtraiu-lhe a carteira. José, no entanto, percebeu a ação de João e agarrou-lhe a mão. João desferiu vários socos e pontapés em José, causando-lhe ferimentos leves, conseguiu desvencilhar-se e fugir de posse do produto do crime. Nesse caso, João responderá por A) tentativa de roubo. B) furto qualificado pela destreza. C) roubo consumado. D) furto simples. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 144 E) tentativa de furto qualificado pela destreza. 24 Preencher uma folha de cheque em branco, sem autorização do titular da conta bancária vinculada, e almejando sua utilização irregular no futuro para a aquisição fraudulenta de bens, constitui crime de: A) estelionato tentado. B) falsa identidade. C) falsidade ideológica. D) falsificação de documento público. E) falsificação de documento particular. 25 Com base no Código Penal, em relação aos crimes contra a liberdade pessoal e aos crimes contra o patrimônio, considera-se A) “furto de coisa comum” a subtração, para si ou para outrem, de bem móvel fungível que esteja armazenado, juntamente com outros assemelhados, em local de guarda compartilhada.B) “furto qualificado” a subtração, para si ou outrem, de coisa alheia móvel, desde que praticada por quadrilha. C) “roubo”, a subtração de coisa alheia móvel, para si ou outrem, quando praticada contra pessoa incapaz ou menor de 14 anos, presumindo-se o emprego ao menos de grave ameaça, salvo prova em contrário. D) “constrangimento ilegal” a prática de qualquer ato que, após haver reduzido a capacidade de resistência de alguém, lhe constrange a não fazer o que a lei permite ou a fazer que ela não manda. E) “extorsão indireta” ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar mal injusto e grave, com o objetivo de atingir fim ilícito que beneficie terceiro. 26 Brutus, no interior de uma loja, a pretexto de adquirir roupas, solicitou ao vendedor vários modelos para experimentar, mas, no interior do provador, escondeu uma das peças dentro de suas vestes, devolveu as demais e deixou o local. Brutus cometeu crime de A) furto qualificado pela fraude. B) apropriação indébita. C) furto simples. D) estelionato. E) furto de coisa comum. 27 Placídio achou na rua um cartão de crédito e o utilizou para efetuar compras de roupas finas em um estabelecimento comercial. Essa conduta caracterizou o crime de Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 145 A) apropriação indébita. B) furto qualificado pela fraude. C) estelionato. D) extorsão simples. E) receptação. 28 A respeito do crime de furto, considere: I. Peter cavou um túnel e, com grande esforço, conseguiu entrar no interior de uma loja, dali subtraindo produtos eletrônicos. II. Paulus, com o auxílio de uma corda, entrou pela janela em uma residência, de onde subtraiu objetos. III. Plinius escalou uma árvore, galgou o telhado de um supermercado e removeu várias telhas, entrando no local, de onde subtraiu diversos objetos. Ficou caracterizada a qualificadora da escalada A) nos furtos cometidos por Peter e Paulus, apenas. B) nos furtos cometidos por Peter, Paulus e Plinius. C) nos furtos cometidos por Peter e Plinius, apenas. D) nos furtos cometidos por Paulus e Plinius, apenas. E) no furto cometido por Plinius, apenas. 29 Peter, pessoa de grande porte físico, agarrou Paulus pelas costas e o imobilizou com uma “gravata”. Com a vítima imobilizada, subtraiu-lhe a carteira, o celular e o relógio. Em seguida, deixou o local e soltou a vítima que não sofreu nenhum ferimento. Peter cometeu crime de A) extorsão simples. B) furto qualificado pela destreza. C) roubo qualificado. D) roubo simples. E) extorsão qualificada. 30 Tício instalou um dispositivo na entrada de água de sua residência, através do qual a maior parte da água passou a entrar no imóvel sem passar pelo relógio e sem ser registrada. Tício A) não praticou delito algum. B) cometeu crime de furto qualificado pela fraude. C) cometeu crime de furto simples. D) cometeu crime de furto de coisa comum. E) cometeu crime de furto qualificado pela destreza. 31 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 146 No delito de receptação qualificada, a expressão “coisa que deve saber ser produto de crime" possui interpretação do STF no sentido de que, A) se trata de norma inconstitucional com relação ao preceito secundário, por violar o princípio da proporcionalidade quando comparada à pena prevista para o caput. B) se aplica apenas aos casos de dolo eventual, excluindo-se o dolo direto. C) abrange igualmente o dolo direto. D) configura má utilização da expressão, por ser indicativa de culpa consciente. E) impede que no exercício de atividade comercial possa se alegar receptação culposa. 32 Quanto ao crime de furto, havendo equívoco do agente, que subtrai coisa alheia pensando ser sua: A) consuma-se o crime, apesar da ausência do dolo específico. B) exclui-se o dolo por haver erro de tipo. C) exclui-se a tipicidade por furto de uso. D) consuma -se o crime com circunstância atenuante. E) exclui-se a punibilidade, embora o fato seja típico e reprovável. 33 O crime contra o patrimônio público é aquele que se pratica contra propriedades da União, do Estado ou do Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista. Quando um indivíduo comete crime contra o patrimônio público: A) se menor de 18 anos, e pego em flagrante, o responsável pode ser detido de 1 a 3 meses, havendo incidência de multa pelo dano causado. B) não tem direito à fiança, sendo passível de pena de detenção de 1 a 3 meses. C) o valor da fiança dependerá da autoridade judicial mas, se não houver pagamento, a detenção pode ser de 1 a 12 meses. D) responde em liberdade, caso seja capturado no ato do crime. E) só pode ser preso se for pego em flagrante e incide multa pelo dano causado. 34 Determinado empregado de um despachante recebeu dinheiro de cliente, pessoa física, para licenciamento de veículo. Em vez de pagar as guias do carro do cliente, usou o dinheiro em proveito próprio. Essa situação trata de um crime de A) apropriação indébita ou estelionato, dependendo do critério escolhido pela vítima, pois esta é quem decide se fará ou não representação, haja vista que a ação penal nesse caso é privada. B) estelionato, em razão da intenção posterior do sujeito ativo de apropriar-se do bem, mesmo tendo-o recebido de forma legítima do sujeito passivo. C) apropriação indébita, pois o sujeito passivo, depois de estar de posse do bem recebido legitimamente do sujeito ativo, assenhora-se desse bem como se fosse seu, ferindo o direito de propriedade. D) pequeno potencial ofensivo que escapa ao campo penal no que toca ao empregado do Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 147 despachante, pois o despachante é quem deve ser responsabilizado pelo ocorrido, já que responde junto ao cliente. E) apropriação indébita, pois o sujeito ativo, depois de estar de posse do bem recebido legitimamente do sujeito passivo, assenhora-se desse bem como se fosse seu, ferindo o direito de propriedade. 