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Relatório 01 - Mecânica dos Solos I

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA – UFOB 
CENTRO DAS CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIAS – CCET 
CAMPUS REITOR EDGAR SANTOS 
 
 
 
 
 
GABRIELE BRITO OLIVEIRA 
MURILLO BARBOSA BRITO 
SAYONARA DE SOUZA GUEDES 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO I 
CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA DO SOLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BARREIRAS 
2021 
2 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA – UFOB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO I 
CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA DO SOLO 
 
 
 
 
Relatório desenvolvido para obtenção de 
nota na disciplina Mecânica dos Solos I, 
ministrada pelo professor Dr. Vinicius de 
Oliveira Kuhn, no semestre 2020.2, na 
Universidade Federal do Oeste da Bahia - 
UFOB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BARREIRAS 
2021 
3 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 5 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ..................................................................................................... 5 
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................... 5 
1.3 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 6 
2 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................................... 6 
2.1 COLETA E PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS ....................................................................................... 6 
2.1.1 Materiais utilizados ............................................................................................................... 7 
2.2 ENSAIO DE GRANULOMETRIA ........................................................................................................ 7 
2.2.1 Materiais utilizados ............................................................................................................... 8 
2.2.2 Método ................................................................................................................................... 8 
2.3 ENSAIO DE LIMITE DE LIQUIDEZ .................................................................................................... 8 
2.3.1 Materiais utilizados ............................................................................................................... 9 
2.3.2 Método ................................................................................................................................... 9 
2.4 ENSAIO DE LIMITE DE PLASTICIDADE ............................................................................................ 9 
2.4.1 Materiais utilizados ............................................................................................................... 9 
2.4.2 Método ................................................................................................................................. 10 
2.5 ENSAIO DE MASSA ESPECÍFICA DOS GRÃOS ................................................................................ 10 
2.5.1 Materiais utilizados ............................................................................................................. 10 
2.5.2 Método ................................................................................................................................. 10 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................................ 10 
3.1 ENSAIO DE MASSA ESPECÍFICA DOS GRÃOS .................................................................................. 10 
3.2 ENSAIO DE LIMITES DE ATTERBERG ............................................................................................ 12 
3.3 ENSAIO DE GRANULOMETRIA ...................................................................................................... 14 
3.3.1 Peneiramento grosso ........................................................................................................... 14 
3.3.2 Peneiramento fino ............................................................................................................... 15 
3.4 CLASSIFICAÇÃO DO SOLO ............................................................................................................ 17 
3.4.1 Sistema Unificado de Classificação do Solo ....................................................................... 17 
3.4.2 Sistema rodoviário de classificação .................................................................................... 19 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 19 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 20 
4 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Coleta de amostra de solo. ..................................................................................................... 7 
Figura 2 - Coleta de amostra de solo. ..................................................................................................... 7 
Figura 3 - Amostra no aparelho de Casagrande. ..................................................................................... 8 
Figura 4 - Ensaio de limite de plasticidade. ............................................................................................ 9 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1 - Curva granulométrica do solo.............................................................................................17 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Dados referentes a umidade higroscópica. .......................................................................... 11 
Tabela 2 - Dados referentes a massa específica dos grãos. ................................................................... 11 
Tabela 3 - Massa específica dos grãos. ................................................................................................. 12 
Tabela 4 - Dados do limite de liquidez da amostra. .............................................................................. 13 
Tabela 5 - Dados do limite de plasticidade da amostra. ....................................................................... 13 
Tabela 6 - Peneiramento grosso. ........................................................................................................... 15 
Tabela 7 - Peneiramento fino. ............................................................................................................... 16 
Tabela 8 - Classificação do solo pela porcentagem dos grãos. ............................................................. 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Contextualização do tema 
Temos no Brasil um vasto território e consequentemente, com uma grande variação de solos, 
que podem ter tido origem em rochas vulcânicas extrusivas, como os originados pela decomposição 
de basalto, encontrados na bacia do Paraná; solos oriundos da decomposição de rochas intrusivas, 
como granito; de rochas sedimentares, como calcário; de rochas metamórficas, como o gnaisse, além 
de uma farta ocorrência de solos sedimentares (LPE..., 2016). 
O tipo de solo é classificado de acordo com a densidade de sua composição, as necessidades 
especiais da edificação e o comportamento do solo após a aplicação de uma determinada pressão. Os 
fatores relacionados à composição do solo são densidade, porosidade, consistência e relação água-
solo. O tamanho relativo das partículas sólidas define o que podemos chamar de textura e sua 
determinação é feita por meio da distribuição granulométrica. Já a plasticidade representa a maior ou 
menor capacidade do solo ser moldado sem mudança de volume e sob determinada condição de 
umidade. 
A análise granulométrica de um solo é o estudo do tamanho das partículasou grãos que 
compõem esse solo. Ela serve para nos orientar sobre sua classificação e o comportamento do mesmo 
quanto a sua utilização. Faz-se distribuindo em diversas frações de solo, conforme seus tamanhos. 
Estas frações do solo são expressas em porcentagens de peso da amostra tomada. 
Com o objetivo de determinar as características mecânicas de um tipo de solo, o trabalho 
apontará os materiais, métodos, procedimentos e resultados dos ensaios laboratoriais que são feitos 
para a classificação do solo segundo a norma brasileira. 
1.2 Justificativa 
A Análise granulométrica dos solos é um estudo da distribuição das dimensões dos grãos de 
um solo, sendo possível a determinação geral de suas características físicas. Este ensaio permite 
determinar a sua textura, o que possibilita sua classificação em: pedregulho, areias (grossa, média e 
fina), silte e argila. Solos mais grossos apresentam melhor resposta em termos de pavimentação. 
Através dos resultados obtidos desse ensaio é possível a construção da curva de distribuição 
granulométrica, muito importante para a classificação dos solos bem como a estimativa de parâmetros 
para filtros, bases estabilizadas, permeabilidade, capilaridade etc. 
6 
 
