Buscar

REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS - DIREITO ADMINISTRATIVO - ARTIGO CIENTIFCIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 O Regime Diferenciado de Contratações Públicas durante a 
pandemia do COVID-19 
 
 
 
Resumo 
No início de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS), faz um alerta a todos os 
países do mundo: uma doença desconhecida, com alto potencial de disseminação, 
havia surgido e se espalhado pela cidade de Wuhan, na China. A partir de então, a 
vida como o mundo conhecia é completamente alterada e uma Emergência de 
Saúde Pública de Importância Internacional é declarada. Uma nova pandemia 
surgia, causando impactos sociais, econômicos e jurídicos ao redor de todo o 
mundo. Um dos problemas jurídicos causados se concentrava na morosidade dos 
processos licitatórios, a qual não combina com o caráter emergcencial levantado 
pela COVID-19 no país. O presente trabalho tem como objetivo tratar sobre a 
aplicação do Regime Diferenciado de Contratações Públicas no âmbito da COVID-
19, utilizando como metodologia a revisão bibliográfica,, com foco na explicação 
revisional acerca de cada tema pertinente ao tema. 
 
Palavras-chave:COVID-19. Regime Diferenciado de Contratações Públicas. Direito 
Administrativo. Licitações. 
 
1. Introdução 
No início de 2020, a Organização Mundial da Saúde faz um alerta a todos os países 
do mundo: uma nova variante do coronavírus, com alto potencial de disseminação, 
havia surgido e se espalhado pela cidade de Wuhan, na China. A partir de então, a 
vida como o mundo conhecia é completamente alterada e uma Emergência de 
Saúde Pública de Importância Internacional é declarada. Após mais de 100 anos 
desde o surto de Gripe Espanhola, uma nova pandemia se alastrava pelo mundo, 
causando impactos sociais, econômicos e jurídicos ao redor de todo o planeta. 
Quanto aos impactos jurídicos mencionados, dois são de maior destaque, os quais 
são: a) a questão dos direitos fundamentais durante tal período, envolvendo 
principalmente o direito fundamental à liberdade e a possibilidade jurídica de 
suprimir este em função da saúde pública e do bem coletivo; e b) a questão das 
contratações públicas e as licitações durante o período em que certos suprimentos 
estatais deveriam ser contratados com rapidez em função da emergência pública 
causada pela pandemia. 
O presente artigo trata do segundo problema mencionado, explicando como o 
regime diferenciado de contratações públicas (RDC) foi e está sendo aplicado no 
Brasil durante o período calamitoso pelo qual o Brasil está passando. 
A Constituição Federal, promulgada em 1988, garante a obrigatoriedade dos 
processos licitatórios no âmbito da contratação com o Poder Público, mas destaca 
que, nos casos de exceção previstos em lei, é possível que a licitação seja 
dispensada para que maior agilidade seja imprimida nos processos de licitação. A 
Lei n. 8.666/93, responsável por regulamentar os processos licitatórios do país, 
2 
 
estabelece tais dispositivos, abrindo espaço, também, para a criação de regimes 
diferenciados de contratação, os quais são objetos desse trabalho. 
A metodologia escolhida foi a revisão bibliográfica, e, através dela, foi construído um 
artigo dividido em três principais partes, as quais se refere, respectivamente, em a) 
delimitar, inicialmente, o conceito de licitações e de contratos administrativos, como 
forma de introduzir-nos ao tópico de dispensa de licitação e aplicação do RDC; b) 
explicação mais específica sobre os regimes diferenciados de contratação; e c) a 
aplicação desses regimes especificamente no contexto da COVID-19, o qual é o 
objeto central desse trabalho. 
 
1. Licitações e Contratos Administrativos: A Lei 8.666/93 como regra geral 
O Contrato Administrativo compreende o compromisso bilateral firmado entre o 
Poder Público e um particular, cujo objetivo é atender ao interesse público 
(BITTENCOURT, 2014). Existe, nessa modalidade contratual, uma espécie de 
supremacia de poder, uma vez que o atendimento ao interesse público exige a 
formalidade e os requisitos básicos estabelecidos pela Administração Pública 
(Meirelles, 1999). Segundo a Lei n. 8.666/93, tais contratos “regulam-se pelas suas 
cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os 
princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado”(Art. 54). 
De maneira geral, urge destacar que os princípios basilares da Constituição Federal 
e do Direito Administrativo implicam, diretamente, na necessidade de se utilizar o 
processo licitatório como obrigatoriedade nos procedimentos de contratações com o 
Poder Público. Isso porque tais princípios se baseiam nos ideais de igualdade, 
probidade e eficiência, necessários para que um Estado Democrático de Direito seja 
construído integramente. Observe o seguinte dispositivo constitucional: 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
[...] 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, 
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação 
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com 
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as 
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá 
as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia 
do cumprimento das obrigações. 
 
