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atividades - Historia da america II

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1. 
O processo de emancipação política da América Espanhola ocorreu em um momento de profundas transformações culturais, econômicas e políticas no continente europeu que influenciaram as dinâmicas coloniais, configurando fatores externos e internos às independências das colônias hispânicas.
Leia as alternativas a seguir:
I. Práticas mercantis da Espanha.
II. Independência do Brasil.
III. Influência do pensamento liberal.
IV. Insurreições africanas, afro-americanas e indígenas.
V. Independência das treze colônias.
Assinale a alternativa que contém fatores relacionados às emancipações da América Espanhola:​​​​​​​
Resposta correta.
C. 
I – III – V.
As dinâmicas mercantis estabelecidas entre Espanha e suas colônias encontraram forte resistência entre as elites coloniais, influenciadas pelo pensamento liberal. A independência das treze colônias norte-americanas foi um fator de inspiração para os rebeldes latino-americanos, que passaram a compartilhar muitos dos ideais que basearam aquele movimento. A independência brasileira, ocorrida em 1822, está cronologicamente separada desses eventos e, portanto, não os influenciou. Quanto às insurreições africanas, afro-americanas e indígenas, embora tenham ocorrido, não foram fatores determinantes para a independência da América Espanhola.
2. 
O processo de emancipação política da América Espanhola explicitou dinâmicas bastante complexas em relação à estrutura social da colônia americana. Em relação ao criollo, por exemplo, a historiadora Maria Elisa Noronha de Sá Mäder (2008, p. 232) faz a seguinte observação:
​​​​​​​“Ele é o grupo social dominante na colônia pela sua condição econômica e social, mas ao mesmo tempo está excluído do acesso aos cargos administrativos, políticos e eclesiásticos, monopólio dos espanhóis peninsulares. Além disso, ele teme a maioria de negros, índios e mestiços, criando muitas vezes mecanismos de exclusão política e social, causando grande tensão racial.”
De acordo com a citação e com os seus conhecimentos sobre a elite colonial espanhola no processo de independência, é correto afirmar:​​​​​​​
Resposta correta.
C. 
Em muitas situações, os criollos construíram poderes locais sustentados por milícias próprias e por relações de submissão, o que caracteriza práticas caudilhistas.
Criollos e chapetones tinham condições sociais distintas. Pelo privilégio de ter nascido na metrópole, os chapetones assumiam cargos administrativos na colônia, algo que não era permitido aos criollos, que, por consequência, consolidaram poderes locais baseados na força militar, mas também na submissão das classes subalternas, caracterizando o caudilhismo. Após a independência, não houve transformações significativas na ordem social e na igualdade de direitos, e a exploração das classes subalternas se deu de outras formas. Foram os criollos que lideraram as rebeliões de independência contra os chapetones, de forma a realizar a emancipação mas manter a ordem, representando um medo de africanos, “mestiços” ou indígenas.
3. 
Os movimentos de emancipação da América Espanhola foram liderados por caudilhos. Dentre eles, destaca-se Simón Bolívar, por seu protagonismo na independência de diferentes países e por seu plano pan-americano.
Assinale a alternativa correta sobre Simón Bolívar e seu pensamento:​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
O projeto pan-americano de Simón Bolívar era de transformar as colônias governadas pela Espanha em uma grande confederação de Estados, a Grande Colômbia, mas as diferenças entre caudilhos impediram a sua realização.
O pan-americanismo de Bolívar, expresso na ideia de uma união de repúblicas confederadas, a Grande Colômbia, foi frustrada pelos interesses locais e particulares dos caudilhos, que impediram os planos pan-americanistas bolivarianos. Além disso, o pan-americanismo opunha-se às intervenções externas, seja da Europa ou dos Estados Unidos.
4. 
Os conflitos gerados com as independências prolongaram-se por anos, de acordo com as particularidades de cada uma das regiões da América. O texto abaixo, escrito pelos historiadores Hélène Beyhaut e Gustavo Beyhaut (1985), avalia as consequências da independência para a América Latina:
“Entre os resultados da luta independentista, podemos assinalar a abolição da inquisição, a extinção de parte dos tributos indígenas, as medidas restritivas em relação à escravidão, a derrogação das castas e o estabelecimento da liberdade de comercio e de migração. Entretanto, essas mudanças não afetaram profundamente a situação das massas exploradas. A revolução deixou intactos inúmeros privilégios sociais que lembravam o feudalismo, e, mesmo que tenha havido uma preocupação em 'imitar' as formas políticas do capitalismo liberal, a transposição ocorreu de modo superficial, sem mudanças nos fundamentos econômicos e sociais do regime colonial. Por isso se deve admitir que houve independência sem descolonização, e que a revolução foi predominantemente um movimento dos colonos contra as metrópoles.”
Sobre o texto e o processo de emancipação política, considere as seguintes afirmações:
I – Pode-se citar o caso haitiano como uma exceção à “independência sem descolonização”, já que, naquele país, houve um abandono das estruturas e das instituições coloniais.
II – A organização social e política da América pós-independência mesclou elementos “modernos”, como o capitalismo e o pensamento liberal, com tendências antirrepublicanas, como o caudilhismo.
III – A limitação do processo de independência se deve à ausência de mobilização dos setores populares, que não se envolveram nos conflitos pois não tinham canais de participação nas esferas decisórias da política.
Qual ou quais alternativas estão corretas? Assinale abaixo.
Resposta correta.
D. 
Apenas I e II.
O Haiti foi uma exceção nos processos de independência da América, pois a emancipação originou-se de uma demanda popular, abolindo as estruturas (econômicas) e as instituições (escravidão) coloniais, representando um caso à parte em relação ao que os autores afirmam ser a “independência sem descolonização”. Como a maioria dos casos não seguiu esses caminhos, os Estados formados após as rebeliões mesclavam preceitos modernos, como o capitalismo e o liberalismo, com formas antirrepublicanas de gestão política, como o caudilhismo, que atualizava as relações de suserania e de vassalagem características do medievo. Por fim, cabe acrescentar que as limitações dos processos de independência se devem aos interesses das elites coloniais que conduziram o processo, receosas de uma possível radicalização com a participação das classes subalternas.
5. 
As guerras de independência foram precedidas, em algumas localidades, por revoltas populares contra o sistema de exploração colonial, que afetava diretamente a população indígena. Uma delas ocorreu no Peru, em 1780, tendo sido liderada por Tupac Amaru. Sobre essa revolta, considere as seguintes afirmações e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas.
(  ) A revolta tinha como principal objetivo manifestar o descontentamento indígena com o pagamento de tributos nas práticas agrícola, mineradora e têxtil.
(  ) Foi um movimento independentista que procurava criar uma sociedade indígena aos moldes do Império Inca.
(  ) A revolta se radicalizou apenas no momento em que foram esgotados os espaços formais de reivindicação dos revoltosos.
(  ) A condenação de Tupac Amaru à morte e sua execução em praça pública teve um caráter de exemplaridade, de forma a dissuadir novos revoltosos.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses é:​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
V – F – V – V.
A revolta liderada por Tupac Amaru tinha como objetivo apresentar às autoridades reivindicações dos indígenas quanto à cobrança de impostos a partir das atividades produtivas (agricultura, mineração, têxtil), não apresentando um caráter autonomista. O movimento se radicalizou somente quando as possibilidades institucionais de contestação se esgotaram. Após a derrota do movimento, Tupac Amaru foi executado em praça pública, com extrema violência, para que outraspessoas descontentes com a ordem colonial não se rebelassem contra o sistema.
1. 
No início do século XIX, a elite colonial da América Espanhola deu início ao processo de independência motivada por acontecimentos internos e externos ao continente. Concluídas as emancipações, coube aos novos governantes e aos intelectuais forjarem uma identidade nacional.
Sobre a construção das identidades nacionais na América, são feitas as seguintes afirmativas:
I – A proposta de Simón Bolívar de panamericanismo enquadra-se na busca por uma unidade na América.
II – A unidade na ex-colônia espanhola foi conquistada durante o processo de independência, quando se forjou a noção de “América Latina”.
​​​​​​​III – A questão étnica na América representou um grande desafio àqueles que buscavam a criação de uma identidade a partir da unidade.
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)?
Resposta correta.
D. 
As afirmativas I e III.
O panamericanismo de Simón Bolívar pode ser considerado uma manifestação da busca por uma unidade na América, que considerava viável pelo compartilhamento de aspectos culturais entre os novos países. Contudo, essa unidade não ocorreu no período da independência; a ideia de “América Latina” não é contemporânea às emancipações e à construção da nação no século XIX. Por fim, a questão étnica representou um grande desafio aos que se dedicaram a pensar a unidade nacional, já que os países tinham a raça branca como ideal e a maioria de suas populações era de origem africana, indígena ou mestiça.
2. 
No processo de formação dos Estados e de criação das identidades nacionais na América Latina, diferentes problemas dificultaram a busca por uma unidade administrativa, identitária e política, tanto nos territórios da ex-colônia espanhola na América Central, quanto na América do Sul.
A respeito desse assunto, assinale a alternativa correta.
Resposta correta.
A. 
As maiores dificuldades se encontraram no conflito entre o autonomismo e o centralismo, representados nos conflitos de interesses entre as elites criollas e a força militar e política dos caudilhos.
