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Pedologia @Studyagroo ↪ Introduçã� � ciênci� d� sol�: - Há várias definições de solo, dependentes da perspectiva de seu uso. ➜ Sol é a mistura de substâncias minerais e orgânicas, que recobre parte da crosta terrestre, resultante da ação do intemperismo sobre o material originário, capaz de fornecer sustentação mecânica, água e nutrientes para o crescimento vegetal. ➜ Sol é a matéria natural que compõe a parte superficial do planeta Terra, constituído por horizontes (camadas) de compostos minerais e/ou orgânicos e resultante da alteração e evolução de um material original (rocha ou mesmo outro solo), diferindo deste por características físicas, químicas, morfológicas, mineralógicas e biológicas. ➜ O solo constituiu a superfície inconsolidada que recobre as rochas. É um corpo natural, tridimensional, com origem a partir da transformação de um material parental. É constituído de camadas que diferem física, química, mineralógica e biologicamente, camadas essas que se desenvolvem com o tempo, sob a influência do clima e da atividade biológica. ➜ A matéria orgânica do solo é essencial ao desenvolvimento de um solo, e somente com a sua presença e acúmulo sobre a camada superficial, é que pode ser caracterizado o processo genético responsável pela sua formação. A simples alteração física e química das rochas não é suficiente para transformá-las em solo: um monte de areia ou de saibro não é um solo. A presença de matéria orgânica em qualquer forma pressupõe vida de plantas, animais, microorganismos, e a própria gênese do solo é, direta ou indiretamente, biológica por natureza. ➜ O solo é considerado um Recurso Natural Não Renovável. Apesar de ocorrer um contínuo processo natural de intemperismo das rochas e de formação dos solos, este processo é muito lento, e a perda e degradação do solo não é passível de recuperação dentro de uma geração. ↪ Camp� d� estud�: @Studyagroo ➜ O estudo do solo, como corpo natural recebe o nome de Pedologia. Esta palavra, de origem grega, significa conhecimento (logos) do solo (pedon, no sentido de piso, chão). A Pedologia pode ser definida como o estudo do solo em si, sua formação e classificação, independente de qualquer outra consideração (para que serve, etc.). ➜ Os gregos distinguiam o solo comum daquele usado para produzir os seus alimentos. A este último chamavam edaphos. A diferença entre pedon e edaphos, é justamente que o último termo tem a conotação de “solo que se cultiva”. O ramo da Ciência do Solo que estuda a natureza e propriedades dos solos na sua relação com a produção vegetal, recebe o nome de Edafologia. ➜ Portanto, edafologia é o estudo das relações solo-planta. ➜ O estudo dos solos dá origem a uma muito variada gama de áreas de interesse científico, entre os quais o estudo das propriedades de cada uma das suas fases constituintes (sólida, líquida e gasosa), a estrutura cristalina dos seus minerais, o estudo da biologia e ecologia da fauna do solo,ou os critérios para a sua classificação, na medida em que a diversidade de solos é passível de ordenação segundo critérios definidos pelos estudos pedológicos. ➜ As principais áreas de estudo da Ciência do Solo são: 1. Gênese de Solos: estuda a origem dos solos e sua evolução. 2. Levantamento e Classificação de Solos: identifica distintas unidades de solo mediante a observação de perfis a campo, culminando com a confecção de um mapa de solos, agrupando os solos em categorias taxonômicas. 3. Física do Solo: trata dos aspectos físicos das partículas primárias (tamanho, forma, densidade), agrupamento em agregados, água no solo, temperatura, porosidade, aeração, consistência do solo, cor. 4. Fertilidade do Solo: trata do estudo da disponibilidade de nutrientes essenciais à nutrição das plantas, e as condições para a absorção destes nutrientes no sistema solo-planta. 5. Química do Solo: estuda os fenômenos na superfície das partículas sólidas do solo, associadas com a reação do solo (variações de pH, p.ex.) e fenômenos de adsorção e troca iônica. 6. Biologia do Solo: estuda os organismos do solo, sua relação com as plantas e sua influência nos ciclos de nutrientes. 7. Manejo e Conservação do Solo: trata do uso adequado e sustentável do solo para produção agropecuária, abrangendo desde a aptidão dos solos, formas de preparo do solo, a eleição das culturas, utilização de técnicas como adubação e correção, de forma a evitar a erosão e degradação do solo. ➜ Embora o enfoque de nosso curso estude a Pedologia dentro do contexto das Ciências Agrárias (agricultura, florestas, pastagens), a Ciência do Solo faz uma contribuição significativa aos estudos em Ecologia, Meio Ambiente, Geografia, Engenharia Civil, Arquitetura e Arqueologia. ↪ Fatore� d� formaçã� d� sol�: ➜ No final do século XIX, o geólogo russo Dokutchaiev observou que os solos variavam em função do clima e do tipo de rocha parental, e que a vegetação também influenciava nas características do solo. ➜ Em 1942 Jenny propôs que o solo é conseqüência da ação conjunta de cinco fatores: Sol = função (material originário, clima, organismos, relevo, tempo) ➜ Dokutchaiev também observou que o solo é constituído de diferentes camadas, ou horizontes, que permitem distinguir e classificar os vários tipos de solo. Estas camadas são expostas quando da escavação do solo, mostrando o perfil do solo. @Studyagroo Perfi: É a exposição vertical da crosta terrestre que, partindo da superfície aprofunda-se até onde chega a ação do intemperismo, incluindo todas as camadas que foram alteradas pela gênese do solo. O perfil apresenta o resultado da influência dos vários fatores de formação do solo, refletindo sua evolução. Horte: É uma seção de constituição mineral ou orgânica, aproximadamente paralela à superfície, exposta no perfil do solo, dotada de propriedades geradas por processos formadores do solo. Sua diferenciação é efetuada com base em propriedades morfológicas como cor, textura, estrutura, consistência, atividade biológica, etc., e em alguns casos propriedades químicas. ➜ Sucintamente, estes horizontes são: ➜ O Horizonte superficial de constituição orgânica. ➜ A Horizonte mineral superficial, de concentração de matéria orgânica e cor escura devido à adição de plantas e animais; em geral mais arenoso devido à perda de argila. ➜ B Horizonte sob A, bastante alterado por transformações pedogenéticas, em que pouco resta da estrutura original da rocha, podendo haver acumulação de argila transportada dos horizontes acima. ➜ C Horizonte de material inconsolidado sob A ou B, relativamente pouco alterado por processos pedogenéticos. ➜ R Camada rochosa de material consolidado. ↪ Planta�: Necessidade� �ndamentai� d� vegetai� superiore� ➜ Até o início do século XIX, não se sabia como as plantas se nutriam. Com o desenvolvimento da química analítica e os trabalhos de Liebig (1840), comprovou-se que as plantas absorvem elementos químicos do solo, e que a adição desses elementos químicos ao solo estimula o crescimento vegetal. ➜ O solo deve ser capaz de fornecer água, suporte mecânico, oxigênio (aeração) às raízes, e os nutrientes necessários ao metabolismo vegetal. Os nutrientes fornecidos pelo solo têm que estar na forma iônica, dissolvidos na solução do solo. É possível o cultivo sem solo (cultivos hidropônicos). ➜ Fotíne (ce n lols) @Studyagroo ➜ Trapção: • As plantas têm elevada transpiração, para garantir a absorção de nutrientes e reduzir a temperatura das folhas. evapotranspiração: transpiração da planta + evaporação do solo. ➜ Nutte sis: • A análise da planta revela a presença de vários elementos, porém nem todos são necessários ao metabolismo vegetal. • Os seguintes critérios são usados para definir a essencialidade de um nutriente: - na ausência do elemento a planta não completa o seu ciclode vida; - o elemento não pode ser substituído por outro; - o elemento tem que participar de algum processo metabólico vital para o vegetal; - o elemento tem que ser essencial para todas as espécies vegetais superiores. ➜ Os ures ni são: Macronutrientes: requeridos em maiores quantidades (absorção de kg/ha, concentração no tecido vegetal acima de 0,1 %) • C, H e O: absorvidos do ar e água na forma molecular (CO2 e H2O), pelo processo de fotossíntese; são constituintes de todas as moléculas orgânicas. • Os demais nutrientes são absorvidos pela raiz, dissolvidos na forma iônica e solúveis na solução do solo. Esses nutrientes (exceto o N), são oriundos do intemperismo das rochas. Mictit: requeridos em menor quantidade (absorção de g/ha, concentração no tecido vegetal abaixo de 0,1 %) • Os micronutrientes atuam em geral como componentes de enzimas ou co-fatores de reações enzimáticas. Repção: Adubação ocasional, adubação foliar. Elet asóos: Podem estimular o crescimento vegetal de algumas espécies, mas não são essenciais: Na+ (halófitas), SiO4-4 (gramíneas). ↪ Via� d� a�orçã� d� nutriente�: • Há duas vias para absorção de nutrientes pelas raízes: - Apoplasto: locomoção dos nutrientes pelos espaços entre as células do córtex - Simplasto: penetração dos nutrientes no interior das células, atravessando a membrana celular. • Ao chegar à endoderme, o elemento tem que atravessar pela via simplástica. Nesta etapa, a planta seleciona os elementos que irão penetrar no cilindro central, atingir os vasos condutores