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SISTEMA DE ENSINO
PROVA 
DISCURSIVA
Dissertação para o Cebraspe
Livro Eletrônico
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Dissertação para o Cebraspe
PROVA DISCURSIVA
Gustavo Silva
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 5
Dissertação para o Cebraspe ....................................................................................................... 6
Uso da Letra na Redação ............................................................................................................... 6
Letra Cursiva .................................................................................................................................... 6
Letra de Forma ................................................................................................................................ 6
Letra Mista ....................................................................................................................................... 7
Principais Erros Ortográficos ....................................................................................................... 7
Agente – A gente ............................................................................................................................. 8
Mas – Mais ....................................................................................................................................... 8
Eu – MIM ........................................................................................................................................... 9
As Vezes – Às Vezes ........................................................................................................................ 9
J – G .................................................................................................................................................. 10
S – Z .................................................................................................................................................. 10
CH – X ............................................................................................................................................... 10
E – I .................................................................................................................................................... 11
Sessão – Seção – Cessão ............................................................................................................. 11
Nada Haver – Nada a Ver ..............................................................................................................12
Menos – Menas ..............................................................................................................................12
Meio – Meia .....................................................................................................................................12
Seja – Seje ........................................................................................................................................12
Mal – Mau ........................................................................................................................................12
Inserção de Letras .........................................................................................................................13
Supressão de Letras ......................................................................................................................13
Posição Incorreta de Letras .........................................................................................................13
Acentuação ......................................................................................................................................13
Uso do Hífen ................................................................................................................................... 14
Parônimos e Homônimos .............................................................................................................15
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Coesão e Coerência ........................................................................................................................16
Coesão ..............................................................................................................................................16
Coerência .........................................................................................................................................19
O que é Dissertação? .....................................................................................................................19
O Que é Tipologia Textual? ..........................................................................................................20
Narração .........................................................................................................................................20
Injunção ........................................................................................................................................... 22
Gêneros Descritivos ..................................................................................................................... 22
O Que é a Dissertação no Âmbito das Provas Discursivas de Concursos Públicos? ...... 25
Estrutura da Tipologia Dissertativa.......................................................................................... 25
Divisão em Parágrafos ................................................................................................................. 26
Redação Expositiva ...................................................................................................................... 30
Cabeçalho/Instruções ...................................................................................................................31
Textos Motivadores ...................................................................................................................... 32
Tema e Aspectos de Desenvolvimento Obrigatório ............................................................... 32
Redação Argumentativa .............................................................................................................. 35
Características da Redação Argumentativa ............................................................................ 35
Exemplos de Redação .................................................................................................................. 37
Tema – Brasil e Liberdade de Expressão .................................................................................38
Passo a Passo da Produção Textual .......................................................................................... 58
1ª Etapa – Conferência do Edital ................................................................................................ 59
2ª Etapa – Leitura do Cabeçalho da Prova de Redação ........................................................60
3ª Etapa – Leitura dos Textos Motivadores .............................................................................61
4ª Etapa – Interpretação do Tema ............................................................................................ 62
5ª Etapa – Fazer o Brainstorm ................................................................................................... 63
6ª Etapa – Organizar o Conteúdo Anotado ..............................................................................63
7ª Etapa – Elaboração de Mapa .................................................................................................64
8ª Etapa – Fazer o Rascunho ...................................................................................................... 65
9ª Etapa – Leitura do Texto ......................................................................................................... 66
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10ª – Escrever na Folha de Texto Definitivo ............................................................................ 67
Principais Erros da Redação ....................................................................................................... 69
Não Atendimento à Tipologia Textual ...................................................................................... 69
Fuga ao Tema ................................................................................................................................. 69
Texto Desorganizado .................................................................................................................... 70
Ilegibilidade .................................................................................................................................... 70
Rasura...............................................................................................................................................71
Identificação do Candidato ..........................................................................................................71
Não Apresentou Ponto de Vista ..................................................................................................71
Desrespeito aos Direitos Humanos ........................................................................................... 72
Falta de Leitura de Conferência ................................................................................................. 72
Pontuação ....................................................................................................................................... 72
Acentuação ..................................................................................................................................... 73
Truncamentos Sintáticos ............................................................................................................ 73
Cópia dos Textos Motivadores ................................................................................................... 73
Fazer Redação com Tom Pessoal ............................................................................................... 74
Oralidade......................................................................................................................................... 74
Estrangeirismos ............................................................................................................................ 74
Gerundismos .................................................................................................................................. 75
Conclusão ....................................................................................................................................... 75
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Gustavo Silva
ApresentAção
Fala, servidor!
Sou o professor Gustavo Silva – professor da SEDF e do Gran Cursos On-line. Estou aqui 
para ajudá-lo a redigir um texto de absoluta excelência para a prova.
Para isso, vamos, a priori, conhecer o edital.
9 DA PROVA DISCURSIVA
9.1 A prova discursiva consistirá de peça prática acerca dos conhecimentos específicos 
para o cargo, com a valor de 20,00 pontos, a ser respondida em até 60 linhas.
9.2 A prova discursiva para os cargos 2 a 17 constará de dissertação acerca de tema da 
atualidade, com o valor de 15,00 pontos, a ser respondida em até 30 linhas.
Comentário: espere, portanto, um tema geopolítico e/ou voltado para a segurança pública.
9.3 A prova discursiva será avaliada e pontuada segundo os critérios estabelecidos no su-
bitem 9.8 deste edital.
9.4 O texto definitivo da prova discursiva deverá ser manuscrito, em letra legível, com ca-
neta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, não sendo permitida a 
interferência ou a participação de outras pessoas, salvo em caso de candidato a quem tenha 
sido deferido atendimento especial para a realização das provas. Nesse caso, o candidato 
será acompanhado por aplicador especializado do Cebraspe devidamente treinado, para o qual 
deverá ditar o texto — o qual será gravado em áudio —, especificando oralmente a grafia das 
palavras e os sinais gráficos de pontuação.
9.5 O documento de texto definitivo da prova discursiva não poderá ser assinado, rubricado 
ou conter, em outro local que não o apropriado, qualquer palavra ou marca que identifique o 
candidato, sob pena de anulação da prova discursiva...
Resumindo: será cobrada a estrutura básica da dissertação!
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DISSERTAÇÃO PARA O CEBRASPE
Uso dA LetrA nA redAção
As provas discursivas são escritas à mão, logo, a sua caligrafia é importante nesse proces-
so. É possível fazer uma redação com letra cursiva, letra de forma e letra mista, e é fundamen-
tal que todas sejam legíveis, bem como a apresentação do seu texto seja clara, sem rasuras, 
com respeito às margens da folha de texto definitivo, haja sinalização de parágrafos e clara 
diferenciação de letras maiúsculas das letras minúsculas.
Para saber exatamente do que estamos falando, conheça a seguir as três formas de letras 
aceitas em provas discursivas.
Caso o edital ou a prova determine algum tipo específico de letra, neste caso, você deve seguir 
as instruções estabelecidas! Caso contrário, escreva com a letra que possui mais segurança e 
que for mais legível
LetrA CUrsivA
A letra cursiva é aquela que aprendemos no processo de alfabetização, em que cada letra é 
ligada à outra. Na cursiva, há clara distinção entre letras maiúsculas e letras minúsculas, a qual 
deve ser apresentada em sua redação.
LetrA de FormA
Também conhecida como letra de imprensa, a letra de forma é aquela primeira que apren-
demos ainda na pré-escola, na qual as letras não estão ligadas umas às outras. Aqui também 
há distinção entre letras maiúsculas e letras minúsculas, e o candidato deve apresentar sem-
pre a correta distinção.
