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Manual Basico de Bombeiro Militar_2017 - Volume 2

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ODIRETORIA GERAL DE ENSINO E INSTRUÇÃO
Manual Básico de 
Bombeiro Militar
Vol. 02
TECNOLOGIA E MANEABILIDADE EM SALVAMENTOS
Revisto e Atualizado
Rio de Janeiro - 2017
Manual Básico de 
Bombeiro Militar
Volume 02
1º Edição Revista e Atualizada
Rio de Janeiro - 2017
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Diretoria Geral de Ensino e Instrução
158 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
159Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
Manual Básico de 
Bombeiro Militar
Volume 02
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Diretoria Geral de Ensino e Instrução
160 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
161Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
Governador do Estado do Rio de Janeiro 
 Luiz Fernando Pezão 
Secretário de Estado da Defesa Civil e Comandante-geral do CBMERJ
Cel BM Ronaldo Jorge Brito de Alcântara
Subsecretário de Estado da Defesa Civil
Cel BM José Eduardo Saraiva Amorim
Chefe do Estado-Maior Geral e Subcomandante do CBMERJ
Cel BM Roberto Robadey Costa Junior
Subchefe do Estado-Maior Geral Administrativo
Cel BM Flávio Luiz Castro Jesus
Subchefe do Estado-Maior Geral Operacional
Cel BM William Vieira Carvalho
Diretor-Geral de Ensino e Instrução
Cel BM Otto Luiz Ramos da Luz
162 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
Comissão de Elaboração e Revisão do Manual
Coordenador
Maj BM Euler Lucena Tavares Lima
Equipe revisora
Ten-Cel BM Eliane Cristine Bezerra De Lima
Maj BM Euler Lucena Tavares Lima
Maj BM Jeferson Corato Junior
 Maj BM Filipe Correia Lima
Cap BM Leonardo Luiz Dos Reis
Cap Thiago Muniz Bucker 
Cap BM Glauco Rocha Machado
Cap BM Márcio da Costa Brito
Cap BM Raphael de Almeida Mariano
Cap BM Rodrigo Pacheco de Melo Alcantelado
Cap BM Ruan Gasiglia do Amaral
Cap BM Gabriel Ferreira dos Santos
Cap BM Felipe Bonfim Junqueira
Cap BM Bruno Polycarpo Palmerim Dias
Cap BM Anndrio Luiz do Couto
Cap BM Igor Campos Bacelar
Cap BM Raphael Luiz Ferreira Palmieri
Cap BM Natan Lima Paracampos Barroso
Cap BM Rodolfo Augusto França Campos
1º Ten BM Luiz Felipe Motta Filgueira Gomes
2º Ten BM Allan Yelsin Ramos de Sousa
3º Sgt BM Priscilla Santos Vitório Tavares Lima
Cb BM Rafael Silveira De Oliveira
Equipe de apoio
Subten BM Renilton Dias dos Santos
1º Sgt BM Rodrigo da Silveira Marins
2º Sgt BM Alexandre Barbosa de Oliveira
2º Sgt BM Ricardo Patrocínio de Oliveira 
Fotografia de capa do manual
Subten BM/RR Marcelo Ciro Xavier
164 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
Sumário
9. TÉCNICA E MANEABILIDADE DE SALVAMENTO ..167
9.1. Conceito de Salvamento ...................................................167
9.2. Ferramentas, Equipamentos e Acessórios .................167
9.2.1. Desencarcerador Hidráulico .................................167
9.2.1.1. Componentes do Desencarcerador .... 168
9.2.1.2. Operação prática do conjunto 
de salvamento ....................................................... 169
9.2.2. Desencarcerador SC 350 
e (Lukas elétrico) ................................................................172
9.2.3. Macaco Hidráulico ..................................................173
9.2.4. Almofadas Pneumáticas ......................................173
9.2.5. Tirfor ...........................................................................174
9.2.6. Linga ...........................................................................178
9.2.7. Gerador à gasolina .................................................178
9.2.8. Motosserra ...............................................................178
9.2.9. Moto-cortador ........................................................ 180
9.2.10. Rádio Transceptor Portátil ................................ 180
9.2.11. Oxi-explosímetro .................................................... 181
9.2.12. Tripé ........................................................................... 181
9.2.13. Cabo ou corda ......................................................... 181
9.2.14. Cabo solteiro ..........................................................182
9.2.15. Mosquetão ..............................................................182
9.2.16. Aparelho oito ......................................................... 183
9.2.17. Polias ........................................................................ 183
9.2.18. Ascensor de Punho ............................................... 183
9.2.19. Fitas tubulares ...................................................... 183
9.2.20. Baudrier .................................................................. 184
9.2.21. Cinto Paraquedista ou Baudrier Integral ...... 184
9.2.22. Cinto Cadeira ........................................................ 184
9.2.23. Escada prolongável ............................................ 185
9.2.24. Tesourão ................................................................. 185
9.2.25. Vara de Manobra com Croque na Ponta ....... 186
9.2.26. Alavanca ................................................................ 186
9.2.27. Halligan .................................................................. 186
9.2.28. Machado................................................................. 186
9.2.29. Malho .......................................................................187
9.2.30. Pá ..............................................................................187
9.2.31. Lanternas ................................................................187
9.2.32. Cones de sinalização .......................................... 188
9.3. Equipamentos de Proteção 
Individual ..................................................................................... 188
9.3.1. Capacetes de proteção ......................................... 188
9.3.2. Luvas de proteção ................................................. 188
9.3.3. Óculos de proteção ............................................... 189
9.3.4. Botas de borracha ................................................. 189
9.3.5. Jardineira ................................................................. 190
9.3.6. Capa de aproximação ........................................... 190
9.3.7. Cotoveleiras e joelheiras ..................................... 190
9.3.8. Máscara contra pó ................................................. 191
9.3.9. Protetor auricular ................................................... 191
9.3.10. Equipamento de Proteção 
Respiratória Autônomo .................................................... 191
9.3.11. Luva de procedimento ..........................................192
9.4. Técnicas de Salvamento ..................................................192
9.4.1. Desencarceramento ...............................................192
9.4.2. Corte de árvore ....................................................... 198
9.4.3. Operações com elevadores ................................202
9.4.4. Entradas forçadas 
e arrombamentos ..............................................................208
9.4.5. Salvamento em Alturas ........................................214
9.4.5.1. Cordas.........................................................214
9.4.5.2. Nós e Voltas..............................................217
9.4.5.3. Métodos de enrolar a corda .............. 266
9.4.5.4. Métodos de ancoragem ..................... 284
165Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.4.5.5. Técnicas de salvamento 
em alturas ...............................................................286
9.4.6. Salvamento aquático ...........................................295
9.4.6.1. Equipamentos para salvamento aquáti-
co ..............................................................................296
9.4.6.2. Segurança nas operações .................. 303
9.4.6.3. Comunicação nas operações ............ 304
9.4.6.4. Dinâmica do rio ..................................... 304
9.4.6.5. Características da correnteza .......... 305
9.4.6.6. Leitura das corredeiras ...................... 306
9.4.6.7. Ângulo de travessia ............................. 306
9.4.6.8. Natação defensiva .................................312
9.4.6.9. Posição de nado agressivo 
ou ofensivo...............................................................312
9.4.6.10. Salvamento com Nadador de Alta 
Velocidade ou Isca Viva........................................312
9.5. Operações com produtos perigosos ........................... 313
9.5.1. Conceito de produto perigoso ............................. 314
9.5.2. Acidente tecnológico ............................................ 314
9.5.2.1. Acidentes com produtos perigosos no 
mundo ....................................................................... 314
9.5.2.2. Acidentes com produtos perigosos no 
Brasil ........................................................................ 315
9.5.3. A identificação do produto perigoso ............... 315
9.5.3.1. Meios para a identificação do produto 
perigoso ................................................................... 316
9.5.3.2. Sistema de classificação da ONU ..... 319
9.5.4. Ações de primeira resposta às emergências 320
166 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
Capítulo 9
167Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9. TÉCNICA E MANEABILIDADE 
DE SALVAMENTO
9.1. Conceito de Salvamento
Operações de salvamento consistem basicamente 
em: remoção de pessoas, animais, bens ou ainda na re-
cuperação de corpos dos mais variados sinistros, com a 
finalidade de preservar sua integridade física e psíquica, 
o que torna o serviço altamente especializado, o qual exi-
gindo dos socorristas preparo físico, técnico e psicológi-
co em função dos diferentes tipos de atividades e mate-
riais nelas empregados. 
Em virtude das circunstâncias em que é efetuado o 
salvamento, encontramos grande esforço exercido pela 
guarnição em: 
• Empregar corretamente as técnicas desenvol-
vidas;
• Empregar adequadamente os materiais;
• Atingir o objetivo da operação desenvolvida;
• Localizar e alcançar as vítimas;
• Assegurar-lhes a vida. 
Os serviços de salvamento e atendimento pré-hospi-
talar são praticamente interligados por natureza da pro-
fissão, nos quais os executantes de ambas as atividades 
são denominados de “socorristas”. Pode-se dizer que os 
serviços de salvamento consistem na remoção cuidado-
sa de pessoas, animais e/ou objetos dos mais variados 
sinistros e do atendimento pré-hospitalar imediato, an-
tes que os cuidados médicos sejam prestados.
9.2. Ferramentas, Equipamentos e 
Acessórios
i. Ferramenta: Objeto manual que serve para 
realizar uma tarefa, com a energia que pro-
vém diretamente do operador. Exemplos: 
Guilhotina, barra, martelo e pá.
ii. Equipamento: Máquina ou aparelho de 
certa complexidade que serve para rea-
lizar uma tarefa e cujo princípio de ação 
consiste na transformação da energia para 
aumentar a capacidade de trabalho. Exem-
plos: motosserra, martelo de impacto e 
moto cortador.
iii. Acessório: Objeto que individualmente e 
em conjunto com outros, podem conformar 
um equipamento ou ferramenta, permitindo 
ampliar ou melhorar as capacidades opera-
tivas ou realizar uma tarefa. Exemplo: Balde, 
correntes para a motosserra, extensão elé-
trica e vasilha de combustível.