35 O agente enviou para mulher casada cópias de fotografias dela nua, tiradas em encontro amoroso que haviam mantido. Exigiu dela o pagamento de importância em dinheiro sob ameaça de, caso não atendido, revelar segredo íntimo de sua vida amorosa, enviando as fotos ao seu marido, aos filhos e às pessoas do seu meio social. A partir desse relato, é correto afirmar que a situação é A) atípica sob o prisma jurídico, pois trata-se de uma discussão em torno da conduta moral da mulher casada. Essa conduta seria tipificada como extorsão somente se houvesse mais de um sujeito ativo a beneficiar-se com vantagem não econômica. B) tipificada como crime de extorsão indireta, cuja pena é de reclusão de 1 a 3 anos e multa, pois o agente constrangeu a vítima com o objetivo de obter vantagem econômica por meio de documentos. C) atípica sob o prisma jurídico, pois trata-se de uma discussão em torno da conduta moral da mulher casada. Embora possa ensejar discussões acerca de comportamento reprovável, não é passível de punição objetiva no ordenamento legal. D) tipificada como crime de extorsão, cuja pena é de reclusão de 4 a 10 anos e multa, pois o agente constrangeu a vítima com o objetivo de obter vantagem econômica. E) tipificada como crime de extorsão, cuja pena é de reclusão de 12 a 20 anos e multa, desde que a vítima constrangida pelo agente seja menor de 18 e maior de 60 anos, com o objetivo de obter vantagem não econômica. 36 No que concerne aos crimes contra o patrimônio, A) configura estelionato o ato de defraudar, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, ainda que o agente não tenha a posse do objeto empenhado. B) o crime de extorsão alcança a consumação com a efetiva obtenção da vantagem indevida pelo agente, segundo entendimento sumuladodo Superior Tribunal de Justiça. C) é cabível o perdão judicial no dano culposo. D) não tipifica estelionato o ato de dar em locação coisa alheia como própria. E) configura concorrência para o crime de furto a contribuição posterior, desde que prometida anteriormente. 37 Alfredo, de posse de cheque em branco do empregador, falsifica a assinatura deste no título e o utiliza na compra de determinado bem, obtendo vantagem ilícita em prejuízo do comerciante. Na hipótese, segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça, Alfredo responde por A) falsificação de documento público e estelionato, em concurso formal. B) estelionato, apenas. C) falsificação de documento público e estelionato, em concurso material. D) estelionato e falsificação de documento particular, em concurso formal. E) falsificação de documento público, apenas. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 148 38 No tocante aos crimes contra o patrimônio, A) o crime de fraude à execução é de ação penal privada. B) pratica o crime de apropriação indébita o agente que, mediante alienação não consentida pelo credor, defrauda a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado. C) pratica o crime de furto de coisa comum o sócio que, para si ou para outrem, subtrai a coisa comum, a quem legitimamente a detém, ainda que se trate de coisa fungível e cujo valor não excede a quota a que tem direito. D) a prática do crime em razão de emprego constitui causa de aumento da pena na apropriação indébita e no estelionato. E) o delito de duplicata simulada apenas se configura quando o agente emite título que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade. 39 NÃO admite a figura privilegiada, com substituição da pena de reclusão pela de detenção, diminuição de um a dois terços ou aplicação somente da pena de multa, o crime de A) furto. B) duplicata simulada. C) estelionato. D) apropriação indébita. E) receptação. 40 Sobre crimes contra o patrimônio, considere as seguintes assertivas: I. O crime de extorsão se perfectibiliza no momento em que a vítima é constrangida, mediante grave ameaça, a fazer, deixar de fazer ou tolerar que se faça alguma coisa. E, tendo o agente exigido numerário, sob pena de mal futuro, caracterizado está referido delito, independentemente de obtenção da vantagem indevida. II. No sistema legal brasileiro o latrocínio contempla crime complexo, qualificado pelo resultado, formado pela soma dos delitos de roubo e homicídio, doloso ou culposo. III. O perdão judicial previsto no § 5° do artigo 180 do Código Penal constitui benefício incompatível com a modalidade dolosa do crime de receptação. IV. O agente que tenta adentrar em estabelecimento ainda que com o intuito de subtrair coisa alheia móvel, mas, por circunstâncias alheias à sua vontade, não efetiva a empreitada criminosa, comete o crime de dano, desde que esse seja mais grave do que o furto tentado. É correto o que se afirma APENAS em A) I, II e III. B) I e IV. C) II e III. D) I, III e IV. E) II, III e IV. 41 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 149 Antonio Célio, barista, faltou injustificadamente ao trabalho, nada comunicando ao empregador. Por ser reincidente, já tendo sido punido por ausências anteriores, e temendo ser dispensado por justa causa, no dia seguinte − que era destinado a sua folga − se aproveita do comparecimento à clínica médica “Saúde Real Cop" onde marcara consulta e, verificando a momentânea ausência de fiscalização, pega para si carimbo do médico responsável pela clínica. Na saída, para eliminar registro de sua presença, destrói a folha usada pela administração da clínica para controle dos pacientes que lá comparecem, documento adotado para instruir os requerimentos de pagamento por serviços prestados pela clínica a várias operadoras de plano de saúde. Em seguida, Antonio Célio vai para casa, onde elabora atestado médico que justificaria sua ausência ao trabalho, assina-o com o nome do médico constante do carimbo, além de efetuar, ele próprio, reconhecimento da firma que inserira no atestado. Por fim, dois dias após a ausência ao trabalho, Antônio Célio entrega o documento nos moldes acima ao seu empregador, solicitando que não houvesse o desconto de sua falta. Além de outros, caso estejam presentes, configura-se a existência dos seguintes tipos penais, praticados por Antônio Célio: A) supressão de documento, falsificação de documento particular e uso de documento falso. B) falsificação de documento particular, falso reconhecimento de firma e furto. C) falso reconhecimento de firma, falsidade de atestado médico e uso de documento falso. D) falsidade de atestado médico, furto e supressão de documento. E) furto, falsidade de reconhecimento de firma e falsidade de atestado médico. 