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LetrA mistA
A letramista ocorre quando o candidato escreve fazendo uso de caracteres cursivos e de 
forma, misturando algumas letras desses diferentes alfabetos. Para não parecer que não há 
distinção entre maiúsculas e minúsculas neste uso, caso o candidato não recorra claramente 
a uma letra maiúscula, ele deve recorrer a alguma forma de diferenciação entre ambas, por 
exemplo, apresentando as maiúsculas em tamanho maior que o das minúsculas. Contudo, 
fique sempre atento em apresentar uma letra legível, clara e sem ambiguidades, pois isso é o 
mais importante de quaisquer fontes utilizadas.
Importante!
Não se esqueça de diferenciar as letras e iniciais maiúsculas das minúsculas, pois isso é 
caracterizado como erro de grafia!
prinCipAis erros ortográFiCos
No momento de escrever uma redação, pelo nervosismo da prova, é comum cometermos 
alguns deslizes ortográficos e, algumas vezes, percebemos no mesmo instante, outros, ape-
nas quando vamos conferir nosso texto e ficamos chocados com tais ocorrências. Porém, em 
muitos casos, os erros cometidos são realmente por desconhecimento e, neste caso, é neces-
sário que o candidato se prepare e estude muito para não estar despreparado no momento de 
escrever uma redação, afinal, cada erro cometido é descontado em sua nota, o que faz com 
que a sua falta de prática o prejudique no resultado final.
A ortografia é o conjunto de regras estabelecidas pela Gramática Normativa que aborda 
a forma correta das palavras e dos sinais gráficos de acentuação, os quais caracterizam vo-
gais tônicas, fechadas ou abertas. Ela aborda também sinais fonológicos, como a crase, e de 
pontuação, que são utilizados para esclarecer as funções sintáticas dos termos na oração, de 
acordo com suas funções e etc. Vejamos a seguir os principais erros ortográficos cometidos 
pelos candidatos em suas redações, bem como as explicações referentes a cada um.
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Agente – A gente
Este é um clássico erro de ortografia que já se tornou até mesmo uma piada entre os 
estudantes!
(domínio público)
Pela ilustração apresentada acima, que tem a intenção de abordar de forma engraçada 
este frequente erro, já é possível entendermos a distinção entre ambos, bem como utilizá-la 
para gravarmos e não nos esquecermos mais.
A palavra ‘agente’ significa, de acordo com o Dicionário Priberam, aquele que opera ou tem 
ação (disponível em: https://dicionario.priberam.org/agente. Acesso em 16-07-2021).
Exemplo: O agente designado para aquela missão foi vitorioso.
Já ‘a gente’ é uma locução informal, ou seja, da língua oral, com a junção do termo oral do 
pronome pessoal ‘nós’ e do termo que que designa o grupo em que se integra quem fala. Por-
tanto, ambas as ocorrências possuem significados diferentes e ‘a gente’ deve ser evitado em 
sua redação, pelo fato de ser um vocábulo oral.
Exemplo: A gente pode dividir o Uber para a faculdade.
mAs – mAis
Este erro também é recordista em redações de concursos. ‘Mas’ é uma conjunção coor-
denativa adversativa, ou seja, é sinônima de ‘contudo, porém, todavia, no entanto, entretanto, 
apesar disso, ainda assim, não obstante, nada obstante, sem embargo’.
Exemplo: A aula foi adiantada, mas os alunos não foram avisados.
Já ‘mais’ é um advérbio de intensidade e é sinônimo de ‘em maior quantidade, em maior 
número, com maior intensidade’.
Exemplo: Ela estuda cada vez mais esse assunto.
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https://dicionario.priberam.org/agente
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eU – mim
O uso de pronomes é também frequentemente confundido pelos concurseiros desatentos, 
porém, não será mais o seu caso.
‘Eu’ é um pronome pessoal do caso reto e sua função na oração é de sujeito.
Exemplo: Eu preciso terminar o simulado hoje.
Já ‘mim’ é um pronome pessoal do caso oblíquo e sua função na oração é de objeto indire-
to, por vir precedido de uma preposição.
Exemplo: Ela trouxe esta gramática para mim.
Desse modo, suas funções sintáticas são distintas e a confusão ocorre principalmente 
antes de verbos no infinitivo. Veja os exemplos a seguir:
Exemplo: Este livro é para eu ler.
Veja que ‘eu’ é o sujeito do verbo ‘ler’, portanto, deve ser empregado o pronome pessoal do 
caso reto. Logo, aquela antiga prática de dizer “mim gosta de dançar” está incorreta, uma vez 
que ‘mim’ não pode ser utilizado como sujeito, apenas como objeto.
As vezes – Às vezes
Esta locução adverbial também é campeã na insegurança dos concurseiros no momento 
de escrever. Um fator é responsável por todo esse medo: a crase. Sempre que vamos fazer uso 
de uma crase, a insegurança paralisa nosso pensamento, o que é terrível na hora de escrever. 
Desse modo, para que você não passe por isso novamente, já memorize que ‘as vezes’ está in-
correto, e esta expressão sempre deve ser grafada com crase! Para melhor memorizar, confira 
a tirinha apresentada a seguir.
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J – g
O uso equivocado da consoante ‘j’ pela ‘g’ também é muito frequente. Isso ocorre porque 
as consoantes apresentam o mesmo fonema quando formam sílabas com as vogais ‘i’ e ‘e’. 
Veja a seguir alguns exemplos:
• viagem – não ‘viajem’.
• longe - não lonje;
• exigir - não exijir;
• gesto - não jesto;
• dirigir - não dirijir.
s – z
Esta também é uma troca frequente de consoantes, e ocorre quando a consoante ‘s’ está 
entre duas vogais, e, assim, ela assume o som de ‘z’. Algumas das principais ocorrências são:
• paralisar - não paralizar;
• atrasado - não atrazado;
• pesquisa - não pesquiza;
• quiseram - não quiseram;
• análise - não análise.
Por outro lado, entre os casos mais frequentes de confusão de ‘z’ por ‘s’ estão:
• azia (e não asia);
• gentileza (e não gentilesa);
• deslize (e não deslise).
CH – X
Esta troca entre o dígrafo ‘ch’ e a consoante ‘x’ também ocorre com frequência pelo fato de 
o ‘x’ ter som de ‘ch’ no início e no meio de palavras. Veja a seguir os principais exemplos:
• xingar - não chingar);
• Mexer - não mecher;
• enxergar - não enchergar;
• puxar - não puchar.
E o contrário ocorre com frequência nos seguintes casos:
• encher - não enxer;
• inchado - não inxado.
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e – i
Entre as vogais mais frequentes de sofrerem trocas estão ‘e’ e ‘i’ pelo fato de a pronúncia, 
em alguns casos, ser muito parecida. Veja a seguir os principais casos:
• empecilho - não impecilho;
• entrevista - não intrevista;
• desvio - não disvio.
Já troca por ‘i’ ocorre em:
• privilégio - não previlégio;• incomodar - não encomodar;
• possui - não possue;
• contribui - não contribue.
Fique atento aos casos de trocas de letras que mais ocorrem em suas redações e memorize-
-os de uma vez por todas!
sessão – seção – Cessão
Agora ficou bem confuso! Mas vamos memorizar e aprender cada um dos tipos 
apresentados!
O termo ‘sessão’ é um substantivo feminino que indica o tempo de duração de uma reunião, 
espetáculo, consulta etc.
Exemplo: A sessão Extraordinária acabou de ser encerrada.
O termo ‘seção’ é também um substantivo feminino o qual deriva do verbo ‘secionar’, ou 
seja, significa dividir em partes. Desse modo, é utilizado para indicar partes de uma repartição, 
de um artigo, de uma obra etc.
Exemplo: A seção da prova de Português foi a mais difícil.
