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FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA

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Universidade Federal do Pará 
Instituto de Geociências 
Programa de Cursos Lato Sensu a Distância 
Curso de Especialização em Rochagem e Remineralização de Solos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS DE PEDOLOGIA 
 
 
 
 
 
Professor: Anderson Martins de Souza Braz 
Universidade Federal Rural da Amazônia 
 
 
 
 
 
 
Belém-PA 
2019 
 
1. Introdução 
Ciência do Solo ou Pedologia (Pédon do Grego = solo) é uma disciplina científica no ponto de 
encontro das ciências (p.e. química, física), biológicas (p.e. botânica, zoologia, microbiologia), 
geológicas (p.e. mineralogia, geologia, geografia) e agrícolas (p.e. produção das culturas, nutrição 
de plantas, tecnologia do solo). Ela abrange pesquisa, ensino, estudos e uso prático do solo. Os 
principais ramos da ciência do solo são: 
Pedologia geral compreende: descrição/morfologia do solo (inventário das propriedades e 
comportamento do solo); gênese do solo (origem e desenvolvimento dos solos); sistemática 
(classificação dos solos de acordo com aspectos pedogenéticos); ecologia do solo (interação do 
solo com animais, seres humanos e meio ambiente). 
Ciência do solo aplicada trata do uso agrícola, silvicultural e horticultural dos solos: 
compreensão da fertilidade do solo contribui para um melhor crescimento das culturas e torna 
possível o melhoramento ou manutenção da fertilidade (produtividade). 
Além de prover o habitat e alimento para as plantas, o solo funciona como um filtro, tampão e 
sistema de transformação que se contrapõe à poluição ambiental resultante da atividade humana. 
 
2. História da Pedologia 
A ciência do solo empírica é bastante velha, tendo origem quando o homem começou a utilizar o 
solo para as culturas, pastoreio, jardins, videiras e florestas; o que é evidenciado pelas figuras e 
relíquias das antigas civilizações. Evidências etimológicas do significado do solo para o homem: 
Latim para “homem” Homo sapiens, Alemão antigo Gomo (homem ou humanidade) e a palavra 
Latina Húmus (solo) todos têm a mesma raiz; é a mesma coisa para o Hebraico: Adam 
(humanidade), Adamah (solo arável). 
O estudo do solo como uma ciência formal começou na segunda metade do século dezenove. Um 
pioneiro foi F.A. Fallou (“Pedologia ou Ciência do Solo Geral e Aplicada”, Dresden 1862). 
Fundadores da moderna ciência do solo: V.V. Dokuchaev (“O Chernozem Russo”, Petersburg 
1883); E.Ramann (“Ciência do Solo Florestal”, Berlin 1893); E.W. Hilgard (“A Influência do 
Clima na Formação e Composição dos Solos”, Heidelberg 1893). 
A ciência do solo foi também relacionada com outras disciplinas, p.e. agricultura (A. Thaer), 
química agrícola (H. Davy, C. Sprengel, J. v. Liebig), geografia, geologia, petrologia (A. v. 
Humboldt, F. v. Richthofen, J. C. Hundeshagen, F. Senft), biologia (C. Darwin, P. E. Mueller). 
3. Tópicos da Pedologia 
Diferentemente de minerais, plantas e animais, solos não são entidades perfeitamente distintas e 
não exatamente definíveis. Solos podem ser descritos como um fenômeno limite da superfície da 
terra. Eles pertencem à pedosfera, na qual a litosfera, a atmosfera, a hidrosfera e a biosfera se 
sobrepõem e interagem (Figura 1). 
Solo é o produto de transformação das substâncias orgânicas e minerais da superfície da terra sob 
a influência dos fatores ambientais que operam por um período de tempo muito longo e 
apresentando uma organização e morfologia definidas. É o meio de crescimento para as plantas 
superiores e a base da vida para os animais e seres humanos. Como um sistema de tempo-espaço 
o solo apresenta quatro dimensões. 
Os componentes do solo (mineral, orgânico, água e ar) são arranjados no espaço para formar o 
corpo do solo: a diferenciação do corpo do solo em horizontes dá origem ao processo da 
pedogênese que leva a um grande número de classes de solos (tipos de solo) que refletem 
diferentes propriedades e funções ecológicas no ambiente e contribuem de várias formas para 
suportar a humanidade. 
 
 
Figura 1. Processos interativos da pedosfera com a biosfera, atmosfera, hidrosfera e litosfera. 
Fonte: Pérez et al., 2016 (adaptado de Lal et al., 1998). 
 
Como a pedosfera (excetuando penhascos costeiros, precipícios e falhas) é constituída de uma série 
contínua de solos, esses últimos devem, para descrição, classificação e investigação, ser divididos em 
unidades muito pequenas (“pseudo-individuais”). 
A unidade é o pédon – uma coluna aproximadamente hexagonal, em três dimensões, através da 
pedosfera, indo do material de origem até a superfície. Sua seção transversal varia de 1-10 m2 e 
profundidade de 0,5 a 2 m, dependendo da variabilidade do solo. É o menor volume que pode ser 
chamado de solo (Figura 2). Perfil de solo: Seção vertical (2 dimensões) através do pédon ou 
pedosfera (Figura 2). 
 
 
Figura 2. Arranjo hierárquico de diferentes componentes: paisagem, polipedon, pédon, perfil e 
horizontes do solo. Fonte: Adaptado de Brady & Weil, 1996. 
 
4. Componentes no Solo 
 
O solo é uma mistura variável de componentes minerais: fragmentos da rocha matriz, minerais 
primários e secundários, substâncias amorfas; componentes orgânicos: fauna e flora do solo, raízes 
de plantas, resíduos de plantas intactos e em decomposição, substâncias húmicas recentemente 
formadas (húmus); Água e Ar. Sendo uma mistura de substâncias sólidas, líquidas e gasosas, o solo 
é um sistema de 3 fases (Figura 3). 
 
Figura 3. Composição média de um solo. 
 
5. Fatores de Formação do Solo 
 
A pedogênese ou formação do solo é estudada pela Pedologia, cujas noções básicas e conceitos 
fundamentais foram definidos em 1877, pelo cientista russo Dokuchaev. Até esta época, prevaleceu 
a visão geológica que considerava o solo apenas como sendo um manto de fragmentos de rocha e 
produtos de alteração, que reflete unicamente a composição da rocha que lhe deu origem. Com a 
constatação da existência de solos diferentes desenvolvidos a partir de uma mesma rocha de origem, 
a concepção sobre o que é o solo passou a ter uma conotação mais genética, onde o solo é identificado 
como um material que evolui no tempo, sob a ação dos fatores naturais ativos na superfície terrestre. 
Em 1898, Dokuchaev consolidou a concepção de que as propriedades do solo são resultado dos 
fatores de formação do solo que nele atuaram e ainda atuam, a saber: material de origem, clima, 
organismos, topografia (relevo) e tempo. 
Hans Jenny (1941), um cientista do solo suíço traduziu a teoria de Dokuchaev para uma linguagem 
matemática e formulou o modelo de formação do solo mais conhecido na ciência do solo, que pode 
ser definido pela seguinte equação: S = f (cl,o,r,p,t,...) 
onde S é a variável solo; cl é o clima; o são os organismos; r é o relevo; p (ou “mo”) é o material de 
origem e t é o tempo. As reticências significam que outros fatores não listados podem ocorrer 
eventualmente. 
 
