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TCC Nilton Teixeira

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHERIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
SEGURANÇA NO TRABALHO E DDS: A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO
Nilton Teixeira
Belo Horizonte 
2018
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHERIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
SEGURANÇA NO TRABALHO E DDS: A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentada por Nilton Teixeira à Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para a conclusão do curso de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho .
Professor orientador: Luiz Roberto Pires Domingues Junior
Belo Horizonte 
2018
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Sumário
41.	Tema.	�
42.	Problema de pesquisa.	�
43.	Objetivo Geral.	�
44.	Objetivos Específicos.	�
45.	Justificativa.	�
56.	Revisão de Literatura.	�
97.	Desenvolvimento (Fundamentação Teórica)	�
97.1	Acidente do Trabalho	�
117.2	Causas do Acidente de Trabalho	�
137.2.1	Ato Inseguro	�
147.2.2	Condições Inseguras	�
147.3	Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho.	�
147.4	Análise preliminar das condições de trabalho.	�
167.5	Modelo em saúde e segurança do trabalho. Princípios.	�
187.6	A importância de conhecer os riscos	�
187.6.1	Avaliação de riscos.	�
187.6.2	Formas de avaliar os riscos	�
187.7	Análise de Risco da Tarefa (ART)	�
218.	Metodologia	�
238.1	Limitações da Pesquisa	�
238.2	Técnicas de coleta dos dados	�
249.	APLICAÇÃO DO PROGRAMA E RESULTADOS	�
�
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TEMA
	Segurança no trabalho e DDS: A importância do diálogo de segurança.
	O DDS – Diálogo Diário de Segurança é destinado a despertar no colaborador a conscientização envolvendo suas atividades diárias, essa em respeito à sua segurança, meio ambiente, saúde e qualidade de trabalho.
PROBLEMA DE PESQUISA
	Como o dialogo diário abortando o tema segurança do trabalho nas atividades do dia a dia podem diminuir ou eliminar os riscos das atividades?
OBJETIVO GERAL
	O objetivo geral do estudo é analisar a performance de DDS como reflexo nos resultados de Segurança numa empresa do setor de mineração, que decidiu utilizar esta ferramenta para reduzir o número de acidentes através de diálogos assertivos realizados pela própria liderança operacional.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
	Demostrar a aplicação do Diálogo Diário de Segurança (DDS) em uma empresa de mineração, e seus benefícios através de indicadores específicos da área, a praticidade e facilidade desta ferramenta e por fim, demostra a importância do DDS na diminuição dos acidentes.
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JUSTIFICATIVA
	Como diz sua definição, o DDS é uma ferramenta muito poderosa quando se diz respeito à prevenção de acidentes do trabalho. Esta medida é fundamental e vem ganhando cada vez mais espaços, inclusive entre os técnicos de segurança de trabalho, justamente por posicionar aos trabalhadores a conscientização da importância de se ter a segurança aplicada em suas atividades.
	Podemos elencarmos a benefícios que o DDS traz para a empresa que o realiza: Redução de custo com assistência médica; Redução de acidentes no trabalho; Melhoria na produtividade e ambiente de trabalho; Aumento do comprometimento dos trabalhadores; Aumento do nível de satisfação e segurança dos colaboradores
REVISÃO DE LITERATURA
	O Dialogo Diário de segurança deve sua aplicação iniciada na década de 90, a ferramenta influenciou outros mecanismos de segurança do trabalho. Um exemplo é o Diálogo Diário de Higiene (DDHSMA), Segurança e Meio Ambiente e o Diálogo Diário de Higiene e Segurança (DDHS). A prática do Diálogo Diário de Segurança permite que as áreas conversem entre si. Os resultados costumam envolver mais comprometimento dos colaboradores com a política de SST, redução de acidentes, melhora nos índices de FAP e ampliação da produtividade no ambiente laboral. Com isso, é possível aumentar o nível de satisfação e segurança dos colaboradores.
	Para Gonzaga (2002) O DDS - Diálogo Diário de Segurança deve geralmente ser aplicado em um tempo de 5 a 15 minutos, sempre antes do início da jornada de trabalho, este tempo é reservado para discussões e instruções básicas de assuntos ligados a prevenção de acidentes relacionados a saúde e segurança.
	Segundo especialista Arnaldo Cambraia e Maria Cristina Barros, 2013 a conscientização, através do uso do DDS, é a forma mais eficaz de combate a acidente de trabalho, porem para ter sucesso todos devem estar comprometido e ter paciência, pois não é fácil mudar hábitos, então sempre vai ser uma tarefa árdua que precisa de tempo e dedicação além de uma boa persuasão.
O engenheiro ambiental Arnaldo Cambraia ressalta que é preciso que empresas desenvolvam ações educativas. “O Diálogo Diário de Segurança (DDS) é muito importante. É uma espécie de mini treinamento que alerta o trabalhador a respeito dos procedimentos corretos de segurança que devem ser adotados diariamente para evitar acidentes com as mãos, com eletricidade, altura, incêndios, espaço confinado, por exemplo. ” (RBA REDE BRASIL ATUAL, 2013).