O termo ‘cessão’ é também um substantivo feminino o qual deriva do verbo ‘ceder’, para 
gravar, memorize que é por isso que ele começa com a letra ‘c’. É utilizado, então, para indicar 
a transferência de algo para alguém.
Exemplo: A cessão de recursos para este setor foi aceita.
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nAdA HAver – nAdA A ver
Este erro é muito comum e grave, portanto, memorize de uma vez. A expressão correta é 
‘nada a ver’ e é sinônima de ‘ter relação com’.
Exemplo: Nada a ver este comentário que você fez.
Outra expressão parecida que também é usada de forma incorreta é ‘nada tem haver’, e, 
novamente, a forma correta é ‘nada tem a ver’.
Exemplo: A atual economia nada tem a ver com aquela planejada.
DICA
Memorize: nada a ver escrever ‘nada haver’.
menos – menAs
Acho que este erro comum todos sabem: ‘menas’ não existe! Não começa a ‘tentação’ de 
fazer o ‘menos’ concordar com o substantivo.
Exemplo: O novo pacote político exige menos tarifas bancárias.
meio – meiA
Este caso tem uma particularidade, pois ‘meio’ pode ser um advérbio ou um adjetivo. Des-
se modo, quando advérbio, e como todo advérbio, é invariável, portanto, só existe o advérbio 
‘meio’, não ‘meia’, e possui o significado de ‘um pouco, mais ou menos’:
Exemplo: A candidata estava meio nervosa.
Como adjetivo, tem o significado de ‘metade’ e concorda com o substantivo ao qual se refere:
Exemplo: A votação começará às sete e meia da manhã.
Ou seja, a votação começará às sete horas + meia hora = sete e meia.
seJA – seJe
Aqui também você, que é um concurseiro dedicado, já memorizou que ‘seje’ não existe no 
Português! Não se deixe confundir!
Exemplo: Que ela seja bem-vinda a esta equipe.
mAL – mAU
Para não confundir mais, memorize que ‘mal’ é o antônimo de ‘bem’.
Exemplo: As demandas foram mal resolvidas.
Já ‘mau’ é o antônimo de ‘bom’:
Exemplo: Ele deu um mau exemplo para os candidatos.
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inserção de LetrAs
Alguns termos são frequentemente grafados de forma incorreta por ocorrer a inserção de 
letras na palavra, principalmente quando ocorrem consoantes mudas na sílaba. Veja a seguir 
alguns desses principais termos:
• advogado - não adevogado;
• beneficente - não beneficiente;
• amnésia - não aminésia;
• absurdo - não abisurdo;
• idolatrada - não idrolatrada.
sUpressão de LetrAs
Um erro comum também é a retirada de letras, que ocorre principalmente com as consoan-
tes ‘r’ e ‘s’. Veja a seguir exemplos:
• perturbar - não pertubar;
• prostração - não prostação;
• retrógrado - não retrógado;
• propriedade - não propriedade.
posição inCorretA de LetrAs
Este erro também é frequente principalmente com as consoantes ‘r’ e ‘s’:
• muçulmano - não mulçumano;
• meteorologia- não metereologia;
• entretido - não entertido;
• supérfluo - não supérfulo).
ACentUAção
Agora chegamos ao ponto recordista de erros ortográficos, que é a acentuação. Aqui há 
uma infinidade de formas de errar: não colocar o acento; colocar acento onde não há; ou colo-
car acento na sílaba incorreta. Por isso, é muito importante conhecer as principais regras de 
acentuação gráfica, para que não incorra em constantes erros que serão descontados em sua 
redação. Observe a seguir as principais regras de acentuação do Português:
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Proparoxítona
Proparoxítonas são as palavras em que a antepenúltima sílaba é a tônica e todas são 
acentuadas.
Exemplos: flácido; dúvida.
Paroxítona
Paroxítona são as palavras em que a penúltima sílaba é a tônica e será acentuada se termi-
nada em -r, -l, -n. –x; -ps, -ã, -ão, -um; -uns, om, -ons, -us, i, -is, ei, - eis:
Exemplos: caráter; fóssil; lúmen; tórax; bíceps; órfã; bênção; fórum; álbuns; prótons; vênus; 
júri; grátis; pônei; amásseis.
Oxítona
Oxítona são as palavras em que a última sílaba é a tônica e será acentuada se terminada 
em -a; -e; -o; -em; e -ens; -éu; éi; -ói (seguidos ou não de ‘s’:
Exemplos: crachá; pajé; após; além; conténs; véus; sóis; anéis.
Fique atento às alterações que ocorreram no Português trazidas pelo Novo Acordo Ortográfi-
co! É fundamental que você domine essas regras o quanto antes!
Uso do HíFen
O uso do hífen também sofreu alterações com a implementação do Novo Acordo Ortográ-
fico e, por isso, fez com que muitos candidatos se atrapalhassem em seu uso. Para que isso 
não aconteça com você, veja agora as principais regras do uso do hífen.
Regra 1
Não utilize hífen nos vocábulos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o se-
gundo elemento começa por vogal diferente, ou seja, são letras diferentes que se juntam. Veja 
a seguir os exemplos:
Exemplos: autoajuda; semiárido; contraindicação.
Regra 2
Utilize hífen nos vocábulos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segun-
do elemento começa por vogal igual, ou seja, são letras iguais que se juntam. Veja a seguir 
os exemplos:
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Exemplos: anti-inflamatório; micro-ondas.
A exceção a esta regra ocorre quando os prefixos átonos co-, pre-, re- e pro- se juntam a 
palavras que começam com a mesma vogal:
Exemplos: reescrever; coordenar.
Regra 3
Não utilize hífen em compostos em que se perdeu a noção de composição.
Exemplos: paraquedista; mandachuva.
A exceção a esta regra são as espécies botânicas e zoológicas, que virão apresentadas 
por hífen:
Exemplos: bem-te-vi; couve-flor.
DICA
Faça muitos exercícios de hífen para memorizar os termos que 
você mais tem dificuldade de gravar.
pArônimos e Homônimos
O uso incorreto e equivocado de uma palavra por outra, seja porque se parecem, seja por-
que se escreve de forma próxima, é também um erro recorrente em redações. Paraisso, conhe-
ça as palavras parônimas e as palavras homônimas.
Parônimos
Os parônimos são palavras que possuem significados diferentes, mas são parecidas na 
pronúncia e na escrita.
• cumprimento e comprimento;
• iminente e eminente;
• tráfego e tráfico;
• retificar e ratificar;
• estofar e estufar.
Desse modo, o uso equivocado de uma pela outra interfere na semântica do texto, e, por 
isso, é um erro a ser evitado.
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PROVA DISCURSIVA
Gustavo Silva
Homônimos
Homônimos são palavras que possuem significados diferentes, mas possuem a sonorida-
de e a grafia iguais ou parecidas.
• acento e assento;
• houve e ouve;
• alto e auto;
• concerto e conserto;
• trás e traz.
DICA
Para ter uma boa redação, dedique-se à gramática e peça aju-
da ao seu professor!
Coesão e CoerênCiA
Chegamos a um conteúdo da redação que é fundamental tanto para a parte gramatical do 
seu texto quanto para a boa compreensão deste, por meio de organização das ideias, elemen-
tos coesivos, estrutura correta etc.
Coesão
Coesão é a ligação estabelecida entre os elementos do texto a qual assegura a relação 
entre palavras, frases, orações e períodos, e que, deste modo, estabelece também relações 
de sentido.