e serem transportados para a parte aérea. @Studyagroo • A absorção de nutrientes pela planta é seletiva: [K+] do solo << [K+] da célula [Na+] do solo >> [Na+] da célula • A absorção de nutrientes é um processo ativo, que consome energia (até 10% da fotossíntese total), pois ocorre contra um gradiente de concentração, de um meio menos concentrado (solução do solo) para um meio mais concentrado (célula vegetal). ↪ Mecanism� d� contat� ío�-ra� Para que ocorra absorção, o nutriente tem que entrar em contato com a raiz, o que pode ocorrer através de três diferentes mecanismos: • Inecção rul: À medida que as raízes crescem, entram em contato com os íons. A solução do solo é a fase imóvel e a raiz é a fase móvel. Contribui com cerca de 1% dos nutrientes absorvidos, mas é importante para o Ca e Mg. • Flu ma: Com a absorção de água, a solução do solo carrega os nutrientes até a raiz. A raiz é a fase imóvel e a solução do solo é a fase móvel. É o mecanismo mais importante para quase todos os nutrientes. • Difã: Com a absorção de nutrientes, forma-se em torno da raiz uma zona de baixa concentração (zona de depleção) do nutriente, o íon caminha por difusão da solução do solo até a zona de depleção. A raiz e solução do solo são fases imóveis e o íon é a fase móvel. Mecanismo mais importante para o H2PO4-. ↪ Mini páro: ➜ Solo: mistura de substâncias minerais e orgânicas, que recobre parte da crosta terrestre, resultante da ação do intemperismo sobre o material originário, capaz de fornecer sustentação mecânica, água e nutrientes para o crescimento vegetal. • Atualmente admite-se que o solo é formado pela ação conjunta de cinco fatores: ➜ Solo = função (material originário, clima, organismos, relevo, tempo) • Admite-se que a Terra seja composta de: - núcleo central: parte externa líquida e parte interna sólida, composto de Fe com cerca de 10% de Ni dissolvido - Man: composto principalmente de silicatos de Fe e Mg e Fe elementar - Cro: espessura de 10 a 60 km, composta principalmente de silicatos de Fe, Mg e Al, e sílica (SiO2) - atfa: 78% N2, 21% O2, 0,03% CO2 • Mais de 80% da massa da crosta é composta de óxidos de Si e Al, e mais de 98% da massa da crosta é composta de apenas oito elementos. Os minerais silicatados são os mais @Studyagroo abundantes, e seu estudo permite caracterizar a maioria das rochas da Terra. ↪ Mini páro: • Mineral é um sólido inorgânico que possui composição química característica e uma ordem atômica tridimensional sistemática. - miis máo: formados a altas temperaturas, quando da cristalização do magma (mistura de silicatos, óxidos metálicos e substâncias voláteis dissolvidas a 600 - 1200 oC). Não sofreram alteração após sua gênese. Presentes em rochas ígneas e metamórficas. Principalmente silicatos, óxidos e carbonatos. - miis náis: resultam da decomposição de minerais primários, formados em condições ambientais usuais. Presentes em solos, sedimentos e rochas sedimentares. Principalmente argilas silicatadas e óxidos de Fe, Al e Ti. ↪ Estrutur� cristalin� d� silicat� • A unidade básica é o tetraedro de Si (SiO4)-4. • As cargas negativas dos ânions silicatos têm que ser neutralizadas, para haver estabilidade do mineral. Isto pode ocorrer através da presença de cátions neutralizadores ou do compartilhamento de O. • A classificação dos minerais silicatados é feita com base no tipo de compartilhamento de O e no cátion neutralizador (nesossilicatos, sorossilicatos, ciclossilicatos, inossilicatos, tectossilicatos, filossilicatos). • Pode ocorrer também a estrutura octaédrica, onde no centro há Al+3, Fe+2 ou Mg+2, associado a 6 oxigênios: • Estas estruturas cristalinas têm grande estabilidade. Sua forma é definida pelo número de coordenação dos elementos envolvidos. O número de coordenação define o número de ânions (no caso dos silicatos, átomos de oxigênio) capazes de se ligar ao cátion central; o número de coordenação é função da valência e do raio iônico do cátion envolvido. • A ligação Si-O é muito forte, e assume um caráter meio-covalente e meio-iônico. Isto confere alta estabilidade aos tetraedros de Si, além de boa condutividade elétrica ao cristal (materiais usados na indústria eletro-eletrônica). ↪ Nes�silicat� • Os tetraedros são isolados, sem compartilhar O. As cargas negativas são neutralizadas por Fe+2 ou Mg+2. • São também chamados de olivinas, que formam uma série isomorfa (mesma forma @Studyagroo cristalina, mas de diferente composição química): • Têm cores escuras vítreas. São facilmente intemperizáveis, e portanto raros nos solos e sedimentos: • oxidação Fe+2 → Fe+3 (o Fe+3 tem raio iônico menor) • hidrólise Mg+2 → Mg(OH)2 ↪ In�silicat� • Os tetraedros compartilham o O basal, formando cadeias simples (piroxênios) ou duplas (anfibólios). As cadeias são ligadas por Fe+2 ou Mg+2, e nos interstícios da estrutura acomoda-se Ca+2. Em algumas posições da estrutura cristalina pode ocorrer Zn+2 e Cu+2. Têm cores escuras opacas. -piêno: hiperstênio (Fe,Mg)2Si2O6; augita (mais comum) (Ca,Mg,Fe)2Si2O6 - anfiós: tremolita Ca2Mg5(Si4O11)2(OH)2; horblenda (mais comum) • Também são facilmente intemperizáveis (menos que as olivinas, pois o Fe+2 ou Mg+2 estão mais protegidos na estrutura) e são raros nos solos e sedimentos. ↪ Tect�silicat� • São os mais comuns na crosta. Todos os oxigênios dos tetraedros são compartilhados com outros tetraedros vizinhos, formando estruturas tridimensionais bastante estáveis. ↪ Quar�� • SiO2 não há substituição isomórfica •Praticamente não sofre intemperismo químico em condições ambientais, e sua dureza dificulta o intemperismo físico. É o mineral mais comum na crosta. Presente nos solos e sedimentos como areia. Tem cor transparente ou branco-opaca, mas a presença de impurezas origina cores, como no quartzo rosa, ametistas e ágatas. • O vidro é um tectossilicato de caráter amorfo, produzido pela fusão a 1.200 oC da sílica (SiO2), carbonato de sódio (Na2CO3) e carbonato de cálcio (CaCO3). ↪ Feldspat� • Em parte dos tetraedros ocorre substituição isomórfica: quando da cristalização do mineral, Al+3 pode entrar no lugar do Si+4; a estrutura não sealtera, mas são geradas cargas negativas, que são neutralizadas por cátions Ca+2 e Na+ (nos feldspatos cálcio-sódicos) ou por K+ (nos feldspatos potássicos). Os feldspatos são os minerais mais comuns nas rochas ígneas, e podem ser encontrados nos solos. • Da anortita para a albita aumenta a % de Na, decresce a % de Ca e aumenta a resistência ao intemperismo. Em geral têm cores esbranquiçadas. ↪ Feldspat� potássic� • KAlSi3O8 ortoclásio (mais comum; principal fonte de K+para os solos); em geral têm cores translúcidas avermelhadas. • Os feldspatos potássicos são um pouco mais resistentes ao intemperismo que os cálcio- sódicos, pois o K+ é menos hidrolisável. ↪ Feldspatóide� • São semelhantes aos feldspatos, mas com mais substituições isomórficas, tornando-se mais pobres em Si e mais ricos em Al; resistência ao intemperismo semelhante aos plagiocásios. KAlSi2O6 leucita NaAlSiO4 nefelina @Studyagroo Subtiçã soófic esêca inpim • As substituições isomórficas e os cátions inseridos na estrutura cristalina geram pontos mais suscetíveis ao ataque dos agentes intempéricos. Além disto, a ligação Al-O é mais fraca que a ligação Si-O. ↪ �l�silicat� • Têm a forma de folhas. São formados por camadas, cada camada com três lâminas: duas de tetraedro de Si (3/4 Si + 1/4 Al) e outra intermediária, de octaedros de cátions (Al+3, Fe+2, Mg+2). Na lâmina tetraédrica ocorre substituição isomórfica (Al+3 no lugar de Si+4). A ligação entre camadas é feita por K+ desidratado, que neutraliza as cargas negativas. • Estrutura de lâmina tetraédrica: (a) esquema tridimensional; (b) vista superior. • Estrutura de lâminas octaédricas de Fe+2/Mg+2 e de Al+3 • Os filossilicatos também são chamados de micas: - Bita K(Mg,Fe)3AlSi3O10(OH)2 octaedros de Mg e Fe; cor escura - Musta KAl2AlSi3O10(OH)2 octaedros de Al; cor clara, menos intemperizável (o Al+3 é menos hidrolisável); usadas como isolantes térmicos e elétricos. ↪ Séri� d� Bowe� • É um diagrama que exprime a resistência ao intemperismo dos vários minerais primários silicatados, e está relacionada à ordem de resfriamento e consolidação dos minerais no magma. @Studyagroo * argilas são minerais secundários. • Os minerais silicatados correspondem a cerca de 92% do volume da crosta terrestre. ↪ Minerai� acessóri� • São minerais não silicatados, encontrados em pequenas quantidades nas rochas (menos de 5% do volume de uma rocha), mas que podem assumir grande importância agrícola e econômica. ↪ Apatit� • Fórmula básica (Ca, X)Ca4(PO4)3 • X pode ser F (flúor apatitas), Cl (cloro apatitas) ou OH (hidroxi apatitas) • É encontrada como inclusões microscópicas em rochas ígneas, podendo ocorrer em rochas sedimentares. É a principal fonte de P no solo. As rochas de apatita (rochas com mais de 30% do mineral apatita) são matéria prima para fabricação de adubos fosfatados: as apatitas moídas fornecem os fosfatos de rocha, que após tratamento com ácido sulfúrico produzem os superfosfatos (simples e triplo). As fontes de apatita no mundo estão se esgotando, com duração estimada de 150 anos para minas de céu aberto; há maiores reservas em minas subterrâneas, com um custo muito superior de exploração. ↪ Pirit� • FeS2 • Ocorre em rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. Fonte