Os principais empecilhos na busca por uma unidade administrativa, identitária e política nas repúblicas latino-americanas no pós-independência derivaram do conflito da centralização do poder nas capitais com a autonomia dos poderes locais, representados pelos caudilhos, ou seja, eles não se vinculavam com aspectos de ligação com a metrópole espanhola e seus valores culturais, ou com o restante da Europa e os Estados Unidos. A ideia de “América Latina” existia nessa conjuntura de construção do Estado e da nação, sendo difundida apenas posteriormente. Os Estados formados após o processo de independência não incorporaram a pluralidade cultural e étnica de suas populações com o objetivo de uniformização da cultura, da raça e da religião.
3. 
A historiografia sobre as independências, sobre a formação do Estado e sobre a construção da identidade nacional na América Latina foi se transformando desde ao século XIX, incorporando preocupações do presente junto a inovações conceituais, metodológicas e teóricas. Leia o trecho abaixo, escrito pelo historiador José Carlos Chiaramonte:
“Segundo um ponto de vista difundido na historiografia latino-americana, os projetos de novos Estados nacionais que se difundiram com a independência implicavam a prévia existência [...] de comunidades conscientes de possuir uma identidade nacional. [...] Trata-se de um ponto de vista equivocado para o caso do Rio da Prata, e que também não nos parece válido para o restante da hispano-américa [...]” (CHIARAMONTE, 1993).
Sobre a interpretação de Chiaramonte e o processo de formação das nações no Prata, são feitas as seguintes afirmações:
I – A unificação das províncias argentinas sob o domínio de Buenos Aires se deu a partir do convencimento das elites regionais em relação ao benefício econômico de tal centralização.
II – Chiaramonte afirma que essa historiografia sobre a independência parte de um pressuposto errôneo: a existência de sentimentos nacionais prévios à emancipação política.
​​​​​​​III – Não houve maiores problemas na região do Prata para a consolidação do Estado e da nação, pois havia uma uniformidade cultural, étnica e religiosa, garantindo a constituição da identidade platina.
Qual(is) afirmativa(s) acima está(ão) correta(s)?
Você acertou!
D. 
As afirmativas I e II.
A unificação política das províncias argentinas sob o centralismo de Buenos Aires se deu a partir de necessidades econômicas, da criação de um “mercado nacional” em uma conjuntura específica. Esse centralismo facilitou a construção da identidade frente às dificuldades dos poderes locais e à diversidade étnica da região, com a presença de africanos, indígenas e mestiços. Em relação aos indígenas, houve propostas de seu extermínio para a busca da unidade populacional. José Carlos Chiaramonte afirma que essa historiografia, a qual se opõe, pressupõe que os movimentos de independência eram movidos por sentimentos nacionais - de “argentinos”, “mexicanos” ou “peruanos” -, o que não existia naquela época. Havia uma oposição entre “americanos” e “espanhóis”, mas não a construção das identidades tais como conhecemos hoje.
4. 
O “movimento das nações e das nacionalidades” é um fenômeno característico da modernidade, vinculado à formação dos Estados e à difusão de ideais do romantismo e do liberalismo econômico e social. Em relação às nações e às nacionalidades na América Latina, são feitas as seguintes afirmações.
Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas.
(  ) Parte da historiografia latino-americana argumentava que o sentimento nacional estava presente antes dos processos de emancipação, tendo orientado as elites coloniais rebeldes.
(  ) Ao se depararem com as dificuldades para a centralização política e a formação de uma unidade administrativa e identitária, intelectuais afirmaram que o processo latino-americano tinha desvios e deformações.
(  ) Esse debate intelectual não teve consequências concretas para as populações africanas, indígenas e mestiças, que tiveram sua cidadania reconhecida e compuseram as novas nacionalidades.
(  ) Embora as elites latino-americanas buscassem referências nos modelos europeus, desprezavam suas influências, porque acreditavam ser um retorno à subordinação do período colonial.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
V – V – F – F.
Em relação às nações e nacionalidades e à independência na América Espanhola, os historiadores têm demonstrado a inexistência de um sentimento nacional que tivesse guiado as elites coloniais em suas rebeliões emancipatórias. Havia uma difusa identificação de “América” contra os espanhóis, mas não as nacionalidades tais como são conhecidas hoje. Como os intelectuais americanos inspiravam-se em modelos europeus para compreender a realidade latino-americana, muitos acreditavam que a especificidade da América Latina, de dificuldade de centralização e de unidade, o que era considerado fundamental para a nação, configurava desvios e deformações no processo de etapas. Assim, alguns grupos foram responsabilizados pelas dificuldades de administrar a diversidade cultural e étnica, como os indígenas, a maioria da população desses países. Os povos originários, dessa forma, passaram a ser destinatários de políticas de assimilação e de extermínio.
5. 
Os processos de emancipação política das colônias espanhola e portuguesa na América foram muito próximos cronologicamente, mas seus resultados se diferiram completamente. Analise as seguintes afirmações abaixo sobre esse processo:
I – Ambas as independências foram marcadas por conflitos bélicos generalizados, que resultaram na fragmentação política e territorial da América Espanhola e Portuguesa.
II – A fragmentação política e o republicanismo eram considerados uma ameaça ao recém independente Estado brasileiro, que procurou forjar sua identidade, negando as repúblicas oriundas da América Espanhola.
​​​​​​​III – Os principais líderes dos processosindependentistas eram de origem popular e revoltaram-se contra a dominação estrangeira, demonstrando nacionalismo, mas foram dominados pela elite colonial.
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
Apenas a afirmativa II.
As independências da América Espanhola e da América Portuguesa, analisadas em conjunto, apresentam muitas diferenças entre si. No primeiro caso, as emancipações se deram através de conflitos, guerras e revoluções, de forma generalizada, por todo o território. Por outro lado, no Brasil, os conflitos foram localizados e não ameaçaram a unidade nacional no momento da independência. A vinda da família real portuguesa para o Brasil foi considerada um fenômeno decisivo para a independência e para a adoção do regime monárquico, sendo a fragmentação política e a adoção do regime republicano dos países vizinhos vistas como um perigo para o Brasil. As principais lideranças dos movimentos independentistas não eram populares e não estavam motivadas por ideais nacionalistas. Foram as elites coloniais que lideraram esses processos no caso da América Espanhola e, no caso brasileiro, um conflito entre a corte estabelecida no Brasil e o restante da corte lusitana em Portugal.
1. 
A abolição da escravidão na América Latina ocorreu ao longo do século XIX, paralelamente ao processo de formação dos Estados pós-independência e à reorganização das relações econômicas e de trabalho. O Brasil foi um dos últimos Países a extinguir a escravidão e, sobre esse fato, Bernardo Buarque de Hollanda, João Maia e Ynaê Santos (2019, p. 1-2) afirmam: “Durante os anos subsequentes, o Treze de Maio foi comemorado como data máxima da liberdade nacional. Mas, assim como a independência parecia ser uma data velada, num País que mantinha a escravidão, a forma como a Primeira República festejou o Treze de Maio camuflou um sem-número de personagens e tramas que estiveram diretamente relacionados com a assinatura da Lei Áurea, bem como silenciou grande parte das violências e exclusões que marcaram os corpos e vidas de homens e mulheres cingidos pela escravidão.”
A partir da leitura do trecho acima e de seu conhecimento sobre o processo de abolição da escravidão na América Latina, assinale a alternativa correta:
Você acertou!
A. 
A extinção da escravidão foi resultado da luta de abolicionistas e da resistência de escravizados; após a abolição, a situação da população negra seguiu muito precária.
A abolição da escravidão foi uma consequência da luta do movimento abolicionista e da resistência de africanos e afro-americanos, luta essa que encontrou resistência das elites caudilhas por questões econômicas, raciais e sociais. Após a extinção da escravidão, a condição de vida da população negra não se alterou em relação ao exercício da cidadania, seguindo precária e submetida à repressão.
2. 
A proibição da escravização dos povos originários ocorreu ainda no século XVI. Já a proibição do tráfico negreiro e a extinção da escravidão ocorreram ao longo do século XIX. Mesmo com a proibição legal, essa forma de trabalho de africanos, afro-brasileiros e indígenas seguiu sendo utilizada. Sobre esse tema, leia as afirmações a seguir:
I – A ilegalidade da escravidão contava com a conveniência e a omissão das autoridades, principalmente quanto à impunidade.
II – A escravidão africana seguiu sendo empregada após a proibição do tráfico em função da rentabilidade econômica para os grandes latifundiários e mineradores.
III – Africanos, afro-brasileiros e indígenas preferiam seguir trabalhando como escravizados, práticas que reproduziam em suas comunidades originárias.
Qual(is) afirmativas está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Apenas I e II.
Mesmo com a proibição do tráfico e a extinção da escravidão, muitos africanos, afro-americanos e indígenas seguiram trabalhando nesses moldes, pela ausência de oportunidades e pela grande lucratividade que geravam para os grandes latifundiários e mineradores. Ainda que a escravização fosse uma prática encontrada em comunidades africanas e indígenas, ela se diferia significativamente do sistema escravista desenvolvido com o colonialismo. Para seguir traficando escravos clandestinamente e empregando sua força de trabalho , os grandes proprietários e mineradores necessitavam da conivência e da omissão das autoridades, que ignoravam as medidas ilegais, gerando a impunidade dos que desrespeitavam as leis.
