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Sentimento vago, quando a pessoa sente algo, mas não sabe o que é, caracterizando um sentimento desagradável. É considerada uma reação natural, necessária e passageira para que nosso organismo possa se defender e adaptar a determinada situação, sendo que não precisa ser tratada. Entretanto, a ansiedade pode se tornar patológica a qual requer tratamento específico. A ansiedade se torna patológica quando estado persiste por algum tempo o após o término da causa, ou quando surge sem causa aparente. A ansiedade geral leva ao estresse. É uma resposta física do organismo quando está sobre tensão (ansiedade). Tem como finalidade gerar adaptação no organismo estressor ou as mudanças advinda de suas presenças - Sistema Nervoso Autônomo e o Estresse: quando submetidos a situações de ansiedade e estresse, todas as sensações viscerais (coração acelerado, sudorese na palma da mão, transtorno do sono) estão relacionadas ao SNA simpático. Enquanto as emoções (medo, sentimento de apreensão) estão relacionadas ao sistema límbico (conjunto de estruturas neurais responsável pelos comportamentos e emoções de sobrevivência). Portanto, em situações de estresse, algumas áreas do cérebro são atividas, como as amígdalas (fazem parte do sístema límbico), a ativação da substância cinzenta periaquedutal, ativação do hipotálamo (sensação viscerais) e do sistema nervoso simpático. O sistema límbico faz parte do cérebro, chamado de cérebro límbico. O nosso cerébro pode ser organizado em três estruturas: → Córtex/ neocórtex: parte responsável pelo raciocinio e pensamento. → Límbico: responsável pelos nossos comportamentos e emoções. → Réptil/reptiliano: responsável pelo nosso instinto e modo de agir. Todo estresse envolve sintomas físicos e psíquicos: → FÍSICOS: alterações sensoriais, motoras e autonômicas que são ativadas pelo SNA (o qual é ativado pelo hipotálamo) devido a reações: •Autonômicas: taquicardia, vasoconstrição periférica (aumento da pressão arterial, suor, taquipneia ou dispneia e sensação de afogamento, piloereção e midríase. •Musculares: espasmos, dores, tremores. •Cinestésicas: parestesias (formigamento, pressão, frio ou queimação) nas mãos e pés, calafrios, hipo ou hiperestesias (diminuição ou aumento da sensibilidade sensorial cutânea). → PSÍQUICOS: ocorre a ativação do eixo de punição do sistema límbico (amígdalas) devido a alterações emocionais, intelectuais e comportamentais, inquietação motora, irritabilidade aumentada, hiper ou hipofagia hiperdipsia, logorreia, mal- estar indefinido, insegurança, tensão e nervosismo, apreensão, aceleração do pensamento, dificuldade de concentração e sensação de medo. - Amígdalas: é formada por vários núcleos. Quando ativada, vai emitir fibras nervosas para o hpotálamo, que vai promover as respostas autônomas, para a substância periaquedualresponsável pelas reações comportamentais e para o cóxtex cerebral. A serotonina (5-HT) é um dos neurotrasmissores liberado na amigdala que vai ativar essa estrutura do sistema nervoso. Em compensação, existe interneurônios inibitórios da sinapse que são contrarreguladores da ansiedade, liberando GABA (anciolítico) que vai inibir a serotonina na sinapse. Toda vez que a amigdala estimula o SNA e o hipotálamo, ocorre uma exarcebação do simpático, em que vai ocorrer a participação das duas partes da glândula suprarrenal, a medula suprarrenal que libera adrenalina na fase aguda, e o córtex da suprarrenal que libera cortisol na fase crônica (hôrmonio do estresse). - Fases do Estresse: 1)- ALERTA OU FASE INICIAL: é um mecanismo neural (reflexo) que ativa o SNA simpático liberando adrenalina e noradrenalina 2)- RESISTÊNCIA: mecanismo humoral de adaptação (ou tentativa) ao estímulo agressor. Ocorre a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (cortisol) caso o estresse persista por mais de 6 a 8 horas. Depois de um período sob ação do estresse, ocorre dessensibilização dos receptores da noradrenalina. Esse mecanismo é protetor e importante na adaptação do organismo ao estresse, na fase de resistência. Também ocorre uma contraposição do S.N.A. Parassimpático na tentativa de alcançar o equilíbrio. 3)- DESCOMPENSAÇÃO OU EXAUSTÃO = SÍNDROME DA ADAPTAÇÃO: esgotamento dos recursos adaptativos, levando a doenças psicossomáticas. Fase de adoecimento em função da ausência de adaptação - Doenças causadas pelo estresse: infarto do miocárdio; úlceras pépticas; doenças circulatórias; envelhecimento precoce; câncer; doenças psiquiátricas. - Efeito do Cortisol no Corpo: a liberação do cortisol é controlada por feedback negativo, sendo que toda vez que aumenta o nível de cortisol na corrente sanguínea, o cortisol é levado e inibindo a hipófise e o hipotálamo. Assim, toda vez que a adeno-hiopófise liberar ACTH, ocorre o aumento do cortisol e consequentemente o feedback negativo. Porém, a exposição contínua do sistema límbico (amgdala) ao agente extressor, se sobrepõe ao mecanismo de feedback. No nosso corpo, o excesso de cortisol acarreta efeito destruidor (catabólico) sobre os tecidos, tendo a função imune suprimida. Sendo assim, ao longo prazo, os efeitos do cortisol sobre o cérebro atinge as áreas relacionadas à motivação, memória e aprendizado, principalmente o hipocampo, apresentam receptores para o cortisol, ocorrendo: •O aumento da atividade cerebral, principalmente no córtex límbico. •Modificações neurais relacionadas ao aprendizado e à memória. •Criação de novas sinapses e reorganização das antigas (APRENDIZAGEM AFETIVA). Portanto, o cortisol exerce efeitos sobre a plasticidade neural, induzindo um rearranjo das sinapses (arborização dentrítica). - Aprendizagem Efetiva: tem como finalidade criar circuitos neurais para uma resposta préestabelecida (mais rápida) para a próxima vez que o indivíduo for exposto à mesma situação de perigo. - Aprendizado: modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam seus comportamentos. O estresse faz parte deste processo. “Quando estamos em situação de ameaça, por exemplo, durante as avaliações de aprendizado, nosso cérebro reptiliano (amígdala) desliga o córtex, que é responsável pelo pensamento lógico e o aprendizado, e ativa o córtex límbico” • Hall John E., et al. Tratado de Fisiologia Médica. 12th ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda.; 2011. • Silverthorn Dee Unglaub, et al. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada. 7th ed. São Paulo: ARTMED EDITORA LTDA.; 2017.
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