Buscar

APOSTILA SAMU 192 SET 2021 (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM SUPORTE BÁSICO DE VIDA NO 
TENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL SAMU 192 
 
 
 
1. SERVIÇO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) MÓVEL 
 
De acordo com o Ministério da Saúde, o APH móvel tem como objetivo chegar precocemente 
à vítima após ter ocorrido alguma urgência ou emergência de natureza clínica, cirúrgica, traumática, 
obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras, que possa levar a sofrimento, a sequelas, ou 
mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado a 
um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde. 
 
De acordo com a Portaria nº 2048/GM, em 5 de novembro de 2002, para um adequado 
atendimento pré-hospitalar móvel deve estar vinculado a uma Central de Regulação de Urgências, 
de fácil acesso ao público, por via telefônica, em sistema gratuito (192 como número nacional de 
urgências médicas). 
 
O atendimento no local é monitorado via rádio pelo médico regulador que orienta a equipe de 
intervenção quanto aos procedimentos necessários à condução do caso. Deve existir uma rede de 
comunicação entre a Central, as ambulâncias e todos os serviços que recebem os pacientes. 
 
2. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: APH 
 
DEFINIÇÃO: conjunto de procedimentos técnicos realizados no local da emergência e 
durante o transporte da vítima. O objetivo é manter a vítima com vida e em situação mais próxima 
possível da normalidade até sua chegada a unidade hospitalar. 
 
O atendimento pré-hospitalar compreende três etapas: 
 
1. Atendimento na cena da ocorrência 
2. transporte rápido e com segurança até o hospital 
3. Chegada no hospital e passagem do caso. 
 
A atuação dos profissionais de saúde no atendimento pré-hospitalar é regulamentada 
pela Portaria n.º 2.048 do Ministério da Saúde. Ela regulamenta os serviços de urgência e 
emergências, dos quais o atendimento pré-hospitalar faz parte. 
 
3. URGÊNCIAS CLÍNICAS 
 
3.1 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO- IAM 
 
CONCEITO: O IAM, conhecido também como ataque cardíaco, ocorre quando uma área do 
coração não recebe fluxo sanguíneo e oxigênio por um período prolongado de tempo (geralmente 
mais de 20 a 30 minutos) e o músculo do coração começa a morrer, causando desconforto torácico 
e/ou dor. Figura 1 e Figura 2. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html
 
 
 
 
 
 
CAUSAS: 
 
Pode acontecer por: estreitamento grave de uma artéria por uma placa de colesterol, erosão ou 
rompimento da placa causando bloqueio completo do vaso e espasmos dos vasos sanguíneos 
causados por uso de substâncias ilícitas como: crack e cocaína. 
 
FATORES DE RISCO 
 
Indivíduos que tem a maior chance de ter um IAM: hipertensos, cardíacos, diabéticos, 
Fumantes, alcoolistas, obesos, sedentários, níveis elevados de colesterol, mulheres com mais de 40 
anos que usam contraceptivo oral, tensão e estresse. 
 
SINAIS E SINTOMAS: Os principais sintomas do IAM são: 
 
 Dor em aperto no peito caminhando para o braço esquerdo e até pescoço, com duração 
prolongada (maior que 20 minutos) 
 Sudorese fria 
 Perda da consciência. 
 
 
CONDUTAS: 
 
 Manter a pessoa deitada, evitando ao máximo a movimentação 
 Afrouxar roupas e arejar ambiente 
 Se prescrito pelo Médico Regulador: 
 
 Instalar oxigênio 
 administrar 2 comprimidos de Ácido Acetil Salicílico- AAS infantil: 200 mg mastigável. 
Questionar alergias. 
 puncionar acesso venosos periférico 
 
 Transportar para hospital 
Figura 1 e Figura 2: dor torácica e oclusão arterial 
Figura 5- fatores de risco para AVC 
3.2 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) 
CONCEITO 
O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é popularmente conhecido como "derrame". Ocorre 
quando o suprimento sanguíneo é reduzido ou bloqueado, podendo haver a perda súbita da função 
neurológica, ocasionando lesões cerebrais que podem ser: pequenas, severas, temporárias ou 
permanentes. O AVC pode ocorrer a qualquer hora, durante qualquer atividade e até durante o sono. 
 
Existem dois tipos distintos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. Figura 3 e Figura 4 
 
 
AVC Isquêmico: 
AVC isquêmico é o mais comum. 
Ocorre quando um vaso que irriga o 
cérebro é bloqueado. 
 
 
 
AVC Hemorrágico: 
o AVC hemorrágico ocorre devido a 
ruptura de um vaso sanguíneo dentro 
ou ao redor do cérebro 
 
 
 
 Figura 3- Definição do AVCI Figura 4- Definição do AVCH 
 
 
 
FATORES DE RISCO 
 
Indivíduos que tem a maior chance de ter um AVC: Idosos, hipertensos, cardíacos, 
diabéticos, fumantes, alcoolistas, obesos e sedentários. Figura 5 
 
 
 
SINAIS E SINTOMAS DE AVC 
 
 Alterações do movimento e/ou da sensibilidade em uma parte do corpo 
 Dificuldade para falar e/ou entender 
 Dor de cabeça intensa e súbita. 
 Alteração da visão, como visão dupla e/ou dificuldade para enxergar. 
 Náusea/vômito, dificuldade para engolir e/ou perda de consciência (desmaio). 
 Tontura ou alteração do equilíbrio (andar como bêbado). 
Presença de APENAS 1 
item alterado: 
Sensibilidade de 72% 
para AVC 
ESCALA DE CINCINATTI: ESCADA PRÉ-HOSPITALAR DE AVC- Figura 6 e Figura 7 
 
 
 
 
 
F FACE Sr(a) Por favor, você consegue dar um sorriso? 
O socorrista deve observar se os dois lados da boca se levantam ou não. 
Nomal: lados simétricos 
Anormal: lados assimétricos 
F FORÇA Sr (a) consegue levantar os 2 braços na altura do ombro? 
O socorrista deve avaliar se o paciente além de conseguir levantar o braço 
mantém a altura do mesmo 
Normal: sem queda 
Anormal: queda de um braço ou não se move 
F FALA Sr (a) consegue repetir: O CÉU É AZUL! 
Deve-se observar se a clareza nas palavras se a fala está pesada. 
Normal: repete corretamente 
Anormal: murmura palavras, repete outras palavras ou não consegue falar 
 
 
CONDUTAS 
 
 Manter a vítima deitada, evitando ao máximo a movimentação 
 Afrouxar roupas e arejar ambiente 
 Verificar sinais vitais 
 Manter cabeceira a 0 grau, exceto se vomito 
 Aplicar escala pré-hospitalar de avaliação de AVC- CINCINATTI 
 Se prescrito pelo Médico Regulador 
 Instalar oxigênio 
 Puncionar acesso venoso periférico 
 Checar glicemia 
 Determinar horário de início de sintomas 
 Transportar para hospital 
 
3.3 ANGINA PECTORIS 
CONCEITO 
Angina pectoris ou ainda angina do peito é a síndrome clínica caracterizada por crises de dor, 
queimação ou sensação de pressão na região do tórax. 
Obesidade. 
Diabetes mellitus. 
Colesterol alto. 
Sedentarismo. 
Tabagismo. 
Hipertensão arterial. 
Idade acima de 50 anos. 
História familiar de doença isquêmica cardíaca. 
CAUSAS 
 
Obstrução transitória das artérias coronárias. A causa da dor é o fornecimento inadequado de 
sangue ao coração, resultando no suprimento insuficiente de oxigênio e de nutrientes para o miocárdio 
(musculo cardíaco) 
 
Alguns fatores podem provocar a dor anginosa: esforço físico, Ingestão de grandes refeições, 
exposição ao frio e a situações estressantes. 
 
FATORES DE RISCO 
 
 
TIPOS DE ANGINA 
 
1. Angina estável: dor de curta duração que inicia ao esforço e cede ao repouso 
2. Angina instável: dor mais intensa e de duração mais prolongada, que surge subitamente e que 
não cede ao repouso. 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
 
 Sensação de peso, queimação, pressão ou aperto no peito;
 Dor intensa na região central ou à esquerda do tórax, que pode irradiar para as costas, 
mandíbula ou para o braço esquerdo.
 Sensação de indigestão e queimação no estomago
 Falta de ar ou sufocação;
 
CONDUTA 
 
 Manter repouso absoluto
 Verificar sinais vitais
 Se prescrito pelo Médico Regulador:
 
 Instalar oxigênio 
 Puncionar acersso venoso periférico 
 
 Orientar sobre
 
 ingestão de refeições fracionadas 
 Evitar ingestão excessiva de cafeína e fumo 
 
 Transportar para hospital
https://www.mdsaude.com/obesidade/obesidade-e-sindrome-metabolica/
https://www.mdsaude.com/endocrinologia/diabetes-tipo-2-causas/
https://www.mdsaude.com/cardiologia/colesterol/colesterol-hdl-ldl-triglicerideos/https://www.mdsaude.com/dependencia/cigarro/
https://www.mdsaude.com/hipertensao/
3.4 INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA AGUDA 
 
As principais funções do sistema respiratório são captar o oxigênio do ar durante a inspiração 
(quando o ar entra nos pulmões) e transferir o oxigênio para o sangue que passa pelos vasos 
sanguíneos (então o sistema circulatório se encarregará de levar esse oxigênio para todo o corpo); e 
retirar o gás carbônico do sangue que passa pelos vasos sanguíneos e eliminá-lo no ar através da 
expiração (quando o ar sai dos pulmões). 
 
CONCEITO 
 
Condição caracterizada pela incapacidade do sistema respiratório em fornecer oxigênio 
necessário para manter o organismo, ou quando não consegue eliminar a quantidade suficiente de 
dióxido de carbono. 
 
CAUSAS 
 
Infecções, alterações do sistema nervoso central, obstrução das vias aéreas, abuso de drogas, 
AVC, doenças pulmonares, inalação de fumaça ou agentes irritantes. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
 Dispnéia,
 Taquipnéia
 Cianose
 Cefaléia
 Taquicardia
 Ansiedade
 Inquietação e confusão mental
 
CONDUTAS 
 
 Manter repouso Absoluto
 Verificar sinais vitais
 Instalar oxímetro de pulso
 Se saturação < 95%: Instalar oxigênio
 Desobstruir vias aéreas, se necessário
 Transportar para o hospital com cabeceira elevada
 
3.5 DISTÚRBIOS METABÓLICOS 
 
Os valores normais de glicose no sangue quando estamos em jejum costumam ficar 
entre 70 e 100 mg/dl. 
 