3. 
O sociólogo mexicano Pablo González Casanova criou a expressão colonialismo interno para se referir às práticas empregadas pelas elites latino-americanas no pós-independência em relação às populações de seus próprios Países.
Sobre esse conceito e seu emprego para análise da conjuntura do pós-independência, são feitas as seguintes afirmações:
(  ) Com o conceito de colonialismo interno, González Casanova procurava evidenciar a continuidade de algumas práticas coloniais, agora empregadas pelas elites nativas.
(  ) A ideia de colonialismo interno auxilia na compreensão da reprodução das estruturas econômicas e jurídicas coloniais na organização dos novos Estados.
(  ) O conceito de colonialismo interno é utilizado para relativizar a noção de independência, já que os novos Estados permaneceram submissos às antigas metrópoles.
(  ) O colonialismo interno é uma categoria que permite compreender as políticas de branqueamento e europeização das sociedades pluriétnicas latino-americanas.
Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas.
Resposta correta.
E. 
V – V – F – V.
A relação correta é: V – V – F – V.
O conceito de colonialismo interno forjado pelo sociólogo mexicano Pablo González Casanova auxilia na compreensão da reprodução, por parte das elites nativas, das estruturas coloniais de dominação anteriormente empregadas pelas metrópoles contra suas próprias populações. Mesmo com a emancipação política, essas estruturas foram mantidas de forma a controlar o sistema produtivo e organizar as relações étnico-raciais, motivos de tensões em Estados pluriétnicos como os latino-americanos. Assim, esse conceito também permite que compreendamos as medidas de uniformização cultural e racial empregadas pelos caudilhos, como o branqueamento e a europeização.
4. 
Na formação dos Estados pós-independência na América Latina e nos processos de construção da identidade nacional, os caudilhos, orientados por reflexões de intelectuais, desenvolveram políticas públicas visando à uniformização cultural e étnica da sociedade.
Sobre essas políticas, assinale a alternativa correta:​​​​​​​
Você acertou!
C. 
Os caudilhos incentivaram a política imigratória de populações brancas para “branquear” a população, assim como propagavam a cultura europeia como civilizada e orientada para o progresso, devendo ser copiada.
As elites caudilhas empreenderam políticas para promover a uniformização cultural e étnica das sociedades latino-americanas, buscando, dessa forma, a construção da identidade nacional e a resolução dos problemas étnico-raciais. Assim, incentivaram e financiaram a imigração de populações brancas para a América, a fim de “branquear” essa população, e difundiram aspectos culturais, costumes e hábitos europeus como sinônimos de civilização e progresso. Essas medidas não foram as primeiras empregadas para extinguir as manifestações culturais e religiosas das populações não brancas — lembrando que, desde o período colonial, sua cultura e religiosidade procurou ser reprimida.
5. 
As relações étnico-raciais no pós-abolição da América Latina organizaram-se de forma muito conflituosa. Havia não somente uma hierarquização entre as raças, mas também em relação à cidadania. Entre os setores subalternizados, africanos, afro-americanos e indígenas não contavam com os mesmos direitos civis, políticos e sociais.
Sobre as relações étnico-raciais na região do Rio da Prata, são feitas as seguintes afirmações:
I – Diferentemente dos africanos e dos afro-americanos, os indígenas tinham direito ao voto.
II – Os problemas étnico-raciais na região do Prata eram menores, já que a populaçãonegra era diminuta e os indígenas haviam sido exterminados.
III – Como forma de resistência ao branqueamento da população, os afro-argentinos continuaram se identificando como negros, associando-se e organizando-se.
Qual(is) afirmativas está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Apenas I e III.
As afirmações corretas são I e III.
As relações étnico-raciais na região do Prata foram muito tensas, independentemente do número de africanos ou indígenas existentes, que era significativo. Contudo, havia diferenças entre esses grupos, tendo os indígenas conquistado direitos negados à população negra, como o direito ao voto. Como forma de desenvolver apoio mútuo e resistir às estratégias de branqueamento da população, os afro-argentinos positivaram sua identidade e organizaram associações e organizações de auxílio mútuo.
1. 
A Revolução Mexicana se caracterizou por congregar os interesses de diferentes setores da sociedade mexicana que, apesar da diversidade de ideais e projetos, uniram-se contra o status quo político. Sobre esse evento, são feitas as seguintes afirmações:
I – A Igreja Católica tinha um papel muito importante no processo revolucionário, seja pela devoção católica da população ou pelo apoio direto aos grupos sublevados.
II – Em diferentes localidades do país, lideranças vinculadas aos camponeses e mineradores indígenas demandavam melhores condições de trabalho e uma reforma agrária.
III – A Revolução Mexicana contou com a participação dos operários, ainda que numericamente inferiores em relação aos camponeses.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Apenas a II e a III.
Apenas a II e a III estão corretas.
Dentre os diferentes setores que participaram da Revolução Mexicana e dos diversos interesses que os mobilizaram, pode-se destacar os camponeses e o mineradores indígenas, que, no Norte e no Sul do país, organizados em lideranças, exigiam melhores condições de trabalho e a reformação agrária. Pode-se destacar também os operários urbanos que, mesmo em menor número, exigiam a regulamentação das relações de trabalho. Mas não é possível afirmar que a Igreja Católica tenha apoiado os manifestantes. Ao contrário, muitos setores sublevados combatiam os privilégios da Igreja Católica e da interferência nos negócios do Estado.
2. 
A Constituição de 1917 foi aprovada contemplando uma série de demandas dos setores que desencadearam o movimento revolucionário. Uma das questões mais sensíveis para a sociedade mexicana era a grande concentração de terra nas mãos de uma minoria da população.
Nesse sentido, podemos afirmar que a Constituição de 1917:
Resposta correta.
A. 
Estabeleceu a expropriação de terras não cultivadas e a realização de uma reforma agrária.
A Constituição de 1917, em seu caráter progressista, garantiu no texto legal a desapropriação das terras não cultivadas e a realização da reforma agrária, de forma a existir uma forma mais equitativa de distribuição dos recursos da terra para os camponeses. Contudo, essas medidas demoraram décadas para serem colocadas em prática, o que não retira o mérito das lutas revolucionárias de terem feito constar essas demandas no texto constitucional.
3. 
O historiador Waldir José Raminelli (2011) afirmou que a Revolução Mexicana marcou o início da Idade Contemporânea na América Latina. Sobre essa afirmação e sobre o processo revolucionário, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas.
(  ) O historiador utiliza o marco Idade Contemporânea, assim como o utilizado para o contexto europeu, a partir de um processo revolucionário que alterou as estruturas da sociedade.
(  ) Devido à heterogeneidade social dos revolucionários mexicanos, certos projetos buscavam uma transformação radical na sociedade, enquanto outros apenas reformas pontuais.
(  ) Em relação à conjuntura externa, a Revolução Mexicana não é concomitante a nenhum outro processo bélico ou revolucionário de grande envergadura na Europa e na Ásia.
(  ) O conceito de Idade Contemporânea não deveria ser utilizado para a Revolução Mexicana, pois após o processo revolucionário, a estrutura política e social permaneceu a mesma.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
V – V – F – F.
A sequência correta é V – V – F – F.
Quando Waldir José Raminelli (2011) afirma que a Revolução Mexicana marcou o início da Idade Contemporânea na América Latina, o autor está fazendo referência ao caráter revolucionário do movimento em analogia à importância que a Revolução Francesa adquiriu para a história europeia. Assim, houve uma mudança nas estruturas da sociedade, ainda que os projetos tenham sido muito diferentes, em função da heterogeneidade social dos revolucionários. Além disso, a Revolução Mexicana, em sua larga duração, ocorreu concomitantemente aos processos revolucionários na Rússia e à Primeira Guerra Mundial.
4. 
O zapatismo, tendo como liderança Emiliano Zapata, seguiu inspirando movimentos que buscavam garantir direitos e interesses de grupos subalternizados, como, por exemplo, o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN).
Em relação à figura de Zapata na Revolução Mexicana e aos seus projetos, é correto afirmar que:​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Defendia os interesses dos camponeses indígenas em sua luta pela terra.
Emiliano Zapata foi o líder das mobilizações dos camponeses indígenas, que reivindicavam a posse da terra e o seu direito de cultivo. Ele era o representante de um grupo que reivindicava os direitos dos povos originários e sua propriedade da terra, diferentemente da lógica dos grandes latifúndios. Assim, Zapata representava interesses das populações rurais, não dos trabalhadores das indústrias, da metalurgia ou da mineração, tampouco unificava interesses nacionalistas contra a política externa estadunidense. Zapata também não realizou alianças com os setores conservadores, sempre os combateu.
5. 
Existe um debate entre os historiadores a respeito da cronologia da Revolução Mexicana. Se não há dúvidas quanto ao seu início, em 1910, os autores diferem quanto à duração e à data de término desse evento. Sobre essa questão, são feitas as seguintes afirmativas:
I – Alguns autores afirmam que a Revolução Mexicana se encerrou com a promulgação da Constituição de 1917, enquanto outros estabelecem que o fim do processo revolucionário ocorreu em 1940, quando terminou a gestão de Lázaro Cárdenas.