42 De acordo com o Código Penal, a conduta conhecida como “seqüestro relâmpago” (em que os agentes abordam a vítima, restringem sua liberdade, e com ela deslocam-se a caixas eletrônicos, com o intuito de fazer saques em dinheiro) enquadra-se no crime de: A) roubo. B) extorsão mediante seqüestro. C) constrangimento ilegal. D) extorsão. E) seqüestro. 43 Assinale a alternativa correta. Não será considerado crime contra a pessoa A) Homicídio B) Lesão corporal. C) Latrocínio. D) Rixa 44 Se aceita a adoção do princípio da insignificância em caso de furto de bagatela, a hipótese será de A) absolvição por atipicidade material da conduta. B) redução da pena pela regra do art. 155, § 2o, do Código Penal. C) concessão de perdão judicial. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 150 D) extinção da punibilidade. E) reconhecimento de circunstância atenuante inominada. 45 O estelionato A) não se configura havendo fraude bilateral. B) exige que a fraude seja anterior a obtenção da vantagem ilícita. C) é crime formal, consumando-se no momento em que o agente obtem vantagem ilícita em prejuízo alheio. D) e punível se praticado contra ascendente. E) admite a tentativa e o arrependimento eficaz, mas não o reconhecimento de crime impossível. 46 Em relação ao crime de furto, é correto assegurar que A) no caso de incidirem duas qualificadoras, uma qualifica o delito e a outra atua como agravante comum, ainda que não prevista como tal. B) é qualificado pelo concurso de pessoas, ainda que posterior a participação de outrem e não prometida com precedência. C) é punível a subtração de coisa comum por condômino, coerdeiro ou sócio, desde que fungível e o valor não exceda a quota a que tem direito o agente. D) a relação de emprego sempre configura a qualifi- cadora do abuso de confiança. E) é admissível o reconhecimento da figura privilegiada do delito, em algumas situações, nos casos de furto qualificado. 47 Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa constitui o crime de_______________ . Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. A) Furto. B) Roubo. C) Extorsão mediante sequestra. D) Extorsão. 48 Segundo entendimento sumulado dos Tribunais Superiores, A) não se aplica ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da Previdência Social, a qualificadora de o delito ser cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. B) o pagamento do cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, obsta o prosseguimento da ação penal. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 151 C) configura-se o crime de estelionato na modalidade de emissão de cheque sem fundos ainda que não demonstrada fraude. D) a utilizaçãode papel-moeda grosseiramente falsificado não configura, nem mesmo em tese, o crime de estelionato. E) quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. 49 Dentre os crimes contra o patrimônio, não admite a suspensão condicional do processo, em quaisquer de suas formas, por prever pena mínima superior a um ano, o delito de A) duplicata simulada B) dano C) estelionato. D) receptação. E) apropriação indébita. 50 Ivo, após anunciar “assalto” em desfavor de Amadeu, subtraiu da vítima, mediante violência, seu automóvel, certa quantia em dinheiro, telefone celular e o cartão bancário, que contava com a senha de saque anotada no verso. Após circular com o ofendido por cerca de duas horas no automóvel da vítima, a qual transitou sentada no banco do caroneiro, o ofensor dirigiu-se a uma agência bancária e, sozinho, na posse do cartão bancário e da senha, sacou R$ 500,00 da conta do ofendido, que permaneceu no veículo. Amadeu foi libertado apenas uma hora depois de o agente deixar a agência, pois nesse período transitaram sem rumo pela cidade. Nesse caso, Ivo A) responderá pelo crime de extorsão indireta, tipo penal previsto no art. 160 do Código Penal. B) responderá, em concurso material, pelas figuras típicas de roubo (art. 157 do Código Penal) e de sequestro (art. 148 do Código Penal). C) responderá pelo crime de roubo majorado (art. 157, § 2º , V, do Código Penal), pois manteve a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade, por tempo superior ao necessário para a consumação do delito. D) responderá pelo crime de extorsão qualificada, com previsão no art. 158, § 3º , do Código Penal, primeira parte. E) responderá pelo delito de extorsão mediante sequestro, capitulado no art. 159 do Código Penal. 51 Em 20/10/2012 empresário é surpreendido pela fiscalização frustrando direito assegurado pela legislação do trabalho em razão da jornada exaustiva imposta aos empregados, tendo ficado Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 152 caracterizada a condição análoga à de escravo. No curso da ação penal, comprovou-se que o empregador lançou falsas anotações nas carteiras de trabalho dos empregados e que, em 05/05/2010, fora condenado em outro processo, pela prática de apropriação indébita de contribuições previdenciárias. Segundo o Código Penal, a conduta do empregador de lançar anotação falsa na carteira de trabalho dos empregados pode ser tipificada como A) estelionato. B) fraude trabalhista. C) falsificação de documento público. D) falsificação de documento particular. E) uso de documento falso. 52 Suponha que um determinado indivíduo vá até uma padaria e, utilizando uma cópia grosseira de uma nota de R$ 10,00 (dez reais), consiga comprar pães, causando prejuízo ao referido estabelecimento. Este indivíduo praticou: A) Crime de petrechos para falsificação de moeda e será julgado pela Justiça Federal. B) Crime de moeda falsa e será julgado pela Justiça Federal. C) Crime de estelionato e será julgado pela Justiça Estadual. D) Crime de falsificação de papéis públicos e será julgado pela Justiça Estadual. E) Crime contra o Sistema Financeiro Nacional e será julgado pela Justiça Federal. 