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INSTITUTO EDUCACIONAL DA GRANDE DOURADOS CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO TURMA S24N A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA NO TRABALHO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DOURADOS, MS 2020 INSTITUTO EDUCACIONAL DA GRANDE DOURADOS CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO TURMA S24N IGLAER PARIZ A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA NO TRABALHO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES Trabalho de conclusão do curso apresentado ao Curso Técnico de Segurança e do Trabalho do Instituto Educacional da Grande Dourados – IEGRAN, como requisito á obtenção do título de Técnico de Segurança do Trabalho. Orientador: Cleberton Correia Santos. DOURADOS, MS 2020 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por me dar forças diante das batalhas da vida, e me permitir chegar até aqui. Agradeço a minha filha Gabrielly Pariz Santos, por perpassar essa jornada ao meu lado, entendendo por vezes os momentos de dedicação em que não lhe dei a atenção necessária, mas que compreendeu a necessidade e foi bastante colaborativa, eu te amo. Agradeço a minha mãe dona Vilma Dias de Almeida, minha base. E agradeço ao Gilberto Manuel dos Santos por todo apoio. Agradeço também a todos os meus amigos, que passaram por este momento junto comigo, e puderam de alguma forma contribuir para que eu conseguisse realizar esse trabalho, sou extremamente grata a todos. Finalizo agradecendo a todos os professores e professoras do curso de Técnico em Segurança do Trabalho, que contribuíram para a minha formação, cada um da sua forma, com o seu jeito. Foram muitos momentos, uns muito bons outros nem tanto, contudo, tenho certeza que pude amadurecer e crescer muito com a ajuda de vocês, gratidão! “Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida, estendes a mão contra a ira dos meus inimigos, a tua destra me salva” – Salmo 138:7. Resumo: A segurança do trabalho é um conjunto de normas, politicas, procedimentos, atividades e práticas preventivas, que devem ser adotadas, visando melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores bem como prevenir acidentes e doenças do trabalho. O presente estudo trata-se de uma revisão da literatura, e teve como objetivo realizar um levantamento dos estudos recentes relacionados à segurança no trabalho. A busca pelos trabalhos foi realizada nas bases de dados do Google Acadêmico e da Scientific Electronic Library Online- SciELO, e foi utilizado um recorte temporal dos últimos cinco anos (2016 á 2020), foi selecionado um total de 24 trabalhos que foram apresentados de forma descritiva, destacando os principais objetivos, resultados e tipos de pesquisa. Posterior à revisão, foi feito um apanhado histórico, com vistas a destacar os principais conceitos, e os aspectos evolutivos referentes à segurança do trabalho. Conclui-se que os estudos recentes na área de segurança do trabalho, tiveram um destaque para a área de enfermagem com quatro publicações nesse período, já os demais relacionados, aos riscos ocupacionais, normas regulamentadoras, prevenção de acidentes e saúde mental dos trabalhadores. Nesse sentido foi possível compreender a importância da segurança do trabalho nos mais diversos sentidos, e espera-se que esse estudo possa contribuir como um suporte teórico para pesquisas futuras. Palavras-Chave: Segurança do Trabalho. Saúde Ocupacional. Revisão de Literatura. Lista de Quadros Quadro 1: Período de publicação dos trabalhos selecionados.................................................10 Quadro 2: Técnicas educativas de segurança no trabalho.......................................................21 Quadro 3: Normas regulamentadoras relacionadas à SST......................................................22 Quadro 4: Atribuições da CIPA..............................................................................................23 Quadro 5: Tipos de Fiscalização do Trabalho.........................................................................24 Lista de Figuras Figura 1: Resultados das buscas nos bancos de dados............................................................10 Sumário 1. Introdução............................................................................................................................07 2. Objetivo................................................................................................................................09 3. Metodologia.........................................................................................................................09 4. Desenvolvimento..................................................................................................................10 4.1. Revisão da literatura, um recorte temporal dos últimos cinco anos...................................10 4.2. Aspectos históricos, conceitos, evolução e principais características da segurança no trabalho......................................................................................................................................19 5. Conclusão.............................................................................................................................25 Referências...............................................................................................................................26 8 1. INTRODUÇÃO O risco está presente na vida humana desde a antiguidade, nas atividades cotidianas e também laborais. Bernstein (1997, p. 2) destaca que: Compreender o risco, ser capaz de medi-lo e avaliar suas consequências, converteu o ato de correr riscos em um dos principais catalisadores da sociedade ocidental moderna. A ideia revolucionária que define a fronteira entre os tempos modernos e o passado é o domínio do risco. Em relação aos riscos no trabalho, a literatura vem apontando conteúdos comumente associados a risco ocupacional que englobam os riscos ergonômicos, químicos, físicos, mecânicos e biológicos, em sua relação com a saúde do trabalhador (LIMA et al., 1999; TEIXEIRA e ROCHA, 2010; SIMONELLI et al., 2010; TAKAHASHI et al. 2012). Takahashi et al. (2012), destacam que os estudos