Material de origem 
 
O material de origem de um solo pode ser uma rocha ou um sedimento inconsolidado, aluvial 
(depósito de rio), ou coluvial (depósito de material no sopé das elevações). 
 
Tempo 
 
A rigor, o início da formação de um solo ocorre quando uma rocha sã começa a ser alterada, ou um 
evento de sedimentação se encerra, e a partir daí começam a ocorrer os processos de formação do 
solo. Mas como existe a erosão atuando em sentido contrário à pedogênese, é difícil precisar o início 
exato da formação do solo. Embora a sucessão de eventos modeladores da superfície do planeta, 
estudados pela geomorfologia, nos dê uma ideia de sequência temporal dos materiais de solos 
 
dispostos na paisagem, não é comum se pesquisar a idade de um Latossolo ou de um Cambissolo, até 
porque provavelmente esses solos já passaram por várias fases de pedogênese, considerando a 
dinâmica da superfície do planeta. 
O uso do termo tempo/idade em pedologia normalmente está relacionado à maturidade (Figura 4), ao 
grau de desenvolvimento de um solo, e não aotempo cronológico. Assim, quando se diz que um solo 
é jovem, isto significa que a pedogênese foi pouco intensa (condições de relevo plano, clima frio ou 
seco), ou que a taxa de erosão foi maior que a taxa de pedogênese (relevo acidentado), formando um 
solo pouco espesso, podendo apresentar minerais ainda passíveis de intemperização. Ao contrário, a 
referência a um solo velho, indica tratar-se de um solo espesso, quimicamente pobre, com minerais 
profundamente intemperizados e acúmulo de óxidos. 
 
 
 
 
Figura 4. Evolução da formação/maturidade do solo. Fonte: Buol et al., 1997. 
 
Clima (precipitação e temperatura) 
 
O clima é o fator que, isoladamente, mais contribui para o intemperismo. Mais do que qualquer outro 
fator, determina o tipo e a velocidade do intemperismo em uma dada região. Os dois parâmetros 
climáticos mais importantes são a precipitação e a temperatura, regulando a natureza e a velocidade 
das reações químicas. Para que as reações químicas de intemperismo ocorram, é necessário que exista 
água no sistema. Dessa forma, a água está envolvida diretamente no processo, seja como solvente, 
seja indiretamente, favorecendo a instalação de seres vivos que irão acelerar o intemperismo. Uma 
vez processadas as reações, a circulação de água exerce importante papel na remoção de partículas 
sólidas (erosão) e produtos solúveis (lixiviação) do intemperismo. Quanto maior a disponibilidade de 
água (pluviosidade total e distribuição ao longo do ano) e mais frequente for a sua renovação 
(drenagem), mais completas serão as reações químicas do intemperismo. 
A temperatura desempenha um papel duplo, condicionando a ação da água: ao mesmo tempo em que 
acelera as reações químicas, aumenta a evaporação, diminuindo a quantidade de água disponível para 
a lixiviação dos produtos solúveis. A elevação da temperatura em 10°C, aumenta de duas a três vezes 
a velocidade das reações químicas. 
 
 
 
 
 
Organismos 
 
Compreende os vegetais, animais, bactérias, fungos, liquens, os quais têm influencias dinâmicas nos 
processos de formação do solo. Estes organismos exercem ações físicas e químicas sobre o material 
de origem e continuam a atuar no perfil do solo. Estas ações podem ser classificadas como 
conservadoras e transformadoras. Ações conservadoras são por exemplo, a interceptação da chuva 
pela parte aérea dos vegetais, o sombreamento da superfície (diminuindo a amplitude térmica), assim 
como a retenção de solo pelas raízes das plantas. Entre as ações transformadoras se destacam a ação 
dos organismos no intemperismo físico e químico das rochas, a mobilização de sólidos (minerais e 
orgânicos) por animais, e a reciclagem de nutrientes e incorporação de matéria orgânica pelos 
vegetais. 
 
Topografia (relevo) 
 
A topografia regula a velocidade do escoamento superficial das águas pluviais (o que também 
depende da cobertura vegetal) e, portanto, controla a quantidade de água que se infiltra nos perfis, de 
cuja eficiência depende o fluxo vertical de solutos e colóides, assim como o fluxo lateral de partículas 
sólidas pela erosão. Dessa forma o intemperismo se acentua quanto mais a água se infiltrar pelo perfil 
do solo, levando os produtos mais solúveis do intemperismo. Por outro lado, se as partículas sólidas 
da superfície do solo forem arrastadas pelo escorrimento lateral (erosão), o equilíbrio 
pedogênese/erosão se deslocará no sentido de manter o solo com menor espessura, ou seja, mais 
próximo do material de origem. 
 
6. Processos Gerais de Formação do Solo 
São processos que produzem as modificações que ocorrem no solo devido à atuação dos fatores de 
formação do solo. Consistem de adição, remoção ou perda, transformação e translocação. A ação 
mais ou menos pronunciada de um ou mais desses processos gerais conduz aos chamados processos 
específicos de formação do solo. 
 
Adição 
 
Compreende qualquer contribuição externa ao perfil do solo. Entre estas, consideram-se a adição de 
matéria orgânica (restos orgânicos de animais e vegetais), poeiras e cinzas trazidas pelo vento, 
materiais depositados tanto por enchentes como por movimentos de massa nas encostas, gases que 
entram por difusão nos poros do solo (CO2, O2, N2), adubos, corretivos, agrotóxicos, adição de solutos 
pela chuva, etc. 
 
Remoção ou perda 
 
Compreende as perdas de gases, líquidos ou sólidos sofridas por uma determinada porção de solo, 
podendo ser em superfície ou em profundidade. As primeiras compreendem a exportação de 
nutrientes pelas colheitas, perdas de compostos voláteis por queimadas, perdas por erosão hídrica ou 
eólica, etc. As perdas em profundidade compreendem lixiviação de solutos pelo lençol freático, 
perdas laterais de soluções com íons reduzidos (Fe, Mn), etc. 
 
Translocação 
 
É caracterizada pelo movimento de materiais de um ponto para o outro dentro do perfil do solo. São 
processos de translocação, entre outros, o movimento de argilas e/ou solutos de um horizonte para o 
outro no perfil, o preenchimento de espaços deixados por raízes decompostas, cupins, minhocas, 
formigas, etc., o movimento de materiais promovido pela atividade agrícola, e o preenchimento de 
 
vazios provocados pela contração de solos ricos em argilas expansivas (esmectites e 
montmorilonites). 
 
