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Responsáveis:
Alana da Silva Sousa
Ana Lívia Vicente Torres
Samuel Junior Pereira De Melo
Camila Raienny Soares Costa
Jaiane de Araújo Nogueira Costa
José Neto 
A ABSOLESCÊNCIA DO TAYLORISMO/FORDISMO
 João Pessoa, Paraíba - 09/09/2021
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO………………………………………………………………….	
2	DESENVOLVIMENTO………………………………………………………....	
2.1 	CONDIÇÕES DE TRABALHO…………………………………………………..	
2.2 	PRODUÇÃO EM MASSA………………………………………………………..	
2.3 	CONSEQUÊNCIAS DA PRODUÇÃO EM MASSA…………………………….	
2.4 	ALIENAÇÃO DOS TRABALHADORES………………………………………...	
3 	CONCLUSÃO…………………………………………………………………....	
Introdução
Em razão do processo de desenvolvimento industrial no final do século XVIII, surgiu a necessidade de encontrar maneiras para controle dos gastos e do trabalhador; aumento na produtividade e melhor retorno financeiro. Com isso, foram surgindo modelos de sistemas de produção industrial em massa, que com o passar do tempo iam sendo aperfeiçoados e moldados de acordo com as necessidades do período.
	Assim, foi criado o modelo de Frederick Taylor, que recebeu o nome de Taylorismo. Esse sistema teve início no século XIX e tinha como principal objetivo dinamizar o trabalho na indústria, acreditando que a especialização nas tarefas diminuiria o tempo gasto e aumentaria a produção.
	Em seguida veio o Fordismo, que foi criado por Henry Ford, a partir do Taylorismo, já no século XX. Sua ideia foi baseada na especialização da função e na instalação de esteiras sem fim na linha de montagem, fazendo com que o trabalhador realizasse sua função sem a necessidade de deslocamento. Esse sistema visava diminuir o tempo gasto, aumentar a produtividade e diminuir o custo de produção.
Condições de trabalho
	Taylorismo: No Taylorismo, o trabalhador é monitorado segundo o tempo de produção, cada indivíduo deve cumprir sua tarefa no menor tempo possível, sendo premiado aqueles que se sobressaem. Ademais, os processos produtivos eram fragmentados e exercidos por trabalhadores treinados e intensamente instruídos com padrões extremamente rigorosos de tempo e movimento para exercer da melhor e mais lógica forma a sua função.
Fordismo: As condições de trabalho do Fordismo ficaram conhecidas por ser um dos meios de trabalho mais desgastantes, repetitivos e maçantes para os funcionários. Além disso, os trabalhadores desempenhavam funções mecânicas que demandam pouca qualificação na linha de montagem.
Produção em massa
No sistema do Taylorismo a indústria já organizava sua produção de maneira que separava os trabalhadores em funções e os cronometravam nas suas tarefas com objetivo de conquistar maior eficiência em todo esse processo. Henry Ford observou a possibilidade de incluir seus contemporâneos a postura de consumidores de massa de produtos padronizados, sua ideia era que produzindo em uma escala imensa, teria maiores lucros e assim proporcionar melhores salários aos trabalhadores. O Fordismo então foi uma inovação do Taylorismo trazendo mecanismos de automação e produção em série. 
A maior diferença entre esses é que no Taylorismo buscava-se o trabalhador mais adequado a determinada tarefa e colocavam metas com bonificações no salário ,já no fordismo o trabalhador só precisava acompanhar o sistema de esteiras. O Fordismo então foi uma inovação do taylorismo trazendo mecanismos de automação e produção em série. Ademais, os dois sistemas expandiram-se em períodos de crescimento da economia, porém seus maiores problemas consistiam em fatores sociais e falta de motivação por parte dos funcionários, logo vários estudos e mudanças foram feitas com objetivo de sanar tais impasses, inclusive a divisão do trabalho em equipes onde os membros de cada equipe decidiam a melhor forma de produção. Sobretudo, dentre os vários sistemas o que melhor se colocou como um grande concorrente do Taylorismo/Fordismo foi o sistema Toyotista que superou em produção e qualidade todos os demais sistemas.
Consequências da produção em massa
	