Para a Maria Cristina de Barros, procuradora federal “Precisamos unir os trabalhadores para a conscientização. Não é apenas a falta de equipamentos que causa acidentes, mas sim a falta de consciência de que este acidente pode ser causado a partir do momento em que o trabalhador manipula um equipamento perigoso, e o uso do DDS e ótimo para alertar sobre os riscos do dia a dia, ao qual o trabalhador está exposto. ”. (RBA REDE BRASIL ATUAL, 2013).
	O DDS segundo Zocchio (2002), é um instrumento de eficácia incontestável das atividades prevencionistas para a segurança e saúde do funcionário. Uma ferramenta de fácil aplicação em qualquer área e tipo de trabalho, por ser conversas diárias entre os funcionários, além do baixo custo de aplicação.
Zocchio (2002) cita que:
O chefe que tem por hábito dialogar com os subordinados sobre segurança do trabalho, corrigindo falhas e ensinando a maneira segura de executar as tarefas, além de prevenir acidentes, promove, ao mesmo tempo, o equilíbrio da produtividade nas atividades sob sua responsabilidade.
	O DDS é a maneira mais eficiente para o técnico em segurança do trabalho lograr êxito em sua profissão, afirma Gonzaga (2002). Pois a partir do momento que o colaborador é instruído sobre os benefícios que a atividade feita de forma segura proporciona, ele percebe que é o principal beneficiado e começa a valorizar a segurança no trabalho. Assim o técnico deve trabalhar com o objetivo de ajudar os colaboradores, propiciando um ambiente saudável, onde o foco seja a valorização da equipe.
	A conscientização, através do DDS, gera muito mais benefícios do que uma atitude coercitiva. Pois o clima fica tenso no ambiente de trabalho e o técnico em segurança do trabalho é visto como um inimigo pelos colaboradores. É necessário que haja o diálogo, não por uma obrigação, mas por uma necessidade de preservar a saúde e integridade física dos colaboradores.
	É de extrema importância a aplicação do Diálogo Diário de Segurança, muitas publicações abordam isso, o dia a dia também demonstra a eficácia dessa prática. Setores onde acontecem o Diálogo Diário de Segurança há incidência menor de acidentes e nos setores que passam a ter o Dialogo Diário de segurança, é notável que se diminui consideravelmente os incidentes e acidentes. Pelo fato do trabalhador que recebe uma orientação de Segurança perceber sua importância para a empresa e também pelo fato de que é possível relembrar alguns aspectos importantes do seu serviço, situações que envolvem riscos, que se não forem relembradas constantemente podem cair no esquecimento gerando excesso de confiança por parte do trabalhador, seja qual for a área de atuação.
	Como diz sua definição, o Diálogo Diário de Segurança é uma ferramenta muito poderosa quando se diz respeito à prevenção de acidentes do trabalho. Esta medida é fundamental e vem ganhando cada vez mais espaços, inclusive entre os técnicos de segurança de trabalho, justamente por posicionar aos trabalhadoresa conscientização da importância de se ter a segurança aplicada em suas atividades. (INBEP 20017)
	Para evitar as condições inseguras do local de trabalho à pratica do Diálogo Diário de Segurança tem um papel muito importante, pois através dos técnicos de segurança, encarregados e supervisores que devem analisar essas condições e discuti-las no momento do Diálogo Diário de Segurança, antes de ocorrer o acidente e tomar as devidas ações, em conjunto com os funcionários para corrigir, conforme relata Ribeiro Filho (1994):
O supervisor, em contato com seus subordinados através de um diálogo diário, está em excelente posição para atuar junto a eles, a fim de que adquiram “mentalidade de segurança”, evitando, assim, a prática de atos inseguros; de outro lado, é responsável também pela remoção das condições inseguras existentes em sua área de trabalho.
	Por muitas vezes as condições inseguras estão ligadas diretamente com os atos inseguros, pois os funcionários verificam uma condição insegura e mesmo assim realizam o serviço, podendo ocasionar o acidente assim classificando a condição insegura aliada com o ato inseguro. A realização do Diálogo Diário de Segurança proporciona o momento ideal para que o funcionário avise a chefia das condições de trabalho e se recusar a executar o serviço para a sua própria proteção.
	Como prevenção contra acidentes a técnica do Diálogo Diário de Segurança é utilizada para evitá-los, pois mais de 96% dos acidentes de trabalho são causados por desvio de comportamento das pessoas, assim a maior preocupação deve ser o funcionário.
	Um dos principais fatores para se prevenir acidentes é a consciência do funcionário onde tem que atentar para os riscos que pode estar correndo quando não segue as normas de segurança. Por isso a principal ferramenta para prevenção está em mostrar os riscos que ele pode estar correndo no canteiro de obra, com isso instruir e ensinar o trabalhador a se proteger. De acordo com Ribeiro Filho (1994),
A Participação ativa dos trabalhadores no programa de prevenção de acidentes só será atingida quando os mesmos tiverem consciência da importância da segurança em sua vida: na fabrica, no lar, em quaisquer lugares e circunstância. Esse objetivo somente será atingido através de uma motivação adequada para a segurança do trabalho.
	Há uma frase muito utilizada por várias empresas para a motivação e conscientização do funcionário que é: “não há trabalho tão importante ou urgente
que não possa ser feito com segurança”.