53 A respeito do crime de roubo, considere as seguintes assertivas: I. O aumento da pena na terceira fase de dosagem, em relação ao crime de roubo circunstanciado, exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes. II. É possível aplicar, no furto qualificado pelo concurso de agentes, a majorante do roubo. III. Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito. Estão corretas apenas as assertivas: A) I e II. B) I e III. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 153 C) II e III. D) I, II e III. E) Apenas I. 54 Acerca do crime de furto privilegiado, assinale a alternativa que corresponde ao entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça: A) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal apenas nos casos de crime de furto simples, se estiverem presentes a primariedade do agente e o pequeno valor da coisa. B) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. C) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal apenas nos casos de crime de furto simples, sendo a coisa de pequeno valor, independentemente da primariedade do agente. D) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem subjetiva. E) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal nos casos de crime de furto qualifcado, sendo a coisa de pequeno valor, independentemente da primariedade do agente e da característica da qualifcadora. 55 A respeito “Dos Crimes contra o Patrimônio”, previstos no Código Penal, assinale a alternativa correta: A) O crime de furto praticado pelo sobrinho em prejuízo do tio, em que ambos coabitam na mesma residência, somente se procede mediante representação. B) O filho que pratica roubo contra o seu pai somente será processado mediante representação deste último. C) O filho que pratica furto contra o seu pai maior de sessenta anos fica isento de pena. D) Somente se procede mediante representação o crime de extorsão praticado pela esposa contra o seu marido, na constância da sociedade conjugal. 56 Antonio, de 25 anos, está sendo processado pelo delito de furto praticado contra João, seu irmão gêmeo. Diante disso, Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 154 A) mesmo depois de oferecida a denúncia, se a pedido de João, o Ministério Público pode desistir da ação. B) o número máximo de testemunhas a serem arroladas na denúncia é 5. C) o Ministério Público não pode oferecer denúncia sem representação de João. D) o número máximo de testemunhas a serem arroladas na queixa é 5. E) ao fim, o juiz pode isentar Antonio de pena. 57 Com relação ao ilícito de dano, tipificado no artigo 163 do Código Penal, A) a motivação da conduta é irrelevante para o fins de classificação típica, importando, eventualmente, como critério de fixação da pena. B) a doutrina brasileira mais contemporânea vem majoritariamente entendendo exigível, para sua caracterização, o elemento subjetivo que, na teoria tradicional, comumente é designado como dolo específico, no caso consubstanciado pelo chamado animus nocendi. C) a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça hoje entende que o preso que destrói item do patrimônio prisional especificamente para fugir não comete esse crime. D) na subtração mediante arrombamento, comumente enlaça-se em concurso formal com o furto. E) se trata de infração de menor potencial ofensivo, quando culposa. 58 Quanto ao roubo e à extorsão, A) não comportam a continuidade delitiva, posto que ofendem bens jurídicos de natureza personalíssima (vida, integridade física ou moral e liberdade). B) embora ambos sejam crimes eminentemente patrimoniais, tutela-se no roubo frontalmente também a integridade e a vida, ao passo que, na extorsão, tutela-se de modo mais concomitante a liberdade autonômica da vítima e sua capacidade decisória, bens sempre ainda remanescentes nessa respectiva situação normativa. C) são, precípua e respectivamente,crimes contra o patrimônio e contra a liberdade. D) ambos são crimes materiais, no atual entender do Superior Tribunal de Justiça. E) tem-se, respectivamente, figuras penais mais e menos graves ao olhar da própria lei, em vista das sanções nela cominadas. 59 Considere quatro crimes de furto distintamente praticados nas seguintes situações: a) durante o repouso noturno; b) por agente primário quanto a coisa de pequeno valor; c) em concurso de agentes; Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 155 d) visando a subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para o exterior. Respectivamente, a mais exata classificação dessas situações normativas é A) qualificadora; privilégio; causa de aumento; qualificadora. B) causa de aumento; privilégio ou causa de diminuição; qualificadora; qualificadora. C) qualificadora; privilégio ou causa de diminuição; qualificadora; qualificadora. D) causa de aumento; causa de diminuição; qualificadora; causa de aumento. E) qualificadora; privilégio; qualificadora; causa de aumento. 60 O crime de extorsão indireta estará caracterizado se alguém: A) sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate. B) abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa. C) apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção. D) exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro. E) divulgar, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem. 61 Eufrosina, experiente psicóloga e conhecedora profunda das técnicas de hipnose, propõe a sua amiga Ambrosia hipnotizá-la, sob o argumento de curá-la de um trauma da infância. Acreditando na cura, Ambrosia aceita a terapia. Estando sob os efeitos da hipnose e das determinações de Eufrosina, Ambrosia entrega-lhe um colar de brilhantes, que já era cobiçado pela psicóloga há anos. Eufrosina vai embora surrupiando a joia. Assim, Eufrosina praticou o crime de: A) roubo próprio. B) furto simples. C) furto qualificado D) roubo impróprio. E) apropriação indébita. 62 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 156 Gerson subtraiu para si energia elétrica alheia de pequeno valor, fazendo-o em concurso com Marcio, sendo ambos absolutamente primários. Com esses dados, à luz da jurisprudência hoje dominante no Superior Tribunal de Justiça, classificam-se os fatos como furto A) simples. B) de bagatela. C) privilegiado. D) qualificado. E) privilegiado-qualificado. 63 Tício subtraiu um veículo automóvel e o levou até a oficina de Cezar, que modificou as placas identificadoras para assegurar-lhe a posse do produto do crime. Nesse caso, Cezar responderá por A) furto. B) favorecimento real. C) favorecimento pessoal. D) receptação. E) estelionato. 