de S nos solos. • Com emso: FeS2 + H2O + 7/2 O2 → FeSO4 + H2SO4 • Solos alagados com alto teor de pirita (solos tiomórficos, podem ocorrer em locais sob influência marinha), após drenados, podem se acidificar (pH < 3), tornando-se improdutivos. Áreas de mineração de carvão também têm altos teores de pirita, causando contaminação ambiental. ↪ Calcit� � magnesit� • Calcita CaCO3 magnesita MgCO3 dolomita CaCO3.MgCO3 • Presentes principalmente em rochas sedimentares e metamórficas. As conchas de invertebrados consistem principalmente de CaCO3 (calcita biogênica). • As rochas calcárias constituem matéria prima para fabricação do calcário, que é um corretivo do solo, empregado para aumentar o pH e neutralizar o Al+3, além de fornecer Ca e Mg. Com o intemperismo: CaCO3 + H2O → Ca+2 + HCO3- + OH- • Esta é a reação de dissolução do calcário quando aplicado ao solo. ↪ Rocha� • Através do intemperismo, a rocha matriz irá fornecer os materiais constituintes minerais do solo, fornecer nutrientes essenciais aos vegetais e influenciar nas propriedades químicas e físicas (cor, textura) do solo. Em geral, quanto mais jovem for o solo, maior a influência exercida pelo material originário. • As características das rochas que mais influenciam a gênese do solo são sua composição mineralógica, resistência mecânica e textura (tamanho dos cristais). A estrutura da rocha refere-se à disposição dos cristais. ↪ Rocha� Ígnea� (o� magmática�) • Constituem 80 % da crosta. Formadas pela cristalização do magma (mistura de silicatos, sílica, óxidos metálicos e substâncias voláteis dissolvidas a 600 – 1200 oC). • Claficção to amte citaçã ➜ Exus o vâni: cristalização do magma na superfície da crosta, com resfriamento rápido, em contato direto com a atmosfera, formando-se cristais de menor tamanho. Ex.: basalto, riolito. @Studyagroo ➜ Inus o pôni: cristalização no interior da crosta, com resfriamento lento e menores perdas de calor e substâncias voláteis, formando-se cristais de maior tamanho. Ex.: gabro, granito. • As rochas extrusivas, por apresentar cristais de menor tamanho, são de mais fácil intemperização que rochas intrusivas de mesma composição mineralógica. • As rochas ígneas em geral têm disposição dos cristais aleatória. • As rochas ígneas têm elevada resistência mecânica (dureza). • Claficção to e d íic (SO2) • Rochas ácidas (> 65 %): cor clara, presença expressiva de quartzo e ortoclásios. Originam solos mais arenosos e em geral mais ácidos e menos férteis. Ex.: granito (I), riolito (E). • Rochas intermediárias (55 a 65 %): cor intermediária, presença de plagiocásios e silicatos ferromagnesianos, e pouco ou nenhum quartzo. Ex.: diorito (I), andesito (E). Rochas básicas (45 a 55 %) e ultra-básicas (< 45 %): cor escura, ricas em piroxênios, anfibólios e plagiocásios, e às vezes olivinas, sem presença de quartzo. Originam solos ricos em argila e óxidos, de cores avermelhadas e brunadas, em geral mais férteis e menos ácidos. Ex.: gabro (I), basalto (E). • Claficção to à • Ajuda a caracterizar a composição da rocha: os minerais silicatados ferro-magnesianos tornam a rocha mais escura; o quartzo e feldspatos dão cor clara: - leráis (u és): rochas de cores claras. Ex. granito, riolito. - meráas: rochas de cores intermediárias. Ex.: sienito, diorito. - mecáic (u áfic) : rochas de cores escuras. Ex. basalto, gabro. • Claficção to à piçã milói • É critério fundamental para a denominação da rocha. Os minerais silicatados são os mais importantes para a classificação, sendo avaliadas suas proporções médias na rocha e atribuída a sua denominação. ↪ Rocha� sedimentare� • Constituem apenas 5 % da crosta, mas recobrem cerca de 75% da área dos continentes. • Formadas pela acumulação de materiais derivados de outras rochas preexistentes, em quatro etapas: destruição (intemperismo), transporte (água, vento, geleiras), deposição e diagênese. • Diagênese (ou litificação) é a transformação dos sedimentos em rochas sedimentares, com diminuição da porosidade e consolidação, causadas pelo dessecamento, pressão das camadas superiores e cimentação por substâncias aglutinantes; ocorre em condições de pressão e temperatura semelhantes às da superfície terrestre. Nestas rochas é que ocorrem os fósseis. Os processos de formação de rochas sedimentaresdemoram dezenas de milhões de anos. • A classificação dos sedimentos pode ser feita quanto ao ambiente de sedimentação @Studyagroo (continentais, marinhos, fluviais, glaciais, eólicos, etc.) ou quanto ao modo de formação (mecânicos ou clásticos, orgânicos e químicos). • Os sedimentos mecânicos (ou clásticos) são formados por pedaços de outras rochas, compostos por minerais primários resistentes (principalmente quartzo), que suportam transporte sem se decomporem, e minerais secundários (argilas e óxidos). São classificados pelo tamanho: • Algumas rochas sedimentares apresentam estratificação, um tipo de estrutura associado à deposição de distintas camadas de sedimentos. Em geral as rochas sedimentares apresentam menor resistência mecânica que os demais grupos de rochas, tornando-as mais suscetíveis ao intemperismo físico. • Os sedimentos orgânicos (resíduos animais e vegetais) dão origem ao carvão mineral, turfa, betumes e petróleo, guano (estercos de aves), recifes de coral, âmbar (resinas de coníferas). • Os sedimentos químicos são formados pela precipitação de substâncias transportadas pela água: calcário (composto de calcita CaCO3 e dolomita CaCO3.MgCO3), halita ou sal gema (NaCl), anidrita (CaSO4) e gesso (CaSO4.2H2O), salitre (NaNO3 e KNO3). • Os solos formados sobre rochas sedimentares clásticas geralmente apresentam baixa fertilidade. Os solos formados de argilitos ao menos possuem maior retenção de água e nutrientes, com maior aptidão agrícola que solos formados de arenitos. Calcários formam solos com as impurezas deixadas pela dissolução do intemperismo, em geral com pH mais alto. As turfas originam solos orgânicos de elevada fertilidade natural. ↪ Rocha� metamórfica� • Constituem cerca de 15 % da crosta. Produzidas por alteração das rochas preexistentes, em regiões mais profundas da crosta (3 a 20 km de profundidade), em condições de elevadas pressões e temperatura (100 a 600 °C) e ausência de ar atmosférico. No metamorfismo ocorrem fenômenos de recristalização, mudança de estrutura, coesão e textura, e alterações dos componentes minerais. Podem ser gerados novos minerais, típicos do metamorfismo, como o talco, a clorita, o grafite e a granada. • O metamorfismo ocorre em um intervalo amplo de pressões e temperaturas, e as rochas podem ter diferentes graus de metamorfismo: incipiente, fraco, médio e forte. Geralmente com o aumento do grau metamórfico ocorrem mudanças na mineralogia e um aumento no tamanho dos cristais dos minerais. • Exel itda res de tasmção: ↪ Metamorfism� regiona� •Ocorre através de pressões de camadas superiores. Devido à ocorrência de pressões dirigidas, estas rochas mostram comumente arranjo dos minerais em planos paralelos sucessivos e quebram-se ao longo de superfícies planas, numa estrutura chamada de xistosidade. • Exel: quartzito (formado de quartzo e arenitos quartzosos), ardósia (formado de quartzo, clorita, pirita), gnaisse (formado de quartzo, feldspato e mica, composição similar à do granito), esteatito ou pedra sabão (formado de quartzo, magnesita, talco). @Studyagroo • Rochas como os quartzitos e ardósia são usadas como revestimentos e pisos em construções. ↪ Metamorfism� d� contat� • Ocorre devido a altas temperaturas, próximas a intrusão de magma. O mármore é uma rocha metamórfica produzida pela alteração dos calcários, composta de calcita CaCO3 e dolomita (Ca,Mg)CO3. O mármore produzido apenas de carbonato tem cor branca, mas impurezas originam outras colorações. • Há outros tipos de metamorfismo: metamorfismo dinâmico (causado pela fricção de placas tectônicas), metamorfismo de impacto (causado pelo impacto de grandes meteoritos), entre outros. • Movimentos das placas tectônicas da Terra (terremotos, formação de montanhas) podem trazer à superfície rochas formadas em camadas profundas da crosta terrestre, como rochas ígneas plutônicas, sedimentares e metamórficas, através do processo denominado de soerguimento. Como a Terra tem bilhões de anos, houve tempo para que o material da crosta tenha sido retrabalhado várias vezes. • Estas rochas, em contato com a atmosfera, sofrem intemperismo e podem originar solos. Desta forma, os solos podem ser formados a partir de rochas ígneas, rochas sedimentares, rochas metamórficas e a partir de sedimentos não consolidados. • Apenas na Região Sul do Brasil encontram-se afloramentos significativos de rochas ígneas básicas (basalto). Nas Regiões Sudeste e Nordeste predominam as rochas ígneas ácidas (granitos) e metamórficas (gnaisses), e nas Regiões Norte e Centro-Oeste as rochas sedimentares clásticas (arenitos e argilitos). No Pantanal e vales do Amazonas predominam sedimentos não consolidados. @Studyagroo ↪ Intemperism� • Desintegração e decomposição química e física das rochas e minerais. O intemperismo ocorre quando da exposição das rochas aos agentes intempéricos da atmosfera (radiação solar, água, oxigênio, ventos, organismos, etc.). ↪ Intemperism� físic� • Processo exclusivamente mecânico - açã téca diçã so: variação de temperatura causa a esfoliação das rochas - açã mâic áu: chuvas, mares, rios, gelo, erosão (arraste superficial de partículas), lixiviação (remoção de substâncias solúveis para camadas profundas do solo) - açã mâic ves: esculturas em rochas (arenitos) - açã mâic se vo: penetração de raízes em fendas de rochas, galerias cavadas por insetos e anelídeos. ↪ Intemperism� químic� • Alteração química das rochas e minerais 1. Oxiçã e rção • Poder oxidante do O2 da atmosfera 2. Disção • Poder dissolvente da água; ocorre solubilização completa do mineral • Os íons solúveis podem ser lixiviados. 