9.2.1. Desencarcerador Hidráulico
Ao longo da década de 70, surgiram no mundo vários 
fabricantes de cunhas expansoras para desencarcera-
mento. Inicialmente, foram as empresas Jaws e Hurst, 
norte-americanas, mais tarde, surgiram a Holmatro (ho-
landesa), Weber Hidraulik e Lukas (alemãs). O principal 
objetivo da concorrência desses fabricantes é o de pro-
Desencarcerador hidráulico
168 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
duzir um equipamento com maior capacidade de abertu-
ra, maior rapidez de funcionamento com pesos cada vez 
menores. Nesse manual, será tomado como referência 
o conjunto de salvamento Lukas por ser de uso mais co-
mum no CBMERJ.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Motorização
Motor 4 T – gasolina aditiva-
da 1,1 litros – potência do mo-
tor 4HP – peso 37kg
Lubrificação
Óleo do motor SAE 10W30 – 
0,6 litros
Sistema 
hidráulico
Óleo hidráulico – Shell tellus 
C10/Petrobras HR 10EP/Mo-
bil DTE 21,4 litros
Ferramenta 
combinada
KS35C – força de corte 
300KN / força de expansão 
80KN / força de tração 40KN 
– distância de abertura 36 cm 
– peso 15,5Kg
Jogo de 
correntes
KSS9 – comprimento 2 me-
tros / força de ruptura 120KN 
/ força de trabalho 40KN
Cilindro 
expansor
LTR3.5/820 – extensão máxi-
ma 1,26 metros / mínima 44,5 
cm / peso 20,8kg / força 1º 
embolo 24,4KN / 2º embolo 
12,2KN / 3º embolo 3,5KN
É composto por uma bomba hidráulica, que acionada 
por um motor 4 tempos à gasolina, pressuriza um sis-
tema formado por mangueiras com sistemas de engate 
rápido e várias ferramentas hidráulicas, estas servirão 
no desencarceramento das vítimas, executando afasta-
mentos, cortes e tracionamentos.
O conjunto de salvamento pode ser utilizado em aci-
dentes envolvendo veículos, desabamentos, arromba-
mentos, ou até mesmo em trabalhos submersos, dentro 
do limite de 40m de profundidade.
Todos os motores deverão trabalhar com in-
clinação máxima de 15° e os desencarceradores 
possuem conjunto de correntes com engates, 
com capacidade para 80KN e comprimento de 
aproximadamente 2m.
9.2.1.1. Componentes do 
Desencarcerador
i. Bomba hidráulica
1. Bocal de abastecimento 
da gasolina
2. Tela de proteção
3. Manopla de acionamento
4. Bocal de abastecimento 
do óleo do motor
5. Silencioso com escudo 
protetor
6. Comando de partida, ace-
leração e parada
7. Filtro de ar
8. Carburador
9. Cabeçote
10. Vela
11. Identificação do motor
12. Bocal de abastecimento 
do fluído hidráulico
13. Visor de nível do fluído 
hidráulico
14. Bujão do dreno
15. Identificação do modelo 
da bomba
16. Reservatório do fluído 
hidráulico
17. alavanca de pressurização
18. Bloco da válvula
Fig. Partes da bomba hidráulica do desencarcerador
169Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
ii.Cortadores – A série de cortadores pos-
sui lâminas, em formato de meia-lua, que 
deslizam uma sobre a outra, proporcio-
nando o corte. Estas podem ser trocadas 
por outras de diferentes desenhos para 
os mais diversos tipos de cortes e de 
materiais (Ex. Seccionamento de portas 
e colunas de veículos onde haja vítimas 
presas), realizando o trabalho com rapi-
dez e segurança.
iii.Expansores – São ferramentas equipadas 
com braços que têm, em suas extremida-
des, ponteiras substituíveis e podem ser 
utilizados para abertura ou separação 
de chapas (Ex. Retirando a porta de um 
veículo acidentado), ou ainda, no tracio-
namento de partes (Ex. elevando-se a 
coluna de direção para liberar vítima do 
volante do veículo), com o concurso do 
jogo de correntes.
iv.Ferramenta combinada – Como o próprio 
nome diz, combina as funções das outras 
ferramentas, sendo equipada com braços 
multifuncionais, que permitem a realiza-
ção de cortes, afastamento e traciona-
mento, este último com auxílio de jogo de 
correntes. 
v.Cilindro expansor ou cilindro de resgate 
– Aplicável em qualquer tipo de resgate 
e salvamento onde se requeira elevação 
de carga. É particularmente útil nos de-
sabamentos, no serviço de levantamento 
de lajes e vigas, devido a grande potência 
desenvolvida (12 ton) ou quando os traba-
lhos de afastamento necessitem de gran-
des extensões, não alcançadas pelos ex-
pansores. Sendo assim, comprimentos de 
75cm, 1,30m e 1,70m podem ser atingidos.
9.2.1.2. Operação prática do 
conjunto de salvamento
A operação só pode ser iniciada depois que os opera-
dores estiveremequipados com o EPI adequado. De uma 
forma genérica, a operação das diversas pinças é a mes-
ma, a diferença está na escolha da pinça adequada para 
o serviço.
i)Sequência:
1º)Conferir nível de combustível e óleo do motor (este 
deve ser verificado/completado com o equipamento 
na posição de uso, não sendo necessária a inclinação 
do equipamento para esta ação; 
Pinça LSP 40 e LSP 44B Pinça hidráulica 
LS-300 e LS-200
Fig. Componentes da pinça e diferentes modelos
1. Braços antideslizantes de 
aço
2. Eixo central de fixação
3. Manga de proteção
4. Disco anatômico para aber-
tura e fechamento
5. Punho
6. Plugue de engate rápido
7. Mangueiras
170 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
3º)A alavanca de pressurização do fluido deve estar na 
posição que mantenha o sistema despressurizado 
(posição horizontal). Ela controla uma válvula que é 
responsável pela liberação do fluido em direção à fer-
ramenta.
2º)Conferir nível do fluido hidráulico (a marca do óleo não 
deve ficar abaixo da metade do visor de nível do mes-
mo);
4º)Conecte as mangueiras através dos plugues tipo “en-
gate rápido” (evite que as capas dos engates fiquem 
expostas, conectando uma na outra) e abra a válvula 
de combustível girando-a cerca de ¼ de volta em sen-
tido anti-horário.
171Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
5º)Coloque a chave de ON/OFF na posição ON e posicio-
ne o comando do acelerador na posição “START” (afo-
gado), quando o motor estiver aquecido posicione na 
posição “FAST”.
6º)Segure a manopla de acionamento e puxe suavemen-
te até sentir resistência, a fim de retirar a folga. Em 
seguida, puxe rapidamente o cordão, dando partida 
no motor, deixando a manopla retornar a sua posição 
inicial de forma gradual.
7º)Quando a máquina funcionar, mova o comando do ace-
lerador à posição desejada de rotação do motor, na 
faixa entre “SLOW” e “FAST”.
8º)Coloque a alavanca de pressurização do fluido na po-
sição vertical, a fim de pressurizar o sistema.
9º)Segure a pinça hidráulica pela alça e pelo punho, atu-
ando com o dedo polegar no disco anatômico pro-
porcionando o movimento desejado, respeitando as 
172 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
indicações de abertura e fechamento encontradas no 
corpo da pinça hidráulica.
• Durante o corte os braços da pinça deverão permane-
cer perpendiculares à superfície na qual se pretende 
cortar, caso contrário haverá o perigo de danificar a 
pinça e de não se conseguir efetuar o corte, deve-se 
manter o objeto a ser cortado o mais próximo possível 
do centro das lâminas para o melhor aproveitamento 
da capacidade de corte da pinça, deve-se realizar cor-
tes contínuos, evitando dar pequenos “trancos”, acio-
nando e voltando o disco, para não causar danos às 
válvulas internas do aparelho e sobrecarregar, desne-
cessariamente, o motor.
• Durante o uso o aparelho deve permanecer nivelado, 
para evitar problemas como nível de fluido hidráulico.
• Deve-se evitar o corte de metais muito duros, e so-
mente em último caso este deverá ser realizado, 
pois tais metais tem a característica de quebrarem 
quando tensionados. Desta forma, dois problemas 
poderão ocorrer: ferimentos na vítima ou no opera-
dor ocasionados por fragmentos projetados e danos 
nos braços da ferramenta em função do choque pro-
duzido.
• Ao final da operação, deve-se deixar as pontas dos 
braços da pinça afastadas uma da outra, cerca de 1 ou 
1,5cm, evitando-se pressões desnecessárias entre as 
partes.
9.2.2. Desencarcerador SC 350 
e (Lukas elétrico)
Desencarcerador a bateria da empresa Lukas, seme-
lhante ao que funciona com motor externo, tem força de 
corte de 360KN, força de expansão de 350KN, autonomia 
de 30min (trabalhando em condições severas) e demora 
cerca de 75min para carregar totalmente sua bateria.
10ºAo final da operação, coloque a alavanca de pressuri-
zação na posição de forma a despressurizar o siste-
ma.
11º)Desligue o motor passando o comando do acelerador 
para “STOP”.
12º)Feche a válvula de combustível, girando-a em sentido 
horário.
13º)Desconecte as mangueiras e coloque as capas apro-
priadas.
ii)Considerações gerais:
• Antes da operação, devem ser verificados os níveis 
de combustível, óleo do motor e fluido hidráulico. Fig. – Lukas SC 350 E
173Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.2.3. Macaco Hidráulico
Aparelho destinado ao levantamento de cargas atra-
vés do deslocamento de um êmbolo que sobe impulsio-
nado pela pressão do óleo hidráulico, que é bombeado 
com o vai e vem do pistão. Para a descida do embolo usa-
se a válvula de retorno que é aberta com sua torção no 
sentido anti-horário.
pelo regulador de pressão, reduzindo a pressão de 
3.000 para 125Psi, que é a pressão de trabalho. Depois 
o ar segue para a almofada, que é inflada sob controle 
do bombeiro.
Este equipamento possui a válvula de controle e vál-
vula de segurança (VCVS) que é formada por um sistema 
duplo de segurança e controle de ar e é usada para inflar 
ou esvaziar as almofadas, capaz de controlar a operação 
de duas almofadas individualmente, as duas válvulas de 
alívio da pressão são fabricadas com regulagem de 87Psi 
ou 118Psi dependendo da aplicação, para prevenir um en-
chimento acima do possível.