3.5.1 HIPERGLICEMIA 
CONCEITO 
Condição que ocorre quando o nível de glicose no sangue se encontra muito elevado. A 
principal causa desse aumento de açúcar no sangue se deve à diabetes, que ocorre em virtude da não 
produção ou produção em quantidade insuficiente do hormônio insulina, que é o responsável por 
adequar os níveis de glicose no sangue. 
OUTRAS CAUSAS 
 
 Excesso de alimentação e carência de exercícios físicos
 Dose incorreta de insulina pelo paciente diabético
 
SINAIS E SINTOMAS DE HIPERGLICEMIA 
 
 Aumento da sede e do volume urinário
 Fraqueza, dores de estômago e dores generalizadas
 Dificuldade de respirar
 Perda de apetite, náuseas e vômitos.
 Fadiga e dormência nas pernas
 Visão turva e embaçada
 
CONDUTA 
 
 Reconhecer os sintomas de hiperglicemia
 Manter paciente em repouso
 Se prescrito pelo Médico Regulador:
 
 Realizar glicemia capilar 
 Puncionar acesso venoso periférico 
 Administrar medicação conforme prescrição medica 
 
 Transportar para hospital
 
3.5.2 HIPOGLICEMIA 
CONCEITO 
Redução do Nível de glicose no sangue, com um valor de glicemia inferior a 70 mg/dL. 
 
CAUSAS 
 
 Alcoolismo.
 Cirrose ou hepatite grave.
 Desnutrição.
 Tumores do pâncreas.
 Medicamentos.
 Cirurgias para redução do estômago.
 Diabetes
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
 Fraqueza e tremores
 Calor, suores e pele fria
 Fome
 Taquicardia
 Dormência nos lábios ou membros
 Dor de cabeça
 Alterações de comportamento
 Perda da capacidade de raciocínio
 Letargia
 Incoordenação motora
 Alterações visuais
 Redução do nível de consciência
 Convulsões e coma
 
CONDUTA 
 
 Reconhecer os sintomas de hipoglicemia
 Manter paciente em repouso
 Se prescrito pelo Médico Regulador:
 
 Realizar glicemia capilar 
 
 Puncionar acesso venoso periférico 
 Administrar medicação conforme prescrição medica 
 
 Ficar alerta para ocorrência de PCR e reanimar
 Transportar para hospital
 
3.6 INTOXICAÇÃO EXÓGENA 
CONCEITO 
Conjunto de sinais e sintomas decorrentes da exposição a substancias químicas tóxicas para o 
organismo. 
 
CAUSAS 
 
Remédios em doses excessivas, picadas de animais venenosos, agrotóxicos, inseticidas e 
drogas ilícitas. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
 Batimentos cardíacos acelerados ou lentificados
 Aumento ou queda da pressão arterial
 Aumento ou diminuição do diâmetro das pupilas
 Suor intenso
 Vermelhidão ou ferimentos na pele
 Alterações visuais, como borramento, turvação ou escurecimento
 Falta de ar
 Vômitos, diarreia e dor abdominal
 Retenção ou incontinência urinária e fecal
 Lentificação e dificuldade para realizar movimentos
 Sonolência
 Alucinação e delírio
 Convulsão e coma
 PCR
CONDUTA 
 
 Manter paciente em repouso
 Arejar ambiente
 Buscar identificar o que provocou a intoxicação
 Verificar sinais vitais
 Não dar nada para vítima beber
 Se prescrito pelo Médico Regulador:
 
 Puncionar acesso venoso periférico 
 
 Transportar para hospital
 
4. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA- PCR 
CONCEITO 
Interrupção súbita da atividade mecânica cardíaca, levando a interrupção do fluxo sanguíneo 
para todos os órgãos e tecidos, especialmente para o cérebro. 
 
A PCR é uma emergência clínica que acarreta prioridade de atendimento devido a necessidade 
de intervenção rápida e eficaz. 
 
As ações realizadas durante os minutos iniciais de atendimento de uma emergência são críticas 
em relação à sobrevivência da vítima. O suporte básico de vida define essa sequência de ações para 
salvar vidas. 
 
Alguns fatores podem implicar diretamente no sucesso do atendimento inicial: 
 
 O tempo de chegada do socorro; 
 O tempo de início da assistência a PCR. 
 
4.1 CONCEITOS IMPORTANTES 
 
I. Anatomia e Fisiologia Cardíaca 
 
O coração é um músculo autônomo, localizado no mediastino é envolvido por um saco 
membranoso denominado pericárdio. Sua principal função é bombear o sangue nutrido com oxigênio 
e glicose para os demais órgãos (cérebro, pulmão, rins, além do próprio coração), por contrações 
oriundas de estímulos elétricos próprios. 
 
Essas contrações formam as batidas do coração, denominada frequência cardíaca (FC) que 
tem como valores em pessoas normais: 
 
 
IDADE FREQUÊNCIA CARDÍACA 
RN/LACTENTE 120 a 160 BPM/ MEDIA 140 
CRIANÇA 90 a 140 bpm/média 120 bpm 
ADULTO 60 a 100 bpm/ media 80 bpm 
A ausência dessas contrações ou contrações ineficazes impede que o sangue seja bombeado 
para os órgãos cessando então suas atividades, que se não tiver um a intervenção imediata, pode 
causar a morte do indivíduo. 
 
II. Anatomia e Fisiologia Cerebral 
 
O sistema nervoso central é divido em encéfalo e medula espinhal e essas estruturas ocupam o 
espaço cranioespinhal. Além do tecido nervoso, este espaço é totalmente preenchido por: sangue 
(dentro dos vasos), líquido cefalorraquidiano. 
 
O cérebro faz o controle do sono, movimento, fome, sede e de quase todas as atividades vitais 
necessárias para a sobrevivência. Não podemos esquecer-nos das emoções: amor, ódio, medo, ira, 
alegria e tristeza e ainda, recebe e interpreta sinais enviados pelo organismo e pelo meio exterior. 
 
Algumas substâncias são fundamentais para seu funcionamento dentre elas: oxigênio e glicose, 
que são levadas pelos vasos sanguíneos até o tecido nervoso por meio do funcionamento cardíaco. 
 
4.2 SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) 
 
A sociedade Brasileira de Cardiologia descreve o SBV como termo genérico aplicável ao 
conjunto de medidas utilizadas para restabelecer a vida de uma vítima em parada ventilatória 
(sem funcionamento do aparelho respiratório) e em parada cardíaca (sem funcionamento do 
sistema cardíaco). 
 
O principal objetivo da execução das manobras de SBV é manter adequado fluxo de sangue 
oxigenado ao cérebro e coração, até que possa ser instituído tratamento médico e se restabeleça o 
normal funcionamento cardíaco e ventilatório, sendo que um rápido início do SBV é a chave de 
sucesso na RCP. 
 
Para que essas manobras sejam executadas de forma clara e precisa devemos obedecer a 
sequência de ações demonstradas nos SEIS ELOS DA CADEIA DE SOBREVIVENCIA. Figura 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O diagnóstico preciso e precoce de PCR é determinante do prognóstico dos pacientes e o 
reconhecimento se faz através da ausência de sinais de vida como: inconsciência da vítima, ausência 
de respiração e ausênciade pulso. 
FIGURA 8: Cadeia de Sobrevivência da AHA para a PCREH em Adultos 
 
 
 
 
FIGURA 9: Abordagem inicial e pedido de ajuda 
Figuras 10 e 11: Localização da compressão 
DIAGNÓSTICO DA PCR 
 
1°-Ausência de Responsividade 
 
2º- Ausência de respiração E ausência de pulso arterial central (carotídeo) - tempo máximo de 
avaliação :10 segundos 
 
Se não responder, não respirar e não tiver pulso– GRITE POR AJUDA: Solicite o DEA. Figura 9 
 
 
 
 
 
RCP IMEDIATA DE ALTA QUALIDADE 
 
A RCP no adulto deve ser composta por 3 etapas: 
 
 Compressão torácica 
 Abertura de Vias aéreas 
 Boa respiração 
 
C- Compressão torácica 
 
Inicie pelas compressões torácicas com ênfase em "comprimir forte e rápido. 
 
Localização da compressão torácica: 2 a 3 dedos acima do apêndice xifoide (osso esterno). 
Figuras 10, 11,12, e 13 
 
 
 
 
 
C - A - B 
 
 
 
 
COMPRESSÃO TORÁCICA 
PASSO AÇÃO 
1 Posicione-se ao lado da vítima 
2 Certifique-se de que a vítima esteja deitada de costas, sobre uma superfície firme e 
plana. Caso a vítima esteja deitada de bruços, gire-a cuidadosamente, para que fique 
de costas. 
3 Afaste ou remova todas as roupas que cobrem o tórax da vítima. Você precisa 
conseguir ver a pele. 
4 Ponha o calcanhar de uma mão no centro do peito desnudo da vítima, entre os 
mamilos ou 2 dedos acima do apêndice xifóide. (Esterno) 
5 Ponha o calcanhar da outra mão sobre a primeira. 
6 Estique seus braços e posicione seus ombros na direção de suas mãos. 
7 Faça compressão forte e rápida, pressionando o tórax para baixo, mínimo 5 
centímetros e no máximo 6 centímetros. Para cada compressão torácica, assegure- 
se de comprimir sobre o osso do peito (esterno) da vítima. PERMITIR O RETORNO 
TOTAL DO TÓRAX 
8 Ao final de cada compressão certifique-se do retorno completo do tórax, permitindo 
que mais sangue encha o coração entre as compressões. 
9 Aplique compressões a uma frequência mínima de 100 por minuto e máxima de 120 
por minuto. 
 
 
A – Abertura de via aérea – 
 
Manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo: Figura 14 
 
 
Figuras 12 e 13: posicionamento dos braços 
Figura 14- Abertura de via aérea 
A seleção do tamanho 
adequado para a vítima deve 
ser estimada pela distância 
entre a rima labial e o lobo da 
orelha ou o ângulo da 
mandíbula. 
Figura 15: Posicionamento da cânula orofaríngea 
ABERTURA DE VIA AÉREA 
Passo Ação 
1. Ponha uma mão na testa da vítima e empurre com a 
palma da mão, para inclinar a cabeça para trás. 
2. Ponha os dedos da outra mão abaixo da parte 
óssea da mandíbula, perto do queixo. 
3. Eleve a mandíbula, para levar o queixo para frente. 
Nos pacientes inconscientes, a abertura da via aérea deve ser complementada com a 
inserção da cânula orofaríngea (cânula de guedel), que é um dispositivo que irá elevar a língua, 
possibilitando a passagem do ar. Figura 15 
 
 
 
 
B - Boa Respiração: 
 
Podemos utilizar o dispositivo bolsa-válvula-máscara (AMBU) enriquecido com oxigênio, que 
permite a ventilação assistida para os casos de parada respiratória ou de bradipnéia. Esse dispositivo é 
o mais indicado para realizar assistência ventilatória durante o atendimento, pois proporciona 
segurança e eficácia ao atendimento tanto para o socorrista quanto para o paciente. 
 