A Granulometria interfere através das frações grossas (pedregulho e areia) e finas (silte e 
argila) do material. A primeira entra como elemento inerte, contribuindo para o atrito interno, logo 
possibilita elevado grau de compactação; já a segunda, como elemento aglutinante, influindo na 
coesão (capacidade de aglomerar – conexão) (TECH7 ENGENHARIA, 2019). 
Os Limites de Atterberg dão uma boa ideia do comportamento do solo sob carregamento – 
solos com elevado LL são mais deformáveis; em conjunto com a curva granulométrica permitem a 
classificação dos solos para fins de pavimentação, como a classificação HRB. Os ensaios de 
granulometria e dos Limites de Atterberg, também chamados de ensaios de consistência, são bastante 
úteis para avaliações inicias dos solos para fins de pavimentação (LPE..., 2016). 
As propriedades dos solos exercem influencia direta nos projetos de Engenharia. Por exemplo, 
se for analisado dois solos, o primeiro possui grãos bem arredondados e de mesmas dimensões, 
enquanto o segundo possui grãos irregulares e angulosos, além de partículas de dimensões variadas. 
Se for construída uma edificação acima de cada um, a resposta aos esforços aplicados será diferente. 
O solo que apresenta melhor distribuição granulométrica e grãos mais angulosos fornecerá maior 
resistência, porque ele possui um maior entrosamento entre grãos finos e grossos, que 
consequentemente promove um maior atrito entre as partículas. 
Portanto, para a determinação das características mecânicas de um tipo de solo, visando ter 
uma base na execução de projetos e fundações, são definidos ensaios laboratoriais com amostras do 
solo que se tenha interesse em classificar. 
1.3 Objetivo 
Este trabalho tem por objetivo classificar uma amostra de solo, segundo o sistema unificado de 
classificação do solo e o sistema de classificação rodoviário, com base nos ensaios laboratoriais feitos 
no laboratório de solos da UFOB – Universidade Federal do Oeste da Bahia. 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
2.1 Coleta e preparação das amostras 
Para realização dos ensaios laboratoriais, primeiramente, faz-se a coleta de amostras do solo. 
Após isso, o material coletado deve passar por um processo de preparação, normatizado pela NBR 
6457. Para que esse processo seja feito, após a secagem do material ao ar livre, deve-se analisar a 
amostra em uma bandeja metálica, para verificar se há alta quantidade de material orgânico, e caso 
7 
 
não haja, segue o procedimento. O processo consiste em destorroar, com a finalidade de desagregar as 
partículas maiores das menores, quartear, pesar e peneirar a amostra para que se possa obter uma 
quantidade homogênea, satisfatória e significativa do solo que será analisado. 
 