O sistema vem acompanhado por três mangueiras: 
duas mangueiras (uma vermelha e outra amarela) são co-
nectadas entre a VCVS. Todas as almofadas, mangueiras 
e reguladores são equipados com conexões de engate 
rápido fabricados em tamanho especial para evitar cone-
xões erradas.
São muitos os tamanhos e formatos de almofadas 
de ar MAXIFORCE, cada uma é indicada para uma de-
terminada carga ou situação, contudo todas possuem 
um X no centro indicando o local correto de posiciona-
mento da almofada no centro da carga. O que garantirá 
o maior deslocamento e uma melhor estabilidade.
Fig. – Macaco hidráulico
9.2.4. Almofadas Pneumáticas
O sistema Maxiforce de Almofadas Pneumáticas é 
caracterizado pela força, leveza e praticidade, o que 
lhe garante grande versatilidade e aplicabilidade nas 
operações de levantamento de cargas ou afastamento, 
sendo indicado para salvamento em eventos de colisão 
de veículos, desabamentos e outras situações de socor-
ro.
O sistema opera com os cilindros usados nas más-
caras autônomas, somado as almofadas e os regulado-
res de pressão. O sistema funciona com a utilização do 
ar comprimido nos cilindros a alta pressão que passa 
Bico de 
Entrada de ar
Etiqueta com 
Dados técnicos
Fig. – Almofada pneumática
174 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
i)Operação:
Antes de iniciar a operação é importante que todos 
os bombeiros que estiverem operando o equipamen-
to estejam usando os EPIs adequados como capace-
te, óculos de proteção, luvas, botas, etc. Deve-se ava-
liar cuidadosamente o que será feito, determinando o 
peso e o tamanho a ser movimentado, sempre garan-
tindo o máximo contato entre a almofada e a carga.
ii)Sequência:
1º)Fixe o cilindro em um ponto fixo, poste, muro ou 
carro e inspecione as válvulas do cilindro e o re-
gulador para verificar a presença de defeitos na 
rosca, sujeira, poeira, óleo ou graxa;
2º)Enrosque o regulador de pressão ao cilindro e 
aperte firmemente;
3º)Antes de abrir a válvula do cilindro, deve-se 
girar a alça em “T” do manômetro até a mola 
de ajustagem estar solta, posicione-se do 
lado oposto ao regulador e abra lentamente 
a válvula do cilindro, matendo-se entre o ci-
lindro e o regulador. Depois calibre o manô-
metro de baixa pressão para 125Psi girando 
a alavanca em “T”, o botão de ajustagem para 
a direita.
4º)Conecte a mangueira do regulador (preta) na 
VCVS, e em seguida abra completamente a vál-
vula de saída de ar, girando o botão para contro-
le de saída de ar para a direita, o que levará o ar 
até a válvula de controle, conecte a almofada e 
coloque-a sob a carga, e antes de inflá-la verifi-
que seas válvulas de segurança (alívio) estão na 
posição “FECHADO”.
5º)Proceda à abertura da válvula de controle 
lentamente, e dessa forma vá controlando 
o levantamento da carga, sempre mantendo 
atenção à pressão a que ela está submetida, 
através do manômetro correspondente da 
VCVS, e quando o manômetro estiver acu-
sando pressão na área vermelha a válvula de 
segurança deverá abrir e o ar escapará por ela 
em grande velocidade.
iii)Observações:
• Não permita que a almofada receba pressão 
acima da necessária para erguer ou escorar 
a carga em que se está operando. Assim que 
o objetivo estiver erguido na altura desejada, 
calce-o ou escore-o, e durante o calçamento 
o operador deve interromper o enchimento, 
lembre-se que as almofadas não precisam de 
uma superfície regular para apoiar-se, mas é 
necessário calçamento e escoramento. Nun-
ca trabalhe sob a carga apoiada penas pela 
almofada.
• As almofadas não podem ser usadas sob obje-
tos cortantes ou em uma superfície com tempe-
ratura superior a 105ºC, contudo se isto for ab-
solutamente necessário, coloque uma proteção 
flexível (lonas industriais, borracha, couro, pro-
teções de mangueira) entre a superfície quente 
ou cortante e a almofada.
• Duas almofadas podem ser usadas simultanea-
mente, tanto para levantar grandes pesos com 
dois pontos de apoio, ou empilhadas, para ga-
rantir um maior deslocamento, sendo que nes-
te caso, a maior ficará embaixo e esta deve ser 
inflada primeiro.
• Para esvaziar a almofada, feche ambas as vál-
vulas de controle e lentamente gire o botão da 
válvula de segurança para a direita.
9.2.5. Tirfor
Durante várias décadas o uso do Tirfor constituiu-se 
como o elemento chave das operações de desencarce-
ramento. Ancorado em postes, árvores ou mesmo na 
viatura de salvamento, por intermédio da tração de um 
cabo de aço que passava pelo seu interior e era traciona-
do pela ação conjugada de dois mordentes em trabalho 
alternado. 
Produzido pela filial brasileira da empresa alemã CI-
DAM, o nome Tirfor se tornou de uso corrente e de termi-
nologia técnica ao invés de “Sistema de Tracionamento 
de Cabos de Aço”, nome este que adotamos nesta publi-
cação para uma maior facilidade de emprego de nomen-
clatura. Abaixo será descrita as características técnicas 
175Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
do equipamento Tirfor numa transcrição de seu manual 
de operação.
É um aparelho manual de tração e içamento de cargas, 
que trabalhando com cabo de aço, desenvolve uma força 
nominal que vai de 750 Kg até 4000 Kg, conforme o seu 
tipo.
a liberação da carga, acionado pela alavanca 
telescópica que nela se encaixa, quando nesta 
operação;
4. Punho de debreagem – Destina-se ao movimento 
de debreagem, acionando ou liberando os pares 
de mordentes, para passagem livre do cabo;
5. Trava de debreagem – aciona-se para travar o pu-
nho de debreagem em sua posição;
6. Gancho/bloco de ancoragem – Para ancoragem 
da linga ou cabo de aço amarrado ao peso a ser 
deslocado;
7. Alavanca telescópica;
8. Cabo de aço.
i)Funcionamento:
Consiste no princípio de acionamento do cabo de 
sustentação, em vez de enrolar-se em um tambor, como 
nos aparelhos clássicos de içamento, é puxado em linha 
reta por dois pares de mordentes de ajuste automático e 
forma apropriada. Fechados em um cárter, os dois pares 
de mordentes, movendo-se alternadamente, agarram o 
cabo como duas mãos. O esforço é transferido para os 
mordentes por meio de duas alavancas - uma de avanço 
e outra de marcha-a-ré - as quais funcionam através de 
um sistema de chaves, que comandam o travamento dos 
mordentes no cabo. Os dois blocos de mordentes são le-
vados ao fechamento pela própria tração do cabo, assim: 
“quanto mais pesada a carga, mais sólido será o aperto”. 
Para facilitar a operação do aparelho Tirfor, é possível 
abrir simultaneamente os dois pares de mordentes para 
introduzir o cabo de aço. Para dar tensão ao cabo de aço, 
desengatar o aparelho. Para soltar simultaneamente os 
dois pares de mordentes é necessário puxar o mecanis-
mo de marcha-a-ré.
ii)Segurança:
Ao operar um aparelho TIRFOR em sentido inverso, 
você rapidamente se conscientiza de como é perfeita-
mente seguro. Naturalmente, notará que deverá exercer 
um certo esforço nas alavancas. Este esforço correspon-
de ao exigido para forçar o cabo a passar pelos morden-
1 – Orifício para a admissão do cabo
2 – Alavanca de avanço
3 – Alavanca de recuo
4 – Punho de debreagem
5 – Trava de debreagem
6 – Gancho/bloco de ancoragem
7 – Alavanca telescópica
8 – Cabo de aço
1. Orifício para admissão do cabo;
2. Alavanca de avanço – Destina-se ao movimento 
alternado de vai e vem, acionando os pares mor-
dentes para o tracionamento da carga, acionado 
pela alavanca telescópica que nela se encaixa, 
quando nesta operação;
3. Alavanca de recuo – Destina-se ao movimento 
alternado de vai e vem, acionando os pares de 
mordentes para o retorno do cabo e favorece 
176 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
tes ligeiramente soltos, que não abrem, mas atuam con-
tinuamente com um dispositivo secundário de frenagem. 
Em caso de o par de mordentes ser danificado no curso 
de sua operação, por um objeto estranho, o par de mor-
dentes imediatamente assume o controle da carga em 
uma distância que não ultrapassa o curso dos morden-
tes, isto é, 5cm. 
iii)Utilização dos aparelhos Tirfor:
Os aparelhos TIRFOR podem ser para qualquer servi-
ço de içamento e tração dentro de sua capacidade. São 
particularmente úteis para trações de içamento a longas 
distâncias, que não podem ser feitos por outros equipa-
mentos, em virtude do fato de que comprimento de cabo 
pode ser usado.
iv)Ancoragem dos aparelhos Tirfor:
Caso seja necessário ancorar o TIRFOR no solo, a pri-
meira coisa a fazer, é localizar um ponto adequado e satis-
fatório. Uma argola fixada ao solo, uma coluna de suporte, 
um trilho, um caminhão, uma árvore, uma viga atravessada 
no vão da porta ou uma janela, são as soluções mais fáceis. 
Ainda assim, é possível que nenhum ponto de ancoragem 
satisfatório seja encontrado. Então torna-se necessário 
criar um ponto de ancoragem no solo.
v)Operação:
O militar deve manter atenção especial ao EPI, princi-
palmente com relação às mãos, que são um alvo freqüen-
te de lesões. Após este cuidado, o militar deve desenro-
lar o cabo, pressionar o punho de debreagem em direção 
à alavanca telescópica até travá-lo, introduzir a ponta 
do cabo até sair do lado oposto, ancorar o aparelho pelo 
eixo de ancoragem num ponto fixo e resistente, puxar o 
cabo, a mão, até ficar bem esticado e colocar o punho de 
debreagem à posição inicial. 