Transformação 
 
São processos que consistem na transformação física, química ou biológica dos constituintes do solo, 
envolvendo síntese e decomposição. Transformações físicas incluem quebras de minerais e rochas, 
umedecimento e secagem do solo com quebra de agregados, compressão provocada pelo crescimento 
de raízes, etc. Transformações químicas consistem dos processos de intemperismo químico já 
conhecidos, assim como a neoformação de minerais da fração argila do solo. 
 
7. Processos Específicos de Formação do Solo 
 
São caracterizados como processos específicos de formação de solos, aqueles em que ocorre atuação 
destacada de um ou mais dos processos gerais de adição, remoção, translocação ou transformação, de 
formação do solo. Os principais processos específicos de formação do solo são: latossolização, 
podzolização, hidromorfismo, salinização. 
 
Latossolização 
 
É o processo específico de formação dos Latossolos, no qual sobressaem os processos gerais de 
remoção e transformação. Nesse processo, os fatores ativos de formação do solo (clima e organismos) 
apresentam uma ação intensa por um longo tempo, em uma condição de relevo que propicia a 
remoção de sais solúveis e a transformação acentuada de minerais, em busca de uma condição de 
equilíbrio, resultando no acúmulo de minerais mais estáveis como argilominerais 1:1 (caulinita) e 
óxidos de Fe e Al. 
No processo de latossolização, com a perda de sais básicos (mais solúveis), o solo vai se tornando 
mais ácido, aproximando o seu pH ao pH onde ocorre a neutralidade de carga das argilas. Esta 
aproximação da neutralidade de cargas no solo diminui o movimento das argilas, provocado pela 
repulsão entre cargas de igual sinal, leva à floculação, e em seguida à formação de agregados 
pequenos e de forma granular, que passam a ser fortemente cimentados por óxidos de Fe e Al. 
Esta estrutura permite que os Latossolos apresentem uma alta permeabilidade e arejamento, 
semelhante a solos arenosos, mesmo que contenham elevados teores de argila. 
Os Latossolos ocupam extensos chapadões planos onde a água em abundância se infiltrou 
profundamente, causando intensa lixiviação e acentuado intemperismo. Estas condições podem não 
mais existir atualmente, fazendo com que se encontrem Latossolos associados a relevo acidentado 
em condições climáticas que favorecem menos a latossolização. Sendo estes solos muito 
intemperizados, as evidências do material de origem são mais difusas do que em solos jovens. O 
material intemperizado foi intensamente revolvido pelos organismos vivos (formigas, cupins, raízes 
mortas etc) e transportados a grandes distancias na paisagempor ação dos agentes erosivos (vento, 
chuvas, cursos d´água etc.). Esses agentes promovem mistura de substratos de diferentes origens. 
 
Podzolização 
 
Este processo específico é caracterizado pela translocação de argila e de compostos organo-minerais 
dentro do perfil. Mesmo que a translocação seja um processo de destaque, os processos de adição, 
perda e transformação também ocorrem. Dois grandes grupos de solos apresentam a podzolização: 
os Argissolos (antigos podzólicos), Espodossolos (antigos Podzóis). Além destes temos os Luvissolos 
(antigos Bruno não cálcicos) e Planossolos. 
Nos Espodossolos é notável a translocação de complexos de matéria orgânica e óxidos de ferro e/ou 
alumínio de um horizonte eluvial (E) para um horizonte espódico (Bhs) onde estes complexos se 
precipitam. Estes solos são formados a partir de material arenoso e sob condições que facilitam o 
 
acúmulo superficial de matéria orgânica e a acidólise (baixas temperaturas ou hidromorfismo 
acentuado). 
Os solos Argissolos apresentam translocação de argila dos horizontes mais superficiais para um 
horizonte mais profundo (horizonte de acumulação de argila, Horizonte B Textural – Bt). São bem 
mais argilosos do que os podzóis e são formados em condições de alternância de ciclos de 
umedecimento e de secagem (clima com estações seca e úmida definidas, ou posição na paisagem 
que permita tal alternância, tal como sopé de encostas). O movimento descendente da argila no perfil, 
leva ao entupimento de macroporos no horizonte Bt, facilitando a erosão no horizonte superficial. 
 
Salinização (ou halomorfismo) 
 
É o processo específico de formação de solos que apresentam acumulação de sais no perfil. É comum 
nesses solos o processo de adição de sais pelo lençol freático ou pela erosão das elevações 
circundantes. Esses solos estão associados a planícies ou depressões onde a drenagem é deficiente e 
a precipitação pluviométrica é menor do que a evapotranspiração. Os solos formados por esse 
processo têm suas características diferenciadas conforme a assembleia de cátions (principalmente 
Ca+2, Mg+2, Na+, H+) que satura as cargas de suas argilas e são reconhecidos pelos atributos: 
- caráter sódico: saturação das cargas por Na > 15%. 
- caráter solódico: saturação das cargas por Na > 6% e < 15%. 
- caráter salino: condutividade elétrica > 4 ds/m2 e < 7 ds/m2. 
- caráter sálico: condutividade elétrica > 7 ds/m2. 
Exemplo de classes de solos: Gleissolos Sálicos (antigos Solonchaks) e Planossolos Nátricos (antigos 
Solonetz solodizado). São solos encontrados no Nordeste brasileiro e no Pantanal Mato-grossense. 
 
Hidromorfismo 
 
Neste processo específico de formação de solos, alguns horizontes do solo estão sujeitos à submersão 
contínua ou durante a maior parte do tempo. Os processos gerais de formação do solo que mais se 
destacam são a transformação de minerais passíveis de redução, e a adição de matéria orgânica, que 
se acumula devido à menor taxa de decomposição. 
A menor quantidade de oxigênio do solo, causada pelo excesso de água, permite a proliferação de 
organismos anaeróbicos que, neste ambiente de baixo potencial de oxi-redução, reduzem o Fe3+ 
dissolvido na solução do solo, usando-o como receptor de elétrons no processo de oxidação dos 
compostos de carbono. 
Essa forma solúvel do Fe está em equilíbrio químico com os óxidos de ferro (Fe (OH)3 ↔ Fe
3+ + 
3OH-) e, uma vez consumida na solução, desloca a reação para dissolução das formas minerais 
cristalizadas (hematita e goethita). Assim, as argilas oxídicas ferruginosas vão sendo consumidas e o 
solo vai perdendo as cores vivas (vermelha e amarela) dessas argilas. A cor esbranquiçada e 
acinzentada dos solos hidromórficos reflete a redução do ferro férrico presente nos óxidos. Estes solos 
são frequentemente escurecidos pela pigmentação da matéria orgânica que se acumula, uma vez que 
os organismos anaeróbicos são menos eficientes na mineralização da matéria orgânica, do que os 
aeróbicos. Os solos onde o hidromorfismo é marcante são denominados Organossolos, Gleissolos e 
Planossolos Hidromórficos. 
Os Neossolos Flúvicos, formados pela deposição de sedimentos ao longo das margens dos rios, e por 
isso denominados sedimentos aluviais antigos, estão muito frequentemente associados na paisagem 
a esses solos hidromórficos. Entretanto, eles não são considerados solos hidromórficos por terem 
melhor drenagem ao longo do perfil (geralmente arenoso), e apresentarem horizonte “A” sobre uma 
sucessão de camadas de sedimentos que não têm relação pedogenética entre si. 
 
