Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 O Regime Diferenciado de Contratações Públicas durante a pandemia do COVID-19 Resumo No início de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS), faz um alerta a todos os países do mundo: uma doença desconhecida, com alto potencial de disseminação, havia surgido e se espalhado pela cidade de Wuhan, na China. A partir de então, a vida como o mundo conhecia é completamente alterada e uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional é declarada. Uma nova pandemia surgia, causando impactos sociais, econômicos e jurídicos ao redor de todo o mundo. Um dos problemas jurídicos causados se concentrava na morosidade dos processos licitatórios, a qual não combina com o caráter emergcencial levantado pela COVID-19 no país. O presente trabalho tem como objetivo tratar sobre a aplicação do Regime Diferenciado de Contratações Públicas no âmbito da COVID- 19, utilizando como metodologia a revisão bibliográfica,, com foco na explicação revisional acerca de cada tema pertinente ao tema. Palavras-chave:COVID-19. Regime Diferenciado de Contratações Públicas. Direito Administrativo. Licitações. 1. Introdução No início de 2020, a Organização Mundial da Saúde faz um alerta a todos os países do mundo: uma nova variante do coronavírus, com alto potencial de disseminação, havia surgido e se espalhado pela cidade de Wuhan, na China. A partir de então, a vida como o mundo conhecia é completamente alterada e uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional é declarada. Após mais de 100 anos desde o surto de Gripe Espanhola, uma nova pandemia se alastrava pelo mundo, causando impactos sociais, econômicos e jurídicos ao redor de todo o planeta. Quanto aos impactos jurídicos mencionados, dois são de maior destaque, os quais são: a) a questão dos direitos fundamentais durante tal período, envolvendo principalmente o direito fundamental à liberdade e a possibilidade jurídica de suprimir este em função da saúde pública e do bem coletivo; e b) a questão das contratações públicas e as licitações durante o período em que certos suprimentos estatais deveriam ser contratados com rapidez em função da emergência pública causada pela pandemia. O presente artigo trata do segundo problema mencionado, explicando como o regime diferenciado de contratações públicas (RDC) foi e está sendo aplicado no Brasil durante o período calamitoso pelo qual o Brasil está passando. A Constituição Federal, promulgada em 1988, garante a obrigatoriedade dos processos licitatórios no âmbito da contratação com o Poder Público, mas destaca que, nos casos de exceção previstos em lei, é possível que a licitação seja dispensada para que maior agilidade seja imprimida nos processos de licitação. A Lei n. 8.666/93, responsável por regulamentar os processos licitatórios do país, 2 estabelece tais dispositivos, abrindo espaço, também, para a criação de regimes diferenciados de contratação, os quais são objetos desse trabalho. A metodologia escolhida foi a revisão bibliográfica, e, através dela, foi construído um artigo dividido em três principais partes, as quais se refere, respectivamente, em a) delimitar, inicialmente, o conceito de licitações e de contratos administrativos, como forma de introduzir-nos ao tópico de dispensa de licitação e aplicação do RDC; b) explicação mais específica sobre os regimes diferenciados de contratação; e c) a aplicação desses regimes especificamente no contexto da COVID-19, o qual é o objeto central desse trabalho. 1. Licitações e Contratos Administrativos: A Lei 8.666/93 como regra geral O Contrato Administrativo compreende o compromisso bilateral firmado entre o Poder Público e um particular, cujo objetivo é atender ao interesse público (BITTENCOURT, 2014). Existe, nessa modalidade contratual, uma espécie de supremacia de poder, uma vez que o atendimento ao interesse público exige a formalidade e os requisitos básicos estabelecidos pela Administração Pública (Meirelles, 1999). Segundo a Lei n. 8.666/93, tais contratos “regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado”(Art. 54). De maneira geral, urge destacar que os princípios basilares da Constituição Federal e do Direito Administrativo implicam, diretamente, na necessidade de se utilizar o processo licitatório como obrigatoriedade nos procedimentos de contratações com o Poder Público. Isso porque tais princípios se baseiam nos ideais de igualdade, probidade e eficiência, necessários para que um Estado Democrático de Direito seja construído integramente. Observe o seguinte dispositivo constitucional: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. O processo licitatório, conceituado como “o procedimento administrativo pelo qual um ente