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Contabilidade Societária - Livro Texto Unidade II

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45
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
Unidade II
5 TÉCNICA DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
5.1 Efeitos da movimentação do patrimônio líquido das coligadas e 
controladas nos investimentos da investidora
O CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado 
em Conjunto, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade e transformado na NBC TG 18 (R2), 
determina a aplicação do método da equivalência patrimonial da seguinte forma: 
Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio 
do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir 
daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do 
investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas 
do investidor incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, 
e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação 
em outros resultados abrangentes da investida (CPC, 2013c, p. 2).
 Saiba mais
Para acompanhar o método da equivalência patrimonial, leia: 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento 
Técnico CPC 18 (2) – Investimento em Coligada, Controlada e em 
Empreendimento Controlado em Conjunto. CPC, 2013c. Disponível em: 
<http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/263_CPC_18_(R2)_rev%2013.
pdf>. Acesso em: 24 abr. 2019. 
Em resumo, o método da equivalência patrimonial consiste em reconhecer nos investimentos 
da investidora o percentual de participação no patrimônio líquido da investida. O CPC menciona a 
participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida, que nada mais é do que a participação 
no patrimônio líquido da investida.
Por exemplo, digamos que uma empresa apresente a seguinte situação patrimonial:
Ativos = R$ 500.000
Passivos = R$ 400.000
46
Unidade II
Consequentemente, o patrimônio líquido será de R$ 100.000. Ou seja, se a empresa liquidar seus 
passivos, ainda sobrarão recursos, portanto, ativos líquidos no valor de R$ 100.000.
Outro aspecto considerado no CPC é com relação à forma de reconhecimento da participação da 
investidora em suas investidas, ou seja, a participação da investidora:
• No lucro ou prejuízo do período da investida deve ser reconhecida no resultado do período da 
investidora, por meio da conta resultado de equivalência patrimonial.
• Nos dividendos recebidos da investida deve reduzir o valor contábil dos investimentos.
• Nas variações de saldo dos componentes dos outros resultados abrangentes da investida deve 
ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido, de forma reflexa, em outros resultados 
abrangentes diretamente no patrimônio líquido da investidora.
Para que a investidora contabilize a equivalência patrimonial, a peça fundamental é a demonstração 
das mutações do patrimônio líquido das sociedades investidas.
Quanto às demonstrações contábeis da investida utilizadas para a aplicação da equivalência 
patrimonial, de acordo com o item 34 do CPC, o aconselhável é que sejam coincidentes com 
a data da investidora. Caso sejam diferentes, as demonstrações contábeis das investidas devem 
ser ajustadas pelos efeitos de transações e eventos significativos que ocorrerem entre a data de 
encerramento das demonstrações contábeis das investidas e da investidora. Independentemente 
desses ajustes, a defasagem entre as datas de encerramento das demonstrações contábeis das 
investidas e da investidora não deve ser superior a dois meses e, se houver defasagem, isso deve 
ser relatado em notas explicativas (CPC, 2013c). 
O primeiro cuidado na aplicação do método da equivalência patrimonial é analisar quais investimentos 
devem ser avaliados por este método. Como determina o CPC, devem ser avaliados pelo método da 
equivalência patrimonial:
• O investimento em cada controlada direta ou indireta.
• O investimento em coligadas, quando se configurar a existência de influência significativa ou 
quando a porcentagem de participação, direta ou indireta, da investidora representar 20% ou 
mais do capital votante.
• O investimento em empreendimento controlado em conjunto.
Os investimentos em sociedades que não atendam a esses requisitos serão avaliados pelo método do 
valor justo ou pelo método de custo, conforme o caso.
47
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
 Observação
“O investimento em coligada, em controlada e em empreendimento 
controlado em conjunto deve ser contabilizado pelo método da equivalência 
patrimonial, a partir da data em que o investimento se tornar sua coligada, 
controlada ou empreendimento controlado em conjunto” (CPC, 2013c, 
item 32, p. 11).
Vamos acompanhar, por meio do exemplo a seguir, a determinação de quais investimentos devem 
ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial.
Exemplo
A Cia. Planeta possui os seguintes investimentos permanentes:
Tabela 5 
Cia.
% de participação
Ações ordinárias Ações preferenciais Total
Terra 22% 30% 17%
Júpiter 20% 5% 8%
Vênus 60% 20% 40%
Saturno 58% 10% 50%
Netuno 5% 7% 4%
Quais sociedades devem ser avaliadas pelo método da equivalência patrimonial?
1º passo: classificar as sociedades investidas: 
Tabela 6 
Terra Coligada (22% no capital votante)
Júpiter Coligada (20% no capital votante)
Vênus Controlada (60% no capital votante)
Saturno Controlada (58% no capital votante)
Netuno Valor justo ou custo (5% no capital votante)
2º passo: verificar quais investimentos devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial:
• Terra (por ser coligada).
• Júpiter (por ser coligada).
48
Unidade II
• Vênus (por ser controlada).
• Saturno (por ser controlada).
Não será avaliada pelo método da equivalência patrimonial a sociedade Netuno, por não ser 
controlada nem coligada, deverá ser avaliada pelo método do valor justo ou de custo considerando se 
tem valor de mercado ou não.
Uma vez definidos os investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial, aplicamos 
a seguinte técnica: à medida que o patrimônio líquido das investidas aumenta ou diminui, a conta 
investimentos da investidora deverá também aumentar ou diminuir proporcionalmente ao percentual 
de participação. Determinar a contrapartida desse débito ou crédito vai depender da origem da 
movimentação do patrimônio líquido das investidas. Essa movimentação pode originar-se de vários 
motivos, tais como:
• lucro ou prejuízo do exercício;
• dividendos propostos;
• integralização do capital;
• ajustes de exercícios anteriores;
• outros resultados abrangentes.
5.1.1 Lucro ou prejuízo do exercício
A contrapartida do ajuste de investimentos deverá estar no resultado do exercício como receita 
ou despesa. Se a investida apurar lucro, a investidora reconhecerá como receita; se a investida apurar 
prejuízo, a investidora reconhecerá como despesa. Essa receita ou despesa é operacional e deverá ser 
classificada em conta específica, denominada resultado de equivalência patrimonial. 
D = investimentos
C = resultado de equivalência patrimonial (no caso de lucro)
ou
D = resultado de equivalência patrimonial (no caso de prejuízo)
C = investimentos
5.1.2 Dividendos propostos
No método da equivalência patrimonial, os lucros são reconhecidos no momento em que são 
apurados pela investida. Assim, quando da distribuição dos dividendos, não existe o reconhecimento de 
nova receita. Se assim fosse, haveria o reconhecimento em dobro do resultado, pois os lucros já foram 
reconhecidos via resultado de equivalência patrimonial. Contabiliza-se como um direito (caso tenha 
49
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
ocorrido a apropriação dos dividendos a pagar pela investida) ou como caixa e equivalentes de caixa 
(caso tenha havido a efetiva distribuição).