A técnica correta para o manejo do dispositivo bolsa-válvula-máscara é segurando a máscara 
em forma de C na porção superior fazendo compressão em direção a face do paciente e em forma de 
E na porção inferior, segurando com a ponta dos dedos na região do osso da mandíbula, de forma a 
exercer uma tração em direção superior e anterior, elevando o queixo para que abra a via aérea. Figura 
16 
 
 
 
Figura 16: Técnica C-E de ventilação 
ATENÇÃO 
 
Considerar, nas situações em que não seja 
possível ventilar a vítima com segurança, a 
manutenção da compressão cardíaca 
externa ate a desfibrilação, se indicado. 
A relação compressão-ventilação a ser 
utilizada no adulto é 30:2, ou seja, para cada 30 
compressões cardíacas externas, duas 
insuflações de ar, independente de o 
atendimento ser realizado por UM ou DOIS 
socorristas. 
PASSO AÇÃO 
1. Posicione-se ao lado da vítima 
2. Coloque a máscara na face da vítima, usando a pnte do nariz como base 
para a posição correta 
3. Ajuste a máscara contra a face: TÉCNICA C e E com uma das mãos. 
4. Com a outra mão aperte a bolsa para fornecer oxigênio ao paciente 
 
 
 
 
 
Quando houver dificuldade de ventilar o paciente usando uma única mão, pode-se usar 
da técnica de 02 mãos com 02 socorristas, na qual enquanto um socorrista ventila, o outro segura a 
máscara com as duas mãos, favorecendo uma melhor expansão pulmonar e consequentemente uma 
melhor oxigenação. A técnica das 02 mãos deve ser realizada principalmente quando se encontra 
dificuldade em expandir o tórax como, por exemplo, pacientes muito obesos, com barba, idosos e 
gestantes. Figura 17 
 
 
 
 
 
4.3 Posição de Recuperação 
 
A posição de recuperação tem como objetivo principal proporcionar conforto a vítima, 
restabelecer a ventilação, evitar broncoaspiração por vômito ou outro tipo de secreção oriundo da 
cavidade oral. Independente da posição de recuperação o socorrista deve VIAGIAR a vítima para 
certificar-se de que a mesma não teve piora do quadro. Figura 18. 
Figura 17: ventilação por 2 socorristas 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.4 DESFIBRILAÇÃO 
 
A desfibrilação precoce é fundamental para as vítimas de parada cardíaca (PC) súbita pelas 
seguintes razões: 
 
 O ritmo inicial mais comum em casos de PC súbita testemunhada é a fibrilação 
ventricular (FV) que quando presente, o coração passa a apresentar tremores e não se contrai para 
bombear sangue. 
 
 O tratamento mais eficaz para a FV é a desfibrilação elétrica (aplicação de um choque). 
 
A probabilidade de uma desfibrilação bem-sucedida diminui rapidamente com o passar do 
tempo. 
 
 Portanto: quanto mais precoce for realizada a desfibrilação, maior será a taxa de 
sobrevivência. 
 Sem a RCP, a chance de sobrevivência a uma PCR com FV diminui em 7% a 10% por 
minuto se a desfibrilação não for feita. 
 
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO – DEA 
 
a- Estrutura e função do DEA 
 
Os Desfibriladores Externos Automáticos- DEAs são dispositivos computadorizados confiáveis e 
de simples operação, que permitem que pessoas leigas e profissionais de saúde tentem a desfibrilação 
com segurança. 
 
Possuem pás adesivas que, quando são fixadas adequadamente a uma vítima sem pulso, 
identificam o ritmo cardíaco de Fibrilação ventricular- FV e recomendam a aplicação do choque se o 
ritmo cardíaco for passível de tratamento por choque e fornecem mensagens sonoras e visuais para 
guiar as ações do socorrista. 
 
b- Local de aplicação das pás ADULTO: 
 
Coloque um eletrodo no lado superior direito, à altura direita do osso esterno, logo abaixo da 
Coloque a vítima de 
costas e faça uma 
“alavanca” com o braço 
ESQUERDO e 
posicione o braço 
DIREITO ao longo do 
corpo. 
Dobre o braço 
DIREITO por cima do 
pescoço posicionando 
a mão próxima a 
orelha esquerda e 
segure! 
Com a sua mão 
esquerda dobre a perna 
DIREITA e segure! 
Puxe a vítima para o 
seu lado mantendo: 
Via aérea aberta; 
Visualização do 
tórax. 
Figura 18- posição de recuperação 
Figura 19- localização das pás do DEA Figura 20- Localização das pás na 
Criança 
 
Figura 21- Passo a passo na utilização do 
DEA 
clavícula. Coloque a outra pá à esquerda do mamilo, abaixo do músculo peitoral, alguns cm abaixo da 
axila esquerda. Figura 19. 
 
Na criança, coloque uma pá no centro do tórax, na altura do externo e outra na parte posterior 
do tórax, centralizada. Figura 20. 
 
 
 
c- Cuidados com a pele na colocação das pás 
A pele deve estar: 
• Seca; 
• Desengordurada; 
• Sem pelos 
• Sem adesivos (Salonpas®) 
 
d- Choques inadequados ou falha do choque 
Vários fatores podem afetar a análise do DEA: 
 Movimentaçãodo paciente (Ex. respiração agônica); 
 Reposicionamento do paciente; 
 Contato inadequado entre as pás e o tórax; 
 Falha no cuidado com a pele 
 
e- Passo a passo no uso do DEA. Figura 21 
 
 
 
 
FIGURA 22: Cadeia de sobrevivência da AHA para PCREH para 
crianças 
Passo Ação 
1. 
LIGUE O DEA (isso acionará as mensagens sonoras para guiá-lo em todos os passos subseqüentes). 
 Abra o estojo do DEA ou a parte superior da caixa do DEA; 
 Ligue o dispositivo 
2. 
FIXE as pás ao tórax desnudo da vítima. 
 Escolha as pás corretas (adulto e criança); 
 Retire a proteção traseira das pás adesivas; 
 Se o tórax da vítima estiver coberto com água ou suor, limpe-o rapidamente; 
 Fixe as pás adesivas no tórax desnudo: 
- Coloque um eletrodo no lado superior direito, à altura direita do osso esterno, logo abaixo da clavícula. 
- Coloque a outra pá à esquerda do mamilo, alguns cm abaixo da axila esquerda. 
 Fixe o DEA, conectando os cabos a caixa do desfibrilador (alguns já são pré-conectados) 
3. 
Afaste-se da vítima e ANALISE o ritmo: 
Certifique-se que ninguém esteja tocando na vítima; 
Alguns DEAs informarão o momento de pressionar o botão para permitir que o aparelho analise o ritmo 
outros farão automaticamente e deve levar de 5 a 10 segundos. 
O DEA informa então se o choque é necessário. 
4. 
Caso o DEA informe que é recomendado aplicar um choque, ele lhe dirá para ter certeza de que 
está afastado da vítima. 
 Afaste-se da vítima antes de aplicar o choque: tenha certeza de que ninguém esteja tocando na 
vítima. 
- Avise em voz alta: AFASTE-SE DA VITIMA - Faça uma inspeção VISUAL 
 Pressione o botão CHOQUE. 
 O choque produzirá uma contração súbita dos músculos da vítima. 
5. 
Assim que o DEA aplicar o choque, inicie a RCP, começando com compressões torácicas e após 2 
minutos o DEA recomendará que você repita os passos 3 e 4. 
 
 
 
 
4.5 RCP EM CRIANÇAS (1 mês a 8 anos) 
 
A falência respiratória é a principal causa de PCR nesta faixa etária e pode ser caracterizada 
por: aumento da frequência respiratória, ofegante, batimento da asa do nariz, retrações torácicas, 
gemência, cianose e alteração do nível de consciência. 
 
 
 
 
Diagnóstico da PCR 
 
Abordagem inicial da vítima é igual ao adulto com algumas peculiaridades: Figura 22 
Criança menor de 1 ano: 
 
a. Responsividade: em crianças menores de 1 ano o socorrista deverá fazer fricções na 
planta do pé esperando que a criança esboce alguma reação (choro, retirada do estimulo, gemência. 
Figura 23 
b. Respiração: igual ao adulto, expor o tórax e VER se está respirando. Figura 24 
c. Circulação: avaliar pulso BRAQUIAL em crianças menores de 1 ano. Figura 25 
 
 
 
 
 
COMPRESSÕES TORÁCICAS 
 
a. Compressão Torácica: o local da compressão é igual ao adulto, porém o socorrista irá utilizar, 
somente o calcanhar de uma mão para crianças de 1 a 8 anos e os dedos para crianças até 1 
ano. Figura 26. 
 
 
 
 
 
b. Compressão Torácica em RECEM NASCIDOS: o local continua o mesmo do adulto, 
contudo para a localização o socorrista deve seguir os seguintes passos: 
 
a) Expor o tórax da vítima; 
 
b) Localizar o osso esterno (no meio do peito); 
 
c) Use o dedo indicador, médio e anelar apoiando-os no meio do tórax do recém nascido; 
 
d) Retire o dedo indicador e comece a fazer as compressões torácicas com os dedos médio e 
anelar, Figura 20 ou abraçar a tórax os as duas mãos e com os polegares apoiados no osso esterno 
promover as compressões torácicas. Figura 27. 
Figuras 23- avaliação 
responsividade 
Figuras 24- avaliação 
respiração 
Figuras 25- avaliação 
pulso 
Figura 26: compressão torácica em crianças 
1 mês a 1 ano 1 ano a 8 anos Maior de 8 anos 
 
 
 
 
 
 
 29 Dias a 1 ano 1 ano a 8 anos Acima de 8 anos 
Pulso Braquial ou Femoral Carotídeo Carotídeo 
Relação 
Compressão x 
ventilação 
 
15:02 
 
15:02 
 
30:02 
Depressão do 
Tórax 
Mínimo de 4 cm 
(1/3 do tórax) 
Mínimo de 5 cm e 
máximo de 6 cm 
(1/3 do tórax) 
Mínimo de 5 cm e 
máximo de 6 cm 
(2 polegadas) 
 
 
Para bebês e crianças com pulso, mas esforço respiratório ausente ou inadequado, é 
aconselhável fornecer uma respiração a cada 2 ou 3 segundos (20 a 30 respirações por minuto). 
 
4.6 RCP EM GESTANTES 
 
Peculiaridades da gestante 
 
Existem dois potenciais pacientes: a mãe e o bebê. Para que a bebê sobreviva, a sobrevida 
materna é fundamental. Algumas considerações devem ser lembradas sobre as alterações fisiológicas 
e dificuldades específicas da grávida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a. Dificuldades específicas da gravidez 
 
• Redução do peristaltismo esôfago-gastrointestinal; 
• Redução do esvaziamento gástrico; 
• Redução da força de constrição do esfíncter esofagiano; 
• Edema de via aérea; 
• Diminuição da capacidade respiratória com aumento da necessidade de oxigênio; 
Figura 27 - Compressão do Recém-nascido- RN 
• Aumento do útero/concepto levando a compressão de artéria aorta e veia cava inferior. 
 
b. Abordagem diferenciada 
 
• Devemos deslocar manualmente o útero para esquerda para facilitar o fluxo de sangue 
(circulação). Figura 28 
• Devemos ter atenção redobrada com a regurgitação do conteúdo gástrica quando 
estivermos ventilando; 
• Poderemos ter dificuldade na ventilação devido ao edema de via aérea, peso do 
tórax/abdome, devendo usar as técnicas apropriadas (guedel, segurar a máscara com duas mãos, 
etc.). 
 
