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Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Assistente em Administração Língua Portuguesa Compreensão e interpretação de textos verbais e não verbais. Análise de discursos no plano das relações entre Linguagem, Comunicação e Sociedade. ................................................................................................................. 1 Produção e recepção textuais nas práticas sociais. Usos da linguagem. .................................................................. 3 Reconhecimento crítico das linguagens como elementos integradores dos sistemas e processos de comunicação. Elementos da Comunicação. ................................................................................................................... 16 Variedades linguísticas. ..................................................................................................................................................... 18 Gêneros e Tipologia textuais e seus elementos constituintes. ................................................................................. 21 Coesão e coerência textuais. ............................................................................................................................................. 30 Equivalência e transformação de estruturas. ............................................................................................................... 33 Relações de sinonímia e antonímia. ................................................................................................................................ 34 Classe e emprego de palavras. ......................................................................................................................................... 35 Frase, oração e período. Período composto (coordenação e subordinação). ....................................................... 60 Regência nominal e verbal. ............................................................................................................................................... 71 Concordância nominal e verbal. ...................................................................................................................................... 75 Colocação pronominal. ...................................................................................................................................................... 77 Ortografia, acentuação gráfica e pontuação. ................................................................................................................. 78 Legislação Lei Federal 8.112/1990. ...................................................................................................................................................... 1 Lei Federal nº 12.527/2011. ............................................................................................................................................. 28 Decreto Federal nº 7.724/2012. ....................................................................................................................................... 35 Decreto nº 1.171/1994. ...................................................................................................................................................... 45 Lei Federal nº 8.666/1993. ................................................................................................................................................ 48 Lei Federal nº 9.784/1999. ................................................................................................................................................ 79 Constituição Federal de 1988: Título I. Título II. Título III, capítulo I e capítulo VII (Seções I e II). Título VIII, capítulo III (Seção I). ........................................................................................................................................................... 87 Princípios Constitucionais Explícitos. Princípios Constitucionais Implícitos. .................................................... 108 Administração Pública Direta e Indireta. .................................................................................................................... 112 Noções de Informática Conceitos e principais comandos e funções de sistemas operacionais Windows e Linux .................................... 1 Noções de aplicativos de edição de textos e planilhas Microsoft Office e LibreOffice ......................................... 13 Conceitos de Internet, Intranet e Extranet. Noções básicas de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos associados à Internet e Intranet .......................................................................................................... 40 Noções de segurança e proteção ...................................................................................................................................... 43 Conceitos básicos e utilização de ferramentas e aplicativos de navegação e correio eletrônico ...................... 48 Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Raciocínio Lógico Estruturas lógicas. ................................................................................................................................................................ 1 Lógica de argumentação. ..................................................................................................................................................... 7 Diagramas lógicos. .............................................................................................................................................................. 13 Princípios de contagem e probabilidade. ...................................................................................................................... 17 Operações com conjuntos. ................................................................................................................................................ 22 Razão e proporção. ............................................................................................................................................................. 25 Regra de três simples e composta. .................................................................................................................................. 27 Cálculos com porcentagem. .............................................................................................................................................. 29 Juros simples e compostos. ............................................................................................................................................... 30 Conhecimentos Específicos Sistema Nacional de Regulação - SISREG. ........................................................................................................................ 1 Sistema Estadual de Regulação - SER. ............................................................................................................................... 1 Núcleo Integrado de Regulação - NIR. .............................................................................................................................. 4 Legislação do SUS. .................................................................................................................................................................. 4 Questões ................................................................................................................................................................................. 13 Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 -Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira pública. O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites governamentais. Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos gratuitamente o conteúdo na versão digital para nossos clientes. 