Figura 1 - Coleta de amostra de solo. 
 
Fonte: Imagem do Google 
 
Figura 2 - Coleta de amostra de solo. 
 
Fonte: Imagem do Google 
2.1.1 Materiais utilizados 
 Bandeja metálica 
 Almofariz de porcelana 
 Mão de gral 
 Balança eletrônica 
 Peneiras 
 Saco plástico 
2.2 Ensaio de Granulometria 
O ensaio de granulometria é muito importante, pois é o processo utilizado para a determinação 
da percentagem em peso para cada faixa de tamanho de partículas. Através dos resultados advindos 
desse ensaio é possível construir uma curva de distribuição granulométrica, que é de extrema 
importância na classificação dos solos. Para os materiais granulares, essa distribuição é obtida através 
8 
 
do peneiramento da amostra, enquanto que para siltes e argilas se utiliza a sedimentação dos sólidos 
em meio líquido. 
2.2.1 Materiais utilizados 
 Béquer 
 Provetas 
 Espátula 
 Peneiras grossas: 50, 37.5, 25, 19, 9.5, 4.8 mm 
 Peneiras finas: 2.0, 1.18, 0.6, 0.425, 0.25, 0.15 e 0.075 mm 
 Estufa 
 Água destilada 
 Densímetro 
 Termômetro 
 Balança 
2.2.2 Método 
Todo o método realizado nesse experimento está descrito na NBR 7181. Ela estabelece a 
metodologia para análise granulométrica de solos, que pode ser realizada por peneiramento ou por 
uma combinação de sedimentação e peneiramento. 
2.3 Ensaio de Limite de Liquidez 
O limite de liquidez faz parte do conhecido Limites de Atterberg e é definido como a umidade 
abaixo da qual o solo se comporta como material plástico. Experimentalmente corresponde ao teor de 
umidade com que o solo fecha uma ranhura nele feita sob impacto de 25 golpes no aparelho de 
Casagrande. 
Figura 3 - Amostra no aparelho de Casagrande. 
 
Fonte: Imagem do Google 
9 
 
2.3.1 Materiais utilizados 
 Almofariz de porcelana 
 Espátula de lâmina flexível 
 Aparelho Casagrande 
 Cinzel 
 Água destilada 
 Balança 
2.3.2 Método 
Todo o método empregado está descrito na NBR 6459. Ela estabelece a metodologia para a 
determinação do limite de liquidez dos solos. 
2.4 Ensaio de Limite de Plasticidade 
O limite de plasticidade, que também faz parte dos limites de Atterberg, representa o outro 
extremo do intervalo em que o solo se encontra plástico, havendo a divisão entre o estado plástico e o 
semissólido, no qual se torna quebradiço e perde a capacidade de ser moldado. Experimentalmente é 
definido como o menor teor de umidade com o qual se consegue moldar um cilindro de 3 mm de 
diâmetro, rolando-se o solo com a palma da mão (Pinto, 2006). 
Figura 4 - Ensaio de limite de plasticidade. 
 
 Fonte: Imagem do Google 
 
2.4.1 Materiais utilizados 
 Almofariz de porcelana 
 Espátula de lâmina flexível 
 Cápsulas de alumínio 
10 
 
 Balança 
 Placa de vidro com superfície fosca 
 Gabarito cilíndrico 
 Água destilada 
2.4.2 Método 
Todo o método empregado está descrito na NBR 7180. Ela especifica o método para a 
determinação do limite de plasticidade e para o cálculo do índice de plasticidade dos solos. 
2.5 Ensaio de Massa Específica dos Grãos 
Este ensaio determina o valor da massa específica, que é uma variável que representa a relação 
entre massa e volume de cada sólido. 
2.5.1 Materiais utilizados 
 Estufa 
 Aparelho de dispersão 
 Picnômetro 
 Bomba à vácuo 
 Termômetro 
2.5.2 Método 
Todo o procedimento utilizado está descrito na NBR 6508. Ela prescreve o método de 
determinação da massa específica dos grãos de solos que passam na peneira de 4,8 mm. 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
3.1 Ensaio de massa específica dos grãos 
Para chegar ao valor numérico da massa específica dos grãos é necessário calcular a umidade 
higroscópica do solo analisado. Para isso, de acordo com o tópico A-4 do anexo da NBR 6457, será 
utilizado os dados dispostos na Tabela 1, sendo o cálculo feito pela Equação 01. 
 