3. Hidós • Os silicatos sofrem hidrólise em contato com a água, com formação de produtos secundários: • A lixiviação dos produtos solúveis acelera estas reações. 4. Hidção • Incorporação de água à estrutura cristalina 5. Cartaçã • Ocorre formação de ácido carbônico pela dissolução do CO2 na água • Esta acidez acelera a decomposição dos minerais. A atmosfera possui 0,03% de CO2, o ar do solo possui 0,2 a 4% devido à respiração de raízes e microrganismos. @Studyagroo 6. Qulção • Retenção de um íon metálico (particularmente Fe+3 e Al+3) dentro da estrutura de um composto orgânico, de propriedades quelantes. Estes complexos ficam parcialmente solúveis e podem ser lixiviados ou acumular-se em camadas subsuperficiais do solo. Este processo pode formar os Espodossolos (solos com alto teor de carbono no horizonte B). • Os quelatos são utilizados na preparação de soluções hidropônicas, para fornecimento de Fe. ↪ Intemperism� biológic� • Ação dos organismos. • A porção viva do solo é representada principalmente por microrganismos (algas, fungos, bactérias, actinomicetos), macro e mesofauna (roedores, insetos, aracnídeos, moluscos, anelídeos, etc.) e macroflora (raízes de plantas). As minhocas em geral predominam na fase viva dos solos, mas em solos de cerrado (Latossolos) os térmitas (cupins) podem ser dominantes. - ação mecânica das raízes - a respiração de raízes e microrganismos aumenta a [CO2] do ar do solo - a vegetação cria microclimas com maior umidade e reduz a erosão - adição de matéria orgânica, que depende do ecossistema (em ton/ha.ano): floresta tropical 5,0; floresta temperada 2,2; savana tropical 0,9; pradaria 1,4; solo cultivado 5,0 - os musgos e liquens (associação entre fungos basidiomicetos e cianofíceas) são os pioneiros na ocupação de rochas nuas, adicionando matéria orgânica e preparando o ambiente para o estabelecimento de plantas superiores: a xerosere é a sucessão vegetal sobre rochas. - minhocas, insetos e outros organismos formam galerias e movimentam o material do solo - as raízes profundas absorvem nutrientes de camadassubsuperficiais e os repõem na superfície, através dos resíduos vegetais: ciclagem de nutrientes, responsável pela manutenção das florestas tropicais. Em florestas tropicais, a maior parte dos nutrientes está na biomassa, e a decomposição da matéria orgânica é mais rápida, ou seja, são ambientes mais frágeis com maior dependência da ciclagem de nutrientes. @Studyagroo ↪ Produt� d� intemperism� • A decomposição dos minerais primários produz sílica coloidal e solutos (K+, Ca+2, Mg+2, etc.) e origina os minerais secundários (argilas silicatadas, oxi-hidróxidos de Fe e Al): •O quartzo permanece como areia, e alguns minerais primários mais resistentes (ortoclásio e muscovita) podem permanecer nos solos. • Os produtos solúveis dirigem-se ao mar. Sob intemperismo menos intenso, a sílica coloidal cristaliza-se com Al formando as argilas silicatadas. Em condições de alta precipitação, há remoção da sílica e solutos e concentração de Fe e Al (pouco solúveis). O Fe e Al posteriormente se polimerizam, dando origem aos oxi-hidróxidos de Fe e Al. • Variação na composição mineralógica (% em volume) de um gnaisse antes e após sofrer intemperismo. Obs.: caulinita é um mineral secundário (argila 1:1). ↪ Efeit� clim� • Quanto mais quente e úmido for o clima, mais rápida a decomposição das rochas, produzindo materiais muito intemperizados e solos profundos. Em climas muito úmidos a elevada precipitação aumenta o arraste de íons solúveis para camadas mais profundas do solo, tornando os solos em geral mais ácidos e menos férteis. Mesmo solos formados de basalto em regiões chuvosas podem apresentar altos teores de Al e baixos teores de nutrientes. • Em climas áridos e/ou muito frios, os solos são mais rasos (pode ocorrer pedregosidade) e contêm minerais primários pouco afetados pelo intemperismo. Em climas áridos podem ocorrer solos com pH neutro ou alcalino, podendo apresentar salinidade. • Em climas frios ou secos, os processos de dissolução e hidrólise são menos intensos, com decomposição parcial dos minerais silicatados, com formação de argilas 2:1 e solos menos ácidos e mais férteis. Em climas tropicais, de elevada temperatura e precipitação, os intensos processos de dissolução e hidrólise desdobram os minerais silicatados em sílica e óxidos, com remoção da sílica e solutos, formação de argilas 1:1 e óxidos, originando solos mais ácidos e menos férteis. • Exel açã prev o inpim: @Studyagroo • Tipo de colóide mineral predominante de acordo com o clima: 1: oxi-hidróxidos, 2: argilas 1:1, 3: argilas 2:1, 4: áreas desérticas, 5: áreas sob acidificação (pela vegetação); 6: áreas sob gelo; 7: linhas de maior atividade tectônica. ↪ Colóide� • Os minerais secundários no solo estão na forma de colóides. O estado coloidal corresponde a um sistema de duas fases, no qual materiais muito desagregados estão dispersos em um segundo material. Possui uma grande superfície específica (área superficial / massa). No sistema solo, os colóides correspondem a partículas inferiores a 2 m (diâmetro máximo das argilas), dispersas na solução do solo ou formando agregados. • Os colóides do solo são: ➔ Orâic: húmus ➔ Mini: ➔ Amos: alofanas (origem em cinzas vulcânicas), sílica coloidal ➔ Crilo: oxi-hidróxidos e argilas silicatadas ↪ Argila� silicatada� • São formadas por lâminas tetraédricas de Si e lâminas octaédricas de Al (e em alguns casos lâminas octaédricas de Mg). • Estrutura de uma lâmina tetraédrica: (a) esquema tridimensional; (b) vista superior. • Estrutura de lâminas octaédricas de Mg e de Al. • As lâminas se empilham compartilhando O, formando camadas: - argilas 2:1: LT : LO : LT - argilas 2:2: LT : LO : LT : LO - argilas 1:1: LT : LO @Studyagroo • Substituição isomórfica: Na cristalização do mineral, podem ocorrer trocas de elementos, sem modificar a forma do cristal: - lâmina tetraédrica: Al+3 no lugar de Si+4 - lâmina octaédrica: Mg+2 no lugar do Al+3 • As substituições isomórficas geram déficit de carga, criando cargas negativas nas argilas, que passam a adsorver cátions na superfície: origina-se a CTC (capacidade de troca catiônica). ↪ CTC • É uma reação de adsorção: retenção de íons ou moléculas na superfície de partículas sólidas devido à atração eletrostática; é uma reação reversível. • Os íons em solução podem ser novamente adsorvidos, absorvidos pelas plantas ou perdidos por lixiviação. Os íons são adsorvidos na forma hidratada (envoltos por moléculas de água). A concentração dos cátions vai diminuindo com o aumento da distância da superfície do colóide, até atingir o equilíbrio com a solução do solo; os ânions são repelidos, e sua concentração diminui próximo ao colóide. ↪ Característica� d� CTC 1. Eseoma: as trocas são feitas por quantidades equivalentes de carga • A CTC é expressa em cmolc/kg de argila, ou seja, a quantidade de carga adsorvida por unidade de massa (ex. 10 cmolc/kg). 2. Revbide: 3. Equíro: para cada cátion, há uma correspondência entre a quantidade adsorvida e em solução • N ≠ n (a quantidade adsorvida é muito superior à em solução) 4. Selid: Alguns íons são adsorvidos com maior força. A série liotrópica indica a preferência na atração dos íons pelas argilas; depende da maior valência do cátion e do menor raio iônico hidratado em solução • Observa-se que o Fe+3 e o Al+3 são adsorvidos preferencialmente: com a lixiviação, há uma tendência de progressivo aumento de sua proporção nos sítios de adsorção. 