O processo licitatório, conceituado como “o procedimento administrativo pelo qual 
um ente seleciona a proposta mais vantajosa entre as oferecidas para a celebração 
de contrato de seu interesse”(NOHARA, 2020, p. 325). Segundo Carvalho Filho, a 
licitação se conceitua como: 
 
3 
 
[...] procedimento administrativo vinculado por meio do qual os entes da 
Administração Pública e aqueles por ela controlados selecionam a melhor 
proposta entre as oferecidas pelos vários interessados, com dois objetivos – 
a celebração de contrato, ou a obtenção do melhor trabalho técnico, 
artístico ou científico. (CARVALHO FILHO, 2019) 
 
Em 1993, a Lei n. 8.666/93 é promulgada, regulamentando o dispositivo 
constitucional citado e instituindo normas para licitações e contratos no âmbito da 
Administração Pública. Segundo tal lei, 
 
A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da 
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a 
promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e 
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade 
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento 
objetivo e dos que lhes são correlatos (Art. 3°, Lei n. 8666/93) 
 
A própria Constituição Federal, entretanto, dispõe que é possível a dispensa na 
licitação, restrita aos casos dispostos em lei. Tais casos são elencados no art. 24 
da Lei 8.666/93. Dentre tais casos, destacam-se os presentes no inciso IV do 
referido artigo, a saber: 
 
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando 
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar 
prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, 
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os 
bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa 
e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no 
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, 
contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a 
prorrogação dos respectivos contratos. 
 
O Regime Diferenciado de Contratação não constitui dispensa à licitação, entretanto. 
Mas, sim, uma nova modalidade desta, instituída pela Medida Provisória nº 
527/2011, a qual foi convertida em lei no dia 4 de agosto do mesmo ano. Segundo 
Oliveira (2015), tal regime se refere a uma modalidade constituinte de umaferramenta inovadora no âmbito das contratações administrativas, assim como o 
pregão, trazendo em sua essência procedimentos característicos, vencendo o 
excesso de formalismo e a morosidade constantes previstas nas outras modalidades 
previstas pela Lei de Licitações e Contratos. 
 
2. O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC): Conceituação e 
Noções Gerais 
4 
 
Como dito anteriormente, tal modalidade licitatória hoje é regulada por lei, a Lei n. 
12.462/2011. O RCD, inicialmente, foi destinado às contratações entre a 
Administração e particulares no que tangia à questões relacionadas aos 
megaeventos esportivos que ocorreriam no Brasil nos anos posteriores de 2013 e 
2014, como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo (DI PIETRO, 2020, 
p.394). Devido à essa finalidade, portanto, a Lei n. 12.462/11 tinha vigência de 
caráter temporário, aplicável apenas a essas finalidades. Entretanto, após a 
ocorrência desses eventos, entretanto, tal regime foi estendido e aplicado a outras 
hipóteses de licitações e contratações, como as relacionadas às ações integrantes 
do Programa de Aceleração de Crescimento e as obras envolvidas nos serviços de 
engenharia na seara do Sistema Único de Saúde, bem como as relacionadas às 
obras e serviços de engenharia para construção, ampliação, reforma e 
administração de estabelecimentos penais e unidade de atendimento 
socioeducativo. Passou a ser aplicado, também, a outras ações na área da 
segurança pública na melhoria da mobilidade urbana e logística, bem como em 
contratos de locação e contratos para a realização de obras e serviços de 
engenharia nos sistemas públicos de ensino e de pesquisa, ciência e tecnologia. (DI 
PIETRO, 2020, p.394). 
A aplicação dessa modalidade licitatória não é obrigatória para a construção dos 
estádios, aeroportos ou obras de infraestrutura; assim, “fica a critério da 
Administração Pública optar pelo regime de contratação que lhe parecer mais 
conveniente, dentre os da Lei n. 8.666/93, da Lei n. 8.987/95 ou da Lei n. 8.987/95” 
(DI PIETRO, 2020, p. 484). O próprio artigo 39 da Lei 12.462/2011 estabelece que 
os contratos administrativos devem reger-se pelas normas da Lei n. 8.666/93, exceto 
as regras estabelecidas por ela mesma. A opção por tal modalidade, portanto, deve 
ser expressa no instrumento convocatório, resultando no afastamento das normas 
contidas na Lei n. 8.666/93. 
 
2.1. Os objetivos do Regime Diferenciado de Contratações 
Segundo o primeiro artigo da Lei n. 12.462/2011, o Regime Diferenciado de 
Contratação tem como objetivos: a) a ampliação da eficiência nas contratações 
públicas e a competitividade entre os licitantes; b) a promoção da troca de 
experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre custos e benefícios 
para o setor público; c) incentivo a inovações tecnológicas; d) assegurar tratamento 
isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais vantajosa para a 
administração pública. 
No contexto da preparação para os eventos esportivos que ensejaram a criação da 
Lei, a necessidade de se acelerar os procedimentos licitatórios concentrou o maior 
objetivo da criação do RDC (DI PIETRO, 2020, p. 485). 
 
