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Psicologia e Manejo em paciente Odontopediátrico Manejo não farmacológico do comportamento do paciente odontopediátrico. As técnicas de manejo comportamental, farmacológica e não farmacológico Reduzir a ansiedade; Reduzir o medo; Reduzir a birra; Estabelecer uma atitude positiva; Realizar cuidados a saúde com segurança física e emocional. Manejo comportamental não farmacológico Baseado em técnicas de comunicação verbal: Falar-mostrar-fazer; Modelagem Distração Reforço positivo Controle do tom de voz Hipnose Negociação de acompanhante no atendimento clínico Estabilização protetora; TCLE assinado por responsáveis; Presença do acompanhante; Pacientes pouco colaborativos em que o uso das técnicas não farmacológicas podem ser insuficientes devem ter atendimento personalizado podendo incluir estabilização protetora, sedação e até anestesia geral. Necessidade individual do paciente Preferencia dos pais O comportamento pode ser influenciado por: Idade; Desenvolvimento cognitivo Status social Dor (dificulta a confiança) A abordagem comportamental Avaliar procedimentos que possam causar dor involuntária; Técnicas anestésicas corretas; Remoção da causa da dor; Sono; Cansaço; Situação em que a técnica comportamental será aplicada Procedimentos invasivos: o Mais estresse; o Mais desconforto; o Mais possivelmente a dor; o Mais ansiedade; Assim, a resposta da criança tende a ser menos colaborativa. Distração o Diversão; o Brinquedos; o Musica; o Historias; o Conversas aleatórias; Desviar a atenção da criança em procedimentos desagradáveis. Técnica mais pesquisada para melhorar o comportamento e diminuir a ansiedade e a percepção de dor em crianças e adolescentes. A música pode ser passiva ou ativa. A musica pode ser usada de acordo com a preferencia do paciente e sua faixa etária. Uma meta-análise mostrou que a musica é mais eficiente para reduzir a ansiedade e percepção de dor em pacientes de 8 meses a 18 anos de idade. Durante a aplicação de anestesia intrabucal infiltrativa, uma revisão sistemática com meta-analise concluiu que a abordagem de distração audiovisual foi a mais eficiente na redução da ansiedade em crianças de 3 a 14 anos. Como exemplo os televisores, jogos de computador/celular, óculos de vídeo 3D, filmes. Falar-Mostrar-Fazer: FALAR: consiste em explicar verbalmente os procedimentos odontológicos usando frases apropriadas para o estágio de desenvolvimento do paciente. MOSTRAR: etapa em que se demonstra os instrumentos e materiais que serão utilizados. Deve- se explorar os aspectos auditivos, visuais, olfatível e tátil do paciente. FAZER: realizar os procedimentos planejados que foram falados e mostrados ao paciente. Envolve: comunicação verbal, comunicação não verbal e reforço positivo. Importância da Técnica: familiarização com os instrumentos e materiais, com os ruídos dos aparelhos e evitar reações de ansiedade e medo. Todas as informações nesta técnica devem vir de uma única fonte visto que, a criança só presta atenção a uma pessoa de cada vez. O dentista deve saber Ver-ouvir-sentir: Ver: refere-se a respostas não verbais do paciente Ouvir: refere-se as respostas verbais Sentir: refere-se a percepção do que o paciente realmente necessita. Modelagem Pacientes receosos ou com medo é apresentado a uma ou mais crianças que tenham um comportamento mais tranquilo. A ideia da tenica é fazer com que o paciente receoso acompanhe procedimentos de outras crianças que serão futuramente realizados nele. Falar-mostrar-fazer + modelagem Comumente usadas juntas Um ensaio clínico randomizado mostrou que a técnica de modelagem feita com a mae da criança na cadeira foi eficaz na redução de frequência cardíaca da criança durante todo o tratamento. Usar a mae como modelo é melhor que o pai e mais eficaz do que a modelagem pelo metodo falar- mostrar-fazer aplicado diretamente na criança. O uso de bonecos e brinquedos é válido porem ainda não há estudos avaliando a efetividade. Recomendações: Primeira consulta ambientação do consultório; Uso conjunto da modelagem com metodo falar-mostrar-fazer; Comunicação indireta (paciente distante da cadeira) Comunicação efetiva visual da demonstração com o modelo; Reforço Positivo Técnica que procura gratificar o paciente por comportamentos positivos durante os procedimentos odontológicos. O ato de gratificação tem a intenção de estimular a criança a repetir comportamentos positivos. Social: o profissional demonstra alegria, faz elogios ao paciente. Não social: o profissional entrega ao final da consulta um premio ao paciente. Recomendações: Se o profissional usar reforço positivo não social todas as crianças de 0 a 3 anos devem receber premio independente do comportamento Ainda não há evidencias que comprovem a efetividade desta técnica ou efeitos adversos. Exposição e imagens odontológicas positivas: fotografias e imagem positivas de odontologia e tratamento odontológico na sala de espera antes da consulta. Dois estudos, um