8. Intemperismo 
 
Intemperismo Físico 
 
A desintegração das rochas e minerais para partículas menores aumenta a superfície específica; isto 
é um pré-requisito essencial para o intemperismo químico. Isto é um resultado de: 
 
a) Flutuações de temperatura: mudanças no aquecimento e resfriamento causam diferenças na 
expansão e contração dos lados ensolarados e sombreados e entre a superfície e o interior - o 
resultado é estresse, divisão, fissuração e decomposição. 
b) Congelamento (cryoclástico): a expansão da água nas fendas e fissuras resulta em grande 
fragmentação das rochas e minerais (gelo = 9% mais volume do que água); 
c) Ação das raízes das plantas: A espessura delas aumenta as fissuras; menos importante do 
que congelamento e temperatura. 
 
Intemperismo Químico 
 
É a decomposição dos materiais intemperizados fisicamente por dissolução, hidrólise, acidólise e 
oxidação. Os principais agentes são: íons H2O, CO2, O2 e H
+. 
 
a) Dissolução: principalmente de sais solúveis em água (cloreto de sódio - NaCl; gesso - 
CaSO4.2H2O), pela ligação de dipolos de H2O aos cátions e ânions da estrutura do cristal com 
remoção dos íons em solução. Solubilidade do NaCl 360 g L-1, e do gesso 2,6 g L-1 a 20 oC. 
A dissolução é importante, por exemplo, na salinização dos solos salinos e na formação do 
solo de rochas que contêm gesso. 
b) Hidrólise: decomposição pela água dos sais muito ou pouco solúveis, combinando uma base 
forte com um ácido fraco, pela dissociação da água em íons de H+ e OH-. 
c) Acidólise ou ataque por íons: muito mais intenso do que a hidrólise em água pura. Íons H+, 
ou prótons, se originam, principalmente, do ácido fraco H2CO3, resultado da reação do CO2 
da atmosfera com água: Íons H+ podem também se originar de ácidos orgânicos ou 
inorgânicos formados por oxidação. 
d) Oxidação: Elementos reduzidos (FeII, SII, MnII) são oxidados por O2 atmosférico na presença 
de H2O e microrganismos para (Fe
III, SVI, MnIII, MnIV). Nesse processo, a entrada de O e OH 
causa expansão e desintegração da estrutura do cristal e isso resulta na cor castanha ou 
avermelhada uma vez que o ferro sempre está presente e hidróxidos e óxidos férricos tem a 
cor castanha ou vermelha; A cor é intensificada pela cor castanha escura do Mn oxidado. A 
intensidade de cor um bom indicador da extensão da intemperização. 
 
Organismos do solo e raízes das plantas interagem com a intemperização química por: 
produzindo CO2 (respiração), íons H
+ (troca com nutrientes catiônicos), ânions orgânicos 
(citrato, malato, tartarato, oxalato) os quais formam complexos com Al, Fe, Mn que atacam a 
estrutura dos cristais. Também ocorre a oxidação microbiana do FeII, SII e MnII. 
 
Intensidade do Intemperismo 
 
A intemperização física é acelerada pela variação em temperatura (especialmente na amplitude do 
mais quente para o mais frio). 
A intemperização química aumenta com o aumento da umidade, temperatura e concentração de íons 
H+ e com o aumento da superfície específica (partículas menores). 
 
Grau de intemperização 
 
Pode ser expresso pelo índice de intemperização: relação entre minerais estáveis e instáveis (Tabela 
1) no material não intemperizado comparada com a mesma relação no material intemperizado, por 
exemplo: Índice quartzo/feldspato = total de quartzo/total de feldspato (% em peso). 
 
Quantomaior for a diferença na relação entre material de origem e rocha intemperizada mais intenso 
é o processo de intemperização. 
 
Tabela 1. Tempo aproximado calculado para a dissolução completa de uma esfera ou cubo com 1mm 
de diâmetro de vários minerais em solução diluída a pH 5 e 20 oC, com base em experimentos de 
laboratório 
 
 
9. Características Morfológicas do Solo 
 
O Perfil do Solo: é uma seção vertical que se inicia na superfície do solo até chegar à camada de 
rocha. E como dito, esse perfil pode ser constituído de diversos horizontes do solo, ou seja, as 
diferentes camadas que o constituem e são formadas pelos processos pedogenéticos (Figura 5). 
 
 
 
 
Figura 5. Perfil de solo genérico com os seus horizontes. 
 
 
As características morfológicas do solo utilizadas para a sua classificação: cor, textura, estrutura, 
porosidade, consistência: 
 
 Cor 
 
 
 
 Textura 
 
Diz respeito a distribuição de tamanho das partículas do solo (Figuras 6 e 7). O conhecimento da 
textura é importante pois fornece informação sobre o solo a respeito de: 
i. Sua capacidade em permitir a movimentação da água (condutividade hidráulica), 
ii. Sua capacidade em reter/armazenar água, 
iii. Seu potencial de fertilidade e, 
iv. Sua capacidade mecânica. 
Tabela 2. Classificação granulométrica 
 
A fração areia: Diâmetro entre 0,05 e 2 mm; visíveis a olho nu; formato arredondado ou angular; 
sensação áspera ao tato; não tem coesão (não é plástico, nem pegajoso); baixa superfície específica; 
pobre em nutrientes; os poros formados entre as partículas de areia favorecem a drenagem e a aeração; 
armazena pouca água; as areias quartzosas têm coloração branca. Se o quartzo estiver misturado com 
outros minerais a coloração pode ser marrom. Algumas areias podem ser avermelhadas ou amareladas 
devido aos sesquióxidos. 
A fração silte: Diâmetro entre 0,002 e 0,05 mm; partículas invisíveis a olho nu; sensação sedosa ao 
tato; é plástico, mas não é pegajoso quando molhado; retém mais água que a areia; facilmente lavável 
e sujeito à erosão; retém mais nutrientes que a areia. 
A fração argila: Diâmetro menor que 0,002 mm; possuem formato de lâminas planas ou pequenos 
flocos; as partículas de argila são colóides; sensação sedosa ao tato; é pegajoso e plástico (fácil de ser 
moldado); alguns tipos apresentam expansão e contração (argilas 2:1); alta superfície específica; 
formam espaços porosos pequenos; alta capacidade de retenção de água; grande capacidade de 
adsorção de elementos químicos. 
 