2.2. Princípios e diretrizes do RDC 
Para que o RDC seja aplicado, devem ser observados os princípios da legalidade, 
da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da 
probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional 
sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo. 
5 
 
Observe que a inclusão do princípio da economicidade e do desenvolvimento 
nacional sustentável é uma inovação no âmbito da contratação pública. 
Quanto às diretrizes do Regime, a Lei n. 12.462/2011 estabelece que: 
 
Art. 4º Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as 
seguintes diretrizes: 
I - padronização do objeto da contratação relativamente às especificações 
técnicas e de desempenho e, quando for o caso, às condições de 
manutenção, assistência técnica e de garantia oferecidas; 
II - padronização de instrumentos convocatórios e minutas de contratos, 
previamente aprovados pelo órgão jurídico competente; 
III - busca da maior vantagem para a administração pública, considerando 
custos e benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou 
ambiental, inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e 
resíduos, ao índice de depreciação econômica e a outros fatores de igual 
relevância; 
IV - condições de aquisição, de seguros, de garantias e de pagamento 
compatíveis com as condições do setor privado, inclusive mediante 
pagamento de remuneração variável conforme desempenho, na forma do 
art. 10; 
V - utilização, sempre que possível, nas planilhas de custos constantes das 
propostas oferecidas pelos licitantes, de mão de obra, materiais, tecnologias 
e matérias-primas existentes no local da execução, conservação e operação 
do bem, serviço ou obra, desde que não se produzam prejuízos à eficiência 
na execução do respectivo objeto e que seja respeitado o limite do 
orçamento estimado para a contratação; e 
VI - parcelamento do objeto, visando à ampla participação de licitantes, sem 
perda de economia de escala. 
VII - ampla publicidade, em sítio eletrônico, de todas as fases e 
procedimentos do processo de licitação, assim como dos contratos, 
respeitado o art. 6º desta Lei. 
 
Além disso, importa ressaltar que as contratações estabelecidas através desse 
regime devem sempre respeitar as normas referentes à: 
Art. 4º: 
[...] 
I - disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados 
pelas obras contratadas; 
II - mitigação por condicionantes e compensação ambiental, que serão 
definidas no procedimento de licenciamento ambiental; 
III - utilização de produtos, equipamentos e serviços que, 
comprovadamente, reduzam o consumo de energia e recursos naturais; 
IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação 
urbanística; 
V - proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial, 
inclusive por meio da avaliação do impacto direto ou indireto causado pelas 
obras contratadas; e 
6 
 
VI - acessibilidade para o uso por pessoas com deficiência ou com 
mobilidade reduzida. 
 
 
2.3. O procedimento de aplicação do RDC 
O procedimento do RDC implica em uma série de fases sequenciais, a saber: a) a 
fase preparatória; b) a publicação do instrumento convocatório; c) a apresentação 
das propostas ou lances; d) fase de julgamento; e) fase de habilitação; f) fase 
recursal; e g) fase de encerramento. Importa ressaltar, ainda, que a forma a ser 
adotada, preferencialmente, deve ser a eletrônica, nos termos do seguinte 
dispositivo: 
Art. 13. As licitações deverão ser realizadas preferencialmente sob a forma 
eletrônica, admitida a presencial 
Parágrafo único. Nos procedimentos realizados por meio eletrônico, a 
administração pública poderá determinar, como condição de validade e 
eficácia, que os licitantes pratiquem seus atos em formato eletrônico. 
 
Identifica-se nesse procedimento, assim como no pregão, a inversão entre as fases 
de julgamento e habilitação, com relação ao procedimento dos outros instrumentos 
licitatórios previstos pela Lei de Licitações e Contratos. Tal inversão, segundo 
Carvalho Filho (2020, p. 311), segue a tendência que busca a desburocratização e a 
celeridade do certame licitatório. “Excepcionalmente admite a lei a possibilidade de 
uma habilitação ser feita antes do julgamento, desde que haja motivação e a 
explicitação dessa orientação no instrumento convocatório” (NOHARA, 2020, p. 
432). 
É o que diz o art. 12 da Lei n. 12.462/2011: 
 
Art. 12. O procedimento de licitação de que trata esta Lei observará as 
seguintes fases, nesta ordem: 
I - preparatória; 
II - publicação do instrumento convocatório; 
III - apresentação de propostas ou lances; 
IV - julgamento; 
V - habilitação; 
VI - recursal; e 
VII - encerramento. 
Parágrafoúnico. A fase de que trata o inciso V do caput deste artigo poderá, 
mediante ato motivado, anteceder as referidas nos incisos III e IV 
do caput deste artigo, desde que expressamente previsto no instrumento 
convocatório. 
 
