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Trabalho de Geologia Geral Geodinâmica Externa da Terra

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Prévia do material em texto

Amozai Sérgio Sebastião Julião 
Alexandre Tomás Fombe 
Isak Fernando Choé 
Fernando João Chabuca 
Paulo Joaquim Parruque 
Victoria Amaral Avelino 
 
 
 
Geologia Geral 
1º Ano-Laboral 
Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitação em Turismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Licungo 
Extensão da Beira 
2021 
 
 
Amozai Sérgio Sebastião Julião 
Alexandre Tomás Fombe 
Isak Fernando Choé 
Fernando João Chabuca 
Paulo Joaquim Parruque 
Victoria Amaral Avelino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de pesquisa de Geologia Geral, 
entregue no Departamento de Ciências 
da Terra e Ambiente, no curso de 
Licenciatura em Ensino de Geografia 
 
Docente: Telma André 
 
 
 
 
 
Universidade Licungo 
Extensão da Beira 
2021 
 
Índice 
I.Introdução ................................................................................................................................. 4 
Metodologia ................................................................................................................................. 5 
1.Geodinâmica Externa da Terra .............................................................................................. 6 
2.Ação Geológica das Aguas ....................................................................................................... 6 
2.1.Ondas ...................................................................................................................................... 7 
2.3.Corretes Marinhas ................................................................................................................ 7 
2.4.Marés, Transgressões e Regressões Marinhas .................................................................... 7 
2.5.Erosão Marinha ..................................................................................................................... 7 
2.6.Transporte dos Sedimentos Marinhos, Formas Litorais de Sedimentação ..................... 8 
3.Acção do Vento ......................................................................................................................... 9 
3.1.Deflação ................................................................................................................................ 10 
3.2.Corrosão ............................................................................................................................... 10 
3.3.Transporte eólico ................................................................................................................. 11 
3.4.Acumulação/deposição eólica ............................................................................................. 11 
3.5.Abrasão ................................................................................................................................ 11 
3.6.Tipos de Ventos ................................................................................................................... 11 
4.7.Depósitos Eólicos ................................................................................................................. 11 
4.8.Dunas .................................................................................................................................. 122 
4.Acção do Gelo ....................................................................................................................... 134 
4.1.Formação do Gelo ............................................................................................................. 145 
4.2.Tipos de Glaciares ............................................................................................................. 145 
4.3.Glaciares de vale ou alpinos ............................................................................................. 145 
4.4.Glaciares continentais ou inlandsis. ................................................................................... 15 
4.5.Deposição de Materiais ....................................................................................................... 16 
II.Conclusão ............................................................................................................................. 177 
III.Referências Bibliográficas ................................................................................................ 188 
 
 
 
 
 
 
4 
 
I.Introdução 
No presente trabalho iremos abordar o tema que tem a ver com a Geodinâmica externa, mas 
antes referir que a geodinâmica é o ramo da geologia que se ocupa de estudar os fenómenos 
que ocorrem na Terra e as suas consequências, que afectam especialmente a crosta e a 
superfície terrestre. 
Neste caso a geodinâmica sendo um ramo da geologia que se ocupa nas manifestações 
dinâmicas da terra, no nosso caso manifestação externa, um tema muito vasto mas em suma 
iremos mais falar dos principais processos de dinâmica superficial (acção das aguas, acção 
do gelo e acção do vento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Metodologia 
 
Objectivos Gerais 
 Analisar a geodinâmica externa da terra 
 
Objectivos Específicos 
 Identificar a ação geológica da agua, do vento e do gelo 
 Descrever as diferentes formas, consequências da geodinâmica externa 
 
Método 
 Bibliográfico 
 Internet 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1.Geodinâmica Externa da Terra 
A geodinâmica, é o ramo da geologia que se dedica ao estudo do conjunto de fenómenos 
que ocorrem na Terra e as suas consequências. Ela estuda os fenómenos endógenos 
(geodinâmica interna) e os fenómenos exógenos (geodinâmica externa). 
A geodinâmica externa é o conjunto de processos externos que conduzem a alteração da 
superfície da crosta terrestre. Os agentes da geodinâmica externa, constituem os agentes 
modeladores de relevo ou agentes erosivos, pois modelam o relevo que os agentes da 
geodinâmica interna criam através da erosão. 
Os agentes da geodinâmica externa são a água, o vento, as mudanças de temperatura, a 
gravidade, os glaciares, os seres vivos, etc. 
Os principais processos geodinâmicos são a meteorização e a erosão. 
 