D = dividendos a receber/caixa e equivalentes de caixa
C = investimentos
5.1.3 Integralização do capital
A integralização do capital feita pela investidora provoca um acréscimo do patrimônio líquido 
da investida e, na mesma proporção, um acréscimo em sua conta de investimentos. Se nesse 
aumento de capital os sócios participarem com mesmo percentual anteriormenteexistente, não 
haverá variação de participação.
D = investimentos
C = caixa e equivalentes de caixa
5.1.4 Ajustes de exercícios anteriores
A lei societária estabelece que sejam contabilizados diretamente na conta de lucros acumulados 
sempre que existirem efeitos decorrentes de:
• mudança de critérios contábeis;
• retificação de erro imputável a determinado exercício anterior e que não possa ser atribuído a 
fatos subsequentes.
Voltamos ao CPC 18 (R2). O item 10 dispõe que apenas a parte da investidora no lucro ou prejuízo 
apurado pela investida deverá ser contabilizada como resultado do período da investidora. As demais 
movimentações nos componentes de outros resultados abrangentes da investida serão reconhecidos 
de forma reflexa em outros resultados abrangentes diretamente no patrimônio líquido da investidora. 
Assim, no caso de a investida efetuar um ajuste de exercícios anteriores, aumentando ou diminuindo 
o patrimônio líquido, o ajuste proporcional na conta de investimentos (na investidora) será contabilizado 
de forma reflexa.
Se resultar em aumento no patrimônio líquido da investida:
D = investimentos
C = lucros acumulados
Se resultar em diminuição no patrimônio líquido da investida:
D = lucros acumulados
C = investimentos
50
Unidade II
5.1.5 Outros resultados abrangentes
Conforme já comentado em relação ao item 10 do CPC, quando a investida apresentar, em seu 
patrimônio líquido, outros resultados abrangentes em decorrência da existência de reserva de 
reavaliação, ajustes de avaliação patrimonial, ganhos ou perdas de conversão, ganhos ou perdas por 
variação percentual, avaliação a valor justo de instrumentos financeiros classificados como disponíveis 
para venda, a investidora deverá reconhecer, proporcionalmente à sua participação, de forma reflexa, 
diretamente em contas de patrimônio líquido.
Se resultar em outros resultados abrangentes com saldo credor:
D = investimentos
C = outros resultados abrangentes – Cia. X (patrimônio líquido)
Se resultar em outros resultados abrangentes com saldo devedor:
D = outros resultados abrangentes – Cia. X (patrimônio líquido)
C = investimentos
5.2 Aplicação da técnica da equivalência patrimonial
Como a investidora deve calcular e contabilizar os efeitos da aplicação do método da equivalência 
patrimonial?
A aplicação da teoria ficará mais fácil com a aplicação por meio de exemplos. Como já dissemos, 
a peça fundamental para o cálculo da equivalência patrimonial é a demonstração das mutações do 
patrimônio líquido das investidas. 
Exemplo 1
A Cia. Paraná possui uma participação na Cia. Curitiba de 80%. No início do exercício, o patrimônio 
líquido da Cia. Curitiba é de R$ 3.000.000, sendo R$ 2.500.000 de capital social, representado apenas 
por ações ordinárias, e o restante composto de reservas. Ao encerrar o exercício, a Cia. Curitiba apurou 
um lucro de R$ 600.000 e propôs a distribuição de dividendos de R$ 150.000. O excedente de lucros 
acumulados foi destinado à constituição de reservas de lucros.
Contabilize a equivalência patrimonial.
Como a participação é de 80% no capital votante, trata-se de uma sociedade controlada e avaliada 
pelo método de equivalência patrimonial.
De acordo com as informações, temos a seguinte posição:
51
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
Tabela 7
Cia. Curitiba % Cia. Paraná
Saldo no início do exercício 3.000.000 80% 2.400.000
Lucro do exercício 600.000 80% 480.000
Dividendos propostos (150.000) 80% (120.000)
Saldo no final do exercício 3.450.000 80% 2.760.000
Contabilização na Cia. Investidora – Cia. Paraná
D = investimentos – Cia. Curitiba 480.000
C = resultado de equivalência patrimonial 480.000
D = dividendos a receber 120.000
C = investimentos – Cia. Curitiba 120.000
Como vimos, à medida que o patrimônio líquido da investida aumenta ou diminui, a conta 
investimentos da investidora deverá também aumentar ou diminuir proporcionalmente ao percentual 
de participação.
Exemplo 2
A Cia. Brasil apresenta os seguintes saldos em seu balanço patrimonial em 31/12/X0:
Ativo não circulante – investimentos
• Cia. A = 455.000
• Cia. B = 360.000
• Cia. C = 10.000
O percentual de participação detido pela Cia. Brasil nas suas investidas são os seguintes:
• Cia. A: participação de 65% no capital total, sendo 60% em ações ordinárias e 30% em 
ações preferenciais.
• Cia. B: participação de 40% no capital total, sendo 30% em ações ordinárias e 50% em 
ações preferenciais.
• Cia. C: participação de 5% no capital total, possuindo apenas ações preferenciais.
A Cia. Brasil possuía um saldo em caixa de R$ 200.000.
Em 06/X1, a Cia. A aumentou seu capital em R$ 300.000, sendo que a Cia. Brasil exerceu o seu poder 
de subscrição, de forma a ficar com o mesmo percentual de participação.
52
Unidade II
A demonstração das mutações do patrimônio líquido apresentada pelas companhias foi a seguinte. 
O excedente de lucros acumulados foi destinado à constituição de reservas de lucros.
Tabela 8 – Demonstração das mutações do patrimônio líquido
Cia. A Cia. B Cia. C
Saldo em 31/12/X0 700.000 900.000 300.000
Ajustes de exercícios anteriores 100.000 (60.000) 10.000
Aumento de capital 300.000
Resultado do exercício 200.000 (100.000) 40.000
Dividendos propostos (60.000) (12.000)
Saldo em 31/12/X1 1.240.000 740.000 338.000
Contabilize a equivalência patrimonial em 31/12/X1. Sabe-se que há certeza que a distribuição dos 
dividendos será aprovada pela assembleia.
Solução
1º passo: classificar as sociedades investidas:
Cia. A – controlada, pois a Cia. Brasil participa com mais de 50% de ações ordinárias.
Cia. B – coligada, pois a Cia. Brasil participa com mais de 20% no capital votante.
Cia. C – valor justo ou valor de custo, pois a Cia. Brasil não tem participação no capital votante.
2º passo: verificar quais investimentos devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial:
Cia. A – por se tratar de uma controlada.
Cia. B – por se tratar de uma coligada.