A fase preparatória precede a abertura do processo licitatório, não sendo muito 
diferente das fases internas que constituem as outras modalidades de licitação (DI 
PIETRO, 2020, p. 488). Segundo Di Pietro (2020, p. 488): 
 
Nela deve ser definido o objeto, com a justificativa para contratação e para a 
adoção do RDC; o orçamento e preço de referência, remuneração ou 
7 
 
prêmio, conforme critério de julgamento adotado; requisitos para 
apresentação das propostas e para a habilitação; as cláusulas contratuais; o 
procedimento da licitação; justificativa para: inversão de fases, fixação dos 
fatores de ponderação na avaliação das propostas técnicas e de preço, 
indicação de marca ou modelo, exigência de amostra, exigência de 
certificação de qualidade do produto ou do processo de fabricação, 
exigência de carta de solidariedade emitida pelo fabricante. Nessa fase 
deve ainda haver indicação dos recursos orçamentários; declaração de 
compatibilidade com o plano plurianual, quando o investimento ultrapasse 
um exercício financeiro; termo de referência que contenha conjunto de 
elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para 
caracterizar os serviços a serem contratados ou os bens a serem 
fornecidos, podendo esse termo de referência prever requisitos de 
sustentabilidade ambiental (art. 5º do Regulamento); projeto básico ou 
executivo para a contratação de obras e serviços de engenharia, com 
possibilidade de previsão dos requisitos de sustentabilidade ambiental (art. 
5º do Regulamento); parcelamento do objeto da licitação, preparo do 
instrumento convocatório e da minuta de contrato, designação da comissão 
de licitação (DI PIETRO, 2020, p. 488). 
 
Assim como na Lei de Licitações e Contratos, o procedimento licitatório do RDC fica 
atrelado a uma comissão de licitação, podendo esta ser permanente ou especial, 
composta por servidores ou empregados públicos pertencentes aos quadros 
permanentes dos órgãos ou entidades da Administração Pública responsáveis pela 
licitação (DI PIETRO, 2020, p. 487). A publicidade dos atos ocorridos durante o 
certame também deve ser um ponto a ser observado, conforme dispõe o art. 15 da 
referida Lei: 
 
Art. 15. Será dada ampla publicidade aos procedimentos licitatórios e de 
pré-qualificação disciplinados por esta Lei, ressalvadas as hipóteses de 
informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado 
[...] 
§ 1º A publicidade a que se refere o caput deste artigo, sem prejuízo da 
faculdade de divulgação direta aos fornecedores, cadastrados ou não, será 
realizada mediante: 
I - publicação de extrato do edital no Diário Oficial da União, do Estado, do 
Distrito Federal ou do Município, ou, no caso de consórcio público, do ente 
de maior nível entre eles, sem prejuízo da possibilidade de publicação de 
extrato em jornal diário de grande circulação; e 
II - divulgação em sítio eletrônico oficial centralizado de divulgação de 
licitações ou mantido pelo ente encarregado do procedimento licitatório na 
rede mundial de computadores. 
 
A segunda fase compreende a própria publicação do instrumento convocatório, onde 
deverá ser definido de maneira clara e precisa o objeto da licitação. A publicidade de 
tal instrumento deve ser feita “por divulgação direta aos fornecedores, por 
publicação em órgão oficial de imprensa, facultada também em jornal diário de 
8 
 
grande circulação, e por divulgação em sítio eletrônico” (CARVALHO FILHO, 2020, 
p. 311). 
Quanto a fase de apresentação das propostas ou lances, impora ressaltar que o 
RDC comporta três maneiras diferentes de disputa: o modo aberto, o fechado e o 
combinado. 
No modo de disputa aberto, haverá a feitura de lances públicos e sucessivos, 
estando sempre sujeitos ao critério de julgamento adotado pelo certame. Já no 
modo de disputa fechao, as propostas apresentadas pelos lictantes terão caráter 
sigiloso até a sua divulgação, que ocorrerá em data e hora previamente designadas. 
No modo combinado, por sua vez, o certame será realizado de maneira mista, sendo 
os dois modos anterioremente citados utilizados em momentos diferentes da feitura 
dos lances. 
Durante a sessão pública, poderão ser admitidos lances intermediários, os quais são 
iguais ou inferiores ao maior lance ofertado anteriormente, caso o critério de maior 
oferta seja adotado, ou igual ou superior ao ofertado, quando os demais critérios de 
julgamento são adotados. 
O julgamento dos lances é feito a partir do estabelecimento de alguns critérios 
segundo o artigo 18 da Lei do RDC: 
 
Art. 18. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento: 
I - menor preço ou maior desconto; 
II - técnica e preço; 
III - melhor técnica ou conteúdo artístico; 
IV - maior oferta de preço; ou 
V - maior retorno econômico. 
 
O critério disposto no inciso V, 
 
é adotado exclusivamente para a celebração de contratos de eficiência em 
que o participante selecionado propicia maior economia para a 
Administração, inclusive mediante redução de despesas correntes, sendo, 
por isso, remunerado com base em percentual da economia gerada 
(CARVALHO FILHO, 2020, p. 312). 
 