seleciona a proposta mais vantajosa entre as oferecidas para a celebração de contrato de seu interesse”(NOHARA, 2020, p. 325). Segundo Carvalho Filho, a licitação se conceitua como: 3 [...] procedimento administrativo vinculado por meio do qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela controlados selecionam a melhor proposta entre as oferecidas pelos vários interessados, com dois objetivos – a celebração de contrato, ou a obtenção do melhor trabalho técnico, artístico ou científico. (CARVALHO FILHO, 2019) Em 1993, a Lei n. 8.666/93 é promulgada, regulamentando o dispositivo constitucional citado e instituindo normas para licitações e contratos no âmbito da Administração Pública. Segundo tal lei, A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos (Art. 3°, Lei n. 8666/93) A própria Constituição Federal, entretanto, dispõe que é possível a dispensa na licitação, restrita aos casos dispostos em lei. Tais casos são elencados no art. 24 da Lei 8.666/93. Dentre tais casos, destacam-se os presentes no inciso IV do referido artigo, a saber: IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos. O Regime Diferenciado de Contratação não constitui dispensa à licitação, entretanto. Mas, sim, uma nova modalidade desta, instituída pela Medida Provisória nº 527/2011, a qual foi convertida em lei no dia 4 de agosto do mesmo ano. Segundo Oliveira (2015), tal regime se refere a uma modalidade constituinte de umaferramenta inovadora no âmbito das contratações administrativas, assim como o pregão, trazendo em sua essência procedimentos característicos, vencendo o excesso de formalismo e a morosidade constantes previstas nas outras modalidades previstas pela Lei de Licitações e Contratos. 2. O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC): Conceituação e Noções Gerais 4 Como dito anteriormente, tal modalidade licitatória hoje é regulada por lei, a Lei n. 12.462/2011. O RCD, inicialmente, foi destinado às contratações entre a Administração e particulares no que tangia à questões relacionadas aos megaeventos esportivos que ocorreriam no Brasil nos anos posteriores de 2013 e 2014, como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo (DI PIETRO, 2020, p.394). Devido à essa finalidade, portanto, a Lei n. 12.462/11 tinha vigência de caráter temporário, aplicável apenas a essas finalidades. Entretanto, após a ocorrência desses eventos, entretanto, tal regime foi estendido e aplicado a outras hipóteses de licitações e contratações, como as relacionadas às ações integrantes do Programa de Aceleração de Crescimento e as obras envolvidas nos serviços de engenharia na seara do Sistema Único de Saúde, bem como as relacionadas às obras e serviços de engenharia para construção, ampliação, reforma e administração de estabelecimentos penais e unidade de atendimento socioeducativo. Passou a ser aplicado, também, a outras ações na área da segurança pública na melhoria da mobilidade urbana e logística, bem como em contratos de locação e contratos para a realização de obras e serviços de engenharia nos sistemas públicos de ensino e de pesquisa, ciência e tecnologia. (DI PIETRO, 2020, p.394). A aplicação dessa modalidade licitatória não é obrigatória para a construção dos estádios, aeroportos ou obras de infraestrutura; assim, “fica a critério da Administração Pública optar pelo regime de contratação que lhe parecer mais conveniente, dentre os da Lei n. 8.666/93, da Lei n. 8.987/95 ou da Lei n. 8.987/95” (DI PIETRO, 2020, p. 484). O próprio artigo 39 da Lei 12.462/2011 estabelece que os contratos administrativos devem reger-se pelas normas da Lei n. 8.666/93, exceto as regras estabelecidas por ela mesma. A opção por tal modalidade, portanto, deve ser expressa no instrumento convocatório, resultando no afastamento das normas contidas na Lei n. 8.666/93. 2.1. Os objetivos do Regime Diferenciado de Contratações Segundo o primeiro artigo da Lei n. 12.462/2011, o Regime Diferenciado de Contratação tem como objetivos: a) a ampliação da eficiência nas contratações públicas e a competitividade entre os licitantes; b) a promoção da troca de experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre custos e benefícios para o setor público; c) incentivo a inovações tecnológicas; d) assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais vantajosa para a administração pública. No contexto da preparação para os eventos esportivos que ensejaram a criação da Lei, a necessidade de se acelerar os procedimentos licitatórios concentrou o maior objetivo da criação do RDC (DI PIETRO, 2020, p. 485). 