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O aterramento é o fio ou a barra de cobre enterrado que tem o propósito de formar um caminho condutor de eletricidade, tanto quanto assegurar continuidade elétrica e capacitar uma condução segura qualquer que seja o tipo de corrente. O que é aterramento ? Quando se diz que algum aparelho está aterrado(ou eletricamente aterrado) significa que um dos fios de seu cabo de ligação está propositalmente ligado à terra. O que é FIO TERRA Correntes de raios Descargas Eletroestáticas Correntes de filtros e supressores Falta de corrente para terra Aterramento é a ligação de estruturas ou instalações com a terra, a fim de se estabelecer uma referência para a rede elétrica e permitir que fluam para a terra correntes elétricas de naturezas diversas como: Aterramento funcional: Consiste na ligação à terra de um dos condutores do sistema (geralmente o neutro) e está relacionado ao funcionamento correto, seguro e confiável da instalação; Aterramento de proteção: Consiste na ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação, visando à proteção contra choques elétricos por contato direto. Tipos de Aterramento • O aterramento único para toda a instalação deve ser integrado à estrutura da edificação — o eletrodo de aterramento preferencial em uma edificação é o constituído pelas armaduras de aço embutidas no concreto das fundações das edificações; • As entradas dos serviços públicos de energia e sinais (telefonia, TV a cabo etc.) têm de estar localizadas próximas entre si e junto ao aterramento comum (os aterramentos de energia e de sinal dos equipamentos devem ser comuns na entrada da instalação); • O aterramento do neutro deve ser feito somente na entrada da edifica ção — daí em diante, o neutro recebe o tratamento de um condutor vivo (energizado) – esquema TNS; • O condutor de aterramento tem de ser conduzido junto ao cabeamento de energia, desde a entrada da instalação Norma NBR5410 Integração dos Aterramentos • O neutro e os condutores de proteção da rede de distribuição de energia; • O aterramento do sistema de proteção contra descargas atmosféricas; • O aterramento das entradas de sinais e o “plano terra” para o aterramento de instalações contendo equipamentos eletrônicos (laboratórios, CPDs, estações de telecomunicações, sistemas de controle de processo etc.); • O aterramento de estruturas metálicas diversas (ferragens estruturais, esquadrias, tubulações, tanques, cercas, racks, painéis etc.). Dentre as vantagens da integração dos aterramentos, destacam-se: Equipotencialização de massas metálicas; Unificação das referências de terra; Redução da resistência de aterramento da instalação, em função da maior área da malha. Conforme orientação da ABNT a resistência de terra deve atingir no máximo 10 Ohms, quando equalizado com o sistema de pára-raios ou no máximo 25 Ohms quando o sistema de pára-raios não existir na instalação. É obrigatório que todas as tomadas tenham o seu fio terra. Normalmente elas já vêm com o fio terra instalado, seja no próprio cabo de ligação do aparelho à tomada, seja separado dele. No primeiro caso é preciso utilizar uma tomada com três polos onde será ligado o cabo do aparelho. O aterramento é obrigatório e a baixa qualidade ou a falta do mesmo invariavelmente provoca queima de equipamentos. Suas características e eficácia devem satisfazer às prescrições: Proteção desligamento automático cargas estáticas equipamentos eletrônicos controle de tensões transitórios ✓de segurança das pessoas, ✓ desligamento automático, ✓ cargas estáticas ✓ Controle de Tensão ✓controle de tensões ✓equipamentos eletrônicos ✓transitórios O TERRA DE REFERÊNCIA SEMPRE SERÁ A TERRA? Nem sempre. O terra de referência pode ser, às vezes, um condutor metálico de aterramento. Em certas ocasiões, o potencial de terra pode ser muito diferente daquele do condutor de aterramento. É muito importante que as tensões de toque e de passo sejam expressas em relação ao terra de referência mais apropriado. Se assim não fosse, como um avião em vôo possui um terminal de aterramento, sem que haja terra no espaço? ATERRAMENTO ÚNICO O aterramento está presente em diversos sistemas de proteção dentro de uma instalação elétrica: proteção contra choques, contra descargas atmosféricas, contra sobre tensões, proteção de linhas de sinais e de equipamentos eletrônicos e proteções contra descargas eletrostáticas. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO A NBR-5410 classifica os sistemas de distribuição em baixa tensão Em função das ligações à terra da fonte de alimentação (geralmente um transformador) e das massas, de acordo com a seguinte simbologia, constituída de 2 ou 3 ou, eventualmente, 4 letras: • A primeira letra representa a situação da alimentação em relação à terra: ✓ T = um ponto diretamente aterrado. ✓ I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através de uma impedância; • A segunda letra representa a situação das massas da instalação elétrica em relação à terra: ✓ T = massas diretamente aterradas, independente do aterramento eventual de um ponto da alimentação. ✓N = massas ligadas diretamente ao ponto da alimentação aterrado ( em CA o ponto aterrada é normalmente o neutro ); Outras letras indicam a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção: S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos; C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (condutor PEN). As instalações elétricas de baixa tensão devem ser executadas de acordo com os esquemas TT, TN (podendo ser TN-S, TN-C ou TN-C-S) e IT. OBS: NUNCA UTILIZE O NEUTRO DA REDE ELÉTRICA COMO TERRA, A NÃO SER EM CASOS ESPECÍFICOS – CONDUTOR PEN ( ver 5410) ESQUEMAS DE ATERRAMENTO Aplicações ESQUEMA TT (neutro aterrado) Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligado à eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da alimentação. massas à terra neutro ligado à terra T T (neutro à terra) Esquema IT (neutro isolado ou aterrado por impedância) Este esquema não possui nenhum ponto de alimentação diretamente aterrado, somente as massas da instalação são aterradas. I T (neutro isolado) massas à terra neutro isolado ou aterrado através de uma resistência de valor elevado APLICAÇÃO DOS ESQUEMAS TT,TN E IT • Quando a instalação possui um transformador ou gerador próprio, como é o caso das indústrias e de certos prédios institucionais e comerciais de porte, via de regra, a opção é pelo esquema TN. Mas, quando o prédio é alimentado por transformador exclusivo de propriedade da concessionária, tem-se que consultar a concessionária a respeito da utilização de seu neutro como condutor PEN. • Para instalações alimentadas por rede pública de baixa tensão, caso das residências e pequenos prédios de todos os tipos, devido ao aterramento recomendado para o neutro, o esquema IT fica eliminado e o TT é o mais indicado. • Quando existirem equipamentos com elevado nível de correntes de fuga, o esquema TT não é recomendado, em virtude da possibilidade de disparos intempestivos dos dispositivos DR’s e quando existirem equipamentos com elevada vibração mecânica, o uso de um esquema TN não é indicado, devido à possibilidade de rompimento dos condutores. CHOQUES ELÉTRICOS Chamamos de choque elétrico a sensação desagradável provocada pela circulação de corrente no corpo humano. As conseqüências de um choque elétrico podem variar de um simples susto até a morte, dependendo da intensidade de corrente e da duração desta. Os choques podem ser por contatos: • Diretos: quando a pessoa toca diretamente um condutor energizado. • Indiretos: quando a pessoa toca a massa de um equipamento que normalmente não está energizada, mas que, por falha da isolação principal, ficou energizada. Resistencia Elétrica do Corpo HumanoCausas dos contatos diretos: ignorância, imprudência ou negligência. Características dos contatos indiretos: imprevisíveis e freqüentes, representam maior perigo e recebem uma importância maior na Norma. Dispositivo “DR” São dispositivos que detectam a soma fasorial das correntes que percorrem os condutores VIVOS de