Antes de iniciar o tracionamento, é conveniente a ve-
rificação da ancoragem do aparelho e o ângulo de traba-
lho, para que o cabo trabalhe em linha reta, então deve-se 
introduzir e travar a alavanca telescópica no seu braço e 
para içar ou tracionar, movimenta-se a mesma em vai e 
vem, obter o deslocamento desejado da carga. 
Para finalizar a operação, deve-se movimentar a ala-
vanca em marcha a ré, até afrouxar o cabo e, após isto, 
elevar o punho de debreagem à frente, liberando o cabo.
Fig. –tirfor
Fig. –tirfor debreagem acionada
177Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
Fig. –introdução do cabo de aço Fig. – ancoragem
Fig. –pronto para tracionar Fig. – Utilização do tirfor
Fig. – Utilização do tirfor
178 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.2.6. Linga
Cabo curto de aço com alças em suas extremidades, 
que tem por objetivo laçar algum objeto para transporte, 
içamento ou arrasto.
9.2.8. Motosserra
Este equipamento é essencial nos eventos de corte de 
árvore, já que facilita o corte dos galhos e troncos, agi-
lizando o trabalho, mas em momento algum devem ser 
afastadas as técnicas e nem o fator segurança, afinal o 
bombeiro não pode permitir a velocidade influenciar no 
fator segurança. A motosserra écomposta de um motor 
a explosão e um sabre com corrente. Conforme será de-
monstrado abaixo:
As motosserras são constituídas dos seguintes com-
ponentes, observados na fig.ura abaixo:
Fig. – Linga
9.2.7. Gerador à gasolina
O gerador a gasolina é um equipamento formado por 
um motor à explosão destinado a fornecer corrente elé-
trica aos materiais operacionais, comumente usado para 
garantir a iluminação do local do evento, principalmente 
quando este estiver distante da viatura.
Fig. – Gerador
1 – Sabre
2 – Corrente
3 – Punho
4 – Filtro de ar
5 – Acelerador
6 – Trava do acelerador
7 – Afogador
8 – Protetor do punho
9 – Retém do acelerador
10 – Vela de ignição
11 – Tampa do cárter
12 – Garra
179Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
i)Operação:
Para dar a partida na motosserra, o militar deve equi-
par-se com o EPI, colocar o afogador em “O”, apertar o 
botão de meia aceleração e bloqueá-lo. Para acionar o 
arranque, deve-se primeiramente fixar a motosserra 
contra o solo, segurando o suporte tubular com a mão 
esquerda e a manete do cabo de arranque com a direita, 
retirar a folga do cabo até travar e puxar rápido e firme-
mente, não largando no retorno, mas levando-o até a po-
sição inicial.
Com a motosserra já em funcionamento, deve-se co-
locar o afogador em “I”, soltar o bloqueio da alavanca do 
acelerador, e manter a aceleração do motor até que o 
motor passe a marcha lenta.
Quando o motor já estiver quente, não necessita de 
acionamento do afogador e muitas vezes também não é 
preciso da meia aceleração.
Para desligar o motor, vire a chave interruptora na po-
sição “off”.
O abastecimento é realizado com uma mistura de óleo 
2 tempos e gasolina na proporção 1:50 (óleo do fabrican-
te, para óleos de outros fabricantes use a proporção 1:25) 
– O fabricante especifica a marca Castrol super TT, pró-
prio para motores 2 tempos de alta rotação.
CERTOERRADO
Fig. como ligar a motosserra
Nunca coloque a motosserra em funcionamento de forma suspensa, pois dessa forma, poderá ferir-se ou ou-
tra pessoa que estiver próxima. Cuidado redobrado quando a utilização do equipamento for feito no alto da 
árvore devendo o operador possuir o conhecimento técnico e o domínio da motosserra.
180 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.2.9. Moto-cortador
Equipamento com o funcionamento semelhante ao da 
motosserra, contudo usado para cortes de chapas. É pos-
sível a utilização de vários tipos de discos, mas na cor-
poração, utiliza-se o disco misto para corte (corta ferro 
e aço), o que capacita o equipamento ao salvamento de 
pessoas em acidentes automobilísticos, ou para arrom-
bamentos de portas de aço, ou ainda outras situações 
onde caiba sua utilização, como para o corte de verga-
lhões em desabamentos.
Os moto-cortadores são constituídos dos seguintes 
componentes, observados na figura abaixo:
I)Operação:
O procedimento para dar a partida no motor do 
moto-cortador é o mesmo do acima descrito para a 
motosserra, no entanto alguns cuidados especiais 
devem nortear a operação deste equipamento, já 
que há a geração, de centelhas durante o corte, o que 
oferece riscos ao bombeiro, ao patrimônio e das pos-
síveis vítimas envolvidas, criando a possibilidade de 
incêndios, caso haja derramamento de inflamáveis ou 
explosão se houver escapamento de gases combus-
tíveis.
9.2.10. Rádio Transceptor Portátil
É um equipamento indispensável para eventos mais 
complexos por facilitar a comunicação entre os membros 
da equipe de salvamento, e membros de outras equipes, 
já que facilita a coordenação da prestação do socorro. As 
viaturas de salvamento devem estar equipadas com este 
equipamento.
Fig. cuidados na utilização da motosserra
1 – Disco
2 – Protetor de disco
3 – Punho
4 – Filtro de ar
5 – Acelerador
6 – Trava do acelerador
7 – Afogador
8 – Borboleta da regulagem 
do protetor
Sempre que trabalharmos com a motosserra em lo-
cais suspensos esta deverá estar ancorada.
181Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.2.11. Oxi-explosímetro
É um instrumento, portátil, confiável e de fácil utili-
zação para a detecção da presença de oxigênio e gases 
combustíveis. Sempre que houver a presença de algum 
gás combustível em porcentagem que venham a ofere-
cer risco de explosão o mesmo disparará um alarme lu-
minoso, bem como um alarme sonoro indicando o risco 
do local, isso ocorrerá também quando da alteração de 
oxigênio. Pode ser manuseado facilmente nas situações 
e ambientes mais adversos.
9.2.12. Tripé
É formado por três peças tubulares com 3,5m de altu-
ra, que possuem encaixe na parte superior, que os man-
tém unidos, formando uma estrutura piramidal estável. 
Ele é muito útil para o içamento de cargas, especialmen-
te em poços. Para a sua utilização deve-se adaptar uma 
roldana no centro do aparelho para içar a carga, o que 
permite a utilização de cordas ou de cabos de aço.
Fig. – Rádio
Fig. – Oxi-explosímetro
Fig. – Tripé
9.2.13. Cabo ou corda
Basicamente a corda é formada por fios unidos e tor-
cidos uns sobre os outros, formando um conjunto unifor-
me e resistente à tração. Existem vários tipos de cordas, 
principalmente em função do material usado em sua fa-
bricação, entre eles temos os cabos de fibras de origem 
animal (seda, crina e couro), os cabos de fibra vegetal 
(manilha, sisal e cânhamo), os de fibra sintética (nylon, 
seda, polietilenos, poliamida, poliéster, etc.) e os de fibra 
mineral (aço).
No CBMERJ as cordas tem normalmente diâmetros 
de 9 a 11mm e comprimentos variando em 30, 50, 60, 100 
ou 200m dependendo do seu uso. Podem ser estáticas 
ou semi-estáticas (mais usadas em salvamentos em altu-
ras) e dinâmicas (usadas em salvamento em montanhas). 
I)Partes da corda:
a. Fibra: Matéria básica da corda;
182 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
b. Fio: Conjunto de fibras;
c. Cordão: Conjunto de fios;
d. Capa: É a camada externa de uma corda, que tem 
como finalidade a flexibilidade e a proteção da 
alma;
e. Alma: Trata-se da parte interna da corda, que é 
protegida pela capa, tem como finalidade a resis-
tência e a elasticidade da corda;
f. Chicote: Ponta solta da corda;
g. Falcaça: É o agrupamento dos cordões na extremi-
dade da corda para evitar que este desacoche;
h. Firme: Parte livre da corda próxima à ancoragem.
9.2.15. Mosquetão
Trata-se de uma peça metálica constituída de um anel 
com abertura e gatilho para ser utilizado em ancoragens 
e no baudrier. No início os mosquetões eram feitos de aço, 
mas devido ao seu peso, foram completamente superados 
pelas novas ligas, que agregam leveza e resistência.
Hoje a maior parte dos mosquetões é feita de uma liga 
especial de alumínio, cromo e zinco, mas existem mode-
los de titânio, tornando-os leves e resistentes.
Existem vários modelos com utilidades específicas, 
como o simétrico ou oval, assimétrico, pêra e semi-oval. 
Também diferem entre si dependendo do tipo de gatilho, 
sem trava, ou com trava que pode ser de rosca ou auto-
mática.
Possuem resistências diferentes, sempre com a ins-
crição da sua capacidade expressa em KN, gravada ao 
longo do corpo ou dorso, cujo valor do mesmo é de 100Kg 
para cada 1KN.
Os mosquetões sem trava, no CBMERJ, são conheci-
dos como molas.
Fig. – Corda
9.2.14. Cabo solteiro
Cabo de material sintético, de 6 a 8mm de diâmetro e 
de comprimento reduzido.
Fig. – cabo solteiro
Fig. – mosquetão simétrico
Fig. – mosquetões sem trava ou “molas”
183Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.2.16. Aparelho oito
Peça com formato do algarismo oito, usado como 
freio para a descida de pessoas e cargas.
Fig. – mosquetão assimétrico
Fig. – aparelho oito
9.2.17. Polias
Conhecidas no CBMERJ como patescas, são utiliza-
das em içamentos de cargas, transposição de obstácu-
los, sistemas de força e salvamento com plano inclinado. 
São fabricadas em vários modelos.
Fig. – polias9.2.18. Ascensor de Punho
Ou simplesmente ascensor, geralmente utilizado em 
cordas simples de 8 a 13mm de diâmetro. Este equipa-
mento trava na corda para facilitar a ascensão, é fácil de 
manusear, o CBMERJ padroniza o uso de uma mola, entre 
o orifício superior do mesmo e a corda, a fim de evitar aci-
dentes. É utilizado em par, sendo o 1º posicionado acima 
e o 2º posicionado abaixo, e são conectados ao cinto do 
bombeiro através de fitas tubulares ou cabos solteiros.