 Observação
A Cia. C, por não ser controlada ou coligada, não deve ser avaliada 
pelo MEP. 
3º passo: calcular a equivalência patrimonial:
Tabela 9 
Cia. A Cia. B
PL 65% PL 40%
Saldo em 31/12/X0 700.000 455.000 900.000 360.000
Ajustes de exercícios anteriores 100.000 65.000 (60.000) (24.000)
53
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
Aumento de capital 300.000 195.000 – –
Resultado do exercício 200.000 130.000 (100.000) (40.000)
Dividendos propostos (60.000) (39.000)
Saldo em 31/12/X1 1.240.000 806.000 740.000 296.000
4º passo: contabilizar a equivalência patrimonial:
Contabilização – investimento na Cia. A
D = investimentos – Cia. A 65.000
C = lucros acumulados 65.000
D = investimentos – Cia. A 195.000
C = caixa 195.000
D = investimentos – Cia. A 130.000
C = resultado de equivalência patrimonial 130.000
D = dividendos a receber 39.000
C = investimentos – Cia. A 39.000
Contabilização – investimento na Cia. B
D = lucros acumulados 24.000
C = investimentos – Cia. B 24.000
D = resultado de equivalência patrimonial 40.000
C = investimentos – Cia. B 40.000
Após os lançamentos, o saldo da conta investimentos na Cia. A será de $ 806.000, que representa 
exatamente 65% do patrimônio líquido de A, e a conta investimentos na Cia. B será de $ 296.000, que 
traduz exatamente 40% do patrimônio líquido de B.
Exemplo 3
A Cia. Alvorada adquiriu uma participação no capital social da Cia. Crepúsculo de 60% em 01.01.X1. 
A Cia. Crepúsculo emite apenas ações ordinárias. Na data da aquisição, o patrimônio líquido da Cia. 
Crepúsculo era de R$ 340.000 e a negociação foi feita à vista. Durante o exercício de X1, a Cia. Crepúsculo 
aumentou o capital e a Cia. Alvorada subscreveu o proporcional ao seu percentual de participação anterior.
Em 31.12.X1, ambas as sociedades encerraram suas demonstrações contábeis. A Cia. Crepúsculo 
apresenta a seguinte demonstração das mutações do patrimônio líquido, que servirá de base para a Cia. 
Alvorada calcular e contabilizar a equivalência patrimonial.
54Unidade II
Tabela 10 – Demonstração das mutações do patrimônio líquido Cia. Crepúsculo
Capital social Reservas de capital
Reservas 
de lucro
Lucros 
acumulados
Outros 
resultados 
abrangentes
Total
Saldo inicial (em 31.12.X0) 148.000 36.000 116.000 40.000 340.000
Aumento de capital 100.000 (30.000) 70.000
Lucro do exercício 56.000 56.000
Reserva legal 2.800 (2.800)
Reserva estatutária 5.600 (5.600)
Retenção de lucros 34.300 (34.300)
Dividendos obrigatórios (13.300) (13.300)
Efeito de avaliação de 
instrumentos financeiros 1.200 1.200
Saldo em 31.12.X1 248.000 6.000 158.700 41.200 453.900
Pede-se: aplicar e contabilizar o método da equivalência patrimonial.
A Cia. Alvorada participa com 60% das ações ordinárias da Cia. Crepúsculo; trata-se 
de participações em sociedades controladas que devem ser avaliadas pelo método de 
equivalência patrimonial. 
Aplicando-se a técnica da equivalência patrimonial, temos a seguinte posição.
Tabela 11 – Demonstração das mutações do patrimônio líquido Cia. Crepúsculo
Capital 
social
Reservas 
de capital
Reservas 
de lucro
Lucros 
acumulados
Outros 
resultados 
abrangentes
Total 60%
Saldo inicial (em 31.12.X0) 148.000 36.000 116.000 40.000 340.000 204.000
Aumento de capital 100.000 (30.000) 70.000 42.000
Lucro do exercício 56.000 56.000 33.600
Reserva legal 2.800 (2.800)
Reserva estatutária 5.600 (5.600)
Retenção de lucros 34.300 (34.300)
Dividendos obrigatórios (13.300) (13.300) (7.980)
Efeito de avaliação de 
instrumentos financeiros 1.200 1.200 720
Saldo em 31.12.X1 248.000 6.000 158.700 41.200 453.900 272.340
55
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
Feito o cálculo, vamos contabilizar.
Pela aquisição
D = investimentos – Cia. Crepúsculo 204.000
C = caixa e equivalentes de caixa 204.000
Pela movimentação do patrimônio líquido da Cia. Crepúsculo
D = investimentos – Cia. Crepúsculo 42.000
C = caixa e equivalentes de caixa 42.000
D = investimentos – Cia. Crepúsculo 33.600
C = resultado de equivalência patrimonial 33.600
D = dividendos a receber 7.980
C = investimentos – Cia. Crepúsculo 7.980
D = investimentos – Cia. Crepúsculo 720
C = outros resultados abrangentes – Cia. Crepúsculo 720
5.3 Variação de percentual de participação em investimentos avaliados pelo 
método da equivalência patrimonial
As participações societárias representam o percentual de participação do investidor no capital social 
da investida. Quando a investida aumenta o capital social, com a emissão de novas ações, os acionistas 
são convidados a participar desse aumento de capital, sendo-lhes assegurado o direito de preferência, 
ou seja, o direito de manter o mesmo percentual de participação anteriormente detido, deixando, assim, 
intacta a sua participação no capital social.
Entretanto, nem sempre os acionistas se utilizam desse direito. Caso não desejem participar do 
novo aumento de capital, os acionistas podem ceder o seu direito de preferência para outros acionistas, 
resultando na diminuição de seu percentual de participação e permitindo o aumento do percentual de 
participação dos outros acionistas.
Quando a investida, coligada ou controlada, aumentar o seu capital, pode acontecer de a investidora 
não subscrever o capital na mesma proporção anteriormente detida. Isso ocorre quando:
• a investida aumenta o capital com emissão de novas ações e a investidora subscreve um percentual 
maior ou menor que o anteriormente detido;
• há perda percentual: quando não exerce o direito de preferência de subscrição;
• há aumento percentual: pela diluição na participação de outros acionistas (outros acionistas não 
exercem o direito de preferência de subscrição).
56
Unidade II
Sempre que ocorrer qualquer alteração no percentual de participação da investidora no capital social 
da investida, haverá aumento ou diminuição no valor dos investimentos avaliados pela equivalência 
patrimonial, gerando um ganho ou uma perda por mudança de participação.
Esses ganhos ou perdas não poderão ser reconhecidos diretamente no resultado do período da 
investidora, e sim diretamente no patrimônio líquido, como outros resultados abrangentes. Cabe lembrar 
o dispositivo do CPC 18 (R2), item 10, ao determinar que apenas a participação do investidor no lucro ou 
prejuízo da investida deve ser reconhecida no resultado do período da investidora. 