 
 
 
c. Pontos críticos do atendimento na gestante 
 
• Ocorre a diminuição do retorno venoso e débito promovido pelo útero gravídico: 
empurrão do útero para o lado esquerdo; 
• Localização da compressão: acima do centro esternal; 
 
5. OBSTRUÇÃO DE VIA AÉREA POR CORPO ESTRAMHO- OVACE 
 
A avaliação inicial deve identificar rapidamente sinais sugestivos de obstrução de vias aéreas, 
através da inspeção da cavidade oral e observação de alguns sinais que possam indicar redução de 
oxigênio e obstrução: 
 
 Esforço respiratório 
 Agitação motora 
 Sons anormais (roncos) pela resistência na passagem de ar 
 Sonolência 
 Boca e unhas arroxeadas- cianose 
Figura 28- deslocamento manual do útero para lado esquerdo 
Os corpos estranhos podem causar obstruções leves ou graves: 
 
 
 
OBSTRUÇÃO LEVE OBSTRUÇÃO HRAVE 
 Boa troca gasosa;
 Responsividade e possibilidade de 
tosse;
 Pode ter chiado no peito entre os 
acessos de tosse.
 Troca gasosa insuficiente ou ausente; 
 Tosse fraca e insuficiente ou ausência total de 
tosse; 
 Ruído agudo e alto à inalação ou ausência total de 
ruídos; 
 Aumento da dificuldade de respiração; 
 Possível cianose; 
 Incapacidade de falar e movimentar o ar; 
 Agarra o pescoço com o polegar e os dedos; 
 
 
a. Desobstruções de vias aéreas em Adultos e Crianças maiores de 1 (um) 
ano: 
 
CONSCIENTE 
 
Que respira ou que possui obstrução parcial: 
 
1- Estimular a pessoa a tossir na obstrução leve; 
2- Nunca bater nas costas da vítima quando a cabeça estiver em nível acima do corpo; 
3- Realizar: Manobra de HEIMLICH Maneuver: Consiste na aplicação de uma série de 
compressões sobre a região superior do abdome, entre o apêndice xifoide e a cicatriz umbilical. Pode 
ser preciso repetir a compressão várias vezes para eliminar a obstrução da via aérea. Figura 29 e 
Figura 30. 
 
 
 
 
 
 
b. Desobstruções de vias aéreas em Adulto e Crianças maiores de 1 (um) ano: 
INCONSCIENTE 
 
As vítimas podem estar inicialmente responsivas e tornarem se não responsivas e você precisa 
procurar o corpo estranho na faringe. 
Figura 29 Manobra de Heimlich em 
adultos 
Figura 30 Manobra de Heimlich em 
gestante 
Figura 31- Manobra de Heimlich em bebê consciente 
 Se a vítima estiver não responsiva acione o serviço de emergência, abra a via aérea e 
remova a obstrução, se puder visualizá-la, e COMECE A RCP; 
 Após cada ciclo de RCP abra a via aérea à procura do objeto; 
 
Você saberá que removeu com sucesso a obstrução em uma vítima não responsivaquando: 
 
 Sentir a movimentação de ar e observação do tórax quando aplica as ventilações 
Visualizar e remover um corpo estranho da faringe da vítima. 
c. Desobstrução de vias aéreas em Crianças menores de um ano (lactente): 
CONSCIENTE 
 
Um corpo estranho que causa obstrução da laringe geralmente é retirado por tosse, tapa nas 
costas e compressões no peito ou abdome (manobra de Heimlich). 
 
O objeto que mais causa obstrução é a comida sólida, sementes de frutas ou vegetais e, em 
segundo lugar, itens não comestíveis feitos de borracha ou plástico de superfície lisa, porem em alguns 
casos, ocorre o engasgo por bola de gude e pedaços de metais ou plásticos. 
 
A eliminação de uma obstrução da via aérea de um lactente requer uma combinação de 5 
golpes nas costas (interescapulares) e 5 compressões torácicas. Figura 31 
 
Após as compressões, checar cavidade oral a procura do objeto. Se visualizar: RETIRE-O 
com movimento de pinça ou gancho. 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
 
Não realize varredura digital às cegas em lactentes e crianças, pois o corpo estranho 
pode ser empurrado para dentro agravando a obstrução e/ou provocar ferimentos; 
 
Caso o lactente torne-se NÃO RESPONSIVO, PARE de aplicar os golpes nas costas e 
comece a fazer a RCP. 
6. URGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 
 
6.1 INTRODUÇÃO 
 
A morte decorrente do trauma é um grande problema de saúde no mundo inteiro. Uma 
abordagem organizada e sistemática ao cuidado desses doentes pode aumentar sua sobrevida 
 
6.2 AVALIAÇÃO DA CENA 
 
O socorrista ao chegar ao local do incidente e antes de entrar em contato com a vítima deve 
avaliar a cena através de: 
 
1. Impressão geral da situação para a segurança da cena 
2. Avaliação da causa e resultado do incidente 
3. Observação de familiares e expectadores 
 
SITUAÇÃO 
 
A avaliação da situação segue a avaliação da segurança. 
As questões relacionadas com a situação incluem: 
 
 
 
 
 
 
cena? 
 O que de fato aconteceu na cena?
 Qual foi o mecanismo do trauma?
 Quantas pessoas podem estar envolvidas e faixa etária das pessoas?
 É necessário ajuda de outras unidades?
 É necessário um médico na cena para auxiliar com triagem ou cuidados médicos na
 
 A cena é violenta ou tem potencial para se tornar?
 
SEGURANÇA 
 
O atendimento a vítima pode ter que esperar até que a cena esteja segura o suficiente para que 
a equipe possa entrar sem riscos indevidos. Além do que, equipe deve manter atenção e vigilância 
contínua. 
 
Os riscos e perigos da cena envolvem não apenas o óbvio, tais como som de arma fogo ou 
fluídos corporais, mas também achados mais súbitos como odores e cheiros e nuvens de vapor. A 
segurança da cena, portanto inclui dois componentes principais: segurança da equipe e da vítima. 
 
Condições que ameaçam a segurança da equipe e da vitima incluem entre outros: 
 
 Fogo, explosivos e linhas elétricas.
 Materiais perigosos
 Sangue e fluídos corporais
 Tráfego
 Ferimento de Arma de Fogo- FAF e Ferimento de arma branca- FAB
 Enchentes e deslizamentos
 Condições ambientais
Importante: se for percebida uma ameaça comece a preparar a saída da cena. A 
SEGURANÇA DOS SOCORRISTAS É A PRIORIDADE! 
 
6.3 AVALIAÇÃO INICIAL E ATENDIMENTO À VÍTIMA 
 
1. Avaliação Inicial 
 
A avaliação é a base para todas as decisões de atendimento e transporte, sendo a primeira a 
meta a determinação da condição atual do doente. Dessa forma consegue-se uma impressão geral 
sobre o estado global do doente e as condições dos seus sistemas respiratório, circulatório e 
neurológico. Condições que ameaçam a vida são rapidamente avaliadas e a intervenção de urgência e 
reanimação é iniciada. 
 
Caso haja tempo após a estabilização do doente, realiza-se a avaliação secundária para 
identificar lesões que ameaçam os membros ou que não estão comprometendo a vida. Em geral, esta 
avaliação ocorre durante o transporte da vítima. 
 
Assim, o tempo gasto no local pode ser reduzido e doentes graves podem ser rapidamente 
encaminhados ao hospital. 
 
1.1 Avaliação Primária: 
 
No exame da vítima traumatizada grave, a prioridade máxima é a identificação e o atendimento 
rápido das lesões com risco de vida. 
 
È composta de seis etapas e sua ordem de prioridade é: 
 
X – Controle da Hemorragia externa exsanguinante 
 
A – Desobstrução das vias aéreas e estabilização da coluna cervical 
 
B – Respiração- Ventilação e Oxigenação 
 
C – Circulação- perfusão e controle de outras hemorragias 
 
D – Avaliação Neurológica 
 
E – Exposição/ambiente e proteção da vítima. 
 
 
 
X- HEMORRAGIA EXSANGUINANTE- CONTROLE DO SANGRAMENTO EXTERNO GRAVE 
 
A hemorragia externa potencialmente fatal deve ser identificada e tratada. Se houver 
hemorragia exsanguinante externa ela deve ser controlada antes mesmo de avaliar a via aérea (ou 
simultaneamente se houver assistencia suficiente na cena), ou de realizar outras intervenções, como a 
imobilização da cervical. 
A hemorragia pode ser controlada das seguintes maneiras: 
 
1. Compressão direta ou curativo compressivo: aplicação de pressão no local do 
sangramento colocando-se um curativo diretamente sobre o local do sangramento e aplicando-se 
pressão contínua por cerca de 10 minutos. A pressao deve ser aplicada de maneira mais precisa e 
focal possível 
2. Torniquete: os torniquetes são muito efetivos no controle da hemorragia grave e devem 
ser usados quando a compressão direta e os curativos compressivos não conseguirem controlar a 
hemorragia em uma extremidade 
 
 Local de aplicação:
 
 O torniquete deve ser aplicado na virilha ou na axila;
 Se um torniquete não interromper completamente a heorragia, deve ser aplicado outro 
proximalmente ao primeiro;
 Após a aplicação, o local do torniquete não deve ser coberto para que possa ser 
monitorado.
 
 Grau de compressão aplicada
 
 O torniquete deve ser aplixado de maneira apertada para que bloqueie o fluxo arterial e 
o pulso distal.
 
 Limite de tempo
 
 Podem ser usados com segurança por 120 a 150 minutos e devem permanecer no local 
até que o paciente alcance sos cuidados definitivos no hospital;
 Apertar o torniquete até que a hemorragia cesse, e fixá-lo bem no local;
 Escrever o horário de apicação do torniquete, em um pedaço de esparadrapo, fixando no 
torniquete;
 Pode ser usado o aparelho de pressão como alternativa para torniquete em braço. 
Figura 32
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A – DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS E ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL 
 
A via aérea deve ser rapidamente verificada para assegurar que esteja permeável (aberta e 
limpa) e que não existe perigo de obstrução. Se a via aérea estiver comprometida terá que ser abertas 
usando métodos manuais, além de eliminar sangue e outras substâncias, se necessário. São métodos 
de abertura de via aérea: 
Figura 32- torniquete em 
braço 
Figura 35- Posicionamento da cânula orofaríngea 
A.1 Manobras Manuais: elevação do mento- Figura 33 ou tração da mandíbula- Figura 34; 
 
 
 
 
 
 
A.2 Manobras mecânicas: cânula orofaríngea- COF: pode ser inserida diretamente ou de 
maneira invertida. 
 
A cânula orofaríngea é posicionada para manter a língua do paciente anteriorizada, fora da 
faringe. 
 
São disponíveis em vários tamanhos. Porém é necessário obter o tamanho apropriado para 
assegurar a melhor permeabilidade da via aérea. 
 
A escolha da COF- é feita através da medida da distancia do canto da boca (comissura labial) do 
paciente até o lóbulo da orelha, para correto posicionamento- Figura 35. 
 
 
Obstrução mecânica das vias aéreas: pode ocorrer por alteração neurológica ou de 
natureza puramente mecânica. 
 
