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15- LIGAMENTOS DO JOELHO

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1 GABRIELA VIEIRA MEDFIPGBI 2021.2 
Quais são os ligamentos do joelho? 
O que ocorre (do ponto de vista clínico - biodinâmico) com o paciente 
com lesão total de cada um destes ligamentos (joelho)? 
 Os ligamentos são fundamentais na articulação do joelho, pois auxiliam 
no fortalecimento e estabilidade da articulação. Eles são classificados em 
ligamentos intra-articulares e extracapsulares. 
 Os ligamentos intra-articulares consistem em ligamentos cruzados e 
meniscos. Os ligamentos cruzados cruzam-se dentro da cápsula articular, 
porém, fora da cavidade sinovial. Localizados no centro da articulação e cruzam-
se formando um ângulo obliquo, como uma letra X. 
O ligamento cruzado anterior é o mais fraco dos ligamentos cruzados e 
começa na área intercondilar anterior da tíbia, posterior à fixação do menisco 
medial. Tem a função de limitar a rolagem posterior dos côndilos do fêmur sobre 
o platô tibial durante a flexão, convertendo-o em rotação, ele também impede o 
deslocamento posterior do fêmur sobre a tíbia e a hiperextensão da articulação 
do joelho. Quando a articulação é arqueada em ângulo reto, a tração anterior da 
tíbia não é possível porque é segura pelo ligamento cruzado anterior. 
O ligamento cruzado posterior, é o mais forte dos ligamentos cruzados, 
origina-se da área intercondilar posterior da tíbia. Segue em sentido superior e 
anterior na face medial do ligamento posterior anterior para se fixar à parte 
anterior da face lateral do côndilo medial do fêmur. O ligamento tem função de 
limitar a rolagem anterior do fêmur sobre o platô tibial durante a extensão, 
convertendo-a em rotação; impede o deslocamento anterior ou o posterior do 
fêmur sobre a tíbia e ajuda a evitar a hiperflexão da articulação do joelho. 
O menisco é uma lamina de fibrocartilagem na face articular da tíbia, que 
aprofunda a superfície e absorve o choque. Os meniscos são mais grossos em 
suas margens externas e afinam até formarem margens finas. Eles estão presos 
em suas extremidades na área intercondilar da tíbia, sendo classificados em 
menisco medial e o menisco lateral. 
Os ligamentos extracapsulares como o próprio nome já diz, são 
ligamentos externos, que tem a função de auxiliar no fortalecimento da cápsula 
articular, que reveste toda a articulação. São classificados em: ligamento da 
patela, ligamento colateral fibular, ligamento colateral tibial, ligamento poplíteo 
arqueado. 
O ligamento da patela está situado anteriormente e liga a tuberosidade da 
tíbia a patela. Ele auxilia no alinhamento da face patelar a patela. Logo, o 
ligamento colateral tibial propaga-se do epicôndilo lateral do fêmur até a cabeça 
da fíbula. Ele também é conhecido como ligamento colateral medial e é mais 
comum ver lesões desse ligamento do que o colateral lateral. Formando os 
ligamentos extracapsulares podemos citar o ligamento poplíteo obliquo, 
localizado posterior ao côndilo medial da tíbia. E o ligamento poplíteo arqueado 
forma na região posterior da cabeça da fíbula e segue supero medialmente. 
 
Se existir a ruptura de qualquer um desses ligamentos citados acima, o 
joelho pode se tornar frágil e posteriormente causar acidentes. Se houver fratura 
total de todos os ligamentos, a união entre os ossos acaba ficando 
desequilibrado e impossibilitando ou até mesmo dificultando o paciente 
acometido a andar. 
A lesão do ligamento colateral tibial é a mais comum, pois o paciente 
apresenta inchaço e dor localizada, além do derrame de sangue intra-articular. 
Outra lesão mais comum é a lesão do ligamento cruzado anterior, sendo 
recorrente mais em esportes, onde os pés estão fixados ao solo e a perna sofre 
a rotação juntamente com o corpo. Com essa rotação, o atleta sente um estalo 
e não consegue mais prosseguir com o esporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: (USAR NORMAS ABNT) 
Gray's anatomia: a base anatômica da prática clínica. 40. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2010. 
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e 
fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
MOORE, Keith L. Anatomia Orientada para a Pratica Clinica. 4 ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2001

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