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Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br LÍNGUA PORTUGUESA Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br 1Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Compreensão e interpretação de textos verbais e não verbais. Análise de discursos no plano das relações entre Linguagem, Comunicação e Sociedade. Interpretação de Texto A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo, possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender, primeiro, algumas definições importantes: Texto O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de televisão também são formas textuais. Interlocutor É a pessoa a quem o texto se dirige. Texto-modelo “Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…) É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado, das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante da sua vida.” (Revista Capricho) Modelo de Perguntas 1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem é o seu interlocutor preferencial? Um leitor jovem. 2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem a você identificar o interlocutor preferencial do texto? Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes. A linguagem informal típica dos adolescentes. 09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; 03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes; 04) Inferir; 05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 09) O autor defende ideias e você deve percebê-las; Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-a- interpretacao-de-textos-em-provas/ Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de entender aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas dúvidas. Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes que não foram observados anteriormente. Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos. Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidadocertamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos! Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa- interpretacao-texto.html Questões O uso da bicicleta no Brasil A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de transporte, um dos que oferecem mais vantagens. A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e prioridade sobre os automotores. Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, nos impostos. No Brasil, está sendo implantado o sistema de compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br 2Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos estratégicos. A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. (Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) 01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de locomoção nas metrópoles brasileiras (A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra devido à falta de regulamentação. (B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido incentivado em várias cidades. (C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela maioria dos moradores. (D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os demais meios de transporte. (E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade arriscada e pouco salutar. 02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos objetivos centrais do texto é (A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do ciclista. (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é mais seguro do que dirigir um carro. (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta no Brasil. (D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de locomoção se consolidou no Brasil. (E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve dar prioridade ao pedestre. 03. Considere o cartum de Evandro Alves. Afogado no Trânsito (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas. (B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas. (C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas. (D) o número excessivo de automóveis nas ruas. (E) o uso de novas tecnologias no transporte público. Respostas 1. (B) / 2. (A) / 3. (D) Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre Discurso é a prática humana de construir textos, sejam eles escritos ou orais. Sendo assim, todo discurso é uma prática social. A análise de um discurso deve, portanto, considerar o contexto em que se encontra, assim como as personagens e as condições de produção do texto. Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de discurso: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre. Não necessariamente estes três discursos estão separados, eles podem aparecer juntos em um texto. Dependerá de quem o produziu. Vejamos cada um deles: Discurso Direto: Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre normalmente em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das personagens sejam destacados e expostos no texto. O discurso direto reproduz fielmente as falas das personagens. Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, servem para que as falas das personagens sejam introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral. Travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das falas. Exemplo: “O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele - Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!...” “- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!” Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É escrito normalmente em terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas para reproduzir aquilo que foi dito pela personagem. Exemplo: “Elisiário confessou que estava com sono.” (Machado de Assis) “Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois estava sem relógio e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra, imaginava podiam ser onze horas.” (Lima Barreto) Passagem do discurso direto para discurso indireto Na passagem do discurso direto para o discurso indireto, ocorre mudança nas pessoas do discurso, mudança nos tempos verbais, mudança na pontuação das frases e mudança nos advérbios e adjuntos adverbiais. Mudança das pessoas do discurso: Toda a narrativa que se encontre na 1.ª pessoa no discurso direto passa para a 3.ª pessoa no discurso indireto, incluindo nessa mudança não só o verbo, mas também todos os pronomesque aparecem na frase, como os pronomes eu, nós e meu, que passam para ele/ela, eles/ elas e seu no discurso indireto. Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br 3Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Mudança de tempos verbais nos tempos do indicativo: O presente no discurso direto passa para pretérito imperfeito no discurso indireto, o pretérito perfeito no discurso direto passa para pretérito mais-que-perfeito no discurso indireto e o futuro do presente no discurso direto passa para futuro do pretérito no discurso indireto. Mudança de tempos verbais nos tempos do subjuntivo: O presente e o futuro no discurso direto passam para pretérito imperfeito no discurso indireto. Mudança de tempos verbais no imperativo: O imperativo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto. Mudança na pontuação das frases: Frases interrogativas, exclamativas e imperativas no discurso direto passam para frases declarativas no discurso indireto. Mudança nas noções temporais: As noções temporais como ontem, hoje e amanhã no discurso direto passam para no dia anterior, naquele dia e no dia seguinte no discurso indireto. Mudança nas noções espaciais: As noções espaciais como aqui, aí, este e isto no discurso direto passam para ali, lá, aquele e aquilo no discurso indireto. Exemplo: Discurso direto: - Iremos de férias amanhã. Discurso indireto: Eles disseram que iriam de férias no dia seguinte. Discurso Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história, mas as personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo assim é uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem. Exemplo: “Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!” “Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. Entretanto, qualquer urubu... que raiva...” (Ana Maria Machado) “D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no próximo? Eram todos irmãos. Irmãos.” (Graciliano Ramos) FONTE: Celso Cunha in Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição. Questões 01. Sobre o discurso indireto é correto afirmar, EXCETO: (A) No discurso indireto, o narrador utiliza suas próprias pa- lavras para reproduzir a fala de um personagem. (B) O narrador é o porta-voz das falas e dos pensamentos das personagens. (C) Normalmente é escrito na terceira pessoa. As falas são iniciadas com o sujeito, mais o verbo de elocução seguido da fala da personagem. (D) No discurso indireto as personagens são conhecidas através de seu próprio discurso, ou seja, através de suas pró- prias palavras. 