são relacionados à saúde e ao ambiente de trabalho, salientando uma visão de riscos no trabalho direcionada para a aplicação de utilização de equipamentos de proteção individual e normas de segurança, e os resultados apontam para a existência de ações tradicionais, seguindo procedimentos normatizados por normas regulamentadoras. Com base nessa premissa, destaca-se que a segurança do trabalho é um conjunto de políticas, normas, procedimentos, atividades e prática preventivas, que devem ser adotadas com o objetivo de melhorar o ambiente laboral e prevenir acidentes do trabalho e doenças ocupacionais (ALEVATO, 1999). É uma atividade multidisciplinar relacionada com a segurança, saúde e qualidade de vida das pessoas em suas ocupações laborativas e que faz uso de metodologias e técnicas apropriadas. A principal finalidade da segurança do trabalho é promover melhor qualidade de vida possível no ambiente de trabalho (DINIZ, 2005). Em um contexto histórico, no Brasil, os debates sobre a segurança e saúde do trabalhador tiveram destaque entre as décadas de 70 e 80, na conhecida como Revolução Sanitária Brasileira, cujos principais anseios eram a elaboração de políticas públicas de saúde, que foi tema para a assembleia constituinte reformadora realizada nos anos 80 (FLEURY, 1988). Segundo Mendes e Dias (1991), foi nesse período que ocorreu a consolidação da expressão “Saúde do Trabalhador”, tendo como um referencial o discurso mais incisivo, reformista e reivindicatório do movimentosindical, o qual se empenhavam de forma aguerrida e sensível as questões de saúde, e das bases técnicas e acadêmicas das áreas que lidavam com as relações de saúde e segurança no trabalho. 9 Segundo Goulart e Sampaio (1998) a segurança do trabalho se preocupa não somente com a saúde física, mais também a mental do colaborador, isto é, gerenciando aspectos emocionais e comportamentais do trabalhador que estão relacionados ao trabalho e, a partir disso promover a melhoria da saúde e integridade, com a atuação do psicólogo organizacional é direcionada para o aumento da produtividade e da eficiência, além das avaliações das habilidades dos funcionários. No geral, a segurança do trabalho baseia-se nas Leis que são impostas pelas Normas Regulamentadoras (NR), as quais no Brasil estão em consonância com a Legislação Expressa na Portaria n. 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE (BRASIL, 1978), composto por 36 normas, decretos e leis, que determinam como deve ser desenvolvido o trabalho de segurança em cada tipo de empresa. O cumprimento das normatizações do trabalho tem como função primária minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e proteger a integridade e capacidade física e mental do trabalhador. Nesse sentido, Diniz (2005) destaca que, a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração permanente, faz-se extremamente necessária, e é de extrema importância no ambiente de trabalho, com vistas à qualidade de vida dos trabalhadores. Colaboradores saudáveis em um ambiente de trabalho seguro e agradável tendem a produzir mais, com melhor qualidade, e com melhores resultados. Montenegro e Santana (2012) apontam que além das orientações sobre o uso de equipamentos de trabalho e atividades a serem exercidas, faz-se necessário à realização de treinamentos sobre os Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) para uma melhor compreensão dos funcionários quanto a funcionalidade e importância de tais equipamentos. Os treinamentos devem ser constantes, pois além da rotatividade de trabalhadores, o grau de instrução normalmente é considerado baixo. Portanto, a empresa que investe em programas de treinamento, valoriza o seu funcionário e consequentemente faz com que os mesmos tenham ações preventivas aos acidentes de trabalho (CHIAVENATO, 2008). Vale destacar que, é obrigatório que a empresa disponibilize de forma gratuita os Equipamentos de Proteção Individual, adequados para a função do trabalhador, ao risco eminente, e em condições perfeitas de conservação, oferecendo assim uma proteção completa contra os acidentes e doenças do trabalho. Cabe ainda a empresa, a habilitação do serviço especializado, por meio de profissionais da área de engenharia, segurança e medicina do trabalho, ou uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Mesmo no caso de não obrigação da CIPA na empresa, é necessário e fundamental que ao menos um profissional da 10 área, um Técnico em Segurança do Trabalho (TST), para auxiliar e recomendar o uso de equipamento mais adequado de cada atividade, assim como os cuidado e precauções a serem tomados (VENDRAME, 2013). 11 2. OBJETIVO Realizar uma revisão da literatura dos estudos recentes relacionados à segurança no trabalho, com vistas a identificar o cenário de publicações no período de 2016 a 2020 e descrever a importância da segurança do trabalho no atual panorama de desenvolvimento econômico. 12 3. METODOLOGIA Este trabalho trata-se de uma revisão da literatura, que foi operacionalizada a partir da busca e de um levantamento de estudos científicos já existentes, publicados em meios eletrônicos, com o objetivo de coletar informações e conhecimentos prévios sobre o tema pesquisado (FONSECA, 2002). Segundo Gil (2007) esse tipo de pesquisa tem como característica investigar ideias ou propostas de análises das variadas posições de um problema. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados do Google Acadêmico e da Scientific Electronic Library Online- SciELO. A seleção dos trabalhos foi realizada levando em consideração os trabalhos relacionados diretamente a temática, publicados entre 2016 e 2020. A busca pelos trabalhos foi realizada com a utilização dos seguintes descritores: Segurança no Trabalho, Riscos Ocupacionais e Saúde Ocupacional, e ainda, a combinação entre esses descritores, e o resultado dessas buscas serão apresentados no próximo item. Foram excluídos os trabalhos que não tinham relação direta com a temática pesquisada ou que não compreendiam o recorte temporal estabelecido. A Figura a seguir apresenta a quantidade de trabalhos selecionados nas duas bases de dados utilizadas. Figura 1. Resultados das buscas dos bancos de dados. Elaboração Própria. Fonte: Elaboração da Autora. 