A variação apurada pela mudança de participação não decorre de lucros ou prejuízos gerados pela 
investida, representa um ganho ou uma perda na investidora pela variação de participação nas reservas 
e nos lucros ou prejuízos acumulados existentes antes do novo aumento de capital.
 Lembrete
As alterações no percentual de participação da investidora no 
capital social das sociedades controladas e coligadas causam impacto 
no valor patrimonial dos investimentos, gerando ganhos ou perdas. 
A contrapartida desses ganhos ou perdas por variação patrimonial deve 
ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido da investidora como 
outros resultados abrangentes.
Exemplo 1
Suponha que o capital social da Cia. Gama seja representado por 4 mil ações das quais a Cia. Ômega 
detém 55%. Em X1, a Cia. Gama aumenta seu capital com a emissão de 2 mil novas ações a R$ 1,00 
cada, totalmente subscritas e integralizadas pela Cia. Ômega. Isso significa que os demais acionistas 
não exerceram o direito de preferência de subscrição das novas ações. Considere o seguinte patrimônio 
líquido da Cia. Gama antes do aumento de capital:
Capital social 4.000
Reservas 2.000
Total do PL 6.000
A Cia. Ômega apresentava um valor de investimento, em Gama, já aplicada a equivalência patrimonial, 
na data da aquisição das novas ações de R$ 3.300 (R$ 6.000 x 55%).
Durante X1, após a data do aumento do capital social, a Cia. Gama apurou um lucro R$ 1.500 e 
propôs a distribuição de dividendos de 30%.
Calcule a equivalência patrimonial.
57
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
Solução
1. Calcular o novo percentual de participação.
Tabela 12 
Gama % Ômega
Quantidade de ações existentes 4.000 55% 2.200
Quantidade de ações emitidas 2.000 100% 2.000
Total de ações 6.000 70% 4.200
O total das ações emitidas por Gama foi de 6 mil; e a Cia. Ômega detém 4.200 ações, representando 
70% das ações.
2. Calcular a equivalência patrimonial.
Tabela 13 
Gama % Ômega
Saldo antes do aumento de capital 6.000 55% 3.300
Aumento de capital 2.000 100% 2.000
Subtotal 8.000 5.300
Ganho por variação de percentual 300
Total 8.000 70% 5.600
Lucro líquido do exercício 1.500 70% 1.050
Dividendos propostos (450) 70% (315)
Saldo final 9.050 70% 6.335
3. Conciliação do ganho de capital.
Percebe-se que o ganho por variação percentual foi calculado por diferença, mas sabemos, por 
conceito, que esse ganho reflete a variação percentual nas contas do patrimônio líquido (exceto capital 
social) existentes antes do novo aumento de capital. 
Reservas existentes antes do aumento do capital 2.000
Variação de percentual de participação (70% - 55%) 15%
Ganho por variação percentual (2.000 x 15%) 300
A parcela de $ 300 corresponde aos 15% de acréscimo na participação acionária calculada sobre 
as reservas existentes na data do aumento do capital. A Cia. Ômega se beneficiou em detrimento dos 
demais acionistas, que abriram mão da subscrição de ações no aumento do capital.
58
Unidade II
4. Contabilização.
D = investimentos – Cia. Gama 2.000
C = caixa e equivalentes de caixa 2.000
Pela aquisição e integralização das novas ações.
D = investimentos – Cia. Gama 300
C = ganho por variação percentual
Outros resultados abrangentes (PL) 300
Pelo reconhecimento do ganho por variação patrimonial.
D = investimentos – Cia. Gama 1.050
C = resultado de equivalência patrimonial 1.050
Pelo reconhecimento do resultado de equivalência patrimonial.
D = dividendos a receber 315
C = investimentos – Cia. Gama 315
Pelo reconhecimento dos dividendos a receber.
Após os lançamentos, a Cia. Ômega apresenta um saldo na containvestimentos na Cia. Gama de 
$ 6.335, que traduz exatamente 70% do patrimônio líquido de Gama.
Exemplo 2
Considere as mesmas informações do Exemplo 1, mas admitindo, agora, que a Cia. Ômega subscreve 
apenas 40% das novas ações emitidas por Gama.
Solução
1. Calcular o novo percentual de participação.
Tabela 14
Gama % Ômega
Quantidade de ações existentes 4.000 55% 2.200
Quantidade de ações emitidas 2.000 40% 800
Total de ações 6.000 50% 3.000
O total das ações emitidas por Gama foi de 6 mil, e a Cia. Ômega detém 3 mil ações, representando 
50% das ações.
59
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
2. Calcular a equivalência patrimonial.
Tabela 15 
Gama % Ômega
PL antes do aumento de capital 6.000 55% 3.300
Aumento de capital 2.000 40% 800
Subtotal 8.000 4.100
Perda por variação percentual (100)
Total 8.000 50% 4.000
Lucro líquido do exercício 1.500 50% 750
Dividendos propostos (450) 50% (225)
Saldo final 9.050 50% 4.525
3. Conciliação da perda por variação percentual.
Reservas existentes antes do aumento do capital 2.000,00
Variação de percentual de participação (50% - 55%) - 5%
Perda por variação percentual (2.000 x -5%) (100,00)
A parcela de R$ 100 corresponde aos 5% de diminuição na participação acionária calculada sobre 
as reservas existentes na data do aumento do capital. A Cia. Ômega não se beneficiou do direito de 
preferência em subscrever ações no mesmo percentual anteriormente detido.
4. Contabilização.
D = investimentos – Cia. Gama 800,00
C = caixa e equivalentes de caixa 800,00
Pela aquisição e integralização das novas ações.
D = perda por variação percentual
Outros resultados abrangentes (PL) 100,00
C = investimentos – Cia. Gama 100,00
Pelo reconhecimento da perda por variação percentual.
D = investimentos – Cia. Gama 750,00
C = resultado de equivalência patrimonial 750,00
Pelo reconhecimento do resultado de equivalência patrimonial.
D = dividendos a receber 225,00
C = investimentos – Cia. Gama 225,00
Pelo reconhecimento dos dividendos a receber.
60
Unidade II
Após os lançamentos, a Cia. Ômega apresenta um saldo na conta investimentos na Cia. Gama de 
$ 4.525, que traduz exatamente 50% do patrimônio líquido de Gama.
5.4 Mais-valia, ágio por rentabilidade futura e ganho por compra vantajosa
De acordo com o CPC 18 (R2), na aplicação do método de equivalência patrimonial, o investimento 
em coligada e em controlada deve ser inicialmente reconhecido pelo valor de custo, e o seu valor 
contábil será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação no patrimônio líquido 
dessas sociedades investidas.
Ocorre que, na data do reconhecimento inicial, a negociação pode ser feita por um valor pago 
diferente do valor patrimonial da coligada ou controlada.