 
 
 
 (Equação 01) 
11 
 
Onde: 
h = umidade higroscópica 
M1 = peso do solo úmido + peso da cápsula 
M2 = peso do solo seco +peso da cápsula 
M3 = peso da cápsula 
 
 
Tabela 1 - Dados referentes a umidade higroscópica. 
CAP PESO CAP (g) PESO SOLO ÚMIDO + CAP (g) PESO SOLO SECO + CAP (g) UMIDADE (%) 
H1 12,53 42,84 42,59 0,83 
H2 12,9 43,86 43,64 0,72 
H3 13,1 43,81 43,6 0,69 
MÉDIA DA UMIDADE (%) 0,75 
Fonte: Autor próprio. 
Para que se possa generalizar uma umidade para o solo, foi calculada a média aritmética das 
três umidades encontradas, e foi possível afirmar que a umidade higroscópica do solo analisado é 
igual a 0,75%. Analisando o resultado, é possível afirmar que o mesmo viria a possuir um valor pouco 
expressivo de água entre suas partículas sólidas, já que sua massa seca e sua massa úmida possuem 
uma diferença mínima. 
Utilizando a Equação 02, apresentada na NBR 6508, será determinada a massa específica dos 
grãos a partir dos dados que estão dispostos na Tabela 2 e adotando a massa específica da água a uma 
temperatura de 24ºC como sendo 0,9973 g/cm³. 
 
Tabela 2 - Dados referentes a massa específica dos grãos. 
 
M (g) R + M + A (g) R + A (g) T ÁGUA (°C) 
CP1 60,18 734,44 696,14 24 
CP2 60,39 720,64 682,34 24 
CP3 60,07 724,5 686,3 24 
Fonte: Autor próprio. 
 
 
 
 
 
 
(Equação 02) 
12 
 
Onde: 
δ = massa específica dos grãos do solo, em g/cm³ 
M1 = massa do solo úmido 
M2 = massa do picnômetro + solo + água, na temperatura T de ensaio 
M3 = massa do picnômetro cheio, na temperatura T do ensaio 
h = umidade inicial da amostra 
δT = massa específica da água, na temperatura T do ensaio 
 
Tabela 3 - Massa específica dos grãos. 
CÁPSULAS δ (g/cm3) 
CP1 2,78 
CP2 2,76 
CP3 2,78 
Fonte: Autor próprio. 
 
Todos os valores obtidos no ensaio são considerados como satisfatórios, pois nenhum deles 
ficou fora do intervalo determinado pela NBR 6508, sendo assim, tem-se então uma massa específica 
dos grãos igual a 2,77 g/cm³. 
3.2 Ensaio de Limites de Atterberg 
Para se proceder esses ensaios, tomou-se por base a NBR 6459 que prescreve o procedimento 
de cálculo para determinação da umidade do solo após um número de golpes obtidos no aparelho de 
Casagrande, calculando, assim, o limite de liquidez. E a NBR 7180, que determina o ensaio para 
encontrar o valor de umidade necessária para se moldar um cilindro com diâmetro de 3 mm com a 
mão, determinando, assim, o limite de plasticidade. 
Partindo dos dados obtidos para esse relatório, desenvolveu-se as Tabelas 4 e 5 com as 
informações necessárias para discussão. 
 
 
 
 
13 
 
Tabela 4 - Dados do limite de liquidez da amostra. 
CÁPSULA PESO CAP (g) PESO CAP + SOLO ÚMIDO (g) PESO CAP + SOLO SECO (g) GOLPES 
L1 6,77 14,75 NL 20 
L2 7,2 12,46 NL 25 
L4 6,83 12,53 NL 26 
L5 6,43 13,03 NL 31 
L6 5,75 10,54 NL 34 
Fonte: Autor próprio. 
 
 
Tabela 5 - Dados do limite de plasticidade da amostra. 
CÁPSULA PESO CAP (g) PESO CAP + SOLO ÚMIDO (g) PESO CAP + SOLO SECO (g) 
P7 6,77 16,75 NP 
P8 6,58 16,67 NP 
P9 6,93 17,49 NP 
P10 7,07 17,17 NP 
P2 6,37 16,52 NP 
Fonte: Autor próprio. 
 