02. Assinale a alternativa que melhor complete o seguinte trecho: No plano expressivo, a força da ____________ em _____________ provém essencialmente de sua capacidade de _____________ o epi- sódio, fazendo ______________ da situação a personagem, tornando- -a viva para o ouvinte, à maneira de uma cena de teatro __________ o narrador desempenha a mera função de indicador de falas. (A) narração - discurso indireto - enfatizar - ressurgir – onde; (B) narração - discurso onisciente - vivificar - demonstrar- -se – donde; (C) narração - discurso direto - atualizar - emergir - em que; (D) narração - discurso indireto livre - humanizar - imergir - na qual; (E) dissertação - discurso direto e indireto - dinamizar - pro- tagonizar - em que. 03. Faça a associação entre os tipos de discurso e assinale a sequência correta. 1. Reprodução fiel da fala da personagem, é demarcado pelo uso de travessão, aspas ou dois pontos. Nesse tipo de dis- curso, as falas vêm acompanhadas por um verbo de elocução, responsável por indicar a fala da personagem. 2. Ocorre quando o narrador utiliza as próprias palavras para reproduzir a fala de um personagem. 3. Tipo de discurso misto no qual são associadas as ca- racterísticas de dois discursos para a produção de outro. Nele a fala da personagem é inserida de maneira discreta no discurso do narrador. ( ) discurso indireto ( ) discurso indireto livre ( ) discurso direto (A) 3, 2 e 1. (B) 2, 3 e 1. (C) 1, 2 e 3. (D) 3, 1 e 2. Respostas 01. Resposta D Apenas no discurso direto as personagens ganham voz. Para construirmos um discurso direto, devemos utilizar o travessão e os chamados verbos de elocução, ou seja, verbos que indicam o que as personagens falaram. Exemplo de verbo de elocução: – Muita fome! – Lucas respondeu, passando sua mão pela barriga. No exemplo acima, o verbo “respondeu” é o verbo de elocu- ção. 02. Resposta C 03. Resposta B Produção e recepção textuais nas práticas sociais. Usos da linguagem. Ato de Escrever “Escrever é expressar-se. Escrever é lembrar-se. Uns escrevem para salvar a humanidade ou incitar lutas de classes, outros para se perpetuar nos manuais de literatura ou conquistar posições e honrarias. Os melhores são os que escrevem pelo prazer de escrever.” Lêdo Ivo apud Campedelli, 1998, p. 335 Como sabemos, a redação é um dos elementos mais requisi- tados em processos seletivos de uma forma geral, e em virtude disso é que devemos estar aptos para desenvolvê-la de forma plausível e, consequentemente, alcançarmos o sucesso almeja- do. Escrever redação não é difícil! A primeira coisa que pode- mos salientar para que tenha um bom desempenho com o seu trabalho é sempre priorizar as questões de coerência e também coesão, em outras palavras, dar cabo no assunto, e não fugir dele em momento algum. Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br 4Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO É sempre importante estarmos atentos para a realidade mundial e em especial a brasileira, temos que ler e assistir jornais, ler revistas, etc. em síntese, estar em sintonia com as notícias, pois manter-se sempre atualizado pode ser a chave para o sucesso. Os concursos públicos e vestibulares atuais exploram com certo peso essas atualidades, incorporando o aspecto do dia a dia. As provas de hoje estão todas intertextualizadas, com a integração de conteúdos comuns à prova de gramática, literatura e interpretação de texto (uma boa interpretação é 60% de garantia de se ter uma boa nota), além do qual o senso crítico e de compreensão do concursando farão a diferença. Uma redação bem feita é sinal que a pessoa tem um bom conhecimento da sua língua. É necessário também ter calma e paciência, sempre prestar muita atenção nas propostas dadas pelos examinadores. Faça um rascunho a lápis de sua redação, crie seu texto, revise para ver se não há erros, e passe a limpo na folha especificada a tinta. Depois disso é torcer para que você tenha ido muito bem e conseguido uma boa nota, já que na maioria dos concursos e vestibulares do Brasil, a prova de redação tem um peso muito alto. Na produção de um texto, o mais importante é como você organiza as ideias, muitas vezes o candidato sabe muito sobre o assunto, todas as suas causas e consequências, porém ele não tem a preocupação de organizar suas ideias, e esse, certamente é o responsável pela reprovação de muitos na prova de redação. O modo de correção da prova é muito rígido, de modo que determinado professor não possa expor sua opinião julgando o concursando ao espelho de seu pensamento. A correção abordará aspectos formais do texto, o emprego da gramática normativa, o senso crítico e a correlação tema/texto. Escrever bem não é coisa do outro mundo, é alcançável a todos, basta apenas interesse. Tema e TítuloSegundo Vânia Duarte, tecer um bom texto é uma tarefa que requer competência por parte de quem a pratica, pois a construção textual não pode ser vista como um emaranhado de frases soltas e ideias desconexas. Pelo contrário, elas devem estar organizadas e justapostas entre si, denotando clareza de sentido em relação à mensagem que se deseja transmitir. Como sabemos, a redação é um dos elementos mais requisitados em processos seletivos de uma forma geral. Por essa razão,devemos estar aptos para desenvolvê-la de forma plausível e, consequentemente, alcançarmos o sucesso almejado. Geralmente, a proposta é acompanhada de uma coletânea de textos, que deve ser lida de forma atenta para percebermos qual é o tema abordado em questão. Diante disso, é essencial que entendamos a diferença existente entre estes dois elementos: Título e Tema. Para tal, aprofundaremos mais nossos conhecimentos sobre o assunto. Consideremos o exposto abaixo: Tema: O crescente dinamismo que permeia a sociedade, aliado à inovação tecnológica, requer um aperfeiçoamento profissional constante. Título: A importância da capacitação profissional no mundo contemporâneo. Como podemos perceber, o tema é algo mais abrangente e consiste no assunto que deve ser explorado ao longo do texto. Já o título é algo mais sintético, é como se fosse afunilando o assunto que será posteriormente discutido. O importante é sabermos que: do tema é que se extrai o título, haja vista que o tema é um elemento-base, fonte norteadora para os demais passos. Existem certos temas que não revelam uma nítida objetividade, como o exposto anteriormente. É o caso de fragmentos literários, trechos musicais, frases de efeito, entre outros. Nesse caso, exige-se mais do leitor quanto à questão da interpretação, para daí chegar à ideia central, como podemos identificar por meio deste excerto: “As ideias são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar à outra margem, a outra margem é o que importa”. (José Saramago) Essa linguagem, quando analisada, leva-nos a inferir o seguinte e que este poderia ser o título: A importância da coerência e da coesão para o sentido do texto. Fazendo parte também dessa composição estão os temas apoiados em imagens, como é o caso de gráficos, histórias em quadrinhos, charges e pinturas. Tal ocorrência requer o mesmo procedimento por parte do leitor, ou seja, que ele desenvolva seu conhecimento de mundo e sua capacidade de interpretação para desenvolver um bom texto. O concurso ou o vestibular pode dar tanto o tema quanto o título, de acordo com Gustavo Atallah Haun. Cabe ao redator saber manejar as duas formas. Caso seja dado o título, este se tornará obrigatório no início da prova, centralizado, na primeira linha (se não houver um lugar específico para ele!). Podem daí surgir duas possibilidades, o tema estar inserido nos textos de apoio que acompanham o enunciado da questão ou do título você terá que tirar o tema. Se for dado o tema em destaque, durante ou após o enunciado da redação, você terá que falar especificamente dele, independente do assunto tratado nos textos de apoio. Muitas bancas examinadoras não exigem o título. Na maioria das vezes ele é opcional. Porém, quando for obrigatório vai ter sempre na instrução da prova: “Dê um título ao seu texto” ou “Seu texto deve ter título” e similares. Portanto, leia com atenção as instruções da sua prova de produção textual. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE TEMA X TÍTULO: Fique atento e não cometa esse erro! Delimitado ou não O tema pode vir amplo, genérico, ou já delimitado. Atenção máxima quanto a isso. No primeiro caso, pode-se pedir para escrever sobre “Violência”, por exemplo, e dentro desse tema tão universal, você ter que especificar, delimitá-lo: “A violência doméstica está crescendo no Brasil em pleno século XXI”. Pronto, agora é só começar a escrever. Tema objetivo ou subjetivo? Outro aspecto importante que se tem que ficar atento é se o tema é de âmbito objetivo ou subjetivo. Para entender a diferença entre um tema objetivo e um tema subjetivo, faz-se necessário, antes, relembrar que há mais de uma forma de usar as palavras: no sentido real ou no sentido figurado. Essa diferenciação não se faz apenas no uso da linguagem escrita ou falada, mas também ao se fazer uso de outras linguagens. Explico: quando se assiste a um filme, é possível associar seu enredo a outros significados que não apenas aquele aparente; você assistiu a “Matrix”, por exemplo? Será que aquela história de se viver um mundo falso, que alguém programa para nós, não é uma grande metáfora? Vemos tudo o que existe? O que existe é real ou nossos sentidos nos enganam? O verde que você vê é o verde que eu vejo? Como saber? Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br 5Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Você poderá pensar desta forma também ao admirar uma pintura, uma escultura, um grafite na rua, e se perguntar: o que será que se quis dizer com essa representação? Enfim, consegue perceber a possibilidade de mais de uma leitura nas diferentes linguagens? Os examinadores esperam que você seja analítico, que faça associações, que entenda não ser mundo algo estático sócio-econômico-política e culturalmente. Então, guarde esses conceitos: Denotação - palavra usada em sentido literal: objetividade: Ex.: Meu coração está batendo acelerado. Conotação - palavra usada em sentido figurado: subjetividade. Ex.: Meu coração galopa quando te vê... Construindo um Texto a Partir de Um Tema Objetivo e Um Subjetivo Vimos anteriormente que, o tema é a proposta para a redação. Você irá delimitar o assunto e a partir dessa delimitação irá formular sua tese (a afirmação central sobre o assunto, que será desenvolvida e comprovada no texto). Observe que há uma tendência de os vestibulares apresentarem o tema e uma coletânea de textos, de todos os tipos: fragmentos filosóficos, excertos literários; poemas; reportagens ou notícias de jornais e revistas; cartuns ou pinturas. Normalmente, o avaliador não deseja um texto com visão limitada sobre o assunto. Caso tenha pela frente um tema subjetivo, haverá a necessidade de se interpretar a proposta. Observe os seguintes modelos: Modelo com tema subjetivo 1º. Tema subjetivo: “Tudo o que é sólido desmancha no ar.” (Karl Marx ) 2º. Delimitação do Assunto: • a observação de como a história elimina estruturas aparentemente eternas. • trata-se de uma referência às instituições, comportamentos, modelos econômicos, que se modificam no tempo. 3º. Tese: Nosso cotidiano parece cercado por estruturas fixas, imutáveis, sejam instituições, relações de poder, formas de vida. Mas, se dermos um passo atrás e olhamos a história, o que encontramos é uma sucessão de transformações, em que estas estruturas, que pareciam eternas, são criadas e destruídas. Esse foi um exemplo com tema subjetivo. Vejamos um exemplo de tema objetivo. Lê-se o tema e imediatamente se reconhece sobre o que se pode falar no texto. Modelo com tema objetivo 1º. Tema: Desenvolvimento e Meio Ambiente. 2º. Delimitação do Assunto: • como conciliar desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente? • estar o meio ambiente em estado de degradação é sinal de evolução da sociedade capitalista ou “involução”? 3º. Tese: Depois de as grandes potências econômicas passarem pelo período de exploração da maior parte dos recursos naturais existentes, e pelo completo descuido com o meio ambiente, surge a preocupação em se controlar esse processo, antes desordenado, para que se possa falar em gerações futuras. Adequação Vocabular Adequação Vocabular é obter das palavras os melhores efeitos. É conseguir usar as palavras adequadas ao contexto em que elas sãoproduzidas: para quem são produzidas, quem produz, com que finalidade, em que ambiente e momento. É conseguir usar as palavras corretamente e, como recurso, conseguir substituí-las por outras sem prejuízo de sentido. Como adequar as palavras? Uma das formas de adequação vocabular, é a substituição de um termo por um hipônimo ou hiperônimo. Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado mais abrangente que o seu hipônimo, palavra com significado mais restrito. É o que acontece com as palavras doença (hiperônimo) e gripe (hipônimo). Também podemos adequar bem as palavras usando e aplicando os conceitos de homonímia, paronímia, sinonímia, antonímia, conotação e denotação, discutidos em aulas anteriores. A adequação vocabular depende de uma boa escolha lexical. Adequação linguística Fatores Contexto Interlocutores Com quem estamos falando? Situação É uma situação formal ou informal? Assunto Tratamos de assuntos diferentes com o mesmo tipo de linguagem? O nascimento um bebê é anunciado da mesma forma que um velório? Ambiente Estamos em uma festa ou no escritório? Agostinho Dias Carneiro em seu livro Redação em Construção* descreve seis critérios de adequação vocabular, listados a seguir: 1. A adequação ao referente Esse critério baseia-se na utilização de vocábulos gerais frente a vocábulos específicos. O exemplo que o autor dá é a palavra ver, que tem emprego mais amplo que observar, contemplar, distinguir, espiar, fitar etc. Se eu disser, por exemplo, Pedro estava muito triste com a separação. Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e viu o sol, certamente causará estranhamento no interlocutor. Ao passo que se eu disser Pedro estava muito triste com a separação. Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e contemplou o sol, não haverá nenhum problema na comunicação, pois houve adequação quanto ao uso do vocábulo. 2. Adequação ao ponto de vista Aqui serão levados em consideração os vocábulos positivos, neutros e negativos. Em Você me deu um café gelado, a palavra gelado assume valor negativo, entretanto, assume valor positivo em Depois do trabalho vamos tomar uma cerveja gelada? 3. Adequação aos interlocutores Há, nesse critério, quatro tipos de seleção vocabular: quanto à atividade profissional com o uso dos jargões; quanto à imagem social de um dos interlocutores, ou seja, um chefe de Estado se expressa como o que se espera de alguém que ocupa tal cargo; quanto à idade com o uso de vocábulos modernos (luminária) ou antigos (abajur) ou quanto à origem dos interlocutores com emprego do vocábulo regional (piá – criança). 4. Adequação à situação de comunicação Refere-se, esse critério, ao uso de vocábulos formais ou Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br 6Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO informais e ainda aos estrangeirismos. Lembrando que palavras estrangeiras devem ser grafadas entre aspas nas redações e só devem ser usadas quando necessárias, ou seja, quando forem importantes para o entendimento; em uma situação de estilo ou quando não houver palavra equivalente na Língua Portuguesa. 