um circuito num determinado ponto. O módulo dessa soma fasorial é a chamada “Corrente Diferencial-Residual”(DR) . • MESMO QUE O CIRCUITO TRIFÁSICO SEJA DESEQUILIBRADO, NA AUSÊNCIA DE FUGAS: • COM FUGA DE CORRENTE (CORRENTE DE FUGA = IDR): 0321 =+++ NIIII DRN IIIII =+++ 321 • ATUAÇÃO IDR = I n (CORRENTE DIFERENCIAL- RESIDUAL NOMINAL DE ATUAÇÃO) • IDEAL IDR = 0 • REAL IDR 0 (CORRENTES DE FUGA - NATURAIS) I DR 0,5 . I n ZONAS TEMPO-CORRENTE DOS EFEITOS DE CORRENTE ALTERNADA ( 15 A 100 Hz ) SOBRE PESSOA IEC 479 Nenhum efeito perceptível Efeitos fisiológicos geralmente não danosos Efeitos fisiológicos notáveis (parada cardíaca, parada respiratória, contrações musculares) geralmente irreversíveis. Elevada probabilidade de efeitos fisiológicos graves e irreversíveis: - fibrilação cardíaca, - parada respiratória. C1: não há fibrilação do coração. C2: 5% de probabilidade de fibrilação C3: 50% de probabilidade de fibrilação. DISJUNTOR DR OU INTERRUPTOR DR ALTA SENSIBILIDADE ( 30mA) BAIXA SENSIBILIDADE ( > 30mA) ATENÇÃO: dispositivos DR não limitam a corrente do choque elétrico a valores inferiores a I n , mas apenas o tempo que a corrente circula nas pessoas. Sua ação é a de interromper o circuito tão mais rapidamente quanto maior for a corrente diferencial-residual. ▪ Especificação: ▪ In (A) ▪ I n (mA ou A) ▪ Un (V) ▪ Iint (A ou kA) ▪ f (Hz) ▪ Nº pólos Dispositivo “DR” (IDR) • Especificação: •Interruptor DR + •Disjuntor Disjuntor + Bloco Diferencial Dispositivo “DR”: recomendações • Quando utilizado apenas os IDR’s, a proteção contra sobrecorrentes tem que ser assegurada por dispositivo específico, (NBR 5410) e o IDR terá que suportar as solicitações térmicas e mecânicas provocadas por correntes de falta depois de sua posição no circuito; • Ao serem instalados DR’s na proteção geral e dos circuitos terminais, a seletividade de atuação tem que ser bem coordenada. O DR de menor sensibilidade (menor I N ) deve ser instalado no circuito terminal e, consequentemente, o de maior sensibilidade no circuito de distribuição; • Dependendo dos níveis das correntes de fuga do sistema para a instalação, a escolha da sensibilidade dos DR’s tem que ser cuidadosa, pois, principalmente quando instalados na proteção geral, poderão seccionar intempestivamente a alimentação de toda a instalação. Detalhes de Ligação “DR” Notas: 1) Cada setor / DR possui o seu próprio neutro não devendo misturá-los. 2) O condutor de proteção é comum 3) Os interruptores diferenciais, têm que ser protegidos contra curtos- circuitos. Resumo das prescrições-choque elétrico (NBR 5410) • Proteção contra contatos diretos • Proteção contra contatos indiretos • Proteção complementar (contra contato direto) por dispositivo "DR"de alta sensibilidade (In 30mA) • Deve ser objeto da proteção complementar: a) circuitos em locais contendo banheira ou chuveiro b) tomadas em áreas externas c) tomadas em áreas internas → equip. externos d)tomadas em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviços, garagem (local interno molhado ou sujeito a lavagens). Exclusões: ▪ luminárias em altura > 2,5m ▪ tomadas para refrigeradores e congeladores; ▪ dispositivo de proteção a sobrecorrente ▪ dispositivo "DR“ ▪ Seccionamento automático Esquema TT ▪ dispositivo "DR“ A garantia total de proteção contra choques não se confere apenas com o aterramento das massas, porém ele é extremamente necessário para a boa proteção em grande parte das aplicações, quando associado a dispositivos de proteção adequados. Seccionamento automático Esquema TN: ESQUEMAS TIPO DE OPERAÇÃO PRINCÍPIO BÁSICO DE PROTEÇÃO DAS PESSOAS EXIGÊNCIAS COMPLEMENTARES VANTAGENS DESVANTAGENS TT Seccionamen to à 1ª falta Ligação do neutro ao terra da alimentação e das massas a terra(s) independente(s) em associação com dispositivos automáticos de seccionamento. Seletividade com DR’s, se necessário. Facilidade de projeto. Exigência de pessoal de manutenção com preparação mínima. Custos dos DR’s (custo adicional). Possibilidade de disparos intepestivos , qualidade de serviço diminuída. TN