	O fordismo, sistema de produção em massa, trouxe consequências positivas como a melhor eficácia e mais barata a realização de tarefas, aumento do controle na qualidade dos produtos, aumento da produtividade, bem como uma linha de montagem na qual se opera em cadeia. Entretanto, as consequências negativas como a interdependência de tarefas, na qual se um processo houver falha, a produção final será prejudicada por completo, além da produção humana ser maximizada, no qual operários eram tratados como objetos capazes de repetir incessantemente o mesmo movimento, o que tornava essas tarefas enfadonhas e mecanizadas. Além disso, a elevada produção sem um planejamento adequado e sem mercado consumidor suficiente, ocasiona crises, um grande exemplo disto foi a Grande Depressão, também conhecida como Crise de 29, quando após a Primeira Guerra Mundial, os países europeus estavam devastados e os Estados Unidos aproveitaram este momento e lucraram com a exportação de alimentos e produtos industrializados, foi um momento de prosperidade norte americana que ficou conhecido como "American way of life" (modo de vida americano), muitos empregos, preços caíram, a produção elevada, entretanto a economia europeia se reestabeleceu, e não precisava mais dos EUA, e por ter produzido bastante, os norte americanos não tinham para quem vender, a oferta era maior que a demanda, com isso o desemprego aumentou, queda de lucros e a quebra da bolsa de valores, que basicamente englobava ações da maioria dos países, e com a quebra a crise chegou a vários lugares, prejudicando várias nações.
	
Alienação dos trabalhadores
Alienação nas Ciências sociais, é um conceito que designa indivíduos que estão alheios a si próprios ou a outro tornando-se escravos de atividades ou instituições humanas, devido a questões econômicas, sociais ou ideológicas.
O conceito de alienação do trabalho é um dos principais conceitos desenvolvidos por Karl Marx ao longo de sua obra. Numa linha de produção, por exemplo, o trabalhador faz apenas parte do processo, estando completamente alheio ao produto final e, por consequência, do valor agregado ao bem a partir de seu trabalho.
Ao longo da história, a humanidade se desenvolveu a partir de uma relação antagônica entre dominadores e dominados (luta de classes), a produção passou a ter o objetivo de suprir as necessidades da classe dominante.
A classe trabalhadora, também chamada de proletariado, perde o seu lugar de destaque e deixa de ser o objetivo final de sua própria produção. A partir da revolução industrial, o trabalhador é alienado dos meios de produção, que passam a ser propriedade de um pequeno grupo (a burguesia). Por conseguinte, essa burguesia é, também, dona do produto final. Resta ao trabalhador, apenas, a posse de si mesmo, entendida como força de trabalho.
O trabalhador passa a ser precificado e compreendido como mais um custo dentro do processo produtivo, um análogo às máquinas e ferramentas. Esse pensamento é responsável pela desumanização do trabalhador e a origem do trabalho alienado. O trabalho deixa de ter como objetivo suprir as necessidades comuns e o bem-estar, para se transformar em um modo de obtenção de lucro a para a manutenção dos privilégios da burguesia.
Desse modo, a exploração do trabalho é o ponto fundamental que sustenta o capitalismo. O trabalhador é alienado de todo o processo produtivo e passa a ser dono, apenas, de sua força de trabalho.
Sendo assim, o proletariado vende seu único bem, que é a força de trabalho, e essa passa a ser posse do capitalista. O capitalista é o dono da matéria-prima, do maquinário, da força de trabalho (do trabalhador), do produto final e, por conseguinte, do lucro.
Tempos Modernos: O filme
Tempos Modernos é um filme que retrata a vida urbana nos Estados Unidos no ano de 1930, demonstrando os modos de produção industrial baseados na divisão e especialização do trabalho na linha de montagem. O Taylorismo eo Fordismo são modelos de produção baseados na divisão do trabalho, ou seja, cada operário fica responsável por uma etapa do processo produtivo. A produção em massa deve ser realizada no menor tempo possível, a repetição de exercícios por parte do operário causa a alienação do mesmo.
Esse fato é retratado no filme onde Carlitos, figura principal, é um operário que trabalha em uma linha de montagem apertando parafusos, em razão da quantidade excessiva de exercícios repetitivos, Carlitos, mesmo fora da função industrial, continua efetuando movimentos como se estivesse apertando os parafusos na linha de montagem.
Várias características do Taylorismo e do Fordismo são expressas no filme. A questão da alienação física e ideológica causada por esses modelos de produção são abordadas em forma de arte e com muita ironia por Charles Chaplin. O filme é uma crítica ao sistema capitalista e ao modo de produção industrial.
Relação dos conceitos de Karl Marx com o filme “Tempos Modernos”
Vale salientar que “Tempos Modernos”, foi feito em 1936 e faz uma analogia à época da Revolução Industrial. Nesta época o artesão é substituído pelo operário que não tem mais noção do que a sua força de trabalho produz, já que desempenhava uma função isolado processo global de fabricação de um determinado bem material. Segundo Marx, o operário recebia um salário tão baixo que nem ao menos dava para adquirir aquilo que passou dias produzindo na esteira fabril. Esta diferença entre o valor final do produto e o valor da força de trabalho do operário é denominada de mais valia por Marx.

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