2.Ação Geológica das Aguas 
Os oceanos, as montanhas, os vales submersos, os vulcões submarinos e muitas espécies 
de rochas e sedimentos, desempenham um papel importante na modelação da crosta 
terrestre. 
As águas do mar estão em constante movimento, que se revela pelas ondas, marés e 
correntes marinhas, provocando uma acção erosiva sobre os materiais sólidos com que 
entram em contacto quer no fundo do mar quer na costa. Esta erosão é condicionada por 
alguns factores, tais como: as ondas, as marés (que dependem da atracção gravítica da 
Lua e do Sol) e as correntes, bem como o tipo de rochas existentes no litoral, 
o levantamento ou a subsidência das zonas costeiras e as variações do nível médio das 
águas do mar (que condicionam as mudanças da linha de costa). 
Os oceanos são grandes extensões de águas salgadas que banham os continentes e cobrem 
a maior parte da terra. Reserva-se a designação mar aos golfos, bacias e porções limitadas 
dos oceanos. A oceanografia é a ciência que se ocupa do estudo dos oceanos. 
 
7 
 
2.1.Ondas 
As ondas são movimentos oscilatórios da superfície do mar produzida por qualquer acção 
que perturbe as águas. 
Dos movimentos das águas marinhas, as ondas constituem o principal meio de que o mar 
se dispõe para desgastar o litoral sobre o qual actua por abrasão. No seu movimento, as 
ondas são possuidoras de uma poderosa energia cinética (força hidráulica) principalmente 
quando o mar está agitado, que é capaz de destruir grandes massas rochosas, arrancando-
lhes fragmentos por vezes de grandes dimensões. 
2.3.Corretes Marinhas 
As Correntes marinhas, são movimentos em grande escala de massas de águas oceânicas 
ocasionadas por processos vinculadosà distribuição de calor do sol na atmosfera terrestre 
e na superfície dos oceanos. A distribuição espacial dos grandes padrões de correntes frias 
e quentes nos oceanos está directamente relacionada com esses diferenciais de 
temperatura. 
O movimento de rotação da Terra também influencia essa distribuição, assim como a 
diferente salinidade e densidade das águas. Correntes frias tendem a movimentar-se no 
fundo e as quentes na superfície. O exemplo mais expressivo de corrente marinha é a do 
Golfo, que se origina no golfo do México, contorna a península da Flórida e direciona-se 
para o hemisfério Norte banhando o litoral norte-americano e parte do litoral leste da 
Europa, evitando um congelamento dessas áreas no inverno. No oceano Pacífico, em 
intervalos de tempo aproximados de 10 anos ocorre o fenômeno do El Niño, com um forte 
aquecimento da superfície do oceano, provocando, pela inversão das correntes, graves 
efeitos climáticos em escala mundial. 
A costa marítima (zona limite entre a terra e o mar), encontra-se constantemente 
submetida a transformações provocadas pela acção das correntes marítimas, das marés, 
das ondas, da abrasão e das flutuações do nível do mar. 
2.4.Marés, Transgressões e Regressões Marinhas 
As observações vulgares, mostram-nos que o nível das águas do mar pode aumentar ou 
diminuir. No plano sedimentologia e à escala do tempo geológico, a elevação do nível do 
mar determina uma transgressão marinha (vulgarmente chamada por maré alta), que 
numa serie ou coluna estratigráfica traduz-se por uma sequência positiva. O abaixamento 
do nível das águas do mar, determina uma regressão marinha (vulgarmente chamada por 
maré baixa), que provoca uma erosão continental, correspondente a uma sequência 
estratigráfica negativa. 
As marés são provocadas pelas forças de atração exercida pela lua e pelo sol sobre a terra. 
Apesar das suas pequenas dimensões, a lua exerce uma grande influência sobre o mar por 
se encontrar próximo da terra enquanto que o sol embora sendo enorme, a sua influência 
é menor pois a distância que o separa da terra é maior. 
A distância vertical entre o nível máximo e mínimo das águas marinhas, denomina-se 
amplitude da maré. O período de uma maré é o intervalo de tempo percorrido entre duas 
marés sucessivas. 
8 
 