Quando o valor pago for maior que o valor patrimonial da investida, essa diferença pode ser 
atribuída a dois fatores, dependendo do fator que deu origem a essa diferença. Esses fatores podem 
ser identificados por:
• mais-valia de ativos líquidos;
• ágio por rentabilidade futura (goodwill).
Quando o valor pago for menor que o valor justo dos ativos líquidos, essa diferença representa um 
ganho, identificado por:
• ganho por compra vantajosa. 
 Lembrete
Os ativos líquidos correspondem ao valor dos ativos menos o valor dos 
passivos, portanto, expressam o patrimônio líquido.
5.4.1 Conceitos de mais-valia por ativos líquidos, ágio por rentabilidade futura e ganho 
por compra vantajosa
Entenderemos o conceito desses fatores que afetam o reconhecimento inicial dos investimentos 
avaliados pela equivalência patrimonial.
• Mais-valia de ativos líquidos: é a diferença entre o valor justo dos ativos líquidos e o valor 
contábil dos ativos líquidos da investida na data da aquisição.
• Ágio por rentabilidade futura (goodwill): é a diferença positiva entre o valor pago na 
aquisição da participação e o valor justo dos ativos líquidos da investida. A existência do ágio por 
rentabilidade futura está fundamentada na expectativa da investidora gerar lucros futuros com a 
aquisição desse negócio, ou seja, acreditar na capacidade desse negócio gerar riquezas futuras.
61
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
É necessário que na data da aquisição da participação a coligada ou controlada determine o valor 
justo dos ativos líquidos assim como o valor contábil do seu patrimônio líquido.
Embora a mais-valia e o ágio por rentabilidade futura integrem o valor contábil do investimento, 
para efeito de controle, é recomendável que sua contabilização seja segregada em contas distintas. 
• Ganho por compra vantajosa: é a diferença negativa entre o valor pago na aquisição da 
participação e o valor justo dos ativos líquidos da empresa. Esse ganho deve ser contabilizado 
como uma receita no resultado do período da investidora em contrapartida do investimento.
 Observação
No balanço patrimonial da investidora, o ágio por rentabilidade 
futura deverá ser classificado no subgrupo investimentos no ativo não 
circulante, pois representa parte do custo do seu investimento. Já no 
balanço patrimonial consolidado, deverá ser classificado no subgrupo ativo 
intangível, também no ativo não circulante – ICPC 09 (R2). 
5.4.2 Realização da mais-valia e do ágio por rentabilidade futura (goodwill)
A mais-valia fundamenta-se na existência dos ativos líquidos cujo valor justo seja superior ao valor 
contábil. Dessa forma, a realização (amortização) deve ser feita proporcionalmente à baixa dos ativos e 
passivos que lhe deram origem. 
Adriano (2018) exemplifica a realização de mais-valia da seguinte forma:
• no caso de estoques, quando de sua venda;
• no caso de imobilizado, proporcionalmente à sua depreciação, baixa por alienação ou teste 
de recuperabilidade;
• no caso de ativos intangíveis com vida útil definida, proporcionalmente à sua amortização, baixa 
por alienação ou teste de recuperabilidade.
A realização de mais-valia deverá ser registrada na conta de resultado de equivalência patrimonial 
por meio do seguinte lançamento:
D = resultado de equivalência patrimonial
C = mais-valia – coligada ou controlada X 
Isso se justifica porque, caso a investida pudesse contabilizar, por exemplo, o imobilizado que deu 
origem à mais-valia, pelo valor justo, contabilizaria o reflexo da depreciação desse imobilizado em seu 
62
Unidade II
resultado. Dessa forma, a amortização de mais-valia de ativos líquidos representa um ajuste no resultado 
líquido da investida.
Conclui-se que quando se tratar de mais-valia de ativos líquidos não sujeitos à depreciação, como 
terrenos e obras de arte ou de intangíveis com vida útil indefinida, não sofrerão amortização. A realização 
de mais-valia se dará quando da baixa dos respectivos ativos, por alienação, perdas ou pela aplicação do 
teste de recuperabilidade.
O ágio por rentabilidade futura não deve ser amortizado, conforme o item 32 (a) do CPC 18 (R2): 
“o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) relativo a uma coligada, a uma 
controlada ou a um empreendimento controlado em conjunto (neste caso, no balanço individual 
da controladora) deve ser incluído no valor contábil do investimento e sua amortização não é 
permitida” (CPC, 2013c).
Deve, portanto, permanecer no subgrupo investimentos até sua efetiva baixa.
 Saiba mais
Para saber mais sobre mais-valia e goodwill, leia o capítulo 11 do 
seguinte manual: 
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUARIAIS E 
FINANCEIRAS (FIPECAFI). Manual de contabilidade societária: aplicável a 
todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. 
3. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
Exemplo 1
A Cia. Mercúrio adquire, por R$ 15.000, 25% das ações da Cia. Netuno. O patrimônio líquido da Cia. 
Netuno, na data da negociação, era de R$ 50.000.
Nas bases da negociação a Cia. Netuno complementa com as seguintes informações:
• o valor justo de máquinas e equipamentos registradas no imobilizado vale R$ 2.000 a mais do que 
o valor que está contabilizado;
• existe uma patente criada pela própriaempresa, e por isso não contabilizada que pode ser 
negociada, no mercado, por R$ 1.600.
63
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
Pede-se: contabilizar a operação na data da negociação. 
Tabela 16 
Cia. 
Netuno
% de 
participação 
Valor 
justo
Cia. 
Mercúrio
Valor do PL na data da negociação 50.000 25% 12.500
Valor justo do imobilizado 2.000 25% 500
Valor justo da patente 1.600 25% 400
Mais-valia 900
Valor do patrimônio líquido a valor justo 53.600 25% 13.400
Ágio por rentabilidade futura 1.600
Valor pago na negociação 15.000
Contabilização
D = participações – Cia. Netuno 12.500
D = mais-valia – Cia. Netuno 900
D = ágio por rentabilidade futura – Cia. Netuno 1.600
C = caixa e equivalentes de caixa 15.000
Exemplo 2
A Cia. Negociante iniciou entendimentos com os acionistas da Cia. Negociada para adquirir 
40% de suas ações. Em 02/01/X8, para realizar o negócio, a Cia. Negociada fechou um balanço 
patrimonial a fim de demonstrar o patrimônio líquido naquela data. Em reunião entre os acionistas 
de ambas as companhias, eles analisaram o balanço entregue pelo contador da Cia. Negociada e 
complementaram com as seguintes informações:
O patrimônio líquido da Cia. Negociada, em 02/01/X8, era de R$ 100.000.
O valor justo dos ativos líquidos identificáveis da Cia. Negociada, em 02/01/X8, era R$ 150.000 
e referia-se ao valor justo de um terreno que estava registrado pelo valor de custo.