	Com as técnicas e estudos sendo elaborados sobre a prevenção de acidentes torna-se mais fácil a sua aplicação. De acordo com Ribeiro Filho (1994), os meios são ilimitados, cabe ao responsável escolher os métodos apropriados que, conjugados ou não com o Diálogo Diário de Segurança, muito o ajudarão na prevenção de acidentes.
	Podem ser aplicadas algumas técnicas como o Quase-Acidente, Analise de Risco da Tarefa (ART), Treinamento, Permissão de Serviço Seguro (PSS), Instrução de Segurança do Trabalho (IST), Observação de Risco no Trabalho (ORT), além do próprio Diálogo Diário de Segurança (DDS), e a formação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), etc.
	Essas ferramentas são aplicadas em muitas empresas, porém na construção civil são ainda pouco aplicadas e consequentemente se reflete no aumento do número de acidentes na indústria da construção civil. Quando os empreendedores e construtores aplicarem essas ferramentas, a tendência é haver uma redução de acidentes, já que elas requerem treinamento a todos os funcionários.
	Esta não é uma prática muito comum na indústria da construção civil, pois a prevenção necessita de investimento, claro que terá um retorno muito grande na diminuição do acidente, e quando falamos de investimento com relação à segurança na construção civil os empreendedores e proprietários de construtoras tentam por muitas vezes driblar a legislação e não seguir as normas de segurança.
	Por outro lado há falta de interesse do empreendedor e construtor na aplicação de programas de segurança e saúde do trabalho, faz com que os funcionários não desenvolvam a cultura da prevenção de acidentes.
Desenvolvimento (Fundamentação Teórica)
	Ao longo da história, percebe-se que o homem sempre demonstrou alguma preocupação com a saúde e a segurança dos trabalhadores. Acidentes e doenças com graves consequências para a integridade física e para a saúde dos trabalhadores foram surgindo, assim como o interesse em estudá-los; não só para entender as origens e os motivos de suas ocorrências, mas também para evitar sua repetição e garantir melhorias das condições de vida.
	A seguir serão apresentados alguns conceitos de segurança que ajudaram a fundamentar o assunto discutido.
Acidente do Trabalho
	Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço do órgão, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. (Art. 19 da lei 8213/91).
Tipos de Acidente do Trabalho
a) Acidente Típico (é o que ocorre na execução do trabalho);
b) Acidente de Trajeto (é o que ocorre no percurso da residência para o trabalho ou vice-versa).
c) Doença Ocupacional:
Doença profissional é a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. (Art. 20 da 8213/91).
Doença do trabalho é a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. (Art. 20 da 8213/91).
	Podemos verificar que o conceito de acidente é muito amplo e não é limitado apenas no local de trabalho, mas também abrangendo o trajeto e os ocorridos em função do trabalho.
	Com a preocupação que as empresas estão com relação à segurança do trabalho, o acidente é um fato que nenhuma gostaria de presenciar e vivenciar, devido as várias preocupações legais que podem repercutir a empresa, outro fato é o custo que o acidente gera.
	Os acidentes devem ser evitados em todas as empresas, seja qual for o ramo de trabalho ou o tamanho desta, pois o acidente pode ocorrer em todos os lugares.
	Um dos piores problemas a serem enfrentados pelo funcionário acidentado e principalmente pela empresa é o aspecto econômico, segundo (Zocchio,2002) onde a empresa nem sempre percebe esse lado negativo do infortúnio do trabalho, embora seja ela inicialmente a mais afetada. 
	O empregado acidentado recebe muitas vezes o auxilio dentro do previsto por lei, mas dependendo do acidente este pode até ficar inválido, assim diminuindo a renda familiar, pois apesar da previdência social amparar legalmente o acidentado, ele não recebe o que antes recebia da empresa.
	Todas as empresas têm condições e fazem orçamentos das despesas, do serviço, material, mão-de-obra, impostos, etc. Mas o cálculo para o custo dos acidentes ocorridos na empresa não são contabilizados, o que gera no final um prejuízo para a empresa. Por muitas vezes apenas consideram a taxa de seguro paga a previdência social, as diárias pagas aos acidentados até o décimo quinto dia de afastamento, esse seria o custo direto do acidente, o que seria uma parcela pequena quando temos os custos indiretos.
	Além de todas as interferências citadas que os acidentes podem causar a empresa e ao funcionário podemos ainda mostrar outros aspectos negativos como a qualidade do serviço que irá ser reduzida devido a acidentes, não somente na qualidade final do produto, mas sim nas outras fases que antecedem a final. Algo de grande importância é o prazo de entrega dos produtos, onde com a ocorrência de acidentes estes prazos podem ser alongados e assim prejudicando a empresa.
	Outro fato importante a ser tomado cuidado quanto ao prazo é a tentativa de minimizar esse fato, mas com isso começa a aparecer outras condições de risco que podem levar a outro acidente.
	Quando descobrimos as causas dos acidentes e trabalhamos no sentido de controlá-las, estaremos reduzindo sensivelmentea ocorrência de acidentes, e o Dialogo Diário de Segurança, se mostrou extremamente útil para esse fim.