II – O governo de Lázaro Cárdenas é considerado um marco para a historiografia da história do México, porque durante o seu mantado houve retrocessos no cumprimento das medidas estabelecidas na constituição.
III – A criação do Partido da Revolução Mexicana, mais tarde rebatizado de Partido Revolucionário Institucional, significou o abandono do discurso radical e a institucionalização do processo revolucionário no México.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Apenas a I e a III.
Apenas a I e a III estão corretas.
Existem duas interpretações majoritárias na historiografia sobre a Revolução Mexicana. Uma corrente afirma que o término do processo revolucionário se deu com a promulgação da Constituição de 1917. Outra linha interpretativa afirma que a revolução se estendeu até a sua institucionalização como partido político durante o governo de Cárdenas, quando perdeu as suas características mais radicais, ainda que durante o seu governo tenha ocorrido uma aceleração no cumprimento das medidas constitucionais. Esse governo e a criação do Partido da Revolução Mexicana, rebatizado de Partido Revolucionário Institucional, são considerados o fim do processo revolucionário armado no México, juntamente com o abandono do discurso radical.
1. 
As vanguardas latino-americanas, surgidas nas três primeiras décadas do século XX, modificaram substancialmente a produção artística e cultural da América Latina para além da existência dos movimentos propriamente ditos. Sobre esse movimento artístico-cultural e seu contexto histórico, são feitas as seguintes afirmações:I – As vanguardas latino-americanas surgem em contraposição às transformações econômicas, políticas e sociais; elas defendiam a tradição frente à modernidade.
II – No México, a revolução impactou a escolha dos temas, incorporando setores historicamente marginalizados, bem como o sentido da arte, que visava a abranger um público mais amplo.
III – As vanguardas latino-americanas eram movimentos de esquerda, que valorizavam elementos nacionalistas, tais como a figura do indígena.
Qual(is) afirmação(ões) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
Apenas a II.
As vanguardas latino-americanas não eram movimentos de esquerda. Elas se diferenciaram muito de país para país, e, às vezes, no mesmo país eram compostas por sujeitos com diferentes posicionamentos políticos. Contudo, pode-se encontrar uma unidade nessas manifestações em relação ao elogio pelo “novo” e pelo “moderno”, afinadas com as transformações econômicas, políticas e sociais pelas quais a América Latina passava. No México, as transformações advindas da Revolução Mexicana influenciaram a produção dos muralistas, que trouxeram para a história do país os camponeses, os indígenas e os trabalhadores, bem como utilizaram a arte como forma de alcançar um grande número de pessoas.
2. 
As vanguardas latino-americanas englobaram arquitetos, artistas plásticos, literatos e músicos que traduziram em expressões artísticas as mudanças na América Latina nas primeiras décadas do século XX.
Sobre esse movimento, é correto afirmar que:​​​​​​​
Você acertou!
C. 
foi um movimento heterogêneo, com diferenças internas e externas, mas que procurou explorar elementos nativistas e saudar o “novo”.
As vanguardas artísticas latino-americanas do início do século XX foram um movimento heterogêneo, em que seus integrantes eram pertencentes a diferentes filiações estéticas, ideológicas e políticas, mas procuraram salientar aspectos nativistas de seus países e valorizar o “novo” proveniente com a “modernidade”. Isso significa que havia divergências entre os diferentes “-ismos” (de cada um dos países), mas também diferenças internas, como no modernismo brasileiro.
3. 
A Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil foi responsável por apresentar à sociedade novas estéticas. Após o evento, surgiram manifestos de grupos de artistas afirmando quais valores guiariam sua produção. Um desses movimentos foi a Antropofagia que, em seu manifesto, afirmou determinada postura em relação às produções estrangeiras.
Sobre o aspecto da Antropofagia, assinale a afirmação correta.​​​​
Resposta correta.
A. 
Os “antropofágicos” questionavam os hábitos de consumo artístico da sociedade brasileira, que geralmente deslumbrava-se com produções estrangeiras e não valorizava os artistas nacionais.
O movimento Antropofagia questionava os gostos e os hábitos de consumo de arte da sociedade brasileira vinculados aos artistas e à estética estrangeira, ignorando os artistas brasileiros e os temas da realidade latino-americana. Por isso, propunham realizar uma “antropofagia” dessa produção externa, ressaltando os elementos nativistas, como o indígena. Assim, embora tenham sido formados em escolas europeias, eles rejeitavam o consumo puro e simples das vanguardas provenientes do estrangeiro, seja da Europa ou dos Estados Unidos.
4. 
O “modernismo”, como foi chamada a vanguarda artística brasileira, teve como ponto de inflexão a realização da Semana de Arte Moderna em 1922, na cidade de São Paulo. Sobre esse evento, são feitas as seguintes afirmações. Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.
(  ) A Semana de Arte Moderna ocorreu em São Paulo em função dos efeitos da “modernização” industrial e urbana, que impactaram diretamente nas artes.
(  ) Neste evento, os diferentes artistas propunham uma valorização das correntes estéticas europeias, consideradas mais “avançadas” do que a arte nacional.
(  ) A Semana de Arte Moderna teve uma ampla aceitação entre a elite brasileira, de modo que uniformizou a produção artística e literária brasileira.
(  ) Após a Semana de Arte Moderna, os modernistas brasileiros empregaram a prática da publicação de revistas e manifestos para disseminar suas ideias e seus valores estéticos e sociais.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
V – F – F – V.
A Semana de Arte Moderna de 1922 ocorreu na cidade de São Paulo em função das transformações urbanas e industriais que a cidade atravessava, que foram consideradas indícios dos “tempos modernos”. Esse ideal de “modernidade” impactou diretamente nas produções artísticas de artistas que, mesmo formados em círculos europeus, propunham uma arte que ressaltasse a cultura e a realidade brasileiras. Isso fez com que muitos setores da elite brasileira rechaçassem o modernismo, pois seus costumes e gostos estavam diretamente relacionados a hábitos e a práticas europeias. Após a realização desse evento, formaram-se grupos de artistas que publicaram revistas e manifestos, tornando conhecidos seus preceitos estéticos e ideológicos, e difundiram seus valores.
5. 
O movimento muralista mexicano é considerado uma das vanguardas artísticas latino-americanas pelo seu caráter inovativo e sua relação com as transformações econômicas, políticas e sociais vivenciadas no México. Sobre esse movimento, são feitas as seguintes afirmações:
I – O muralismo encontrou resistências do governo mexicano, que o considerava demasiado conservador para narrar a história do México.
II – O movimento muralista surgiu a partir das encomendas realizadas a artistas para contribuírem na consolidação de determinada narrativa sobre a história mexicana por meio das artes.
III – Para os muralistas, a arte deveria ter alcance social, ideal que influenciou a estética, o formato e os temas escolhidos por esses pintores.
Qual(is) afirmação(ões) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Você acertou!
E. 
II e III.
O movimento muralista surgiu no início dos anos de 1920 após o término dos conflitos da Revolução Mexicana, motivado por um anseio do governo em elaborar um relato sobre a revolução e sobre a história do México que buscasse legitimá-lo. Assim, foram chamados certos artistas, que acreditavam em uma “arte engajada”, refletindo seu posicionamento político progressista de esquerda. Para esses artistas, a arte deveria alcançar o maior número de pessoas possível, e isso significou a seleção de determinados temas, formatos e outros atributos estéticos.
1. 
Existem muitas controvérsias entre os cientistas humanos e sociais em relação à aplicação do conceito de populismo para a caracterização de certos líderes políticos e seus governos. No entanto, parece haver um consenso entre os pesquisadores latino-americanos em relação à dimensão social desse conceito.
Assinale a alternativa correta.​​​​​
Resposta correta.
B. 
O populismo latino-americano representou a mobilização das classes populares e trabalhadoras e sua inserção nas lutas políticas.
Do ponto de vista social, o período dos governos populistas na América Latina se caracteriza pela mobilização das classes populares e trabalhadoras em sua demanda por direitos civis, sociais e políticos, o que garantiu sua presença nas lutas políticas e a conquista de tais direitos, garantidos pela institucionalidade estatal.
2. 
Existem diferenças significativas em relação aos líderes e aos governos populistas na América Latina, já que se tratou de um fenômeno ocorrido com espacialidades e temporalidades distintas. O texto a seguir faz referência a um desses episódios.
O governo de ________________ pode ser considerado um exemplo de uma gestão populista no México, ainda marcado pelos desdobramentos da Revolução Mexicana. Em sua gestão, ___________ uma série de reformas, _____________ as/às reivindicações das classes populares e trabalhadoras. Em função dessas medidas, recebeu _____________ dos partidos de esquerda, como o Partido Comunista Mexicano.
A alternativa que melhor preenche as lacunas do texto é:
Resposta correta.
E. 
Lázaro Cárdenas – houve – atendendo – apoio.