Figura 6. Frações areia, silte e argila, respectivamente. 
 
 
Figura 7. Tamanhos relativos das frações do solo. 
 
A Classe textural é definida a partir das proporções das frações areia (grossa + fina), silte e argila 
presente na amostra de solo (Figura 8). 
Ex: 60% areia; 30% silte e 10% argila. 
 
 
Figura 8. Triângulo textural (Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – SBCS), solo do exemplo 
(vermelho) apresenta a textura franco arenosa. 
 
 
 
 Estrutura 
Estrutura é o arranjo das partículas primárias do solo formando agregados (torrões). Este arranjo é 
geralmente bastante complexo não permitindo uma caracterização geométrica. A descrição da 
estrutura é feita no campo, observando-se detalhadamente os agregados por ocasião de sua remoção 
no perfil. 
A estrutura depende do grau de adesão e coesão das partículas durante o processo de intemperismo. 
A estrutura do solo é determinante para a porosidade do solo, ou seja, na distribuição e no tamanho 
dos poros. A estrutura do solo afeta, portanto, a capacidade de retenção e a condutividade hidráulica 
do solo. Afeta processos tais como germinação, crescimento de raízes, erosão, etc. 
A estrutura do solo resulta de uma combinação de diversos fatores: raízes, húmus e matéria orgânica 
em geral, micro-organismos, coesão das partículas, conteúdo e tipo de argila, e conteúdo de óxidos 
de alumínio e ferro. A estrutura pode ser: granular, prismática, colunar, blocos e laminar (Figura 9). 
 
 
 
Figura 9. Tipos de estruturas do solo. 
 
 
 Porosidade 
 
O arranjo entre os componentes sólidos (física e quimicamente diferentes, e com formas e tamanhos 
variados) determina as características geométricas dos poros, nos quais a água e o ar se movimentam 
ou são retidos. 
A porosidade influencia diretamente no movimento da água no solo. A porosidade determina a 
capacidade de armazenamento da água no solo (Figura 10). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10. Porosidade de solos com textura contrastantes, maior capacidade de armazenamento de 
água no solo argiloso em relação ao solo arenoso. 
 
 Consistência 
Consistência é uma propriedade dos solos que reflete as forças de coesão e de aderência, presentes 
nos solos sob diferentes graus de umidade. A massa do solo, quando molhada, seca ou úmida, 
apresenta diferentes resistências quando manuseada, resultantes da atração entre as partículas sólidas 
revestidas, ou não, por películas líquidas. 
A coesão é a força de atração na interface líquido-líquido, ocorrendo entre partículas sólidas 
revestidas de películas líquidas, sendo proporcional à tensão superficial do líquido, e inversamente 
proporcional ao diâmetro das partículas sólidas. 
A aderência é a força de atração na interface sólido-líquido, ocorrendo entre partículas sólidas, 
quando algumas estão revestidas por películas líquidas e outras não, ou entre partículas sólidas 
revestidas por películas líquidas e a superfície seca de objetos estranhos a solo. 
A consistência é definida a partir da avaliação de amostras de solo em estado úmido, molhado e seco 
(Figura 11). 
 
 
Figura 11. Classes de consistência do solo seco. 
 
O manuseio das amostras molhadas permite determinar a plasticidade e pegajosidade (ou aderência). 
O solo com grande plasticidade é aquele que permite o seu modelamento em rolos finos e sua 
compressão, sem que haja ruptura; enquanto os solos não plásticos serão aqueles que se esfarelam ao 
serem modelados, ocorrendo os estados intermediários (ligeiramente plástico e plástico). Já a 
pegajosidade é definida pelo grau de aderência do material ao ser comprimido entre os dedos polegar 
e indicador. Ao se afastar os dedos percebe-se a maior ou menor resistência do material comprimido, 
caracterizando amostras não pegajosas, ligeiramente pegajosas, pegajosas ou muito pegajosas. 
Para o solo úmido observa-se a friabilidade, que caracteriza a facilidade de ruptura da massa ao ser 
comprimida, definindo-se consistências soltas, friáveis e firmes. 
Finalmente, para o solo seco o parâmetro analisado é a tenacidade, que é a resistência da amostra ao 
se tentar esfarelá-la com os dedos. Definindo-se consistências entre macia, quando a amostra se 
desfaz entre os dedos, e muito dura, quando a amostra resiste inteira à pressão. 
A consistência do solo tem implicações diretas em seu manejo. Solos muito plásticos e pegajosos só 
podem ser trabalhados em amplitude estreita de umidade. Já os solos de boa friabilidade apresentam 
boas condições para aração. 
 
10. Horizontes do Solo 
 
Principais: 
 
O – Horizonte superficial de constituição orgânica, originadas em condições de drenagem livre. 
H – Horizonte superficial de constituição orgânica sob condições de prolongada estagnação de água. 
A – Horizonte mineral superficial escurecido pela incorporação da matéria orgânica. 
E – Horizonte mineral de máxima eluviação (perda ou translocação de compostos minerais) 
caracterizado pela cor clara. 
B – Horizonte mineral subsuperficial formado sob E, A ou O; onde ocorre acumulação de material 
lixiviado e a maior expressão dos processos pedogenéticos (máximo desenvolvimento de estrutura, 
cores mais vermelhas). 
C – Horizonte ou camada de sedimentos ou saprolito (material de rocha que não apresenta resistência 
à escavação com pá). 
R – Material consolidado que não pode ser cortado com uma pá, mesmo quando úmido. 
Transicionais:Um horizonte principal subjuga propriedades de outro horizonte principal (horizonte miscigenados). 
Ex.: AB, BC. 
Designam características específicas decorrentes dos processos pedogenéticos: 
a – propriedades ândicas (material amorfo de natureza vulcânica). 
b – horizonte enterrado (soterrado). 
c – concreções ou nódulos endurecidos de Fe, Al, Mn ou Ti. 
d – acentuada decomposição de material orgânico. 
e – escurecimento da parte externa dos agregados por matéria orgânica não associada a sesquióxidos. 
f – material plíntico e, ou, bauxítico brando. 
 
g – gleização (cores cinzentas e neutras). 
h – acumulação iluvial de matéria orgânica. Ex.: Bh Bhs. 
i – incipiente desenvolvimento do hor. B. 
j – tiomorfismo (material rico em sulfetos – jarosita (KFe3 (OH)6 (SO4 )2 ). 
k – presença de carbonatos alcalino-terrosos. 
k´ - acumulação de carbonato de cálcio secundário. 
m – extremamente cimentado. Duripã qm ou sm cimentação irreversível. 
n – acumulação de sódio. PST > 6%. 
o – material orgânico mal o não decomposto. Possível identificação da matéria orgânica. 
p – (plow = lavrar) aração ou outras pedoturbações. 
q – acumulação de sílica. 
r – rocha branda ou saprolito. Ex.:Cr. 
s – acumulação iluvial de sesquióxidos. Cores vivas – valor e croma > 3. 
t – acumulação de argila. 
u – modificações antropogênicas (terra preta do índio). 
v – características vérticas. 
w – intensa intemperização. Exclusivo para o horizonte B. 
x – cimentação aparente reversível. Fragipã – friável quando úmido. 
y – acumulação de sulfato de cálcio. 
z – acumulação de sais prontamente solúveis (KCl, NaCl, CaCl2 ). 
 