5. Adequação ao código É relevante para esse critério a correção não só ortográfica, mas também semântica, respeitando os significados dicionarizados. Agostinho ressalta que os empregos “de moda” devem evitados, pois “em nada contribuem para o real enriquecimento de um idioma” e dá um exemplo: colocar em lugar de apresentar e assumir em lugar de responsabilizar-se: – Vou colocar aqui um problema… – Se der errado, eu assumo… Somam-se a esse caso, os parônimos e os homônimos (homógrafos e homófonos), já tratados em outra aula. ( tópico jà tratado aqui) 6. Adequação ao contexto As situações textuais revelam-se nas relações desenvolvidas entre as palavras do texto. Por exemplo, se há relação de causa e efeito – tropeçar / cair; se há relação de finalidade – livro / estudar; se há relação de parte e todo – rei / xadrez; se há relação de sinonímia – aroma / perfume; se há relação de antonímia – entrar / sair; se há relação de unidade e coletivo – livro / biblioteca; se há relação de objeto e ação – cadeira / sentar e se há relação simbólica – pomba / paz. O uso do vocábulo fora de um desses critérios e até mesmo em critério inadequado à situação será erro. Fonte:s http://slideplayer.com.br/slide/1270845/ http://conversadeportugues.com.br/2015/11/adequacao-e- inadequacao-linguistica/ Informações Implícitas e Explícitas Para que seja possível compreender o que vem a ser informação explícita em um texto, é preciso compreender que a linguagem verbal é polissêmica: um mesmo enunciado pode assumir diferentes sentidos em diferentes contextos e diferentes leitores podem atribuir sentidos distintos a um texto, segundo Kátia Lomba Bräkling. Vejamos a interação a seguir: Aluno: [levantando a mão] Professora, você pode me dizer que horas são? Professora: [olha no relógio e responde] Podem guardar o material, pessoal! Aluno: Êba! [rapidamente, guarda o material, seguido por outros colegas] Podemos observar que o aluno não perguntou se poderia guardar o material. No entanto, pela reação dele era o que queria saber. A professora, interpretando a sua intenção, autorizou a guarda do material, encerrando a aula. Nesse caso, o sentido dos enunciados foi definido por fatores externos ao texto, autorizados pelas características da situação comunicativa e pelo conhecimento mútuo dos interlocutores sobre si mesmos e sobre as regras de convivência colocadas. Se o texto tivesse sido compreendido no sentido literal – ou seja, se tivessem sido consideradas as suas informações explícitas– a resposta da professora teria que ser outra- como, por exemplo, “São cinco para as 11”. Nesse caso, as autorizações não teriam sido dadas e os alunos continuariam executando as tarefas. Podemos dizer, então, que o sentido de um texto é constituído tanto por informações que são apresentadas explicitamente na superfície ou linearidade do texto, quanto por outras, que se encontram implícitas. As primeiras são facilmente localizáveis no texto, pois se encontram escritas com todas as letras. Já as segundas são dependentes do repertório prévio dos interlocutores e das características da situação comunicativa. A capacidade de localizar informações explícitas no texto é fundamental para a constituição da proficiência leitora e deve ser objeto de ensino, desde os primeiros anos de escolarização, já no processo de alfabetização. Muitos consideram essa capacidade a mais simples de todas. No entanto, é preciso considerar que nenhuma capacidade de leitura é mobilizada no vazio, mas sempre em função da materialidade textual. Assim, se o texto for mais complexo ou extenso, o processo de localização da informação solicitada – e a decorrente atribuição de sentido - poderá ser igualmente mais complexo. Informações Implícitas Muitos candidatos ao ENEM se perguntam como melhorar sua capacidade de interpretação dos textos. Primeiramente, é preciso ter em mente que um texto é formado por informações explícitas e implícitas. As informações explícitas são aquelas manifestadas pelo autor no próprio texto. As informações implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma leitura eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler nas entrelinhas. Por exemplo, observe este enunciado: - Patrícia parou de tomar refrigerante. A informação explícita é “Patrícia parou de tomar refrigerante”. A informação implícita é “Patrícia tomava refrigerante antes”. Agora, veja este outro exemplo: -Felizmente, Patrícia parou de tomar refrigerante. A informação explícita é “Patrícia parou de tomar refrigerante”. A palavra “felizmente” indica que o falante tem umaopinião positiva sobre o fato – essa é a informação implícita. Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir informações a partir de um texto. Fazer uma inferência significa concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida. Nos vestibulares, fazer inferências é uma habilidade fundamental para a interpretação adequada dos textos e dos enunciados. A seguir, veremos dois tipos de informações que podem ser inferidas: as pressupostas e as subentendidas. Pressupostos Uma informação é considerada pressuposta quando um enunciado depende dela para fazer sentido. Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando Patrícia voltará para casa?”. Esse enunciado só faz sentido se considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso Patrícia se encontre em casa, o pressuposto não é válido, o que torna o enunciado sem sentido. Repare que as informações pressupostas estão marcadas através de palavras e expressões presentes no próprio enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no enunciado “Patrícia ainda não voltou para casa”, a palavra “ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é dada como certa pelo falante. Subentendidos Ao contrário das informações pressupostas, as informações subentendidas não são marcadas no próprio enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser entendidas como insinuações. O uso de subentendidos faz com que o enunciador se esconda atrás de uma afirmação, pois não quer se comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos são de responsabilidade do receptor, enquanto os pressupostos são partilhados por enunciadores e receptores. Em nosso cotidiano, somos cercados por informações subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de hábitos e pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a anedota é um gênero textual cuja interpretação depende a quebra de subentendidos. Fonte: http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do- texto/implicitos-e-pressupostos.html (Adaptado) Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br 7Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Questão 01. Texto I Época. 12 out. 2009 (adaptado). (Foto: Reprodução/Enem) Texto II CONEXÃO SEM FIO NO BRASIL Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar publicações para o Kindle Época. 12 out. 2009. (Foto: Reprodução/Enem) A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um anúncio sobre o lançamento do livro digital no Brasil. Já o texto II traz informações referentes à abrangência de acessibilidade das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes regiões do país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se que o advento do livro digital no Brasil a) possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às informações antes restritas, uma vez que eliminará as distâncias, por meio da distribuição virtual. b) criará a expectativa de viabilizar a democratização da leitura, porém esbarra na insuficiência do acesso à internet por telefonia celular, ainda deficiente no país. c) fará com que os livros impressos tornem-se obsoletos, em razão da diminuição dos gastos com os produtos digitais gratuitamente distribuídos pela internet. d) garantirá a democratização dos usos da tecnologia no país, levando em consideração as características de cada região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à informação. e) impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos brasileiros, uma vez que as características do produto permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades geopolíticas. Resposta 01. (B) Observe que o enunciado da questão usa o verbo “inferir”, ou seja, espera-se que o candidato seja capaz de chegar a uma conclusão a partir da leitura dos dois textos. Nesse caso, a leitura dos textos separadamente pode levar o candidato ao erro. A partir da leitura do gráfico, o candidato deve inferir que a telefonia celular abrange apenas uma parte do território brasileiro, o que atrapalha a democratização do livro digital. Argumentação Argumentar é a capacidade de relacionar fatos, teses, estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de embasar determinado pensamento ou ideia. Um texto argumentativo sempre é feito visando um destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer, persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com ela. Para que a argumentação seja convincente é necessário levar o leitor a um “beco sem saída”, onde ele seja obrigado a concordar com os argumentos expostos. No caso da redação, por ser um texto pequeno, há uma obrigatoriedade em ser conciso e preciso, para que o leitor possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é