9.2.19. Fitas tubulares
São fabricadas normalmente de polipropileno, perlon 
ou nylon, com 3cm de largura e 3mm de espessura são 
usadas como ponto de ancoragem e para a confecção de 
cintos-cadeiras ou amarrações em vítimas e macas.
Fig. – ascensores
Fig. – fitas tubulares
184 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.2.20. Baudrier
Equipamento destinado a envolver o bombeiro ou a ví-
tima dando sustentação ao corpo com segurança e equi-
líbrio, fornecendo um ponto de fixação.
9.2.21. Cinto Paraquedista ou Baudrier 
Integral
Equipamento semelhante ao baudrier anterior, no en-
tanto possui sustentação para a parte superior do corpo, 
bem como outros olhais onde o bombeiro pode se anco-
rar no sistema, a saber: um no peito e um nas costas, além 
do tradicional na parte frontal da cintura.
9.2.22. Cinto Cadeira
Equipamento inventado pelo 1º Sargento BM Carlos, 
mais conhecido também por “Graveto”, militar do Grupa-
mento de Busca e Salvamento do CBMERJ. Reciclando 
partes dos cintos da brigada paraquedista do exército 
brasileiro, deu origem a este cinto muito utilizado em 
salvamentos em altura, principalmente no resgate a sui-
cidas, por possuir ganchos de soltura rápida, facilitando 
a operação.
185Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.2.23. Escada prolongável
Escada composta de alumínio ou fibra de vidro para 
garantir resistência e versatilidade, composta de dois 
lanços, um fixo e um móvel. O lanço móvel desloca-se so-
bre o fixo através de encaixes.
i)Operação:
1º)’Dois militares transportaram a escada, com 
seus ombros entre os banzos da mesma en-
tre o primeiro e segundo degrau de cada lado;
2º) Deslocam-se com os pés da escada para 
frente;
3º) Chegando ao local certo para desenvolvê-la 
a colocam no chão, um dos militares apoia 
os pés da escada sob seus próprios pés, en-
quanto o outro militar do lado oposto da es-
cada a levanta andando por baixo da mesma 
até colocá-la na posição vertical;
4º) Com a escada na posição vertical começam 
a desenvolvê-la, quando ela estiver do ta-
manho desejado usam o mesmo cabo que 
utilizaram para desenvolvê-la para ancorar 
no degrau, evitando que o cabo fique solto e 
possa causar acidentes;
5º) Um dos militares sobe na escada alternando 
os movimentos, subindo o braço direito jun-
to com a perna esquerda e o braço esquerdo 
junto com a perna direita, enquanto o outro 
militar segura a escada;
6º) O militar que sobe na escada leva consigo 
um cabo solteiro que utiliza para ancorar a 
escada, evitando que ela caia.
9.2.24. Tesourão
É uma ferramenta formada de aço com lâminas que é 
utilizada no corte de barras metálicas, fios, cabos, ara-
mes e chapas. O tamanho da ferramenta é proporcional a 
sua capacidade de cortar peças de maior espessura.
Fig. – Utilização do cinto cadeira
Fig. – escada prolongável Fig. – tesourão
186 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.2.25. Vara de Manobra com Croque na 
Ponta
Ferramenta composta por um cabo de fibra sub-
dividido em partes com 1,5m cada, que servem para 
prolongar o equipamento e possuem alta resistên-
cia mecânica e elétrica, possui versatilidade para 
que a peça na sua ponta possa ser trocada confor-
me a necessidade. Deve-se ter o cuidado para não 
expô-la a temperaturas muito elevadas, pois assim 
ela pode perder sua resistência mecânica e elétri-
ca.
A peça na ponta da vara é o croque, ferramenta clássi-
ca do bombeiro em forma de gancho e fisga.
9.2.27. Halligan
Também conhecida como Hooligan é uma ferramenta 
muito versátil usada para entradas forçadas, foi projeta-
da por um bombeiro de New York, FDNY, chamado Hugh 
Halligan em 1948, mais tarde naquele ano, o primeiro 
protótipo da barra Halligan foi feita por Peter Clarke (um 
ferreiro).
9.2.26. Alavanca
Equipamento aplicado em vários tipos de salvamen-
tos, constituído de uma barra de ferro de seção circular 
ou octogonal, com comprimento, formas e extremidades 
variadas, usado em atividades de arrombamento e des-
locamento de cargas.
Fig. – vara de manobra e croque
Fig. – alavanca
Fig. – Tipos de barra Halligan
9.2.28. Machado
Ferramenta de aço com o formato semicircular e de 
gume afiado dotado de um cabo de madeira, usado em 
arrombamentos e cortes.
Fig. – machado
187Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.2.29. Malho
Ferramenta em aço de resistência superior aos aços 
comuns, possuindo uma extremidade em forma retangu-
lar e seção quadrada conectada a um cabo de madeira ou 
ferro, à semelhança de uma marreta, destinado a traba-
lhos que exijam grandes esforços de deslocamento ou 
deformação, especialmente em arrombamentos.
9.2.31. Lanternas
Aparelho destinado à iluminação, alimentado por pi-
lhas, destina-se a iluminação de pequenas áreas nas ope-
rações de salvamento.
Fig. – malho
9.2.30. Pá
É um equipamento formado por uma chapa metálica 
de formato côncavo dotado de um cabo de madeira, usa-
do em remoção de material e escavação, é comum a sua 
utilização em colisões quando há o vazamento de com-
bustíveis e óleo, pode ser quadrada, redonda ou ainda de 
campanha.
Fig. – pá de campanha
Fig. – pá quadrada
Fig. – pá redonda
Fig. – lanterna
188 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.2.32. Cones de sinalização
Objeto de borracha de formato tronco cônico branco 
e laranja, empregado na sinalização em vias de trânsito e 
isolamento da área do evento.
9.3.1. Capacetes de proteção
Capacete com desenho específico para proteger a 
cabeça do militar em situações de salvamento, evitando 
lesões em uma das principais partes do corpo humano, 
fazendo com que o bombeiro possa ficar impossibilitado 
de prosseguir na atividade.
9.3. Equipamentos de Proteção 
Individual
Segundo a Norma Regulamentadora nº 06 do Ministé-
rio do Trabalho, Equipamento de Proteção Individual (EPI) 
é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado 
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetí-
veis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
A seleção destes equipamentos deve ser bastante cri-
teriosa, tendo em vista o fato de afetarem diretamente o 
próprio desempenho do militar. Segundo Roberge (2008, 
p.135 apud BELTRAME, 2010,p.12) “o uso impróprio do EPI 
pode impactar de forma negativa o trabalhador em seu 
desempenho, segurança, conforto físico e emocional, co-
municação e audição”.
São equipamentos utilizados para manter a seguran-
ça do usuário, são utilizados quando as medidas coleti-
vas de segurança não garantem a proteção necessária.
São de extrema importância e necessidade para as ati-
vidades de bombeiro, um socorrista ferido perde parte 
de seu potencial para resgatar uma vítima e pode vir a 
se transformar em uma nova vítima, dificultando muito a 
operação e sobrecarregando seus companheiros.
Fig. – cone de sinalização
Fig. – Capacete Montana para Trabalhos em Alturas
Fig. – capacete F2X MSA
9.3.2. Luvas de proteção
Luva usada em atividades que gerem atritos que po-
deriam ferir a mão, podendo ser de vaqueta, de raspa de 
couro ou de outros materiais com resistência química, 
como a butílica ou a nitrílica, entre outras.
189Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.3.3. Óculos de proteção
É destinado a proteção dos olhos do bombeiro contra 
agentes agressivos e partículas.
Fig. – luva de vaqueta
Fig. – luva de raspa de couro
Fig. – luva butílica
Fig. – óculos de proteção
9.3.4. Botas deborracha
Calçados de borracha com um cano longo usado em 
atividades em que haja a proteção dos pés em relação a 
líquidos, contudo deve ser evitado o contato com agen-
tes agressivos à borracha e superfícies aquecidas.
Fig. – botas de borracha
190 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.3.5. Jardineira
Calça de segurança, confeccionada em PVC, com ajus-
te e acoplada com botas de PVC, dá proteção ao bombei-
ro em seus membros inferiores contra líquidos contami-
nados.
utilizado em salvamentos por possuir também proteção 
contra abrasão.
Fig. – jardineira
9.3.6. Capa de aproximação
Equipamento de proteção típico de combate a in-
cêndio, que oferece proteção térmica, mas que é muito 
Fig. – capa de aproximação
9.3.7. Cotoveleiras e joelheiras
Equipamentos de proteção contra abrasão dos coto-
velos e joelhos, muito utilizado em operações de resgate 
em estruturas colapsadas.
191Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.3.8. Máscara contra pó
Protege o bombeiro de respirar pós em operações, 
muito utilizado em operações de resgate em estruturas 
colapsadas, entradas forçadas e também em operações 
de desencarceramento.
9.3.10. Equipamento de Proteção 
Respiratória Autônomo
Equipamento típico de combate a incêndios que deve 
ser utilizado sempre nos salvamentos quando houver ris-
co de contaminação respiratória ou ainda deficiência de 
oxigênio na atmosfera do salvamento. Maiores informa-
ções consultar capítulo de técnica e maneabilidade em 
combate a incêndio.
Fig. – máscara contra pó
9.3.9. Protetor auricular
Equipamento que visa proteger a audição do militar, 
deve ser utilizado em conjunto com equipamentos como 
Motosserra e moto cortador.
Fig. – cotoveleiras e joelheiras
Fig. – protetor auricular
Fig. – equipamento de proteção respiratória Autônomo
192 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
9.3.11. Luva de procedimento
Luvas confeccionadas em látex natural, de pequena 
espessura (tipo cirúrgica) com talco. Material leve e fle-
xível, formando uma luva confortável, que garante exce-
lente tactibilidade.
Oferecem relativa resistência contra compostos or-
gânicos e inorgânicos que apresentam água como sol-
vente.
Devem ser empregadas internamente, sob outras lu-
vas, como segurança extra para as mãos dos usuários. 
Este tipo de luva, sobretudo, deve garantir a proteção 
biológica do bombeiro.
Vale lembrar que em nenhum momento o militar deve 
ficar desatento com o fator segurança, por ser este es-
sencial para uma operação bem sucedida. São muitos 
os perigos existentes nas colisões de veículos, como o 
de incêndio, instabilidade dos veículos, ferragens pon-
tiagudas, estilhaços de vidro, produtos perigosos etc. 