 
O que se pode notar com a Tabela 4 e a partir da NBR 6459 é que o solo analisado não possui 
limite de liquidez, logo não se conseguiu a abertura da ranhura ou o seu fechamento com mais de 25 
golpes no aparelho de Casagrande. 
Para os resultados da Tabela 5, pode-se observar a impossibilidade de se obter o cilindro com 
3 mm de diâmetro, considerando então, que a amostra não apresenta limite de plasticidade. 
Através da NBR 7180, pode-se obter o índice de plasticidade, que é definido como o intervalo 
em que o solo se apresenta em estado plástico, com esse valor sendo obtido através da Equação 03. 
 
Onde: 
IP = Índice de plasticidade 
LL = Limite de liquidez 
LP = Limite de plasticidade 
(Equação 03) 
14 
 
Porém, como esse solo não apresenta limite de liquidez e limite de plasticidade, pode-se 
considera-lo como solo não plástico (NP). 
De maneira prévia, pode-se dizer que esse solo não apresenta quantidade de finos suficiente 
para desenvolvimento dos ensaios. 
3.3 Ensaio de Granulometria 
Para esse relatório, o solo analisado não necessita do processo de sedimentação para sua 
determinação granulométrica, dependendo apenas do peneiramento deste, que está regulamentado 
pela NBR 7181. 
A MT para o ensaio de análise granulométrica seguindo a nomenclatura apresentada na NBR 
7181 foi MT = 8000 g. 
Além disso, a partir das medições de massa das três cápsulas separadas para determinação da 
umidade higroscópica, determinou-se de acordo com a NBR 6457 e de forma já apresentada neste 
documento que a umidade higroscópica do solo para o ensaio de análise granulométrica foi h = 
0,75%. 
Partindo dos dados obtidos, deve-se calcular a massa total da amostra seca, utilizando a 
Equação 04. 
 
 
 
 
 
Onde: 
MS = massa total da amostra seca 
MT = massa da amostra seca ao ar 
Mg = massa do material seco retido na peneira de 2 mm 
h = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2 mm 
O valor obtido foi de MS = 7951,79 g. 
3.3.1 Peneiramento grosso 
De acordo a NBR 7181, deve se calcular a porcentagem de material passante das peneiras 
apresentadas na Tabela 6. Este cálculo deve ser efetuado através da Equação 05 
(Equação 04) 
15 
 
 
 
 
 
 Onde: 
 Qg = porcentagem de material em cada peneira 
 MS = massa total de amostra seca 
 Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira 
 
Tabela 6 - Peneiramento grosso. 
PENEIRAS (mm) MATERIAL RETIDO (g) MASSA RETIDA ACUMULADA (g) Qg (%) 
50 0 0 100,00 
34,5 104,3 104,3 98,69 
25 76,3 180,6 97,73 
19 60,1 240,7 96,97 
9,50 258 498,7 93,73 
4,8 1109,6 1608,3 79,77 
2 1483,2 3091,5 61,12 
Fonte: Autor próprio. 
 
3.3.2 Peneiramento fino 
O Mh utilizado para esse relatório segue a NBR 7181, na qual diz que se deve retirar cerca de 
120 g do material passado na peneira 2 mm. 
Para determinar a porcentagem de material passante das peneiras finas, utilizou-se a Equação 
06, que foi dada pela NBR 7181 e os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 7. 
 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
Qf = porcentagem de material passado em cada peneira. 
(Equação 06) 
16 
 
Mh = massa do material úmido submetido ao peneiramento fino ou a sedimentação, conforme 
o ensaio tenha sido realizado apenas por peneiramento ou por combinação de sedimentação e 
peneiramento, respectivamente. 
h = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2 mm. 
Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira. 
N = porcentagem de material que passa na peneira de 2 mm, calculado conforme indicado em 
5.2 (item da NBR 7181). 
Tabela 7 - Peneiramento fino. 
PENEIRAS (mm) MATERIAL RETIDO (g) MASSA RETIDA ACUMULADA (g) Qf (%) 
1,18 8,56 8,56 56,73 
0,6 7,78 16,34 48,95 
0,425 7,15 23,49 39,29 
0,250 16,84 40,33 25,99 
0,15 17,64 57,97 13,34 
0,075 24,14 82,11 4,14 
Fonte: Autor próprio. 
 