Causas: 
 
 Queda da língua - neurológica;
 Corpo estranho: estes podem entalar e ocluir a hipofaringe ou a laringe;
 
A.3 Controle da coluna cervical: 
 
Deve-se suspeitar de lesão na medula espinhal em pacientes traumatizados com um 
mecanismo significativo de trauma. Os colares cervicais rígidosnão imobilizam adequadamente, 
apenas ajudam a sustentar o pescoço e impedir movimentos. Eles limitam a flexão e a extensão em 
90%, a flexão lateral e a rotação em cerca de 50%. A finalidade principal e específica do colar cervical 
é proteger a coluna cervical de compressão. Um colar cervical eficiente se apoia sobre o peito, coluna 
torácica posterior, clavícula e músculos trapézio, onde o movimento de tecido é mínimo. A cabeça fica 
Figura 33- elevação do mento Figura 34- tração da mandíbula 
imobilizada sob o ângulo da mandíbula e na região occipital do crânio. É importante que o colar seja do 
tamanho correto, e para tal deve-se aplicar algumas medidas como: 
 
1- Posicionar a cabeça em posição neutra; 
2- Medir a altura do pescoço: da base do pescoço ate o ângulo da mandíbula; 
3- Escolher o tamanho do colar; 
4- 4- Instalar o colar. Figura 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRITÉRIOS PARA DETERMINAR QUANDO A RESTRIÇÃO DO MOVIMENTO DE 
COLUNA É DESNECESSÁRIA 
1- Nível de consciência normal (escore 15 na Escala de Coma de Glasgow). 
2- Ausência de dor a palpação da coluna vertebral ou de anormalidade anatômica. 
3- Ausência de lesão de distração*. 
4- Ausência de intoxicação. 
5- Ausência de queixas ou achados neurológicos. 
 
 
DEFINIÇÃO DE LESÃO DE DISTRAÇÃO 
 
 Qualquer lesão que produza alteração de nível de consciência
 Fratura de ossos longos
 Trauma abdominal
 Laceração grande, lesão por desenluvamento
 Lesão por esmagamento
 Grandes queimaduras
 Qualquer lesão que produza comprometimento funcional agudo
Posição Neutra Altura do Pescoço Tamanho do Colar 
Figura 36- colar instalado 
Figura 37-Técnica C e E de ventilação com 
ambú 
B – RESPIRAÇÃO- VENTILAÇÃO E OXIGENAÇÃO 
 
B- Ventilação:A base das lesões com risco de vida é mais frequentemente a falta de oxigenação 
adequada do tecido, levando ao metabolismo anaeróbio (sem oxigênio). A hipóxia é resultante de 
ventilação inadequada dos pulmões e falta de oxigenação nos tecidos do doente. No atendimento deve 
se verificar se a pessoa respira: 
 
1. Expor o tórax e observar expansibilidade torácica; 
2. Instalar suporte ventilatório assistido com máscara de oxigênio com reservatório 
ou com bolsa-valva máscara (ambu), técnica C e E. Figura 37. 
3. Avaliar estado ventilatório, observando profundidade e frequência ventilatória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C – CIRCULAÇÃO - PERFUSÃO E HEMORRAGIA INTERNA 
 
A avaliação do comprometimento ou falência do sistema circulatório é a próxima etapa no 
cuidado do paciente. Na primeira etapa o sangramento potencialmente fatal já foi identificado e 
controlado (compressão e torniquete). 
 
O socorrista então deve obter uma estimativa geral adequada do débito cardíaco (volume de 
sangue bombeado pelo coração) e da perfusão (oferta de oxigênio as células) do paciente. A 
hemorragia externa ou interna é a causa mais comum de morte prevenível no trauma. 
Como avaliar: Verificar perfusão 
 
 O socorrista pode obter uma visão geral do estado circulatório do paciente verificando o
pulso, a pele (cor, temperatura e a umidade) e a perfusão periférica (tempo de enchimento capilar). 
 
Pulso: 
 
 Definição: Ondulação exercida pela expansão das artérias, seguindo a contração do 
coração.
 Locais de verificação- artérias radiais, carótida, braquial, femoral.
 Pontos a observar- frequência, qualidade e regularidade.
 
Fatores que alteram o pulso normal-fisiológico: 
Aceleram= emoções, digestão, exercícios. 
Diminuem= choque, colapsos. 
 
Pele 
 
 Cor – perfusão adequada, coloração rosada; Coloração pálida ou azulada: perfusão 
inadequada.
 Temperatura – Pele normal é morna ao toque; Pele fria indica perfusão diminuída.
 Umidade – pele seca indica boa perfusão; Pele úmida está associada com choque e 
perfusão diminuída.
 
 
 
Perfusão: Tempo de Enchimento Capilar: 
 
É verificado pressionando o leito ungueadepois liberando a pressão. O retorno do sangue ao 
leito capilar ideal ocorre em tempo menor que dois segundos. 
 
C.1 A hemorragia interna em locais de fratura também deve ser considerada. O manuseio 
descuidado de uma extremidade pode converter uma fratura fechada em fratura aberta, mas também 
pode aumentar de maneira significativa o sangramento interno das extremidades ósseas, do tecido 
muscular e dos vasos lesionados. 
 
Todas as extremidades com suspeita de fraturas (principalmente coxas) devem ser imobilizadas 
para minimizar essa hemorragia. As fraturas dos ossos pélvicos também devem ser imobilizadas. 
 
Os possíveis locais de hemorragia interna massiva incluem também o abdome e a pelve, além 
das extremidades. Se houver suspeita de hemorragia interna o abdome, pelve e pernas devem ser 
expostos para rápida inspeção e palpação em busca de sinais de lesão. A hemorragia nessas áreas 
não é facil de controlar fora do hospital. Portanto o objetivo é rapidamente entregar o paciente ao 
hospital para o rápido controle cirúrgico. 
 
Reposição Volêmica 
 
 É importante para a restauração do sistema cardiovascular. Em geral, deve ser instituído 
acesso venoso calibroso em veias do antebraço ou dobra do cotovelo, se possível.
 A velocidade da reposição depende do estado clínico, principalmente se a hemorragia 
do doente foi controlada ou não quando a reposição foi iniciada ou se apresenta sinais de lesões do 
SN.
 Deve se administrar líquido suficiente para manter a pressão arterial sistólica em pelo 
menos 90 mmHg.
 O transporte do paciente com trauma nunca deve ser atrasado para obtenção de acesso
IV. 
 A solução de Ringer lactato é a solução de escolha para o manejo do choque por ter a
composição mais parecida com o sangue. O soro fisiológico é a outra alternativa aceitável. 
 
D- AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
 
Objetiva determinar o nível de consciência do doente e inferir o potencial de hipóxia. Um nível 
de consciência diminuído deve alertar o socorrista para 4 possibilidades: 
 
 Oxigenação cerebral diminuída;
 Lesão de SNC
 Drogas / Álcool
 Distúrbio Metabólico (DM)
 
A avaliação deve ser neurológica deve ser realizada através da Escala de Coma de Glasgow 
e da avaliação de pupilas. 
 
Escala de Coma de Glasgow 
 
1. Abertura Ocular (AO = 1 A 4) 
 
Espontânea = 4 Estímulo 
Verbal = 3 Estimulo 
Doloroso= 2 
Sem Resposta= 1 
 
2. Melhor Resposta Verbal (MRV = 1 A 5) 
 
Orientado = 5 
 
Confuso = 4 
 
Palavras desconexas = 3 
Gemente = 2 
Sem resposta = 1 
 
3. Melhor Resposta Motora (MRM = 1 A 6) 
 
Atende a solicitações =6 
Localiza o estímulo= 5 
Retira membro ao estímulo= 4 
Descerebração Decorticação 
Figura 38- Locais de avaliação de estímulo 
doloroso 
Figura 39- avaliação pupilar 
Decorticação= 3 
 
Descerebração =2 
Sem resposta = 1 
Total: 3 a 15 pontos 
 
 
Locais para realização de estímulo doloroso: 
 
Pressão na extremidade dos dedos, trapézio ou incisura supraorbitária. Figura 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DAS PUPILAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E – Exposição 
 
É fundamental para encontrarem-se todas as lesões e realizar uma avaliação correta. 
Entretanto é importante na exposição: prevenir a hipotermia e respeitar a privacidade do paciente 
 
Na rua, expor parcialmente o paciente, e dentro da ambulância, expor todas as áreas em 
partes, verificando frente e dorso. 
 
Quaquer roupa molhada deve ser removida e o paciente deve ser aquecido com manta térmica. 
É necessário uma intervenção limitada na cena e iniciar o transporte rapidamente para o 
Leito ungueal Trapézio 
Pupilas isocóricas normais 
Pupilas anisocóricas 
Pupilas isocóricas mióticas 
Pupilas isocóricas midriaticas 
Supra orbital 
hospital. 
 
AVALIAÇÃO E MANEJO SIMULTANEO 
 
Embora a avaliação primária seja abosdada de maneira escalonada, muitas etapas podem ser 
abordadas simultaneamente. Enquanto um profissional faz uma aplicação direta de pressão ou um 
torniquete em um sangramento, o outro avalia a via aérea e a respiração.Ao usar esta abordagem obtem-se uma avaliação rápida para as lesões potencialmente fatais. 
 
TRANSPORTE DO PACIENTE 
 
O tratamento efetivo do paciente grave deve ser realizado no ambiente hospitalar, necessitando 
de transporte rápido. Isso não significa desconsiderar ou negligenciar as modalidades de tratamento 
que são importantes no cuidado do paciente. 
 
O socorrita do APH deve rapidamente instituir as medidas críticas que podem salvar a vida do 
paciente, como o controle da hemorragia, a desobstrução da via aérea e o suporte ventilatório. Não se 
deve perder tempo com uma avaliação ou manobras inadequadas. Muitas etapas como avaliação 
secundária podem ser feitas na ambulancia, durante o trajeto até a unidade hospitalar. 
 
1.1 Avaliação Secundária 
 
É a avaliação da cabeça aos pés do doente. Seu objetivo é identificar lesões ou problemas que 
não foram identificados durante o exame primário. 
 
 Revisão do X A B C D E
 Verificar sinais Vitais
 Obter histórico rápido do paciente, documentando as informações e repassando para a 
equipe do hospital.
 
O método auxiliar de memória (mnemônico) que serve como lembrança dos componentes básicos 
é: SAMPLE 
 
HISTÓRIA SAMPLE 
 
S- Sintomas: de que o doente se queixa? Dor? Dificuldade para respirar? Dormência: 
Formigamento 
 
A- Alergias: principalmente a medicamentos 
 
M- Medicamentos que o doente usa regularmente 
 
P- Passado médico e antecedente cirúrgico: problemas clínicos, cirurgias 
L- Líquido e alimentos: o que ingeriu recentemente antes do trauma 
E- Eventos que precederam à lesão 
 
6.4 BIOMECÂNICA DO TRAUMA 
 
Um histórico completo e preciso do evento traumático bem como uma interpretação adequada 
dessas informações pode fazer com que o socorrista pré-hospitalar antecipe a maioria das lesões 
antes mesmo de examinar o doente. 
 
O conhecimento da biomecânica do trauma permite que lesões que não são imediatamente 
aparentes sejam identificadas e tratadas de forma correta. 
 
MECANISMO DO TRAUMA 
 
 Estuda a transferência de energia de uma fonte externa para o corpo da vítima. Dessa 
forma, ajuda a predizer 90% das lesões.
 
Saber onde procurar as lesões é tão importante quanto saber o que fazer após encontrá- 
las. 
 