4. DESENVOLVIMENTO 13 11 Google Acadêmico Scielo-BR 13 Os trabalhos selecionados serão apresentados na sessão 1.1, apontando de forma descritiva os principais resultados, objetivos e tipos de pesquisa. Em seguida será realizado na sessão 1.2 um levantamento histórico, com vistas a destacar os principais conceitos, e os aspectos evolutivos pertinentes à segurança no trabalho. 4.1 Revisão da Literatura, um recorte temporal dos últimos cinco anos (2016-2020). Nesta sessão serão apresentados os trabalhos utilizados para revisar a literatura referente aos últimos cinco anos. Diante dos resultados encontrados na pesquisa bibliográfica, foi selecionado um total de 13 trabalhos do Google Acadêmico e 11 trabalhos do Scientific Electronic Library Online- SciELO, e de acordo com o quadro abaixo podemos observar os índices de publicações em cada ano do período determinado para esse estudo (Quadro 1). Tabela 1. Período de Publicação dos Trabalhos Selecionados Base de Dados 2016 2017 2018 2019 2020 Google Acadêmico 2 4 2 5 0 Scielo BR 5 3 3 0 0 Fonte: Elaboração da Autora. Conforme o quadro é possível verificar que a maior seleção de publicações ocorreu nos anos de 2016 e 2017 totalizando sete trabalhos, seguido de 2018 e 2019 ambos com cinco trabalhos, e no ano de 2020 não foi selecionado nenhum trabalho correspondente aos critérios dessa pesquisa. Dentre os trabalhos selecionados observa-se um número em destaque de pesquisas realizadas com profissionais da área de Enfermagem, tendo em vista que foram selecionados quatro trabalhos com essa temática (NEGRINHO et al., 2016; PORTO e MARZIALE, 2016; RODRIGUES et al., 2017; SOUZA et al., 2018;). Ademais, os trabalhos selecionados trataram à saúde do trabalhador, riscos ocupacionais, segurança no trabalho, normas regulamentadoras, prevenção de acidentes e saúde mental dos trabalhadores. No trabalho de Negrinho et al. 2016, o objetivo foi identificar fatores relacionados a exposição ocupacional com materiais biológicos entre os profissionais de enfermagem. A pesquisa foi realizada em uma cidade do interior de São Paulo, e participaram 226 profissionais, 14 que foram entrevistados. Os resultados apontaram que 17,3% dos entrevistados sofreram exposição ocupacional com material biológico possivelmente contaminado, e os fatores que foram associados ao acidente foram à faixa etária, experiência na área de enfermagem e na instituição de trabalho. Como conclusão os autores destacaram que as maiorias dos acidentes com material biológico ocorreram por via percutânea, e destaca que os fatores como idade e experiência profissional estão associados a essa exposição ocupacional (NEGRINHO et al., 2016). Porto e Marziale(2016), por meio de uma revisão integrativa da literatura objetivaram analisar os motivos e consequências da baixa adesão as Precauções Padrão (PP) pelos profissionais de enfermagem. A revisão foi realizada em sete bases de dados, com um recorte temporal de 10 anos no período de 2005 a 2014. Os autores fizeram uma análise de 30 artigos, e constataram que, a baixa adesão às PP, está associada a aspectos individuais dos trabalhadores e as instituições empregadoras. Dentre os motivos destacados pelos autores estão às práticas deficitárias de educação permanente, o comportamento de risco dos trabalhadores, materiais e equipamentos de proteção inadequados, e ainda as condições de trabalho inadequadas. Os autores concluíram que as estratégias interventivas realizadas pelas instituições mostraram-se ineficazes por focarem apenas no trabalhador (PORTO e MARZIALE, 2016). Riquinho e Hennington (2016) realizaram um estudo cujo objetivo foi analisar processo de comercialização do tabaco e as condições de vida e trabalho de fumicultores no sul do Brasil. A coleta de dados foi realizada por meio de observação participante e entrevista semiestruturada e teve a participação de 31 trabalhadores rurais. Os autores apontaram que em relação aos riscos do trabalho, para enfrentamento dos problemas há uma exigência de confronto entre os polos do saber dos trabalhos e do conhecimento técnico e científico, aliados a responsabilidade social e ética. Um estudo baseado nos conceitos de estigma e risco, articulado com elementos da psicodinâmica do trabalho, foi realizado com o objetivo de compreender de que maneira a estigmatização é vivenciada por profissionais necrotomistas, e ainda verificar qual a relação que esses trabalhadores estabelecem com os riscos de suas atividades (SILVA et al., 2016). Os autores realizaram entrevistas semiestruturadas individuais, além de observação na sala de necropsia, para analisar os dados foi utilizado analise de conteúdo. Segundo Silva et al. (2016) foi possível identificar com esse estudo que a intensa estigmatização associa-se a falta de conhecimento popular sobre a natureza e atividades de seu trabalho. Já em relação aos riscos, encontrava-se mediada pelo uso intensivo de estratégias defensivas, que poderiam não ser eficientes para transformar positivamente as ações no trabalho. 15 A pesquisa de Guedes e Gaspar (2016) teve como objetivo analisar a presença de “burnout” com uma amostra composta por 588 profissionais de educação física na cidade de Londrina- Paraná. Para identificação de “burnout” foi utilizada a versão traduzida do Maslach Burnout Inventory, onde ficou estabelecido que “burnout” como a sobreposição de elevados escores de exaustão emocional e baixo escore de realização profissional. Entre as categorias de análise utilizada pelos autores, foi possível identificar que em 10,2% da amostra foi constatada a presença de “burnout”. Quando comparado entre os gêneros, os homens relataram escores de menor realização profissional de maior gravidade que as mulheres, já em relação às características laborais, experiência profissional e qualificação, e menor ganho financeiro, foi considerado um aumento significativo nas chances de acometimento de “burnout”. Como conclusão os autores destacaram que os resultados podem auxiliar na implementação de programas de intervenção e programar mudanças no ambiente de trabalho, visando aprimorar a saúde ocupacional e o bem estar geral dos profissionais (GUEDES e GASPAR, 2016). Castro