 O aumento do nível médio das águas do mar, deve-se ao aumento de gás carbónico na 
natureza que por sua vez aumento a temperatura da terra, a acção erosiva dos mares, as 
perturbações provocadas pelo próprio homem bem como a fusão dos glaciares. Para 
minimizar este fenómeno em alguns países tem-se adoptado a construção de paredões 
para estancar a erosão. 
 
2.5.Erosão Marinha 
Tal como a acção dos ventos, dos rios e dos glaciares, o mar exerce a sua acção 
modeladora sobre o litoral pela erosão. No início, a erosão é feita por desgaste dos 
materiais e posteriormente o transporte e a consequente acumulação. 
Os factores que condicionam a erosão marinham são: 
A intensidade dos ventos do mar, 
A natureza e a estrutura das rochas, 
A forma do relevo costeiro e a presença dos fragmentos mobilizados pelas ondas. O 
processo mais eficaz da erosão marinha é a abrasão. 
2.6.Transporte dos Sedimentos Marinhos, Formas Litorais de Sedimentação 
A maior parte das partículas geradas pelo intemperismo e erodidas nos continentes são 
depositadas nas áreas oceânicas, embora possam também vir de outros processos como 
nos mostra a figura abaixo. 
Grande parte dos depósitos sedimentares marinhos é composta por um ou vários tipos de 
sedimentos de origens diversas tais como os precipitados de sais a partir da água do mar 
(sedimentos autigênicos), conchas e matérias orgânicas derivadas da vida marinha e 
terrestre (sedimentos biogénicos), produtos vulcânicos e hidrotermais originados das 
actividades magmáticas no meio marinho (sedimentos vulcanogênicos), além de uma 
pequena quantidade de fragmentos cósmicos, atraídos pela gravidade terrestre, que se 
depositam em bacias oceânicas (sedimentos cosmogênicos). 
Todos estes materiais depositam-se ao longo da costa e formam uma cintura contínua na 
periferia dos continentes. Podemos considerar a partir da costa a seguinte ordem de 
deposição: blocos, calhaus, rolados, cascalhos, areias e vasas. 
Segundo a localização, maior ou menor profundidade e arrastamento da costa, os 
sedimentos marinhos repartem-se pelas seguintes categorias: litorais ou costeiros, 
neríticos, batiais e abissais. 
Os sedimentos litorais ou costeiros, formam-se na plataforma litoral. Os detritos são dos 
mais diversos tamanhos e são constituídos por blocos, cascalhos, calhaus, areias e vasas. 
Os sedimentos de precipitação formados nas lagunas ou deltas dos rios, são normalmente 
depósitos salinos ou calcários de precipitação. 
Os sedimentos neríticos constituem-se até às cotas de 200 metros no planalto 
continental. Os detritos são constituídos por cascalhos, areias, vasas e os de precipitação 
são algumas vasas calcárias. 
9 
 