Desse modo, alguns elementos que contribuem para a coesão e são responsáveis por essa 
articulação são artigos, advérbios, pronomes, conjunções e preposições. Alguns dos principais 
tipos de coesão aos quais você deve recorrer são:
Coesão Referencial
Na coesão referencial, para evitar a repetência de um termo, o que torna o texto repetitivo, 
prolixo e redundante, você utilizará outros termos para recuperar o termo original ao qual se 
refere. Para isso, o Português apresenta muitas classes gramaticais que possibilitam tal recur-
so, veja a seguir.
1. Artigos
Os artigos podem ser empregados para recuperar um termo já utilizado.
Exemplo: Os termos de acordo foram assinados, entregue-os ao seu destinatário.
2. Advérbios
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É possível recuperar também por meio de advérbios.
Exemplo: Este país precisa de novas economias, pois, aqui, está difícil sobreviver.
3. Pronomes
Para não repetir o mesmo termo, utilize pronomes para recuperá-lo. Atente-se para as re-
gras de concordância e confira se estão corretos o plural e o gênero.
Exemplo: A agência fechará concorda com o contrato estipulado. Ela aceita o contrato.
4. Sinônimos
Um termo semelhante ao outro também contribui para que não seja necessário repeti-lo, 
isto pode ser feito por meio de sinônimos.
Exemplo: O Senado Federal transmite suas reuniões. O órgão preza pela transparência.
5. Hipônimos
São palavras de sentido específico, ou seja, de sentido menor (gênero).
Exemplo: A fruta vermelha é excelente em exportação. O morango foi recordista do ano.
6. Hiperônimo
São palavras de sentido amplo que indicam um conjunto abrangente de elementos “gêne-
ros”. Esses gêneros têm unidades menores, as “espécies”, que fazem parte daquele conjunto 
maior (hipônimos).
Exemplo: A Covid-19 mudou o mundo desde sua ocorrência. A doença alterou os valores 
da humanidade.
Coesão Sequencial
A coesão sequencial está presente nas relações semânticas estabelecidas por meio dos 
conectores textuais, ou elementos coesivos. Eles podem estabelecer vários tipos de relações: 
adição, contraste, condição, causa, finalidade, entre outras.
Exemplos: Apesar de já ter iniciado o programa estrutural, ainda não existem novas obras 
concluídas.
Ela é formada em licenciatura, portanto, pode ministrar aulas na área.
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Confira a seguir uma tabela de conjunções que enriquecerão seu texto, bem como a coe-
são e a coerência da sua escrita:
Intenção, finalidade, 
propósito
Com a finalidade de; a fim de; para que; com o fim de; 
intencionalmente.
Lugar
Mais adiante; junto a; próximo a; perto de; longe de; além 
de.
Oposição, contraste
Exceto por; por outro lado; em contraste com; pelo 
contrário.
Resumo
Em conclusão; recapitulando; em resumo; enfim; em 
suma; em síntese.
Causa e consequência
Assim; por consequência; por isso; em virtude de; como 
resultado; com efeito; por conseguinte; de fato.
Ênfase, certeza Sem dúvida; decerto; inegavelmente; com certeza.
Tempo
Por fim; enfim; finalmente; antes; logo após; ao mesmo 
tempo; atualmente; enquanto isso; frequentemente.
Dúvida Possivelmente; provavelmente; é provável que.
Comparação, 
semelhança
Da mesma forma; por analogia; de acordo com; assim 
também; igualmente.
Prioridade Em primeiro lugar; antes de mais nada; primeiramente.
Adição Ainda mais; além disso; ademais.
Coesão por Omissão
Este tipo de coesão recorre a uma figura de linguagem, a elipse, que consiste na omissão 
do termo que seria repetido.
Exemplo: Os materiais foram entregues. Também já foram distribuídos para os alunos.
Veja que não houve a repetência no termo ‘os materiais’, ele foi omitido da segunda oração.
Coesão Recorrencial
Há também a coesão recorrencial, que consiste na repetência do termo apresentado, po-
rém, ela não é adequada para a sua redação, pois a torna repetitiva, redundante e sem conci-
são, e é mais recorrente em textos literários.
Exemplo: O tempo passou, passou.
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CoerênCiA
Coerência é o resultado dessas ligações relacionado ao conteúdo do texto, ou seja, é a 
linha de pensamento que perpassa o texto e que possibilita melhor entendimento ao leitor.
Para ter uma boa coerência textual, você deve:
• Prezar pela clareza, pela objetividade e pela concisão, ou seja, não escrever o que não 
contribuir para o texto;
• Estabelecer qual será a linha de raciocínio do seu texto, que será encadeada por pensa-
mentos lógicos;
• Estrutura corretamente as ideias do seu texto, com as principais e as secundárias;
• Apresentar informações suficientes sobre o seu argumento;
• Interligar os argumentos e fatos que deseja estabelecer relação;
• Dar ênfase para aquelas que são mais fundamentais;
• Demonstrar domínio sobre seus argumentos.
Já em relação aos pontos que você deve evitar, alguns deles são:
• Ser prolixo, redundante e desnecessário nas palavras;
• Apresentar informações contraditórias dentro do texto ou em relação ao argumento que 
deseja abordar;
• Apresentar termos longos e confusos que dificultem a compreensão;
• Usar palavras muito rebuscadas que não favoreçam a sua argumentação;
• Utilizar jargões, estrangeirismos e argumentos e frases clichês.
Veja que a coerência nada maisé do que fazer um texto com bom senso, sem falar demais, 
sem recorrer a elementos clichês que não são originais, utilizando elementos coesivos, escre-
vendo com clareza e de forma organizada. Por isso, a redação deve ser sempre praticada, para 
que você não se esqueça desses pontos fundamentais.
o qUe é dissertAção?
Chegamos a um ponto crucial do seu estudo, que é o entendimento do que é a dissertação. 
Mas, para chegarmos a este ponto, precisamos conhecer e ter conhecimento dos gêneros tex-
tuais existentes. Para isso, vamos conhecer agora os tipos textuais, que são:
• Narrativo
• Descrito
• Expositivo
• Dissertativo/argumentativo
• Injuntivo
São classificados conforme as características comuns que os textos apresentam em rela-
ção à linguagem e ao contexto.
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o qUe é tipoLogiA teXtUAL?
Tipologia textual é a linguagem do texto, a qual está dividida entre quatro principais 
tipologias:
nArrAção
A tipologia narrativa predomina em textos que têm a finalidade de contar uma história. 
Atente-se para a palavra “predominância”, pois, na verdade, esta palavra indica a finalidade do 
texto, e ele pode apresentar outras tipologias, porém, uma predomina – aquela que está rela-
cionada à finalidade do texto.
Características da Tipologia Narrativa
1. Verbos
Em uma narrativa, observe os verbos: eles serão predominantemente apresentados no pre-
térito – pretérito perfeito; pretérito imperfeito; e pretérito mais-que-perfeito.
• As terminações verbais do pretérito perfeito são:
Exemplo: vivi; falei; ouvi.
• As terminações verbais do pretérito perfeito são:
Exemplo: falava; sorria; era; tinha.
• A terminação verbal do pretérito mais-que-perfeito é:
Exemplo: vivera.
2. Estrutura narrativa
A narrativa possui uma estrutura muito característica, a qual está apresentada a seguir:
• Introdução
• Situação conflitante
• Desenvolvimento
• Clímax
• Desfexo
3. Enredo
O enredo é como se desenvolve a narrativa, que se inicia pela exposição da situação, con-
textualizada em um tempo e um espaço, e com personagens definidos. A partir disso, não 
narrados os fatos e ocorre um clímax na história, o qual a encaminha para a finalização. Desse 
modo, ocorre o desfecho, que é a conclusão do enredo. Há casos também em que se inicia 
pelo desfecho, por isso o enredo pode ser apresentado de diferentes formas.
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4. Personagens
Na narração, há os personagens principais, que são os protagonistas, e os secundários, 
que contribuem para o desenrolar da história.