O mesmo artigo ainda estabelece que o critério de julgamento deve ser identificado 
expressamente no isntrumento convocatório, sendo o julgamento das propostas 
efetivado pelo emprego de parâmetros objetivos definidos através deste. 
Após o julgamento, há a fase de habilitação. Nessa fase, acontece a verificação 
documental para aferir se a pessoa classificada tem as qualificações necessárias 
para que a contratação seja efetivada, nos termos da Lei do RDC e do instrumento 
9 
 
convocatório. Após tal fase, é possível que os licitantes que participaram do certame 
entrem com um recurso, de modo a contestar o resultado final da licitação. Segundo 
a Lei do RDC, “na fase de habilitação das licitações realizadas em conformidade 
com essa Lei, aplicar-se-à, no que couber, o disposto nos arts. 27 a 33 da Lei nº 
8.666, de 21 de junho de 1993.” Deve-se, entretanto, observar o seguinte: 
 
Art. 14: 
[...] 
I - poderá ser exigida dos licitantes a declaração de que atendem aos 
requisitos de habilitação; 
II - será exigida a apresentação dos documentos de habilitação apenas pelo 
licitante vencedor, exceto no caso de inversão de fases; 
III - no caso de inversão de fases, só serão recebidas as propostas dos 
licitantes previamente habilitados; e 
IV - em qualquer caso, os documentos relativos à regularidade fiscal 
poderão ser exigidos em momento posterior ao julgamento das propostas, 
apenas em relação ao licitante mais bem classificado. 
 
Na fase de encerramento: 
 
Com o encaminhamento à autoridade superior que, de acordo com o art. 28 
da lei, poderá: (1) determinar o retorno dos autos para saneamento de 
irregularidades que forem supríveis; (2) anular o procedimento, no todo ou 
em parte, por vício insanável; (3) revogar o procedimento por motivo de 
conveniência e oportunidade; ou (4) adjudicar o objeto e homologar o objeto 
e homologar a licitação (NOHARA, 2020, p. 432). 
 
2.4. Desclassificação 
 
Segundo a Lei 12.462: 
 
Art. 24. Serão desclassificadas as propostas que: 
I - contenham vícios insanáveis; 
II - não obedeçam às especificações técnicas pormenorizadas no 
instrumento convocatório; 
III - apresentem preços manifestamente inexequíveis ou permaneçam acima 
do orçamento estimado para a contratação, inclusive nas hipóteses 
previstas no art. 6º desta Lei; 
IV - não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exigido pela 
administração pública; ou 
V - apresentem desconformidade com quaisquer outras exigências do 
instrumento convocatório, desde que insanáveis. 
 
10 
 
Feito o panorama acerca da aplicação de tal regime, vejamos agora comotal 
instituto se aplica às contratações públicas no âmbito da pandemia da COVID-19. 
 
3. O RDC aplicado durante a pandemia da COVID-19 
Em dezembro de 2019, casos de pneumonia acontecendo na cidade de Wuhan, na 
China, deixou em alerta o mundo inteiro. O vírus causador de tal doença ficaria 
conhecido no mundo inteiro, mudando de maneira drástica a forma como as 
pessoas viviam e se comportavam. Tal vírus recebe a denominação Sars-Cov-2, 
sendo popularmente chamado de Novo Coronavírus. Seu espalhamento rápido, 
potencializado pelos altos fluxos de mercadoria e de pessoas ao redor do mundo, 
gerou uma pandemia sem precedentes, sendo a primeira ocorrência dessa natureza 
desde o surto de Gripe Espanhola, ocorrido há mais de 100 anos. 
Assim, “o cenário que se instalou nos últimos meses em decorrência do novo 
coronavírus trouxe a todo os ramos do Direito um profundo desafio, que é o de 
oferecer soluções jurídicas adequadas para a excepcional situação pela qual passa 
o mundo” (SÉRGIO DE OLIVEIRA, 2020). 
Segundo Nohara (2020): 
 
Quando o Poder Público se depara com uma situação de necessidade 
pública inadiável e urgente, em tempos de guerra ou em caso de perigo 
público iminente, ele necessita de um instituto que autorize a utilização de 
bens e serviços particulares para o atendimento das necessidades coletivas 
prementes. 
 
Seguindo essa mesma linha, descreve Oliveira Flor apud Fernandes (2020): 
 
Quando uma sociedade livre e democrática passa por períodos 
excepcionais, como guerras, estado de defesa e emergência, pode criar um 
regime jurídico provisório ou de rompimento com o sistema normativo 
anterior, através da edição normas ou da criação de um conjunto normativo 
necessário para o enfretamento dessas anormalidades e amadurecimento 
de suas instituições. 
 