Os sedimentos batiais constituem-se para além dos 200 metros sobre o talude 
continental, e o seu afastamento pode ir até aos 300 quilómetros da costa. São constituídos 
por detritos de pequeníssimas dimensões e geralmente são vasas argilosas que podem 
apresentar várias cores como azuis, vermelhas e verdes 
Os sedimentos abissais constituem-se a profundidades para além dos 2000 metros. 
Denominam-se sedimentos pelágicos por serem constituídos, em grande parte, por restos 
de seres planctónicos depositados a grandes distâncias da costa. 
A acção erosiva e de transporte da água é um agente modelador das faixas costeiras das 
áreas continentais. As formas litorais resultam de processos de erosão e deposição. 
Na sua acção continua sobre a costa, as ondas provocam a sua destruição, arrancando-lhe 
detritos, por vezes de grandes dimensões. Depois de embater nas falésias (escarpa 
íngreme, à beira mar, formada pela acção da erosão marinha) ou de se estender nas praias 
(porção da costa, levemente inclinada, entre a linha média mais baixa da maré vazia e a 
linha media mais alta da preamar, coberta de areias, pedras ou fragmentos rochosos que 
resultam da abrasão marinha sobre o litoral), a agua das ondas regressa ao mar, originando 
uma corrente de refluxo que arrasta consigo uma serie de materiais. 
Os maiores e mais achatados são depositados mais próximos da linha de costa e os mais 
rolados são arrastados para mais longe. Quando o processo actua por um período de tempo 
longo, acaba por cavar cavidades subterrâneas que diminuem a resistência das falésias, 
escarpas (rampa ou declive de terreno, deixado pela erosão, nas beiras ou limites dos 
planaltos e mesas geológicas) ou arribas que vão sendo destruídas, recuando. Este 
trabalho é facilitado se a rocha apresentar fissuras. 
Assim se alarga a plataforma litoral ou plataforma de abrasão (região da costa que fica a 
descoberta na maré baixa e coberta de agua durante a maré alta). Nas zonas da costa onde 
as rochas não são muito resistentes à erosão, em pouco tempo, os materiais são facilmente 
desgastados e originam praias, que constituem as principais formas de deposição. 
As acções conjuntas de erosão, transporte e sedimentação, tendem a tornar a linha de 
costa rectilíneo. Quando há um levantamento da linha de costa ou uma descida do nível 
do mar, forma-se um terraço marinho ou praia levantada. 
Quando as arribas, escarpas ou falésias são constituídas por material litológico 
heterogéneo, de desigual dureza, o trabalho erosivo do mar, acompanhado do transporte 
e sedimentação de material arrastado, pode dar origem a acidentes diversificados como 
baías, arcos naturais, leixões, ilhas barreira, etc. 
 
3.Acção do Vento 
Dos agentes geológicos que atuam na litosfera, o vento é o que apresenta menor poder 
erosivo. Esta capacidade reduzida deve-se ao facto de o vento só poder deslocar partículas 
pequenas, e em geral, a poucos centímetros do solo.A ação erosiva do vento é máxima nas zonas desérticas, secas e de escassa vegetação. A 
acção modeladora do vento, resulta da sua tríplice acção geológica: erosão, transporte e 
sedimentação. 
10 
 
 
A velocidade do vento pode variar de uma simples brisa, com velocidade muito baixa, 
até à velocidade dos ventos ciclônicos, que podem atingir entre 180 a 200 km/h. 
A acção do vento difere da acção modeladora da água em dois aspectos fundamentais: 
 O vento é muito menos denso e duro que a água e somente pode erodir sedimentos 
finos; 
 O Vento Geralmente não se encontra confinado em canais como a água, podendo 
assim actuar em áreas muito alargadas. 
 A acção erosiva do vento é facilitada pelo efeito abrasivo das partículas que transporta. 
Esta acção faz-se sentir em regiões onde existem materiais detríticos soltos que se 
incorporam em correntes de ar, aumentando a sua capacidade erosiva e, manifesta-se 
fundamentalmente em dois processos: Deflação e Corrosão. 
3.1.Deflação 
A deflação é a acção directa do vento sobre as rochas, retirando delas as partículas soltas. 
A deflação tem como efeito, a formação de grandes depressões que, ao atingirem o nível 
do lençol subterrâneo, formam-se lagos desérticos, podendo desenvolver-se vegetação, 
constituindo um Oásis. A deflação verifica-se fundamentalmente em regiões onde ocorre 
a desnudação (remoção) da camada protectora das ervas e plantas pela acção do homem 
e dos animais. 
Porém na maior parte das vezes, os fragmentos maiores não transportáveis, acumulam-se 
como resíduo de deflação, formando frequentemente uma espécie de pavimento de 
fragmentos maiores – pavimentos desérticos (desertos pedregosos) ou o nome árabe de 
reg. 
3.2.Corrosão 
A corrosão é o ataque do vento carregado de partículas em suspensão, desgastando não 
só as rochas como as próprias partículas. É um fenómeno produzido pelo impacto das 
partículas de areia transportadas pelos ventos contra a superfície das rochas, polindo-as. 
Os detritos maiores são sujeitos a esta acção abrasiva pelos elementos mais finos 
arrastados pelo vento, acabando por ficar facetados – ventifactos. O impacto dos grãos 
entre si, bem como contra as rochas, produz o desgaste, resultando em um alto grau de 
arredondamento e uma superfície fosca dos grãos que caracteriza o arenito de ambiente 
eólico. 
11 
 