Mecânica básica da Transferência de Energia 
 
Cavitação – É quando o tecido do corpo humano é arremessado para longe de sua posição 
original criando uma cavidade. São criados dois tipos de cavidades: 
 
 Temporária – forma-se no momento do impacto, mas, dependendo da elasticidade do 
tecido pode retornar a sua posição prévia. Ex.: tecidos moles – lesões por estiramento.
 Permanente – se forma no momento do impacto e é causada por compressão ou 
laceração dos tecidos, esta não retorna a sua forma original. Ex.: partes duras – ossos.
 
TIPOS DE TRAUMA 
 
Este pode ser classificado em: 
 
 Trauma Contuso ou Fechado: lesões produzidas à medida que os tecidos são 
comprimidos, desacelerados ou acelerados.
 Trauma Penetrante: lesões produzidas à medida que os tecidos são esmagados e 
separados ao longo do caminho do objeto penetrante.
 
TRAUMA CONTUSO OU FECHADO: CAUSAS MAIS COMUNS: 
 
1- Incidentes com Veículo Automotor 
2- Colisão com motocicleta 
3- Atropelamento 
4- Quedas 
5- Atividades Esportivas 
 
1- Incidente com veículo automotor 
Pode ser dividido em 5 tipos: 
Ponto de impacto 
 
 Frontal
 
 Trajetória por cima: tórax, abdome e coluna cervical.
 Trajetória por baixo: pé, fêmur e tíbia.
 
 Lateral
 É pressionada a lateral do veículo contra o lado do ocupante. Regiões do corpo que 
podem ser lesionadas: cabeça, pescoço, tórax, abdome, pelve.
 
 Angular
 
 Ocorre colisões com impacto frontal e lateral.
 
 Traseiro
 
 Nessas colisões a energia do impacto é convertida em aceleração. Isto resulta em 
hiperextensão do pescoço.
 
 Capotamento
 
 É quase impossível prever as lesões que a vítima pode sofrer devido a muitos impactos 
em vários ângulos diferentes que o carro pode sofrer.
 
Na desaceleração, identificar lesão de: GOLPE E CONTRA-GOLPE 
 
Quando a calota craniana para seu movimento para frente, o cérebro continua a mover-se para 
frente, sendo comprimido contra a calota craniana intacta ou fraturada resultando em concussão, 
contusões ou lacerações. O resultado pode ser hemorragia nos espaços epidural, subdural ou 
subaracnóideo. 
 
Mecanismo das Três Lesões 
 
O veículo está em movimento e em determinada velocidade colide com um anteparo. 
 
O ocupante do veículo também está em movimento e com a mesma velocidade, colide com a 
estrutura do veículo. 
 
Os órgãos internos do ocupante do veículo estão em movimento, e com a mesma velocidade, 
colidem com as estruturas do próprio corpo sofrendo, então, lesões. 
 
2- Colisão com motocicletas 
 
São responsáveis por um número significativo de mortes 
 
Ponto de impacto: 
 
 Frontal – pode ocorrer lesões no crânio, tórax, abdome ou pelve, dependendo de qual 
parte anatômica colidir com o guidão.
 Lateral – a motocicleta cai sobre o motorista, ocorre lesões nos membros superiores e 
inferiores, ou ainda órgãos da cavidade abdominal.
 Ejeção – nesta colisão o motociclista é lançada como míssil, por isso é grande o número 
de lesões.
 
3- Atropelamento 
 
As lesões em pedestres estão associadas a faixa etária da vítima. 
 
Ponto de impacto: 
 Adulto: tenta proteger-se virando para fugir da colisão. Podem ocorrer lesões: MMII 
Quadril.
 Criança: posiciona-se de frente para o veículo o que resulta em lesões anteriores. 
Podem ocorrer lesões: Cabeça, Tórax e Abdome.
 
4- Quedas 
 
As vítimas de quedas também podem sofrer lesões por impactos múltiplos, isto ocasiona maior 
incidência de lesões, porque a velocidade da queda aumenta à medida que elas caem. 
 
Buscar mecanismos de lesão como: 
 
 Altura da queda
 Tipo de superfície
 Interrupção da queda (ou diminuição do impacto)
 O que bateu primeiro no chão?
 
5- Atividades Esportivas 
 
Essas lesões podem ser causadas por desaceleração subita, excesso de compressão, torsão, 
hiperextensão ou hiperflexão. 
 
Devem ser consideradas as seguintes questões: 
 
 Quais as forças que agiram sobre a vítima
 Quais são as lesões aparentes
 Estava sendo usado equipamento de proteção
 Houve subita compressão, aceleração ou desaceleração
 
Trauma Penetrante 
 
Na avaliação da Lesão é importante saber: 
 
 Tipo de arma envolvida: arma de fogo ou arma branca.
 Trajetória da arma no corpo.
 Procurar mais de uma lesão.
 
1-Armas 
 
 Ferimento por arma branca (FAB) - armas de baixa energia 
Considerar:
1. Comprimento e força aplicada; 
2. Sexo do agressor; 
3. Anatomia subjacente; 
4. Lesões associadas. 
 
 Ferimento por arma de fogo (FAF)– média e alta energia.
 
Considerar: 
1. Características da bala; 
2. Avaliar ferimentos de entrada e saída; 
3. Conhecimento da posição da vítima e do agressor; 
4. Conhecimento da arma utilizada; 
5. Distância; 
6. Avaliar locais dos ferimentos. 
 
Lesões por Impacto 
 
Lesões causadas por Explosão: existe uma grande variedade de lesões. 
As lesões podem ser divididas: 
1. Lesão Primária: lesa órgãos que contém ar (sistema respiratório e digestivo). Pode levar 
à morte sem sinais externos. 
2. Lesão Secundária: lesões externas provocadas por estilhaços da explosão – 
queimaduras, lacerações, fraturas, etc. 
3. Lesão Terciária: a vítima é projetada como um míssil humano e é atirada contra um 
objeto. 
4. Mistura de lesões explosivas: duas ou três das anteriores numa só vítima. 
 
Lesões por explosão muitas vezes causam complicações graves que podem levar à morte caso 
sejam negligenciadas ou ignoradas. 
 
Definição 
 
Ocasionado por uma diminuição do fluxo sanguíneo proporcionando uma perfusão tecidual 
diminuída e lesão celular irreversível, pode levar a falência do sistema circulatório. 
 
A sensibilidade das células em relação à ausência de oxigênio varia deorganismo para 
organismo. 
 
Essa sensibilidade é chamada de sensibilidade isquêmica (ausência de oxigênio). Existe uma 
variação de sensibilidade a isquemia de acordo com o órgão e tecido. 
 
TOLERANCIA DOS ÓRGÃOS À ISQUEMIA 
ÓRGÃO TEMPO DE ISQUEMIA 
Coração, cérebro e pulmões 4 a 6 minutos 
Rins, fígado, trato gastrointestinal 45 a 90 minutos 
Músculo, osso e pele 4 a 6 horas 
Fonte: Advanced Life Support 
 
O atendimento a um doente em choque ou que possa entrar em choque começa pela avaliação 
adequada e completa a procura de sinais óbvios de perda de sangue. 
 
O objetivo primário do tratamento é a identificação da provável fonte da hemorragia e, se 
possível, seu tratamento específico. No ambiente pré-hospitalar, esta abordagem é mais eficaz quando 
a fonte de hemorragia é externa. A hemorragia interna somente pode ser tratada no hospital, de modo 
que o rápido transporte do doente é essencial. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
1. Hipovolêmico 
 
Caracterizado por baixo volume intravascular. 
 
Perda aproximada de sangue interno associado as fraturas 
 
 
 
OSSO HEMORRAGIA INTERNA 
Costela 125 ml 
Rádio - Ulna 250-500 ml 
Úmero 500-750 ml 
Tíbia-Fíbula 500-1000 ml 
Fêmur 1000-2000 ml 
Quadril 1000-imensa 
 
 
Causa Básica: se o paciente estiver num processo de hemorragia, esta deve ser interrompida o 
mais rápido possível, através da pressão sobre o local do sangramento ou pode ser necessária uma 
cirurgia para estancar o sangramento intenso. Se a causa da hipovolemia for diarreia ou vômito, devem 
ser administrados medicamentos. 
 
Avaliação: 
 
Deve incluir a busca de evidencias sutis precoces. No ambiente pré-hospitalar requer avaliação 
dos órgãos e sistemas. Os sinais de hipoperfusão manifestam-se com mau funcionamento desses 
órgãos e sistemas. Tais sistemas são cérebro e Sistema Nervoso Central (SNC), coração e sistema 
cardiovascular, sistema respiratório, pele, membros e rins. 
 
Sinais e Sintomas: 
 
 Redução do nível de consciência, ansiedade, desorientação, agressividade, alteração 
de comportamento;
 Taquicardia, redução da pressão sistólica e de pulso;
 Respiração rápida e superficial;
 Pele fria, pálida e úmida, cianótica, aumento do tempo de enchimento capilar;
 Diminuição posterior de volume urinário.
 
Avaliação Primária: 
 
1. X A B C D E 
 
 Com ênfase para: Controlar Hemorragias, Imobilizar Fraturas e puncionar AVP
 
2. Se prescrito pelo Médico Regulador: 
 
 Administrar medicação conforme prescrição
3. Transportar para hospital 
 
LESÃO CEREBRAL TRAUMÁTICA – LCT 
 
A prevenção do desenvolvimento da hipóxia e da redução do fluxo sanguíneo cerebral ou do 
seu reconhecimento pode fazer a diferença entre o resultado final bom ou inaceitável. 
 
Uma rápida avaliação da biomecânica do trauma, combinada com uma rápida e eficiente 
análise primária, ajudará a identificar problemas com po0tencial risco de vida em um doente com 
suspeita de LCT. 
 
Prioridades: impedir a ocorrência de lesão cerebral secundária 
 
 Assegurar boa ventilação, corrigindo a hipoxemia.
 Assegurar boa oxigenação cerebral.
 
 
 
Mecanismos do Trauma 
 
 Aceleração / Desaceleração/Rotação
 
 Fraturas: lineares, afundamento de calota craniana e aberta.
 Fratura de base de crânio: difícil visualização radiológica, cuidado com sondas e tubos 
nasais, presença de sangramento oral, sangramento por ouvido, equimose em mastoide (sinal de 
Battle) e periorbital, drenagem nasal ou pelo ouvido de líquor.
 
 
 
Fisiopatologia 
 
 Lesão Primária: trauma direto, fraturas de crânio, contusões do SNC, acelerações e 
desacelerações, ferimentos penetrantes.
 Lesão Secundária: má perfusão, hipóxia, hipertensão intracraniana e herniações.
 
 A Lesão Cerebral Traumática pode ser dividida em duas categorias:
 
Lesão Cerebral Primária - é decorrente de um trauma direto no encéfalo associado a lesões 
vasculares (hemorragias e hematomas). 
 
Lesão Cerebral Secundária - refere-se a uma extensão da magnitude da lesão primária devido a 
fatores que resultam em déficit neurológico mais extenso. As causas das lesões cerebrais secundárias 
podem ser divididas em sistêmicas e intracranianas. 
 