e Okawa (2016) objetivaram em seu estudo avaliar as condições de segurança e saúde no trabalho em uma empresa de biscoitos e salgadinhos. Foi realizado inspeções, entrevistas com supervisores e funcionários, e ainda aplicado um Checklist para verificar a conformidade da empresa com base nas Normas Regulamentadoras. Como resultados as autoras apresentaram que a indústria apresentava necessidade de programar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), e também um Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), além de realizar uma revisão da Comissão Interna de Acidentes (CIPA), e da adoção de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), e concluíram que se fazia necessário programar sinalizações de segurança nas instalações e nas maquinas, ressaltando a importância de adoção de medidas na área de ergonomia (CASTRO e OKAWA, 2016). O estudo de Fraga e Meneses (2016) propôs uma análise das normas regulamentadoras ligadas ao trabalho em altura na construção civil. Os autores enfatizam para a diminuição dos números de acidentes na construção civil nos últimos anos, embora esse número ainda seja alto. Isso se dá pelo fato das normas de seguranças do trabalho estar cada vez mais rígidas das com o empregador, que precisam não somente ofertar os equipamentos de proteção necessários, mas também instruir os colaboradores sobre a segurança no trabalho. Segundo os autores o grande problema na área da construção civil, relaciona-se a falta de uso dos equipamentos de segurança por parte dos trabalhadores, e que apesar das informações da empresa, ainda falta conscientização desse público. Como conclusão os autores destacam que muitos trabalhadores não dão tanta importância aos cuidados para sua segurança por acreditarem ter experiência no 16 que estão fazendo e ficarem isentos de qualquer acidente ou dano, por isso, faz-se necessário e é de extrema importância que o responsável técnico não fique apenas nas instruções verbais sobre os riscos e cuidados, mas sim que possa desenvolver dinâmicas que demonstrem a real importância quando se trata de prevenção de acidentes, para que o conteúdo seja mais bem absorvido pelos trabalhadores e que tenha mais eficácia (FRAGA e MENESES, 2016). Um estudo de caso realizado em um frigorífico de uma cidade no estado de Mato Grosso do Sul, teve como objetivo analisar a forma de aplicação da OHSAS 18.001:2007 desenvolvida pela British Standards Snstitution Goup – BSI Group que define as exigências das práticas em gestão de saúde e segurança do trabalho com qualidade (BASTOS, 2017). O estudo foi realizado por um período de quatro meses, com intervenções realizadas durante a semana com duração de quatro horas por dia de segunda à sexta-feira. Segundo Bastos (2017) os resultados apontaram que não é suficiente apenas se preocupar no investimento de equipamentos de proteção, no espaço físico ou em máquinas que estão estabelecidas nas normas regulamentadoras, para proporcionar um ambiente de trabalho mais seguro é necessário dar importância às características individuais de cada colaborador que tem potencial para exercer influências, por meio de seus comportamentos, podendo assim contribuir de forma significativa na prevenção de acidentes, e na adesão de boas condutas por todos os trabalhadores. Paixão et al. (2017) realizaram um estudo onde foi proposto um jogo educativo para auxiliar os alunos de cursos de segurança do trabalho. O produto foi avaliado por 91 alunos e tiveram como resultados dessa avaliação os seguintes dados: 94,5% consideraram útil o conteúdo abordado no jogo, e 95,6% alegaram que o jogo colabora com a aprendizagem no processo de formação. Segundo os autores o jogo permite que os alunos validem de forma lúdica os conhecimentos sobre a diversidade de conteúdo regido pelas normas regulamentadoras, e ainda possibilita que o aluno faça uma imersão em situações que simulam situações do cotidiano profissional, onde o jogador precisa encontrar objetos que são fundamentais para a segurança no ambiente de trabalho e verifiquem se estão em conformidade ou não com as normas. A conclusão do estudo aponta que os resultados demonstraram uma percepção relevante dos alunos em relação ao jogo e seu impacto na aprendizagem (PAIXÃO et al., 2017). Santos (2017) teve como objetivo em seu trabalho, relatar comoa saúde e segurança do trabalho nas empresas é afetado pela imprudência empresarial. Os resultados apontaram que existem diversas apresentações de imprudência nas empresas, tanto pela inexistência de conhecimento da alta administração sobre os fatos, ou até, situações em que os próprios empregadores cientes da imprudência, e sabendo como agir em relação a saúde e segurança dos 17 trabalhadores, não o fazem. O autor ressalta que que as empresas desprovidas de uma boa cultura de segurança e saúde do trabalho, tendem a conviver com baixos índices de segurança, assim como se mostra importante o profissional de saúde e segurança do trabalho, como influenciador das lideranças e diretorias das empresas, visando assim reduzir os acidentes e doenças ocupacionais (SANTOS, 2017). Em outro estudo sobre profissionais de enfermagem, o objetivo foi identificar a prevalência de acidentes no trabalho, que atuavam em setores críticos de um pronto-socorro, e ainda apreender a vivencia profissional entre os profissionais acidentados (RODRIGUES, et al., 2017). A pesquisa foi realizada em duas etapas, e teve a participação de 75 profissionais. Segundo os autores os resultados apontaram que houve uma prevalência de 26.7% de acidentes, e que desse total 72,2% estavam envolvidos com materiais perfuro cortante, e em 84,2% o principal agente biológico envolvido foi o sangue. Rodrigues et al. (2017) fizeram um registro de três classes, sendo elas: “Vivenciando o Acidente Ocupacional”, “Condutas Pós-Exposição”, e “Prevenção do Acidente Ocupacional”, e concluíram que houve uma alta taxa de profissionais acidentados, com prevalência entre os profissionais de nível técnico, já em relação a vivencia do acidente, constataram que parece encontrar-se associada aos momentos do acidente, as causas, suas consequências e sentimentos. Moraes e Bastos (2017) realizaram um estudo com o