Ao fim da negociação, acertou-se que a Cia. Negociante pagaria pelos 40% das ações o valor 
de R$ 50.000.
Pede-se a contabilização da operação na data da aquisição da participação.
64
Unidade II
Tabela 17 
Cia. 
Negociada
% de 
participação Valor justo
Cia. 
Negociante
Valor do PL na data da negociação 100.000 40% 40.000
Valor justo dos ativos líquidos 50.000 40% 20.000
Mais-valia 20.000
Valor do patrimônio líquido a valor justo 150.000 40% 60.000
Ganho por compra vantajosa (10.000)
Valor pago na negociação 50.000
Conforme informações dadas, o valor justo dos ativos líquidos era de R$ 150.000, o que significa que 
esse é o valor do patrimônio líquido a valor justo, portanto, o valor justo dos ativos era de R$ 50.000.
(Ativos líquidos = patrimônio líquido)
Contabilização
D = participações – Cia. Negociada 40.000
D = mais-valia – Cia. Negociada 20.000
C = ganho por compra vantajosa (receita-resultado) 10.000
C = caixa e equivalentes de caixa 50.000
Exemplo 3
A Cia. Monte Alegre, em 31/12/X1, apresenta a seguinte situação no subgrupo de investimentos, com 
participações na Cia. Morro Bonito.
Participações – Cia. Morro Bonito 100.000
Mais-valia – Cia. Morro Bonito 15.000
Ágio por rentabilidade futura – Cia. Morro Bonito 1.600
A participação da Cia. Morro Bonito foi adquirida em 01/01/X1, e a mais-valia foi justificada por 
máquinas e equipamentos que serão depreciados em dez anos, sem valor residual.
Pede-se para registrar a realização (amortização) de mais-valia necessária para o fechamento do 
balanço patrimonial da Cia. Monte Alegre, em 31/12/X1.
Solução
A realização de mais-valia é feita proporcionalmente à baixa dos ativos que lhe deram origem. 
Como se trata de um imobilizado, ela é feita considerando a alienação ou é proporcional à depreciação. 
65
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
As máquinas e equipamentos que suportam a mais-valia serão depreciadas em dez anos, dessa forma, 
a realização da mais-valia será proporcional a esse período.
Mais-valia = 15.000 ÷ 10 anos = 1.500 ao ano.
Em 31/12/X1, o lançamento será:
D = resultado de equivalência patrimonial 1.500
C = mais-valia – Cia. Morro Bonito 1.500
6 RESULTADOS NÃO REALIZADOS EM OPERAÇÕES INTERSOCIEDADES
Um dos assuntos que mais sofreu alterações, a partir do alinhamento aos padrões internacionais, sem 
dúvida foi o tratamento dos lucros não realizados em operações entre sociedades coligadas e controladas. 
Os resultados não realizados ocorrem quando são realizadas operações de venda de ativos entre a 
investidora e coligada e entre controladora e controlada com lucros ou prejuízos. Quando esses ativos 
negociados, com lucros ou prejuízos no final do exercício, ainda não tiverem sido vendidos a terceiros e 
ainda constarem no ativo da sociedade compradora, surgirão os resultados não realizados e deverão ser 
eliminados para efeitos de apuração do resultado dessas sociedades.
As operações intercompanhias não geram lucro (economicamente), a não ser quando esses bens 
forem vendidos para terceiros. As diversas empresas de um mesmo grupo econômico devem ser avaliadas 
como uma única entidade, ou seja, para efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial, não 
devem ser computados os resultados não realizados decorrentes de negócios entre elas.
 Lembrete
Os investidores costumam enxergar um grupo econômico de uma forma 
única, simplificada, como se fosse apenas uma empresa ou “família”. Então, 
usando essa analogia, se um pai ou uma mãe vender um bem para um filho 
com lucro ou prejuízo, para a família não gerou lucro nem prejuízo.
Quando todos os ativos forem vendidos a terceiros, ou seja, quando não restarem mais ativos no 
balanço patrimonial da compradora, não existem mais resultados não realizados e, consequentemente, 
nenhum ajuste deverá ser feito.
A eliminação dos resultados não realizados está prevista na Lei nº 6.404/76, inciso I.
I – o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será 
determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação 
levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 
60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia; 
66
Unidade II
no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não 
realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras 
sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas (BRASIL, 1976).
O CPC 18 (R2) trata de forma diferenciada os resultados não realizados para as coligadas e controladas.
Para auxiliar o entendimento do referido CPC, o órgão emitiu a Interpretação Técnica ICPC 09 (R2), 
aprovada pelo CFC ITG 09 (R1), complementando de forma mais prática os esclarecimentos sobre lucros 
não realizados.
Os itens 28 e 28-A classificam as operações em transações ascendentes (upstream) e descendentes 
(downstream). Uma transação é ascendente (upstream) quando a coligada vende para a investidora ou 
quando a controlada vende para a controladora. Uma transação é descendente (downstream) quando a 
investidora vende para a coligada ou a controladora vende para a controlada. 
Investidora
Controladora
Investidora
Controladora
Coligada
Controlada
Coligada
Controlada
Downstream Upstream
Figura 9 
Acentuamos a seguir o que dispõem esses itens:
28. Os resultados decorrentes de transações ascendentes (upstream) e 
descendentes (downstream), envolvendo ativos que não constituam um 
negócio, conforme definido pelo Pronunciamento Técnico CPC 15, entre 
o investidor (incluindo suas controladas consolidadas) e a coligada ou o 
empreendimento controlado em conjunto devem ser reconhecidos nas 
demonstrações contábeis do investidor somente na extensão da participação 
de outros investidores sobre essa coligada ou empreendimento controlado em 
conjunto, desde que esses outros investidores sejam partes independentes do 
grupo econômico ao qual pertence a investidora. As transações ascendentes 
são, por exemplo, vendas de ativos da coligada ou do empreendimento 
controlado em conjunto para o investidor. A participação da entidade 
no resultado de coligada ou empreendimento controlado em conjunto 
resultante dessas transações deve ser eliminada. As transações descendentes 
são, por exemplo, vendas de ativos do investidor para a coligada ou para o 
empreendimento controlado em conjunto. (Alterado pela Revisão CPC 08) 
28A. Os resultados decorrentes de transações descendentes (downstream) 
entre a controladora e a controlada não devem ser reconhecidos nas 
demonstrações contábeis individuais da controladora enquanto os ativostransacionados estiverem no balanço de adquirente pertencente ao mesmo 
67
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
grupo econômico. O disposto neste item deve ser aplicado inclusive quando 
a controladora for, por sua vez, controlada de outra entidade do mesmo 
grupo econômico (CPC, 2013c, p. 9-10). 
