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atenção primária e territorialização

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Atenção primária à saúde - Júlia Santos Bouzada 
Pressupostos da descentralização: hierarquização, refere-se à divisão dos serviços em: 
• Atenção primária: promoção e prevenção 
• Atenção secundária: assistência médica 
• Atenção terciária: assistência hospitalar 
“A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde individuais, familiares e 
coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução 
de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado 
integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em 
território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária” 
Princípios: 
• Universalidade 
• Equidade 
• Integralidade 
Diretrizes: 
• Territorialização e adscrição 
• População adscrita 
• Coordenar o cuidado 
• Ordenar as redes 
• Longitudinalidade do cuidado 
• Resolutividade 
• Cuidado centrado na pessoa 
• Regionalização e hierarquização 
• Participação da comunidade 
Constitui serviço de atenção primária todos os estabelecimentos que prestam atenção básica. 
Faz parte do sistema a Estratégia Saúde da Família, atrelado aos agentes comunitários de saúde. Existem 
3 modalidades de UBS: 
• Modalidade tradicional: 
o Médicos das clínicas básicas (clínico geral, pediatra e ginecologista), equipes de 
enfermagem e saúde bucal 
o Os profissionais atuam como trabalhadores, com cada um na sua função 
definida 
o curativo, vacina, fornecimento de medicamentos, coleta de papanicolaou, 
tratamento para hanseníase, tuberculose; encaminhamentos para 
especialidades mais complexas 
o Nessa modalidade, uma UBS é responsável por uma população de cerca de 18 
mil habitantes (área urbana) e o paciente que procura a UBS para atendimento 
• Modalidade mista (ESF + tradicional) 
o ESF atuando apenas em uma parte do território. 
o As visitas domiciliares, os grupos educativos e as consultas das equipes da ESF 
são oferecidas apenas para os pacientes que residem na área de abrangência da 
equipe da ESF. 
o Os problemas de saúde da população muitas vezes extrapolam o conhecimento 
dos profissionais da ESF. 
o Para isso as equipes contam com outra equipe denominada NASF (Núcleo de 
Apoio à Saúde da Família). Essas equipes são itinerantes. 
o Os profissionais do NASF variam, mas em sua maioria, as equipes são formadas 
por: pediatras, ginecologistas, psiquiatras, acupunturistas, psicólogo, educador 
físico, assistente social, nutricionista, terapeuta ocupacional etc. 
• Modalidade ESF pura (modalidade de atendimento de uma UBS) 
o Nessa modalidade temos 1 UBS para 12 mil pessoas (recomendado) 
o O território é dividido em áreas. 
o Cada área tem uma equipe responsável. 
o Composição mínima da equipe de ESF: 
→ 01 médico (preferencialmente de família e comunidade) 
→ 01 enfermeiro 
→ 01 a 02 auxiliares e/ou técnicos de enfermagem 
→ Número de ACS suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, 
com o máximo de 750 pessoas por ACS por ESF 
→ População adscrita por equipe de Saúde da Família (ESF) de 2.000 a 
3.500 pessoas (mas esse número pode variar de acordo com o gestor 
local) 
→ Em UBS com ESF há equipes de dentistas. A cada 3 equipes da ESF pode-
se implantar 1 equipe de saúde bucal (dentista, auxiliar, tecnico de 
saúde bucal) 
 
Princípios organizacionais das EAB e ESF: o ponto de partida para um adequado 
desenvolvimento das ações de uma equipe de saúde da família é o diagnóstico da realidade a ser 
trabalhada. Pra isso, é necessário: 
• Adscrição da clientela: definição precisa do território de atuação 
• Diagnóstico da situação da saúde da população: cadastramento das famílias e dos 
indivíduos, gerando dados que possibilitem a análise da saúde do território 
• Mapeamento do território: mapa da área, compreendendo segmento populacional 
determinado 
• Planejamento baseado na realidade local: programação das atividades segundo critérios 
de risco à saúde, priorizando solução dos problemas. 
Organização da EAB e ESF: 
1o passo: adscrição da clientela 
• Reconhecimento da clientela adscrita: planejamento/determinar os dados necessários. 
Dados primários (prontuários, fichas de cadastramento, entrevista) e dados secundários 
(sistema de informações em saúde, IBGE, cartórios) 
▪ Demográficos 
▪ Socioeconômicos 
▪ Socioculturais 
▪ Meio ambiente 
▪ Morbilidades e condições de risco 
▪ Mortalidade 
 2o passo: diagnóstico da situação de saúde da população. Para o diagnóstico, utiliza-se: 
• Dados primários e secundários 
• Ressalta-se que informações qualitativas, obtidas pela comunidade e também pela 
observação in loco ajudam a melhor identificar a área 
=> O Diagnóstico de saúde é realizado juntamente com as lideranças comunitárias locais, com 
grande participação dos ACS. 
3o passo: mapeamento da área de atuação das EAB e ESF 
É a representação gráfica no papel, da área de atuação da equipe contendo suas principais 
informações geográficas (residências, ruas, estradas, estabelecimentos escolares, religiosos e de saúde, 
características geográficas – rios, montes, córregos e outras) e populacionais (grupos específicos a serem 
priorizados) O resultado contém as microáreas de risco e as barreiras geográficas. É de suma 
importância para: 
• Programação das ações de saúde 
• Elaboração do roteiro de visitas 
• Execução e acompanhamento das atividades na comunidade 
• Permanente processo de avaliação dos resultados 
 