O governode Lázaro Cárdenas é considerado pelos pesquisadores como um exemplo de populismo, originário da necessidade de busca de conciliação a partir da Revolução Mexicana e das demandas não atendidas, provenientes das classes populares e trabalhadoras. Assim, em sua gestão, foram realizadas várias reformas, já previstas anteriormente pela Constituição de 1917, que atenderam, com limitações, às reivindicações dos setores subalternos. Por esse caráter reformista, recebeu apoio de diferentes setores da esquerda mexicana, entre eles do Partido Comunista Mexicano, que acreditava na necessidade de uma revolução burguesa antes da existência de um governo socialista.
3. 
Ernesto Laclau foi um dos principais teóricos sobre o populismo, desenvolvendo análises que romperam com percepções etapistas e mecanicistas em relação ao processo político-econômico-social da América Latina. Leia o trecho a seguir, retirado de uma de suas obras.
“O populismo surge historicamente ligado a uma crise do discurso ideológico dominante que é, por sua vez, parte de uma crise social mais geral [...] uma crise particularmente grave no bloco de poder, que leva uma de suas frações a tentar estabelecer sua hegemonia [por meio] da mobilização das massas [...]” (LACLAU, 1979, p. 182-183).
Em relação à crise social a qual o autor se refere, podemos dizer que se trata:
Resposta correta.
A. 
de uma crise vinculada ao alijamento dos setores populares da luta política.
A crise social a qual Ernesto Laclau se refere é resultado das modificações ocorridas com novos processos econômicos e a formação de novos setores sociais, oriundos do êxodo rural, da industrialização e da urbanização das cidades. Esses novos setores, compostos por setores populares e trabalhadores, não tinham espaço nas lutas políticas e, a partir de sua mobilização, conquistou-se esse espaço por intermédio do Estado e da institucionalidade, rompendo com a hegemonia de estratos historicamente dominantes.
4. 
As primeiras formulações teóricas elaboradas sobre o populismo latino-americano foram elaboradas na década de 1950 e, posteriormente, receberam algumas críticas, baseadas nas premissas das quais partiam para compreender o fenômeno na América Latina. Sobre essa questão historiográfica, são feitas as afirmações a seguir.
I. As críticas às primeiras formulações sobre o populismo residiam em seu caráter evolucionista, que considerava o populismo como um desvio na construção da democracia.
II. As teorias desenvolvidas nos anos 1950 tinham como modelos as formações político-sociais europeia e estadunidense, o que, inevitavelmente, faziam com que as realidades latino-americanas fossem vistas como degeneradas.
III. A partir das críticas recebidas nas décadas seguintes, autores das Ciências Humanas e Sociais abandonaram progressivamente o conceito de populismo, porque acreditavam que se tratava mais de um adjetivo do que uma palavra com potencial explicativo.
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
I e II.
As primeiras formulações teóricas sobre o populismo, desenvolvidas na década de 1950, utilizavam as realidades europeia e estadunidense como modelos interpretativos da economia e do sistema político democrático. A partir desses exemplos, foi formulada uma teoria marcadamente etapista e evolucionista, em que a América Latina era apresentada com atraso/degeneração/desvio em relação a como deveria se dar o processo. As críticas formuladas por outros pesquisadores nas décadas seguintes não levaram ao abandono no conceito de populismo, mas sim seu incremento teórico, a partir de percepções menos esquemáticas e maniqueístas, ressaltando as especificidades espaciais e temporais que esse fenômeno tem na América Latina.
5. 
Dependendo dos seus usos, a palavra populismo pode ser um adjetivo utilizado para desqualificar um oponente político ou um conceito que faz referência a certas lideranças e governos da primeira metade do século XX. Sobre o populismo, são feitas as afirmações a seguir. Assinale com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas.
( ) O populismo se dissocia dos processos de industrialização, migrações e urbanização das grandes cidades.
( ) O populismo é um fenômeno diretamente relacionado com a política de massas, vinculado à modernidade.
( ) Os governos populistas eram reformistas e atenderam a todas as reivindicações das classes populares e trabalhadoras como forma de permanecer no poder.
( ) Embora houvesse uma mediação de interesses antagônicos por parte dos governos populistas, isso não implica uma percepção de passividade em relação à agência dos grupos subalternos.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
F – V – F – V.
O populismo é um fenômeno diretamente relacionado com os processos de êxodo rural, industrialização e urbanização, aspectos que caracterizam a modernidade na América Latina nas primeiras décadas do século XX. Essas mudanças sociais levaram a uma crise de representatividade política, em que as novas classes sociais surgidas não encontravam espaço e representação nas configurações políticas do momento. Assim, os governos populistas surgem como uma resposta a essa crise política e adquirem um viés reformista, incorporando à estrutura do Estado algumas demandas das classes populares e trabalhadoras, por meio de sua institucionalização e partidarização, sem abandonar os interesses de outras classes sociais. Nessa mediação de interesses que, com o tempo, se mostraria inviável, os grupos subalternos foram ativos na conquista de seus direitos, e a percepção de passividade ou paternalismo não serve para compreender a classe trabalhadora durante aqueles anos.
1. 
Muitos autores consideram o peronismo uma expressão do populismo na Argentina, em função da personalidade de Juan Domingo Perón e das características de seu governo, bem como da conjuntura histórica regional em que está inserido. Sobre o peronismo, são feitas as seguintes afirmações:
I – O peronismo, do ponto de vista econômico, defendia os preceitos liberais, aproximando-se de uma concepção de estado não interventor na economia.
II – O peronismo se caracteriza por uma tentativa de conciliação entre o capital e o trabalho pela ação do Estado.
III – Assim como outras experiências populistas, o peronismo se caracterizou pela exploração propagandística de uma liderança carismática e do personalismo.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Apenas II e III.
O peronismo compartilha algumas características com outras experiências populistas latino-americanas. Uma delas foi a exploração ideológica e propagandística da figura de Perón como liderança carismática e o culto a sua personalidade, que atravessou gerações políticas, estendendo-se até os dias de hoje. Outra característica comum a outros populismos foi o desenvolvimento de uma política conciliatória entre os interesses do capital e as demandas e direitos das classes populares e trabalhadoras.
Por fim, salienta-se que o peronismo tinha um viés de desenvolvimento econômico nacionalista, com o incentivo à industrialização, e não uma perspectiva liberal da economia.
2. 
As medidas implementadas por Perón em seus governos não agradaram a todos os setores da sociedade argentina. Ao contrário, muitos deles transformaram-se em ferrenhos opositores do regime peronista e contribuíram para a desestabilização das gestões de Perón.
Assinale a alternativa correta:​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
As Forças Armadas eram opositoras ao peronismo, com matizes internos, assim como setores da Igreja Católica que, após certas medidas tomadas por Perón, declararam um rompimento de relações enquanto instituição.
As Forças Armadas, enquanto instituição, eram opositoras ao peronismo, mas alguns setores toleravam a existência dessa política, sob determinado controle, enquanto outros eram abertamente antiperonistas, defendendo a proscrição. Em relação à Igreja Católica, setores da democracia cristã opunham-se ao peronismo.
Contudo, após medidas de Perón, tais como a permissãodo divórcio e a não obrigatoriedade do ensino religioso, a Igreja Católica posicionou-se, enquanto instituição, como opositora do regime.
3. 
O peronismo, enquanto expressão das ideias e da forma de gestão política de Juan Domingo Perón, marcou a história argentina do final da década de 1940 até os dias de hoje, sendo reivindicado como uma herança por uma gama muito grande de partidos políticos.
Também era conhecido como justicialismo, e essa referência se deve:​
Resposta correta.
A. 
Às políticas de justiça social desenvolvidas por Perón, mediadas pelo Estado, seja com políticas públicas, assistencialismo ou atuação sindical.
O peronismo também é conhecido como justicialismo em função das políticas sociais desenvolvidas por Perón, que visavam garantir direitos sociais à população. Esses direitos foram garantidos com leis e políticas públicas assistenciais, além da atuação com os sindicatos, que foram institucionalizados junto ao Estado.
Assim, justicialismo tem uma concepção de justiça para além da noção do Direito propriamente dito, mas de justiça social, com maior desenvolvimento e equidade.
4. 
Os governos populistas, como na Argentina e no Brasil, demonstraram simpatia pelos países do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial e sua denominação como regimes fascistas ou totalitários ainda é motivo de controvérsia na historiografia.
Perón, por exemplo, declarava que o peronismo era uma terceira via, o que significava que:​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Era antiliberal, além de ser uma alternativa ao comunismo.
Quando Perón afirmava que o peronismo era uma terceira via, colocava-o como uma alternativa ao liberalismo econômico e político e ao socialismo e comunismo. Ou seja, seu plano de justiça social daria conta das demandas da população, sem necessariamente promover um regime socialista ou comunista, e também conciliaria os interesses do capital sem, com isso, adotar preceitos liberais na gestão econômica.
5. 
O peronismo representa um conjunto de ideias surgido com a liderança e a atuação política de Perón, que, no entanto, ultrapassaram nos anos 1970 e nas décadas seguintes sua figura. Sobre o legado do peronismo, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas.
( ) Nos anos 1970, quando Perón retorna à presidência da República Argentina, o peronismo é disputado por setores da extrema-direita e grupos guerrilheiros de esquerda.
(  ) As ações do grupo Montoneros foram desenvolvidas como forma de vingar a morte de Perón, ocasionada por forças paramilitares oposicionistas.
