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Trabalho de Conclusão CEPED CURSOS EDUCAÇÃO ESPECIAL.docx trabalho conclusão

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CEPED CURSOS
NOME COMPLETO
DAYANE SOUSA 
TÍTULO DO TRABALHO
O DIREITO Á EDUCAÇÃO INCLUSIVA
 
CIDADE ITAITUBA/PA
ANO 2021
CEPED CURSOS
RESUMO
Este trabalho é resultado dos estudos realizados a cerca da Educação Inclusiva. Tem como objetivo compreender de que forma o direito à educação é garantido perante a lei para aqueles que possuem algum tipo de necessidade especial, foi elaborado em vista a importância do direito da educação inclusiva em escolas publicas ou particular, Entendendo que a educação escolar necessita ser acessível a todos e que a escola deve proporcionar não apenas o ingresso, mas a permanência e a aprendizagem efetiva dos conhecimentos produzidos pela humanidade, o termo inclusão se manifesta em diversas situações escolares e não escolares, de forma que respalda a importância da inclusão de pessoas com necessidades especiais O trabalho se faz relevante uma vez que a educação inclusiva tem se revelado de extrema importância para que as crianças e adolescentes com necessidades educacionais específicas desenvolvam competências e habilidades a serem utilizadas no seu cotidiano e, hoje, a educação inclusiva exige a adequação do currículo e novas metodologias.
Palavras-chave: Educação inclusiva, Inclusão social, Igualdade de oportunidade, Necessidade especial.
SUMÁRIO
1. Introdução‐‐‐------------------‐------------------1
2. DESENVOLVIMENTO-------------------------------------------------------------------2
 Educação Inclusiva------------------------------------------------------------------------2
 Inclusão Social na Escola---------------------------------------------------------------5
O direito a educação ----------------------------------------------------------------------7
Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva-------------------8
Igualdade de oportunidade na Educação Inclusiva----------------------------12
Leis que regem a educação inclusiva	----------------------------------------------14
Necessidades Especiais-----------------------------------------------------------------16
3. CONCLUSÃO-----------------------------------------------------------------------------18
4. REFERÊNCIAS..........................................................................................22
1. INTRODUÇÃO
Atualmente no Brasil fala se muito em educação inclusiva; no campo da escola, no trabalho, na família, na sociedade etc., mais nem sempre o termo da palavra se manifesta em seu sentido real muitas vezes ainda há burocracia para se encontrar a realidade de uma inclusão escolar conforme o direito que uma pessoa com deficiência tem mais muitas vezes esses direitos no sentido real deixa a desejar O acesso à educação e o direito à aprendizagem são garantias constitucionais universais, ou seja, previstas a todos os brasileiros como dever do Estado e da família. A diversidade de experiências, habilidades, contextos e capacidades entre estudantes é uma realidade que deve ser celebrada através de práticas educacionais inclusivas.
Ao falar da educação inclusiva, é crucial resgatar o histórico de lutas, conquistas e estudos que consolidaram essa estratégia pedagógica como um modelo de avanço educacional.
 Este tema foi escolhido porque muito se falam, discutem sobre a educação inclusiva; e a Proposta de Educação Inclusiva (1996) recomenda que todos os indivíduos com necessidades especiais sejam matriculados em turma regular, baseando-se no princípio de educação para todos.
A educação inclusiva tem se revelado de extrema importância para que as crianças e adolescentes com necessidades educacionais específicas desenvolvam competências e habilidades a ser utilizadas no seu cotidiano e, hoje para que realmente aconteça uma inclusão social é necessária à adequação do currículo e a utilização de novas metodologias.
A inclusão social merece uma reflexão acerca da importância do oferecimento ao acesso e permanência destes alunos sem salas de aulas regulares, os quais eram excluídos do sistema de ensino regular e hoje se encontram incluídos junto aos outros alunos.
Os direitos das pessoas não só com necessidades especificas, pois quando falamos em inclusão social nas escolas estamos falando de aceitar as diferenças. Para os alunos com qualquer tipo de necessidade específica, sejam estas físicas, psíquicas ou mentais, o ambiente da escola deve ser ainda mais atraente já que esse aluno até então era tido como excluído. Hoje, junto aos demais colegas que, são considerados pela sociedade como “normais” eles necessitam de um bom entrosamento, já que possuem limitações dependendo do grau de sua deficiência. E é nesse sentido que defendemos uma inclusão social de verdade, não apenas aquela a que está regulamentada em decretos e leis. Pois O papel da nossa escola atual deve ser o de receber este aluno para que possa desenvolver suas potencialidades gradativamente, com a ajuda do professor e de seu monitor (auxiliar), se assim este necessitar, trazendo para junto de si seus colegas de classe para que estes consigam entender que no mundo, não somos todos “iguais”, que cada um tem suas diferenças e que essas diferenças devem ser respeitadas.