5. Tempo
O tempo é a duração das ações da narrativa e desenrolar da história. Ele pode ser cronoló-
gico, quando se trata de acontecimentos marcados por uma sequência, ou pode ser psicológi-
co, quando se refere às lembranças e vivências das personagens.
6. Espaço
É o local onde se passa a narrativa, que pode ser um espaço físico, um espaço social ou 
psicológico.
7. Narrador
É quem conta a história, que pode ser um narrador observador (que não participa da histó-
ria), um narrador personagem (que participa da história), ou um narrador onisciente (que não 
participa da história, mas sabe de tudo sobre ela).
Gêneros Textuais Narrativos
Fique atento a esta próxima característica, pois, a partir do texto narrativo, você pode criar 
novos modelos de texto. Mas como assim? Veja o seguinte exemplo: ao contar uma história 
para seu filho, em que os personagens são animais e há uma lição a ser aprendida, você está 
utilizando uma narrativa com uma nova característica: a fábula! A este modelo de texto dá-se 
o nome de gêneros textuais narrativos, dentre os quais estão:
• crônica: gênero narrativo que aborda fatos do cotidiano em um texto curto.
• conto: texto curto escrito em prosa. Possui enredo, personagens, tempo e espaço.
• fábula: gênero narrativo que possui dois objetivos: lição de moral e presença de perso-
nagens animais.
• romance: possui elementos da narrativa e possui foco narrativo.
• novela: é um gênero narrativo que também possui elementos da narrativa e o seu enredo 
é desenvolvido de maneira sequencial, linear.
É necessário atentar-se para as diferenças entre os textos! Por exemplo, um texto que faz um 
relato histórico é dissertativo, e não narrativo. Então, relato histórico não é uma característica 
do gênero narrativo.
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Por isso é fundamental conhecer os gêneros textuais de modo que você não confunda suas 
características no momento de realizar uma redação, até mesmo quando for realizar as ques-
tões de Português de sua prova!
O uso incorreto de uma tipologia por outra é avaliado como ‘não atendimento à tipologia textu-
al’, o que leva o seu texto a ser diretamente eliminado!
inJUnção
Esta tipologia caracteriza o texto que tem a finalidade de aconselhar, de orientar o leitor a 
respeito de determinado procedimento.
Características da Tipologia Injuntiva
1. Verbo
Aqui também os verbos darão dicas preciosas sobre a tipologia textual. Observe o verbo: 
ele se encontra no modo imperativo. Existem em Português três modos verbais:
• indicativo: tempo certo.
Exemplo: Ela está estudando na sala da faculdade.
• subjuntivo: indica dúvida.
Exemplo: Talvez ela leve o material
• imperativo: indica ordem.
Exemplo: Estude Língua Portuguesa – verbo no imperativo.
Gêneros Textuais Injuntivos
Além do verbo, podemos destacar os gêneros injuntivos, quais são:
• bula de remédio: visa orientar, dar uma ordem.
• receita de bolo: visa dar um passo a passo.
• manual de instrução: visa instruir sobre como fazer algo.
• propaganda: objetiva levar o leitor a realizar uma ação.
gêneros desCritivos
Os textos descritivos apresentam como característica a habilidade de descrever algo ou 
alguém de forma minuciosa, de forma a criar uma imagem do elemento descrito. Para isso, o 
autor pode recorrer ao uso recorrente de adjetivos, advérbios, ou a figuras de linguagem como 
comparações e metáforas.
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Gêneros Textuais Descritivos
Alguns exemplos de textos descritivos são:
• diários: descrevem o dia a dia de alguém, bem como seus sentimentos e emoções.
• relatos: descrevem passagens que se queira compartilhar.
• biografia: descreve a vida de uma pessoa.
• autobiografia: o autor descreve a própria vida.
• currículo: descreve as especializações e formações de um indivíduo.
• lista de compras: descreve itens a serem adquiridos.
• cardápio: descreve os elementosque compõem um prato, bem como sua forma de pre-
paração.
• anúncio de classificados: descreve os produtos a serem divulgados.
Agora que você conhece os principais gêneros e pode já ter uma ideia bem definida tanto 
dos tipos textuais quanto dos mais diferentes gêneros, fique atento ao que será apresentado 
a seguir, pois toda esta recapitulação tem o objetivo de facilitar sua compreensão sobre o 
texto dissertativo!
Dissertativo
O gênero textual dissertativo caracteriza os textos que apresentam um assunto apresen-
tando ponto de vista, transmitindo conhecimento e análises e argumentos que sustentem o 
ponto de vista que se pretende defender. Como elementos para sustentar este ponto de vista 
estão fatos, dados, exemplos, estatísticas, citações, pesquisas, artigos de jornais etc.
O gênero dissertativo se subdivide em outros dois: o dissertativo expositivo e o dissertativo 
argumentativo.
• Dissertativos expositivos
O texto dissertativo-expositivo busca expor um ponto de vista sem a necessidade de con-
vencer o leitor, pois sua finalidade principal é a de informar, esclarecer por meio da exposição 
de um assunto, apresentar ideias, conhecimentos e pontos de vista de forma clara e concisa.
Alguns exemplos de textos são:
− Reportagem: apresenta e relaciona os fatos de um assunto sobre o qual se investiga.
− Resumo: resume de forma clara e concisa uma obra, um livro, uma pesquisa, um filme etc.
− Entrevistas: apresenta e relaciona perguntas e respostas sobre alguém ou algum trabalho.
− Seminário: apresenta um assunto definido abordado por diferentes pontos de vista e 
apresentadores.
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• Dissertativos argumentativos
O texto dissertativo-argumentativo apresenta um ponto de vista com o claro objetivo de 
convencer o leitor a ser persuadido pela ideia defendida. Alguns dos principais são:
− Editorial: texto geralmente apresentado no início de revistas, jornais etc. pelo qual 
se expressa a opinião daquela publicação, falando, portanto, em nome coletivo. Sua 
linguagem tende a ser formal, embora acompanhe a expectativa do público leitor, e 
apresenta uma característica opinativa.
− Carta de opinião: é um texto publicado geralmente em jornais, blogs e revistas e que 
tem como função apresentar e defender um ponto de vista sobre algum assunto rele-
vante para a sociedade.
− Resenha: é um texto que consiste em um resumo comentado e opinativo sobre deter-
minada obra ou trecho dela.
− Artigo científico: é um gênero textual que tem o objetivo de apresentar publicamente 
os resultados originais de uma pesquisa.
− Ensaio: é um texto opinativo que apresenta tentativas de reflexão crítica e subjetiva 
(a partir de um ponto de vista pessoal) em um fluxo de ideias. É muito solicitado no 
meio acadêmico.
DICA
As bancas buscam cobrar as tipologias textuais tentando con-
fundir você, concurseiro, com elementos que os diferentes ti-
pos possuem em comum. Por exemplo, é frequente a banca 
buscar confundi-lo apresentando o que há de comum entre a 
narrativa e a dissertação a fim de fazê-lo se perder entre os 
elementos de cada tipologia! Fique atento!
Um texto pode ter alguns elementos de outras tipologias, mas 
deve predominantemente se enquadrar naquela que foi pedida 
na sua prova!
Por exemplo, em uma dissertação, ao descrevermos um fato 
histórico para embasar nossa argumentação, poderemos es-
tar narrando o fato, contudo, o texto deve, em sua maior parte, 
ainda ser dissertativo!
Agora que vimos todos as tipologias textuais, retornemos à nossa pergunta:
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o qUe é A dissertAção no Âmbito dAs provAs disCUrsivAs de ConCUrsos 
púbLiCos?