	Um profissional prevencionista se utilizará, no decorrer de sua atuação, de várias ferramentas eficazes para a prevenção, entre as quais o Dialogo Diário de Segurança.
	Todos perdem com a ocorrência de um acidente de trabalho, ou seja, o indivíduo (lesões, incapacidades, afastamentos, diminuição do salário, desamparo à família, etc.), a empresa (tempo perdido, diminuição da produção, danos às máquinas, materiais ou equipamentos, gastos com primeiros socorros, gastos com treinamento para substitutos, atraso na produção e aumento de preço no produto final) e a Nação (acúmulo de encargos assumidos pela Previdência Social e aumento dos preços, prejudicando assim, o consumidor e a economia e com isso, os impostos e as taxas de seguro).
Causas do Acidente de Trabalho
	Inúmeros fatores contribuem para a ocorrência de acidentes e doenças nos locais de trabalho. Geralmente, adotam-se concepções simples e erradas para aquilo que causou os acidentes ou doenças, buscando-se, desta forma, o consolo para os infortúnios através da alegação de que foi coisa do destino, má sorte, obra do acaso, castigo de Deus. Na verdade, todos os acidentes podem ser evitados se providências forem adotadas com antecedência e de maneira compromissada e responsável.
	Para evitar os acidentes devemos conhecer as causas, e estas ocorrem pela soma de atos inseguros e condições inseguras. A maioria dos acidentes de trabalho acontece por influência do homem, seja por influência do meio social, pela personalidade, educação, entre outras características. De acordo com Zocchio (2002):
Tudo se origina do homem e do meio: do homem por meio de características que lhe são inerentes, fatores hereditários, sociais e de educação, que são prejudiciais quando falhos; o meio, com os riscos que lhe são peculiares, ou que nele são criados, e que requerem ações e medidas corretas por parte do homem para que sejam controlados, neutralizados e não transformem em fontes de acidentes. Assim começa a seqüência de fatores, com o homem e o meio como os dois únicos fatores inseparáveis de toda a série de acontecimentos que dá origem ao acidente e a todas as suas indesejáveis conseqüências.
Estudos nacionais e internacionais informam que a maioria dos acidentes e doenças decorrentes do trabalho ocorre, principalmente, por:
Falta de planejamento e gestão gerencial compromissada com o assunto;
Descumprimento da legislação;
Desconhecimento dos riscos existentes no local de trabalho;
Inexistência de orientação, ordem de serviço ou treinamento adequado;
Falta de arrumação e limpeza;
Utilização de drogas no ambiente de trabalho;
Inexistência de avisos, ou sinalização sonora ou visual sobre os riscos;
Prática do improviso (jeitinho brasileiro) e pressa;
Utilização de máquinas e equipamentos ultrapassados ou defeituosos;
Utilização de ferramentas gastas ou inadequadas;
Iluminação deficiente ou inexistente;
Utilização de escadas, rampas e acessos sem proteção coletiva adequada;
Falta de boa ventilação ou exaustão de ar contaminado;
Existência de radiação prejudicial à saúde;
Utilização de instalações elétricas precárias ou defeituosas;
Presença de ruídos, vibrações, calor ou frio excessivos;
	Para causar um acidente basta as pessoas não se enquadrarem nas condições de saúde, estado de ânimo, temperamento, preocupação, entre outras condições.
FIGURA 01: Causa de acidentes
	Sob o ponto de vista prevencionista, causa de acidente é qualquer ocorrência que, se removida ou solucionada a tempo, evitaria o acidente. Um acidente de trabalho é, na maioria das vezes, multicausal, ou seja, várias causas colaboram para sua ocorrência. Apesar da diferenciação entre as causas básicas (falha humana ou fatores ambientais), lembre-se que elas podem estar presentes simultaneamente. Aliás, é o que acontece na grande maioria dos acidentes de trabalho.
Ato Inseguro
	O comportamento do trabalhador no seu ambiente de trabalho pode levá-lo a sofrer ou causar acidente, nesse caso estamos diante de um Ato Inseguro. O ato inseguro está relacionado à atividade de trabalho e a fatores ligados às características individuais de cada um, a fatores pessoais de insegurança, às características negativas, físicas ou psicológicas que também contribuem para que o acidente aconteça.
Condições Inseguras
	São as deficiências e irregularidades técnicas existentes no ambiente de trabalho, que constituem risco à integridade física e à saúde do trabalhador, bem como aos bens materiais da empresa, tornando esse ambiente propício para a ocorrência de acidentes.
	As condições inseguras são consequências de erros de projetos, planos de trabalho, falhas ou incorreções de programas de manutenção e segurança.
Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho.
	A incorporação das boas práticas de gestão de saúde e segurança no trabalho no âmbito das empresas contribui para a proteção contra os riscos presentes no ambiente de trabalho, prevenindo e reduzindo acidentes e doenças e diminuindo consideravelmente os custos.
	Além de diminuir os custos e prejuízos, torna a empresa mais competitiva, Aa realização de dos Diálogos Diários de segurança, auxilia na sensibilização de todos para o desenvolvimento de uma consciência coletiva de respeito à integridade física dos trabalhadores e melhoria contínua dos ambientes de trabalho. No caso das micro e pequenas empresas, a participação do próprio empreendedor na realização do Diálogo Diário de Segurança e dos trabalhadores na identificação dos riscos assume um papel de extrema importância para o êxito do programa de gestão.