11. Como classificar os solos 
 
Horizontes diagnósticos de solos: Superficiais e subsuperficiais (Figura 12) 
 
 
Figura 12. Modelo esquemático dos horizontes diagnósticos do solo. 
 
Superficiais: 
 
Horizonte Hístico - Material orgânico (H – alagado; O – altitude, frio). 
Horizonte A Chernozêmico - Horizonte mineral, em geral espesso, de coloração escura e saturação 
por bases elevada. 
Horizonte A Proeminente - Semelhante ao A Chernozêmico, mas com baixa saturação por bases. 
Horizonte A Húmico - Horizonte mineral com alto teor de carbono (escuro). 
Horizonte A Antrópico - P2O5 solúvel em ácido cítrico > 250 mg kg
-1. 
Horizonte A Fraco - Pouco desenvolvido (raso), cores claras e baixo teor de matéria orgânica. 
Horizonte A Moderado - Quando não se enquadra nos demais devido a cor, espessura, teor de 
carbono, entre outros. 
 
Subsuperficiais: 
 
Horizonte B textural (Bt) - Horizonte mineral resultante de processos de iluviação de argila, 
apresentando incremento de argila do Horizonte A ou E para o Bt. 
Horizonte B latossólico (Bw) - Horizonte mineral que expressa avançado grau de intemperismo, não 
havendo incremento de argila em profundidade. 
Horizonte B incipiente (Bi) - Horizonte mineral que apresenta pequeno grau de intemperismo, pouco 
espesso e com pelo menos 50% do seu volume constituído por material já intemperizado. 
Horizonte B espódico - Horizonte mineral onde houve acumulação de matéria orgânica (semelhante 
ao Bt) com cor escura. 
Horizonte B plânico (Btg) - Horizonte mineral, sendo um tipo especial de Bt, apresentando 
hidromorfismo e mudança textural abrupta. 
Horizonte B nítico - Horizonte mineral caracterizado pela baixa relação textural (< 1,5), estrutura 
bem desenvolvida e cerosidade forte. 
Horizonte glei - Horizonte mineral caracterizado pelo hidromorfismo, ambiente reduzido (semelhante 
ao Bt e Btg). 
Horizonte vértico - Horizonte mineral que apresenta expansão e contração (slickensides). 
 
12. Componentes orgânicos 
 
Os agentes estruturais do solo não são compostos apenas por matéria mineral (corpo mineral do solo), 
a matéria orgânica também contribui (corpo orgânico do solo). As substâncias orgânicas são as únicas 
fontes de N para o solo e contém outros nutrientes importantes, principalmente S e P. Elas são 
importantes para a estrutura do solo, afetam de modo acentuado a economia de água, ar e temperatura 
do solo e têm papel importante na fertilidade do mesmo. 
A Matéria orgânica do solo é formada de organismos vivos da flora e da fauna do solo, raízes das 
plantas vivas ou mortas, as quais podem ser parcialmente decompostas e modificadas, e substâncias 
orgânicas novas sintetizadas de origem vegetal ou animal. Por convenção de definição, a matéria 
orgânica do solo não inclui material vegetais muito grossos (raízes acima de 2 cm de diâmetro) ou 
vertebrados do solo. 
O principal papel da matéria orgânica na melhoria da fertilidade do solo é devido a sua elevada 
densidade de cargas negativas, as quais contribuem para a permanência dos nutrientes catiônicos no 
solo. Nesse sentido, esse papel da matéria orgânica é ainda mais acentuado em algumas condições de 
solos de clima tropical. Estes solos não apresentam quantidades apreciáveis de minerais de argila do 
tipo 2:1 com elevada densidade de cargas negativas nos componentes minerais, dependendo 
significativamente dos componentes orgânicos dos solos para aumentar as cargas negativas. 
Húmus inclui toda a matéria orgânica do solo morta. Os materiais de origem do húmus são, 
principalmente, pequenas raízes de plantas e partes aéreas de plantas superiores (resíduos, liteira) e, 
em pequenas porções da massa total, organismos da flora e fauna do solo. A importância desses 
 
últimos é muito mais o papel que eles representam na alteração da matéria orgânica do que para a 
quantidade da matéria orgânica. 
 
Organismos do Solo 
Edaphon (Grego edaphos = chão, significando organismos vivos do solo) é o termo usado para todos 
os organismos vivos do solo: flora e fauna. O edaphon representa de 1 a 10% (máximo) do total de 
peso seco da parte orgânica do solo. 
a) Bactérias: organismos unicelulares (1-10 μm), encontrados como células isoladas, correntes e 
colônias especialmente na rizosfera. Elas são cocos esféricos, eubactérias na forma de bastões ou 
espirilos na forma de parafusos que podem ou não se apresentar em formas resistentes (esporos). A 
maioria é formada por organismos heterotróficos (que precisam de substâncias orgânicas como fonte 
de energia e carbono), raramente são autotróficos (a fonte de C é CO2 e a fonte de energia é da 
oxidação de S, NH4, NO2, Fe
II, MnII). Eles podem ser aeróbicos ou anaeróbicos. A maioria é 
saprofítica (vivendo em matéria orgânica morta). 
A maior parte das bactérias pode utilizar todas as fontes de C de fácil decomposição (açúcar, amido, 
pectina, hemicelulose, celulose) e fontes de N (proteínas, peptídeos, aminoácidos), mas algumas são 
especializadas em um substrato particular (decompositores da celulose, pectina e proteína). 
Os grupos especializados importantes são: 
 
Bactérias nitrificadoras (nitrosomonas e nitrobacter) as quais oxidam o NH4 (da decomposição da 
proteína) para nitrito e nitrato. 
NH4
+ → NO2
-→ NO3
- 
Bactérias fixadoras de nitrogênio as quais podem ser de vida livre (azotobacter, amilobacter) ou 
simbióticas com as leguminosas (rizóbio). Essas bactérias reduzem o N atmosférico para N de ligação 
orgânica. 
Outras bactérias estão relacionadas com a desnitrificação sob condições de redução: 
NO3
- → NO2
- → N2 
 
Bactérias que oxidam enxofre, ferro e manganês (SII, FeII e MnII). 
 