	
2. DESENVOLVIMENTO
Educação Inclusiva
 A Educação inclusiva compreende a Educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.
Há, entretanto, necessidades que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica da escola como, por exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados para garantir a aprendizagem de todos os alunos. Para fazer a inclusão de verdade e garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as crianças com Necessidades Educacionais Especiais.
O esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais no Brasil é a resposta para uma situação que perpetuava a segregação dessas pessoas e cerceava o seu pleno desenvolvimento. Até o início do século 21, o sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial - ou o aluno frequentava uma, ou a outra. Na última década, nosso sistema escolar modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotado: a regular, que acolhe todos os alunos, apresenta meios e recursos adequados e oferece apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem.
A legislação brasileira também garante o direito à diferença. As “Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica” estabelece:
O direito à diferença, assegurado no espaço público, significa não apenas a tolerância ao outro, aquele que é diferente de nós, mas implica a revisão do conjunto dos padrões sociais de relações da sociedade, exigindo uma mudança que afeta a todos, o que significa que a questão da identidade e da diferença tem caráter político (BRASIL, 2013, p.105). (Grifo do autor).
Oliveira (2015, p.70) explica que as críticas à política de integração pautam-se na exclusão da pessoa com deficiência ao “acesso a um ensino de qualidade, como direito de todos os indivíduos como cidadãos, e a colocação da responsabilidade do fracasso escolar na criança, por fatores biológicos e sociais”. Por isso, a busca de “sua inclusão nas classes comuns e, com isso, superar a dicotomia existente entre o ensino comum e o especial”.
Surge, então, a proposta da “escola para todos”, que foi acordada por vários países e estabelecidas concepções, princípios, recomendações e normas jurídicas por documentos produzidos por órgãos internacionais, e que influenciaram as políticas educacionais em diversas partes do mundo. Entre os quais, destacam-se, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), DeclaraçãoMundial sobre Educação para Todos (1990) e Declaração de Salamanca (1994) (SERPA, 2015).
A política de educação inclusiva, conforme Oliveira (2015) pressupõe mudanças estruturais na escola, para que haja adaptações escolares aos educandos com deficiência, considerando, na prática escolar, a convivência com a diversidade cultural e com as diferenças individuais. Desta forma, não é o educando que se adéqua à escola, mas a escola que precisa se organizar para receber o educando público alvo da educação especial. Transfere-se o foco do indivíduo para a escola e das incapacidades para as potencialidades dos indivíduos. (OLIVEIRA, 2005).
A Educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. O respeito aos direitos e liberdades humanas, primeiro passo para a construção da cidadania, deve ser incentivado. Mantoan (2003, p. 08) afirma:
É a escola que tem de mudar, e não os alunos, para terem direito a ela! O direito à educação é indispensável e, por ser um direito natural, não faço acordos quando me proponho a lutar por uma escola para todos, sem discriminações, sem ensino à parte para os mais e para os menos privilegiados.
Educação inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. A opção por este tipo de Educação não significa negar as dificuldades dos estudantes. Pelo contrário. Com a inclusão, as diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade. É essa variedade, a partir da realidade social, que pode ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças.
 Entretanto, a mudança na escola não perpassa apenas pela mudança na infraestrutura, viabilizando a acessibilidade do educando com deficiência, e a organização curricular, requer também, mudança de paradigma educacional, com uma proposta de educação inclusiva, que viabilize a aprendizagem dos educandos, bem como alterações nas atitudes e relações interpessoais de autoritárias, opressoras e competitivas, para democráticas, dialógicas e solidárias. Ambientes humanos de convivência e de aprendizado são plurais pela própria natureza e, assim sendo, a educação escolar não pode ser pensada nem realizada senão a partir da ideia de uma formação integral do aluno – segundo suas capacidades e talentos – e de um ensino participativo, solidário, acolhedor (MANTOAN, 2003, p. 08-09).
Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005). A trajetória histórica da Educação Especial aponta para um processo de lutas éticas e políticas visando garantir-se a escolarização ao público alvo da Educação Especial.