necessário que se exponha a questão ou proposta a ser discutida logo no início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre de forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além de ser terminantemente proibido em textos que serão analisados em concursos, pode comprometer a veracidade dos fatos e o poder de convencimento dos argumentos utilizados. Por exemplo, é muito mais aceitável uma afirmação de um autor renomado ou de um livro conhecido do que o simples posicionamento do redator a respeito de determinado assunto. Uma boa argumentação só é feita a partir de pequenas regras as quais facilmente são encontradas em textos do dia-a-dia, já que durante a nossa vida levamos um longo tempo tentando convencer as outras pessoas de que estamos certos. Os argumentos devem ter um embasamento, nunca deve- se afirmar algo que não venha de estudos ou informações previamente adquiridas. Os exemplos dados devem ser coerentes com a realidade, ou seja, podem até ser fictícios, mas não podem ser inverossímeis. Caso haja citações de pessoas ou trechos de textos os mesmos devem ser razoavelmente confiáveis, não se pode citar qualquer pessoa. Experiências que comprovem os argumentos devem ser também coerentes com a realidade. Há de se imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e pensamentos contrários dos leitores quanto à sua argumentação, para que a partir deles se possa construir melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e pesquisa. Sobre a estrutura do texto: Deve conter uma lógica de pensamentos. Os raciocínios devem ter uma relação entre si, e um deve continuar o que o outro afirmava. No início do texto deve-se apresentar o assunto e a problemática que o envolve, sempre tomando cuidado para não se contradizer. Ao decorrer do texto vão sendo apresentados os argumentos propriamente ditos, junto com exemplificações e citações (se existirem). No final do texto as idéias devem ser arrematadas com uma tese (a conclusão). Essa conclusão deve vir sendo prevista pelo leitor durante todo o texto, a medida que ele vai lendo e se direcionando para concordar com ela. A argumentação não trabalha com fatos claros e evidentes, mas sim investiga fatos que geram opiniões diversas, sempre em busca de encontrar fundamentos para localizar a opinião mais coerente. Não se pode, em uma argumentação, afirmar a verdade ou negar a verdade afirmada por outra pessoa. O objetivo é fazer Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br 8Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO com que o leitor concorde e não com que ele feche os olhos para possíveis contra-argumentos. Caso seja necessário se pode também fazer uma comparação entre vários ângulos de visão a respeito do assunto, isso poderá ajudar no processo de convencimento do leitor, pois não dará margens para contra-argumentos.Porém deve-se tomar muito cuidado para não se contradizer e para ser claro. Para isso é necessário um bom domínio do assunto. Organização Textual O ser humano se comunica por meio de textos. Desde uma simples e passageira interjeição como Olá até uma mensagem muitíssimo extensa. Em princípio, esses textos eram apenas orais. Hoje, são também escritos. Nesse processo, os textos ganharam formas de organização distintas, com propósitos nitidamente distintos também. As principais formas de organização textual registradas na humanidade são, assim: Narrativa: aquela que compreende textos que contam uma história, relatam um acontecimento. Argumentativa: a que visa ao convencimento do interlocutor. Descritiva: cuja finalidade é apresentar concreta ou metaforicamente uma dada descrição. Cada uma dessas formas de organização textual desdobra- se em inúmeros gêneros textuais distintos, que nada mais são do que cada concretizável possível a cada um dos objetivos textuais. Assim, por exemplo, a diferentes formas e formatos para se narrar: fábula, conto de fadas, romance, conto, notícia, fofoca, etc. Texto Argumentativo Esse tipo de texto, que é aplicado nas redações do Enem, inclui diferentes gêneros, tais quais, dissertação, artigo de opinião, carta argumentativa, editorial, resenha argumentativa, dentre outros. Todo e qualquer texto argumentativo, como já dito, visa ao convencimento de seu ouvinte/leitor. Por isso, ele sempre se baseia em uma tese, ou seja, o ponto de vista central que se pretende veicular e a respeito do qual se pretende convencer esse interlocutor. Nos gêneros argumentativos escritos, sobretudo, convém que essa tese seja apresentada, de maneira clara, logo de início e que, depois, através duma argumentação objetiva e de diversidade lexical seja sustentada/defendida, com vistas ao mencionado convencimento. A estrutura geral de um texto argumentativo consiste de introdução, desenvolvimento e conclusão, nesta ordem. Cada uma dessas partes, por sua vez tem função distinta dentro da composição do texto: Introdução: é a parte do texto argumentativo em que apresentamos o assunto de que trataremos e a tese a ser desenvolvida a respeito desse assunto. Desenvolvimento: é a argumentação propriamente dita, correspondendo aos desdobramentos da tese apresentada. Esse é o coração do texto, por isso, comumente se desdobra em mais de um parágrafo. De modo geral, cada argumentação em defesa da tese geral do texto corresponde a um parágrafo. Conclusão: a parte final do texto em que retomamos a tese central, agora já respaldada pelos argumentos desenvolvidos ao longo do texto. Relação entre tese e argumento De modo geral, a relação entre tese e argumento pode ser compreendida de duas maneiras principais: Argumento, portanto, Tese (A→ pt→T) ou Tese porque Argumento (T→ pq→A): (A→ pt→T) “O governo gasta, todos os anos, bilhões de reais no tratamento das mais diversas doenças relacionadas ao tabagismo; os ganhos com os impostos nem de longe compensam o dinheiro gasto com essas doenças. Além disso (Ainda, e, também, relação de adição → quando se enumeram argumentos a favor de sua tese), as empresas têm grandes prejuízos por causa de afastamentos de trabalhadores devido aos males causados pelo fumo. Portanto (logo, por conseguinte, por isso, então → observem a relação semântica de conclusão, típica de um silogismo), é mister que sejam proibidas quaisquer propagandas de cigarros em todos os meios de comunicação.” (T→ pq→A) O governo deve imediatamente proibir toda e qualquer forma de propaganda de cigarro, porque (uma vez que, já que, dado que, pois → relação de causalidade) ele gasta, todos os anos, bilhões de reais no tratamento das mais diversas doenças relacionadas ao tabagismo; e, muito embora (ainda que, não obstante, mesmo que → relação de oposição: usam-se as concessivas para refutar o argumento oposto) os ganhos com os impostos sejam vultosos, nem de longe eles compensam o dinheiro gasto com essas doenças. Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa consolida o texto. Argumentação por citação Sempre que queremos defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que pensam como nós acerca do tema em evidência. Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma informação extraída de outra fonte. A citação pode ser apresentada assim: Assim parece ser porque, para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras” (Piaget, 1994, p.11). A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade intelectual de compreender que a regra expressa uma racionalidade em si mesma equilibrada. O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, assim, tal estratégia poderá funcionar bem. Argumentação por comprovação A sustentação da argumentação se dará a partir das informações apresentadas (dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham. Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de vista equivocado. Veja: O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir de dados do IBGE e do Censo Educacional do Ministério da Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos que estão fora das escolas em cada estado. Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 % da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a qual o ensino é obrigatório, não frequentam as salas de aula. O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas, seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, com 3,2% (168,7 mil). (Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003) Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que demonstrem sua tese. Argumentação por raciocínio lógico A criação de relações de causa e efeito é um recurso utilizado para demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é necessária, e não fruto de uma interpretação pessoal que pode ser contestada. Veja: “O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroína façam propaganda para os nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro deveriam ser proibidas terminantemente. Para os desobedientes, cadeia.” VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000. Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br 9Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO Para a construção de um bom texto argumentativo faz- se necessário o conhecimento sobre a questão proposta, fundamentação para que seja realizado com sucesso. Fonte: http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto- argumentativo/argumentacao.html Questão 01. Identifique o sentido argumentativo dos seguintes textos, e separe, por meio de barras, a tese e o(s) argumento(s). a) “Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o que preciso. É econômico, nunca dá defeito e tem espaço suficiente para transportar toda a minha família.” b) “Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais; além disso, todo ano batemos recordes de produção agrícola. Sem contar que nosso parque industrial é um dos mais modernos do mundo. definitivamente, somos o país do futuro.” c) “Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo para dar errado: nossa diferença de idade é grande e nossos gostos são quase que opostos. Além disso, a família dela é terrível.” d) “Como o Brasil é um país muito injusto, toda política social por aqui implementada é vista como demagogia, paternalismo.” Resposta a) O sentido aí presente é (T→ pq→A), uma vez que,após uma constatação, se seguem as motivações que a fundamentam. Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o que preciso (TESE)./ É econômico (argumento 1), /nunca dá defeito (argumento 2)/ e tem espaço suficiente para transportar toda a minha família (argumento 3). b) Nesse exemplo, já encontramos a orientação (A→ pt→T), uma vez que se parte de exemplificações para, a partir delas, enunciar uma proposição. Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais (argumento 1);/ além disso, todo ano batemos recordes de produção agrícola (argumento 2)./ Sem contar que nosso parque industrial é um dos mais modernos do mundo (argumento 3)./ Definitivamente, somos o país do futuro. (TESE). c) Aqui, o sentido é (T→ pq→A), em que de uma afirmação inicial se desdobram exemplos que a justificam. Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo para dar errado (TESE):/ nossa diferença de idade é grande (argumento 1) e nossos gostos são quase que opostos (argumento 2). Além disso, a família dela é terrível (argumento 3). d) Nesse exemplo, o movimento é (A→ pt→T), já que se parte de uma causa que funciona como justificativa a uma enunciação que, por sua vez, é a consequência constatada. Como o Brasil é um país muito injusto (argumento),/ toda política social por aqui implementada é vista como demagogia, paternalismo (TESE). ARTIGOS RELACIONADOS Redação Enem 2014: apostas para o tema Faça uma boa redação no Enem: dicas para prova de 2014 Fontes: http://www.infoescola.com/redacao/argumentacao/ http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto- argumentativo/argumentacao.html http://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-argumentacao.htm Texto e Textualidade Texto É o grupamento de frases e palavras interligadas que possibilitam uma interpretação e emitem uma mensagem. É toda obra original escrita e que pode formar um documento escrito ou um livro. O texto é um elemento linguístico de dimensões maiores do que a frase1. Em processos gráficos, o texto é o conteúdo escrito, por divergência a todos os outros conteúdos iconográficos, como 1 Fonte: http://www.resumoescolar.com.br/portugues/texto-e-textua- lidade/ as ilustrações. É o componente central do livro, periódico ou revista, formado por produções concretas, sem títulos, subtítulos, fórmulas, epígrafes e tabelas. Um texto pode ser cifrado, sendo criado conforme um código definitivamente suspenso após uma leitura direta. Ele possui tamanhos diferentes e precisa ser redigido com coerência e coesão. Pode ser considerado como não-literário e literário. Os textos literários possuem uma colocação estética. Normalmente, são escritos com uma linguagem poética e expressiva, com o intuito de conquistar o interesse e sensibilizar o leitor. Os autores dos textos literários acompanham um certo estilo e utilizam as expressões de maneira elegante para manifestar as suas ideias. Existe um domínio da linguagem conotativa e da função poética. Os romances, contos, poesias, novelas e textos sagrados, são exemplos de textos literários. Os textos não-literários, por sua vez, apresentam atividade utilitária ao explicar e informar o leitor de maneira objetiva e clara. São modelos de textos informativos que não se preocupam com a estética. Existe um domínio da linguagem denotativa e da função referencial, diferentemente do estilo literário. Alguns exemplos de textos não literários são, textos científicos, didáticos, reportagens jornalísticas e notícias. Existem ainda os textos narrativos que contam uma certa história. A história é descrita por um narrador, que pode ou não participar de forma direta da história. Esse tipo de texto utiliza uma estrutura específica e predeterminada. Além desses, há ainda outro tipo de texto conhecido como texto crítico. Esse modelo é uma exibição textual que começa a partir de um método analítico e reflexivo originando um conteúdo junto com uma crítica construtiva e bem demonstrado. De maneira geral, todos os textos precisam possuir determinadas particularidades formais, isto é, tem que apresentam estrutura e elementos que construam uma relação entre eles. Entre essas particularidades formais tem a coerência e a coesão, que oferecem forma e sentido ao texto. A coerência está ligada com a compreensão, ou seja, a interpretação daquilo que está escrito ou que se fala. Já a coesão é a ligação entre as palavras ou frases do texto. Um texto para ter sentido precisa possuir coerência. Apesar da coesão não ser requisito suficiente para que as afirmações formem um texto, são os recursos coesivos que oferecem maios legitimidade e realçam as relações entre os seus vários componentes. A partir disso, pode-se concluir que a coerência depende da coesão. Textualidade Textualidade é o grupo de particularidades que faz com que o texto seja reconhecido como tal, e não como um aglomerado de frases e palavras. Uma interpretação possível indicaria como textualidade um argumento usado pelo interlocutor, fundamentada em seus antecipados conhecimentos funcionais e estruturais de texto, que possibilita por meio da apreciação de diversos fatores exercer a textualização de uma mensagem em uma situação já estabelecida. Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br 10Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO De acordo com Dressler e Beaugrande, existem dois conjuntos de sete elementos, que são encarregados pela textualidade de todos os discursos: 1) Elementos semânticos (coesão e coerência); 2) Elementos pragmáticos (aceitabilidade, intencionalidade, informatividade, situacionabilidade e intertextualidade). A Linguística Textual passou a progredir no fim dos anos 60 na Europa, principalmente entre os anglo-germânicos, e tem se empenhado a analisar os fundamentos característicos do texto e os elementos implicados em sua recepção e produção. Em paralelo ao progresso dessa teoria, do fim dos anos 60 até os dias de hoje, tem se consolidado e se expandido, no ramo da Linguística, as pesquisas relacionadas aos fenômenos que transcendem as margens da frase, como o discurso e o texto, abrangendo menos os produtos e mais os processos. Elementos pragmáticos -Intencionalidade: referente a comunicação efetiva, que possibilita que os propósitos comunicativos fiquem com clareza para o leitor. – Aceitabilidade: o texto fica igual à expectativa formada pelo receptor. É dependente da qualidade do texto. – Situacionalidade: o texto se adapta ao cenário da comunicação. Conduz a direção do discurso. – Informatividade: discurso mais informativo e menos previsível. – Intertextualidade: combina contextos e textos. – Contextualidade: circunstância comunicativa precisa em que o texto foi construído. – Coesão: dispositivo linguístico que assegura a ordem do texto e o item semântico. A coesão gera a disposição formal do texto. – Coerência: menção e não contradição, a não redundância e a importância. Artigo de Opinião O artigo de opinião, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos. É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no final. Contudo, em vestibulares, a assinatura é desnecessária, uma vez que pode identificar a autoria e desclassificar o candidato. É muito comum artigos de opinião em jornais e revistas. Portanto, se você quiser aprofundar mais seus conhecimentos a respeito desse tipo de produção textual, é só procurá-lonestes tipos de canais informativos. A leitura é breve e simples, pois são textos pequenos e a linguagem não é intelectualizada, uma vez que a intenção é atingir todo tipo de leitor. Uma característica muito peculiar deste tipo de gênero textual é a persuasão, que consiste na tentativa do emissor de convencer o destinatário, neste caso, o leitor, a adotar a opinião apresentada. Por este motivo, é comum presenciarmos descrições detalhadas, apelo emotivo, acusações, humor satírico, ironia e fontes de informações precisas. Como dito anteriormente, a linguagem é objetiva e aparecem repletas de sinais de exclamação e interrogação, os quais incitam à posição de reflexão favorável ao enfoque do autor. Outros aspectos persuasivos são as orações no imperativo (seja, compre, ajude, favoreça, exija, etc.) e a utilização de conjunções que agem como elementos articuladores (e, mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma que, etc.) e dão maior clareza às ideias. Geralmente, é escrito em primeira pessoa, já que trata-se de um texto com marcas pessoais e, portanto, com indícios claros de subjetividade, porém, pode surgir em terceira pessoa. Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. Observe: a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que mais lhe agradam, eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver. b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua produção. A linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor. c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a ideia principal do texto de modo mais consciente, e desenvolva-os. d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender. e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou confirme a ideia principal, ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido. f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor. g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho do seu texto). h) Após o término do texto, releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e, por fim, observe se o texto como um todo é persuasivo. Reescreva-o, se necessário. Argumentações de Artigos de Opinião Para facilitar ainda mais a elaboração do seu artigo, os argumentos são fixados a esta estrutura e podem e as dicas para elaborar são as de: Argumento de Causa: Propor uma relação com uma causa e conseqüência em sua argumentação. Argumento de Autoridade: Sempre usar uma fonte, ou um estudo confiável para ter uma credibilidade ao que você defende. Argumento de Exemplificação: Mostrar inúmeras comparações e exemplos para ilustrar o seu argumento. Fontes: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/artigo- opiniao.htm http://brasilescola.uol.com.br/redacao/artigo-opiniao.htm http://portalbrasil10.com.br/artigo-de-opiniao/ Fato e Opinião Muitas vezes nos encontramos com pessoas dialogando sobre qualquer que seja o tópico em questão, porém no meio do diálogo ouvimos “o fato é que...”, “mas na minha opinião...” - Será que todos sabemos distinguir o que é FATO e o que é OPINIÃO? - É importante saber esta diferença? Fato: O fato é algo que é de conhecimento de todos. Sendo um fato, ele pode ser provado através de documentos, ou de outras formas de registros. Apostila Digital Licenciada para Luis fernando lima de mesquita - CPF:147.750.377-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br Pedido N.: 2892019 - Apostila Licenciada para luisfernando_729@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasmais.com.br 11Língua Portuguesa APOSTILAS OPÇÃO O crescimento acelerado dos grandes centros econômicos mundiais, aumenta os problemas sociais; O aumento dos estudantes estrangeiros nas universidades brasileiras. Opinião: A opinião é a maneira particular de olhar um fato. A opinião vai divergir de acordo com inúmeros fatores socioculturais. Se meu amigo não fosse tão baixinho, ele poderia jogar futebol; Homens que assistem novelas são bons maridos Quando é importante saber a diferença Várias são as oportunidades de usar a diferença com propriedade, mas duas delas são principais. 1- Quando nos engajamos em um debate de algum tema polêmico; 2- Quando somos testados e devemos escrever um texto dissertativo. As variantes dissertativas são: 1. Expositiva: Quando as ideias do texto estão claramente vinculadas a alguma reportagem ou notícia de jornais, revistas impressas ou eletrônicas, cujo conteúdo é conhecido por todos através do rádio ou da televisão, sendo, por sua vez, inquestionável. A dissertação expositiva tem como objetivo expor o fato, ficando em segundo plano a discussão sobre ele. 2. Argumentativa: A dissertação argumentativa é aquela que exige de nós maior reflexão ao escrever sobre certos temas, mas que possui por objetivo a exposição do ponto de vista pessoal. Quem disserta, através de sua opinião bem embasada, faz com que os fatos ali apresentados e discutidos tenham uma conclusão. Esta é uma das maneiras mais difíceis de dissertar por apresentar juízos de valores que endossam a análise crítica de quem escreve. 3- Mista: Esta é uma forma de dissertação que tem inseridos nela os elementos dos dois outros tipos dissertativos. Nela podemos expor os fatos como forma de exemplo, ou mesmo como argumento de autoridade para dar força às opiniões, juízos e análise crítica a serem feitos sobre o tópico ou tópicos discutidos. Fontes: http://pt.slideshare.net/ElieteFarneda/diferena-entre- fato-e-opinio http://lingua-agem.blogspot.com.br/2011/06/fato-algo-cuja- existencia-independe-de.html Questões 01. Leia o texto e responda à pergunta. Um pouco da história de Cecília Meireles Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Ela nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e eu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles. Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes do seu nascimento). Foi criada pela avó dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias. Estudiosos de sua obra dizem que seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Qual frase apresenta uma opinião sobre Cecília Meireles? (A) Foi criada pela avó Dona Jacinta (B) Nasceu no dia 7 de novembro de 1901. (C) Perdeu a sua mãe com apenas três anos de idade. (D) Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. 02. Leia o fragmento do texto O outro príncipe sapo de Jon Scieszka e responda o que se pede: Era uma vez um sapo. Certo dia, quando estava sentado na sua vitória-régia, viu uma linda princesa descansando a beira do lago. O sapo pulou dentro da água, foi nadando até ela e mostrou a cabeça por cima das plantas aquáticas. “Perdão, ó linda princesa”, disse ele com sua voz mais triste e patética... Qual é a opinião do autor a respeito da voz do sapo: (A)voz mansa e suave (B)estridente e aguda (C)triste e melancólica (D)triste e patética Respostas 01. (D) / 02. (D) Introdução A Introdução é a informação do assunto sobre o qual a dis- sertação tratará. O parágrafo introdutório é fundamental, preci- sa ser bem claro e chamar a atenção para os tópicos mais impor- tantes do desenvolvimento. O primeiro parágrafo da redação pode ser feito de diversas maneiras diferentes: Trajetória histórica Traçar a trajetória histórica é apresentar uma analogia en- tre elementos do passado e do presente. Já que uma analogia será apresentada, então os elementos devem ser similares; há
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