b) Actinobactérias. Organismos unicelulares de tamanho semelhante às bactérias, que formam 
organização filamentosa. Principalmente aeróbicos, heterotróficos e saprofíticos. Pode utilizar fontes 
de C de difícil decomposição (lignina). No solo, a maioria dos estreptomicetos, que junto com os 
fungos, causam o cheiro de terra molhada nas primeiras chuvas. Alguns, p.e. Actinobactérias 
Frankia alni, fixam N simbioticamente. 
c) Fungos. Multicelulares, tipicamente formando micélio; tamanho micro ou macroscópico. Sempre 
aeróbico e heterotrófico, a maior parte saprofítica. 
Os grupos mais importantes são fungos que causam mofos ebolores e cogumelos. Obtêm energia e 
carbono principalmente da pectina, hemicelulose, celulose e lignina. Muitos fungos são simbióticos 
com as raízes das plantas superiores, especialmente de árvores, com as hifas exercendo as funções de 
cabelos das raízes: micorrizas. 
 
d) Algas. Organismos autotróficos dependentes da fotossíntese, e, assim suas atividades são restritas 
à superfície dos solos. Menos importantes que os grupos anteriores. 
 
e) Líquens. Simbiose de alga com fungos. 
 
 
 
Necessidades do ambiente para a flora do solo: 
 
Bactérias precisam de substâncias orgânicas de fácil decomposição como alimento, alta umidade, pH 
do solo levemente ácido a alcalino. Fungos podem se alimentar de substâncias mais resistentes, 
preferem locais mais secos e pH ligeiramente ácido para ácido. Actinobactérias são intermediários 
quanto a alimento e umidade e precisam de condições de pH de levemente ácido a alcalino. A 
atividade de todos os organismos é aumentada pela elevação da temperatura e, exceto para os 
anaeróbios, boa aeração. O número e a massa de microrganismos do solo e a proporção dos diferentes 
tipos variam com o tipo e quantidade de alimento, umidade, temperatura, reação do solo e aeração. 
De 60-90% da massa total edáfica é formada pela flora do solo. A relação de bactérias + 
actinobactérias + algas é usualmente de cerca de 1:1. 
 
Fauna do Solo 
 
De acordo com o tamanho a fauna do solo é denominada: micro, meso e macrofauna. 
 
Microfauna (< 100 μm aproximadamente). Protozoários unicelulares (flagelados, ciliados, 
rizópodos) e nematóides. As formas ativas são carreadas na água dos poros do solo. Alimentam-se 
principalmente de bactérias e actinobactérias, mas podem ser saprofíticos. 
 
Mesofauna (100 μm – 1 cm). Artrópodes, principalmente ácaros, colêmbolas e chetopodos. 
Usualmente saprofíticos, mas os artrópodes predam a microflora e fauna. Ácaros e chetopodos 
preferem solos sob condições úmidas, não encharcadas e colembolas mais secas. Quase todos da 
mesofauna toleram condições de acidez do solo. 
 
Macrofauna (> 1cm). Minhocas são mais importantes na mistura do solo; elas preferem condições 
úmidas, levemente ácidas para neutro; os principais gêneros são lumbricus, allolobophora, 
octolasium. 
Artropodes: tatuzinhos, centopéias, larvas de insetos e insetos adultos, são mais abundantes em 
condições secas e de solos ácidos. Gastrópodes (lesmas) ocorrem principalmente em condições 
úmidas. Como no caso da flora do solo, a composição da fauna varia de acordo com as condições 
ambientais locais. Minhocas são as mais abundantes e se não ocorrerem (p.e. em solos aráveis) a 
massa total da fauna do solo é muito reduzida. 
 
Fontes de Matéria Orgânica 
Produtos da fotossíntese, i.e. raízes e parte aérea das plantas verdes são a fonte principal. Partes acima 
do solo, folhas e ramos de árvores caídos mais resíduos de gramíneas e invasoras, resíduos pós-
colheita das culturas (palha de cereais, hastes de batata, etc.) tanto na superfície como dentro do solo. 
Alguns materiais são produzidos pelos organismos do solo. Matéria orgânica é adicionada nas 
atividades agrícolas (adubo verde, esterco de curral, composto, turfas, etc.). 
A maior parte da matéria orgânica adicionada depende da cobertura natural, da cultura, da 
produtividade e da situação local. Incorporações naturais pelas florestas > resíduos de culturas aráveis 
e pastagens; plantas decíduas > coníferas; culturas forrageiras > grãos > tuberosas. Todas as fontes 
de matéria orgânica contêm água, matéria mineral (cinza) e compostos orgânicos. O teor de água 
varia de 20-90% do peso fresco dependendo da parte da planta e idade. Folhas > raízes; planta nova 
> planta velha. 
Matéria mineral (=cinzas): K, Ca, Mg, Na, P, S, etc. e elementos traços formam de 1 a 10% da matéria 
seca: folhas > raízes; jovens (usualmente) > velhas. 
 
Compostos orgânicos: < 50% do peso fresco dependendo do teor de água e cinzas. Existem três 
grupos gerais: 
a) Carboidratos. Açúcar e amido (componentes das células); pectinas, hemicelulose (paredes 
celulares). Quase sempre > 50% do total da matéria orgânica seca. 
b) Lignina. Material lenhoso (paredes celulares). Constitui de 10-40% do total da matéria orgânica 
seca. 
Compostos orgânicos: < 50% do peso fresco dependendo do teor de água e cinzas. Existem três 
grupos gerais: 
a) Carboidratos. Açúcar e amido (componentes das células); pectinas, hemicelulose (paredes 
celulares). Quase sempre > 50% do total da matéria orgânica seca. 
b) Lignina. Material lenhoso (paredes celulares). Constitui de 10-40% do total da matéria orgânica 
seca. 
c) Compostos nitrogenados. Proteínas simples e complexas, aminoácidos, ácidos nucléicos, etc. 
(componentes das células); < 20% do total da matéria orgânica seca. Também gorduras, ceras, resinas, 
cascas, peles a materiais corantes em menor quantidade; < 10% do total de matéria orgânica seca. 
Em geral, a relação entre o material da parede celular para o conteúdo celular (i.e. a proporção de 
folhas, ramos, raízes, etc.) determina as proporções de diferentes compostos no material vegetal. A 
composição média da matéria orgânica seca é: C 47%, O 44%, H 7%, N 2% (teor de N varia de 0,5 
a 3%, o que corresponde a 3-20% de compostos contendo nitrogênio). 
A relação C/N é um índice usual para mostrar a facilidade de decomposição e também a atividade 
biológica. A atividade microbiana é limitada pela falta de N proteico para o metabolismo de modo 
que relação C/N acima de 25:1 indica uma baixa taxa de mineralização. Assim, se não existirem 
fontes alternativas de N (NH4 e NO3) no solo as quais podem ser metabolizadas pelos 
microrganismos, resultará em temporária fixação biológica. Numa relação C/N menor que 20 a 
maioria do N é mineralizada. Microrganismos mortos são facilmente decompostos, sendo compostos 
de substâncias simples. 
 