A Educação Inclusiva vem para substituir a escola tradicional, na qual todos os alunos precisavam se adaptar ao mesmo método pedagógico e eram avaliados da mesma forma. Quem não se enquadrasse, estava fora dos padrões considerados aceitáveis e era encaminhado para a classe especial, para a escola especial ou, simplesmente, acabava desistindo de estudar, mais essa historia vem melhorando onde hoje escolas já estão sendo preparadas para receber esses alunos com necessidades especiais ai que entra a inclusão, na Escola Inclusiva não existem classes especiais. Ou melhor, todas as classes e todos os alunos são muito especiais para seu professor assim como explica para um assim tem que ser para todos passar de carteira em carteira explicando a mesma coisa mais de forma diferente conforme a necessidade de cada aluno. Essa é base da Educação Inclusiva: considerar a deficiência de uma criança ou de um jovem como mais uma das muitas características diferentes que os alunos podem ter.
E, sendo assim, respeitar essa diferença e encontrar formas adequadas para transmitir o conhecimento e avaliar o aproveitamento de cada aluno.
Inclusão Social na Escola
Inclusão social é o ato de incluir na sociedade categorias de pessoas historicamente excluídas do processo de socialização, Ao falar em inclusão, estamos de acordo com a Declaração Universal de Direitos Humanos e também com constituição Federal de 1988 que apresentam direitos que devem se estender a todas as pessoas, sem exceção O parágrafo 1º do artigo 58 da Lei 9.394/1996, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, diz que, havendo necessidade de equipar a escola pública para atender portadores de deficiência, o poder público deve fazê-lo. Esse foi um primeiro passo tomado nos anos 1990 para promover a inclusão social dentro da escola, mas ainda não era um passo que resolvesse o problema.
 O parágrafo 2º do artigo 227 da Constituição Federal de 1988 também fala da obrigatoriedade de haver acessibilidade para deficientes físicos em prédios públicos e no transporte público. Em relação à escola, o que mudou nos anos 2000 é que todos os prédios públicos devem ser adequados ao uso de cadeiras de rodas e a outras dificuldades de mobilidade, além de haver também a inclusão de portadores de atrasos cognitivos e deficiências mentais em escolas regulares.
 Antes da Constituição de 1988, não havia obrigatoriedade de instituições de ensino, tanto particulares quanto públicas, de aceitarem alunos com deficiência. A obrigatoriedade a instituições privadas de ensino somente ocorreu com a promulgação da Lei 13.146/2015, chamada Lei Brasileira de Inclusão.
Segundo essa lei, todas as instituições de ensino, privadas, públicas ou conveniadas, devem adequar-se para receber alunos com qualquer tipo de deficiência e garantir a sua manutenção e aprendizado efetivo. Nessa lei, a inclusão de deficientes mentais, portadores de atraso cognitivo e portadores de transtornos que dificultam o aprendizado, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Opositor Desafiador (TOD) e dislexia, devem ser garantidos.
O problema que as instituições públicas e privadas de ensino ainda enfrentam é o modo como garantir o aprendizado e a inclusão dessas pessoas no ambiente escolar, visto que é necessário muito mais que a simples adequação do espaço físico, sendo necessária a contratação de pessoal especializado para o cuidado e a inclusão dessas crianças.
 Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
No artigo III cita; - Projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia;
IV - Oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;
Como se observa, a LBI teve a efetiva preocupação de deixar de depender, ante os argumentos apoiados nas “dificuldades práticas”, da consciência de que as crianças e os adolescentes com deficiência também têm esse direito indisponível, mas, sim, de exigir o livre exercício da educação sem diferenciações que levem a exclusões e a restrições no âmbito escolar, aplicando, inclusive, punições a esse título.
A realidade é que as pessoas que têm deficiência são agrupadas por conta da própria deficiência, passando a perder seus direitos como cidadãos e sendo impossibilitados de gerir suas vidas. Comumente, outros se apoderam dos seus direitos de tomar decisõespessoais, com frequência são esterilizados socialmente. Tais fardos se refletem na própria família que, muitas vezes, sequer sabe lidar com essa cobrança social. Desse modo, a maiorias das pessoas com deficiência passam a viver sem nunca aprender a tomar decisões e, por diversas vezes, temer tomá-las, pois acostumam-se a ter outros tomando o seu poder pessoal, controlando-os totalmente, informando-os daquilo que podem e daquilo que não podem, sem nem mesmo saber se realmente o deficiente pode ou não fazê-lo.
O Direito a Educação 
O Direito à educação é parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que têm como inspiração o valor da igualdade entre as pessoas.