Portanto é necessário utilizar os equipamentos de pro-
teção individual e tomar medidas para evitar riscos à 
integridade física dos bombeiros, da vítima e dos tran-
seuntes.
Deve-se ter sempre em mente que a prioridade do 
bombeiro é garantir o acesso às vítimas, estabilizar e 
protegê-las de novas lesões, que poderiam ser ocasiona-
das por faísca, vidros, metais e até mesmo pelas ferra-
mentas de resgate.
• O desencarceramento possui as seguintes fa-
ses:
• Estacionamento das viaturas;
• Sinalização/isolamento do local;
• Uso do EPI;
• Armação da linha de prevenção;
• Estabilização do veículo;
• Desligamento ou corte dos cabos da bateria e 
fechamento da válvula do GNV (caso possua);
• Manuseio dos vidros;
• Desencarceramento e resgate das vítimas.
i)Estacionamento das viaturas:
Sempre que possível, a viatura de salvamento (ABS e 
ABSL) deve ser posicionada junto à calçada, a uma dis-
tância mínima de 5 metros à frente do evento, de forma 
que fique facilitada a retirada dos equipamentos neces-
sários à realização das atividades operacionais.
A viatura de socorro médico (ASE) deverá também ser 
posicionada à frente, a uma distância máxima de 5 me-
tros do ponto da colisão, ficando, entretanto, posiciona-
da junto à margem interna da via de circulação, de forma 
que fique assegurada a sua partida rápida sem maiores 
impedimentos em direção à rolagem da pista.
Fig. – luva de procedimento
9.4. Técnicas de Salvamento
9.4.1. Desencarceramento
A missão do bombeiro de salvamento neste evento 
é a de retirar as ferragens das vítimas, permitindo aos 
bombeiros das viaturas de socorros de emergências 
(ASE) o atendimento e a remoção da vítima ao hospital, 
contudo se a viatura de socorro médico não estiver no lo-
cal, a guarnição de salvamento deverá atender as vítimas 
empregando os conhecimentos apreendidos na matéria 
de socorros de urgência e aguardar no local a chegada da 
outra viatura (ASE).
193Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
A viatura de combate a incêndio (ABI, ABT ou AT) de-
verá se posicionar, no mínimo, 5 metros à retaguarda do 
evento.
ficando a uma distância mais larga que a ocupada pela 
viatura, tal procedimento, de extrema importância, serve 
como prevenção à ocorrência de outros acidentes se-
cundários. A sinalização deverá envolver toda a cena do 
acidente, o local deverá ser isolado de forma a limitar o 
acesso apenas àqueles que trabalham na ocorrência. 
No caso de curvas a sinalização deve ter início antes 
da mesma, se o acidente ocorrer em locais de aclive ou 
declive acentuado, a sinalização deve ter início no lado 
oposto do mesmo, em caso de anormalidades (presen-
ça de chuva, fumaça, neblina, óleo na pista, à noite, etc.) 
a distância de sinalização dever ser dobrada por motivo 
de segurança.
Fonte: POP-CBMERJ, parqueamento de viaturas
No caso de incêndio, as distâncias serão de 20 metros do ponto de colisão e, caso haja risco de explosão, de, no 
mínimo, 200 metros.
ii)Sinalização/Isolamento do local:
A sinalização do local deverá ser feita desde a distân-
cia de 1 x velocidade máxima da pista, ou seja, em uma 
pista de velocidade máxima de 100 km/h, a sinalização 
deverá se iniciar a 1 x 100 = 100 metros, ou para facilitar 
a demarcação dessa distância, adota-se um passo longo 
para cada metro, sendo assim, a distância de isolamento 
dessa pista ficaria de 100 passos longos.
Essa sinalização deverá ser feita obrigatoriamente 
por meio de dispositivos (cones) fotoluminescentes (que 
brilhem a exposição da luz), no mínimo sete cones devem 
ser utilizados, ficando o primeiro deles, o mais distante 
da viatura, encostado ao meio feio da pista e o último 
Tipo da via Velocidade máxima per-mitida
Distância para início da si-
nalização (pista seca)
Distância para início da 
sinalização (chuva, ne-
blina, fumaça, à noite)
Vias locais 30 km/h 30 passos longos 60 passos longos
Avenidas 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos
Vias de fluxo rápido 80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
Rodovias 110 km/h 110 passos longos 220 passos longos
Fig. – estacionamento de viaturas e balizamento da cena
194 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
Quanto ao isolamento, poderemos operar estipulando 
círculos de trabalho, com objetivo de organizar o teatro 
de operações, ou seja:
• Círculo interno: círculo imaginário de 5 metros, 
em redor do acidente a que se tem acesso: equi-
pes de salvamento/equipes médicas/ambulân-
cia. 
• Círculo exterior: área delimitada de 10 metros 
que se situa fora do círculo interior e onde estão 
demarcadas as seguintes áreas: 
• Viatura de desencarceramento/Ambulância; 
• Outras viaturas de socorro; 
• Depósito de destroços.
iii)Uso do EPI:
Todos os bombeiros deverão estar usando o EPI ade-
quado: capacete, capa de aproximação, luvas cirúrgicas, 
luvas de raspa de couro, equipamento autônomo de res-
piração artificial (caso o evento seja pertinente a vaza-
mento de produtos perigosos);
Para os casos que envolvam riscos elétricos deverá 
ser acrescido o EPI dos seguintes materiais: capacete de 
segurança, calçado de segurança, luva de segurança iso-
lante de borracha, manga de segurança isolante de bor-
racha,vestimenta condutiva de segurança, multímetro, 
croque com cabo isolante, tesourão com cabo isolado, 
alicate com cabo isolado, chave de fenda com cabo iso-
lado, tapete isolante, protetor facial para arco elétrico, 
óculos de segurança.
Fig. – demonstração dos círculos imaginários
Fig. – bombeiro equipado com EPI adequado
195Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
iv)Armação da linha de prevenção:
Antes de qualquer procedimento de abordagem do 
veículo, deverá ser armada uma linha de prevenção com 
esguicho de vazão regulável (EVR) ou, se for o caso, o 
mangotinho, em carga (pressurizada) e fechado, com o 
corpo de bomba funcionando em regime de baixa rota-
ção.
v)Estabilização do veículo:
Deverá ser feita antes da abordagem dos veículos 
acidentados a estabilização dos mesmos contra tomba-
mento, esmagamento do teto, deslizamento ou contra 
qualquer outro movimento que venha a pôr em risco o su-
cesso da operação, o que deverá ser feito pela utilização 
de calços, cunhas, escoras, cabos, fitas tubulares, cabos 
de aço ou outros dispositivos aplicáveis.
Deverá haver uma estabilização progressiva, ou seja, 
uma estabilização da área à medida que for progredindo 
a operação, visto que algumas partes do veículo são reti-
radas e sua estabilidade pode ficar comprometida. Cabe 
ao Comandante da Operação alertar seus comandados 
para observarem sempre esse detalhe.
Fig. – estabilização de veículo capotado
vi)Desligamento ou corte dos cabos da bateria e 
fechamento da válvula do GNV
Deverá ser feito, com a prevenção de uma linha direta, 
o corte da alimentação de energia elétrica do veículo, re-
tirando primeiramente o cabo ligado ao borne negativo 
(-) da bateria. 
Atualmente, alguns automóveis são equipados com 
sistema suplementares de retenção, ou seja, airbags, 
possuindo várias siglas de identificação, como “SIR”, 
Fig. – ancoragem em veículo tombado
Fig. – veículo estabilizado
196 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
“SRS”, “SIPS”. Porém, no caso de corte de energia, estes 
se mantêm ativos por aproximadamente trinta minutos, 
em virtude dos veículos possuírem acumuladores eletrô-
nicos, portanto assegurar que ninguém se coloque entre 
o volante e/ou console e a vítima.
Na falta de protetores de airbag, as equipes de salva-
mento poderão utilizar fitas tubulares e/ou cabos soltei-
ros, envolvendo o volante, reduzindo assim a probabili-
dade de ocorrer lesões devido ao seu acionamento.
vii) Manuseio dos vidros
Os vidros podem ser: removidos, partidos ou cor-
tados. Dependendo da situação, não será necessária 
a quebra dos vidros, o que poderá dificultar ainda mais 
as ações de salvamento. Basta apenas retirá-los, caso a 
situação assim permitir, utilizando facas para a remoção 
de borrachas, chaves de fenda para remoção de metais e 
ainda borrachas tipo “ventosas’ para segurar o vidro im-
pedindo assim a sua queda.Fig. – protetor de airbag
Fig. – desligamento da bateria
197Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
Caso seja necessária a quebra dos vidros, estes 
deverão ser eliminados de fora para dentro; uma 
proteção transparente, segura e maleável deve ser 
utilizada para proteger a vítima e as equipes de sal-
vamento. 
viii) Abertura de acessos
Permite que a equipe de atendimento pré-hospitalar 
se aproxime da vítima para prestar os cuidados necessá-
rios.
Após o veículo se encontrar estabilizado e seguro, de-
vem ser utilizados os acessos já existentes, permitindo 
uma rápida abordagem, ou seja, portas, para-brisas, jane-
las etc.
Caso seja necessário o Comandante de Operações 
ordenará que cortes estratégicos sejam feitos e acessos 
sejam criados para chegar à vítima, até terminarem as 
operações.
No caso de incêndio, simultaneamente ao combate 
às chamas, utilizando o esguicho regulável na posição de 
jato neblinado, produzir uma “cortina d’água” entre o fogo 
e o acidentado e efetuar o salvamento. Porém, nos casos 
de menor potencial ígneo, poderão ser utilizados extinto-
res correspondentes. 
Caso o veículo seja movido a GNV e não havendo cha-
mas envolvendo o cilindro, a válvula deverá ser fechada. 
Caso o cilindro de um veículo esteja envolvido em cha-
mas, sua válvula não deverá ser fechada.
ix) Desencarceramento da vítima
Para efeito de entendimento, as barras de sustenta-
ção do teto de qualquer veículo são denominadas pilares, 
levando em consideração inicial o pilar A, próximo do vi-
dro dianteiro e, por conseguinte pilares B, C e D, quantos 
forem.