5. Contção açã d as: o aumento da concentração de um cátion em solução poderá deslocar outro de maior preferência ↪ Importânci� d� CTC - dii s da cáos lição: os cátions adsorvidos são menos lixiviados que os cátions em solução - maém iíb om uçã d o: a quantidade de cátions adsorvidos é muito @Studyagroo superior ao da solução; quando há diminuição da concentração de íons na solução as argilas os repõem; parte dos íons tóxicos (como Al+3) fica adsorvida - rev e tet ra las: um íon absorvido pelas plantas é logo reposto pelos colóides; solos com maior CTC em geral são mais férteis (solos salinos são exceção, pois podem ter alta CTC mas com crescimento vegetal limitado pelo excesso de sais); - ma da açã cam: solos com baixa CTC devem que ter adubação parcelada para diminuir perdas por lixiviação, e a calagem em geral é menor e mais frequente - na análise de solo, é necessário determinar-se os íons na solução do solo e os íons adsorvidos nos colóides (cátions trocáveis); para isto, amostras de solo são misturadas com soluções extratoras. ↪ Argila� 2:1 • Montmorilonita Al3,5Mg0,5Si8O20(OH)4 • Ocorrem substituições isomórficas (Mg+2 no lugar do Al+3 na lâmina octaédrica), que geram déficit de carga. Estas cargas são permanentes (estruturais), não dependem do pH do meio. Atingem CTC de 80-100 cmolc/kg. A ligação entre as camadas é feita por cátions hidratados (K+, Na+, Ca+2) e por água. Estas argilas se expandem quando hidratadas, e a espessura das camadas varia de 10 a 20 Å. Formam cristais pequenos. (1 Å = 10-10 m) • Possuem elevada superfície específica (700-800 m2/g), alta coesão e plasticidade; são chamadas de argilas de alta atividade. Sua formação ocorre com altas concentrações de sílica e Mg, quando da decomposição de minerais silicatados ferro-magnesianos, sob condições de pequena lixiviação ou água estagnada. Ocorrem em solos de regiões de clima temperado. Originam solos de maior fertilidade, mas de difícil mecanização. • Obs.: coesão refere-se à consistência do solo seco e plasticidade à consistência do solo úmido. • Ilita K0,8(AlSi7)Al4O20(OH)4 • Ocorre substituição isomórfica na lâmina tetraédrica (Al+3 no lugar do Si+4). •Possuem K+desidratado entre as camadas, que impede a expansão das argilas quando hidratadas (argila não expansível), e neutraliza parte das cargas. CTC de 15-40 cmolc/kg. Superfície específica de 100-200 m2/g. • Formada a partir das micas (muscovita), sob moderadas a elevadas concentrações de sílica. • Na Região Nordeste do Brasil, em locais com menor precipitação, ocorrem solos com grande presença de argilas 2:1, os Vertissolos, com alta fertilidade natural mas geralmente com problemas de drenagem e limitações físicas. ↪ Vermiculit� • São duas camadas de mica (biotita) separadas por películas de água com duas moléculas de espessura. Formada em condições de moderada acidez, com remoção completa do K+e Mg+2 das intercamadas. A vermiculita expandida (aquecida em fornos) é utilizada em substratos para produção de mudas. @Studyagroo ↪ Argila� 2:2 • Clorita (AlSi7)Mg6O20(OH)4.Mg6(OH)12 • Corresponde a uma argila 2:1 com lâmina octaédrica de Mg e uma outra lâmina octaédrica de Mg entre as camadas. A CTC é permanente, mas menor que na montmorilonita (20-50 cmolc/kg). É pouco expansível, camada com espessura de 14 Å. • Formada em moderada acidez e com alta concentração de Mg e Si, a partir de rochas com elevados teores de minerais ferro-magnesianos. As cloritas também podem ser geradas por processos metamórficos. ↪ Argila� 1:1 • Caulinita Al4Si4O10(OH)8 • Não ocorre substituição isomórfica, e não há déficit de carga estrutural. As camadas se unem por pontes de H, com espessura de 7,2 Å. Não são expansíveis, e têm pouca superfície específica (5-20 m2/g), tendendo a formar cristais maiores. Têm menor coesão e plasticidade. São argilas de baixa atividade. • Apesar do mineral não ter carga estrutural, forma-se polaridade positiva e negativa na estrutura, e as camadas são unidas por pontes de H, uma ligação relativamente forte e que confere resistência ao mineral. Assim, essas argilas podem se acumular nos solos mesmo em ambientes tropicais muito intemperizados. • São formadas cargas nas bordas dos cristais pela quebra dos octaedros, nos oxigênios com carga negativa insatisfeita: • Estas cargas são dependentes do pH do solo (CTC variável): quanto maior o pH do solo, maior a CTC. A CTC é pequena (3-15 cmolc/kg). Esta argila é formada em condições de elevada acidez e concentrações iguais de Si e Al, na ausência de Mg; o intemperismo e a remoção da sílica favorecem sua formação. Presente nos solos tropicais e subtropicais, origina solos de menor fertilidade. • Haloisita Al4Si4O10(OH)8.4H2O • Argila 1:1, mas a ligação entre as camadas é feita por moléculas de água. A espessura da camada é de 10 Å. ↪ Ox�-hidr�id� • Não têm Si em sua composição, compostos apenas de octaedros de Fe+3 e Al+3. • Gibsita Al4(OH)12 ou Al(OH)3 • Outra fórmula é Al2O3.3H2O, mostrando o caráter de óxido associado a moléculas de água. • Se no lugar do Al+3 houver o Fe+3, tem-se a limonita Fe2O3.3H2O • Goetita Fe4O4(OH)4 ou FeOOH • Outra fórmula é Fe2O3.H2O • Se no lugar do Fe+3 houver o Al+3, tem-se a boemita Al2O3.H2O @Studyagroo • Outro oxi-hidróxido muito comum é a hematita Fe2O3. A magnetita (pedra ímã) tem fórmula Fe3O4. • Estas diferenças de fórmulas são consequência das diversas formas de polimerização dos octaedros de Fe e Al. • Nos solos são também comuns os óxidos de Ti e de Mn. • Os óxidos são formados sob condições de intensa precipitação e lixiviação, com remoção da sílica e solutos, sendo característicos de solos tropicais altamente intemperizados (solos óxicos, ou Latossolos). Podem correr grandes depósitos sedimentares destes materiais, utilizados na mineração de bauxita (hidróxidos de Al), hematita (óxidos de Fe) e cassiterita (óxidos de estanho). Os óxidos têm estrutura cristalina, formando-se cristais pequenos, com elevada superfície específica (100-400 m2 /g); apresentam pouca coesão e plasticidade. • Os óxidos de Fe têm cores fortes, que facilitam sua identificação no solo: hematitas são vermelhas, limonitas e goetitas são amarelas, e as magnetitas cinza escuras. Os óxidos de Al tendem a tornar os solos mais claros. • As cargas são formadas pelos oxigênios com carga insatisfeita, nas bordas dos cristais quebrados: • As cargas são variáveis (dependentes do pH). Os óxidos podem desenvolver carga positiva ou negativa, produzindo CTA (capacidade de troca aniônica) ou CTC. O PCZ (ponto de carga zero) é o pH do solo onde as cargas negativas e positivas se equivalem (PCZ da caulinita 4,0, PCZ da gibsita 5,5). A CTC é pequena, varia de 0-4 cmolc/kg. • Em pH baixo, há predomínio de cargas positivas, e gera-se a CTA, responsável pela fixação (adsorção irreversível) do fosfato: • • Alguns Latossolos podem adsorver até 2000 kg P/ha.20 cm, enquanto a adubação na maioria dos cultivos é de cerca de 50 kg P/ha. A adubação tem baixa eficiência: apenas 5 a 30 % do P aplicado em fertilizantes é absorvido pelos cultivos. • Os solos ricos em óxidos (Latossolos) têm boa estrutura física, com agregados estáveis, resistência à erosão e fácil mecanização; em geral são profundos e permeáveis. Têm baixa fertilidade, com baixa CTC e disponibilidade de nutrientes, acidez e adsorção de P. Todavia, com correção da acidez e adubação, tornam-se solos altamente produtivos. ↪ Colóide� orgânic� • Correspondem ao húmus, que é a matéria orgânica estabilizada, resultante do processo de decomposição microbiana. São colóides não cristalinos, de composição variável, com moléculas de grande tamanho e cor escura, de difícil decomposição microbiana. • As cargas são originadas principalmente da dissociação de radicais carboxílicos e fenólicos. @Studyagroo • As cargas são dependentes do pH do solo, com CTC de 200-300 cmolc/kg. Apresentam elevado poder tampão numa ampla faixa de pH. Sua baixa plasticidade e coesão melhoram a consistência dos solos argilosos. Têm elevada retenção de água (80 a 90% do volume). Em solos arenosos os colóides orgânicos são responsáveis pela maior parte da CTC, da estrutura e retenção de água. • Sua dinâmica no solo é influenciada pelo clima, adição de matéria orgânica e manejo do solo. Os climas tropicais, com elevada temperatura e precipitação, favorecem a decomposição da matéria orgânica e dificultam sua acumulação nos solos. ↪ Característica� d� colóide� ↪ Origen� d� CTC • Exeíc: A análise de um solo identificou os seguintes resultados: CTC de 8,0 cmolc/kg, 2,0% de matéria orgânica, 40% de argila. Qual a CTC da fração argila? Qual deve ser o tipo de colóide predominante na fração argila? Considere a CTC da matéria orgânica igual a 200 cmolc/kg. • Obs: Na análise física do solo, a fração argila (partículas com diâmetro inferior a 2 µm) inclui as argilas propriamente ditas e os oxi-hidróxidos. • Em 1 kg de solo tem-se 20 g de matéria orgânica e 400 g de argila. ↪ Acid� d� sol� � calage� Relro … • �p� d� carg� n� sol�: 1. Cargas permanentes ou constantes 2. Cargas variáveis 1. Car pans o sat • Principal processo: substituição isomórfica, também chamada iônica, de íons de tamanhos semelhantes, mas com cargas diferentes. • Características: 1. Formam-se cargas permanentes 2. Grande quantidade de cargas (-) permanentes é formada em argilas do tipo 2:1. ↪ Tetraedr� d� sílic� � octaedr� d� alumin� @Studyagroo ↪ Tetraedr� � octaedr� ↪ Principai� su�tituiçõe� iônica�: geram cargas negativas na superfície do mineral. ➔Tetro sía: Si4+ → Al3+ : gera uma carga negativa ➔Ocar e li: Al3+ → Fe2+ : gera uma carga negativa Al3+ → Mg2+ : gera uma carga negativa 2. Car viás • Ocorrem por dois mecanismos nos grupos OH expostos na superfície dos colóides: 1) Disaçã • Geração de cargas negativas – retenção de cátions = Capacidade de troca de cátions (CTC) 2) Proção • Geração de cargas positivas – retenção de ânions = Capacidade de troca de ânions (CTA) ↪ Característica�da� carga� variávei� • variam c/ pH • Importantes para: - minerais silicatados 1:1 (nas bordas); - colóides orgânicos; - hidróxidos de Fe e de Al. ↪ Geraçã� d� carga� negativa� n� matéri� orgânic� • Principais grupos: carboxílico e fenólico - Carboxílico : - Fenólico : ↪ Geraçã� d� carga� n� hidr�id� d� F� � d� A� • Importantes em solos tropicais altamente intemperizados: altos teores de hidróxidos de Fe e de Al @Studyagroo • Apresentam caráter anfótero (anfi = duplo): podem ter balanço positivo ou negativo de cargas, dependendo do pH. ↪ Característica� da� carga� elétrica� d� sol� ↪ Pont� d� Carg� Zer� (PCZ) • Definição: Valor de pH em que a superfície de determinado colóide (orgânico ou inorgânico) tem carga