objetivo de comparar os sintomas de bancários que afirmaram terem sido diagnosticados por LER/DORT com os que afirmaram nunca terem sido diagnosticados por um médico, e analisar as diferenças com relação aos fatores sociodemográficos. No total participaram 220 bancários do estado da Bahia, onde 91 deles apresentavam apenas sintomas osteomusculares e outros 91, apresentavam além dos sintomas o diagnóstico de LER/DORT. De toda a amostra, apenas 38 participantes relataram não ter nenhum distúrbio osteomuscular. Os participantes que tinha diagnóstico de LER/DORT apresentavam maior média de idade, menor nível de escolaridade e eram predominantemente do sexo feminino, os autores também destacaram que os sintomas de DORT entre os trabalhadores diagnosticados eram apresentados há mais tempo, sendo considerados mais severos e com maior frequência (MORAES e BASTOS, 2017). Vázquez-Colunha et al. (2017) realizaram uma pesquisa cujo objetivo foi realizar uma proposta de modelo teórico para a abordagem positiva de saúde mental no trabalho. O modelo proposto pelos autores incluía quatro dimensões: cognitiva, socioafetiva, comportamental e espiritual. Como fundamentação da proposta os autores realizaram uma revisão teórica com uma análise dos principais posicionamentos referentes à saúde mental, o mais comum, predominantemente negativo, com foco na ausência ou supressão da doença, e o positivo, com 18 foco na promoção da saúde. Os resultados apontaram que existe uma postura mista e poucos teóricos, a proposta do modelo pode proporcionar uma oportunidade de redimensionar a saúde mental positiva e também gerar instrumentos para que ela possa ser medida, os autores ainda destacam que essa proposta de modelo teórico apresenta-se como uma opção de gerar programas de intervenções com perspectivas positivas (VÁZQUEZ-COLUNHA et al., 2017). Beltramelli Neto (2017) abordou em seu estudo a reforma trabalhista no final de 2016 e o retrocesso na proteção jurídica da saúde e segurança no trabalho, com o objetivo de demonstrar o impacto causado nas normas relativas ao meio ambiente do trabalho, assim como a proteção a saúde e segurança, com a finalidade de conscientizar a sociedade do seu conteúdo e das suas consequências. O autor aponta que a reforma trabalhista, foi imposta com o pretexto de modernizar a legislação, atrair investimentos, e consequentemente criar novos empregos, e impactou diretamente em campos sensíveis da segurança da saúde do trabalhador, como por exemplo, na duração do trabalho, e sua realização em condições insalubres (BELTRAMELLI NETO, 2017). Souza, Milioni e Donelles (2018) realizaram uma pesquisa quantitativa transversal, cujo objetivo foi verificar a relação entre o grau de complexidade do cuidado de pacientes, níveis de estresse e coping em 89 profissionais de enfermagem. O estudo foi realizado em três unidades de internação clinica, e o grau de complexidade foi obtido por meio do instrumento do Sistema de Classificação de Pacientes de Perroca, já para a avaliação dos níveis de estresse e coping foi utilizado o Inventário de Estresse em Enfermeiros e o Inventário de Respostas de Coping no Trabalho. Como resultados os autores destacaram que quando compararam os níveis de complexidade dos cuidados, os profissionais que cuidavam de pacientes mais graves estavam expostos a maiores níveis de estresse (SOUZA; MILIONI e DONELLES, 2018). O estudo de Santos, Hope e Kruge (2018), teve como objetivo principal analisar o custo humano físico, cognitivo e social no trabalho de agentes comunitário de saúde, e relacionar os possíveis danos à saúde dessa amostra. O estudo foi realizado com 251 agentes de comunitário de saúde da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul. Como instrumentos da pesquisa foram realizados, entrevistas, questionário socio-demográfico e o Inventário de Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA). Diante da análise dos dados, todos os fatores relacionados aos custos humanos, apresentaram uma avaliação de moderada à crítica, e em relação aos danos à saúde, houve um destaque para os danos físicos que receberam avaliação de moderada a crítica, e os demais danos foram avaliados como positivos e suportáveis. Os autores alegaram que embora os danos físicos se sobrepusessem, foi relatada a presença de 19 transtornos psíquicos entre os participantes, em um discurso de banalização do sofrimento referente ao trabalho (SANTOS; HOPE e KRUGE, 2018). O estudo de Vasconcellos (2018) teve como objetivo estabelecer um parâmetro teórico e conceitual sobre a prática esperada no âmbito da saúde publica, responsável pela saúde do trabalhador no Brasil, tendo com a Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) como órgão capaz de intervir mais ostensivamente e de forma mais eficaz nos fatores que determinam as questões de saúde dos trabalhadores. O autor realizou uma revisão da literatura, para tecer discussões com as experiências vivenciadas na formação, em relação a construção da VISAT no Brasil, e fez uma categorização dos dados, sendo: política, ética, legal, institucional, epidemiológica, metodológica, técnica, pedagógica, epistemológica e transformadora. Como conclusão o autor destaca que a Vigilância em Saúde do Trabalhador é bem mais que uma nova modalidade de vigilância (VASCONCELLOS, 2018). O estudo de Maas, Grillo e Sandri (2018) teve como objetivo analisar as fragilidades de duas normas regulamentadoras referentes à saúde do trabalhador e também aos riscos ambientais. Foi realizada uma revisão documental a partir das NR-7 e NR-9, verificando os pontos que podiam causar interpretações equivocadas, sendo apontados como fragilidades. Segundo as autoras as principais fragilidades encontradas foram: falta de explicitação na definição de responsáveis por elaborar os documentos; falta de clareza nas ações de promoção da saúde; imprecisão quanto os documentos que devem ser realizados; falta de indicação para o trabalhador participar na elaboração dos documentos,e aspectos importantes desatualizados. Como conclusão o estudo aponta que essa revisão pode contribuir para melhora ou construção de uma legislação nova na área de segurança e saúde do trabalhador (MAAS, GRILLO e SANDRI, 