Nesse contexto, após a declaração de estado de Emergência de Saúde Pública 
Internacional pela organização Mundial da Saúde, no dia 30 de janeiro de 2020, 
houveram grandes mudanças sociojurídicas ao redor do mundo. Como 
consequência, o Direito como um todo teve que se adaptar à nova realidade social, 
o que atingiu, principalmente, as relações contratuais envolvendo particulares e o 
Poder Público. Isso porque, no contexto descrito, houve maior urgência em se 
pactuar com particulares que ensejaram na necessidade de “alterar e instaurar um 
regime jurídico provisório, com previsão de procedimentos mais simples e céleres, 
capazes de diminuir os efeitos causados pela pandemia do coronavírus no Brasil” 
(OLIVEIRA FLOR, 2020). 
11 
 
Por meio da Mensagem Presidencial nº 93, enviada ao Congresso no dia 18 de 
março de 2020, o Presidente da República solicitou o reconhecimento do estado de 
calamidade pública, que teria vegência até o dia 31 de dezembro de 2020, 
justificando tal pedido com base no seguinte dispositivo da Lei de Responsabilidade 
Fiscal: 
Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso 
Nacional, no caso da União, ou pelas Assembléias Legislativas, na hipótese 
dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação: 
I - serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas 
nos arts. 23 , 31 e 70; 
II - serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de 
empenho prevista no art. 9o. 
§ 1º Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso 
Nacional, nos termos de decreto legislativo, em parte ou na integralidade do 
território nacional e enquanto perdurar a situação, além do previsto nos 
incisos I e II do caput 
I - serão dispensados os limites, condições e demais restrições aplicáveis à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como sua 
verificação, para 
a) contratação e aditamento de operações de crédito 
b) concessão de garantias 
c) contratação entre entes da Federação; 
d) recebimento de transferências voluntárias 
II - serão dispensados os limites e afastadas as vedações e sanções 
previstas e decorrentes dos arts. 35, 37 e 42, bem como será dispensado o 
cumprimento do disposto no parágrafo único do art. 8º desta Lei 
Complementar, desde que os recursos arrecadados sejam destinados ao 
combate à calamidade pública; 
III - serão afastadas as condições e as vedações previstas nos arts. 14, 16 e 
17 desta Lei Complementar, desde que o incentivo ou benefício e a criação 
ou o aumento da despesa sejam destinados ao combate à calamidade 
pública 
 
O pedido presidencial foi aceito no dia 20 de março de 2020, e o estado de 
calamidade pública foi reconhecido por meio do Decreto Legislativo nº 6, o qual 
concede à União “maior espaço fiscal para a celebração de investimentos 
necessários para a doção de providências de enfrentamento da pandemia da 
COVID-19” (OLIVEIRA FLOR, 2020). 
No dia 7 de maio do ano de 2020, a Medida Provisória 961 foi divulgada, 
autorizando pagamentos antecipados nas licitações e nos contratos, além de 
aumentar os limites da dispensa de licitação em razão do valor e ampliando o uso do 
RDC durante o estado de calamidade pública decorrente da pandemia da COVID-19 
(CASTROVIEJO, Gabriela Gomes Acioli). 
Segundo tal Medida Provisória: 
Art. 1º Ficam autorizados à administração pública de todos os entes 
federativos, de todos os Poderes e órgãos constitucionalmente autônomos: 
[...] 
12 
 
III - a aplicação do Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC, 
de que trata a Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, para licitações e 
contratações de quaisquer obras, serviços, compras, alienações e locações. 
 
 
Nesse contexto, merece destaque, também, a Lei n. 13.979/2020, a qual “dispõe 
sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância 
internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019” (BRASIL, 
2020). Esta também flexibiliza o processo licitatórios em alguns casos. Observe os 
seguintes dispositivos: 
 
Art. 4º É dispensável a licitação para aquisição ou contratação de bens, 
serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento 
da emergência de saúde pública de importância internacional de que trata 
esta Lei. 
§ 1º A dispensa de licitação a que se refere o caput deste artigo é 
temporária e aplica-se apenas enquanto perdurar a emergência de saúde 
pública de importância internacional decorrente do coronavírus. 
[...] 
Art. 4º-C. Para a aquisição ou contratação de bens, serviços, inclusive de 
engenharia, e insumos necessários ao enfrentamento da emergência de 
saúde pública de que trata esta Lei, não será exigida a elaboração de 
estudos preliminares quando se tratar de bens e de serviços comuns. 
[...] 
Art. 4º-E. Nas aquisições ou contratações de bens, serviços e insumos 
necessários ao enfrentamento da emergência de saúde pública de 
importância internacional de que trata esta Lei, será admitida a 
apresentação de termo de referência simplificado ou de projeto básico 
simplificado. 
 