64 Com relação às imunidades previstas pelos artigos 181 a 183 do Código Penal, no que toca aos crime contra o patrimônio, assinale a alternativa CORRETA: A) É isento de pena o agente que comete quaisquer dos crimes contra o patrimônio de cônjuge, ainda que finda a sociedade conjugal. B) É isento de pena o agente que comete quaisquer dos crimes contra o patrimônio de ascendente ou descendente, se legítimo o parentesco. C) Somente se procede mediante representação se o crime contra o patrimônio é cometido contra irmão, exceto nos casos de roubo ou extorsão. D) Somente se procede mediante representação se o crime contra o patrimônio é cometido contra tio ou sobrinho, se houver relacionamento íntimo entre vítima e agente. E) Não se aplicam as imunidades se o crime contra o patrimônio é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 157 65 O crime de roubo impróprio, previsto no artigo 157, parágrafo 1º, do Código Penal, caracteriza-se com o emprego de: A) Violência imprópria, após a subtração da coisa. B) Violência própria, durante a subtração. C) Violência imprópria, apenas. D) Qualquer modalidade de violência. E) Violência própria, apenas. 66 Quanto aos crimes contra o patrimônio, possível assegurar que A) é pública condicionada a ação penal no caso de dano cometido por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima. B) é causa de aumento da pena no roubo o fato de a vítima estar em serviço de transporte de valores, independentemente de o agente conhecer a circunstância. C) é admissível no furto praticado em concurso de pessoas o acréscimo de um terço até metade sobre a pena prevista para a forma simples do delito, por aplicação analógica do disposto para o roubo majorado pela mesma circunstância. D) o crime de duplicata simulada é de natureza formal, não exigindo a ocorrência de resultado naturalístico. E) cabível o perdão judicial na receptação dolosa simples, se primário o agente e de pequeno valor a coisa. 67 No crime de apropriação indébita, A) o dolo é antecedente à posse. B) a ação penal é sempre pública incondicionada, independentemente da condição da vítima. C) o Juiz pode reduzir a pena se primário o criminoso e de pequeno valor a coisa apropriada. D) é possível o perdão judicial no caso de apropriação indébita culposa. E) há aumento da pena quando o agente recebe a coisa em razão de emprego, mas não de profissão. 68 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 158 Em relação ao crime de apropriação indébita previdenciária (art.168-A do Código Penal), assinale a alternativa incorreta: A) É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma defnida em lei ou regulamento, antes do início da ação fscal. B) É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que tenha promovido, após o início da ação fscal e antes da sentença, o pa) amento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios. C) Incorre nas mesmas penas quem deixar de recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a se) urados, a terceiros ou arrecadada do público. D) É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fscais. 69 Assinale a alternativa correta: A) O crime de fraude à execução se processa mediante ação penal pública condicionada à representação. B) O crime de receptação não é punível, se desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. C) O crime de receptação não admite a modalidade culposa. D) É isento de pena quem comete o crime de furto em prejuízo de seu cônjuge, na constância da sociedade conjugal, desde que este não tenha idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 70 Para que haja consumação do crime de apropriação indébita, a coisa necessariamente precisa ser A) subtraída. B) utilizada. C) destruída. D) perdida. E) assenhorada. 71 Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97159 “A”, após cavar um túnel, ingressa, pela via subterrânea, em uma residência vazia, de onde subtrai, para si, coisa alheia móvel. “A” cometeu o crime de: A) Furto Qualificado pela Fraude. B) Furto Qualificado pela Escalada. C) Furto Qualificado pela Destreza. D) Furto Qualificado pelo Abuso de Confiança. E) Furto Simples. 72 No que concerne aos crimes contra o patrimônio, A) se o agente obteve vantagem ilícita, em prejuízo da vítima, mediante fraude, responderá pelo delito de extorsão. B) se, no crime de roubo, em razão da violência empregada pelo agente, a vítima sofreu lesões corporais leves, a pena aumenta-se de um terço. C) se configura o crime de receptação mesmo se a coisa tiver sido adquirida pelo agente sabendo ser produto de crime não classificado como de natureza patrimonial. D) não comete infração penal quem se apropria de coisa alheia vinda a seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza. E) o corte e a subtração de eucaliptos de propriedade alheia não configura, em tese, o crime de furto por não se tratar de bem móvel. 73 No crime de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do Código Penal). A) a jurisprudência dos tribunais superiores não admite falar em inexigibilidade de conduta diversa como fundamento de exclusão de culpabilidade do agente do crime. B) o pagamento subsequente ao lançamento e ao oferecimento da denúncia não tem qualquer efeito na esfera penal. C) a sentença de perdão judicial não gera reincidência específica para qualquer de seus efeitos legais. D) o pagamento não tem como extinguir a punibilidade. E) admite-se a tentativa na forma simples da conduta. 74 No que concerne aos crimes contra o patrimônio, Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 160 A) o corte e a subtração de eucaliptos de propriedade alheia não configura, em tese, o crime de furto por não se tratar de bem móvel. B) se o agente obteve vantagem ilícita, em prejuízo da vítima, mediante fraude, responderá pelo delito de extorsão. C) se, no crime de roubo, em razão da violência empregada pelo agente, a vítima sofreu lesões corporais leves, a pena aumenta-se de um terço. D) se configura o crime de receptação mesmo se a coisa tiver sido adquirida pelo agente sabendo ser produto de crime não classificado como de natureza patrimonial. E) não comete infração penal quem se apropria de coisa alheia vinda a seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza. 75 A subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para o exterior, ocorrida mediante concurso de agentes, durante o repouso noturno e com emprego de narcotização da vítima classifica-se precisamente como A) furto simples. B) furto com causa de aumento. C) furto qualificado. D) roubo impróprio. E) roubo próprio. 