Este procedimento deverá obedecer às seguintes eta-
pas, caso sejam necessárias: 
- Desencarceramento: aqui deve ser aplicada a regra 
básica de remover as ferragens da vítima e nunca a víti-
ma das ferragens. 
• Remoção do teto: frontal, lateral, a retaguarda 
ou totalmente.
• Remoção da porta: pela maçaneta e pela dobradiça.
• Afastamento do painel.
Protocolo a ser seguido:
1º)Removem-se teto e portas; 
2º)Corta-se o pilar “A” na parte de baixo; 
3º)O cilindro é colocado na parte de baixo da co-
luna “B” e no meio da coluna “A”; 
4º)Pode-se usar o suporte do cilindro na colu-
na “B” (material específico) ou o expansor 
como base; 
5º)Levantar o painel verticalmente; pode-se 
colocar um cilindro pequeno na base do pilar 
“A”, no local do corte. 
6º)Abertura do painel lateral: o procedimento 
é utilizado quando da necessidade de ma-
nusear os pés da vítima que se encontram 
presos nos pedais. 
Fig. – demonstração de pontos importantes do veículo
198 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
7º)Retirada dos pedais: poderá ser feito o 
afastamento do pedal com a fita tubular e/
ou o corte do pedal com ferramenta espe-
cífica.
- Abertura em “concha”: este procedimento é feito 
quando o veículo encontra-se tombado lateralmente, 
ou seja, formando um ângulo de 90º em relação ao solo 
aproximadamente. 
Protocolo a ser seguido: 
1º)Estabiliza-se a viatura em ambos os lados 
(utilizamos também, além dos calços e 
cunhas, escoras); 
2º)Retira-se o vidro traseiro para o primeiro 
contato com a vítima; 
3º)Os vidros são quebrados para que possam 
ser feitos cortes nos pilares; 
4º)Antes de quebrar os vidros, proteger a ví-
tima e o socorrista (equipe médica) com a 
proteção maleável (cacos de vidro); 
5º)Cortar os pilares; 
6º)Realizar dois cortes estratégicos no teto na 
parte traseira e dianteira, próximo ao solo; 
7º)Rebater o teto para o solo, como se estives-
se “abrindo uma concha”; 
8º)Retirar a vítima. 
- Atropelamento com vítima sob o veículo:
Protocolo a ser seguido: 
• Levantar o veículo utilizando cilindros extensi-
vos, macacos e/ou expansores hidráulicos; 
• Estabilizar progressivamente.
9.4.2. Corte de árvore
• O serviço de corte de árvore, realizado pelo 
CBMERJ, compreende o abate ou retirada e o 
desbaste ou poda, só se aplicando em situações 
emergenciais.
I)Definições:
a. Situações emergenciais: são acontecimentos 
mórbidos e inesperados, que, por sua natureza 
imutável e de risco extremo, requerem tratamen-
to imediato. 
b. Risco iminente: perigo ou possibilidade de perigo 
que está em via de efetivação imediata.
c. Abate seccionado: utilizado quando não for pos-
sível efetuar a queda livre da árvore, consiste em 
seccionar a árvore em pedaços menores, utilizan-
do-se de técnicas variadas. 
d. Corte de abate pleno: realizado acima do corte 
direcional, mantendo uma faixa de fratura igual a 
1/10 do diâmetro da árvore. 
e. Sistema de elevador: técnica de corte que con-
siste em remover os galhos parcialmente, aos pe-
daços, em vez de abatê-los totalmente de um só 
golpe. Essa técnica deve ser empregada amarran-
do-se o galho ou a parte da árvore que se vai cortar 
em ponto fixo da própria árvore ou outro ponto de 
apoio seguro, efetuando-se em seguida o corte. A 
adoção dessa técnica evita que a parte cortada 
caia de uma só vez. 
f. Entalhe direcional: é o entalhe feito para deter-
minar a direção da queda do tronco, formadapela 
mesa (base horizontal) e a boca (corte oblíquo) 
onde se retira uma cunha em direção ao centro.
Nem toda solicitação para a realização da ativi-
dade de corte de árvore requer, necessariamente, 
a efetiva execução pelo CBMERJ, nas hipóteses em 
que não forem constatadas a incidência de risco imi-
nente, a atividade competirá a Engenheiro Agrôno-
mo, segundo o art. 6º, letra “f”, do Decreto Federal nº 
23.196, de 12 de outubro de 1933, cuja infração consta 
sedimentada no art. 6º, alíneas “a” e “e”, c/c o art. 76, 
todos da Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 
1966.
ii)Considerações gerais
Considerando o que preconizam as normas legais 
vigentes sobre o tema depreende-se ser da atribuição 
do CBMERJ apenas a retirada das árvores ou a poda 
dos galhos de grande porte já caídos nas vias públicas, 
199Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
que possam vir a provocar outros acidentes como a 
colisão de um veículo. Dentro desse cenário, podem-
se incluir também vegetais que estejam parcialmente 
tombados, ou seja, que estejam pendentes ou soltos 
de sua base de apoio, fora do seu estado normal e que 
só não estão no chão por estarem apoiados em muros, 
em edificações, ou quaisquer outros anteparos eleva-
dos, caracterizando o risco iminente de queda, pois 
oferecendo risco real à integridade física das pessoas 
ou de seus bens.
O evento de corte de árvore é um atendimento que re-
quer bastante atenção, tanto no que toca a segurança da 
guarnição dos Bombeiros Militares que estão realizando 
o serviço, haja vista o elevado número de ocorrências 
que incapacitaram ou levaram a termo fatal militares da 
Corporação, quanto no que se refere à proteção dos bens 
materiais circunvizinhos ao evento.
iii)Ameaça de queda
Em casos de solicitação de “ameaça de queda”, requer 
a avaliação de profissional com habilitação legal (Enge-
nheiro Agrônomo), pelo fato de não termos em nossos 
quadros tal profissional, a análise da situação fitossa-
nitária da árvore se torna impossível. Portanto, quanto 
às solicitações de “ameaça de queda”, é imprescindível 
que seja apresentado ao CBMERJ um relatório do pro-
fissional habilitado, atestando que o vegetal se encontra 
em risco de queda iminente, caracterizando a natureza 
emergencial do serviço.
iv)Procedimentos
1º) A viatura de autobusca e salvamento (ABS 
ou ABSL) deverá se posicionar afastada 
do local onde será efetuado o corte de 
árvore, a uma distância segurapara pos-
síveis incidentes, porém de fácil acesso à 
guarnição, de forma que facilite a retirada 
dos materiais específicos necessários à 
atividade.
2º)O isolamento do local deverá obedecer a 
uma distância de, no mínimo, duas vezes o 
tamanho real da árvore a ser cortada, deve-
rá ser feito com faixas de sinalização, cor-
das e/ou cones de sinalização.
3º)Antes de efetuar o corte, deve-se fazer uma 
avaliação técnica (reconhecimento do lo-
cal), bem como uma avaliação do tipo de ter-
reno: se há edificações por perto, presença 
de fiação elétrica e principalmente as condi-
ções climáticas (possibilidade de chuvas ou 
ventos fortes).
4º)A análise da situação efetuada nos reconhe-
cimentos citados norteará a tomada de de-
cisão quanto ao método de corte a ser em-
pregado, assim como possibilitará decidir 
pela solicitação de apoio a outros Órgãos 
Públicos, pelo isolamento da área, retirada 
de pessoas e ainda a escolha adequada dos 
equipamentos necessários à execução do 
serviço.
5º)Os equipamentos de proteção individual de-
vem ser usados pelos elementos da guarni-
ção, a saber: capacete, óculos de proteção, 
protetor auricular, equipamentos de altura 
e luvas. Adotar todos os cuidados com rela-
ção à utilização da motosserra.
6º)Na aplicação do “sistema de elevador”, o 
bombeiro responsável pelo abate do galho 
deverá atentar para que não haja, a princí-
pio, o corte total do mesmo, ou seja, deverá 
fazer uma incisão suficiente para que não 
cause a sua queda, ficando a ação final a ser 
executada por tração, pela equipe de terra, 
após a descida do operador e do equipa-
mento de corte. 
7º)Todo bombeiro que tiver que subir na árvo-
re deverá estar ancorado e fazer uma se-
gurança acima da sua cabeça, bem como o 
equipamento a ser utilizado e todo material 
deverão ser levados para cima da árvore por 
içamento.
200 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
- Corte de abate: Para a queda, dependendo da situa-
ção e necessidade, poderão ser utilizados materiais auxi-
liares de tração (Tirfor, guinchos, cabos, polias, etc). 
- Sistema de elevador: Para a queda, dependendo da 
situação e necessidade, poderão ser utilizados materiais 
auxiliares de tração (Tirfor, guinchos, cabos, polias, etc). 
Filete de ruptura
Corte de abate
Corte de abate
Direção
CORTE DIRECIONAL 
1/3 de diâmetro
Fig. – corte de abate Fig. – Análise Preliminar antes do Corte e Preparação do Sis-
tema de Elevador
201Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
Após o serviço, os BM deverão deixar livres vias e 
passagens no local do evento. Não é responsabilidade do 
CBMERJ a retirada e o transporte dos troncos e galhos 
cortados.
Fig. –Sistema de Elevador na mesma árvore e utilização do 
tirfor
A tensão, a lubrificação e a afiação da corrente da 
motosserra devem ser observadas antes e após o corte; 
deve-se testar a motosserra antes de qualquer situação 
real. Para o içamento da motosserra, a mesma deverá 
estar em funcionamento e com o freio da corrente acio-
nado. Quando a motosserra for transportada em terreno 
plano ou aclive, deve ser conduzida com o sabre voltado 
para trás. Ao abastecer, não derramar combustível nem 
fumar. Somente o operador deve manusear a motosserra 
desde sua preparação até o corte. O operador deve pos-
suir condições físicas, psicológicas e técnicas para reali-
zar o serviço. Durante o corte, as garras da motosserra 
devem estar firmadas, garantindo maior controle do 
equipamento. Deve-se ter muita atenção com os troncos 
rachados, pois estes podem facilmente soltar lascas.
v)Cuidados com árvores próximas a rede elétrica:
A tabela a seguir, retirada do manual MTB-35 - Cole-
tânea de Manuais Técnicos de Bombeiros do Corpo de 
Bombeiros Militar do Estado de São Paulo apresenta a 
distância mínima necessária de um ponto energizado 
para que uma pessoa possa se movimentar, inclusive ma-
nipulando equipamentos ou ferramentas não isolantes, 
sem o risco de abertura de arco elétrico em relação ao 
seu corpo.