2.2. Princípios e diretrizes do RDC Para que o RDC seja aplicado, devem ser observados os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo. 5 Observe que a inclusão do princípio da economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável é uma inovação no âmbito da contratação pública. Quanto às diretrizes do Regime, a Lei n. 12.462/2011 estabelece que: Art. 4º Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as seguintes diretrizes: I - padronização do objeto da contratação relativamente às especificações técnicas e de desempenho e, quando for o caso, às condições de manutenção, assistência técnica e de garantia oferecidas; II - padronização de instrumentos convocatórios e minutas de contratos, previamente aprovados pelo órgão jurídico competente; III - busca da maior vantagem para a administração pública, considerando custos e benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental, inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice de depreciação econômica e a outros fatores de igual relevância; IV - condições de aquisição, de seguros, de garantias e de pagamento compatíveis com as condições do setor privado, inclusive mediante pagamento de remuneração variável conforme desempenho, na forma do art. 10; V - utilização, sempre que possível, nas planilhas de custos constantes das propostas oferecidas pelos licitantes, de mão de obra, materiais, tecnologias e matérias-primas existentes no local da execução, conservação e operação do bem, serviço ou obra, desde que não se produzam prejuízos à eficiência na execução do respectivo objeto e que seja respeitado o limite do orçamento estimado para a contratação; e VI - parcelamento do objeto, visando à ampla participação de licitantes, sem perda de economia de escala. VII - ampla publicidade, em sítio eletrônico, de todas as fases e procedimentos do processo de licitação, assim como dos contratos, respeitado o art. 6º desta Lei. Além disso, importa ressaltar que as contratações estabelecidas através desse regime devem sempre respeitar as normas referentes à: Art. 4º: [...] I - disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras contratadas; II - mitigação por condicionantes e compensação ambiental, que serão definidas no procedimento de licenciamento ambiental; III - utilização de produtos, equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o consumo de energia e recursos naturais; IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística; V - proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial, inclusive por meio da avaliação do impacto direto ou indireto causado pelas obras contratadas; e 6 VI - acessibilidade para o uso por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. 2.3. O procedimento de aplicação do RDC O procedimento do RDC implica em uma série de fases sequenciais, a saber: a) a fase preparatória; b) a publicação do instrumento convocatório; c) a apresentação das propostas ou lances; d) fase de julgamento; e) fase de habilitação; f) fase recursal; e g) fase de encerramento. Importa ressaltar, ainda, que a forma a ser adotada, preferencialmente, deve ser a eletrônica, nos termos do seguinte dispositivo: Art. 13. As licitações deverão ser realizadas preferencialmente sob a forma eletrônica, admitida a presencial Parágrafo único. Nos procedimentos realizados por meio eletrônico, a administração pública poderá determinar, como condição de validade e eficácia, que os licitantes pratiquem seus atos em formato eletrônico. Identifica-se nesse procedimento, assim como no pregão, a inversão entre as fases de julgamento e habilitação, com relação ao procedimento dos outros instrumentos licitatórios previstos pela Lei de Licitações e Contratos. Tal inversão, segundo Carvalho Filho (2020, p. 311), segue a tendência que busca a desburocratização e a celeridade do certame licitatório. “Excepcionalmente admite a lei a possibilidade de uma habilitação ser feita antes do julgamento, desde que haja motivação e a explicitação dessa orientação no instrumento convocatório” (NOHARA, 2020, p. 432). É o que diz o art. 12 da Lei n. 12.462/2011: Art. 12. O procedimento de licitação de que trata esta Lei observará as seguintes fases, nesta ordem: I - preparatória; II - publicação do instrumento convocatório; III - apresentação de propostas ou lances; IV - julgamento; V - habilitação; VI - recursal; e VII - encerramento. Parágrafoúnico. A fase de que trata o inciso V do caput deste artigo poderá, mediante ato motivado, anteceder as referidas nos incisos III e IV do caput deste artigo, desde que expressamente previsto no instrumento convocatório. A fase preparatória precede a abertura do processo licitatório, não sendo muito diferente das fases internas que constituem as outras modalidades de licitação (DI PIETRO, 2020, p. 488). Segundo Di Pietro (2020, p. 488): Nela deve ser definido o objeto, com a justificativa para contratação e para a