76 Acerca das regras que tratamdos crimes contra a pessoa e contra o patrimônio, previstas no Código Penal, é correto afirmar que: A) o emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura são causas que sempre aumentam a pena do crime de homicídio. B) considera-se qualificado o crime de roubo com emprego de arma. C) o crime de dano admite amodalidade culposa. D) a receptação não é punível se desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. E) o crime contra o patrimônio cometido em prejuízo de tio, sobrinho, com quem o agente coabita, somente se procedemediante representação. 77 No tocante aos crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 161 A) a subtração de coisa comum não constitui crime. B) é cabível o arrependimento posterior no crime de extorsão. C) o dano culposo constitui infração de menor potencial ofensivo. D) a apropriação indébita admite a figura priveligiada do delito. E) no estelionato praticado em prejuízo de irmão a ação penal é privada. 78 Assinale a alternativa que corresponde a crime classificado como formal. A) extorsão mediante sequestro. B) homicídio. C) roubo. D) estelionato. E) furto. 79 Admite realização também sob a modalidade estritamente culposa a figura legal de A) dano. B) peculato mediante erro de outrem. C) furto. D) receptação E) favorecimento pessoal. 80 João, que morava com o irmão do seu pai, subtraiu R$ 1.000,00 da carteira dele. Assim, a ação penal será: A) pública incondicionada. B) pública condicionada à representação. C) privada simples. D) privada personalíssima. E) privada subsidiária da pública. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 162 81 Crisântemo, Advogado, recebeu, simultaneamente, procurações do inventariante de um espólio e de um credor deste, em cujo nome lhe move ação executiva. Assim, o crime praticado por Crisântemo foi: A) falsidade ideológica. B) tergiversação. C) estelionato. D) fraude à execução. E) falimentar (Lei nº 11.101/1995). 82 Num período em que faltam corpos humanos para estudo nos institutos de anatomia das universidades de medicina, Claudionor, funcionário de uma universidade privada, vende um cadáver desta universidade para outra, sem o conhecimento dos administradores da instituição em que trabalha. Assim, Claudionor: A) não praticou nenhum crime, haja vista o cadáver não poder ser objeto de crime. B) praticou o crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver. C) praticou o crime de vilipêndio a cadáver. D) praticou o crime de violação de sepultura. E) praticou o crime de furto. 83 Sílvio eMário, por determinação de Valmeia, prima de Sílvio, tomaram vários eletrodomésticos da casa de Joaquina, que havia saído para trabalhar. Após a divisão empartes iguais, Valmeia, por necessitar para utilização em sua casa, comprou de Sílvio e Mário os eletrodomésticos que lhes couberam na divisão. Logo, pode-se afirmar que: A) Valmeia, Sílvio e Mário são coautores do crime de furto. B) Sílvio e Mário são autores do crime de furto, enquanto Valmeia é partícipe do crime de furto. C) Sílvio e Mário são autores do crime de furto, enquanto Valmeia é autora do crime de furto e receptação em concurso material. D) Sílvio e Mário são autores do crime de furto, enquanto Valmeia é autora do crime de furto e receptação em concurso formal. E) Sílvio e Mário são autores do crime de furto, enquanto Valmeia é autora do crime de furto e receptação em continuidade delitiva. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 163 84 Lucileide, ao sair de sua residência, foi rendida por dois homens, que portavam armas de fogo, e colocada no porta-malas do seu próprio veículo. Os marginais percorreram por muitas horas vários bairros, sendo exigido sempre de Lucileide efetuar vários saques bancários em contas de sua titularidade, sempre sob a ameaça de armas, inclusive sob a ameaça de ser violentada sexualmente. Logo, Lucileide foi vítima do delito de: A) cárcere privado (artigo 148 do CP). B) roubo (artigo 157, § 2, V, doCP). C) extorsão simples (artigo 158, caput do CP). D) extorsão qualificada (artigo 158, § 3º do CP). E) extorsãomediante sequestro (artigo 159 do CP). 85 Quanto aos crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que A) equiparável à atividade comercial, para efeito de configuração da receptação qualificada, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, excluído o exercido em residência. B) configura o delito de extorsão indireta o ato de exigir, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento civil contra a vítima ou contra terceiro. C) a consumação do crime de extorsão independe da obtenção da vantagem indevida, segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça. D) cabível a diminuição da pena na extorsão mediante sequestro para o coautor que denunciá-laà autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, apenas se o crime é cometido por quadrilha ou bando. E) independe de comprovação de fraude o delito de estelionato na modalidade de emissão de cheque sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado. 86 Quanto aos crimes contra o patrimônio, é possível afirmar que A) na extorsão o agente busca a obtenção de vantagem ilícita, ainda que não econômica. B) a fraude, no furto qualificado, antecede o apossamento da coisa e é a causa de sua entrega ao agente pela vítima. C) a receptação qualificada exige que a coisa seja recebida pelo agente no exercício de atividade comercial ou industrial clandestinas. D) o delito de dano culposo contra o patrimônio da União é de ação penal pública incondicionada. E) é incabível o arrependimento posterior no crime de roubo. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 164 87 No tocante à receptação, correto afirmar que A) cabível o perdão judicial na forma culposa do delito. B) equiparável a atividade comercial, para efeito de identificação da receptação qualificada, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, excluído o exercido em residência. C) a pena deve ser aumentada no caso de bens da União, dos Estados ou dos Municípios, mas não de empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista. D) impunível a infração, se desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. E) inadmissível a imposição exclusiva de pena de multa, ainda que primário o agente e de pequeno valor a coisa receptada. 