Análise preliminar das condições de trabalho.
	A realização de Diálogos Diários de Segurança focados na análise preliminar das condições de trabalho permite a elaboração de estratégias que vão subsidiar as etapas de implantação do programa de gestão de saúde e segurança no trabalho, e é estabelecida com quatro indagações bem simples:
1. O trabalhador está exposto à fonte de perigo?
2. O trabalhador está em contato com a fonte de perigo?
3. Qual o tempo e a freqüência do contato entre o trabalhador e a fonte de perigo?
4. Qual a distância entre o trabalhador e a fonte de perigo?
De forma preliminar, das quatro indagações, conclui-se que:
Quanto maior o tempo de exposição ou de contato com a fonte de perigo, maior será o risco;
Quanto maior for a freqüência da exposição ao perigo, maior será o risco; e...
Quanto mais próximo da fonte de perigo, maior será o risco.
	É importante ressaltar que a fonte de perigo pode ser um equipamento, uma máquina, um instrumento ou qualquer condição de trabalho perigosa.
Etapas:
Diagnóstico inicial para conhecer as características da empresa, dos trabalhadores e dos ambientes de trabalho;
mapeamento dos processos de produção e atividades relacionadas, para conhecimento de suas principais etapas;
Avaliação dos riscos para identificar as fontes de perigo e estimar os riscos a elas associados;
Identificação de requisitos legais e outros para verificar a situação da empresa em relação ao cumprimento da legislação e de acordos ou contratos firmados;
Definição dos objetivos e metas, para que a direção da empresa estabeleça aonde quer chegar em relação à saúde e à no trabalho;
Controle operacional, medição e monitoramento, para estabelecer o ciclo básico de gerenciamento de saúde e segurança no trabalho, constituído pelos seguintes passos: reconhecimento, antecipação, avaliação, prevenção e controle;
Implementação dos programas de gestão, para atingir os objetivos e metas estabelecidas na etapa anterior, as pessoas responsáveis, os recursos envolvidos e os prazos;
Tratamento de desvios, incidentes, acidentes, doenças, ações emergenciais, corretivas e preventivas ou mitigadoras, para garantir que a gestão de saúde e segurança no trabalho está implementada e mantida na empresa.A experiência mostra que a pratica de DDS na área proporciona um bom ambiente de trabalho que contribui, sobremaneira, para aumentar a produtividade, porque permite e facilita o planejamento da produção, melhora a comunicação interna e as relações de trabalho, aumenta a confiança e a auto-estima, alicerça o comprometimento de todos e a cooperação. Enfim, todos só têm a ganhar com a integração do Diálogo Diário de Segurança na gestão de saúde e segurança no trabalho, os trabalhadores, a empresa e o País.
Modelo em saúde e segurança do trabalho. Princípios.
	Um modelo de segurança e saúde do trabalho, deve contemplar uma metodologia voltada para a antecipação e a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais que alia a simplicidade da aplicação do Diálogo Diário de Segurança, e a profundidade das ações técnicas necessárias para sua efetividade, eficiência e eficácia.
Redução dos riscos de acidentes de trabalho;
Prevenção em saúde ocupacional;
Prevenção de doenças crônicas não-transmissíveis (diabetes e hipertensão);
Prevenção ao sedentarismo.
Características:
Foco na empresa e nos trabalhadores;
Ações executadas preferencialmente nas empresas, no local de trabalho;
Concentração de esforços em torno do objetivo de redução dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais;
Alocação de profissionais, nos setores da empresa, de maior risco para identificação dos fatores causais dos acidentes e apoio subseqüente para a correção dos problemas com prevenção ou eliminação dos riscos; 
Acompanhamento das ações praticadas pela empresa e avaliação dos resultados concretos obtidos;
Prática consolidada de atividades ligadas ao meio ambiente laboral e à saúde dos trabalhadores, com a execução conjunta dos programas;
Na saúde, ênfase na atenção também aos problemas ocupacionais com agregação de cuidados a um elenco seletivo de doenças crônicas não-transmissíveis - hipertensão, diabetes e sedentarismo, com enfoque preventivo e de educação para a saúde;
Correlação entre as ações de segurança e saúde no trabalho e os resultados alcançados pelas empresas em termos de produtividade e competitividade de seus produtos;
Integração com os esforços e iniciativas das instituições, organizações e demais atores dos setores público e privado que atuam na área de segurança e saúde no trabalho, constituindo-se em uma parte do sistema de proteção ao trabalho e ao trabalhador;
E atenção às exigências dos organismos governamentais, diminuindo as despesas da empresa ao evitar multas e sanções correlacionadas.
	Vantagens para a empresa que adota um modelo em Saúde e Segurança no Trabalho.
Previne e reduz os acidentes e doenças;
Protege a integridade física e mental dos trabalhadores;
Educa para adoção de práticas preventivas;
Evita os custos com medicação e próteses;
Diminui o absenteísmo;
Melhora, continuamente, os ambientes de trabalho;
Evita prejuízos à imagem da empresa;
Elimina danos patrimoniais;
Evita o pagamento de perícias, honorários e indenizações legais;
Potencializa as relações interpessoais;
Otimiza o clima organizacional;
Atende aos requisitos da legislação;
Aumenta a produtividade;
Amplia a competitividade da empresa;
Expande seu mercado de atuação.