13. Os Solos do Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Perfis de Solos: 
 
 
 
 
 
Atividades lúdicas de fixação das informações básicas 
 
Lê as pistas e preenche as palavras cruzadas 
Vertical ↓ 
1 – Estuda as características do solo (visíveis ou perceptíveis por manipulação) através de uma 
metodologia padronizada, descrevendo a aparência do solo no campo. 
2 – Estuda/explica o desenvolvimento do solo a partir de um material de origem (Fatores e 
Processos de Formação do Solo) até o presente estágio, sendo capaz de predizer sua evolução. 
3 - Uma seção vertical do solo, através de todos os seus horizontes e, às vezes, estendendo-se 
até o material de origem. 
Horizontal → 
4 – O termo empregado para designar a proporção relativa das frações argila, silte e areia no 
solo. 
5 - Camadas sobrepostas formadas pela ação simultânea de processos físicos, químicos e 
biológicos, e podem distinguir-se entre si através de determinadas propriedades, como por 
exemplo a cor, a textura e o teor em argilas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Encontre, no caça-palavras, os termos correspondentes às definições abaixo: 
1 - A fração granulométrica do solo, solta com grãos simples (basicamente de quartzo), não 
plástica, não pode ser deformada, não pegajosa, não higroscópica, predominam poros grandes 
na massa, não coesa, pequena superfície específica, capacidade de troca de cátions praticamente 
ausente. 
2 - A fração granulométrica do solo, plástica e pegajosa quando úmida, dura e muito coesa 
quando seca, alta higroscopicidade, elevada superfície específica, alta CTC, poros muito 
pequenos, contração e expansão, forma agregados com outras partículas. 
3 - É o composto formado por restos vegetais (folhas, galhos, raízes, cascas etc.) e animais (em 
menor escala) que integram o solo, sendo muito expressivo, principalmente, nos horizontes O e 
A. 
4 - Processo de formação do solo comduplo sentido: migração mecânica de argila do horizonte 
A para o horizonte B (B textural), ou migração química do horizonte A para o horizonte B (B 
espódico). 
5 - Processo de formação do solo que se caracteriza pela intensa remoção (perda) de sílica no 
processo de intemperismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões de múltipla escolha 
Eu não chuto. Como cientista eu chego a conclusões baseadas em observações e experimentação. 
 
(Sheldon Cooper) 
 
1. Solos são corpos naturais, ocupam porções na superfície terrestre, suportam plantas e as 
edificações do homem e apresentam propriedades resultantes da atuação integrada do 
_____________ e dos (as) ______________, atuando sobre o material de origem, condicionado 
pelo (s) _______, durante um período de ____________. 
a) clima / organismos / relevo / tempo. 
 
b) clima / organismos / tempo / chuvas. 
 
c) tempo / organismos / clima / seca. 
 
d) tempo / organismos / relevo / chuvas. 
 
e) clima / chuvas / organismos / tempo. 
 
2. Os principais fatores de formação do solo são os relacionados abaixo, exceto: 
 
a) Material de origem. 
 
b) Água. 
 
c) Organismos. 
 
d) Tempo. 
 
e) Clima. 
 
3. Com relação às características de formação e de uso dos solos da região amazônica, bem 
como às práticas comuns de manejo, conservação e uso do solo no Brasil, julgue o iten seguinte. 
 
I. Os solos da Amazônia têm, em sua maioria, origem vulcânica. 
 
a) Certo. 
 
b) Errado. 
 
 
 
 
 
 
4. A teoria dos fatores de formação do solo tem por ideias principais as relacionadas abaixo, 
exceto: 
a) O solo não é apenas o produto de alteração das rochas, tampouco um amontoado de 
partículas orgânicas e inorgânicas. 
 
b) O solo possui zonas de acumulação e de perdas, chamado horizontes, que não existem 
no material de origem. 
 
c) O solo possui um perfil. 
 
d) O solo não tem relação com o clima e com o relevo. 
 
e) O solo possui um aumento de anisotropia comparado com o material de origem. 
 
 
5. Na formação dos solos o ____________________ fornece o material mineral. 
 
a) Clima. 
 
b) Relevo. 
 
c) Material de origem. 
 
d) Tempo. 
 
e) Homem. 
 
6. Os solos se diferenciam na paisagem devido à ação de diversos fatores de formação. A correta 
associação entre o fator de formação e seu correspondente efeito é: 
a) Os solos exigentes de material rico em quartzo devem apresentar textura argilosa e cor escura. 
 
b) Quanto maior a precipitação pluvial e a radiação solar, em condições de boa drenagem, menor será 
o grau de intemperismo de um solo. 
c) Em regiões mais úmidas, os solos que ocorrem em relevo pouco movimentado são quase sempre 
mais profundo do que nas áreas declivosas. 
 
d) A macrofauna do solo (tatus, minhocas, cupins, formigas etc.) age no perfil do solo, criando 
galerias e dificultando a circulação de ar. 
 
e) Os solos maduros são geneticamente indistintos ou levemente distintos, enquanto solos imaturos 
apresentam horizontes bem desenvolvidos. 
 
 
 
 
7. Observe o mapa e as figuras: 
 
 
Correlacionando-se os elementos que atuam na formação dos solos, assinale a alternativa que 
CORRETAMENTE associa o perfil de solo à sua respectiva localização no mapa. 
 
a) X 1, Y 2, Z 3. 
b) X 2, Y 1, Z 3. 
c) X 3, Y 1, Z 2. 
d) X 2, Y 3, Z 1. 
e) X 1, Y 3, Z 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Observe a gravura. 
 
Ela representa o processo de formação do solo. De acordo com a gravura e a pedogênese é CORRETO 
afirmar que: 
 
a) A baixa capacidade de drenagem de um solo é identificada pela cor avermelhada, porque os óxidos 
de ferro são levados para o lençol freático. 
 
b) A natureza e o número de horizontes permanecem os mesmos em todos os tipos de solos, variando 
apenas a espessura dos horizontes. 
 
c) O horizonte C é o horizonte onde ocorre grande atividade biológica, por isso tem coloração clara 
pela presença da rocha consolidada. 
 
d) O solo é substrato onde atuam outros sistemas, tais como os componentes da paisagem: relevo, 
vegetação, comportamento hídrico. 
 
e) O tipo de solo representado nesse perfil é o litossolo, porque o horizonte A está assentado 
diretamente sobre a rocha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BONS ESTUDOS! 
 
 
 
Professor Anderson Martins de Souza Braz 
Federal Rural University of Amazon - UFRA 
Geosciences - Capanema, PA. Brazil 
Mobile Phone: 55 91 984894009 
abrazgeo@gmail.com 
mailto:abrazgeo@gmail.com

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