No Brasil este direito apenas foi reconhecido na Constituição Federal de 1988, antes disso o Estado não tinha a obrigação formal de garantir a educação de qualidade a todos os brasileiros, o ensino público era tratado como uma assistência, um amparo dado àqueles que não podiam pagar. Durante a Constituinte de 1988 as responsabilidades do Estado foram repensadas e promover a educação fundamental passou a ser seu dever: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Constituição Federal de 1988, artigo 205). 
Além da Constituição Federal, de 1988, existem ainda duas leis que regulamentam e complementam a do direito à Educação: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, com o Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes nos incisos I, II, III, IV e V a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, o direito de ser respeitado por seus educadores, o direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores, o direito de organização e participação em entidades estudantis e o acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência como também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, no qual está presente o Art. 1º. Em que “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. Juntos, estes mecanismos abrem as portas da escola pública fundamental a todos os brasileiros, já que nenhuma criança, jovem ou adulto pode deixar de estudar por falta de vaga.
Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva
A Educação Especial vem se desenvolvendo ao longo do tempo com diversos fatores contribuindo para isto. Tanto positivas quanto negativas, as mudanças que não se enquadraram foram sendo trocadas por outras consideradas mais eficazes. Grandes desafios foram superados em prol de uma educação digna e igualitária, visando a atender alunos sem e com Necessidades Educacionais Especiais. Pois a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. (BRASIL, 2008, p. 1). Nos últimos anos Houve muitos avanços e um número considerável de alunos era atendido. Em 1990, a Lei 8.069 que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA veio somar com o que já estava previsto na Constituição Federal de 1988. O ECA, em seu Art. 53 e consequentemente no Art. 54, inciso III da mesma lei, reforça a Constituição Federal, ressaltando “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. E de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) abriu um importante caminho para a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência no Brasil. Na área de educação, garantiu a esses meninos e meninas, por meio de seu artigo 53, o direito ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino. (UNICEF, 2015, p. 21).
A educação inclusiva concebe a escola como um espaço de todos, no qual os alunos constroem o conhecimento de acordo com suas capacidades, expressando suas ideias livremente, e participando ativamente das tarefas de ensino, de modo a desenvolverem-se como cidadãos, nas suas diferenças. Segundo Beyer (2006):
A educação inclusiva caracteriza-se como um novo princípio educacional, cujo conceito fundamental defende a heterogeneidade na classe escola, como situação provocadora de interações entre crianças com situações pessoais as mais diversas. Além dessa interação, muito importante para o fomento das aprendizagens recíprocas, propõe-se e busca-se uma pedagogia que se dilate frente às diferenças dos alunos (BEYER, 2006, p. 73).
Palavras como inclusão e acessibilidade, não eram quase que nem pronunciadas nesse período. E quando acontecia a pronuncia era com outro sentido, não estando associadas no sentido educacional. Sendo afirmado com a Declaração de Salamanca de 1994, conhecida como o marco da Educação Especial no mundo, argumentando que Educação Especial incorpora os mais do que comprovados princípios de uma forte pedagogia da qual todas as crianças possam se beneficiar. Ela assume que as diferenças humanas são normais e que, em consonância com a aprendizagem de ser adaptada às necessidades da criança, ao invés de se adaptar a criança às assunções pré-concebidas a respeito do ritmo e da natureza do processo de aprendizagem. Uma pedagogia centrada na criança é beneficial a todos os estudantes e, consequentemente, à sociedade como um todo. A experiência tem demonstrado que tal pedagogia pode consideravelmente reduzir a taxa de desistência e repetência escolar (que são tão características de tantos sistemas educacionais) e ao mesmo tempo garantir índices médios mais altos de rendimento escolar. Uma pedagogia centrada na criança pode impedir o desperdício de recursos e o enfraquecimento de esperanças, tão frequentemente consequências de uma instrução de baixa qualidade e de uma mentalidade educacional baseada na ideia de que “um tamanho serve a todos”. Escolas centradas na criança são além do mais a base de treino para uma sociedade baseada no povo, que respeita tanto as diferenças quanto a dignidade de todos os seres humanos. Uma mudança de perspectiva social é imperativa. Por um tempo demasiadamente longo os problemas das pessoas portadoras de deficiências têm sido compostos por uma sociedade que inabilita que tem prestado mais atenção aos impedimentos do que aos potenciais de tais pessoas. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 04). O tempo passou, começou a se falar em inclusão a rede municipal de ensino passou a atender a Educação Especial e a discussão foi avançando, não há dúvidas de que mentalidades mudaram, mas, o avanço é pouco diante do que ainda é necessário.