6.1 Venda com lucro da investidora para uma coligada ou empreendimento 
controlado em conjunto – CPC 18 (R2), item 28; ICPC 09 (R2), itens 48 a 52
Nas operações de downstream, de venda de ativos da investidora para a coligada, os lucros obtidos 
em operações de ativos que ainda permaneçam na coligada são considerados lucros não realizados na 
proporção da participação da investidora na coligada. As parcelas do lucro proporcional à participação 
dos demais sócios na coligada devem ser realizadas na investidora. Apenas a parcela relativa à sua 
própria participação deve ser considerada não realizada.
Exemplo
A Cia. Silva participa com 40% no capital da investida, Cia. Souza. A investidora vende 
mercadorias para coligada por R$ 300.000, com lucro de 25%. No final do exercício a coligada 
ainda mantém em seus estoques metade dessas mercadorias adquiridas. Vamos admitir que a única 
movimentação no patrimônio líquido da Cia. coligada no período foi o lucro líquido do exercício 
no valor de R$ 100.000.
Pede-se: calcule os lucros não realizados a serem excluídos pela investidora. Desconsidere os 
efeitos tributários.
1. Calcular o lucro contido na venda da investidora para a Cia. Coligada
Venda de mercadorias 300.000
Lucro (25%) 75.000
Desse lucro permanecem nos estoques da coligada 50% = 37.500
2. Calcular o lucro não realizado
Tabela 18 
Lucro líquido da Cia. Coligada 100.000
Percentual de participação 40%
Resultado de equivalência patrimonial 40.000
Lucros não realizados contidos nos estoques da Cia. Coligada 37.500
Percentual de participação 40%
Lucros não realizados com coligadas 15.000
68
Unidade II
Contabilização
D = investimentos em coligadas 40.000
C = resultado de equivalência patrimonial 40.000
D = lucros não realizados com coligadas (resultado) 15.000
C = lucros a realizar com coligadas (redutora de investimento) 15.000
Reflexo na demonstração do resultado do exercício da Cia. Investidora:
Resultado de equivalência patrimonial 40.000
(-) Lucros não realizados com coligadas (15.000) 
 25.000
Reflexo no balanço patrimonial da Cia. Investidora:
Investimentos em coligadas Valor do investimento
(-) Lucros a realizar com coligadas (15.000)
6.2 Venda com lucro da coligada (ou empreendimento controlado em conjunto) 
para a investidora – CPC 18 (R2), item 28; ICPC 09 (R2), itens 53 e 54
Nas operações de upstream, de venda de ativos da coligada para a investidora (ou empreendimento 
controlado em conjunto), devem ser eliminados os lucros não realizados por operação de ativos ainda 
em poder da investidora. Vejamos como devem ser eliminados: aplicar o percentual de participação 
sobre o lucro líquido da coligada deduzido o total do lucro que for considerado como não realizado pela 
investidora e contabilizar como resultado de equivalência patrimonial.
Exemplo
Vamos utilizar os dados do exemplo anterior, só que, agora, considerando que a venda seja feita pela 
coligada para a investidora.
1. Calcular o lucro contido na venda da coligada para a investidora
Venda de mercadorias 300.000
Lucro (25%) 75.000
Desse lucro permanecem nos estoques da investidora 50% = 37.500
69
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
2. Calcular o lucro não realizado
Tabela 19 
Lucro líquido da Cia. Coligada 100.000
(-) Lucros não realizados contidos nos estoques da Cia. Investidora (37.500)
Lucro líquido ajustado para fins de MEP 62.500
Percentual de participação 40%
Resultado de equivalência patrimonial 25.000
Contabilização
D = investimentos em coligadas 25.000
C = resultado de equivalência patrimonial 25.000
Cálculo do lucro não realizado efetivamente eliminado
REP antes dos lucros não realizados (100.000 x 40%) 40.000
REP após lucros não realizados (25.000)
Lucro não realizado efetivamente eliminado (40% x 37.500) 15.000
 Observação
REP significa resultado de equivalência patrimonial.
6.3 Venda com lucro da controladora para a controlada – CPC 18 (R2), itens 
28A a 28C; ICPC 09 (R2), itens 55 a 55C
Nas operações de downstream, de venda de ativos da controladora para a controlada, os lucros não 
realizados devem ser totalmente eliminados. Os lucros não realizados devem ser excluídos no resultado 
da controladora deduzindo-se 100% dos lucros contidos nos ativos ainda em poder da compradora 
(controlada) da seguinte forma: aplicar o percentual de participação sobre o lucro líquido da controlada 
e contabilizar como resultado de equivalência patrimonial.
Exemplo
Vamos utilizar os dados do exemplo anterior, só que, agora, considerando que a venda seja feita 
pela controladora para a controlada. Por se tratar de controladora e controlada, vamos admitir um 
percentual de participação de 60%.
70
Unidade II
1. Calcular o lucro contido na venda da controladora para a controlada
Venda de mercadorias 300.000
Lucro (25%) 75.000
Desse lucro permanecem nos estoques da controlada 50% = 37.500
2. Calcular o lucro não realizado
Tabela 20 
Lucro líquido da Cia. Controlada 100.000
Percentual de participação 60%
Resultado de equivalência patrimonial 60.000
Lucros não realizados contidos nos estoques da Cia. Controlada 37.500
Resultado da equivalência patrimonial após eliminação 22.500
Contabilização
D = investimentos em controladas 60.000
C = resultado de equivalência patrimonial 60.000
D = lucros não realizados com controladas (resultado) 37.500
C = lucros a realizar com controladas (redutora de investimento) 37.500
Reflexo na demonstração do resultado do exercício da Cia. Controladora:
Resultado de equivalência patrimonial 60.000
(-) Lucros não realizados com controladas (37.500) 
 22.500
Reflexo no balanço patrimonial da Cia. Controladora:
Investimentos em controladas Valor do investimento
(-) Lucros a realizar com controladas (37.500)
6.4 Venda com lucro da controlada para a controladora – CPC 18 (R2), itens 
28A, 28B e 28C; ICPC 09 (R2), itens 56 a 56B
Nas operações de upstream, de venda da controlada para a controladora, o lucro deve ser reconhecido 
na controlada normalmente. Nas demonstrações individuais da controladora, o cálculo da equivalência 
patrimonial deve ser feito deduzindo-se do patrimônio líquido da controlada, isto é, 100% do lucro 
contido no ativo em poder da controladora.
71
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
Exemplo
Vamos utilizar os dados do exemplo anterior, só que, agora, considerando que a venda seja feita 
pela controlada para a controladora. Por se tratar de controladora e controlada, vamos admitir um 
percentual de participação de 60%.