Diferentemente das questões de prova que você deve julgar entre diferentes alternativas ou 
em certo e errado, a questão discursiva deve ser escrita com suas próprias palavras a respeito do 
assunto apresentado no comando da prova em questão. Veja o que a banca Cebraspe, uma das 
maiores bancas de concurso do país, dispõe em um de seus editais a respeito da prova discursiva:
10 DA PROVA DISCURSIVA
10.1 A prova discursiva valerá 40,00 pontos e consistirá da redação de texto dissertativo, de até 30 
linhas, a respeito de temas relacionados aos objetos de avaliação.
(...)
10.3 O texto definitivo da prova discursiva deverá ser manuscrito, em letra legível, com caneta esfe-
rográfica de tinta preta fabricada em material transparente, não sendo permitida a interferência ou a 
participação de outras pessoas, salvo em caso de candidato a quem tenha sido deferido atendimen-
to especial para a realização das provas.
Este edital é apenas um caso exemplificativo, há outros com outras especificações, mas 
confira as principais informações!
Importante!
Você deve saber que cada concurso, cada banca e cada órgão possui suas especificações 
em seu edital, ou seja, algumas provas pedirão redação dissertativa, outras, redação expositi-
va, outras, estudos de caso, outras, 30 linhas, enquanto pedirão 20 linhas etc., isto é, você deve 
conferir cada edital para saber quais serão as especificações da sua prova escrita!
Então, o edital exige uma ‘redação de texto dissertativo’, especificamente de até 30 linhas, 
obviamente relacionada ao tema que for solicitado! Então, como fazer uma dissertação? A 
tipologia dissertativa possui uma estrutura clara, a qual está apresentada a seguir.
estrUtUrA dA tipoLogiA dissertAtivA
O texto dissertativo, mesmo aquele que contém 100 páginas ou a sua redação de 30 linhas, 
contém a seguinte estrutura:
• Introdução: nesta parte serão apresentados o assunto relacionado ao tema e a tese que 
será defendida no texto.
• Desenvolvimento: nesta parte do texto, são explorados os argumentos que sustentam a 
tese, os quais devem ser embasados com exemplos, citações, dados, notícias, fatos etc. 
a fim de comprovar e validar a tese.
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• Conclusão: nesta parte do texto, é realizado o desfecho do texto, sempre retomando à 
tese inicial. Em algumas redações, é solicitado na prova que sejam apresentadas solu-
ções viáveis propostas de intervenção, como ocorre, principalmente, no Exame Nacional 
do Ensino Médio, contudo, como foi dito, se for solicitado no comando de sua prova, 
você também deverá apresentar as propostas.
divisão em pArágrAFos
Para que seu texto seja claro em argumentação, intenção e organização das ideais, ele 
deve ser dividido em parágrafos de acordo com a estrutura da tipologia dissertativa. Portanto, 
uma forma organizada de fazer uma dissertação de 30 linhas (ou outro número de linhas), com 
bom atendimento da tipologia e clareza argumentativa é:
• Parágrafo de introdução: deve ser apresentada, de forma separada, no primeiro parágrafo.
• Parágrafos de desenvolvimento: apresente os argumentos centrais em parágrafos se-
parados, portanto, o número deparágrafos vai depender do número de linhas solicitado 
e de núcleo de argumentos que você deseja apresentar. Para uma dissertação de 30 
linhas, dois ou três parágrafos de desenvolvimento são ideais. Tenha em mente que o 
desenvolvimento é a parte principal de um texto dissertativo, portanto, destine a ele um 
número maior de linhas e parágrafos.
Não divida seus parágrafos em poucas linhas, pois isso prejudica o desenvolvimento dos seus 
argumentos. Faça uma média de seis a oito linhas por parágrafo, a depender do número de 
linhas solicitado no comando da prova, sempre prezando pela clareza, inserindo elementos de 
coesão e organizando uma ideia central/um eixo argumentativo por parágrafo!
• Parágrafo de conclusão: apresente a conclusão em um parágrafo separado destinado 
apenas para ela. Assim, caso sejam solicitadas também as propostas de intervenção, 
devem aqui ser apresentadas, de forma clara e objetiva.
Dicas para a Dissertação
Como você viu, a Dissertação embasa todo o seu desenvolvimento em fatos, notícias, leis, 
citações etc. a respeito de um determinado assunto solicitado na prova por meio do tema. Por-
tanto, é necessário se preparar para ter conteúdo para este tipo de prova, para que você, ao se 
deparar com o tema, não se encontre sem elementos para redigir o texto. Portanto, fique atento 
às dicas a seguir, que são essenciais para uma Dissertação.
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Seja objetivo em sua introdução
A introdução ditará todo o conteúdo do seu texto, portanto, se você fizer uma interpretação 
incorreta ou apontar para um caminho que não abordará em seu texto, ela estará desconexa 
do todo textual e isso causará problemas de coerência textual e argumentativa e se tornará um 
trecho que, além de não acrescentar nada, prejudica o seu texto. Logo, seja objetivo e delimite 
bem, de acordo com o que for solicitado no tema, o que você abordará dele e os argumentos 
que citará na introdução.
Confira as formas de cobrança das bancas
Como já abordamos aqui, cada edital, cada concurso e cada banca possuem suas particu-
laridades, desse modo, conferir as informações dispostas no edital do seu concurso é primor-
dial, pois, a partir delas, você terá o ponto de partida que guiará todo o seu treino de redações.
Um exemplo simples é o próprio número de linhas que cada banca solicita em seu edital, 
afinal, treinar uma redação de 15 linhas não é a mesma coisa que treinar uma redação de 40 
linhas, não é mesmo? Desse modo, se você estiver treinando de forma sem ter conhecimento 
do que está sendo cobrado em seu edital, corre o risco de estar fazendo algo que não será so-
licitado e, o que pode ser pior, estar despreparado na hora da sua prova!
Estude conhecimentos de atualidades e específicos do seu edital
Ao conferir discursivas anteriores, você verá que grande parte delas abordam temas de 
‘Atualidades’, que são assuntos pertinentes para a sociedade brasileira ou até mesmo a mun-
dial. Assim, assuntos relativos a segurança, transportes, política, economia, sociedade, educa-
ção, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável 
e ecologia são recorrentes nas provas e você deve estar informado sobre eles, contextualizan-
do-os com os debates atuais e apresentando informações confiáveis e seguras.
A depender do edital, você pode conferir que também, em muitos casos, são cobrados 
assuntos referentes ao conteúdo específico do cargo ao qual você está recorrendo, a fim de 
testar seu conhecimento para o exercício do cargo em questão. Desse modo, estudar todos os 
itens dispostos no edital é fundamental, e treinar redações sobre eles também.
Pratique redação escrevendo
Para alguns, infelizmente, para outros, felizmente, só há como praticar redação escreven-
do! Logo, estabeleça um cronograma de redação, assim como você possui para estudar as 
matérias que serão cobradas na prova objetiva. Entenda que a redação é uma matéria como 
qualquer outra, logo, exige estudo, exercício e escrita!
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Confira os motivos de reprovação nas discursivas
Para saber o que não errar em sua redação, confira redações anteriores analisando seus 
erros e acertos, de modo a conferir a pontuação atribuída a cada parte do texto, como intro-
dução, desenvolvimento e conclusão, e ao atendimento do tema que foi solicitado. Confira 
também seus principais erros ortográficos e sintáticos e busque, o mais rápido possível, enten-
dê-los para não os cometer mais!
Organize seu texto antes de escrever
Como também já vimos neste manual, a Dissertação preza pela concisão, objetividade e 
pertinência argumentativa, logo, ficar repetindo argumentos, não “sair do lugar”, escrever linhas 
sem objetivo ou relação com o restante do texto poderá fazer com que você escreva 30 linhas 
logo, porém, serão todas improdutivas e apenas lhe proporcionarão uma nota ruim.