A importância de conhecer os riscos
	Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida e pelas características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos de acidentes, podem comprometer a saúde e segurança do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou a morte, além de prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa.
	Na visão da prevenção, não existem micro ou pequenos riscos, o que existem são micro ou pequenas empresas. Desta forma, em qualquer tipo de atividade laboral, torna-se imprescindível a necessidade de investigar o ambiente de trabalho para conhecer os riscos a que estão expostos os trabalhadores 
Avaliação de riscos.
	É o processo de estimar a magnitude dos riscos existentes no ambiente e decidir se um risco é ou não tolerável.
Formas de avaliar os riscos
	Para investigar os locais de trabalho na busca de eliminar ou neutralizar os riscos ambientais, existem duas modalidades básicas de avaliação. A avaliação qualitativa, conhecida como preliminar, e a avaliação quantitativa, para medir, comparar e estabelecer medidas de eliminação, neutralização ou controle dos riscos.
	A mais simples forma de avaliação ambiental é a qualitativa. Na avaliação qualitativa, utiliza-se apenas a sensibilidade do avaliador para identificar o risco existente no local de trabalho.
	Na avaliação quantitativa, é necessário o uso de um método científico e a utilização de instrumentos e equipamentos destinados à quantificação do risco.
Análise de Risco da Tarefa (ART)
	A palavra risco nos mostra uma situação insegura que poderá ocorrer um acidente, desde que esse risco seja analisado e tomado às devidas precauções para que não haja uma perda, seja ela física ou material. O risco pode estar presente de diversos modos como em gases, produto químico, trabalho em altura ou até mesmo em uma simples caminhada pela área de trabalho. Por esse motivo deve-se tomar o devido cuidado para os riscos existentes no ambiente de trabalho, assim fazendo uma análise de cada risco existente no ambiente de trabalho e em cada atividade executada.
De acordo com que cita Zocchio (2002),
A análise prévia tem a finalidade de estudar e determinar medidas de prevenção de riscos que, incorporadas aos projetos ou processos, previnem problemas de segurança que poderiam ocorrer na fase operacional do que foi projetado ou de processos desenvolvidos. A análise operacional identifica falhas de segurança na fase operacional, que em geral se constituem em perigos para as pessoas envolvidas e para os próprios componentes materiais das áreas de trabalho.
	Infelizmente a mentalidade das empresas, principalmente da indústria da construção civil com relação à análise e gerenciamento de riscos encontra-se bastante distante da prática. O mais comum é esperar a ocorrência de tragédias como acidentes e doenças graves para se tomar alguma atitude, e frequentemente os trabalhadores são acusados como principais responsáveis pelos mesmos.
	De acordo com (Souza Porto,1997), o foco principal da análise de riscos da atividade nos locais de trabalho é a prevenção, ou seja, os riscos devem ser eliminados sempre que possível, e o controle dos riscos existentes deve seguir os padrões de qualidade mais elevados em termos técnicos e gerenciais. Segundo Zocchio (2002), é de indiscutível utilidade a ART (Analise de Risco da Tarefa) para a melhoria contínua da segurança do trabalho, o Diálogo Diário de Segurança e o momento ideal para se discutir com a participação de toda a equipe os riscos da atividade que será executada.
	Para a elaboração da Análise de risco da tarefa é feito primeiramente uma análise da atividade a ser realizada no setor, descriminando o que possa ter maior risco ao funcionário, empresa ou meio ambiente.
	De acordo com o programa de prevenção de acidentes da VALE FERTILIZANTES S.A , a ART é elaborada da seguinte forma:
	O técnico de segurança vai até o local que será executado o serviço e faz a análise dos perigos, riscos e as medidas de controle a serem seguidas, cada etapa desta deve ser seguido através de cada definição: Perigo: Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, dano ao meio ambiente do local de trabalho, ou uma combinação destes. Risco: Combinação da probabilidade de ocorrência (freqüência) e da(s) conseqüência(s) (gravidade) de um determinado evento perigoso. Tarefa: determinada etapa que o(s) trabalhador(es) executa(m) durante a realização de uma atividade. Atividade: conjunto de tarefas que o empregado ou grupode empregados executa. Por exemplo: concretagem da laje, armação da ferragem, execução das formas, execução do telhado, serviço de pintura,etc. 
	Esta é uma ferramenta muito importante a ser seguida, pois em cada etapa de serviço da construção o funcionário está ciente dos riscos que passará e assim tomará as providências pré-estipuladas da análise feita. Uma coisa é muito clara, não basta aplicar somente a ART e sim deve haver um treinamento do funcionário para cada risco na atividade.
	Um dos principais benefícios da elaboração da ART de acordo com o Evangelinos e Marchetti (2003) 
Para fazermos as coisas de maneira correta, sem erro, na primeira vez;
Para termos um aproveitamento total de pessoas, equipamentos e do local de trabalho;
Para proteger os empregados e ter o local de trabalho livre de riscos desconhecidos;
Para preservar nossos empregos.