A inclusão, quando em condições regulares, já pode ser considerada o princípio de democratização dessa modalidade de ensino e contribui fortemente para a melhoria na aprendizagem e na qualidade de vida das pessoas com Necessidades Educacionais Especiais e de suas famílias. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de número 9.394 de 1996, a Educação Especial ganhou novos rumos, no Art. 58, definindo que “educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação”.
Sobre isso, a Cartilha da Inclusão Escolar dá recomendações como deve proceder ao processo de inclusão do aluno com Necessidade Educacional Especial de acordo com a Comunidade Aprender Criança – CAC, ponderando:
Incluiralunos com NEE em classe regular envolve mudanças pedagógicas e na estrutura curricular que devem ser individualizadas dentro de um projeto escolar que atenda às demandas de singularidade frente às limitações do pensamento (concretude); além do desenvolvimento de habilidades frente às limitações de participação e atividade, dada à diversidade dos alunos incluídos. (CAC, 2014, p. 17). Em relação à educação especial, o artigo 3º da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001 especifica que:
Por educação especial, modalidade da educação escolar entende-se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais e especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentem necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica (BRASIL- MEC/SEESP, 2001, p. 1).
A inclusão, portanto, não é somente o fato de matricular o aluno com Necessidade Educacional Especial dentro da sala comum, mas dar condições suficientes para que ele se desenvolva de forma completa conhecendo suas habilidades. Além do professor de sala comum estar preparado para receber este educando, respeitando suas especificidades, oferecendo possibilidades diversificadas no processo de ensino-aprendizagem. O desafio, agora, é avançar para uma maior valorização da diversidade sem ignorar o comum entre os seres humanos. Destacar muito que nos diferencia pode conduzir à intolerância, à exclusão ou a posturas fundamentalistas que limitem o desenvolvimento das pessoas e das sociedades, ou, que justifiquem, por exemplo, a elaboração de currículos paralelos para as diferentes culturas, ou para pessoas com necessidades educacionais especiais. (BLANCO, 2009).
Além disso, para que o projeto inclusivo seja colocado em ação, há necessidade de uma atitude positiva e disponibilidade do professor para que ele possa criar uma atmosfera acolhedora na classe. A sala de aula afirma ou nega o sucesso ou a eficácia da inclusão escolar, mas isso não quer dizer que a responsabilidade seja só do professor. O professor não pode estar sozinho, deverá ter uma rede de apoio, na escola e fora dela, para viabilizar o processo inclusivo.
Conforme cita salamanca, Para crianças com necessidades educacionais especiais uma rede contínua de apoio deveria ser providenciada, com variação desde a ajuda mínima na classe regular até programas adicionais de apoio à aprendizagem dentro da escola e expandindo, conforme necessário, à provisão de assistência dada por professores especializados e pessoais de apoio externo. (Declaração de Salamanca, 1994).
A política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades A diversidade deve ser respeitada e valorizada entre os alunos. Daí a importância do papel da escola em definir atividades e procedimentos de relações, que envolvam alunos, funcionários, corpo docente e gestores, para que possibilite espaços inclusivos, de acessibilidade, para que todos possam fazer parte de um todo, isto é, que as atividades extraclasses nunca deixam de atender os alunos com necessidades especiais.
Igualdade de Oportunidade na Educação Inclusiva
De acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu Art. 205. A Educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988).
A educação como direito de todos está assegurado pela Constituição de 1988, e a Lei de Diretrizes e Base da Educacional Nacional (1996), em seu capitulo V trata da educação especial para os alunos com deficiência. De acordo com a LDB (1996), as escolas devem se adaptar para receber esses alunos, assim como proporcionar aprendizagem independente de suas características. Sobre isso, Vygotsky (1989) ressalta que, Qualquer pessoa independente de sua deficiência é capaz de aprender, isto só vai depender de sua relação com o outro. Qualquer deficiência, como a cegueira, a surdez, ou a deficiência mental inata, não mudam sozinhas com a atitude do homem no mundo, são influenciadas, antes de tudo nas relações com as pessoas (VYGOTSKY, 1989, p. 53).
Desse modo, a educação inclusiva proporciona uma nova visão, pois, é uma forma de quebrar paradigmas e avançar em busca de melhores condições de vida para crianças que possuam necessidades educacionais especiais. Atualmente, a sociedade exige novas políticas de educação inclusiva, com perspectivas que visam valorizar o indivíduo que possui deficiência, e torná-lo de forma igualitária, parte da sociedade. Sendo assim, a educação inclusiva tem por objetivo, proporcionar uma nova visão, de forma, a quebrar paradigmas e avançar em busca de melhores condições de vida para estas crianças. Sassaki (1999) conceitua a inclusão social como,
O processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade (SASSAKI, 1999, p. 41).