 Sistêmicos – podem ser identificados e tratados em ambiente pré-hospitalar. Os fatores 
que podem levar à lesão cerebral secundária incluem hipóxia, hipercapnia, hipocapnia, anemia, 
hipotensão, hiperglicemia e hipoglicemia. 
 Intracranianas – estas podem apenas ser suspeitadas, mas não identificadas no local da 
ocorrência. Exemplos de lesões intracranianas que são identificadas em ambiente hospitalar são o 
edema e os hematomas intracranianos, provocando aumento da PIC. 
 
Avaliação Primária e Tratamento 
Figura 40- Olhos de Guaxinim Figura 41- Sinal de Battle 
 
 
crânio 
1. X A B C D E 
2. Exame Físico Específico- Avaliação Externa da Cabeça- sinais de fratura de base de 
 
 Olhos de Guaxinim- Figura 40 
 Sinal de Battle- Figura 41 
 Otorreia 
 Rinorreia 
 
 
 
 
 
3. Se prescrito pelo Médico Regulador: 
 
 Administrar medicação conforme prescrição 
 
4. Transportar para hospital 
TRAUMA RAQUI MEDULAR 
Se não for reconhecido e atendido adequadamente no local do trauma pode resultar em lesão 
irreparável e deixar a vítima paralisada permanentemente, o modo de vida e a situação financeira são 
afetados. O maior número de vítimas deste trauma fia no grupo de 16 a 20 anos. O segundo entre 21 a 
25 anos. 
 
Causas mais comuns 
 
1.Colisão de veículos automotores (48%). 
2.Quedas (21%). 
3.Ferimentos penetrantes (15%) 
4.Lesões por esportes (14%) 
5.Outros (2%) 
Estado de Consciência 
 
Paciente comatoso com TCE revela que houve grande energia envolvida no trauma. 
 
1. Não há como avaliar os sintomas e queixas. 
2. Necessita ser imobilizado, presumindo-se que houve lesão cervical. 
 
Queixa e Exame Físico 
 
1. Avaliação do nível de consciência. (AVDI) 
2. Palpação e inspeção da coluna cervical procurando por pontos dolorosos, 
deformidades ou crepitações. 
3. Palpação de toda coluna vertebral. 
 
Classificação de acordo com a perda funcional 
 
a.Completa: 
 
Ocorre no momento do impacto ou da aplicação da força e pode causar compressão da medula 
ou lesão direta da medula. Esta pode resultar na incapacidade permanente se todos os tratos espinhais 
estiverem rompidos e todas as funções da medula distal ao local da lesão estão perdidas ocasionando 
em paraplegia ou tetraplegia, dependendo do nível da lesão. 
 
b.Incompleta: 
 
Ocorre após o traumatismo inicial e pode acarretar inchaço, isquemia ou movimento de 
fragmentos osseos que resultam em uma interrupção temporária das funções da medula espinhal distal 
à lesão. 
 
Nesta, as funções motoras/sensitivas permanecem intactas, o prognóstico de recuperação é 
melhor. 
 
Sinais e Sintomas de Lesão de Coluna 
 
 Dor no pescoço ou nas costas 
 Dor ao mexer o pescoço ou as costas 
 Dor à palpação da região posterior do pescoço ou da linha média das costas 
 Deformidade da coluna vertebral 
 Defesa ou contratura da musculatura do pescoço ou das costas 
 Paralisia, paresia, adormecimento ou formigamento nas pernas ou nos braços, em 
qualquer momento após o acidente 
 Priapismo em homens 
 
Avaliação Primária e Tratamento 
 
1. X A B C D E 
2. Exame Físico: Função motora e função sensitiva 
3. Atenção para imobilização de columa 
4. Se prescrito pelo Médico Regulador: 
 Administrar medicação conforme prescrição 
 
5. Transportar para hospital 
 
TRAUMA ABDOMINAL 
 
O abdome é a região do corpo onde é mais difícil fazer o diagnóstico correto de lesões 
traumáticas que necessitem de correção cirúrgica. 
 
As lesões intra-abdominais muitas vezes acarretam risco de vida, por causa da hemorragia 
interna e derramamento de conteúdo gastrointestinal na cavidade peritoneal. 
 
Localização : 
 
 Abaixo do músculo diafragma
 Acima dos ossos pélvicos
 Atrás da parede abdominal anterior
 À frenteda coluna vertebral
 
 
É dividido em 2 espaços: 
 
 Peritônio
 Retroperitônio: é a “verdadeira” cavidade abdominal.
 
 
Peritônio contém: 
 
 Estômago.
 Fígado.
 Vesícula biliar.
 Baço.
 Intestinos (delgado e grosso).
 Órgãos reprodutores femininos.
 
 
 
Retroperitônio (fica atrás do peritônio) contém: 
 
 Rins.
 Ureteres.
 Bexiga.
 Órgãos reprodutores.
 Veia cava inferior.
 Aorta abdominal.
 Pâncreas.
 Uma porção do duodeno.
 Cólon e reto.
 Obs.: Na maioria dos casos, lesões em retroperitônio são inicialmente assintomáticas.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trauma Fechado 
 
O índice de suspeita para lesão abdominal deve ser baseado no mecanismo de trauma nos 
achados de exame físico, tais como sinais equimose, escoriações externas, distensão ou outros sinais 
de batida. 
 
Ocorre: 
 
 Por compressão: os órgãos ficam comprimidos entre o causador do trauma e a coluna 
vertebral.
 Por desaceleração: ocorre o golpe e contragolpe (1ª lei de Newton)
 
Causas mais frequente: 
 
 Acidentes automobilísticos
 Quedas
 Agressões
 
Órgãos mais lesados: 
 
 Fígado
 Baço
 Rins
 Coluna lombar
 
Sinais de hemorragia intra-abdominal: 
 
 Abrasão
 Dor
 Sensibilidade
 Distensão
 Rigidez
 Presença de choque com causa não explicada
 
 
 
 
 
Trauma Penetrante 
São causados por: 
 Ferimento por Arma Branca (FAB)
 Ferimento por Arma de Fogo (FAF)
 
O órgão mais comumente lesado é o INTESTINO 
Avaliação do Abdome 
 Inspeção: observar distensão, contusão, abrasões, penetrações, eviscerações, objetos 
empalados, hemorragias. 
 
Casos Especiais 
 
1- Objetos empalados 
 
 Não o retirar no ambiente pré-hospitalar. É necessário a realização do Rx e equipe 
cirúrgica pronta.
 Imobilizá-lo como está.
 
2- Evisceração 
 
 Não colocar de volta (intestino ou outro órgão) para dentro do abdome
 Manter úmido com S.F. 0,9% estéril e coberto com compressas.
 
Na gestante 
 
 Mais suscetível a lesões: rupturas, ferimentos penetrantes, descolamento de placenta e 
rotura prematura de membranas.
 O útero e a placenta são muito vascularizados, o que pode levar a hemorragia intensa. O 
sangue pode ficar contido no interior do útero.
 A perda de sangue por lesão abdominal pode manifestar desde por sinais e sintomas 
mínimos até choque grave.
 O transporte da gestante traumatizada não deve ser retardado, deve ser transportada 
com rapidez.
 Durante o transporte, deve ser iniciada reposição volêmica vigorosa para combater o 
choque tanto da mãe quanto do feto.
 
Avaliação no A. P. H. 
 
 Estudo da cinemática do trauma;
 Sinal de trauma abdominal na inspeção;
 Distensão e dor abdominal;
 
Avaliação Primária e Tratamento do Trauma Abdominal Fechado e Penetrante 
 
1. X A B C D E 
2. Se houver presença de evisceração e objeto empalado: conduta específica 
3. Monitorizar sinais vitais 
4. Puncionar acesso venoso periférico 
5. Se prescrito pelo Médico Regulador: 
 
 Administrar medicação conforme prescrição 
6. Transportar para hospital 
TRAUMA DE TÓRAX 
Definição: 
Comprometimento torácico oriundo de qualquer mecanismo agressivo (trauma) que resulte na 
injúria das estruturas anatômicas bem como sua interferência no mecanismo fisiológico deste setor 
orgânico, podendo ser aberto ou fechado. 
 
Lesões torácicas são muito importantes em função do potencial comprometimento das funções 
respiratórias e circulatórias e porque as lesões torácicas estão frequentemente associadas aos traumas 
multisistêmicos. 
 
Avaliação do Trauma Torácico 
 
 Observação – palidez? Sudorese? Cianose? Dispneia? Batimento asa nariz? Uso musculatura 
acessória? Contusões? Abrasões? Lacerações? Simetria da parede?
 Palpação – Pontos dolorosos?
 Oximetria de pulso: deve ser instalada para avaliar o nível de oxigênio circulante.
 
Avaliação Primária e Tratamento 
 
 
 
 
 
tórax; 
1. X A B C D E 
2. Se houver presença de perfuração em tórax: conduta específica: curativo de três pontas; 
3. Adiministrar oxigênio; 
4. Evitar imobilização de costelas com bandagem firme ou atadura que envolva todo o 
 
5. Puncionar acesso venoso periférico 
6. Monitorizar sinais vitais 
7. Se prescrito pelo Médico Regulador: 
 
 Administrar medicação conforme prescrição 
 
8. Transportar para o hospital. 
 
Conclusão: 
 
 Lesão do Tórax = Lesão Grave
 Pode causar comprometimento: Respiratório e Cardiovascular
 
ATENDIMENTO À CRIANÇA POLITRAUMATIZADA 
 
Mecanismos de trauma: 
 
 Quedas
 Acidente automobilísticos/atropelamento
 Menor de 1 ano: morte por trauma pensar em espancamento
 
Criança vítima de espancamento: apresenta 
 
 Resposta contraditórias entre os familiares
 História do trauma não condiz com as lesões
 Demora para procurar atendimento
 Múltiplas fraturas em diferentes locais
 
Sinais da Violência 
 
 Queimaduras de cigarro e hematomas em locais cobertos pela roupa.
 Síndrome da orelha de lata (orelha deformada por puxões).
 Síndrome de Munchausen (pais simulam sintomas para levar a criança ao médico). 
Síndrome do bebê sacudido (lesões e sangramentos na cabeça).
 Fraturas múltiplas e em fases de recuperação diferentes.
 Sonolência causada por drogas para dormir, dadas constantemente pelas mães.
 
Avaliação Primária: 
 
1. X A B C D E 
 
Considerar anatomia pediátrica: 
 
A – Vias Aéreas e Coluna Cervical: Considerar- 
 
 Desproporção do tamanho da cabeça para o corpo: Hiperflexão do pescoço
 Vias aéreas de tamanho menor
 Cordas vocais e cartilagem são muito frágeis
 Traqueia é curta e estreita
 Cavidade oral pequena e língua volumosa
 
B – Ventilação: 
 
Fazer inspeção do Tórax: 
 
 Considerar o Esforço respiratório
 
 Usar dispositivo bolsa-valva-máscara de tamanho adequado a criança e concentração 
de oxigênio de 85 a 100%.
 A oximetria de pulso serve como medida auxiliar para avaliação da via aérea e da 
respiração.
 
C – Circulação: 
 
Choque Hipovolêmico: 
 
 A criança é mais tolerante à perda de sangue
 Possui volemia aumentada em 25%
 Utilizar Ringer lactato ou soro fisiológico em bolus de 20 ml/kg.
 