(  ) A morte de Perón em 1974 estabelece o fim do peronismo na Argentina, assim como no Brasil a morte de Getúlio Vargas representou o fim do varguismo.
(  ) O fato de políticos como Carlos Menem e Néstor Kirchner, representantes de espectros políticos opostos, reivindicarem-se como peronistas, demonstra as ambiguidades do peronismo enquanto política populista.
A ordem correta do preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Você acertou!
C. 
V – F – F – V.
O peronismo sobreviveu à morte de Perón como um estilo e ideário político e, por isso, muitos políticos nas últimas décadas reivindicavam-se herdeiros do peronismo, até mesmo vindo de correntes políticas antagônicas, como Menem e Kirchner, o que demonstra as ambiguidades da política populista.
Assim, é errado compreender o fim do peronismo com a morte do Perón, até mesmo porque, ainda em vida, na década de 1970, outros grupos que não o de Perón já haviam reivindicado o peronismo, aproximando-o do socialismo, como os Montoneros. Após a morte de Perón, que ocorreu por doenças preexistentes, seguiu o legado do peronismo na história argentina.
1. 
O então presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, em mensagem encaminhada ao Congresso em 1947, que posteriormente ficou conhecida como Doutrina Truman, afirmou o seguinte:
“A fim de assegurar o pacífico desenvolvimento das nações
livres da coerção, os Estados Unidos desempenharam um papel importante na fundação da ONU. Esta se destina a possibilitar liberdade e independência duradouras a todos os seus membros. Entretanto,
não realizaremos nossos objetivos se não estivermos dispostos a ajudar povos livres e manter suas instituições livres e sua integridade nacional contra movimentos agressivos que procuram impor-lhes regimes totalitários. Isto não é mais do que um franco reconhecimento de que os regimes totalitários impostos aos povos livres, por agressão direta ou indireta, solapam os fundamentos da paz internacional e,
por conseguinte, a segurança dos Estados Unidos”.
Baseado nesse texto, analise as seguintes afirmações e assinale
(V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.
(  ) A mensagem de Truman deixava explícita a liberdade, 
um dos valores importantes para os Estados Unidos no
pós-Segunda Guerra Mundial.
(  ) O excerto evidenciou a histórica tendência dos Estados Unidos
em converterem seus problemas de segurança em uma questão regional ou, até mesmo, global.
(  ) Truman estava preocupado com o avanço do fascismo na
​​​​​​​América Latina, por isso fez referência aos regimes totalitários.
​​​​​​​(  ) A ajuda aos povos livres somente se daria por medidas não belicosas, já que os Estados Unidos se comprometiam com a proliferação da paz.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima
​​​​​​​para baixo, é:​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
V – V – F – F.
A sequência correta é V – V – F – F.
A mensagem de Truman ao Congresso dos Estados Unidos, em 1947, foi explícita quanto à defesa da liberdade, entendida como o regime democrático liberal e as formas econômicas mais próximas ao liberalismo, não necessariamente com a autonomia e a livre escolha de seus governantes. Da mesma forma, o trecho evidenciou como a política de segurança dos Estados Unidos foi internacionalizada, o que por alguns autores é chamada de pentagonização. Ao citar os regimes totalitários e levando-se em consideração que os regimes fascistas europeus estavam derrotados (exceto o franquismo na Espanha), Truman fazia referência ao regime soviético e a seu principal inimigo: o comunismo. No combate a essa ideologia, os Estados Unidos não mediram esforços para fomentar guerras, apoiar, financiar golpes militares e outras formas de intervenções.
2. 
O historiador Eric Hobsbawn afirma, em sua análise sobre a Guerra Fria, que, mesmo esse conflito não tendo levado a um enfrentamento direto entre os Estados Unidos e a União Soviética, o clima de vivência de guerra estava presente. Leia o trecho a seguir.
“A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Mais que isso: apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas, sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial, que equivalia a um equilíbrio de poder desigual mas não contestado em sua essência” (HOBSBAWN, 1995, p. 226).
Em relação à distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial, assinale a alternativa correta.
Resposta correta.
A. 
Houve um respeito mútuo em relação à dominação soviética do Leste Europeu e da América Latina como zona de influência ideológica estadunidense.
Após a Segunda Guerra Mundial, foi sendo desenhada uma distribuição global de influências das duas grandes potências emergentes.
A União Soviética assegurou o Leste Europeu, ocupado desde o conflito como uma zona sob sua influência, já os Estados Unidos garantiram a América Latina como área de dominação. Ambos os territórios foram respeitados pelas potências, sem interferências.
As disputas bélicas se deram na Ásia e na África, em função das guerras coloniais e dos processos de descolonização, já que a Europa Ocidental, incluindo a Alemanha, estava sob o guarda-chuva ideológico estadunidense, principalmente com o Plano Marshall.
3. 
A atuação dos Estados Unidos na América Latina, no contexto da Guerra Fria, foi marcada por algumas especificidades, em função da histórica relação de domínio e influência nos paíseslatino-americanos. Sobre esse tema, são feitas as afirmações a seguir.
I. A primeira preocupação dos Estados Unidos em relação à América Latina, durante a Guerra Fria, foram os governos nacionalistas com viés reformista, considerados porta de entrada para ideologias — como o socialismo.
II. A desigualdade social, a miséria e a pobreza eram vistas pelos Estados Unidos como um fator que poderia contribuir para a eclosão de movimentos revolucionários, por isso o surgimento de programas como a Aliança para o Progresso.
III. A atuação dos Estados Unidos na América Latina, na lógica da Guerra Fria, só começou a partir da Revolução Cubana (1959) e seu direcionamento para o regime socialista (1961).
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
I e II.
Apenas I e II estão corretas.
A atuação dos Estados Unidos na América Latina, durante a Guerra Fria, é anterior à Revolução Cubana, como atesta a intervenção na Guatemala, em 1954. No entanto, o episódio revolucionário foi importante para uma redefinição dessas relações. Anteriormente, os Estados Unidos se preocupavam com governos de caráter nacionalista e reformista, que eram tidos como subversivos, por proporem reformas estruturais em suas sociedades, combatendo as desigualdades. Após a Revolução Cubana e uma redefinição do inimigo como presente internamente nessas sociedades, os Estados Unidos desenvolveram, além de programas militares, os projetos econômicos, porque entendiam que a miséria e a pobreza incentivavam revoltas sociais, as quais poderiam ser aproveitadas pelos movimentos socialistas.
4. 
Na política estadunidense para a América Latina, o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) desempenharam um papel muito importante, por configurarem um sistema interamericano de auxílio e apoio comum. Em relação a esse tratado e a essa organização, são feitas as afirmações a seguir.
I. Tanto o Tiar quanto a OEA se baseavam no princípio da soberania dos Estados-membros e na cooperação da defesa coletiva contra agressões externas.
II. Ambas as instituições foram importantes para evitar a proliferação de regimes autoritários e ditatoriais na América Latina, pela promoção da paz.
III. Os Estados Unidos se retiraram do Tiar e da OEA, em função de seu caráter pacificista, contrário à lógica beligerante estadunidense da Guerra Fria.
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
I.
Apenas a I está correta.
O Tiar e a OEA foram expressões da internacionalização da política de segurança dos Estados Unidos, também conhecida como pentagonização.Os Estados Unidos se valeram desse tratado e dessa organização para assegurar seus interesses na América Latina. Embora ambas as instituições promovessem a soberania dos Estados-membros, a partir da não intervenção, abria-se a possibilidade, na prática, de haver esses processos em função da cooperação contra agressões externas, ou seja, o avanço do comunismo. Além disso, mesmo que fossem instituições comprometidas com valores estadunidenses, em que a democracia liberal fazia parte, não foram capazes de evitar governos autoritários, ditatoriais e violadores de Direitos Humanos na região.
5. 
O apoio dos Estados Unidos a golpes militares contra políticos nacionalistas e reformistas na América Latina nos anos 1940 e 1950 — tais como os ocorridos na Venezuela, no Peru, em Cuba e na Guatemala — já fazia parte da política estadunidense para o continente durante a Guerra Fria.
Além do apoio aos golpes, a presença dos Estados Unidos na região se caracterizou por:​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
uma ampla variedade de programas, desde a difusão de propaganda ideológica até as medidas econômicas e o treinamento militar.
As estratégias de intervenção dos Estados Unidos na América Latina abrangiam uma ampla variedade de programas, atendendo desde as medidas econômicas (como a Aliança para o Progresso) até a difusão de propaganda ideológica (por meio de produtos da indústria cultural) e o treinamento militar (realizado em escolas estadunidenses ou em sedes nacionais).
Dessa forma, os Estados Unidos efetivavam um controle em relação à política regional em seus mais diferentes âmbitos, resguardando a América Latina como uma zona de influência ideológica.
1. 
As ditaduras da América Latina apresentaram semelhanças no funcionamento da repressão, pois estavam sustentadas ideologicamente pela chamada doutrina ou ideologia da segurança nacional.
Sobre esse arcabouço ideológico, são feitas as seguintes afirmações:
I. A doutrina ou ideologia da “segurança nacional”, ao estipular que o inimigo não era “externo” à América Latina, mas “interno”, legitimava a atuação extrafronteiriça dos aparatos repressivos.