Pode ocorrer forte corrosão associada à deflação, esculpindo nas rochas formas 
reniformes e outras feições típicas de regiões desérticas e outras assoladas por fortes 
ventos. 
3.3.Transporte eólico 
O material transportado depende da velocidade e do tamanho das partículas. Pode ser 
efectuado por suspensão, rolamento ou saltação. 
Sob o efeito do vento, os grãos menores (com cerca de 0,125 mm de diâmetro) sobem e 
são transportados a distâncias razoáveis, dependendo da velocidade do vento. Alguns 
grãos médios sobem um pouco e logo descem, sendo transportados aos saltos, de acordo 
com as rajadas de vento. Os grãos maiores não chegam a sair do solo, deslocando-se 
apenas por rolamento por curtas distâncias. Dessa forma o material sofre uma selecção 
em seu transporte, o que ocasiona depósitos segundo o tamanho das partículas 
3.4.Acumulação/deposição eólica 
Quando a velocidade do vento (carregado de partículas) diminui, seu poder de transporte 
se reduz, tendo início a deposição a partir dos grãos mais grosseiros para os mais finos. 
Enquanto a areia deposita-se após um transporte pequeno, a poeira fina pode sofre um 
transporte superior a 2000 km. 
3.5.Abrasão 
Processo erosivo ou de desgaste de rochas pelo impacto e/ou atrito/fricção de partículas 
ou fragmentos carregados por correntes eólicas, glaciais, fluviais, marinhas, de turbidez, 
pelo vai e vem de ondas. 
 
3.6.Tipos de Ventos 
Os ventos são os fluxos de correntes de ar numa direção principal. Os ventos se formam 
pela movimentação de correntes de ar numa direção predominante. Os ventos classificam-
se de acordo com a pressão, temperatura e a velocidade da corrente de ar: 
Brisa: Vento muito fraco com menos de 20 km por hora. Para as embarcações à vela a 
brisa é sinal de calmaria. 
Ventos fracos, moderados e fortes: A partir de 20km/h, as correntes de ar em 
movimento passam a se chamar vento. Esses ventos favorecem o deslocamento das 
embarcações à vela. 
Tempestades: Ventos com velocidade acima de 45 km/h estão associados à chuvas 
fortes, raios, relâmpagos. Em geral, tempestades duram menos de 2 horas. 
Furacões: Chamados também de tufões ou ciclones são ventos giratórios fortes com 
velocidade de mais de 90 km/h que se formam nos oceanos tropicais. O poder de 
destruição dos furacões é enorme porque suas dimensões são grandes e eles duram vários 
dias. 
Tornados: São o fenômeno mais destrutivo da atmosfera, chegam a atingir 500 km/h, 
também são ventos giratórios com forma de funil e têm curta duração. Quando ocorrem 
no mar chamam-se tromba d’água. 
12 
 
 
4.7.Depósitos Eólicos 
Nas zonas do litoral e em desertos onde a areia é abundante, a acção modeladora do vento 
manifesta-se de várias maneiras, incluindo o transporte e a deposição dos sedimentos. O 
transporte dos sedimentos pelo vento é realizado por arrastamento (deslizamento, saltação 
e suspensão), dependendo da sua granulometria. 
As areias eólicas adquirem formas arredondadas bastante perfeitas mas, apresentam-se 
despolidas, devido aos sucessivos choques entre si com os obstáculos, durante o processo 
de transporte, características estas que as permite distingui-las das areias do tipo fluvial, 
que são polidas e de tamanho variável. As principais formas de deposição das areias 
eólicas são as dunas, marés de areias e os depósitos loess. 
 