eficaz na redução de ansiedade pré-tratamento, outro não, porem ainda há um consenso de uso da técnica. Negociação da presença de acompanhante na sala de atendimento A presença ou ausência dos pais pode ser usada para obter cooperação do paciente. Muitos pais apresentam insegurança nesta técnica. O dentista deve considerar os desejos e preferencias dos pais e estar preparado para mudanças de condutas. Recomenda-se que a presença do acompanhante deve ser empregada racionalmente e com bom critério clínico, somente diante de birra e manhã de pacientes com mais de 3-4 anos, considerando o bem-estar emocional da criança. Se o responsável concordar em se retirar do lado paciente; O responsável deve se colocar por trás da cadeira odontológica; Acompanhando o procedimento do profissional; Não deve ser aplicada em crianças com menos de 3 anos de idade pois os pais oferecem suporte emocional; Ainda não há evidencias sobre a efetividade da técnica ou efeitos adversos dela. Controle de voz É o aumento controlado do volume e tom de voz para influenciar e direcionar o comportamento do paciente com manhã ou birra. Busca chamar a atenção do paciente e tentar conduzi-lo para um estado de tranquilidade conforto. Busca chamar a atenção do paciente e tentar conduzi-lo para um estado de tranquilidade conforto. O controle de voz nunca deve caracterizar gritos. Seu uso deve ser consciente; Informar e explicar a técnica previamente aos pais para não ter mal-entendidos Não deve ser aplicada em pacientes com menos de 3 anos de idade Ainda não há evidencias sobre a efetividade da técnica ou efeitos adversos dela Estabilização Protetora Usada para restringir a liberdade de movimentos físicos do paciente para minimizar riscos de lesões durante os procedimentos Busca a realização dos procedimentos com segurança e proteção ao paciente, dentista e equipe. Na visão de psicólogos e psiquiatras a técnica e válida por impedir traumas físicos A principal recomendação é para bebes ate 3 anos de idade em que a comunicação verbal não é eficiente na redução do comportamento aversivo e no controle dos movimentos da criança Não deve ser usada como meio de disciplina ou punição Não deve causar dor Muita usada no tratamento de pacientes especiais Sendo assim indicada para todas as idades de acordo com a necessidade individual da criança e do núcleo familiar Deve ser empregada em posição confortável e junto com métodos de distraçãopara a criança Ativa: Realiza pelo responsável Passiva: realizada por meio de dispositivos como o pedi-wrap Empregar a técnica com cuidado para evitar compressão dos membros A primeira recomendação da técnica protetora em bebes é estabilização ativa Posição de mãos dadas Sela de montar Corpo a corpo A primeira recomendação da técnica protetora em bebes é estabilização ativa Posição de joelho-joelho é indicada para exames clínicos e quando se usa instrumental perfurocortantes A tenica passiva é indicada quando o responsável não consegue realizar a estabilização ativa pois não consegue conter a criança ou o risco de lesões nos bebes ela força exercida Não há evidencias da efetividade da técnica e nem que o emprego dela possa trazer riscos psicológicos para crianças de 0 a 3 anos ou para os responsáveis Hipnose Revisão Sistemática como três ensaios clínicos randomizados sugere que a hipnose tem efeitos benéficos na abordagem comportamental da criança. As tecnias de manejo comportamental não farmacológica devem ser empregadas seguindo alguns critérios: Individualidade de cada paciente Nucleo familiar Necessidade de realizar o procedimento odontológico Preferencia dos responsáveis Atributos do bom atendimento odontopediátrico Comunicação não verbal por meio do contato visual agradável Toque suave Postura carinhosa Expresso facial e linguagem corporal adequeada Atenção para avaliação do desenvolvimento cognitivo do paciente Determinar o nível e quantidade de interação por meio de informações verbais que podem ocorrer durante as técnicas não farmacológicas Tecnica mão sobre a boca e mão sobre a boca e nariz Considerada técnica de manejo para atendimento odontológico por muito tempo. Atualmente não é mais recomendada pela academia americana de odontopediatra. Socialmente inaceitável. Não há ciência por trás da técnica. Também não é recomendada a sua realização em hipótese alguma, segundo academia brasileira de odontopediatria. Estresse tóxico O atendimento odontopediátrico na sua pratica clinica deve prevenir o estresse toxico Um o mais atendimentos com episódios de estresse forte e de longa duração. Liberação do cortisol diante de experiências negativas que excedem a capacidade da criança em suportar um desafio Liberação do cortisol no estresse toxico causa: danos no crescimento; danos no desenvolvimento; danos a saúde da criança a curto e longo prazo; É importante: capacitação profissional quanto ao manejo, controle da dor, controle do choro e ao tempo da criança na cadeira odontológica; Protocolo de humanização da