 
 
 
 
D – Avaliação Neurológica: 
 
Escala de coma de Glasgow: 
Resposta Verbal: Deve ser modificada para crianças < 4 anos 
 
 
 
Resposta Verbal Escala 
Palavras apropriadas ou sorriso social; fixa e segue objetos 
5 
Chora, mas é consolável 4 
Persistentemente irritável 3 
Inquieta, agitada 2 
Nenhuma 1 
 
 
E - Exposição: 
 
Manter um familiar/acompanhante para oferecer o suporte emocional à criança; 
Expor ao mínimo criança. 
TRAUMA NO IDOSO 
 
Epidemiologia 
 
• Prevenção; 
• 66% - feminino; 
• Mecanismo do trauma: Quedas - acidentes automobilísticos - 1° causa de morte acidental: 
acima dos 65 anos; 
• 6° causa de morte em pessoas de mais de 75 anos. 
 
Ambiente 
 
• 66% NA RESIDÊNCIA – falta de estrutura voltada ao idoso; 
• A queda acarreta consequências físicas (incapacidade, morte e injúria), psicológicas (síndrome 
pós-queda), sociais; 
• 10% da população consomem 1/3 da despesa com internação. 
 
Fatores Desencadeantes 
 
• Condições clínicas; 
• Fragilidade óssea e muscular, diminuição da acuidade visual, auditiva; 
• Dados suplementares: 46% sem socorro; 
• 86% não recebem socorro especializado após o atropelamento; 
• Trauma frequentemente é subsequente a doenças preexistentes; 
• Acidentes automobilísticos respondem por 25% dos traumas, seguido por queimadura, 
envenenamentos, arma de fogo; 
• Os idosos não apresentam reservas para enfrentar a demanda metabólica representada 
pelo trauma. 
 
Fatores Agravantes: 
• Reserva fisiológica deficiente; 
• Desnutrição; 
• Osteoporose, diminuição da acuidade visual e auditiva; 
• Doenças preexistentes, (doenças isquêmicas, depressão, disfunção renal, resposta 
imunológica deficiente e trombose). 
Avaliação e conduta 
1- X A B C D E 
2- Monitorizar sinais vitais 
3- Seprescrito pelo Médico Regulador: 
 
 Administrar medicação conforme prescrição 
4- Transportar para hospital
TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO 
 
Incidência: 
 
1. Acidentes Automobilísticos 
2. Acidentes de trabalho 
3. Acidentes domiciliares e Idosos 
 
Atendimento 
 
A - Avaliação Primária 
 
A, B,C – Identificar risco de vida 
A- Avaliação Secundária 
1)Avaliar lesões associadas 
Este tipo de trauma é tratado na Secundária. 
2)Avaliar o tipo de lesão do membro: 
Lesão Vascular 
Esmagamento 
Síndrome Compartimental 
Amputação 
Tipos de Lesão 
 
1. Amputação 
 
– Parcial – fratura exposta grave 
– Total 
O Socorrista deve levar o membro amputado acondicionado corretamente 
 
A v a l i a ç ã o 
 
1) Avaliar o tipo de lesão do membro: 
 
Luxação 
 
Fratura com ou sem luxação 
 
Fratura com lesão vascular e/ou de nervos 
Fratura aberta 
2) Avaliar a síndrome do Choque 
 
 
OSSO HEMORRAGIA INTERNA 
Costela 
125 ml 
Rádio Ulna 
250-500 ml 
Úmero 
500-750 ml 
Tíbia-Fíbula 
500-1000 ml 
Fêmur 
1000-2000 ml 
Quadril 
1000-imensa 
 
3) Avaliar o foco da lesão 
 
Relacionar lesão com o mecanismo do trauma; 
Avaliação da extremidade lesada. 
Prioridades do Atendimento 
 
XABC, controle e manutenção. 
 
Avaliação de todas as lesões que ameaçam a vida. 
Avaliação de todos os membros lesados. 
 Cuidados com a fratura exposta:
– Limpeza 
– Oclusão 
– Imobilização 
 Prevenção de infecção:
– Técnica asséptica 
 Controle da dor:
– Posicionamento 
 Prevenção e Complicações:
– Remover adereços 
– Alinhamento e imobilização 
 
Priorização do Atendimento 
 
 X A B C D E 
 Puncionar acesso venoso periférico 
 Imobilização 
 Se prescrito pelo Médico Regulador: 
 
 Administrar medicação conforme prescrição 
 
 Monitorizar sinais vitais 
 Transferência para hospital 
 
Protocolo de Transferência: IMOBILIZAÇÃO: 
Colar Cervical 
KED – Kendrich Extrication Device 
 
Imobilização: 
 
Imobilizador lateral 
Prancha rígida 
Talas de Imobilização: 
 
 Rígidas: de madeira, de plástico, infláveis
 Moldáveis: à vácuo, travesseiros, cobertores.
 Tração: de fêmur
 
Resumo 
 
1. Conhecer os mecanismos do trauma que produziu a lesão. 
2. Identificar os tipos de lesão e suas complicações. 
3. Cuidados com o membro lesado 
4. Checar pulso, perfusão, coloração, temperatura. 
5. Imobilizar articulação distal e proximal. 
6. Prevenir infecção e lesões futuras. 
7. Documentar todo o atendimento pré-hospitalar. 
8. Dar conforto – físico e psicológico - à vítima 
QUEIMADURAS 
 
Introdução 
 
Causa importante de morbidade e mortalidade. 
 
 Princípios de ressuscitação
 Medidas simples – menos complicações
 Comprometimento da via aérea nas inalações de fumaça
 
Camadas da Pele 
 
Epiderme: camada mais externa 
 
Derme: terminações nervosas; vasos sanguíneos Subcutâneo: tecidos elásticos e fibrosos; 
depósito de gordura. 
 
Funções: relacionamento, metabólica, homeostase e proteção. 
 
Conceito 
 
Queimaduras são lesões da pele, provocadas pelo calor, radiação, produtos químicos ou certos 
animais e vegetais, que causam dores fortes e podem levar a infecções. 
 
Manifestações locais mais importantes nas queimaduras: 
 
 Formação de substâncias tóxicas; 
 Dor intensa que pode levar ao choque; 
 Perda de líquidos corporais; 
 Destruição de tecidos e; 
 Infecção. 
 
A consequência mais grave das queimaduras é a porcentagem da área do corpo atingida 
 
 Quando esta é menos de 15%, diz-se que o acidentado é, simplesmente, portador 
de queimaduras;
 Quando a percentagem da pele queimada ultrapassa os 15% (cerca de 15 palmos), 
pode-se considerá-lo como grande queimado . Ao atingir mais de 40% da superfície do corpo, pode 
provocar a morte. Acima de 70%, as chances de sobreviver são mínimas!
 
Classificação das Queimaduras 
 
Agente causador 
 
Físicos: temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama, etc. eletricidade: 
corrente elétrica, raio, etc. radiação : sol, aparelhos de raios X, raios ultravioletas, nucleares, etc. 
 
Químicos: produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina, etc. 
 
Biológicos: animais: lagarta-de-fogo, água-viva, medusa, etc. e vegetais: o látex de certas 
plantas, urtiga, etc. 
Profundidade ou Grau da Queimadura 
 
 
 1º. grau : superficial e só atinge a epiderme ou a pele (causa vermelhidão).
 2º. grau : atinge toda a epiderme e parte da derme (forma bolhas).
 3º. grau : profunda : atinge toda a epiderme, a derme e outros tecidos mais profundos,
 4º grau : ossos. Carbonização dos tecidos.
 
Extensão Ou Severidade Da Queimadura 
 
O importante na queimadura não é o seu tipo e nem o seu grau, mas sim a extensão da pele 
queimada, ou seja, a área corporal atingida. 
 
 Baixa: menos de 15% da superfície corporal atingida;
 Média: entre 15 e menos de 40% da pele coberta;
 Alta: mais de 40% do corpo queimado.
 
Como Atender 
 
 Garantir: Segurança da cena do acidente; 
 Avaliação Primária: Identificar risco de vida. 
Medidas Iniciais 
1.Manter Via Aérea pérvia 
2. Manter vítima aquecida 
3. Calcular área de superfície corpórea 
4. Profundidade da lesão. 
 
Vias aéreas 
 
 Envolvimento da via aérea? 
 Desconforto respiratório? Manter via aérea pérvia. 
 
Sinais indicativos de lesão por inalação: 
 
1. Queimaduras faciais 
2. Chamuscamento das sobrancelhas e vibrissas nasais 
3. Depósito de carbono e reação inflamatória aguda na orofaringe 
4. Escarro carbonáceo 
5. História de confusão mental 
6. Confinamento em ambiente com incêndio 
7. História de explosão 
 
 
 
 
 
 
 
Exposição da Vítima 
1. Retirar todas as roupas para interromper o processo de queimadura. 
2. Tecidos sintéticos inflamáveis queimam rapidamente. 
3. Manter vítima aquecida 
 
 
Cálculo de Superfície de Corporal Queimada: Regra dos Nove 
 
 
 
 
 
 Queimaduras pequenas: palma da mão = 1% 
 
 
Queimaduras Químicas 
 
Ácidos, alcalinos ou derivados do petróleo. 
 
Alcalinos: lesões mais sérias - penetram mais profundamente 
Para remover: grandes quantidades de água: chuveiros ou jato d’água por pelo menos 
20 a 30 minutos. 
 
 
Queimaduras Elétricas: 
Mais sérias do que aparentam! 
 
Resultam dos efeitos diretos da corrente e da conversão da energia elétrica em energia 
térmica, pela passagem da corrente nos tecidos. 
 
 
Priorização do Atendimento 
 
 X A B C D E com ênfase para 
 Cálculo da extensão e profundidade da queimadura 
 Não retirar roupas aderidas a pele 
 Manter curativos úmidos só em queimaduras até 10% de extensão 
 Aquecer a vítima com manta térmica 
 Administrar oxigênio 
 
 Puncionar acesso venoso periférico 
 Imobilização 
 Se prescrito pelo Médico Regulador: 
 
 Administrar medicação conforme prescrição 
 
 Monitorizar sinais vitais 
 Transferência para hospital 
7. INCIDENTE COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS (IMV) 
 
Diariamente temos em nosso país acidentes dos mais variados tipos, como ônibus, trens, vans, 
automóveis, desabamentos, colisão de vários veículos, incidentes em eventos com aglomerado de 
pessoas que causam um número considerável de vítimas, em sua maioria superior a cinco. Nessas 
situações ocorre um desequilíbrio entre os recursos disponíveis e a capacidade de atendimento 
médico, levando a uma incapacidade dos serviços para lidarem com esse problema, que muitas vezes 
sequer é percebida, ou seja, o caos se instala e muitas vidas podem ser perdidas. Assim é necessário 
estarmos preparados e treinados para atender essas situações caóticas. 
 
A definição do número 5 (cinco) como limite acima do qual consideramos a situação como 
acidente com múltiplas vítimas, deve-se à necessidade de mudança de comportamento das equipes 
para atender esses eventos. Nos municípios cuja estrutura de saúde é insuficiente para o atendimento 
simultâneo a cinco vítimas graves, este número pode ser readequado, tornando-se compatível com 
cada realidade. O importante

Continue navegando