2018). Chagas e Lima (2018) fizeram um estudo onde o objetivo foi investigar as representações sociais de riscos no trabalho, realizado com 22 alunos de um Curso Técnico de Segurança do Trabalho de uma instituição federal do Rio de Janeiro. Foi utilizado questionário de múltipla escolha sobre situações de riscos no trabalho, que buscou avaliar a concordância e o nível de importância, atribuídos às ações relacionadas aos riscos. Como resultados as autoras destacaram que o estudo revelou um conhecimento superficial pelos alunos, em relação ao risco no trabalho, como se os acidentes ocorressem por alguma fatalidade, às autoras ainda apontam para a relevância de promover mais pesquisas no âmbito das representações sociais nessa área, valorizando os discursos e as práticas dos alunos (CHAGAS e LIMA, 2018). Campos e Machado (2019) realizaram um estudo sobre associação pedagógica para o ensino da NR-31 por meio de Histórias em Quadrinhos (HQ), onde o objetivo foi analisar a 20 construção de HQ como ferramenta pedagógica para aprimorar o ensino de conteúdos sobre a segurança do trabalho, em especifico sobre a NR-31. A escolha dessa norma deu-se pelo fato de que a maioria dos alunos da turma onde ocorreu à pesquisa terem uma relação muito próxima à área rural, sendo uma temática mais presente no cotidiano deles. Participaram do estudo 24 alunos de um curso técnico em controle ambiental em um Instituto Federal da Paraíba. Os autores realizaram o estudo em três etapas, sendo: apresentação e discussão do conteúdo, construção das histórias em quadrinhos e socialização dos trabalhos em sala. Como resultados os autores revelaram que os recursos foram eficazes no ensino da NR-31 e que possibilitou o exercício de competências e habilidades, foi possível observar ainda que os discentes tiveram uma atenção e interesse maior nas imagens e na dinâmica textual da HQ (CAMPOS e MACHADO, 2019). No trabalho de Leite Junior et al. (2019) o objetivo foi analisar a percepção de um profissional de segurança do trabalho da cidade de Unaí em Minas Gerais, sob o uso ou não da NR-12 e NR-31, em relação a proteção dos trabalhadores rurais. Foi realizada uma entrevista semiestruturada com nove questões relacionadas às normas supracitadas. Com a análise dos dados os autores relatam que os trabalhadores dessa região têm seguido as normas regulamentadoras, com o intuito de evitar multas e notificações pelos órgãos fiscalizadores, assim como foi notada a preocupação com a segurança do trabalhador, por meio da prevenção no ambiente de trabalho (LEITE JUNIOR et al., 2019). No estudo de Martins e Gomes (2019), o objetivo foi abordar sobre o papel da manutenção no que se refere à gestão da manutenção e seu impacto direto e indireto na segurança no trabalho. Foi realizada uma revisão bibliográfica buscando cumprir os objetivos e ressaltar aspectos históricos e evolutivos sobre a segurança do trabalho no que tange as questões de manutenção. Como resultados os autores apontam que foi possível destacar a importância da segurança do trabalho na manutenção, que por vezes, envolve os trabalhadores em situações de riscos, e ainda, foi possível fazer uma contextualização histórica das técnicas no setor de manutenção que possam minimizar os riscos de acidentes para os trabalhadores (MARTINS e GOMES, 2019). Santos e Vasconcelos (2019) tiveram como objetivo em sua pesquisa descrever um sistema de gestão e controle de normas regulamentadoras que auxilia os profissionais de segurança do trabalho. Foi desenvolvido um sistema para apoio e suporte aos profissionais, com possibilidades para gerar documentos, atestados, controle das atividades dos profissionais dentro da empresa, entre outras funções. Os autores afirmam que o objetivo principal do sistema é para que o profissional da área tenha acesso aos documentos e atividades, de uma forma mais 21 rápida e eficaz, podendo assim monitorar tanto a parte pessoal dos colaboradores como as questões estruturais da empresa. Como resultado dessa pesquisa, os autores relataram que a próxima etapa seria a disponibilização do sistema para os profissionais (SANTOS e VASCONCELOS 2019). Nazareth et al. (2019) fizeram um estudo com o objetivo de analisar os principais aspectos da Portaria n.915 de 30 e julho de 2019, que aprova a redação da Norma Regulamentadora n. 01, e disciplina as disposições sobre segurança e saúde no trabalho. Tratou- se de uma pesquisa documental de caráter descritivo e visou explicitar as inovações dessa norma que baseia as demais normas regulamentadoras a partir das disposições gerais. Os autores concluíram com a pesquisa e discussões que a norma em questão, diminui a burocracia e a intervenção estatal na iniciativa privada, contudo ainda persistem algumas incertezas quanto à seguridade jurídica de empregado e empregadores (NAZARETH, YERED e BASTOS, 2019). Diante dessa revisão podem-se observar em ordem cronológica as publicações referentes à segurança e saúde no trabalho. Os trabalhos foram lidos e analisados para que fosse possível realizar os principais apontamentos e destacar as pesquisas que foram realizadas na área nos últimos cinco anos. Contudo, faz-se necessário para uma melhor compreensão, mais ampla e abrangente, abordar a segurança no trabalho em seu aspecto histórico, bem como sua evolução ao longo dos anos, e para atender a esse critério a próxima sessão tratará essas questões. 