abordagem de comportamento não farmacológica em odontopediatria na prevenção do estresse toxico infantil Educação em saúde bucal, principalmente na prevenção de carie; Emponderamento do núcleo familiar em a relação a saúde bucal da criança Presença dos responsáveis na sala de atendimento para crianças de ate 3- 4 anos e nas demais idades sempre que o cuidador desejar. Negociação da presença do responsável para criança de 3-4anos com diagnóstico de birra/manha. Posicionar o responsável fora do campo de visão da criança Uso constante de técnicas de comportamento: falar-mostrar- fazer, distração, reforço positivo, modelagem, comunicação não verbal Controle de voz recomenda-se evita- lo ou fazer uso restrito e consciente mediante ao (TCLE). Atenção ao tempo de consulta. Evitar choro toxico por mais de 20-30 minutos. Se o choro durar mais que esse tempo indicar que o procedimento esta acima da capacidade da criança e reagendar uma segunda sessão. Caso a criança adormeça neste tempo ou mantenha o choro baixo e controlado o procedimento pode ser finalizado na mesma sessão. Priorizar a eliminação da dor e focos infecciosos; Otimizar o tempo de atendimento Mesa e instrumental clinico organizados antes da criança estar na sala de atendimento Estabilização protetora (0 a 3 anos) – preferencia para a mae sentada na cadeira odontológica segurando a mao e o bebe Otimização de tempo clinico para bebes Manejo farmacológico do comportamento do paciente odontopediátrico A maioria das crianças consegue compreender e aceitar diferentes estímulos aversivos ao tratamento odontológico. Barulho do motor; agulha; sangue; boca aberta; 9% tem ansiedade/medo frente ao tratamento odontológico devido ao seu desenvolvimento cognitivo, experiências passadas e temperamento. Para crianças difíceis as duas opções: tratamento planejado – é eletivo, pode ser adiado até que a crianças consiga colaborar. Tratamento imediato – criança tem dor. É preciso que o dentista e os responsáveis tomem decisões para melhorar a qualidade de vida da criança. Nos EUA a prioridade de técnica para crianças que não cooperam no atendimento odontológico: sedação oral; anestesia geral; estabilização protetora ativa; estabilização protetora passiva. Decisão dos pais depende: tipo de serviço de saúde; urgência; conveniência; experiência anterior; custo. A oferta de atendimentos odontológicos devem ser baseadas em critérios que afetam a saúde psicológica da criança: Estresse tóxico Avaliação do risco comportamental Conhecimentos da dor Possibilidade de adiar o tratamento Presença dos pais Ética no uso da estabilização protetora Técnica Farmacológica Usada quando as técnicas psicológica não são suficientes para proteger a saúde mental da criança com objetivos tais como aliviar a dor, ansiedade, colaborar na mudança de comportamento e promover conforto para crianças e a família. Sedação inalatório com mistura óxido nitroso e oxigênio (sedação consciente) Sedação por medicamentos com diferentes vias de administração (oral ou intranasal) Anestesia geral Sedação Inalatória e Medicamentosa Pretende-se alteração da consciência Induzida por gases ou medicamentos Visa melhorar a tolerância para receber procedimentos odontológicos desconfortáveis e dolorosos Anestesia Geral Os anestésicos promovem ausência de resposta proposital a qualquer estímulos, perda de reflexos protetores das vias aéreas, depressão da respiração espontâneo e alteração dos reflexos circulatórios Indicação das técnicas farmacológicas Caracteristicas individuais das crianças Necessidade odontológicas E recomendações especificas Analgesia relativa, sedação consciente, óxido nitroso. Crianças difíceis, medrosas e ansiosas; Com reflexo de vomito exacerbado; Anestesia local pode não ser efetiva; Requisito: criança deve aceitar a mascara nasal durante todo o procedimento Anestesia Geral Crianças não colaboradoras; Problemas físicos ou mental Anestesia local não é efetiva Precisam de procedimentos cirúrgicos complexos Precisam de tratamento odontológico imediato Precisam de reabilitação extensa No reino unido a sedação inalatória pode ser inserida na atenção primaria a saúde para crianças de ate 26 anos que não toleram o tratamento com anestesia local. A sedação medicamentosa é recomendada para crianças acima de 12 anos de idade; Para aquelas em que o tratamento com anestesia local, sedação inalatória e sedação com midazolam não for bem-sucedido Crianças abaixo de 12 anos: anestesia local e sedação inalatória não é possível, é indicado técnicas sedativas avançadas ou anestesia geral em ambiente hospitalar e equipe multiprofissional preparada com a habilidade semelhante ao anestesiologista. Sedação não alcança 100% de sucesso pois tem influencia. Efeito do medicamento; núcleo familiar; educação; temperamento; nívelde medo da criança. Na anestesia geral propicia atendimento completo em uma única sessão. Esquema entre níveis de sedação até a anestesia geral:
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