1. Calcular o lucro contido na venda da controlada para a controladora
Venda de mercadorias 300.000
Lucro (25%) 75.000
Desse lucro permanecem nos estoques da controladora 50% = 37.500
2. Calcular o lucro não realizado
Tabela 21 
Lucro líquido da Cia. Controlada 100.000
(-) Lucros não realizados contidos no estoque da Cia. Controladora (37.500)
Lucro líquido ajustado para fins de MEP 62.500
Percentual de participação 60%
Resultado da equivalência patrimonial 37.500
Contabilização
D = investimentos em controladas 37.500
C = resultado de equivalência patrimonial 37.500
Cálculo do lucro não realizado efetivamente eliminado
REP antes dos lucros não realizados (100.000 x 60%) 60.000
REP após lucros não realizados 37.500 
Lucro não realizado efetivamente eliminado (37.500 x 60%) 22.500
 Saiba mais
É imprescindível a leitura do CPC 18 (R2) e da ICPC 09 (R2), normas que 
definem a aplicação do método da equivalência patrimonial.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento 
Técnico CPC 18 (2) – Investimento em Coligada, Controlada e em 
Empreendimento Controlado em Conjunto. CPC, 2013c. Disponívelem: 
<http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/263_CPC_18_(R2)_rev%2013.
pdf>. Acesso em: 24 abr. 2019. 
72
Unidade II
___. Pronunciamento Técnico ICPC 09 (2) – Demonstrações Contábeis 
Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação 
do Método de Equivalência Patrimonial. CPC, 2009. Disponível em: <http://static.
cpc.aatb.com.br/Documentos/494_ICPC_09_(R2)_rev%2009.pdf>. Acesso em: 
24 abr. 2019.
 Resumo
Nesta unidade, tratamos especificamente da aplicação da técnica da 
equivalência patrimonial e todos os aspectos que envolvem seu cálculo 
e sua contabilização. Vimos que a aplicação dessa técnica consiste em 
aplicar, nos investimentos da investidora, o percentual de participação no 
patrimônio líquido da investida.
A demonstração contábil apropriada para a avaliação de investimentos 
pela equivalência patrimonial é a demonstração das mutações do 
patrimônio líquido da investida. Para tanto, a aplicação da técnica exige 
estudo e acompanhamento contínuo do patrimônio líquido da empresa 
que está sendo avaliada por esse método. Todas as alterações ocorridas 
no patrimônio líquido da investida são refletidas nos investimentos da 
investidora proporcionalmente ao percentual de participação. Assim, as duas 
informações imprescindíveis para a aplicação do método são: o percentual 
de participação e as mutações do patrimônio líquido da investida.
Também ilustramos os reflexos da mudança de variação percentual da 
investidora e os impactos provocados em suas demonstrações contábeis. 
As sociedades podem deliberar aumentar o capital social para diferentes 
finalidades, entre elas, fatores estratégicos, aumentar o caixa e até criar ou 
desenvolver novos projetos. Esse aumento de capital é fixado pelos acionistas 
em assembleia geral. Quando a empresa aumenta o capital social com a 
emissão de novas ações, os atuais acionistas têm preferência na subscrição 
dessas novas ações proporcionalmente ao número de ações detidas naquela 
data. Se todos os acionistas fizerem uso dessa prerrogativa, não será preciso 
fazer qualquer alteração do percentual de participação. Contudo, se algum 
acionista não exercer o direito preferência, abrirá a oportunidade de outros 
acionistas aumentarem o percentual de participação antes existente, o 
que provocará a apuração de ganhos ou perdas por variação percentual. 
Esses ganhos e perdas deverão ser registrados como outros resultados 
abrangentes diretamente no patrimônio líquido da investidora.
Outro ponto importante focado nesta unidade foi o tratamento do 
reconhecimento inicial do investimento. Muitas vezes, a negociação não se 
dá pelo valor patrimonial do investimento. Nesse caso, o custo de aquisição 
73
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
pode ser desdobrado em: valor do patrimônio líquido na data da aquisição, 
mais-valia e ágio por rentabilidade futura (goodwill). A determinação 
da mais-valia deve ser feita por meio de laudo elaborado por peritos 
independentes conhecedores do negócio. Já o ágio por rentabilidade 
futura é o valor pago a mais em relação ao valor justo dos ativos líquidos 
da investida. Quando o valor pago for menor que o valor justo dos ativos 
líquidos, tem-se o ganho por compra vantajosa.
Por fim, estudamos os resultados não realizados em operações 
intersociedades, um tema que passou por grandes alterações nos últimos 
tempos e que, em geral, apresenta maior dificuldade de entendimento. 
A respeito do assunto, os pronunciamentos contábeis tratam de forma 
diferenciada os resultados não realizados de coligadas e de controladas. 
Para tal, destacamos exemplos para esclarecer a questão. 
 Exercícios
Questão 1. A composição do capital social da empresa Tales of Avalon é a seguinte: 240.000 ações 
ordinárias e 240.000 ações preferenciais ao valor nominal de R$ 1,00 por ação. A empresa Seven Son 
adquire 124.800 ações ordinárias e 96.000 ações preferenciais, sem ágio nem deságio. No primeiro 
exercício, após a negociação, a Tales of Avalon divulga a apuração de um lucro líquido do exercício 
de R$ 180.000 e distribuição de dividendos no valor de R$ 36.000. Com base nessas informações, avalie 
as afirmativas a seguir.
I – A Tales of Avalon é uma controlada da Seven Son. 
PORQUE
II – A Seven Son detém mais do que 50% do capital votante da Tales of Avalon e os investimentos 
devem ser avaliados pelo método de custo.
Considerando o exposto, é correto afirmar que:
A) A primeira afirmativa é falsa, e a segunda é verdadeira.
B) A primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa.
C) As duas são falsas.
D) As duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
E) As duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
Resposta correta: alternativa B.
74
Unidade II
Análise das afirmativas
I – Afirmativa verdadeira.
Justificativa: a Seven Son detém 52% das ações ordinárias da Tales of Avalon, o que caracteriza 
empresa controlada. Vejamos os números.
Tabela 22 
Quantidade de ações
Empresas Ordinárias Preferenciais Total
Seven Son 124.800 96.000 220.800
Tales of Avalon 240.000 240.000 480.000
% de participação 52% 40% 46%
II – Afirmativa falsa.
Justificativa: como a Seven Son detém mais do que 50% do capital votante da Tales of Avalon 
(52%), os investimentos devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial.
Questão 2. A empresa Zaraplasta adquiriu, em 01.01.X0, 56% do total das ações do capital 
da empresa Morosol pelo valor total de R$ 105.840. A Morosol tinha um patrimônio líquido 
nesta data de R$ 189.000, apurou lucro de R$ 12.400 no exercício social de X0 e declarou 
dividendos de R$ 5.800 em 31.12.X0. Sabendo-se que os investimentos são avaliados pelo método 
de equivalência patrimonial, o valor do investimento da Zaraplasta em 31.12.X0 é de:
A) 105.700.
B) 109.536.
C) 124.040.
D) 175.302.
E) 169.502.
Resolução desta questão na plataforma.

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