4.2 Aspectos Históricos, Conceitos, Evolução e Principais Características da Segurança no Trabalho. Pensar a segurança no trabalho em um contexto histórico nos permite verificar as principais mudanças, características e conceitos ao longo dos anos, podendo assim visualizar os avanços, os entraves, na perspectiva de diferentes autores, das inovações e evoluções. A individualização da saúde e segurança no trabalho em âmbito nacional tem sido constata por alguns autores (FRANCO, 1991; GOMES, 2003; BARRETO, 2006; SILVA, 2015), e colocado em destaque que o foco das ações são voltados para os EPIs, treinamentos e comportamentos dos colaboradores, e principalmente como isso impacta nas investigações de acidentes de trabalho e adoecimento laboral em geral. Tendo em vista os apontamentos históricos vale destacar dentre a legislação os acontecimentos mais relevantes que ocorreram no Brasil em relação à segurança e saúde no trabalho. Em 1919 foi criada a lei de Acidentes do trabalho, o que tornava compulsório o risco profissional, em sequência no ano de 1923 ocorreu à criação da caixa de aposentadorias e 22 pensões, destinadas aos empregados das empresas ferroviárias. Já em 1930 é quando ocorre a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, e em 1943 foi criada e consolidada as leis do trabalho, que tratam de segurança e saúde do trabalho no título II, cap.v do artigo 154 ao 201. Somente em 1966 é criada a fundação Jorge do Durprat Figueiredo de segurança e medicina do trabalho, ou FUNDACENTRO, atuante na pesquisa tecnológica e científica relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores. Por fim, em 1978 ocorre a criação das Normas Regulamentadoras (INBRAEP, 2017). Segundo Reis (2007) além desses acontecimentos no âmbito da legislação, algumas ações relacionadas à Segurança no ambiente do trabalho, tiveram grande impacto nas alterações no contexto social, como por exemplo, a promoção da Semana de Saúde do trabalhador, entre outros eventos, que passaram a ser efetivados por comissões de sindicados de saúde do trabalhador. Além, da criação da Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho (Funda centro) por meio da lei n. 5.161, a qual posteriormente assoupor uma modificação no ano de 1983, passando a ser denominado como Fundação Nacional Jorge Duprat Figueiredo (GONÇALVES e CRUZ, 2010). Nesse sentido, torna-se clara a necessidade de desenvolver programas de segurança no trabalho, com o objetivo principal focado na identificação dos riscos, condições insalubres e da efetivação destes no trabalho, destacando o envolvimento dos profissionais da segurança no trabalho, os demais profissionais da empresa, levando em consideração as regras e regulamentos, para que assim possa ser proporcionado um ambiente em condições de segurança e saúde adequados para o desenvolvimento dos diferentes tipos de trabalho (MORAES, 2002; OLIVEIRA, 2003). A lei n. 8213/91, artigo 19 da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT (BRASIL, 2013), evidencia acidente de trabalho como aquele que ocorre por desempenho de alguma função a serviço de uma empresa, e que pelo exercício do trabalho, cause alguma lesão corporal, perturbação funcional ou doença, ou ainda que cause morte, perda ou redução seja permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. Segundo Binder (2003) os acidentes de trabalho podem ser prevenidos por meio da neutralização ou por eliminação dos fatores capazes de provoca-los. Com vistas a evitar os acidentes, as empresas aderem a programas de prevenção de acidentes que buscam eliminar as condições de inseguranças e reduzir os atos inseguros. Para Cardella (2010), a redução dos acidentes é considerada um dos maiores desafios dentro da empresa, pois, apesar dos inúmeros recursos de prevenção no trabalho, por vezes, os acidentes continuam ocorrendo. Por isso, faz- 23 se necessário a aplicação continua de medidas preventivas, para que assim evitem e/ou diminuam a ocorrência de acidentes de trabalho (CARDELLA, 2010). Pedrotti (2006) destaca que a melhor maneira de diminuir os custos de uma empresa, é o investimento na segurança do trabalho, pois, os acidentes podem trazer inúmeros prejuízos aos empregadores, podendo gerar encargos advocatícios, perda de tempo, de materiais e produção, e principalmente perda motivacional ao trabalhador. Assim, a empresa deve atentar- se para a inserção de trabalho preventivo e de orientação, seja por meio de palestras ou um sistema de treinamento. Vale destacar a importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) e os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC´s), visando minimizar os acidentes e diminuir as lesões em função destes. Diante do exposto, é necessário destacar o conceito de segurança do trabalho. Chiavenato (1998, p.362) define segurança do trabalho como: O conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas sobre a implantação de práticas preventivas (CHIAVENATO 1998, p. 362). Galafassi (1999) destaca que existem algumas técnicas que podem auxiliar no processo educativo dos trabalhadores, no que diz respeito, à saúde e segurança no trabalho. Tais técnicas podem ser estabelecidas conforme o quadro 2: Quadro 2. Técnicas Educativas de Segurança no Trabalho Técnicas empregadas Objetivos esperados Orientação individual: Estabelecer um contato direto entre o profissional da saúde com o trabalhador, no sentido de criar soluções adequadas para os problemas. Palestras/reuniões/ discussões em grupo Tem o intuito de informar sobre temas importantes no quais estes possam estar inseridos. Exibição de áudios: Técnica bastante eficaz que permite a visualização rápida e também a memorização da informação. Folhetos/ Cartazes: Informar os trabalhadores para sobre os cuidados básicos em relação à saúde e segurança. Os cartazes devem ser utilizados em locais onde 24 haja grande circulação de pessoas com finalidade de informar e salientar sobre a necessidade de adoção de ações preventivas. Fonte: Adaptado de Galafassi (1999). Nesse sentido, é possível compreender a importância da segurança no trabalho para uma empresa, visto que, além de haver um comprometimento com a saúde e o bem estar dos trabalhadores, a empresa evita gastos e agrega valor a organização (CARDELLA, 2010). Paladino (2013) aborda as normas regulamentadoras relacionadas à segurança e saúde do trabalhador (SST), que estão estabelecidas na lei 6.514/1977. O autor listou as NRS e apresentou em um quadro, que pode ser observado abaixo (Quadro 3): Quadro 3. Normas Regulamentadoras Relacionado à SST. NR1 – Disposições Gerais NR2 – Inspeção Prévia NR3 – Embargo e Interdição NR4 – SESMT NR5 – CIPA NR6 – EPI NR7 – PCMSO NR8 – Edificações NR9 – PPRA NR10 – Instalações Elétricas NR11 – Movimentação e Transporte NR12 – Máquinas e Equipamentos NR13 – Caldeiras e Vasos de Pressão NR14 – Fornos NR15 – Atividades e Operações Insalubres NR16 – Atividades e Operações Perigosas NR17 – Ergonomia NR18 – Construção Civil NR19 – Explosivos NR20 – Substâncias Inflamáveis