Territorialização 
Metodologia utilizada para definir o território. Consiste em: 
• Fazer o reconhecimento do território adscrito 
• Levantar problemas de saúde da população, elaborar diagnóstico 
• Mapear a área 
• Planejamento estratégico das ações de saúde 
O território, em saúde, é a unidade geográfica única, de construção descentralizada do SUS na execução 
das ações estratégicas destinadas à vigilância, promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde. 
Atribuições comuns a todos os profissionais da ESF: 
• Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, 
identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos, inclusive aqueles relativos a 
trabalho, e da atualização contínua dessas informações, priorizando as situações a serem 
acompanhadas no planejamento local 
• Garantir a integralidade da atenção por meio de realizações de ações de promoção da saúde, 
prevenção de agravos e curativas; e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da 
realização programáticas e da vigilância à saúde. 
• Realizar cuidado em saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito a unidade de 
saúde, no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outras), 
quando necessário. 
• Realizar escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações, proporcionando 
atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do vínculo. 
• Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais 
com a equipe, sob coordenação da SMS 
• Promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o controle social. 
Zoonose: Doenças infecciosas capazes de ser naturalmente transmitidas entre animais e seres 
humanos. Agentes: bactérias, fungos, vírus, helmintos. One Health. 
Atribuições da vigilância de zoonose: 
• Acompanhar e notificar espécies de importância médica, gerando mapas e dados importantes 
para a vigilância epidemiológica e atuação das equipes de saúde nos territórios 
• Desenvolver pesquisas 
• Elaborar normas técnicas, protocolos de conduta e procedimentos referentes à prevenção e 
controle de zoonoses. 
• Espécies: 
o Vetores 
o Peçonhentos 
o Hospedeiros 
• Centros de controle de zoonoses: desenvolve trabalhos de saneamento ambiental, educação, 
prevenção, proteção e promoção à saúde pública, por meio devigilância de animais domésticos 
(cães, gatos) e sinantrópicos (morcegos, pombos, ratos, mosquitos e abelhas, etc) 
 
 
 
 
 
 ATIVIDADE: 
Um médico foi nomeado para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de um munícipio de médio porte. 
Ao assumir a SMS, solicitou um diagnóstico geral da situação de saúde dos habitantes do município, que 
seria apresentado em reunião com profissionais da saúde e do Conselho Municipal de Saúde. O 
diagnóstico de saúde revelou as seguintes situações: RMM (razão de mortalidade materna) = 
92/100.000 NV (nascidos vivos); CMI (coeficiente de mortalidade infantil) = 30/1.000 NV; ausência de 
registro de casos de hanseníase e tuberculose. Durante a reunião, alguns profissionais se pronunciaram 
para complementar as informações necessárias à gestão da SMS. O médico coordenador da Estratégia 
Saúde da Família (ESF) informou a existência de 15 equipes de saúde da família (10 completas e 5 
incompletas) e os problemas relacionados à alta rotatividade dos profissionais médicos, o que gerava 
conflitos na organização e atribuições dos membros das equipes. O presidente do Conselho Municipal 
de Saúde reivindicou a construção de mais Unidades Básicas de Saúde da Família, pois, devido às 
características geográficas do município, em algumas áreas, era difícil o acesso da população. Ficou 
decidido, ao final da reunião, que o primeiro passo seria uma nova territorialização do município. 
Considerando a situação hipotética apresentada, faça o que se pede nos itens a seguir. 
 1) Enumere os passos a serem seguidos para a realização da territorialização e do diagnóstico 
situacional do município. R: Para realizar a territorialização do município será necessário: reconhecer o 
território adscrito, mapear a área, levantar os problemas de saúde da população e diagnosticá-los e 
planejar a atuação estratégica nessa área. 
2) Entre os problemas de saúde apontados, escolha dois e trace um plano de intervenção para resolvê-
los. R: Tuberculose: vacinação compulsória, campanha de conscientização. Hanseníase: vacinação 
compulsória. Mortalidade infantil: melhorar as condições socioeconômicas da população (reduzir 
miséria, fome, entre outros). Mortes maternas: acompanhamento pré-natal. Subnotificação (zero dados 
de doenças comuns). 
 
VERDADEIRO OU FALSO: 
• O método de territorialização permite o diagnóstico qualitativo de saúde, o planejamento, a 
programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais (V) 
• Participar do processo de territorialização é uma das atribuições comuns a todos os profissionais 
da Estratégia de Saúde da Família, incluindo-se o médico (V) 
• O método de territorialização permite atuação da equipe, analisando a situação de saúde 
considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas 
de um determinado território (V) 
• A territorialização implica apenas em um processo de coleta e sistematização de dados 
demográficos, socioeconômicos, político culturais, epidemiológicos e sanitários que, 
posteriormente, devem ser interpretados e atualizados periodicamente pela equipe de saúde (F) 
• Na AB, as ações de vigilância em saúde constituem um processo contínuo e sistemático de 
coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, já 
que o território é vivo. (V) 
• As ações de saúde na AB visam o planejamento e a implementação de ações públicas para a 
proteção da saúde da população com prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem 
como para a promoção da saúde (V) 
• A Estratégia Saúde da Família não constitui em estratégia prioritária para expansão e 
consolidação da Atenção Básica (F) 
• É responsabilidade de todas as esferas do governo garantir provimento e estratégias de fixação 
de profissionais de saúde na Atenção Básica, como a garantia de direitos trabalhistas e 
previdenciário, com vistas a promover ofertas de cuidado e o vínculo (V) 
• Os gestores municipais devem organizar o fluxo de pessoas, instituindo e garantindo os fluxos 
definidos na Rede de Atenção à Saúde entre os diversos pontos de atenção de diferentes 
configurações tecnológicas, para garantir a integralidade do cuidado (V) 
 
	Atenção primária à saúde - Júlia Santos Bouzada
	Territorialização

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