Para fugir desse risco, organize seu texto antes de começar a escrever! Na própria folha 
de proposta de redação, você pode inserir palavras-chave dos argumentos que deseja desen-
volver, anotar os exemplos e dados que deseja apresentar e definir bem as linhas de raciocínio 
que abordará. Isso garantirá que você não incorra em fuga ao tema, apresente um texto desor-
ganizado e repita informações desnecessárias.
Confira provas anteriores
Ao começar seus estudos de redação para determinado concurso, confira como foram as 
provas anteriores do referido concurso! Isso facilitará a sua compreensão sobre o que deverá 
treinar, conhecerá os comandos apresentados na prova e terá uma base para começar a prati-
car sua discursiva.
Faça revisões de suas redações
Como também abordamos, insira em seu cronograma de estudos uma rotina de revisões 
das suas redações, para conferir se você não está repetindo os mesmos erros, fazendo es-
truturas incorretas, fugindo da tipologia textual ou do atendimento do tema, apresentando os 
mesmos desvios ortográficos e sintáticos. É necessário evoluir na prática de redação, por isso, 
sempre confira seus erros.
Atente-se para o enunciado da prova discursiva
Este é a dica mais importante para o início de uma discursiva: atente-se para o comando 
da prova. A leitura atenta deste trecho da prova pode mudar tudo em seu texto, desde fazê-lo 
zerar a prova e já ser eliminado a fazê-lo ter bons argumentos e ter uma nota diferenciada 
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Dissertação para o Cebraspe
PROVA DISCURSIVA
Gustavo Silva
em relação à nota dos seus concorrentes. Confira cada comandando dado, como número de 
linhas, tipologia cobrada, tema solicitado, se há tópicos obrigatórios, o que cada um deles está 
realmente pedindo que você aborde, se não há elementos nos textos motivadores que você 
esteja escrevendo de forma a parecer cópia etc.
Releia o enunciado da prova discursiva quantas vezes forem necessárias e só inicie a se-
paraçãode seus argumentos após ter certeza absoluta que está interpretando todos os seus 
comandos de forma correta!
Insira referências relevantes para o assunto solicitado
O uso de referências é fundamental para enriquecer a sua argumentação e proporcioná-lo 
uma nota diferenciada das demais. Contudo, não se deve inserir quaisquer referências, mas 
apenas aquelas que estiverem relacionadas ao tema solicitado, forem pertinentes para a dis-
cussão e forem confiáveis! O uso de referências demonstra que você é uma pessoa atualiza-
da, contextualizada com o assunto, tem conhecimentos mais aprofundados sobre ele e sabe 
interpretar bem a proposta.
Por exemplo, se uma proposta de redação solicita que você aborde a temática da obriga-
toriedade do Estado de oferecer educação a todos os cidadãos, uma referência relacionada ao 
tema, pertinente e de fonte confiável é a citação do artigo 205 da Constituição Federal de 1988, 
o qual assim dispõe:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada 
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Não seria adequado, por exemplo, inserir como exemplo a opinião de alguém sobre o as-
sunto, pois isso não é pertinente para o texto argumentativo, bem como essa fonte pessoal, em 
muitos casos, também não é confiável.
Provas no geral e, por isso, provas dissertativas, não são lugar de apresentar fake news! Tenha em 
mente que todas as informações que você citar em sua redação, você terá que informar a fonte 
delas, ou seja, em que revista, jornal, publicação científica etc. tal informação foi disponibilizada. 
Desse modo, você deve conferir se a informação que deseja apresentar é realmente verdadeira, 
caso contrário, você estará inserindo conteúdo falso e opiniões sem pertinência em seu texto, o 
que apenas o fará perder pontos, uma vez que você não está atendendo a um princípio básico da 
prova dissertativa, que é o uso de conteúdos verdadeiros e comprovados, apenas.
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Dissertação para o Cebraspe
PROVA DISCURSIVA
Gustavo Silva
redAção eXpositivA
Algumas bancas abordam diferentes tipologias textuais, como a Cebraspe, que possui, 
entre as principais dentro do dissertativo:
• dissertação expositiva com roteiro: proposta de caráter informativo que traz aspectos de 
desenvolvimento obrigatório juntamente com o tema. Não solicita a opinião do candidato.
• dissertação argumentativa com roteiro: proposta que solicita a opinião do candidato e 
apresenta aspectos de desenvolvimento obrigatório.
• dissertação argumentativa sem roteiro: proposta que solicita a opinião do candidato e 
não apresenta aspectos, apenas tema.
O padrão expositivo domina a grande parte de provas dessa banca, o que faz seu estudo 
ser fundamental. Para melhorar seu aprendizado e facilitar a sua identificação de uma prova 
dissertativa expositiva, confira a seguir um exemplo dessa prova disponibilizado pela banca 
Cebraspe no último concurso da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, ocorrido 
em 2017. Atente-se para cada parte do texto, pois destrincharemos elas após sua observação.
Figura 1 - Prova Discursiva da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal – Ce-
braspe, 2017
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Dissertação para o Cebraspe
PROVA DISCURSIVA
Gustavo Silva
Veja, então, que a prova dissertativa expositiva é composta das seguintes partes:
CAbeçALHo/instrUções
No cabeçalho da prova estão apresentadas as principais instruções a respeito da prova 
dissertativa, veja:
• o texto deve ser descrito na folha de texto definitivo, e apenas o que estiver nesta folha 
será lido e avaliado.
• se você escrever qualquer linha além do que for solicitado, esta também não será lida e 
avaliada.
• você não pode se identificar na folha de texto definitivo da sua redação, do contrário, 
será diretamente eliminado do concurso.
• a prova informa quantos pontos valem a sua redação (no caso do exemplo, 40 pontos).
• a prova informa também quantos pontos são destinados à apresentação do seu texto 
(no caso do exemplo, 2 pontos).
• a prova informa quais são os pontos avaliados no quesito apresentação.
Fique muito atento à apresentação do seu texto, pois, por detalhes simples, você pode tanto 
ganhar pontos quanto perdê-los! Veja que a Apresentação avalia:
• legibilidade: como abordamos no item “Uso da letra na redação”, você deve apresentar 
uma letra legível, não fazer rabiscos ou sinais no texto, não cometer frequentes rasuras 
e riscar palavras incorretas, pois será penalizado em legibilidade e também poderá ser 
apenado em cada rasura que cometer.
• respeito às margens: como a própria prova informa, só serão considerados os conteú-
dos apresentados dentro das margens da folha de texto definitivo, desse modo, caso 
você desrespeite essas margens, além de não ter o seu texto externo às margens avalia-
do, será também apenado em desrespeito às margens.
• indicação de parágrafos: o que indica um parágrafo é o espaço na linha que o inicia. O 
espaço ideal é de aproximadamente 2 centímetros, ou, como muitos concurseiros cos-
tumam utilizar, o espaço da “tampinha da caneta”. Portanto, caso seus parágrafos não 
sejam indicados pelos espaços de 2 centímetros em sua primeira linha, ou possuam 
espaço insignificante e sem padronização, você será apenado por não apresentar clara 
indicação de parágrafos.
• estrutura textual: como abordarmos neste manual, a estrutura do seu texto deve ser cla-
ra e organizada, de modo que frases separadas sem serem organizadas em parágrafos 
relacionados pelo mesmo argumento serão consideradas como uma ‘estrutura textual 
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PROVA DISCURSIVA
Gustavo Silva
desorganizada’, pois o texto dissertativo, como você já sabe, possui uma estrutura clara 
de introdução, desenvolvimento e conclusão, portanto, se ela não estiver clara em seu 
texto, você será também apenado.