NR21- Atividades a céu aberto NR22 – Atividades subterrâneas NR23 – Proteção contra incêndio NR24 – Condições de Higiene e Conforto NR25 – Resíduos Industriais NR26 – Sinalização NR27 – Técnico de Segurança do Trabalho NR28 – Penalidades Nr29 – Operações Portuárias NR30 – Atividades Marítimas NR31 – Atividade Rural Fonte: Adaptado de Paladino (2013). Martins (2005) destaca que a NR-5 trata da CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, que é formada em empresas que tem mais de 20 empregados, com representantes tanto do empregador quanto dos empregados. Essa comissão tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças no trabalho, e suas atribuições (Quadro 4): Quadro 4. Atribuições da CIPA. 25 Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos; Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT. Fonte: Adaptado de Martins (2005) O autor ainda destaca que é função da CIPA atuar continuamente para melhor as condições dos trabalhadores de uma empresa, incentivando e acreditando que as condições ambientais podem ser modificadas positivamente. Para que isso ocorra de uma maneira fluída, é preciso uma parceria entre os departamentos da empresa, assim como, assessoria de serviços especializados em segurança e medicina do trabalho, para que assim seja traçado um planejamento estratégico que contemple ações preventivas de acidentes (MARTINS, 2005). Em relação a fiscalização trabalhista, Martins (2015) destaca seu respaldo em diversas portarias editadas ao longo dos anos, tais como: decreto 55.841/1965; Portaria 3.150/1971; 3.159/1971; 77/1977; Lei 7.855/1989; Instrução Normativa n. 28/2002; e o decreto 4.552 de 2002 eu aprovou o regulamento da Inspeção do Trabalho (RIT), cujo objetivo principal é assegurar a observância das disposições legais e regulamentares do trabalho. Segundo Buscajus (2015) os auditores fiscaistêm como função fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista, podendo ser feito no TEM ou na própria empresa, onde o fiscal deve se identificar para que assim possa realizar as vistorias, o responsável pela empresa 26 deve permitir o livre acesso do fiscal nas dependências da empresa e fornecer todas as informações solicitadas. A fiscalização é disciplinada e operacionalizada pela Portaria n. 546 de 11 de março de 2010 do MTE, e sua subdivisão podem ser observadas conforme quadro abaixo (Quadro 5): Quadro 5. Tipos de fiscalização do trabalho. Tipo Características a) Fiscalização Dirigida É aquela resultante do planejamento da SIT ou da SRTE, desenvolvida individualmente, ou em grupo, que demanda para a sua execução a designação, pela autoridade competente, por meio de OS, de um ou mais AFT; b) Fiscalização Indireta É aquela que envolve apenas análise documental, a partir de sistema de notificações via postal aos empregadores para apresentação de documentos nas unidades descentralizadas do MTE, em data e horário definidos, e demanda para a sua execução a designação de AFT, pela chefia técnica imediata ou superior, por meio de OS, conforme escala mensal; c) Fiscalização Imediata É aquela decorrente da constatação de grave e iminente risco à saúde e segurança dos trabalhadores, que obriga a comunicação à chefia técnica imediata, bem como a lavratura de auto de infração ou expedição de termo de embargo ou interdição; d) Fiscalização por Denúncia É aquela resultante de OS originada de denúncia que envolva risco grave à segurança, à saúde ou à regularidade do pagamento do salário aos trabalhadores e que deva merecer apuração prioritária, podendo ser desenvolvida individualmente ou em grupo; e) Plantão É a atividade interna de orientação trabalhista ao público, por designação da chefia, mediante escala, limitada a dez turnos por mês por AFT, sendo a emissão da OSAD no SFIT de responsabilidade da SRTE; f) Atividade Especial É aquela resultante de designação pela chefia superior, desde que vinculada a projeto contemplado no planejamento, sendo o lançamento da OSAD no SFIT de responsabilidade da SRTE; 27 g) Fiscalização para Análise de Acidente do trabalho É aquela resultante de OS originada de notícia sobre a ocorrência de acidente de trabalho grave ou fatal, que tem como objetivo a coleta de dados e informações para identificação do conjunto de fatores causais envolvidos na gênese do acidente. Fonte: Portal do Ministério do Trabalho (2010). Souza e Machado (2013) destacam que para que haja sucesso com a politica de segurança no trabalho, é necessário conhecimento sobre os órgãos de fiscalização, sobre as áreas fragilizadas da empresa, equipamentos necessários, etc. Para que isso ocorra faz-se necessário um envolvimento da gestão administrativa junto aos colaboradores dos diferentes setores da empresa, visando assim uma integração e a melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores, por meio de ações corretivas e preventivas (SOUZA e MACHADO, 2013). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesse sentido, foi possível compreender a importância da segurança no trabalho nos mais diversos sentidos, além de, proporcionar uma melhora na qualidade de vida e bem estar dos trabalhadores, a empresa também se beneficia, evitando gastos e agregando valores. No entanto, para um conhecimento mais específico de uma determinada área da segurança no trabalho, faz-se necessário uma investigação aprofundada do assunto. 28 Contudo, essa pesquisa permitiu a identificação do atual cenário científico e uma visão amplificada dos principais trabalhos que estão sendo realizados no âmbito da segurança e saúde do trabalhador. Espera-se que esse trabalho possa contribuir para futuras pesquisas, e que possa nortear estudos mais aprofundados, visto que a uma gama de possibilidades de investigação no âmbito da segurança do trabalho. REFERÊNCIAS ALEVATO, H. M. R. Trabalho e Neurose: enfrentando a tortura de um ambiente em crise. 1ed, Rio de Janeiro, Editora Quartet, v.1, 1999. 144p. BASTOS, D. F. Segurança e saúde no trabalho: análise de um estudo de caso realizado em um frigorífico de Naviraí. In: Anais do I Encontro Internacional de Gestão, Desenvolvimento e Inovação, n.1, 2017, Naviraí. Anais eletrônicos... Naviraí, 2017. 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