II. Em sua definição de “subversão”, que configurava o “inimigo”, a doutrina ou ideologia da “segurança nacional” incorporava desde o opositor político ao militante das guerrilhas de esquerda.​​​​​​​
III. A doutrina ou ideologia da “segurança nacional” foi uma formulação essencialmente latino-americana, em contraposição aos ensinamentos militares estadunidenses.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Você acertou!
D. 
Apenas I e II.
A doutrina ou ideologia da “segurança nacional” foi o sustentáculo ideológico das ditaduras implementadas na América Latina nas décadas de 1960 e 1970. O inimigo, que anteriormente era identificado como “externo” ao continente, passou a ser identificado como “interno”, ou seja, estava disseminado na população da região. Isso legitimava a atuação extrafronteiriça dos aparatos repressivos, já que todos os países tinham um “inimigo comum”: a subversão. “Subversivos” eram considerados todos aqueles que se opunham aos regimes ditatoriais, não somente os membros de partidos de esquerda ou de organizações de luta armada. Os fundamentos da doutrina ou ideologia da “segurança nacional” foram trabalhados pelos Estados Unidos, que forneceram treinamento militar para a atuação de contrainsurgência na América Latina.
2. 
O Brasil foi a primeira ditadura de segurança nacional implementada no Cone Sul. Em relação ao seu protagonismo na região, são feitas as seguintes afirmações.
Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas.
(  ) O Brasil participou ativamente da implementação de outras ditaduras na América do Sul, como na República Dominicana, na Bolívia e no Chile.
(  ) O Brasil participou da “Operação Condor”, fornecendo informações e possibilitando a atuação repressiva de forças de segurança estrangeiras em seu território.
(  ) As atuações do Brasil em relação aos demais regimes da região se deram no âmbito diplomático, com o respeito à soberania nacional, conforme determinava a OEA.
​​​​​​​(  ) A participação do Brasil na reconfiguração política da América do Sul foi feita em conflito com os Estados Unidos, que era defensor dos regimes democráticos da região.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
V – V – F – F.
O Brasil não somente foi a primeira ditadura de segurança nacional implementada na região, como as práticas repressivas desenvolvidas no País foram exportadas para os demais países do Cone Sul. Devido à sua importância geopolítica, o Brasil também atuou na consecução de golpes que levaram à instauração de novas ditaduras, como na República Dominicana, na Bolívia e no Chile. Posteriormente, com a institucionalização da cooperação repressiva na “Operação Condor”, forneceu seus registros de inteligência e informação para as ações repressivas e permitiu que forças de segurança de outros países atuassem em suas fronteiras. Isso significa uma atuação para além dos desígnios diplomáticos, bem como de violação das soberanias nacionais. Por fim, toda essa atuação do Brasil era muito bem-vista pelos Estados Unidos, que compreendia o País como um aliado na região.
3. 
Entre os anos de 1960 e 1970, a Argentina vivenciou dois regimes ditatoriais, com um curto interregno democrático, marcado por uma série de violações aos direitos humanos.
​​​​​​​Assinalea alternativa que explicita, corretamente, as motivações dos golpes de 1966 e 1976.​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
Enquanto o golpe de 1966 foi dado em virtude da conflitividade ante a proscrição do peronismo, ou seja, uma questão interna, o golpe de 1976 implantou um regime com as características de uma ditadura de segurança nacional.
As justificativas apresentadas pelos militares para a execução dos golpes de 1966 e 1976 na Argentina foram diferentes, porque as conjunturas também eram diferentes. Enquanto em 1966 o golpe pretendia resolver um problema interno, vinculado à proscrição do peronismo, que representava a escolha política da maioria da população argentina, o golpe de 1976 teve as características das intervenções visando a resguardar a “segurança nacional”. Ou seja, se, no primeiro caso, não havia mobilização das forças guerrilheiras socialistas, no segundo caso, mesmo já sob controle, a justificativa dos militares foi o avanço da subversão, o que os fez adotar, também, a “solução final”, ou seja, o extermínio dos opositores políticos.
4. 
A ditadura chilena, implementada por meio do golpe de 11 de setembro de 1973, foi comandada pelo general Augusto Pinochet, que, depois de sair do cargo de presidente, tornou-se senador vitalício.
​​​​​​​Assinale a alternativa que contém duas especificidades corretas do regime ditatorial no Chile.
Resposta correta.
C. 
A ditadura foi implementada com a deposição de um governo socialista e, no âmbito econômico, foi um laboratório para as políticas econômicas e sociais neoliberais.
A ditadura chilena tem algumas especificidades em relação aos demais regimes do Cone Sul. Primeiramente, porque o golpe de 11 de setembro de 1973 foi efetivado contra um governo socialista, que havia ganho legitimamente as eleições de 1970, e que, deste então, vinha sofrendo um processo de desestabilização. Depois, pode-se destacar a questão econômica, sendo implementadas no Chile políticas econômicas e sociais de cunho neoliberal, que, posteriormente, seriam disseminadas pela região. Os desaparecimentos políticos não foram empregados apenas pela ditadura chilena, sendo comuns aos regimes argentino, brasileiro, uruguaio e paraguaio.
5. 
Os anos de 1960 e 1970 foram marcados, no Brasil, por intensa produção artística, em diferentes áreas.
Em relação a essas manifestações, são feitas as seguintes afirmações:
I. A classe artística brasileira não era considerada alvo da repressão, pois suas manifestações ideológicas não tinham peso ante a ditadura.
II. O único setor do campo artístico a ser submetido à censura foram os músicos, que deveriam submeter todas as suas composições à avaliação dos censores.
​​​​​​​III. A prática da censura durante a ditadura tinha um componente político, mas também uma dimensão moral, preservando certos costumes e valores.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
C. 
Apenas III.
A produção artística no Brasil durante os anos de 1960 e 1970 esteve submetida à prática da censura como forma de controle da difusão de ideias contrárias às propaladas pelo regime ditatorial. Assim, todos os artistas deveriam receber autorizações para veicular suas obras, sejam elas cinematográficas, literárias ou musicais. Além disso, a censura não era apenas política; ela também tinha um componente moral, vetando aquilo que fosse considerado contrário à moral e aos valores defendidos como corretos pela ditadura.
1. 
Como funcionava o regime político de confederação? 
Resposta correta.
D. 
Os negócios eram regidos internamente, sendo os estados independentes entre si.
No regime político de confederação, cada estado era um “país independente” e regia seus negócios internamente, sem se preocupar com os demais estados. Existiam 12 moedas diferentes em circulação na Confederação, e os estados taxavam as mercadorias uns dos outros.
2. 
Qual era o objetivo inicial da Declaração de Direitos?​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
Proteger os indivíduos contra o poder central.
O documento original da Declaração de Direitos dos Estados Unidos da América era composto por dez emendas ao texto constitucional original, as quais foram escritas por James Madison – um dos delegados da Virgínia – e tinham forte influência da Declaração de Direitos da Virgínia, que foi elaborada por George Mason, também delegado da Virgínia. Estabelecido em concepções federalistas, o documento foi concebido, originalmente, para proteger os indivíduos contra o poder central.
3. 
Dentre as Leis Proibitivas impostas no período pré-declaração de independência dos EUA, qual delas foi a mais significativa no contexto histórico?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Imposto sobre o chá, pois, após uma revolta dos colonos em Boston, teve origem um dos mais sólidos movimentos políticos conservadores.
Dentre as Leis Proibitivas, o imposto sobre o chá foi o mais significativo. Após uma afronta aos ingleses no porto de Boston, em que os colonos se disfarçaram de índios e jogaram sacas de chá da Companhia das Índias Orientais no mar, teve origem um dos mais sólidos movimentos políticos conservadores dos Estados Unidos. As insatisfações constantes do povo, demonstradas por meio de movimentos como o de Boston, fizeram com que Richard Lee propusesse ao Congresso que fosse declarada a independência dos EUA em relação à Grã-Bretanha.  
4. 
Como é classificada a Constituição americana?​​​​​​​
Você acertou!
C. 
Orgânica, sintética, dogmática e rígida.
A Constituição americana pode ser classificada, quanto à sua forma, como orgânica, por ser escrita, e sintética, por contar com poucos dispositivos, visto que a redação original contava com sete artigos (com 21 seções); quanto à sua origem, é legítima ou dogmática, uma vez que seu texto foi elaborado e promulgado em convenção formada por delegados eleitos nos estados ainda confederados; e quanto à sua revisão, pode ser conceituada como rígida, pois as emendas constitucionais só são incorporadas à Constituição após aprovação de dois terços dos componentes das duas casas do Congresso e ratificação por parte de três quartos das Legislaturas dos estados-membros da Federação.
5. 
Qual o intuito das dez emendas da Constituição americana?​​​​​​​
Você acertou!
E. 
Limitar o poder estatal com a inserção da separação dos poderes, juntamente com a positivação de diversos direitos humanos fundamentais.
A Constituição americana, aprovada em 1789 e ratificada em 1791, pretendeu, em suas dez emendas, limitar o poder estatal com a inserção da separação dos poderes, juntamente com a positivação de diversos direitos humanos fundamentais, tais como: liberdade religiosa, inviolabilidade de domicílio, devido processo legal, julgamento pelo Tribunal do Júri, ampla defesa, impossibilidade de aplicação de penas cruéis ou aberrantes.