As pessoas com necessidades especiais quando estimuladas e aceitas no ambiente social em que vivem, certamente, conseguem atingir resultados progressivos durante o processo de ensino-aprendizagem. Mas para que isso seja possível, faz-se necessário que o pedagogo conheça a necessidade de cada indivíduo, garantindo assim, o progresso em sua trajetória.
As escolas que propiciam educação inclusiva constituem um meio favorável à igualdade de oportunidades e participação na sociedade. Canziani (1994) destaca que não há dúvida que a escola regular ao receber o aluno egresso do ensino especial, e tratá-lo em igualdade de condições, constitui-se em um instrumento e meio eficaz de combater atitudes discriminatórias da sociedade, criando-se assim, comunidades inclusivas e alcançando a educação para todos.
Conceitua-se educação inclusiva através da interação, socialização e a própria construção do conhecimento. O cenário educacional deverá propiciar tais momentos, conforme explicita MITLER (2003):
No campo da educação, a inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todos os gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. (2003, p. 25).
Uma das inovações trazidas pela Política Nacional de Educação Especial é o Atendimento Educacional Especializado - AEE, um serviço da educação especial que “’identifica elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas” (SSESP/MEC, 2008).
A escola comum se torna inclusiva quando reconhece a necessidade do aluno e busca a participação e o desenvolvimento de todos, de modo a adotar novas práticas pedagógicas. Não é um processo fácil e imediato, pois há uma necessidade de atualização e desenvolvimento de novos conceitos, assim como a redefinição e a aplicação de alternativas educacionais compatíveis com a inclusão social.
Assim, o trabalho com a educação inclusiva nas Unidades Escolares tem que ser direcionado a partir do seu contexto real, analisando as condições em que a escola recebe os alunos com necessidades especiais e como assegura aprendizagem, possibilitando a integração entre educação regular e especial.
Conforme Mader (1997) é necessário construir uma política de igualdade com seriedade e responsabilidade, possibilitando ações significativas e de qualidade naprática de educação inclusiva.
Para Delours (1998), a igualdade não está em desacordo com o respeito às diferenças entre as pessoas, mas sim na valorização na capacidade de cada ser humano em suas realizações. Assim quando se trata de proporcionar oportunidades iguais e justas para todos, tem-se muito ainda por fazer nas escolas para corresponder ao princípio segundo o qual os seres humanos têm direito à dignidade, sejam quais forem as suas capacidades ou realizações. A observância deste princípio é limitada por predisposições que nos levam a responder situações ou a outras pessoas de modo desfavorável, tendo em vista um dado valor. No caso da igualdade entre pessoas, as barreiras se materializam na recusa em reconhecer e defender este valor, por meio de comportamentos, reações, emoções e palavras.
Para Delours (1998), a existência dessas barreiras comprova a cultura de desigualdade marcante nas escolas, influenciando todos os procedimentos e discursos de seus membros, chegando mesmo ao atingir os alunos e os pais. Em uma palavra, a igualdade entre as pessoas é um valor esquecido nos padrões e concepções da escola tradicional.
Leis que regem a educação inclusiva	
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação inclusiva (2008) foi elaborada segundo os preceitos de uma escola em que cada aluno tem a possibilidade de aprender, a partir de suas aptidões e capacidades, e em que o conhecimento se constrói sem resistência ou submissão ao que é selecionado para compor o currículo, resultando na promoção de alguns alunos e na marginalização de outros do processo escolar.
A compreensão da educação especial nessa perspectiva está relacionada a uma concepção e a práticas da escola comum que mudam a lógica do processo de escolarização, a sua organização e o estatuto dos saberes que são objeto do ensino formal. Como modalidade que não substitui a escolarização de alunos com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação, essa educação supõe uma escola que não exclui alunos que não atendam ao perfil idealizado institucionalmente.
Em 1961, o atendimento educacional às pessoas com deficiência passa a ser fundamentado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN, lei nº 4.024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” à educação, preferencialmente dentro do sistema geral de ensino.
A Lei nº5. 692/71, que altera a LDBEN ao definir “tratamento especial” para alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”, não promove a organização de um sistema de ensino capaz de atender às necessidades educacionais especiais e acaba reforçando o encaminhamento dos alunos para as classes e escolas especiais.
Em 1993, o Ministério da Educação (MEC) cria o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), responsável pela gerência da educação especial no Brasil, que sob proteção integracionista, impulsionou ações educacionais voltadas às pessoas com deficiências e às pessoas com superdotação, mas ainda configuradas por campanhas assistenciais e iniciativas isoladas do Estado.
A constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem de raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º, inciso IV). Define no artigo 205, a educação como direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art.208).
O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei nº 8.069/90, no artigo 55, reforça os dispositivos legais supracitados ao determinar que “os pais ou responsáveis têm obrigação de matricular seus filhos na rede regular de ensino”. Também nessa década, documentos como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994) passam a influenciar a formulação das políticas públicas da educação inclusiva.
“Em 1994, é publicada a Política Nacional de Educação Especial, orientando o processo de “integração instrucional” que condiciona o acesso às classes comuns do acesso regular àqueles que” possuem condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos normais” (p.19). Ao reafirmar os pressupostos construídos a partir de padrões homogêneos de participação e aprendizagem, a política não provoca uma reformulação das práticas educacionais de maneira que sejam valorizados os diferentes potenciais de aprendizagem no ensino comum, mas mantendo a responsabilidade da educação desses alunos exclusivamente no âmbito da educação especial.
Em 1999, o Decreto nº 3.298, que regulamenta a Lei nº 7.853/89, ao dispor sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, define a educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial ao ensino regular.
Acompanhando o processo de mudança, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, Resolução CNE/CEB nº 2/201, no artigo 2º, determinam que: “Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MEC/SEESP, 2001)”.
Necessidade Especial
O direito do aluno com necessidades educativas especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. A garantia de uma educação de qualidade para todos implica, dentre outros fatores, um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir.
Segundo Sassaki (1997), a igualdade entre as pessoas é o valor fundamental quando tratamos de escolas para todos. Podemos encará-los de vários ângulos, mas em todo o sentido da igualdade não se esgota no indivíduo, expandindo as considerações para aspectos da natureza política, social, econômica. A importância também da família na educação do filho na escola, O envolvimento da família no processo educacional da criança é uma necessidade e de muita importância. A família deve ser orientada e motivada a colaborar e participar do programa educacional, promovendo desta forma uma interação maior com a criança. Também é fundamental que a família incentive a pratica de tudo que a criança assimila.
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não se restringe aos esforços da escola, inclui também a construção de redes de colaboração com a família e a sociedade fortalecendo o combate à intolerância e às barreiras atitudinais, bem como a compreensão da diversidade no desenvolvimento infantil (ARRUDA; ALMEIDA, 2004, p. 16).
A criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura. Assim, a qualidade da estimulação no lar e a interação dos pais com a criança se associam ao desenvolvimento e a aprendizagem de crianças com necessidades educacionais especiais As habilidades de autonomia pessoal e social proporcionam melhor qualidade de vida, pois favorecem a relação, a independência, interação, satisfação pessoal e atitudes positivas. Alunos com necessidades educacionais especiais devem ter a oportunidade de participar de forma significativa e integral nas atividades Portanto, há de se olhar o aluno com necessidades educacionais especiais- deficiência física como um sujeito que, apesar de possuir uma especificidade (deficiência física) que o diferenciados demais, deve ser visto como um sujeito pleno e historicamente situado, capaz de responder com competência às exigências do meio, contanto que Ihes sejam oferecidas condições para tal. Escolares regulares (ARRUDA; ALMEIDA, 2004, p. 16). A escola deverá preparar-se para acolher os alunos com necessidades educacionais especiais - deficiência física. Para isso deve por meio de uma ação conjunta promover a acessibilidade, removendo as barreiras arquitetônicas, promovendo a adaptação de mobiliário e produzindo materiais didático-pedagógicos adaptados para esses alunos, de acordo com suas necessidades educacionais, preparação de professores capacitados influencia muito no aprendizado desses alunos Falar em necessidades educacionais especiais, portanto, deixa de ser pensar nas dificuldades específicas dos alunos e passa a significar o que a escola pode fazer para dar respostas às suas necessidades, de um modo geral, bem como aos que apresentam necessidades específicas muito diferentes dos demais. Considera os alunos, de um modo geral, como passíveis de necessitar, mesmo que temporariamente, de atenção específica e poder requerer um tratamento diversificado dentro do mesmo currículo. O educador deve orientar seus alunos, no sentido de acolher e compreender as limitações físicas dos colegas e os diferentes meios de comunicação utilizados por eles, para que haja uma melhor interação social entre todos. Deve buscar meios de informar- se sobre as características de cada um dos seus alunos com ou sem deficiência, objetivando a compreensão de suas potencialidades e necessidades, para que possa ajudá-Ios de forma significativa. O aluno com deficiência física deve participar das atividades oferecidas pela escola, junto com os outros alunos, desempenhando tarefas ou papéis de acordo com suas possibilidades. Sua participação efetiva irá proporcionar-lhe sentimento de pertencimento ao grupo, garantindo, assim, melhor interação social.