nula. - Se o material estiver num meio em que o pH do meio > PCZ do material: material apresenta carga negativa. - Se o material estiver num meio em que o pH do meio < PCZ do material: material apresenta carga positiva. - Se o material estiver num meio em que o pH do meio = PCZ do material: material terá carga nula. • Hidróxidos de Fe e de Al: apresentam caráter anfótero – podem ter tanto carga negativa como positiva, dependendo do pH do meio em que estão. • Observem a representação esquemática da variação na carga na superfície de um hidróxido de Fe em função do pH do meio. ➔ Sol: composto por vários constituintes, cada um com seu PCZ. @Studyagroo • PCZ do solo: vai depender dos PCZs de seus constituintes e das interações entre eles. • Exemplo de interação: recobrimento da matéria orgânica nas superfícies dos óxidos e minerais silicatados. ↪ Valore� comun� d� PCZ d� sol� • Camada superficial (0-20 cm): PCZ na faixa de 3 a 4. • Camada subsuperficial: geralmente os valores de PCZ se mantém na faixa de 3 a 4, mas podem ser mais altos dependendo, principalmente, dos teores de hidróxidos de Fe e de Al. ↪ Teore� d� matéri� orgânic� � d� �id�, PCZ, pH � carg� líquid� d� u� sol� tropica� altament� intemper�ad� • > teor de matéria orgânica; • < valor de PCZ; • pH do solo > PCZ; • carga líquida (-); • pred. retenção de cátions == CTC > CTA. • < teor de matéria orgânica; • predominam os óxidos; • > valor de PCZ; • pH do solo pode ser < PCZ; • carga líquida pode ser (+) == CTA > CTC. Qusõ: Origem das cargas elétricas do solo e Ponto de Carga Zero 1. As cargas elétricas do solo são divididas em duas classes principais. Quais são elas? 2. Qual o principal mecanismo de geração de cargas permanentes ou constantes? Esse tipo de carga é mais comum em solos tropicais úmidos bem drenados ou em solos temperados? Por quê? 3. Quais as principais substituições iônicas (ou isomórficas) que ocorrem nos tetraedros de sílica e nos octaedros de alumina? 4. Explique o mecanismo de geração de cargas por dissociação do grupo OH e por protonação. Como a variação do pH da solução do solo afeta os mecanismos? 5. Quais os principais radicais orgânicos que participam da geração de cargas elétricas? São formadas predominantemente cargas positivas ou negativas? 6. Qual o mecanismo de geração de cargas nos seguintes colóides do solo: •matéria orgânica •minerais de argila •óxidos e hidróxidos de Fe e de Al 7. Por que é mais comum que o solo tenha carga líquida negativa do que positiva? 8. Defina Ponto de Carga Zero (PCZ). 9. Quais os valores médios de PCZ dos óxidos de ferro e de alumínio, minerais de argila e matéria orgânica? 10. Em valores comuns de pH do Solo (de 4 a 6,5) é mais comum que apareçam cargas positivas na superfície dos colóides orgânicos ou de óxidos de Fe e de Al? Relacione sua resposta com o conceito de PCZ. 11. Considerando a diversidade dos componentes da fase sólida, qual seria o valor médio do PCZ da camada superficial da maioria dos solos tropicais? Qual é faixa de variação do pH da solução do solo? Com base nessas informações, é mais comum se encontrar carga líquida negativa ou positiva nos solos? 12. Qual o principal colóide que atua na redução do PCZ dos solos? Se o pH do solo for maior do que o seu PCZ, há predomínio de que tipo de carga (negativa ou positiva)? E se o pH for menor que o PCZ, o que ocorre? @Studyagroo 13. À medida que a profundidade do solo aumenta, o PCZ de um solo tropical altamente intemperizado aumenta ou diminui? Por quê? Acid� d� sol� � calage� ↪ �p� d� argil� • Capacidade de troca catiônica (CTC) e superfície específica (SE) dos constituintes do solo • Além da quantidade, a constituição da fração argila é determinante nos processos de sorção. • CTC e a CTA medem a capacidade de retenção da fração argila. ↪ Acid� d� sol� � calage� • O que é acidez? ↳ A acidez do solo ou pH do solo, é a concentração de íons H⁺ presente na solução do solo e um dos indicadores de sua fertilidade. • O que são ácidos? ↳ Ácido, no âmbito da química, pode se referir a um composto capaz de transferir Íons numa reação química, podendo assim diminuir o pH de uma solução aquosa, ou a um composto capaz de formar ligações covalentes com um par de elétrons. ↪ Com� s� quantific� � acid� • A acidez se quantifica através do valor de pH pH = - log (H+) = log (1 / H+) • A medida em que a quantidade de H+ aumenta, o valor de pH diminui ↪ Acid� n� sol� ↪ Sol� básic� pOH = - log (OH-) ↪ Com� calcular � pH � pOH pH = - log (H+) -------------- H+ = 10 - pH pOH = - log (OH-) ---------- OH- = 10 - pOH @Studyagroo pH + pOH = 14 Para um valor de pOH = 9, qual será o valor de pH? ↪ Qua� � � orige� d� acid� d� sol� Há uma contínua geração de acidez nos solos ↳ Exim 4 in nani: 1. Orige�: Remoção de bases • Com a lixiviação e os cultivos, aumenta a concentração de Al³+ e H+ nos sítios de troca das argilas, além do intemperismo liberar Al³+ dos minerais. Em solos tropicais, a baixa CTC dos colóides e a elevada precipitação favorecem o processo de acidificação. 2. Respiraçã� d� ra�e� � microrganism�: • A atmosfera possui 0,03% de CO2, enquanto o ar do solo possui 0,2 a 4% de CO2. 3. Mineral�açã� d� matéri� orgânic� � nitrificaçã� d� amôni� • A adição de matéria orgânica e de fertilizantes amoniacais tende a acidificar o solo. 4. Hidrólis� d� alumíni� (A�³+) 5. Materia� originári� • Rochas básicas podem contrabalançar a tendência de acidificação dos solos, fornecendo OH-. • Rochas ácidas (com alto teor de sílica) formam solos mais ácidos. ↪ pH d� sol� • pH = - log [H+] • água pura: pH = - [10-7] = 7 ↳ Solo ácido: 4,0 - 5,5 ↳ Solo moderadamente ácido: 5,5 - 6,5 ↳ Solo neutro: 6,5 - 7,5 ↳ Solo alcalino: > 7,5 • A maioria dos solos tropicais são ácidos ou moderadamente ácidos. • Solos alcalinos em geral são salinos ou sódicos: Na2CO3 + 2H2O → 2 Na+ + 2OH- + H2CO3 • Solos alcalinos e salinos são prejudiciais ao crescimento vegetal, pois o excesso de sais dificulta a absorção de água pelas raízes, e o Na é uma agente dispersante das partículas do solo, impedindo a formação de agregados e tornando o solo compactado. @Studyagroo • Em solos alagados em geral ocorre o aumento do pH devido à redução de O2: O2 + 2H2O + 4e- → 4OH- • O solo apresenta poder tampão, que é a resistência a mudanças de pH, devido à existência de dois compartimentos de acidez: - Acidez ativa: íons H+ e Al3+ na solução do solo. - Acidez de reserva: íons H+ e Al3+ adsorvidos nos colóides; é muito maior que a acidez ativa ↪ Compartiment� d� acid�. Poder tampã� • A reserva de H+ nos solos se encontram nos mesmos compartimentos do solo? ↪ �p� d� acid� ↳ Aci ti (ive d ís H+) • Quantidade de H+ presente na solução do solo é tão pequena que é medida em valores de pH. Por exemplo, pH 4,0 tem apenas 0,0001 mol H+. L-¹ ↳ Aci táve A toáv • Quantidade de Al³+ e H+ adsorvido pelas cargas negativas do solo (CTC) ● O Al³+ bloqueia as cargas e se mantém em equilíbrio com a solução do solo. Pode ser tão alto como mais de 0,2 mol kg-². ● Há uma quantidade muito grande de Alno solo, sendo que a grande maioria faz parte da estrutura dos colóides inorgânicos. ● O Al complexado pela MO do solo pode perfazer mais de 100 vezes àquele que se encontra no complexo de troca. Esse Al só será liberado para a solução se a MO for destruída pelo ataque microbiano. ↳ Aci nã ocá • Quantidade de hidrogênio ligado por ligações de coordenação aos grupos funcionais dos colóides orgânicos (MO) e inorgânicos (argilas e óxidos). Esse hidrogênio só se dissocia quando se adiciona OH- no solo. ↳ Aci pec • Somatório de Al³+ + H + (trocável + não trocável) é a acidez potencial do solo. ● Ela representa exatamente a quantidade de calcário a ser adicionada para elevar o pH do solo a um valor específico, de acordo com o que foi determinada. @Studyagroo ↪ Significad� d� acid� d� sol� ↪ Efeit� indiret� ↪ Por qu� � important� � valor d� pH par� � nutriçã� da� planta� • Disponibilidade de nutrientes: A disponibilidade de nutrientes é controlada pelo pH do solo. Variações no pH causam precipitação e adsorção de alguns elementos, modificando sua disponibilidade. • A faixa de pH entre 6 e 7 apresenta o maior número de nutrientes com boa disponibilidade. Em solos ácidos, os @Studyagroo macronutrientes têm sua disponibilidade reduzida. ↪ O alumíni� • A hidrólise do Al3+ é fonte de H+ na solução do solo: Al+³ + 3H2O → Al(OH03 + 3H+ • Em concentrações elevadas o Al+³ é toxico para os vegetais, inibindo o crescimento do meristema radicular e tornando as raízes curtas e grossas, com menor absorção de água e nutrientes. • O Al+³ deve ser neutralizado através da calagem ou gessagem. Uma alternativa é o melhoramento vegetal para obtenção de cultivares com maior tolerância ao Al+³ do solo. • Em solos com altos teores de matéria orgânica, podem ocorrer elevadas concentrações de Al+³, mas que pode estar complexado com a matéria orgânica e não ser tóxico aos vegetais: R-COOH ----------- Al -------------- HOOOC-R R-COOH ----------- ⤴ • Em solos com altos teores de matéria orgânica, o maior problema do baixo pH é a pequena disponibilidade de alguns nutrientes. ↪ Efeit� d� A�³+ na� planta� ↳ Diminuição do crescimento das plantas ↳ Encurtamento do sistema radicular ↳ Engrossamento das raízes ↪ Com� diminuir � t�id� d� A�³+ � corrigir � pH d� sol�? ↳ - toxidez do Al³+ → adição de MO ↳ O Al³+ está formando