No geral, portanto, o objetivo principal da Medida Provisória 961 foi justamente a 
facilitação de caráter emergencial para que o Poder Público possa contratar de 
maneira mais ágil e fácil durante as ações de enfrentamento contra a COVID-19. 
Nesse sentido, o RDC passa a ser aplicável “nas contratações de quaisquer obras, 
serviços, compras, alienações e locações” (BRASIL, 2020). 
Na imagem abaixo, retirada de sítio eletrônico oficial do Governo Federal brasileiro, 
é compreendida, de maneira mais visual, as diferenças de aplicação do RDC antes e 
após a Medida Provisória 961/2020: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12462.htm
13 
 
 
Figura 1 – Possibilidades de uso do RDC 
Fonte: Brasil (2020) 
 
No dia 1º de outubro de 2020, tal MP se converteu em Lei, de modo que as regras 
que estavam em vigor desde a publicação da MP não se tornassem mais perenes, 
mas, sim, permanentes e sem risco de perder a validade (BRASIL, 2020). 
 
Com a conversão em lei, o Regime Diferenciado de Contratações Públicas 
(RDC) foi ampliado, para que possa ser aplicado àscontratações de 
quaisquer obras, serviços, compras, alienações e locações. O normativo 
também alterou os limites de dispensa de licitação por valor e regulamentou 
a realização de pagamentos antecipados nas licitações e contratos durante 
a calamidade pública (BRASIL, 2020). 
 
4. Conclusão 
Dado o exposto, inegável é a importância do instituto do Regime Diferenciado de 
Contratações Públicas no contexto da pandemia da COVID-19. Através dele, é 
possível que ocorre drástica redução no processo licitatório, de modo que a 
Administração Pública possa contratar sem necessariamente passar por cima dos 
princípios da igualdade e competitividade de maneira total, como ocorreria nos 
casos de dispensa do processo licitatório. 
Importante é, entretanto, destacar que tal regime apenas deve ser aplicado em 
situações de extrema urgência, uma vez que a rapidez empregada nessa modlaidad 
elicitatória também implica na diminuição de oportunidades no que tange à captação 
14 
 
de licitantes. Isso porque o próprio isntituto já foi criado num contexto emergencial, 
tonando-o intituto de aplicação excepcional e não geral. 
No contexto da pandemia em que vivemos atualmente, não há dúvidas de que há 
grande emergência para que ações de teor combativo sejam empreendidas. Assim, 
a aplicação do RDC nesse âmbito é justificada legalmente. 
 
5. Referências Bibliográficas 
 
BITTENCOURT, Sidney. Licitação passo a passo: comentando todos os artigos 
da Lei de nº 8.666/1993. Levando também em consideração a Lei 
Complementar nº 123/06, que estabelece tratamento diferenciado e favorecido 
às microempresas e empresas de pequeno porte nas licitações públicas. 4. ed. 
ampl. atual. Belo Horizonte: Fórum, 2014. 
 
BRASIL, 2020. Regime Diferenciado poderá ser utilizado em todos os tipos de 
contratação durante a pandemia. Brasília, 2020. Disponível em: 
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/maio/regime-diferenciado-
podera-ser-utilizado-em-todos-os-tipos-de-contratacao-durante-a-pandemia. Acesso 
em 17 de jul de 2021 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde Analítico. Brasília, 2020. 
 
BRASIL. Mudanças no regime diferenciado de contratações públicas são 
convertidas em lei e se tornam perenes. Brasília, 2020. Disponível em: 
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/outubro/mudancas-no-
regime-diferenciado-de-contratacoes-publicas-sao-convertidas-em-lei-e-se-tornam-
perenes. Acesso em 17 de jul de 2021 
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011. Institui 
o Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC; altera a Lei nº 10.683, de 
28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e 
dos Ministérios, a legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a 
legislação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero); cria a 
Secretaria de Aviação Civil, cargos de Ministro de Estado, cargos em comissão e 
cargos de Controlador de Tráfego Aéreo; autoriza a contratação de controladores de 
 tráfego aéreo temporários; altera as Leis nºs 11.182, de 27 de setembro de 2005, 
5.862, de 12 de dezembro de 1972, 8.399, de 7 de janeiro de 1992, 11.526, de 4 de 
outubro de 2007, 11.458, de 19 de março de 2007, e 12.350, de 20 de dezembro de 
2010, e a Medida Provisória nº 2.185-35, de 24 de agosto de 2001; e revoga 
dispositivos da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998. 
 
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. 
Dispõe sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de 
importÂncia internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. 
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. 
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para 
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/maio/regime-diferenciado-podera-ser-utilizado-em-todos-os-tipos-de-contratacao-durante-a-pandemia
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/maio/regime-diferenciado-podera-ser-utilizado-em-todos-os-tipos-de-contratacao-durante-a-pandemia
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/outubro/mudancas-no-regime-diferenciado-de-contratacoes-publicas-sao-convertidas-em-lei-e-se-tornam-perenes
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/outubro/mudancas-no-regime-diferenciado-de-contratacoes-publicas-sao-convertidas-em-lei-e-se-tornam-perenes
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/outubro/mudancas-no-regime-diferenciado-de-contratacoes-publicas-sao-convertidas-em-lei-e-se-tornam-perenes
15 
 
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. 
 