A partir do peneiramento, pode-se perceber que não houve sedimentação. Portanto, o 
peneiramento foi suficiente para determinar a granulometria dos grãos. 
Em seguida está apresentado o Gráfico 1 dispondo nas abcissas os diâmetros das partículas e 
nas ordenadas as porcentagens passantes das partículas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Gráfico 1 - Curva granulométrica do solo. 
 
Fonte: Autor próprio. 
 
 
Dada a granulometria, definimos os grãos de solo neste ensaio com a distribuição. Como 
indicado na Tabela 8. 
 
Tabela 8 - Classificação do solo pela porcentagem dos grãos. 
PERCENTUAL DE SILTE OU ARGILA 4,14 
PERCENTUAL DE AREIA FINA 35,15 
PERCENTUAL DE AREIA MÉDIA 21,83 
PERCENTUAL DE AREIA GROSSA 18,65 
PERCENTUAL DE PEDREGULHO 20,23 
Fonte: Autor próprio. 
 
3.4 Classificação do solo 
Após determinar a curva granulométrica e as demais informações adquiridas ao logo deste 
documento, pode-se classificar o solo estudado de acordo com o sistema unificado e o sistemarodoviário. 
3.4.1 Sistema Unificado de Classificação do Solo 
Primeiramente deve-se determinar a porcentagem de material passante na peneira #200 (0,075 
mm), que pela Tabela 8 é possível afirmar que é 4,14%. Sendo assim, o solo estudado pode ser 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,001 0,01 0,1 1 10 100
P
o
rc
e
n
ta
ge
m
 d
e 
So
lo
 P
as
sa
n
te
 
Diâmetro dos grãos (mm) 
18 
 
classificado como granular. Para esse tipo de solo, deve-se identificar se é pedregulho ou areia, e a 
característica que irá predominar é a que tem maior porcentagem. Pelos dados obtidos, observa-se que 
a areia apresenta maior porcentagem, cerca de 75,63%. Se o material tiver poucos finos, ou seja, a 
porcentagem que passa na peneira #200 for menor que 5 %, deve-se verificar como é sua composição 
granulométrica e classificá-la como bem ou mal graduada. 
Essa característica dos solos granulares é determinada pelo CNU, que é o coeficiente de não 
uniformidade, dado pela Equação 07. 
 
 
 
 
Onde: 
D60 = diâmetro abaixo do qual se situam 60% em peso das partículas. 
D10 = diâmetro abaixo do qual se situam 10% em peso das partículas. 
Quanto maior o coeficiente de não uniformidade, mais bem graduado é considerado o solo. 
Analisando os dados obtidos no Gráfico 01, pode-se dizer que o D60 é aproximadamente igual 
a 1,9 mm e o D10 aproximadamente igual a 0,13 mm. Assim, substituindo esses valores na Equação 07 
tem-se CNU = 14,6. 
Outro coeficiente utilizado na classificação é o CC, coeficiente de curvatura, que detecta 
melhor o formato da curva granulométrica e permite identificar eventuais descontinuidades ou 
concentração muito elevada de grãos mais grossos. Para determiná-lo, utiliza-se a Equação 08. 
 
 
 
 
 
Onde: 
D60 = diâmetro abaixo do qual se situam 60% em peso das partículas. 
D10 = diâmetro abaixo do qual se situam 10% em peso das partículas. 
D30 = diâmetro abaixo do qual se situam 30% em peso das partículas. 
Analisando o Gráfico 01, como feito anteriormente, pode-se dizer que o D30 é 
aproximadamente igual a 0,3 mm. Assim, substituindo os valores na Equação 08, tem-se que CC = 
0,36. 
(Equação 07) 
(Equação 08) 
19 
 
Com isso, pode-se concluir que o solo é uma areia bem graduada e que sua classificação no 
sistema unificado é SW. Sabendo disso, é possível afirmar que esse solo possui excelente 
trabalhabilidade como material de construção, é considerado permeável quando compactado, com 
excelente resistência compactada e saturada, desprezível quanto a compressibilidade compactada e 
saturada, além de possuir excelentes características de drenagem. No que diz respeito ao seu uso em 
fundações, esse solo não apresenta dados. 
 