adoção do RDC; o orçamento e preço de referência, remuneração ou 7 prêmio, conforme critério de julgamento adotado; requisitos para apresentação das propostas e para a habilitação; as cláusulas contratuais; o procedimento da licitação; justificativa para: inversão de fases, fixação dos fatores de ponderação na avaliação das propostas técnicas e de preço, indicação de marca ou modelo, exigência de amostra, exigência de certificação de qualidade do produto ou do processo de fabricação, exigência de carta de solidariedade emitida pelo fabricante. Nessa fase deve ainda haver indicação dos recursos orçamentários; declaração de compatibilidade com o plano plurianual, quando o investimento ultrapasse um exercício financeiro; termo de referência que contenha conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar os serviços a serem contratados ou os bens a serem fornecidos, podendo esse termo de referência prever requisitos de sustentabilidade ambiental (art. 5º do Regulamento); projeto básico ou executivo para a contratação de obras e serviços de engenharia, com possibilidade de previsão dos requisitos de sustentabilidade ambiental (art. 5º do Regulamento); parcelamento do objeto da licitação, preparo do instrumento convocatório e da minuta de contrato, designação da comissão de licitação (DI PIETRO, 2020, p. 488). Assim como na Lei de Licitações e Contratos, o procedimento licitatório do RDC fica atrelado a uma comissão de licitação, podendo esta ser permanente ou especial, composta por servidores ou empregados públicos pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos ou entidades da Administração Pública responsáveis pela licitação (DI PIETRO, 2020, p. 487). A publicidade dos atos ocorridos durante o certame também deve ser um ponto a ser observado, conforme dispõe o art. 15 da referida Lei: Art. 15. Será dada ampla publicidade aos procedimentos licitatórios e de pré-qualificação disciplinados por esta Lei, ressalvadas as hipóteses de informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado [...] § 1º A publicidade a que se refere o caput deste artigo, sem prejuízo da faculdade de divulgação direta aos fornecedores, cadastrados ou não, será realizada mediante: I - publicação de extrato do edital no Diário Oficial da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, ou, no caso de consórcio público, do ente de maior nível entre eles, sem prejuízo da possibilidade de publicação de extrato em jornal diário de grande circulação; e II - divulgação em sítio eletrônico oficial centralizado de divulgação de licitações ou mantido pelo ente encarregado do procedimento licitatório na rede mundial de computadores. A segunda fase compreende a própria publicação do instrumento convocatório, onde deverá ser definido de maneira clara e precisa o objeto da licitação. A publicidade de tal instrumento deve ser feita “por divulgação direta aos fornecedores, por publicação em órgão oficial de imprensa, facultada também em jornal diário de 8 grande circulação, e por divulgação em sítio eletrônico” (CARVALHO FILHO, 2020, p. 311). Quanto a fase de apresentação das propostas ou lances, impora ressaltar que o RDC comporta três maneiras diferentes de disputa: o modo aberto, o fechado e o combinado. No modo de disputa aberto, haverá a feitura de lances públicos e sucessivos, estando sempre sujeitos ao critério de julgamento adotado pelo certame. Já no modo de disputa fechao, as propostas apresentadas pelos lictantes terão caráter sigiloso até a sua divulgação, que ocorrerá em data e hora previamente designadas. No modo combinado, por sua vez, o certame será realizado de maneira mista, sendo os dois modos anterioremente citados utilizados em momentos diferentes da feitura dos lances. Durante a sessão pública, poderão ser admitidos lances intermediários, os quais são iguais ou inferiores ao maior lance ofertado anteriormente, caso o critério de maior oferta seja adotado, ou igual ou superior ao ofertado, quando os demais critérios de julgamento são adotados. O julgamento dos lances é feito a partir do estabelecimento de alguns critérios segundo o artigo 18 da Lei do RDC: Art. 18. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento: I - menor preço ou maior desconto; II - técnica e preço; III - melhor técnica ou conteúdo artístico; IV - maior oferta de preço; ou V - maior retorno econômico. O critério disposto no inciso V, é adotado exclusivamente para a celebração de contratos de eficiência em que o participante selecionado propicia maior economia para a Administração, inclusive mediante redução de despesas correntes, sendo, por isso, remunerado com base em percentual da economia gerada (CARVALHO FILHO, 2020, p. 312). O mesmo artigo ainda estabelece que o critério de julgamento deve ser identificado expressamente no isntrumento convocatório, sendo o julgamento das propostas efetivado pelo emprego de parâmetros objetivos definidos através deste. Após o julgamento, há a fase de habilitação. Nessa fase, acontece a verificação documental para aferir se a pessoa classificada tem as qualificações necessárias para que a contratação seja efetivada, nos termos da Lei do RDC e do instrumento 9 convocatório. Após tal fase, é possível que os licitantes que participaram do certame entrem com um recurso, de modo a contestar o resultado final da licitação. Segundo a Lei do RDC, “na fase de habilitação das licitações realizadas em conformidade com essa Lei, aplicar-se-à, no que couber, o disposto nos arts. 27 a 33 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.” Deve-se, entretanto, observar o seguinte: Art. 14: [...] I - poderá ser exigida dos licitantes a declaração de que atendem aos requisitos de habilitação; II - será exigida a apresentação dos documentos de habilitação apenas pelo licitante vencedor, exceto no caso de inversão de fases; III - no caso de inversão de fases, só serão recebidas as propostas dos licitantes previamente habilitados; e IV - em qualquer caso, os documentos relativos à regularidade fiscal poderão ser exigidos em momento posterior ao julgamento das propostas, apenas em relação ao licitante mais bem classificado. Na fase de encerramento: Com o encaminhamento à autoridade superior que, de acordo com o art. 28 da lei, poderá: (1) determinar o retorno dos autos para saneamento de irregularidades que forem supríveis; (2) anular o procedimento, no todo ou em parte, por vício insanável; (3) revogar o procedimento por motivo de conveniência e oportunidade; ou (4) adjudicar o objeto e homologar o objeto e homologar a licitação (NOHARA, 2020, p. 432). 2.4. Desclassificação Segundo a Lei 12.462: Art. 24. Serão desclassificadas as propostas que: I - contenham vícios insanáveis; II - não obedeçam às especificações técnicas pormenorizadas no instrumento convocatório; III - apresentem preços manifestamente inexequíveis ou permaneçam acima do orçamento estimado para a contratação, inclusive nas hipóteses previstas no art. 6º desta Lei; IV - não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exigido pela administração pública; ou V - apresentem desconformidade com quaisquer outras exigências do instrumento convocatório, desde que insanáveis. 10 Feito o panorama acerca da aplicação de tal regime, vejamos agora comotal instituto se aplica às contratações públicas no âmbito da pandemia da COVID-19. 3. O RDC aplicado durante a pandemia da COVID-19 Em dezembro de 2019, casos de pneumonia acontecendo na cidade de Wuhan, na China, deixou em alerta o mundo inteiro. O vírus causador de tal doença ficaria conhecido no mundo inteiro, mudando de maneira drástica a forma como as pessoas viviam e se comportavam. Tal vírus recebe a denominação Sars-Cov-2, sendo popularmente chamado de Novo Coronavírus. Seu espalhamento rápido, potencializado pelos altos fluxos de mercadoria e de pessoas ao redor do mundo, gerou uma pandemia sem precedentes, sendo a primeira ocorrência dessa natureza desde o surto de Gripe Espanhola, ocorrido há mais de 100 anos. Assim, “o cenário que se instalou nos últimos meses em decorrência do novo coronavírus trouxe a todo os ramos do Direito um profundo desafio, que é o de oferecer soluções jurídicas adequadas para a excepcional situação pela qual passa o mundo” (SÉRGIO DE OLIVEIRA, 2020). Segundo Nohara (2020): Quando o Poder Público se depara com uma situação de necessidade pública inadiável e urgente, em tempos de guerra ou em caso de perigo público iminente, ele necessita de um instituto que autorize a utilização de bens e serviços particulares para o atendimento das necessidades coletivas prementes. Seguindo essa mesma linha, descreve Oliveira Flor apud Fernandes (2020): Quando uma sociedade livre e democrática passa por períodos excepcionais, como guerras, estado de defesa e emergência, pode criar um regime jurídico provisório ou de rompimento com o sistema normativo anterior, através da edição normas ou da criação de um conjunto normativo necessário para o enfretamento dessas anormalidades e amadurecimento de suas instituições. Nesse contexto, após a declaração de estado de Emergência de Saúde Pública Internacional pela organização Mundial da Saúde, no dia 30 de janeiro de 2020, houveram grandes mudanças sociojurídicas ao redor do mundo. Como consequência, o Direito como um todo teve que se adaptar à nova realidade social, o que atingiu, principalmente, as relações contratuais envolvendo particulares e o Poder Público. Isso porque, no contexto descrito, houve maior urgência em se pactuar com particulares que ensejaram na necessidade de “alterar e instaurar um regime jurídico provisório, com previsão de procedimentos mais simples e céleres, capazes de diminuir os efeitos causados pela pandemia do coronavírus no Brasil” (OLIVEIRA FLOR, 2020). 