composto complexos estáveis pelo que diminui a sua disponibilidade . ↪ Com� corrigir � pH d� sol�? • Para aumentar o pH do solo, é necessário neutralizar não apenas a acidez ativa, mas também a acidez de reserva (H+ e Al+³). Os solos argilosos ou com muita matéria orgânica tem maior poder tampão. ● Cal e gge ↳ Cal: Incorporação de calcário no solo chama-se calagem. • Aplicação de calcário ao solo CaCO3 + H2O ↔ Ca+² + HCO3 + OH- HCO3- + H+ ↔ H2CO3 ↔ H2O + CO2 ↑ 3OH + Al+³ ↔ Al(OH)3 ↑ • Hidrólise do calcário, • Diminuição da [H+], aumentando o pH • Neutralização do Al+³ ↳ Observa-se que o aumento do pH e neutralização do Al+³ são derivados ao carbonato. • Usa-se: Calcita CaCO3 calcário calcítico Dolomita MgCO3.CaCO3 calcário dolomítico Óxido de Ca (cal) CaO + H2O ↔ Ca(OH)2 + CO2 ↔ CaCO3 +H2O • A calagem é calculada para neutralizar o Al+³ tóxico (acima de 0,3 cmolc/kg solo), fornecer Ca e Mg (abaixo de 2,0 cmolc/kg) ou aumentar a saturação de bases (elevar V% acima de 50%). • Em solos orgânicos, a calagem é feita para fornecer Ca e Mg, pois para elevar o pH as doses são muito grandes. @Studyagroo ↳ Vann e it: • Aumenta o valor de pH do solo (aumenta a disponibilidade de nutrientes). • Elimina os efeitos tóxicos de Alumínio (Al), neutralizar o Al³+. • Fornece Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) como nutrientes. (Melhora a estruturação do solo) • Diminui a adsorção de nutrientes. • Melhora as condições microbiológicas do solo. • Em solos óxicos, diminui a adsorção de P. ↳ A cam esa p: • Causar deficiencia de alguns micronutrientes • Aumentar a decomposição de matéria orgânica • Precipitar P como Ca(H2PO4)2 ↳ A cam deve ser efetuada de 30 a 90 dias antes do plantio; pode ser realizada a cada 3 a 5 anos, dependendo da análise do solo. O calcário deve ser espalhado sobre o solo e incorporado com o arado e grade. Em sistemas de plantio direto, onde não há revolvimento do solo, o calcário é aplicado sobre o solo, e espera-se sua movimentação no perfil, o que pode ser um pouco demorado, podendo ocorrer concentração de calcário na superfície. ↪ Aplicaçã� d� calcári� a� sol� ↪ Aplicaçã� d� C�O � M�O Cal virgem agrícola ↪ Aplicaçã� d� gess� • Forma-se um par iônico do Al+³ com o SO4-², reduzindo a atividade do Al, mas mudando muito pouco o pH. Por ser muito solúvel, o gesso é indicado para neutralizar o Al e fornecer Ca em profundidade. Distribuição do sistema radicular de milho. ↪ O gess� � indicad� par� combater � sodicidad� • É necessário lavar o solo para remover o Na+. Isso demanda muita água, o que pode tornar o processo caro e antieconômico, só @Studyagroo justificável em regiões de predomínio de solos sódicos ou em projetos de irrigação salinizados. • Em doses elevadas, o gesso pode diminuir a disponibilidade de K+: SO4-² + 2K+ ↔ K2SO4 ↓ ● Qul é a dinça co o efo da cam ? ↳ Influencia pouco o valor de pH do solo ↪ Importânci� d� aplicaçã� d� gess� Combate a sodicidade (Na) ↳ Por ser muito solúvel, o gesso é indicado para neutralizar o Al e fornecer Ca em profundidade. ↪ Resumind� … @Studyagroo ↪ Compl�� sortiv� ↳ O qu é pe siv ? Complexo sortivo do solo é o conjunto de partículas trocadoras de íons no solo. (Composto pelos colóides que fazem adsorção e pelos íons adsorvidos). ↳ Qus ão s aríl ? ↪ Colóide� d� sol�: ● Orgânicos: Húmus. ● Minerais: Amorfos (alofana, sílica gel). Cristalinos: oxi-hidróxidos e argilas silicatadas. ↪ Minerai� amorf� (ALOFANOS) • Alumínio silicatos hidratados com relação molar Si/Al (0,5-1.0 nm) • Esferas ocas minúsculas com exterior de 3,5-5,0 nm diâmetro • As esferas consistem de uma camada octaédrica curva de Al-O-OH e camadas OH-tetraédricas são ligadas por pontes de O na superfície interna. Elevada carga superficial Elevada carga variável (pH) Elevada CTC e CTA ↪ Sílic� ge� … ↪ Óxid� � ��-hidr�id� (hematit�-F� � gib�it�-A�) Elevada carga superficial Elevada carga variável (pH) ↪ Argilominerai� (1:1 � 2:1) ↪ Húmu� Elevada carga variável (pH) ↪ Compl�� sortiv� @Studyagroo ↪ Quai� sã� � íon� adsorvid� ? ● Cáti: NH4+, K+, Ca+2, Mg+2, Fe+2, Fe+3, Mn+3, Cu+2, Zn+2, H+, Al+3, Na+, Co+2, → Metais pesados (Cd+4, Cr+4, Pb+4, Hg) ● Âni: NO3-. NO2-, HPO4-², So4-², MoO4-², H2BO3-, Cl-, OH-, F-, HCO3-, SiO4-4. ● Moléculas orgânicas com carga (como os agrotóxicos) também podem ser adsorvidas. ↪ Equilíbri� dinâmic� n� sol� ● A quantidade de um íon na solução do solo depende de vários processos. A contribuição de cada processo varia para cada nutriente. ● Os íons encontrados em maiores concentrações no complexo sortivo do solo são: Esses valores são obtidos pela análise do solo, e são expressos em cmolc/kg do solo. A análise do solo fornece a quantidade de íons trocáveis (em solução nos colóides). ↪ Com� s� comporta� quimicament� este� íon� e� soluçã� ? ● Cono d áos es: ↳ Base� A hidrólise de um oxido de um metal eletropositivo produz: Na2O + H2O → 2 NaOH O NaOH formado apresenta caráter iônico, favorecendo a dissociação em Na+ e OH-, este metal tem caráter de base ↳ Ácid� Quando a hidrólise do metal produz um hidróxido de caráter predominantemente covalente, não ocorre dissociação, e este metal tem caráter ácido: Al3+ + 3 H2O → Al(OH)3 + 3 H+ A hidrólise de um não metal tem caráter ácido: SO3 + H2O → H2SO4 ↔ H+ + HSO-4 ↪ Qua� � � utilidad� d� conhecer � compl�� sortiv� d� sol� ? Pod qufica se fet vas Valor “S” Soma de bases trocáveis (Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+), Fornece uma estimativa da disponibilidade de nutrientes no solo. Valor “H” Acidez potencial (H+ + Al+3), responsável pela acidez no solo. Valor “T” = total de cátions adsorvidos, ou aproximadamente à CTC do solo (Valor S + Valor H) @Studyagroo ↪ Valor V%: valor de saturação de bases, indica o quanto da CTC está ocupada com bases. → valor V% > 50%: solos eutróficos (mais férteis e menos ácidos que os distróficos) → valor V% < 50%: solos distróficos ● Inepmo (lixiviação) diminui a quantidade de bases (S), aumenta (T) Diminui o valor de V Como resolver ? Calagem Calagem aumenta Valor S (Ca e Mg), aumenta o valor de V (%). ↪ Saturaçã� p� A�: indica a acidez nociva, representada pelo Al3+ trocável: → Sa�. A� > 50%: solos álicos → Sa�. A� < 50%: solos normais ● Solos álicos tem toxidez por Al e alta acidez, demandando elevadas calagens. ● Solos com horizonte B álico devem receber gessagem. ↪ Saturaçã� por N�: indica a presença de caráter sódico no solo: → Sa�. N� > 50%: solos sódicos → Sa�. N� entr� 6 - 15%: solos solódicos → Sa�. N� < 6%: solos normais ● Solos sódicos tem problemas de salinidade (dificultando absorção de água pelas plantas) e má estrutura (Na é dispersante) Como resolver ? Gessagem + 2N�2SO4 Lixiviação ↪ O� valore� d� compl�� sortiv� s� util�a� par� � classificaçã� d� sol� ? ● Aris etófi - Val % > 50% Apresentam argila de atividade baixa e saturação por bases altas (proporção na qual o complexo de adsorção de um solo está ocupado por cátions alcalinos e alcalinoterrosos, expressa em porcentagem, em relação a capacidade de troca de cátions. ● Latlo áli - Sat. A > 50% Formados pelo processo denominado latolização que consiste basicamente na remoção da sílica e das bases do perfil (Ca2+, Mg2+, K+ etc). ● Plaso soóc - Sat. ne 6 - 15% Apresentam alta CTC, elevada saturação por bases e sorção de Na. ↪ �empl� d� sol� d� Estad� d� Ri� @Studyagroo → Sol� A:pouco fértil, ácido, necessita de altas calagens (cerca de 3 ton/ha de calcário) e adubações. → Sol� B:boa disponibilidade de nutrientes, sem problemas de acidez e sodicidade, bom potencial agrícola. → Sol� C:pouco fértil, ácido, necessita de altas calagens e adubações; porém, possui 4,5% de C, e é provável que parte do Al esteja complexado com a matéria orgânica, numa forma não tóxica aos vegetais. → Sol� D:apesar de eutrófico, apresenta sodicidade e tendência à alcalinidade, precisando de gessagem. ↪ �empl�: O solos A apresentava 0,9% de matéria orgânica e 30% de argila. Qual o tipo de colóide predominante na fração argila? Considere a CTC da matéria orgânica igual a 200cmolc/kg. Em 1 kg de solo tem-se 9g de matéria orgânica e 300g de argila. CTCsolo = CTCmat.org + CTCarg A CTC do solo corresponde ao valor T CTCarg = 4,7 - 1,8 = 2,9 cmolc ↪ É p�síve� modificar � valore� d� compl�� sortiv� d� sol� ? ● O aumento do teor de matéria orgânica aumenta a CTC do solo, e em consequência o valor T. ● Total de cátions adsorvidos, ou aproximadamente à CTC do solo (Valor S + Valor H). A calagem aumenta os teores de Ca e Mg Aum o v de S Reduz os teores de Al e H Reduzindo o valor H aumenta-se o valor V% e reduz-se a saturação por Al Solos com predomínio de oxi-hidróxidos Calagem aumenta o pH e as cargas negativas aumentando a CTC Val Solos sódicos e solódicos Aplicação de gesso reduz o teor de Na Aumenta o teor de Ca Reddo urçã o N ↪ Resumind� … @Studyagroo ↪Qua� � � diferenç� entr� � componente� inorgânic�… Fração inorgânica Formados por elementos metálicos Na, K, Si, Fe, Ca, Al Fração orgânica Formados por elementos NÂO metálicos C, H, O, N, P, S ↪ A matéri� orgânic� te� � maior contribuiçã� par� � CTC e� sol� tropicai� … ● Sol� argil�� ➟ 30 - 40% CTC total ● Sol� aren�� ➟ 30 - 40% CTC total ● A matéria orgânica tem a maior contribuição para a CTC em solos tropicais… QUANTIDADE!! ↪ Distribuiçã� d� C n� superfíci� terrestr� Restói m(C) (10¹² Kg) Atmosfera (como CO²) ≈ 8 Biomassa 4,8 Água doces 2,5 