3.4.2 Sistema rodoviário de classificação 
Foi visto que o percentual de solo passante na peneira #200 é igual a 4,14%, sendo assim, o 
próximo passo é realizar o cálculo do índice de grupo (IG) através da Equação 09. 
 
 
 
Onde: 
a = % de material que passa na peneira #200 – 35; se % > 75 adota-se a = 40, se % < 35, 
adota-se a = 0. (a varia de 0 a 40); 
b = % de material que passa na peneira #200 – 15; se % > 55 adota-se b = 40, se % < 15, 
adota-se b = 0. (b varia de 0 a 40); 
c = valor do LL – 40; se LL > 60% adota-se c = 20, se LL < 40%, adota-se c = 0. (c varia de 0 
a 20); d = valor do IP – 10; se IP > 30% adota-se d = 20, se IP < 10%, adota-se d = 0. (d varia de 0 a 
20). 
 A partir das informações passadas é possível afirmar que o IG vale 0. Logo, pela classificação 
rodoviária o solo analisado é caracterizado como sendo do tipo A-1-b, um solo com predominância de 
pedra britada, pedregulho e areia, com comportamento geral como subleito de excelente a bom. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Com base nos ensaios realizados, foi possível obter os valores necessários para 
classificar o solo coletado, no qual faz parte do grupo de solos com predominância de pedra 
britada, pedregulho e areia, com massa específica de 2,77 g/cm3. 
O gráfico obtido a partir da curva granulométrica apresentou um comportamento 
descontínuo, isso aconteceu porque o solo analisado apresenta ausência de grãos com certo 
(Equação 09) 
20 
 
diâmetro. Além disso, ele nos mostrou as porcentagens dos solos, com índices de 75,63% de 
areia e 20,23% de pedregulhos, o que afirma a presença de poucos finos. 
 Ao analisarmos o coeficiente de não uniformidade (CNU) e o coeficiente de curvatura 
(CC), deparamos com uma disparidade, pois o CNU nos diz que o solo tem característica bem 
graduada, porém, o CC induz que é descontínuo, por seu resultado não se encontrar entre 1 e 3. 
Contudo, se levarmos em consideração o CNU, este solo passa a ser classificado, pelo SUCS 
(Sistema Unificado de Classificação do Solo), como SW e, pelo SRC (Sistema Rodoviário de 
Classificação), como A-1-b, que é um solo com areia considerada bem graduada, considerado 
permeável quando compactado, com excelente resistência compactada e saturada, desprezível 
quanto a compressibilidade compactada e saturada, além de possuir excelentes características 
de drenagem. 
Em linhas gerais, estradas construídas em terreno com esse tipo de solo não atolam na 
época de chuva e não formam poeira na época seca. Isto porque seus grãos são suficientemente 
pesados para não serem levantados quando da passagem dos veículos, e também não se 
aglutinam como acontece nos terrenos argilosos. Estes, em comparação, quando usados em 
estradas sem pavimentação, torna as pistas barrentas nas chuvas e na seca formam um pisa 
duro. 
 
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: Preparação para ensaios de 
compactação e ensaios de caracterização. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6459: Solo – Determinação do 
Limite de Liquidez. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6508: Grãos de solos que passam 
na peneira de 4,8mm – Determinação da massa específica. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7180: Solo – Determinação do 
Limite de Plasticidade. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181: Solo – Análise 
granulométrica. 
21 
 
IBDA. Construção, Fórum da. Conheça os três tipos principais de solo: areia, silte e argila. Disponível 
em: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=9&Cod=59. Acesso em: 05 de Agosto de 
2021. 
LPE Engenharia: Ensaios de solos: por que fazer?. In: LPE Engenharia: Ensaios de solos: por que 
fazer?. São Paulo, 26 set. 2016. Disponível em: http://lpe.tempsite.ws/blog/index.php/ensaios-de-
solos-por-que-fazer/. Acesso em: 30 jul. 2021. 
TECH7 ENGENHARIA. A importância dos ensaios Geotécnicos dos Solos em sua Obra. In: TECH7, 
Engenharia. Macapá – AP, 22 de maio, 2019. Disponível em: 
https://www.tech7engenharia.com.br/blog/a-importancia-de-ensaios-geotecnicos-dos-solos-em-sua-
obra. Acesso em: 05 de Agosto de 2021.

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