11 Por meio da Mensagem Presidencial nº 93, enviada ao Congresso no dia 18 de março de 2020, o Presidente da República solicitou o reconhecimento do estado de calamidade pública, que teria vegência até o dia 31 de dezembro de 2020, justificando tal pedido com base no seguinte dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal: Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembléias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação: I - serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas nos arts. 23 , 31 e 70; II - serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho prevista no art. 9o. § 1º Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, nos termos de decreto legislativo, em parte ou na integralidade do território nacional e enquanto perdurar a situação, além do previsto nos incisos I e II do caput I - serão dispensados os limites, condições e demais restrições aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como sua verificação, para a) contratação e aditamento de operações de crédito b) concessão de garantias c) contratação entre entes da Federação; d) recebimento de transferências voluntárias II - serão dispensados os limites e afastadas as vedações e sanções previstas e decorrentes dos arts. 35, 37 e 42, bem como será dispensado o cumprimento do disposto no parágrafo único do art. 8º desta Lei Complementar, desde que os recursos arrecadados sejam destinados ao combate à calamidade pública; III - serão afastadas as condições e as vedações previstas nos arts. 14, 16 e 17 desta Lei Complementar, desde que o incentivo ou benefício e a criação ou o aumento da despesa sejam destinados ao combate à calamidade pública O pedido presidencial foi aceito no dia 20 de março de 2020, e o estado de calamidade pública foi reconhecido por meio do Decreto Legislativo nº 6, o qual concede à União “maior espaço fiscal para a celebração de investimentos necessários para a doção de providências de enfrentamento da pandemia da COVID-19” (OLIVEIRA FLOR, 2020). No dia 7 de maio do ano de 2020, a Medida Provisória 961 foi divulgada, autorizando pagamentos antecipados nas licitações e nos contratos, além de aumentar os limites da dispensa de licitação em razão do valor e ampliando o uso do RDC durante o estado de calamidade pública decorrente da pandemia da COVID-19 (CASTROVIEJO, Gabriela Gomes Acioli). Segundo tal Medida Provisória: Art. 1º Ficam autorizados à administração pública de todos os entes federativos, de todos os Poderes e órgãos constitucionalmente autônomos: [...] 12 III - a aplicação do Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC, de que trata a Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, para licitações e contratações de quaisquer obras, serviços, compras, alienações e locações. Nesse contexto, merece destaque, também, a Lei n. 13.979/2020, a qual “dispõe sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019” (BRASIL, 2020). Esta também flexibiliza o processo licitatórios em alguns casos. Observe os seguintes dispositivos: Art. 4º É dispensável a licitação para aquisição ou contratação de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional de que trata esta Lei. § 1º A dispensa de licitação a que se refere o caput deste artigo é temporária e aplica-se apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus. [...] Art. 4º-C. Para a aquisição ou contratação de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos necessários ao enfrentamento da emergência de saúde pública de que trata esta Lei, não será exigida a elaboração de estudos preliminares quando se tratar de bens e de serviços comuns. [...] Art. 4º-E. Nas aquisições ou contratações de bens, serviços e insumos necessários ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional de que trata esta Lei, será admitida a apresentação de termo de referência simplificado ou de projeto básico simplificado. No geral, portanto, o objetivo principal da Medida Provisória 961 foi justamente a facilitação de caráter emergencial para que o Poder Público possa contratar de maneira mais ágil e fácil durante as ações de enfrentamento contra a COVID-19. Nesse sentido, o RDC passa a ser aplicável “nas contratações de quaisquer obras, serviços, compras, alienações e locações” (BRASIL, 2020). Na imagem abaixo, retirada de sítio eletrônico oficial do Governo Federal brasileiro, é compreendida, de maneira mais visual, as diferenças de aplicação do RDC antes e após a Medida Provisória 