• organização das ideias: por meio de uma boa estrutura, é fácil apresentar ideias orga-
nizadas, e, por meio de uma estrutura ruim, é frequente encontrarmos ideias desorga-
nizadas. Logo, a estrutura e as ideias devem caminhar juntas, por isso a separação de 
parágrafos em núcleos de argumentos se faz essencial, e a falta dela incorrerá em dimi-
nuição da sua nota de redação.
• texto estruturado: o conjunto dessa organização e de argumentos bem claros e defini-
dos resulta em um texto estruturado, claro, coeso e conciso, e também está sendo ava-
liado no quesito Apresentação.
Depois que você conferiu as informações da sua prova e sabe como deve ser o seu texto dis-
sertativo expositivo, a prova apresenta os textos motivadores.
teXtos motivAdores
Os textos motivadores possuem a função de contextualizar você no tema e no assunto 
que serão solicitados. A sua clara função é ‘motivar’ sua leitura, e você deve lê-los com muita 
atenção, pois,se você fizer uma boa interpretação, poderá tirar deles ‘dicas’ para guiar a sua 
argumentação, poderá compreender o que a prova está te indicando, bem como lembrar-se de 
outros argumentos relacionados que poderá usar.
Os textos motivadores podem ser verbais, como texto apresentado na prova, que é um 
trecho retirado do jornal O Estado de S.Paulo, com adaptações, ou não verbais, como imagens 
apresentadas em várias provas da mesma banca e também de outras, as quais podem regis-
trar fotos, charges, obras etc. Tanto uma quanto outra podem ser interpretadas e auxiliarem 
você a selecionar os argumentos que necessita abordar.
Importante!
Veja que o próprio nome já diz tudo: textos motivadores! Portanto, eles servem apenas para 
motivar sua interpretação textual da proposta e, em nenhuma hipótese, devem ser copiados 
em sua redação!
temA e AspeCtos de desenvoLvimento obrigAtório
Logo abaixo dos textos motivadores, você pode encontrar o tema e/ou os aspectos de de-
senvolvimento obrigatórios, apresentados nas frases a seguir:
Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija 
um texto dissertativo acerca do seguinte tema.
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PROVA DISCURSIVA
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SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: ENTRE A EXPANSÃO TECNOLÓGICA E A INSTABILIDA-
DE EMOCIONAL
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes tópicos.
1. A contínua revolução técnico-científica e seu impacto na vida cotidiana. [valor: 
13,00 pontos]
2. Tecnologias digitais e a crescente exposição da individualidade [valor: 12,50 pontos]
3. Alternativas possíveis para o enfrentamento dos problemas emocionais suscitados pela 
vida moderna. [valor: 12,50 pontos]
Esta proposta de redação discursiva expositiva em questão elaborada pela Cebraspe apre-
sentou um tema e aspectos que você deve obrigatoriamente abordar em seu texto, são eles: 
a contínua revolução técnico-científica e seu impacto na vida cotidiana; tecnologias digitais 
e a crescente exposição da individualidade; alternativas possíveis para o enfrentamento dos 
problemas emocionais suscitados pela vida moderna.
Logo, não há dúvidas do que deverá guiar a sua redação dissertativa, uma vez que os as-
pectos são claros e a banca até mesmo indica quantos pontos valem cada um deles, respecti-
vamente: 13 pontos; 12,50 pontos e 12,50 pontos.
A fim de acompanhar as atualidades trazidas pela banca Cebraspe, podemos conferir que, em 
uma prova recente já em 2021, a banca não abordou o tema, apenas os aspectos obrigatórios 
de desenvolvimento.
Contudo, isso não muda a forma de desenvolver as redações discursivas expositivas dessa 
banca, pois sempre devemos pautar o texto pelos tópicos obrigatórios que ela apresenta.
Apenas para conhecer as abordagens mais atuais da banca, veja a seguir o exemplo da 
prova discursiva da Polícia Militar do Estado do Tocantins, aplicada em 2021 pela Cebraspe:
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Figura 2 - Prova Discursiva da Polícia Militar do Estado do Tocantins
Veja que, nesta prova, o comando foi apresentado sem um tema, apenas com os aspectos 
de desenvolvimento obrigatório, o que não é o padrão mais comum da banca Cebraspe:
Considerando que o texto e a imagem apresentados têm caráter unicamente motivador, 
redija um texto dissertativo, abordando os seguintes aspectos:
1. o racismo como um problema estrutural no Brasil; [valor: 12,00 pontos]
2. a criminalização do racismo no Brasil; [valor: 9,50 pontos]
3. a necessidade de representatividade para o combate à discriminação racial brasileira. 
[valor: 7,00 pontos]
A apresentação do tema apenas contribui para a interpretação dos aspectos de desenvol-
vimento obrigatório, mas a sua ausência em nada dificulta a sua interpretação do que deve ser 
abordado no texto.
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Dissertação para o Cebraspe
PROVA DISCURSIVA
Gustavo Silva
Lembre-se de que o texto expositivo não solicita o seu ponto de vista, apenas que você 
aborde todos os aspectos que foram solicitados na proposta!
A banca está sendo clara em seus comandos e você deve, obrigatoriamente, abordar o que 
está sendo pedido!
Tenha em mente que qualquer conteúdo que você abordar e não esteja sendo pedido não 
contribuirá para a sua nota e ainda poderá prejudicá-lo! Por isso é tão importante interpretar 
corretamente cada um dos comandos apresentados na proposta de redação!
redAção ArgUmentAtivA
Como já abordamos aqui, neste material, cada banca, cada edital e cada prova informarão 
suas especificidades, e o padrão dissertativo é apenas um deles, há outros padrões que tam-
bém são cobrados em provas escritas, e, por isso, é primordial conhecer cada um deles para 
você não estar despreparado caso seja cobrado um menos comum.
CArACterístiCAs dA redAção ArgUmentAtivA
Como já vimos neste material, a Argumentação deriva da Dissertação, desse modo, uma 
redação argumentativa é uma Dissertativa Argumentativa, ou seja, muitos elementos serão 
semelhantes e haverá a consideração de uma diferença: na Redação Dissertativa Argumenta-
tiva, há uma clara intenção de influenciar o leitor por meio de evidências, fatos, raciocínios e 
argumentos, válidos, pertinentes e consistentes, a fim de fazer com que o avaliador concorde 
com o ponto de vista apresentado.
Desse modo, serão avaliados:
• a eficiência na seleção dos argumentos;
• a boa explanação das ideias;
• a capacidade de selecionar argumentos favoráveis ao seu ponto de vista;
• a capacidade de seleciona argumentos contrários ao que você está defendendo e ques-
tioná-los ou inviabilizá-los;
• a consistência do todo argumentativo;
• a eficácia do seu ponto de vista.
A estrutura textual segue o padrão dissertativo e, por isso, é composto também por:
• Introdução: parágrafo destinado a introduzir o assunto e apresentar a tese que será 
apresentada no texto.
• Desenvolvimento: é a parte mais importante do texto na qual você apresentará os ar-
gumentos que sustentam o seu ponto de vista. Os parágrafos devem ser divididos de 
acordo com as ideias afins e a quantidade de parágrafos dependerá do número de linhas 
disponível para a redação.
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PROVA DISCURSIVA
Gustavo Silva
• Conclusão: parágrafo destinado a resumir as ideias apresentadas no texto e recapitular 
a ideia inicial de forma parafraseada.
Fique atento à diferença entre a discursiva e a discursiva argumentativa, pois a discursiva ar-
gumentativa possui a mesma estrutura das dissertativas, é embasada em argumentos e fatos, 
contudo, tem caráter opinativo!
Veja a seguir uma prova