88 Na apropriação indébita previdenciária, a lei prevê que é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. No entanto, a jurisprudência também tem admitido a possibilidade de absolvição em tais casos com fulcro no chamado princípio A) da adequação social. B) da inexigibilidade de conduta diversa. C) da insignificância. D) da irretroatividade da lei penal mais gravosa. E) do consentimento do ofendido. 89 Em relação aos crimes contra o patrimônio, correto afirmar que A) a coisa abandonada pode ser objeto material do crime de furto. B) a extorsão mediante sequestro atinge a consumação com a efetiva obtenção da vantagem desejada pelo agente. C) o emprego de arma não qualifica o delito de extorsão. D) privada a ação penal no crime de dano qualificado por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima. E) cabível o perdão judicial na receptação dolosa simples. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 165 90 Manoel pediu ao pai, recém-chegado aos 50 anos, que adiantasse a sua legítima, no que não foi atendido, pois este sabia que Manoel se tornara dependente de drogas, logo dilapidaria seu patrimônio como vício. Insatisfeito e aproveitando-se de uma viagem de seu pai, Manoel convidou Antônio e Joaquim, parceiros na utilização de “maconha”, a sacarem do poder de seu pai as joias que herdaria, pois com a venda destas lucraria mais de R$ 1.000.000,00. Madalena, amiga de Joaquim, a seu pedido e sabendo dos propósitos dele, ensinou-o a abrir o cofre onde as joias se encontravam.Manoel, para não ser descoberto, no dia da empreitada foi para o clube, possibilitando ser visto por várias pessoas, o que lhe daria um álibi. Antônio e Joaquim dirigiram-se para a residência do pai deManoel, local em que o primeiro abriu a porta da casa com uma gazua, o que possibilitou a Joaquim entrar e retirar as joias do cofre. Com medo de ser descoberto, posteriormente, Manoel solicitou ao seu amigo Paulo que guardasse temporariamente as joias. Após duas semanas do ocultamento das joias por Paulo, estas foram transportadas para outro Estado por Pedro, a pedido de José, primo de Manoel, sendo certo que nem Pedro, tampouco José, sabiam que as joias eram produto de crime. Já em outro Estado, as joias foram vendidas para Cláudia, que trabalhava como joalheira em sua residência, por preço vil, tendo esta percebido desde logo a origem ilícita da mercadoria. Ao tomar conhecimento do desaparecimento das joias, o pai de Manoel dirigiu-se à Delegacia de Polícia e ofereceu notitia criminis. Após investigação, restou provada toda empreitada delitiva.Assim: A) Manoel, Antônio, Joaquim e Madalena são coautores do crime de furto qualificado por rompimento de obstáculo, abuso de confiança e emprego de chave falsa, enquanto que Paulo, José, Pedro e Cláudia são coautores do crime de receptação. B) Antônio e Joaquim, na qualidade de autores, e Madalena, figurando como cúmplice por auxílio, devem ser responsabilizados por crime de furto qualificado. Não se poderá responsabilizar Manoel, José e Pedro. Paulo pode ser condenado por favorecimento real e Cláudia por receptação qualificada. C) Paulo poderá ser condenado pelo crime de receptação própria, enquanto Manoel é o autor intelectual do crime de furto, portanto ainda terá sua pena agravada. Antônio e Joaquim são autores diretos do crime de furto, restando unicamente a Madalena a cumplicidade material. José pode ser condenado pelo crime de receptação imprópria, Pedro por receptação própria e Cláudia por receptação simples. D) Madalena é cúmplice por auxílio intelectual no crime de furto, enquanto Manoel poderá ser condenado por furto com abuso de confiança, com pena agravada pelo fato do ofendido ser seu genitor.Antônio poderá ser condenado pelo crime de furto com emprego de chave falsa e Joaquim pelo crime de furto comrompimento de obstáculo. Paulo responde pelo crime de favorecimento pessoal. As condutas de José e Pedro são atípicas. Cláudia pode ser condenada pelo crime de receptação culposa. E) Cláudia comete crime de receptação qualificada. Pedro praticou conduta atípica e José pode ser condenado por receptação dolosa imprópria. Paulo pode ser condenado por receptação dolosa própria, já Madalena, Antônio e Joaquim são autores do crime de furto qualificado e a conduta deManoel é atípica. 91 Considerando os delitos contra o patrimônio, é correto afirmar que: Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 166 A) o crime de extorsão qualificada pela restrição da liberdade de locomoção da vítima (“sequestro relâmpago”), ao contrário do do artigo 158 do Código Penal, é doutrinariamente classificado como crime demera conduta. B) o crime de dano qualificado pelo motivo egoístico é de ação penal pública condicionada à representação. C) no caso da apropriação indébita previdenciária, é extinta a punibilidade se o agente é primário e de bons antecedentes e desde que tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios. D) o crime de dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico previsto no artigo 165 do Código Penal foi revogado tacitamente pela lei de crimes ambientais – Lei nº 9.605/1998. E) aquele que se apropria de res derelicta , deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, pratica crime. 92 Portando ilegalmente, exclusivamente para aquela ação, uma arma de fogo de calibre permitido, Norberto constrange um transeunte e, mediante grave ameaça, subtrai para si os seus pertences. Nesse contexto, afirma-se que: A) o autor responde somente pelo crime de roubo, não pelo de porte de arma de fogo, pois a pena do crime patrimonial já engloba a reprovabilidade do delito previsto na lei especial, consequência da unidade fática entre ambos, aplicando-se o princípio da consunção.B) há apenas crime de roubo, solucionando-se o caso pelo princípio da especialidade, pois o delito patrimonial, ao estabelecer a grave ameaça como meio executório, insere o porte de arma em sua estrutura típica, acrescido de elementos especializantes. C) será o porte de arma absorvido pelo crime de roubo em virtude da substituição do dolo, característica da progressão criminosa, que determina o reconhecimento do conflito aparente de normas. D) aplica-se ao caso o princípio da subsidiariedade, pois nas condutas há diferentes graus de lesão à mesma objetividade jurídica, em uma relação de continente e conteúdo. E) tutelando bens jurídicos distintos, as normas penais referentes aos crimes de porte de arma de fogo e roubo figurarão em concurso material de delitos, aplicando-se ao caso o sistema do cúmulo material das penas. 