961/2020: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12462.htm 13 Figura 1 – Possibilidades de uso do RDC Fonte: Brasil (2020) No dia 1º de outubro de 2020, tal MP se converteu em Lei, de modo que as regras que estavam em vigor desde a publicação da MP não se tornassem mais perenes, mas, sim, permanentes e sem risco de perder a validade (BRASIL, 2020). Com a conversão em lei, o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) foi ampliado, para que possa ser aplicado àscontratações de quaisquer obras, serviços, compras, alienações e locações. O normativo também alterou os limites de dispensa de licitação por valor e regulamentou a realização de pagamentos antecipados nas licitações e contratos durante a calamidade pública (BRASIL, 2020). 4. Conclusão Dado o exposto, inegável é a importância do instituto do Regime Diferenciado de Contratações Públicas no contexto da pandemia da COVID-19. Através dele, é possível que ocorre drástica redução no processo licitatório, de modo que a Administração Pública possa contratar sem necessariamente passar por cima dos princípios da igualdade e competitividade de maneira total, como ocorreria nos casos de dispensa do processo licitatório. Importante é, entretanto, destacar que tal regime apenas deve ser aplicado em situações de extrema urgência, uma vez que a rapidez empregada nessa modlaidad elicitatória também implica na diminuição de oportunidades no que tange à captação 14 de licitantes. Isso porque o próprio isntituto já foi criado num contexto emergencial, tonando-o intituto de aplicação excepcional e não geral. No contexto da pandemia em que vivemos atualmente, não há dúvidas de que há grande emergência para que ações de teor combativo sejam empreendidas. Assim, a aplicação do RDC nesse âmbito é justificada legalmente. 5. Referências Bibliográficas BITTENCOURT, Sidney. Licitação passo a passo: comentando todos os artigos da Lei de nº 8.666/1993. Levando também em consideração a Lei Complementar nº 123/06, que estabelece tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte nas licitações públicas. 4. ed. ampl. atual. Belo Horizonte: Fórum, 2014. BRASIL, 2020. Regime Diferenciado poderá ser utilizado em todos os tipos de contratação durante a pandemia. Brasília, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/maio/regime-diferenciado- podera-ser-utilizado-em-todos-os-tipos-de-contratacao-durante-a-pandemia. Acesso em 17 de jul de 2021 BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde Analítico. Brasília, 2020. BRASIL. Mudanças no regime diferenciado de contratações públicas são convertidas em lei e se tornam perenes. Brasília, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/outubro/mudancas-no- regime-diferenciado-de-contratacoes-publicas-sao-convertidas-em-lei-e-se-tornam- perenes. Acesso em 17 de jul de 2021 BRASIL. Presidência da República. Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011. Institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC; altera a Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, a legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a legislação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero); cria a Secretaria de Aviação Civil, cargos de Ministro de Estado, cargos em comissão e cargos de Controlador de Tráfego Aéreo; autoriza a contratação de controladores de tráfego aéreo temporários; altera as Leis nºs 11.182, de 27 de setembro de 2005, 5.862, de 12 de dezembro de 1972, 8.399, de 7 de janeiro de 1992, 11.526, de 4 de outubro de 2007, 11.458, de 19 de março de 2007, e 12.350, de 20 de dezembro de 2010, e a Medida Provisória nº 2.185-35, de 24 de agosto de 2001; e revoga dispositivos da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998. BRASIL. Presidência da República. Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. Dispõe sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importÂncia internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. BRASIL. Presidência da República. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/maio/regime-diferenciado-podera-ser-utilizado-em-todos-os-tipos-de-contratacao-durante-a-pandemia https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/maio/regime-diferenciado-podera-ser-utilizado-em-todos-os-tipos-de-contratacao-durante-a-pandemia https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/outubro/mudancas-no-regime-diferenciado-de-contratacoes-publicas-sao-convertidas-em-lei-e-se-tornam-perenes https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/outubro/mudancas-no-regime-diferenciado-de-contratacoes-publicas-sao-convertidas-em-lei-e-se-tornam-perenes https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/outubro/mudancas-no-regime-diferenciado-de-contratacoes-publicas-sao-convertidas-em-lei-e-se-tornam-perenes 15 licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. BRASIL. Presidência da República. Medida Provisória nº 961, de 6 de maio de 2020. Autoriza pagamentos antecipados nas licitações e nos contratos, adequa os limites de dispensa de licitação e amplia o uso do Regime Diferenciado de Contratações Públcias -RDC durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020. BRASIL. Presidência da República.Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Senado Federal. Subsecretaria de Edições Técnicas: Brasília, 1988. BRASIL. Tribunal de Contas da União. Licitações e contratos: orientações e jurisprudências. 4. ed. rev., atual. e ampl. Brasília: TCU, Secretaria-Geral da Presidência: Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 2010. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administartivo. São Paulo: Atlas, 2020. 34 ed. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597024982/cfi/6/2!/4/2/2@0.00 :39.4. Acesso em 17 de jul de 2021 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo – 33. ed. – São Paulo: Atlas, 2019. Disponível em: https://docero.com.br/doc/n0csn88. Acesso em: 17 de jul de 2021. CASTROVIEJO, Gabriela Gomes Acioli. Compras públicas e o sandbox regulatório trazido pela medida provisória 961/2020. Revista dos tribunais, 2020, vl 1020, p. 21-31. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Editora Forense, 2020. 33 ed. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530989736/cfi/6/2!/4/2/2@0.00 :32.9. Acesso em 17 de jul de 2021 Disponível em: https://susanalitico.saude.gov.br/extensions/covid- 19_html/covid19_html.html. Acesso em 17 de jul de 2021 FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby; FERNANDES, Maurílio Jacoby; TEIXEIRA, Paulo Roberto; TORRES, Ronny Charles L. Direito Provisório e a Emergencia do Coronavírus: 71 ESPIN – COVID-19; critérios e fundamentos; direito administrativo, financeiro (responsabilidade fiscal), trabalhista e tributário; um mundo diferente após a COVID-19. 1 ed. 1 reimpr. Belo Horizonte: Fórum, 2020. MEIRELLES, Hely Lopes. Licitação e contrato administrativo. 12. ed. Atualizada por: Eurico de Andrade Azevedo, Célia Marisa Prendes e Maria Lúcia Mazzei de Alencar. São Paulo: Malheiros, 1999. NOHARA, Iene Patrícia. Direito Administrativo e COVID-19: medidas estatais para o enfrentamento da pandemia. COVID-19 e os Impactos no Direito: mercado, https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597024982/cfi/6/2!/4/2/2@0.00:39.4 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597024982/cfi/6/2!/4/2/2@0.00:39.4 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530989736/cfi/6/2!/4/2/2@0.00:32.9 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530989736/cfi/6/2!/4/2/2@0.00:32.9 16 estado, trabalho, família, contratos e cidadania. Jardim Lisboa: Editora Almedina Brasil, 2020, p. 211-223. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2. 03. Acesso em 17 de jul de 2021 NOHARA, Irene Patrícia. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2020. 10 ed. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597025262/cfi/6/10!/4/14/2@0: 88.3. Acesso em 17 de jul de 2021 OLIVEIRA FLOR, Jackson Fabiano. Oregime emergencial de contratações públicas como medida de enfrentamento à pandemia da COVID-19 no Brasil. TCC. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/17359/1/JACKSON%20FABI ANO%20OLIVEIRA%20FLOR%20-%20TCC%20DIREITO%202020.pdf. Acesso em 17 de jul de 2021 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Licitações e Contratos Administrativo: teoria e prática. 4. ed. revisada, atualizada e ampliada. São Paulo: Método, 2015. SÉRGIO DE OLIVEIRA, Rafael. O direito excepcional da contratação pública brasileira para enfrentamento à crise do Coronavírus. COVID-19 e os Impactos no Direito: mercado, estado, trabalho, família, contratos e cidadania. Jardim Lisboa: Editora Almedina Brasil, 2020, p. 265-277. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2. 03. Acesso em 17 de jul de 2021 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2.03 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2.03 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597025262/cfi/6/10!/4/14/2@0:88.3 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597025262/cfi/6/10!/4/14/2@0:88.3 http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/17359/1/JACKSON%20FABIANO%20OLIVEIRA%20FLOR%20-%20TCC%20DIREITO%202020.pdf http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/17359/1/JACKSON%20FABIANO%20OLIVEIRA%20FLOR%20-%20TCC%20DIREITO%202020.pdf https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2.03 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2.03
Compartilhar