4.8.Dunas 
Quando a energia do vento não é suficiente para realizar transporte, as areias depositam-
se constituindo as dunas. Existem duas grandes classificações das dunas: uma 
considerando seu aspecto como parte do relevo (morfologia) e a outra considerando a 
forma pela qual os grãos de areia se dispõem em seu interior (estrutura interna). 
Existem três factores que determinam a morfologia de uma duna: a velocidade e a 
variação do rumo do vento predominante, as características da superfície percorrida pelas 
areias transportadas pelo vento e a quantidade de areia disponível para a formação das 
dunas. Quanto a morfologia (local de acumulação), as dunas podem ser litorais ou 
desérticas. 
As dunas litorais formam-se a partir de grandes superfícies arenosas, onde os ventos 
dominantes sopram do lado do mar, desde que a areia possa ficar a seco e não haja 
obstáculos importantes no relevo. Estas dunas podem ocupar grandes extensões paralelas 
à costa, constituindo cordões que se deslocam para o interior a velocidades variáveis, 
podendo atingir em média 25 metros por ano, e fixarem-se pela acção da vegetação. 
Nas dunas desérticas as formas mais comuns são: dunas transversais, longitudinais, 
barcanas, parabólicas e estrelas. 
A formação das dunas transversais é condicionada por ventos muito frequentes e de 
direcção constante, bem como pelo suprimento contínuo e abundante de areia para a sua 
construção. A denominação transversal, provém da sua orientação perpendicular ao 
sentido preferencial do vento. O conjunto destas dunas em desertos costuma formar os 
chamados marés de areias. 
As dunas longitudinais ou dunas seif em árabe, formam-se em regiões com abundante 
fornecimento de areia e ventos fortes e de sentido constante no ambiente desértico ou em 
campos de dunas litorâneas. Podem atingir dezenas de quilómetros de comprimento e 
cerca de 200 metros de altura. 
As dunas barcanas desenvolvem-se em ambientes de ventos moderados e fornecimento 
de areia limitado. Como resultado, este tipo de duna assume a forma de meia-lua ou lua 
crescente com suas extremidades voltadas no mesmo sentido do vento. 
13 
 
As dunas parabólicas formam-se em regiões de ventos fortes e constantes com 
suprimento de areiasuperior ao das áreas de barcanas. São praticamente semelhantes as 
dunas barcanas embora tenham uma diferença sua curvatura que é mais fechada, 
assemelhando-se ao U. 
A formação das dunas estrela esta directamente relacionada à existência de areia 
abundante e a ventos de intensidade e velocidade constantes mas, com frequentes 
variações na sua direcção, assemelhando-se a uma estrela. 
A classificação baseada na estrutura interna das dunas leva em consideração a sua 
dinâmica de formação, sendo reconhecidos dois tipos: dunas estacionárias e dunas 
migratórias. 
Na construção das dunas estacionárias, os grãos de areia vão se agrupando de acordo 
com o sentido preferencial do vento, formando acumulações geralmente assimétricas, que 
podem atingir várias centenas de metros de altura e muitos quilómetros de comprimento. 
A parte da duna que recebe o vento (barlavento) possui inclinação baixa de 5º a 15º 
normalmente, enquanto a outra face (sotavento), protegida do vento é bem mais íngreme, 
com inclinação de 20º a 35º. 
Nas dunas migratórias, a semelhança das dunas estacionárias, o transporte dos grãos de 
areia segue inicialmente o ângulo do barlavento, depositando-se em seguida, no sotavento 
onde há forte turbulência. Desta forma, os grãos na base do barlavento migram pelo perfil 
da duna até ao sotavento. 
De salientar que a formação dos desertos tem como factor preponderante, a falta de chuva. 
O Sara e o Kalahari em África, e o grande deserto australiano, são os lugares mais secos 
da terra e onde as temperaturas e pressões são bastante elevadas. A desertificação pode 
ocorrer devido a mudanças climáticas ou mesmo pela acção do homem. 
 