93 Walter, motoboy de uma farmácia, após receber de um cliente um cheque de R$ 20,00, entrega ao estabelecimento a quantia em espécie, mantendo-se na posse do título. Em seguida, o adultera, modificando o valor original para R$ 2.000,00. De posse do documento adulterado, vai até o banco para descontá-lo, mas o gerente, percebendo a fraude, liga para a Delegacia da área, alertando sobre o fato. Ao perceber a chegada da viatura, Walter deixa apressadamente a inst i tuição f inancei ra, abandonando, no local, o título falsificado. Nesse contexto, é correto afirmar que a conduta deWalter: A) configura crime de estelionato, na forma tentada, pois o delito foi interrompido por circunstâncias alheias à sua vontade. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 167 B) se amolda ao tipo penal da apropriação indébita, na forma tentada, pois o delito foi interrompido por circunstâncias alheias à sua vontade. C) é tipificada como crime de furto mediante fraude, na forma tentada, pois o delito foi interrompido por circunstâncias alheias à sua vontade. D) caracteriza crime de falsificação de documento público, pois, havendo desistência voluntária, o autor só responde pelos atos até então praticados. E) é atípica, pois ocorreu a desistência voluntária e a falsidade existente resta absorvida pela finalidade patrimonial. 94 NÃO qualifica o crime de dano a circunstância de ser cometido A) contra o patrimônio de empresa concessionária de serviços públicos. B) com emprego de substância inflamável, se o fato não constitui crime mais grave. C) com grave ameaça à pessoa. D) com violência contra a coisa. E) por motivo egoístico. 95 O perdão judicial no crime de apropriação indébita previdenciária exige como condição que A) sendo o réu primário e de bons antecedentes, seja o valor da apropriação igual ou inferior ao mínimo estabelecido administrativamente para execução fiscal. B) sem avaliação de condição pessoal, seja a apropriação inferior ao valor do salário mínimo de contribuição. C) se reincidente, além do pagamento da contribuição devida até a denúncia, também o pagamento de multa administrativamente imposta. D) sendo o réu primário e de bons antecedentes, tenha promovido a qualquer tempo o pagamento da contribuição devida. E) tenha promovido a qualquer tempo o pagamento da contribuição devida e seja o valor da apropriação inferior ao mínimo estabelecido administrativamente para execução fiscal. 96 Quanto aos crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que A) a fraude não precisa ser anterior à obtenção da vantagem ilícita no delito de estelionato. B) na apropriação indébita o dolo é subsequente ao apossamento da coisa. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 168 C) a fraude, no furto qualificado, antecede o apossamento da coisa e é a causa de sua entrega ao agente pela vítima. D) é dispensável a fraude para a configuração do delito de estelionato na modalidade de emissão de cheque sem fundos. E) a vítima, iludida, entrega a coisa voluntariamente no delito de extorsão. 97 No crime de apropriação indébita previdenciária, a possibilidade de o juiz deixar de aplicar a pena, se presentes determinadas situações expressamente previstas em lei, constitui hipótese de A) renúncia. B) absolvição imprópria. C) indulto. D) perdão judicial. E) excludente legal da culpabilidade. 98 Quatro ladrões chegaram de carro em frente a uma residência para a prática de crime de furto. Porém, antes de descerem do veículo, foram obstados pela polícia, que os observava, e levados para a Delegacia onde lavrou-se o auto de prisão em flagrante. Nesse caso, os agentes A) podem se beneficiar da desistência voluntária na prática do delito, respondendo pelos atos já praticados. B) praticaram tentativa de furto qualificado pelo concurso de pessoas. C) tinham finalidade de praticar o crime de furto qualificado por concurso de agentes, mas não passaram da fase de meros atos preparatórios, impunível. D) iniciaram a prática de crime de roubo que não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade, face à chegada da polícia. E) devem ser devidamente punidos pela tentativa, dada a vontade deliberada de praticarem o delito. 99 Epicuro e Tales resolvem subtrair importância em dinheiro de um veículo coletivo de passageiros, com uso de simulacro de arma de fogo, e ameaçam o cobrador do ônibus, tomando-lhe pequena importância em espécie. Na mesma conduta subtraem dinheiro e celulares de dois passageiros e do próprio cobrador. Epicuro e Tales cometeram crime de A) roubo qualificado pelo uso de arma de fogo. B) roubo qualificado em concurso material de crimes. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 169 C) roubo simples em concurso material de crimes. D) furto qualificado em concurso material de crimes. E) roubo majorado em concurso de crimes. 100 Na apropriação indébita previdenciária, se o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, for igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais, é facultado ao juiz, na hipótese de o agente ser primário e de bons antecedentes, A) substituir a pena de reclusão pela de detenção. B) reduzir de metade o valor do dia-multa. C) reduzir a pena privativa de liberdade de 1/3 a 2/3. D) aplicar somente a pena de multa. E) considerar o fato como circunstância atenuante e fixar a pena abaixo do mínimo legal. 101 Dentre os crimes contra o patrimônio, ainda que primário o agente e de pequeno valor a coisa ou o prejuízo, NÃO admite a imposição exclusiva de pena de multa A) o estelionato. B) o furto. C) a receptação dolosa. D) a apropriação indébita. E) o dano culposo. 102 No crime de roubo, segundo entendimento sumulado dos Tribunais Superiores, A) a intimidação feita com arma de brinquedo autoriza o reconhecimento da causa de aumento da pena relativa ao emprego de arma. B) é possível o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito, ainda que fixada a pena-base no mínimo legal. C) há tentativa quando o agente, embora tenha reduzido a vítima à impossibilidade de resistência, é perseguido e preso logo após praticar o delito, não obtendo, assim, a posse tranquila do produto da subtração. Licensed to Hugo Imar - imarhugo@gmail.com - 044.401.546-97 170 D) o aumento na terceira fase de aplicação da pena exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes. E) se o agente não realiza a subtração de bens, não haverá latrocínio consumado, ainda que mate a vítima. 103 O segurança de um estabelecimento comercial, mediante remuneração de R$ 10.000,00, desligou o alarme durante trinta minutos para que seus comparsas arrombassem a porta, entrassem e subtraíssem todo o dinheiro