Classes de tensão (KV) Distância mínima (m)
13,8 1,10
20 1,15
34,5 1,20
69 1,35
88 1,45
138 1,60
230 2,20
345 3,00
440 3,30
500 3,80
Nesse caso, torna-se importante que a companhia 
Fonte: CBSP
202 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
de eletricidade local seja acionada e apóie o CBMERJ 
devido à complexidade do evento. Se não for possível 
a interrupção do fornecimento de energia, solicitar 
junto à companhia o apoio de equipe especializada em 
trabalhos.
9.4.3. Operações com elevadores
Conjunto de equipamentos com acionamento ele-
tromecânico ou hidráulico destinado a realizar trans-
porte vertical de passageiros, cargas ou para ambos 
concomitantemente entre os pavimentos de uma 
edificação. Devido às diversas aplicações, os equipa-
mentos possuem os mais diversos itens de segurança 
e proteção aos usuários: reguladores de velocidade, 
freios de segurança, limites de parada, botões de 
emergência etc. 
Esses itens dão ao passageiro segurança no trans-
porte e consistem basicamente de uma cabina sus-
pensa por meio de cabos de aço que correm sobre uma 
polia de tração adequada e sobre trilhos acionada por 
um motor. Na outra extremidade, cabos de aço susten-
tam um contrapeso. O acionamento desse conjunto é 
comandado por um sistema de controle que propor-
ciona o deslocamento da cabina no sentido de subida, 
descida e as paradas realizadas pela mesma nos an-
dares predeterminados. Esses comandos poderão ser 
realizadospela parte externa, que são os pavimentos, 
e pelo interior da cabina. 
Para fins de entendimento pelo Corpo de Bombei-
ros, com o intuito de melhor classificar as ocorrências, 
ficará definido que “pessoas retidas” compreendem 
aquelas no interior da cabina do elevador parado por 
qualquer motivo; “pessoas presas” compreendem 
aquelas prensadas entre ferragens ou prensadas en-
tre a cabina e o pavimento ou ainda entre a cabina e as 
paredes da caixa de corrida.
i)Definições:
A seguir teremos uma visão geral bem como a de cada 
parte que compõe o sistema de um elevador :
a. Cabina: É o nome dado ao compartimento onde é 
transportada a carga e/ou as pessoas.
Fig. –principais partes do elevador
Fig. – cabina do elevador
203Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
b. Caixa de corrida: Compreende o espaço entre a 
casa de máquinas e o piso do poço; é o local onde 
se movimentam a cabina e o contrapeso (cabina, 
operador de porta, contrapeso, guias, cabos de 
aço).
Fig. – caixa de corrida
c. Contrapeso: utilizado para diminuir a foça reali-
zada pelo motor do elevador, tem normalmente a 
metade do peso suportado pelo aparelho acresci-
da do peso da cabina. Ex.: Elevador com capacida-
de para 1.000 kg, possuirá um contrapeso de 500 
kg mais o peso da cabina.
d. Pavimento de acesso: São os diversos locais de 
parada da cabina; é composto por: porta de pavi-
mento, sinalização de pavimento, botoeira de pa-
vimento. 
Fig. – contrapeso
Fig. – pavimento de acesso
204 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
e. Casa de máquinas: É o nome dado ao local onde 
normalmente são instalados os equipamentos; 
abriga os aparelhos que comandam e controlam 
o elevador (máquina de tração, limitador de 
velocidade, painel de comando, quadro de força e 
controle).
Fig. – casa de máquinas
f. Poço: É a parte inferior da caixa (fosso), onde 
ficam instalados dispositivos de segurança (para-
choque) para proteção de limites de percurso do 
elevador; existem três tipos de para-choques: 
hidráulico, de molas e de borracha.
Fig. – poço
g. Limitador de velocidade: Tem a finalidade de tra-
var o elevador em caso de aumento de velocidade 
acima do padrão de segurança, impedindo, assim, 
uma eventual queda livre do elevador.
205Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
Fig. – limitador de velocidade
h. Quadro de comandos: Onde são gerenciadas as 
informações elétricas do elevador para a realiza-
ção dos comandos de parada e partida. Constituí-
do de bobinas, relês, transformadores e chaves de 
força. 
i. Máquina de tração: Conjunto motriz que tem a fi-
nalidade de realizar a força no transporte vertical. 
Constituído de motor-gerador, sistema de tração, 
coroa sem fim, freio eletromecânico, polia de tra-
ção e cabos de tração.
Fig. – quadro de comandos
Fig. – máquina de tração
ii)Possíveis defeitos:
• A falta de força geral ou por algum defeito loca-
lizado na edificação causa paralisação imediata 
dos elevadores; 
• Sobrecargas, devido ao excessivo número de 
passageiros, podem desarmar a chave de pro-
teção do motor de tração; 
• Defeito no freio pode causar a ultrapassagem 
dos limites de percurso, desligando as chaves 
de limite que cortam a alimentação; 
• Sapatas, cursores das cabinas com desgaste 
excessivo provocam atuação do freio de segu-
rança na descida; 
• Defeito no regulador de velocidade pode fazer 
atuar o freio de segurança quando a cabina se 
movimentar em sentido de descida;
206 Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
Defeitos no comando elétrico podem causar a parali-
sação em qualquer ponto do percurso.
iii)Procedimentos:
A guarnição padrão para esse tipo de ocorrência é for-
mada com no mínimo três Bombeiros. O Chefe da Guar-
nição deverá abrir e operar junto à porta de pavimento 
mais próxima da cabina (andar imediatamente superior 
ou inferior); os outros dois componentes da guarnição 
deverão operar acima da caixa de corrida, na casa de má-
quinas do elevador. 
O dispositivo de construção do elevador estabelece 
o contrapeso a fim de amenizar o esforço dos motores. 
Para tal, o contrapeso vem a ter sua carga igual ao peso 
da cabina acrescido de metade do valor do peso da capa-
cidade total do equipamento, ou seja, terá o peso igual ao 
da cabina com metade de sua carga.
Se a quantidade de passageiros for menor que a me-
tade da capacidade da cabina, a tendência da cabina será 
subir, pois estará mais leve que o contrapeso, sendo en-
tão as vítimas serão retiradas pelo andar imediatamente 
superior. Se a quantidade de passageiros for maior que a 
metade da capacidade da cabina, a tendência da cabina 
será descer, pois estará mais pesada que o contrapeso, 
as vítimas são retiradas, então, pelo andar imediatamen-
te inferior.
Coletar, durante o deslocamento, o máximo de infor-
mações possível junto à SsCO: 
As solicitações para o atendimento dessa emergência, 
com vítimas, envolvem diversas causas e circunstâncias, 
conforme os vários tipos que podem ser classificados: 
• Retiradas de pessoas do interior das cabinas; 
• Acidentes com as vítimas presas entre a cabina 
e o piso dos pavimentos; 
• Vítima presa às ferragens ou ao contrapeso; 
• Vítima no interior do fosso. 
Os dados que deverão ser colhidos são aqueles que 
irão auxiliar o Comandante da Ocorrência a fazer um 
planejamento tático, solicitar meios adequados e prever 
riscos adicionais para aquele tipo de ocorrência, dados 
estes, além daqueles que são padrão de serem colhidos 
pelo SsCO, como local da ocorrência, identificação do so-
licitante etc.
Os dados a serem coletados para este tipo de ocor-
rência são:
1)Causa do acidente; 
2)Tipo de acidente; 
3)Quantidade de vítimas; 
4)Empresa e contato do técnico; 
5)Responsável pela edificação (porteiro, sindi-
co, proprietário) no local; 
6)Existência de chave de emergência da porta 
de pavimento; 
7)Riscos potenciais para o atendimento da 
ocorrência (incêndio, rompimento de cabos, 
curtos-circuitos etc.).
Antes do deslocamento, conferir o material ne-
cessário ao salvamento (rádios, chaves de elevador, 
lanternas, desencarcerador, material de salvamen-
to em altura etc.). Acionar de imediato o apoio ne-
cessário (por exemplo: se houver vítima presa nas 
ferragens, acionar a guarnição de emergência pré-
-hospitalar, policiamento, que deverá ser acionado 
de imediato logo na solicitação de atendimento da 
ocorrência, em caso de acidente com vítimas fatais, 
para realizar os procedimentos legais e preserva-
ção dos autos, assistência técnica responsável pelo 
elevador), cabendo ao Comandante de Operações 
confirmar com a SsCO, durante o deslocamento, es-
ses acionamentos.
iv)Conduta operacional para vítimas retidas no 
interior da cabina:
Esse tipo de acidente é causado, de modo geral, pela 
falta de energia elétrica, por excesso de carga ou por de-
feitos eletromecânicos no elevador. O bombeiro, ao che-
gar ao local, após rápido reconhecimento, deverá avaliar 
207Manual Básico de Bombeiro Militar | Vol. 2 | CBMERJ
a quantidade de vítimas e o estado psicológico em que 
se encontram, informando-as da presença do socorro, 
procurando tranqüilizá-las, adotando os seguintes pro-
cedimentos:
a. Localizar a posição da cabina em relação aos pa-
vimentos;
b. Dividir a guarnição, devidamente equipada com 
rádios transceptores e lanternas, entre a casa de 
máquinas e o local próximo à cabina com as víti-
mas;
c. Na casa de máquinas deverá ser efetuado o 
corte da energia elétrica do elevador, por meio 
do desligamento da chave geral corresponden-
te; 
d. Em caso de dúvida, desligam-se as chaves de to-
dos os elevadores, a chave geral da casa de máqui-
nas ou ainda os disjuntores do quadro de energia 
situado geralmente no andar térreo, após evacuar 
as demais cabinas; 
e. Simultaneamente às ações desenvolvidas na casa 
de máquinas, deverá ser procedida a abertura da 
porta do andar mais próximo

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