4.Acção do Gelo 
Apesar de cobrirem actualmente cerca de 10% da superfície emersa da terra, as geleiras 
constituem um elemento extremamente importante na constituição na constituição física 
do planeta. O manto de gelo que recobre actualmente a Antárctica por exemplo, 
representa o maior sorvedouro de calor da terra influenciando profundamente as 
condições climáticas, circulação das águas oceânicas e da atmosfera terrestre. 
Para um geólogo, um bloco de gelo é uma rocha, uma massa de grãos cristalinos do 
mineral gelo. Tal como a maioria das rochas, o gelo é duro mas é muito menos denso do 
que a maioria das rochas. 
 
14 
 
 
Os glaciares são enormes massas de gelo em terra firme constituídas por neve 
recristalizada, que se deslocam lentamente por acção da gravidade. 
 
4.1.Formação do Gelo 
Um glaciar forma-se quando existe abundante precipitação de neve durante a estação fria 
e esta não se derrete na estação quente. Esta neve acumulada (Nevado), é gradualmente 
convertida em gelo e, quando o gelo se torna suficientemente espesso, começa a fluir. 
São, assim necessárias duas condições essenciais para a sua formação: temperaturas 
baixas e quantidades adequadas de neve. 
Para que os glaciares se formem, as temperaturas devem ser suficientemente baixas para 
manter a neve durante todo o ano. Estas condições são encontradas nas altas latitudes 
(regiões polares árticos e antárticos e sub-polares) e nas elevadas altitudes (montanhas – 
Alpes e Andes). 
Como consequência do movimento do gelo, podem abrir-se no glaciar, fendas 
transversais ou longitudinais com até mais de 100 metros de profundidade. 
 
4.2.Tipos de Glaciares 
Os glaciares podem ser classificados com base no tamanho e na forma em dois tipos 
básicos: os glaciares de vale ou alpinos e os glaciares continentais ou inlandsis. 
4.3.Glaciares de vale ou alpinos 
Os glaciares de vale ou alpinos são rios de gelo que se formam nas partes mais altas das 
cordilheiras montanhosas onde a neve se acumula, geralmente em vales pré-existentes 
(bacias de recepção), fluindo ao longo dos mesmos. A maioria destes glaciares ocupa a 
largura total do vale e pode afundar a sua base rochosa sob centenas de metros de gelo. 
Em climas mais quentes, de latitudes mais baixas, os glaciares de vale podem ser 
encontrados apenas nos topos dos picos das montanhas mais altas. Nos climas mais frios, 
das altas latitudes, os glaciares de vale podem descer muitos quilómetros ao longo do 
comprimento total do vale; em alguns locais, eles podem estender-se como largas línguas 
glaciárias nas terras baixas que rodeiam as frentes montanhosas. 
Quando o glaciar de vale flui por cordilheiras costeiras, ele pode acabar no oceano, onde 
se desprendem massas de gelo que formam os icebergs. 
4.4.Glaciares continentais ou inlandsis. 
Um glaciar continental é muito maior do que um glaciar de vale e é constituído por um 
manto de gelo extremamente lento, daí também o seu outro nome de inlandsis. 
Os maiores inlandsis actualmente são os que cobrem grande parte da Groenlândia e da 
Antártida. O gelo glaciar da Gronelândia e da Antártida não se encontra confinado aos 
vales de montanha mas cobre praticamente toda a sua superfície sólida. 
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Na Gronelândia, 2,8 milhões de quilómetros cúbicos de gelo cobrem cerca de 80% da 
área total de 4,5 milhões de quilómetros quadrados da ilha. Maior ainda é 
o inlandsis antártico onde o gelo cobre cerca de 90% da Antártida, cobrindo uma área de 
cerca de 12,5 milhões de quilómetros quadrados e atingindo profundidades médias de 
3000 metros, estando o seu ponto mais elevado situado a uma cota superior a 4000 metros. 
As calotas polares são massas de gelo formadas nos pólos Norte e Sul da Terra. A maior 
parte da calota polar ártica formou-se nas águas oceânicas e não é, geralmente, referida 
como um glaciar. 
Os leitos glaciares abandonados e invadidos pelo mar têm o nome de Fiorde. As rochas 
que fizeram parte do leito de um glaciar podem ser reconhecidas pelas suas superfícies 
arredondadas, polidas e estriadas. Devido ao efeito visual que provocam, assemelhando-
se a rebanhos de ovelhas, denominam-se rochas aborregadas ou arrebanhadas. 
Glaciação e Ablação 
A Glaciação é um termo geral usado para designar todos os processos e resultados ligados 
ao período de tempo durante o qual se verifica a cobertura ou ocupação de uma área por 
um lençol de gelo ou glaciar. 
A quantidade total de gelo que um glaciar perde anualmente corresponde à sua ablação. 
Existem quatro mecanismos responsáveis pela ablação de um glaciar: 
 Degelo: quando um glaciar se começa a derreter perde material; 
 Desprendimento de icebergs: quebram-se peças de gelo e formam-se icebergs 
quando um glaciar desce até à linha de costa; 
 Sublimação: nos climas frios, o gelo pode passar directamente do estado sólido 
para o estado gasoso; 
 Erosão eólica: ventos fortes podem erodir o gelo primariamente por degelo e 
sublimação. 
 