BRASIL. Presidência da República. Medida Provisória nº 961, de 6 de maio de 
2020. Autoriza pagamentos antecipados nas licitações e nos contratos, adequa os 
limites de dispensa de licitação e amplia o uso do Regime Diferenciado de 
Contratações Públcias -RDC durante o estado de calamidade pública reconhecido 
pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020. 
 
BRASIL. Presidência da República.Constituição da República Federativa do 
Brasil de 1988. Senado Federal. Subsecretaria de Edições Técnicas: Brasília, 
1988. 
 
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Licitações e contratos: orientações e 
jurisprudências. 4. ed. rev., atual. e ampl. Brasília: TCU, Secretaria-Geral da 
Presidência: Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 
2010. 
 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administartivo. São 
Paulo: Atlas, 2020. 34 ed. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597024982/cfi/6/2!/4/2/2@0.00
:39.4. Acesso em 17 de jul de 2021 
 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo – 33. ed. 
– São Paulo: Atlas, 2019. Disponível em: https://docero.com.br/doc/n0csn88. Acesso 
em: 17 de jul de 2021. 
 
CASTROVIEJO, Gabriela Gomes Acioli. Compras públicas e o sandbox 
regulatório trazido pela medida provisória 961/2020. Revista dos tribunais, 2020, 
vl 1020, p. 21-31. 
 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Editora 
Forense, 2020. 33 ed. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530989736/cfi/6/2!/4/2/2@0.00
:32.9. Acesso em 17 de jul de 2021 
Disponível em: https://susanalitico.saude.gov.br/extensions/covid-
19_html/covid19_html.html. Acesso em 17 de jul de 2021 
 
FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby; FERNANDES, Maurílio Jacoby; TEIXEIRA, 
Paulo Roberto; TORRES, Ronny Charles L. Direito Provisório e a Emergencia do 
Coronavírus: 71 ESPIN – COVID-19; critérios e fundamentos; direito 
administrativo, financeiro (responsabilidade fiscal), trabalhista e tributário; um 
mundo diferente após a COVID-19. 1 ed. 1 reimpr. Belo Horizonte: Fórum, 2020. 
 
MEIRELLES, Hely Lopes. Licitação e contrato administrativo. 12. ed. Atualizada 
por: Eurico de Andrade Azevedo, Célia Marisa Prendes e Maria Lúcia Mazzei de 
Alencar. São Paulo: Malheiros, 1999. 
 
NOHARA, Iene Patrícia. Direito Administrativo e COVID-19: medidas estatais 
para o enfrentamento da pandemia. COVID-19 e os Impactos no Direito: mercado, 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597024982/cfi/6/2!/4/2/2@0.00:39.4
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597024982/cfi/6/2!/4/2/2@0.00:39.4
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530989736/cfi/6/2!/4/2/2@0.00:32.9
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530989736/cfi/6/2!/4/2/2@0.00:32.9
16 
 
estado, trabalho, família, contratos e cidadania. Jardim Lisboa: Editora Almedina 
Brasil, 2020, p. 211-223. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2.
03. Acesso em 17 de jul de 2021 
 
NOHARA, Irene Patrícia. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2020. 10 ed. 
Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597025262/cfi/6/10!/4/14/2@0:
88.3. Acesso em 17 de jul de 2021 
 
OLIVEIRA FLOR, Jackson Fabiano. Oregime emergencial de contratações 
públicas como medida de enfrentamento à pandemia da COVID-19 no Brasil. 
TCC. Disponível em: 
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/17359/1/JACKSON%20FABI
ANO%20OLIVEIRA%20FLOR%20-%20TCC%20DIREITO%202020.pdf. Acesso em 
17 de jul de 2021 
 
OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Licitações e Contratos Administrativo: 
teoria e prática. 4. ed. revisada, atualizada e ampliada. São Paulo: Método, 2015. 
 
 
SÉRGIO DE OLIVEIRA, Rafael. O direito excepcional da contratação pública 
brasileira para enfrentamento à crise do Coronavírus. COVID-19 e os Impactos 
no Direito: mercado, estado, trabalho, família, contratos e cidadania. Jardim Lisboa: 
Editora Almedina Brasil, 2020, p. 265-277. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2.
03. Acesso em 17 de jul de 2021 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2.03
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2.03
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597025262/cfi/6/10!/4/14/2@0:88.3
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597025262/cfi/6/10!/4/14/2@0:88.3
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/17359/1/JACKSON%20FABIANO%20OLIVEIRA%20FLOR%20-%20TCC%20DIREITO%202020.pdf
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/17359/1/JACKSON%20FABIANO%20OLIVEIRA%20FLOR%20-%20TCC%20DIREITO%202020.pdf
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2.03
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556270333/cfi/21!/4/4@0.00:2.03

Outros materiais