1. 
“O capitalismo dos nossos dias, em seu centro universal de poder, exibe uma identidade evidente dos monopólios privados e do aparato estatal.”
O desenvolvimento industrial dos Estados Unidos nas primeiras décadas do século XX fez nascer um consumismo de massa. No período, a produção industrial do país cresceu 60%, a renda per capita da população aumentou em um terço e o desemprego e a inflação caíram. Produzia-se muito e consumia-se na mesma medida. Para designar esse consumismo característico do norte-americano, uma expressão foi cunhada.
Qual expressão foi essa?
Resposta correta.
B. 
American way of life ou jeito americano de viver.
A alternativa correta para designar a maneira de viver do norte-americano nesse período de grande produção e também de consumismo de massa é american way of life ou jeito americano de viver. O welfare state ou a política do bem-estar social foi implementado por Franklin Roosevelt no período da Grande Depressão, e foi um desdobramento do new deal, que foi um plano econômico para tirar os Estados Unidos da crise baseado no chamado keynesianismo. A expressão “tio Sam” tem relações com a criação de uma imagem, no século XIX, com a personificação dos Estados Unidos.
2. 
A Grande Depressão norte-americana se iniciou com o crash da bolsa de Nova Iorque, ocorridano dia 24 de outubro de 1929. Entre 1929 e 1933, o país esteve mergulhado em uma crise econômica e industrial sem precedentes. O resto do mundo sentiu a queda e sofreu junto algum impacto econômico. Para sair da crise, o presidente do Partido Democrata, recém-eleito, Franklin Delano Roosevelt (1882-1945) implementou diversas ações para impulsionar o crescimento industrial e econômico e tirar o país da grave crise. 
Marque a alternativa a seguir que melhor descreve quais ações foram essas:
Resposta correta.
C. 
Limitou o liberalismo econômico e implementou ações sociais para criar emprego e garantir os direitos sociais. A implementação da Lei da Seguridade Social, em 1935, foi uma dessas ações.
Franklin Roosevelt implementou medidas que limitaram (e não expandiram) o liberalismo econômico, ou seja, regulou o mercado e controlou a inflação. Implementou, também, medidas com base no keynesianismo, afastando-se das teorias de Adam Smith, para implementar medidas sociais e garantir emprego. Essas ações culminaram na política do welfare state, ou estado do bem-estar social. 
3. 
"Alguns de nossos maiores erros desde a Segunda Guerra Mundial aconteceram não por nossas restrições ao uso da força, mas por nossa vontade de se atirar em aventuras militares sem pensar nas consequências". Fala de Barack Obama em discurso na formatura da Academia Militar de West Point (Estado de Nova Iorque), em 2014.
Os Estados Unidos participaram da Primeira e da Segunda Guerra Mundial imbuídos de um ideal. Marque a alternativa que melhor descreve o sentimento norte-americano em relação aos outros países:
Resposta correta.
A. 
Os Estados Unidos acreditam que têm o direito de intervenção nos assuntos políticos de outros Estados e nações. Desde o século XIX, essas intervenções ocorrem em maior ou menor medida.
Desde o século XIX, com a ideia do Destino Manifesto, os Estados Unidos têm feito intervenções em países em diversos continentes, principalmente na própria América e no Oriente Médio. O povo norte-americano normalmente apoia essas intervenções, como ocorreu na Primeira e na Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos acreditam nessa missão e, obviamente, lucra com essas intervenções de alguma forma. 
4. 
Conforme Eric Hobsbawm, "a 'conspiração comunista mundial' não era um elemento sério das políticas internas de nenhum dos governos com algum direito a chamar-se democracias políticas, pelo menos após os anos do imediato pós-guerra". 
A Guerra Fria foi um conflito ideológico ocorrido após a Segunda Guerra Mundial protagonizado pelos Estados Unidos, defensor das ideias liberais do capitalismo, e pela União Soviética, comunista.
Sobre a Guerra Fria, é correto o que se afirma em:
Resposta correta.
B. 
A tensão de uma guerra nuclear era eminente no período da Guerra Fria. As duas potências econômicas e bélicas disputaram, inclusive, o espaço. 
A tensão de uma guerra nuclear durante a Guerra Fria era real e sentida no mundo todo. O espaço foi disputado com a União Soviética saindo na frente colocando o cosmonauta Yuri Gagarin em órbita no espaço, em 1961, depois, os Estados Unidos chegaram à Lua, em 1969. O Pacto de Varsóvia foi uma política da União Soviética, e não dos Estados Unidos. Os ataques terroristas de 11 de setembro ocorreram em 2001 e a Guerra Fria ocorreu entre 1945 e 1989. A ameaça comunista era real, no entanto, conforme afirma Hobsbawm, “nenhum deles [os países do ocidente] teria hesitado, caso solicitados a escolher entre os Estados Unidos e a União Soviética, mesmo aqueles que, por história, política ou negociação, estavam comprometidos com a neutralidade”.
5. 
Conforme Karnal (2007), "para quem está acostumado com a imagem do típico americano abastado do período pós-Segunda Guerra Mundial, é difícil conceber a extrema miséria da Grande Depressão. No campo e na cidade, americanos nunca haviam enfrentado tanta pobreza, choque social e desespero quanto nos anos 1930".
As causas principais para a Grande Depressão norte-americana (1929-1933) são:
Resposta correta.
E. 
Faltava à economia americana nos anos 1920 diversificação; havia uma distribuição desigual da renda, o que significava um mercado de consumo desigual; e os bancos dependiam de empréstimos feitos por fazendeiros e negociantes. Quando a economia despencou, os devedores não conseguiram pagar, causando uma reação em cadeia de falências econômicas.
De acordo com Alan Brinkley, citado por Karnal, foram três os motivos principais da Grande Depressão: a economia norte-americana dos anos 1920 não era diversificada; a distribuição da renda era altamente desigual o que significava um mercado consumidor desigual; e os bancos dependiam de empréstimos feitos por fazendeiros, negociantes e quando a economia despencou os devedores não conseguiram pagar suas dívidas, causando uma reação em cadeia de falências econômicas.
1. 
"O reconhecimento e a proteção dos Direitos Humanos estão na base das Constituições democráticas modernas. A paz [...] é o pressuposto necessário para o reconhecimento e a efetiva proteção dos direitos do homem em cada Estado e no sistema internacional. [...] Direitos do homem, democracia e paz são três momentos necessários do mesmo movimento histórico: sem direitos do homem reconhecidos e protegidos, não há democracia; sem democracia, não existem as condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos" (BOBBIO, ano 1992, p. 01).
Durante a ditadura na Argentina (1976-1983), um importante movimento de Direitos Humanos se iniciou no país. Ativo ainda nos dias atuais, fez com que corpos de diversos desaparecidos fossem localizados. Encontrou, ainda, crianças que foram entregues para adoção sem conhecimento de seus familiares no período. Qual o nome desse movimento?
Você acertou!
B. 
Movimento das Mães e das Avós da Praça de Maio.
O movimento das Mães e das Avós da Praça de Maio acontece desde 1977 na Argentina. O Sendero Luminoso é um movimento considerado terrorista e ocorre no Peru, tendo inspiração maoísta. Já o movimento Zapatista é do México e nada tem a ver com a ditadura da Argentina. O movimento das Mães de Maio não existe. A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma instituição internacional que regula as questões de Direitos Humanos no mundo. 
2. 
"Eram anos de Guerra Fria entre os aliados dos Estados Unidos e da União Soviética, mas surgiam esperanças de alternativas libertadoras no Terceiro Mundo, inclusive no Brasil, que vivia um processo acelerado de urbanização e modernização da sociedade. Naquele contexto, certos partidos e movimentos de esquerda, seus intelectuais e artistas valorizavam a ação para mudar a história, para construir o homem novo, nos termos de Marx e Che Guevara" (RIDENTI, 2001, p. 13, grifos do autor).
Sobre as principais características das ditaduras militares da América Latina, está correto o que se afirma em:
Resposta correta.
C. 
uso expressivo da tortura, presença de esquadrões da morte, desaparecimentos e internacionalização do sistema repressivo.
Algumas características comuns às ditaduras do Cone Sul foram: uso maciço da tortura, presença de esquadrões da morte, desaparecimentos e internacionalização do sistema repressivo. Os direitos humanos foram violados de diversas formas e não existiam canais de diálogos e negociações. Os opositores eram sumariamente julgados contra o regime. Perdão de dívidas públicas no período das ditaduras militares não é um tema alinhado às características do regime. 
3. 
Entre 1950 e 1990, praticamente todos os países, em algum momento, estiveram em um golpe de Estado e um regime militar. Considere as alternativas a seguir e marque a que melhor explicita o contexto geopolítico das ditaduras que ocorreram na segunda metade do século XX na América Latina.
Resposta correta.
A. 
O contexto internacional era o da Guerra Fria e da divisão do mundo entre os socialistas (liderados pela União Soviética) e os anticomunistas (apoiados e liderados pelos Estados Unidos).
O contexto geopolítico internacional era o da Guerra Fria e da divisão do mundo em dois: de um lado, a União Soviética (socialista)

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