Matéria orgânica do solo 30 - 50 ↪ Quai� sã� � componente� d� MOS ? ↳ Orida las, as miris → Liteir�: Material na superfície do solo. → Fraçã� lev�: Resíduos vegetais e seus produtos parcialmente decompostos dentro do perfil do solo. → Faun�: Tecidos animais (principalmente invertebrados como insetos, anelídeos e moluscos). →Biomass� microbian�: Microrganismos vivos (principalmente fungos e bactérias); pequena proporção da matéria orgânica total, mas com maior atividade metabólica. → Materia� solúve�: dissolvido na solução do solo. → Ra�e� � �sudat� radiculare� → Húmu�: matéria orgânica estabilizada por transformações microbianas e químicas. ↪ Variaçã� d� teor d� C n� perfi� d� sol� Os solos evoluídos possuem várias camadas sobrepostas, denominadas HORIZONTES. ↪ Po�zol�açã� @Studyagroo ● Alto teor de C no horizonte B, pela translocação de quelatos dos horizontes A e E. ● Migração de Alumínio e matéria orgânica, com o sem a presença de Ferro, para o horizonte B, resultando em um acúmulo de Sílica no horizonte onde houve o processo de eluviação. ↪ Sol� Orgânic�: horizonte O com altos teores de C e mais de 40 cm de profundidade. ↪ Decomp�içã� d� matéri� orgânic� Floresta Floresta Tropical Temperada 10,5 Mg 4 Mg há-¹ há-¹ ano-¹ ano-¹ Mat. Mat. Sec Sec Depósito ~150 kg.ha-¹ (N); 4 kg.ha-¹ (P); 1 kg.ha-¹ (Ca); 27 kg.ha-¹ (Mg) ↪ Principai� materiai� qu� s� dep�ita� n� sol� … Celulose → 20 - 50% (mat. seca) Hemicelulose → 10 - 30% (mat. seca) Lignina → 5 - 30% (mat. seca) Proteína → 2 - 15% (mat. seca) Subs. solúveis → 10% (mat. seca) Ceras, graxas, pigmentos → -4% (mat. seca) ↪ Classificaçã� d� su�trat� ↪ Decomp�içã� @Studyagroo ↪ Categor�açã� �nciona� • 2 gad ro: - Transformadores: Microrganismos - Regularodes: Macrorganismos ↪ Fase� d� decomp�içã� ↪ Progressã� d� decomp�içã� ↪Fatore� qu� influencia� � decomp�içã� … 1. Baixo teor de lignina do material inicial ou compostos fenólicos. 2. Tamanho da partícula do material inicial. 3. Relação C:N. Maior C:N ➨ Menor decomposição Menor C:N ➨ Maior decomposição 4. Condições químicas e físicas no solo. 5. Temperatura entre 30-35 ºC 6. Umidade próxima da capacidade de campo e aeração adequada. 7. Fatores / substâncias tóxicas capazes de inibir a atividade dos microrganismos heterotróficos. ↪Relaçã� C:N. Mar : ➨ me dopção, Men : ➨ma ecsiçã. Com a decomposição de um resíduo orgânico no solo, ocorre aumento da atividade microbiana e redução do teor de N disponível no solo (imobilização). Após a decomposição @Studyagroo do resíduo, os tecidos microbianos também vão sendo decompostos, liberando N para o solo (mineralização). ↪Influênci� d� M.O na� propriedade� d� sol� - Nas ped uím: Disponibilidade de nutrientes Capacidade de intercâmbio de cátions Quelação de elementos tóxicos e micronutrientes - Nas ped ísi: Cor Estado de agregação Retenção e infiltração da água Densidade, porosidade e aeração - Nas ped ilóas: Biomassa microbiana Atividade microbiana ↪Principai� fatore� qu� afeta� � níve� d� C orgânic� d� sol�: -Tempo de formação do solo; Clima; Vegetação; Mineralogia; Topografia; Uso do solo ↪ Nitrogêni� ↪Distribuiçã� � presenç� d� nitrogêni� n� terr� … O N é um macronutriente essencial, participando da formação de aminoácidos. É um fator limitante à produção agrícola em muitos solos, pois as culturas exigem elevadas quantidades do nutriente (50 a 200 kg N/ha). ↪ O nitrogêni� � important�par� a� planta� … Necessidade de N para as culturas 50 a 200 kg N/ha Qual é o destino de Nitrogênio? @Studyagroo ↪ Adiçã� d� N a� sol� O N não é assimilado na sua forma elementar (N2 ) 3 ligações químicas Elevada estabilidade Não há N nos minerais primários das rochas. A atmosfera tem 78% de N2, originado de erupções vulcânicas. ↪ Orige� d� N n� sol� 1. Chu: sais de NH4+ e NO3 - em aerosol, cerca de 5 kg N/ha.ano. Fixçã a mer: 2. Resí veis e ani: quantidades variáveis com o ecossistema. 3. Fixçã ióga N2 Realizada por bactérias (Diazotróficas) ↪ Reaçã� qu� acontec� n� presenç� d� e�im� Nitrogenas� • Esta reação propicia a transformação do N inerte da atmosfera em uma forma passível de absorção pelas plantas. @Studyagroo • Consome muita energia, só ocorrendo quando o microrganismo não tem N disponível no meio. ↪ �xaçã� biológic� d� N Fixçã não sióta: Bactérias de vida livre no solo, podem atingir 20 kg N/ha.ano. Fixçã sióta: Bactéria em associações com plantas: ↳ Rhium – leno Formam-se nódulos nas raízes das plantas, onde alojam-se as bactérias; a planta fornece proteção e fotossintatos, e a bactéria exsuda o NH4 + direto no xilema da planta; é o sistema mais eficiente, podendo atingir até 200 kg N/ha.ano. Há inoculante comercial para aplicação nas sementes. Exemplos: soja (no Brasil a cultura não utiliza adubo com N), adubos verdes (incorporação de leguminosas ao solo na floração), consórcio gramíneas leguminosas em pastagens (aumenta o teor proteico), sistemas agroflorestais (podas de leguminosas arbóreas para fornecer N a cultivos consorciados), uso de leguminosas arbóreas na recuperação de áreas degradadas, disseminação das leguminosas por todos os ecossistemas. ↳ Azorum – gaín A bactéria vive na rizosfera, e a planta só absorve parte do N fixado; menos eficiente. ↳ Glubar - ca A bactéria vive no interior da planta. ↳ Anaa - az A bactéria vive na superfície da folha da azola, uma planta aquática, usada na lavoura do arroz irrigado. ↪ Orige� d� N n� sol� 4. Ferzas: adiçã� d� 80 � 100 k� N/h� n� maiori� d� cultiv� - Orâic (esc, cos, ad ve): a mineralização do N depende do clima e da relação C:N do material - Quím: sulfato de amônio, uréia. A uréia sofre hidrólise no solo, sendo decomposta pela enzima urease: CO(NH2 )2 + 2 H2O (NH4 )2 CO3 2 NH4+ + CO3 -2 ● Os fertilizantes minerais são produzidos industrialmente pela redução do N2 atmosférico a 700 oC e 100 atm, o que consome muita energia. Do N aplicado por fertilizantes, de 30 a 70% é recuperado pelos cultivos, 10 a 40 % fica retido na matéria orgânica, e 10 a 30 % é perdido do sistema. ↪ Forma� d� N n� sol� assimilávei� pela� planta� ● Mais de 90% do N do solo está na forma orgânica, protegida contra perdas por lixiviação. Uma parte é mineralizada pela ação microbiana (1 a 3 % por ano, dependendo do clima). Geralmente menos de 1% do N nos solos está em formas iônicas, como: @Studyagroo N4+: pode ser adsorvido nos coloides, principalmente argilas 2:1, não sendo lixiviado. NO3 - : muito móvel altamente lixiviado - As plantas têm preferência pela absorção do NH4+, pois o NO3 - tem que ser reduzido por enzimas para ser incorporado aos tecidos, o que consome muita energia. - Porém altos teores de NH4+ são tóxicos aos vegetais, enquanto o NO3 - pode ser acumulado no vacúolo celular. - Para manter o equilíbrio de cargas no interior das células, plantas absorvendo NH4+ exsudam H+ e acidificam a rizosfera, e plantas absorvendo NO3 - exsudam OH- e alcalinizam a rizosfera. ● Os teores de NH4 + e NO3 - podem variar devido a: variações de temperatura e precipitação; mineralização e imobilização; absorção vegetal; lixiviação do NO3 - ; adsorção do NH4 + ; denitrificação do NO3 - ; aplicação de fertilizantes. Estas variações dificultam o estabelecimento de rotinas de laboratório para determinação dos teores de N disponível nos solos. As plantas têm preferência pela absorção do NH4 + , pois o NO3 - tem que ser reduzido por enzimas para ser incorporado aos tecidos, o que consome muita energia. Porém altos teores de NH4 + são tóxicos aos vegetais, enquanto o NO3 - pode ser acumulado no vacúolo celular. Para manter o equilíbrio de cargas no interior das células, plantas absorvendo NH4 + exsudam H + e acidificam a rizosfera, e plantas absorvendo NO3 - exsudam OHe alcalinizam a rizosfera. ↪ Transformaçõe� d� N n� sol� 1. Minizçã Processo enzimático de transformação do N orgânico em NH4+ efetuado por microrganismos: • Aumento da T --------------------→ aumenta a mineralização • O NH4+ e NO3 - do solo podem ser utilizados por microrganismos, causando imobilização do N. • O balanço entre mineralização e imobilização é dado pela razão C:N do resíduo orgânico. 2. Nitfição ● Transformação do NH4+ em NO3 - operada por bactérias quimiotróficas: • O NO2 - é altamente tóxico, mas não se acumula no solo pois estas reações são muito rápidas. • Esta reação acidifica o solo, e é responsável pelo predomínio do NO3 - em relação ao NH4+ nos solos. • O NO3 - produzido é facilmente lixiviado, e pode polui o lençol freático. • O NO3 - é tóxico na alimentação humana, sendo reduzido a NO2 - no trato digestivo, que reage com a hemoglobina e causa deficiência de O2 . O mesmo pode ocorrer em ruminantes. O NO3 - é considerado agente cancerígeno, por formar nitrosaminas. 3. Denficaçã ● Perdas de N do solo em forma gasosa. Algumas bactérias podem utilizar o NO3 - como aceptor de elétrons na respiração anaeróbica: • Esta reação é responsável por perdas de até 30% do N aplicado como fertilizante na cultura do arroz irrigado. • No arroz irrigado deve se utilizar fertilizantes com amônio, e o solo deve ser inundado logo após a adição do fertilizante amoniacal, para diminuir a nitrificação e posterior denitrificação. @Studyagroo • O N2O produzido pode destruir o ozônio (O3) na estratosfera, que reduz a radiação ultravioleta que atinge a Terra: • N2O + 2 O3 2 NO2 + 3/2 O2. @Studyagroo
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