Resumindo, a análise é uma maneira sistemática para o reconhecimento de:
Exposições a riscos ou acidentes;
Possíveis problemas e incluindo produção, qualidade ou desperdício;
Desenvolver maneiras corretas para realização das tarefas de forma que atos inseguros, condições inseguras, acidentes, falhas, retrabalhos e desperdícios não ocorram;
Fazer de maneira certa sem perdas de qualquer espécie.
	Mas esta análise não se deve apenas ser feita para ser um documento burocrático da empresa, mas sim um processo contínuo, que deve ser discutido todos os dias nos DDS pois a cada mudança tecnológica que ocorre no mercado de trabalho podem surgir novos riscos e estes devem ser analisados e tomados às devidas precauções.
Metodologia
	Segundo Gil (1991), apud Silva (2001), este trabalho pode ser caracterizado com uma pesquisa descritiva, pois busca a resolução de problemas, melhorando as práticas por meio da observação, da análise e de descrições objetivas. Esse tipo de pesquisa envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados, por exemplo, questionários para identificação do conhecimento e observação sistemática, apoiando as conclusões numa perspectiva qualitativa, sendo o ambiente natural à fonte direta para coleta de dados e o pesquisador o instrumento-chave. Por fim, a pesquisa trata-se como um estudo de caso, envolvendo uma análise de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento (GIL, 1991).
	A pesquisa foi realizada na VALE FERTILIZANTES S.A. (antiga Bunge) unidade de Cajati – SP que tem uma área de 180.000 m² e conta com 520 funcionários e 1300 terceiros. A empresa está localizada na cidade de Cajati-SP na Rodovia BR 116 Km 488, bairro complexo industrial. A FIGURA 01 ilustra a portaria central da Vale Fertilizantes S.A. – unidade de Cajati-SP. 
 FIGURA 02: Portaria central da Vale Fertilizantes S.A. – Unidade de Cajati-SP
	A empresa atua em todas as etapas da produção de fertilizantes. Suas operações começam na mineração de rocha fosfática e calcário, passam pelo processamento químico e vão até a entrega do produto final: fertilizantes, calcário para correção do solo e componentes para nutrição animal.
	A segurança na Vale tem estado em primeiro lugar. Há um investimento muito grande na empresa para aprimorar as técnicas de prevenção de acidentes, compra de equipamentos, palestras, treinamentos, etc., para conscientizar os funcionários que a segurança está em primeiro lugar.
	Foram criadas e aperfeiçoadas muitas técnicas e métodos para a prevenção do acidente, uma das técnicas mais recentes é a realização de um programa chamado DDS – Diálogo Diária de Segurança Salva Vidas que abortando os temas de: trabalhos em eletricidade, entrada em espaço confinado, permissão de serviço seguro, análise de risco da atividade, escavações, bloqueio de equipamentos, trânsito de veículos no interior da unidade, trabalhos em locais elevados, trabalho a quente e abertura de linha. Cada um dos temas apresenta um texto sobre o assunto e exemplos da própria empresa.
	Segue alguns dos principais assuntos abordados no DDS segundo o Programa de Prevenção de Segurança da Vale Fertilizantes S.A.
• Falar das tarefas a serem executadas durante o dia;
• Alertar sobre os riscos de acidentes e quais as medidas preventivas;
• Utilização dos EPI’s e EPC’s;
• Saúde do trabalhador;
• Forma de prevenção de doenças;
• Acidentes ocorridos no local de trabalho;
• O que fazer em caso de acidentes;
• Repita quantas vezes for necessário, os procedimentos para evitar acidentes;
• Confira sempre se entenderam as instruções que foram transmitidas. 
	São muitos os assuntos a serem abordados. Além dos assuntos específicos, pode ser lida algumas informações básicas de segurança para que a cada dia a segurança esteja na mentalidade do funcionário. O principal objetivo do DDS é a conscientização do funcionário quanto a segurança e saúde para que haja uma prevenção e redução dos acidentes ao funcionário.
Limitações da Pesquisa
	A primeira dificuldade encontrada foi o pouco tempo para a coleta de dados e a verificação da aplicação do programa de DDS da VALE FERTILIZANTES S.A., pois um programa tão bem aplicado na empresa necessita de meses para o aprendizado profundo e para a verificação das possíveis falhas e limitações.
Técnicas de coleta dos dados
	O principal instrumento utilizado para a coleta de dados deste trabalho foi à ida a unidade da VALE FERTILIZANTES S.A. - Unidade de Cajati-SP - e fazer a verificação e o acompanhamento dos procedimentos do programa DDS – Diálogo Diária de Segurança Salva Vidas em toda a unidade, coletando dados estatísticos de quase acidentes dos funcionários e das empresas terceirizadas no período de janeiro a dezembro de 2017.
APLICAÇÃO DO PROGRAMA E RESULTADOS
	A VALE FERTILIZANTES S.A já utilizava a pratica de realização de Diálogos Diários de Segurança em suas unidades a muito tempo, porém, sem grandes resultados. Dessa forma a gerencia de Saúde e Segurança resolveu criar um programa mais estruturado com procedimentos para a realização dos Diálogos, temas específicos foram criados a partir da análise de risco de cada área e especificamente de cada equipe de trabalho. 