4.5.Deposição de Materiais 
Uma acumulação de material rochoso, arenoso e argiloso transportado pelo gelo ou 
depositado como terreno errático é denominada de moreia. Existem muitos tipos de 
moreia, cada uma nomeada de acordo com a sua posição em relação ao glaciar que as 
formou e as mais proeminentes são: 
 Moreias laterais: dispõem-se nas margens do glaciar e são constituídas 
fundamentalmente, por detritos de talude e material resultante da erosão da margem 
do leito do glaciar. São superficiais. 
 
 Moreias medianas: ocorrem quando há junção de dois glaciares, ocupando a zona 
média do glaciar resultante. São superficiais. 
 
 Moreias frontais: são constituídas pelos materiais detriticos que se depositam na 
frente do glaciar. 
 
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 Moreias internas: são constituídas por materiais detriticos transportados no interior 
do glaciar, material detritico esse que caiu nas fendas ou foi erodido das margens do 
leito. 
 
 Moreias de fundo: são constituídas por materiais detritos que atingem o leito do 
glaciar ou que foram erodidos do fundo do leito. 
O tamanho dos detritos transportados é muito variável. Se são de grande tamanho e 
aparecem muito longe do seu lugar de origem, denominam-se blocos erráticos. 
Quando os glaciares recuam devido à elevação da temperatura, podemconstituir-se 
depressões limitadas por moreias frontais que são preenchidas pela agua resultante da 
fusão do gelo, formando lagos de barragem. Na parte terminal de uma moreia frontal pode 
constituir-se uma torrente glaciária ou um rio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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II.Conclusão 
Após termos concluído o trabalho de Geologia, concluímos que a geodinâmica externa é 
o conjunto de processos externos que conduzem a alteração da superfície da crosta 
terrestre, os agentes da geodinâmica externa, constituem os agentes modeladores de 
relevo ou agentes erosivos, pois modelam o relevo que os agentes da geodinâmica interna 
criam através da erosão. 
Os agentes da geodinâmica externa são a água, o vento, as mudanças de temperatura, a 
gravidade, os glaciares, os seres vivos, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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III.Referências Bibliográficas 
Águeda, J.; Anguita, F .; Araña, V.; López Ruiz, J. e Sánchez de la Torre, L. 
(1977). Geologia. Madrid: Editorial Rueda. p. 31. ISBN 84-7207-009-3 . 
Jolivet, Laurent; Nataf, Henri-Claude; Aubouin, Jean (1998). Geodinâmica . Taylor e 
Francis . ISBN 9789058092205 incorreto ( ajuda ) . |isbn= 
Turcotte, D.; Schubert, G. (2002). Geodinâmica (2ª ed.). Nova York: Cambridge 
University Press . ISBN 0-521-66186-2 . 
 
https://es.m.wikipedia.org/wiki/Francisco_Anguita_Virella
https://es.m.wikipedia.org/wiki/ISBN
https://es.m.wikipedia.org/wiki/Especial:FuentesDeLibros/84-7207-009-3
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https://es.m.wikipedia.org/wiki/Ayuda:Errores_en_las_referencias#bad_isbn
https://es.m.wikipedia.org/wiki/Cambridge_University_Press
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