5. CONCLUSÃO
 Através da realização do trabalho que se pautou em pesquisa bibliográfica foi possível alcançar os objetivos propostos de analisar a política de inclusão e os seus reflexos nos processos de socialização e de aprendizagem de alunos com necessidades especiais, observando sistematicamente o interesse e o comportamento dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, decorrentes das suas necessidades educacionais especiais.
Educação inclusiva refere-se à inclusão de pessoas com necessidade especiais no processo educativo das escolas regulares, promovendo a igualdade na aprendizagem e a diversidade, a fim de integrar a educação especial ao ensino regular, para unificar as duas modalidades e transformar a escola em um lugar para todos, que acolhe todos os alunos e oferece apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem. Desse modo, é possível garantir que todas as crianças e adolescentes aprendam e se desenvolvam num mesmo contexto, convivendo em um ambiente que respeite as diferenças.
A Escola Inclusiva respeita e valoriza todos os alunos, cada um com a sua característica individual e é à base da Sociedade para Todos, que acolhe todos os cidadãos e se modifica, para garantir que os direitos de todos sejam respeitados. Para incluir e atender aos portares de necessidades especiais no processo de ensino e aprendizagem é preciso que os professores e a equipe escolar reconheçam a necessidade do aluno e ofereçam os recursos necessários para ensina-lo. Infelizmente, milhares de crianças, adolescentes e jovens brasileiros com deficiência não têm acesso à escola e ficam à margem da sociedade Portanto, a escola como espaço inclusivo deve considerar como seu principal desafio, o sucesso de todos os alunos, sem nenhuma exceção.
A Educação Inclusiva é o resultado de muitas discussões, estudos teóricos e práticas que tiveram a participação e o apoio de organizações de pessoas com deficiência e educadores, no Brasil e no mundo. Fruto também de um contexto histórico em que se resgata a Educação como lugar do exercício da cidadania e da garantia de direitos. Por meio deste trabalho podemos conhecer de que forma o direito à educação é garantido para aqueles que possuem algum tipo de necessidade especial.
O processo de inclusão caminha por uma ordem de pensamento e ação, longe de obter respostas imediatas para a problemática da inclusão do portador de necessidades educativas especiais no contexto educacional, apenas visualizando uma variedade de perspectivas e desafios para a efetiva implementação dessa nova modalidade de ensino. Nesse sentido, as escolas devem criar ambientes acolhedores com ações que devem ser fortalecidas e regulamentadas no projeto político pedagógico de cada instituição de ensino, respeitando as características individuais de cada cidadão e acreditando que todos são capazes de aprender, desde que se estruturem possibilidades, se estabeleçam estratégias na reordenação de práticas escolares, visto que, o direito à educação inclusiva está garantido na lei.
A noção de necessidades educacionais especiais entrou em evidência a partir das discussões do chamado “movimento pela inclusão” e dos reflexos provocados pela Conferência Mundial sobre Educação Especial, realizada em Salamanca, na Espanha, em 1994. Nesse evento, foi elaborado um documento mundialmente significativo denominado “Declaração de Salamanca” e na qual foram levantados aspectos inovadores para a reforma de políticas e sistemas educacionais. Assim, os objetivos da educação especial são os mesmos da educação comum. O que difere, entretanto, é o atendimento, que passa a ser de acordo com as diferenças individuais do aluno. Porém, é necessário, antes de tudo, tornar reais os requisitos para que a escola seja verdadeiramente inclusiva, e não excludente.
 
REFERÊNCIAS
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Claudia Pereira Dutra, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Atendimento Educacional Especializado – Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado – Aspectos Legais e Orientações Pedagógicas. Brasília: SEESP/MEC, 2008. Brasília – 2006 MEC/SEESP, disponível em; http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/defmental.pdf, acesso 14 de dezembro 2021.
FERNANDES, Ana, F. S.(org.). Educação especial, edição UEPA; Travessa D. Pedro I, 519 - CEP: 66050-100 pag.296, editora EDUEPA 2017.
Menezes, ebenezer takuno de. verbete necessidades educacionais especiais. dicionário interativo da educação brasileira - educabrasil. são paulo: midiamix editora, 2001. disponível em <https://www.educabrasil.com.br/necessidades-educacionais-especiais/>. Acesso em 15 dez 2021. egular.htm, acesso 14 de dezembro 2021.
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