	Foi criada uma equipe multidisciplinar com seis funcionários das áreas administrativa (1), operacional (2), meio ambiente (1) e segurança (2). Esta equipe trabalhou com dedicação exclusiva para a formulação desse programa durante dois meses, com a responsabilidade de mapear as áreas de risco e demandas especificas de cada área. 
	Apesar da realização de DDS já ser uma pratica realizada na unidade, percebeu-se que muitos dos funcionários e até gestores não tinham a real compreensão dos benefícios desta ferramenta, sendo assim, a primeira medida antes de implantar o programa, foi realizar palestras, nas áreas para informar aos funcionários o que é esta ferramenta (DDS) e o porquê está sendo inserida no horário de trabalho, foi ressaltado seus benefícios e que é um procedimento simples e rápido, mas que traz grande eficiência em relação a prevenção de acidentes. 
	Foram elaborados temas específicos para cada área e turma, criado uma agenda de atividades e um cronograma para realização dos Diálogos. Cada funcionário recebeu um tema e ficou responsável pela elaboração da apresentação, com o apoio da equipe multidisciplinar, essa iniciativa tinha o objetivo de engajar o funcionário a aquele tema especifico e ao programa. Os gerentes e supervisores também realizavam os Diálogos com temas voltados a explicar como a empresa funcionava de forma global.
	O período de coleta de dados e analise foi de janeiro a dezembro de 2017, a aplicação do programa DDS – Diálogo Diária de Segurança Salva Vidas deve seu início em julho de 2017.
	Foram selecionadas duas áreas para realização da coleta de dados e análise dos resultados, a Oficina de Veículos Pesados e a Usina de Beneficiamento, duas das áreas com maior número de funcionários e com maiores índices de acidentes.
	A partir do gráfico 01 e 02 percebe-se um aumento no número de DDS realizados nas áreas a partir de julho,mês do início do programa.
Gráfico 01 – Nº de DDS realizados na Oficina de Veículos Pesados - Fonte: Dados produzidos pelo autor
Gráfico 01 – Nº de DDS realizados na Usina de Beneficiamento - Fonte: Dados produzidos pelo autor
	Exatamente no mês de julho em diante iniciou-se o monitoramento dos DDS realizados por líder de cada área, sendo os resultados apresentados mensalmente na reunião do time de gerentes e diretoria para análise, tomadas de decisões e estratégias. O líder que apresentasse o número de DDS realizado mensalmente inferior à meta estipulada, era convocado pelo Diretor da unidade para uma reunião de alinhamento no qual era exibido a importância do programa DDS – Diálogo Diária de Segurança Salva Vidas e a sua responsabilidade perante a multiplicação da ferramenta.
	No fechamento estatístico mensal, todos os líderes que tiveram colaboradores envolvidos em acidentes, tinham o seu relatório de performance de DDS analisados. Coincidentemente todos apresentavam baixa performance, o que denotava a falta de comprometimento com segurança do trabalho.
	A medida que o monitoramento foi evoluindo, os resultados de segurança começaram a ter evidências perceptíveis e o índice de acidentes caíram sensivelmente. O número de DDS realizados por mês aumentaram significativamente, o que vem impactando nos resultados de redução de acidentes obtidos. Nos meses de setembro, outubro e novembro, por exemplo, não foi registrado nenhum acidente na área da Oficina de Veículos Pesados, reflexo do empenho que vem sendo dedicado ao programa DDS – Diálogo Diária de Segurança Salva Vidas. No gráfico 03 é possível ver claramente a correlação do volume de DDS realizado por mês e a redução dos acidentes. 
Gráfico 03 – Nº de DSS realizados x Acidentes (Oficina de Veículos Pesados) - Fonte: Dados produzidos pelo autor
	A mesma queda no número de acidentes na área de Usina de Beneficiamento, também é reflexo do maior número de DDS realizados, nos meses de julho, agosto, novembro e dezembro não foi registrado nenhum acidente. No gráfico 04, também, vemos claramente a correlação entre o número de DDS realizados e a queda no número de acidentes.
Gráfico 04 – Nº de DSS realizados x Acidentes (Usina de Beneficiamento) - Fonte: Dados produzidos pelo autor
	Na busca de melhores resultados, implantou-se o caderno de DDS nas áreas, com temas definidos conforme as particularidades do setor, essa implementação surgiu após quatro meses de acompanhamento de performance do DDS por líder, o principal objetivo dessa prática é atingir resultados com mais qualidade.
	Com base no Diálogo Diário de Segurança, a empresa para despertar a consciência sobre a necessidade de prevenção de acidentes do trabalho, implantou reunião mensal com a liderança que tiveram colaboradores envolvidos em acidentes e os respectivos acidentados, que tem o objetivo de criar um fórum de discussão das possíveis falhas, apresentação de ideias, dúvidas, dificuldades relacionadas à segurança, apresentação dos dados estatísticos e o seu entendimento. Esses encontros têm o objetivo de proporcionar uma aproximação da liderança com a segurança, tornando um elo forte com a gerência na busca de apoio na operação segura.
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