Seccionamen to à 1ª falta Ligação do neutro e das massas ao terra da alimentação em associação com dispositivos automáticos de seccionamento. Definições de comprimentos máximos de circuitos em função das condições de seccionamento. Complementação de segurança por ligações equipotenciais ou outras medidas. Possibilidade de economia de material (TN-C). Possibilidade de utilização dos dispositivos de proteção contra as sobre correntes na proteção contra os contatos indiretos. Maior dificuldade no projeto. Maior investimento a nível de projeto. Exigência de pessoal especializado de manutenção. Massas sujeitas a sobretensões do neutro da alimentação. IT Seccionamen to à 2ª falta Neutro isolado ou impedante; massas ligadas a terra(s) independente(s) em associação com dispositivos automáticos de seccionamento e com dispositivos de controle. Necessidade de vigilância permanente do isolamento. Necessidade de limitação de sobretensões. Necessidade de complementação de segurança(ligação eqüipotencial). Definição de comprimentos máximos de circuitos em função das condições de seccionamento (à 2ª falta). Possibilidade de utilização dos dispositivos de proteção contra as sobre tensões na proteção contra os contatos indiretos (seccionamento à 2ª falta) Maior dificuldade no projeto. Maior investimento Exigência de pessoal especializado de manutenção Exigência de equipamentos suplementares de segurança e controle Limitação do comprimento dos circuitos EXEMPLO Fig. 7 – Detalhe de ligação no quadro PROCEDIMENTOS PARA MEDIÇÃO DO TERRA(MÉTODO DA QUEDA DE TENSÃO) Este método consiste na aplicação de uma determinada corrente no sistema de aterramento em teste (T) fazendo-a circular através do eletrodo de corrente (C). A corrente I provocará a aparição de potenciais na superfície do solo. Esses potenciais são medidos através do eletrodo P. Os potenciais ao longo do trecho TC terão o aspecto da figura 2, assumindo, por conveniência, que o potencial em T é zero. As resistências aparentes R = V/I ao longo do trecho TC terão a mesma configuração. A resistência do sistema de aterramento em teste é o valor em ohms do trecho da curva que tem valores constantes, constituindo um patamar. Para se obter o valor real da resistência é preciso se instalar o eletrodo de potencial P fora das áreas de influência do sistema em teste (trecho A da curva) e do eletrodo de corrente (trecho B). Comprova-se que o patamar é atingido quando : X = 0,618 . d A distância “d” deverá ser a maior possível para que o patamar seja formado com clareza. Os valores práticos dos espaçamentos a serem utilizados estão indicados no item seguinte. ESPAÇAMENTO ENTRE ELETRODOS Os espaçamentos entre os eletrodos T, P e C da montagem indicada na figura 1, dependem da dimensão do sistema de aterramento a ser medido. A tabela I, a seguir, fornece os espaçamentos sugeridos para as configurações dos sistemas de aterramento mais usuais. Quando o espaço disponível no local não permitir tais distâncias, utilizar os espaçamentos mínimos da tabela II. Nos casos especiais nos quais as configurações dos sistemas de aterramento não se assemelham a nenhuma das constantes dessas tabelas, pode ser utilizada a regra geral de que o eletrodo de corrente poderá ser instalado à uma distância iguala cinco vezes a maior dimensão ou diagonal do eletrodo, ou da malha. PROCEDIMENTOS DE CAMPO 1 - A montagem no campo deverá seguir o esquema de medição semelhante ao da figura 1, com as seguintes observações : A - os espaçamentos entre eletrodos estão indicados nas tabelas I e II. Sugere-se, entretanto, usar sempre que possível os cabos de 50 m e 80 m, que servem para qualquer configuração de aterramento. Os cabos adquiridos com o aparelho são: 2 cabos de 18 m, 2 cabos de 50 m e 1 cabo de 80 m; B - as hastes de prova devem ser fincadas o mais profundo possível (aproximadamente 30 cm já que as hastes padronizadas medem 40cm); C - o alinhamento dos eletrodos (em teste, de tensão e de corrente) é desejável, porém, não rigorosamente necessário. 2 - Após realizar a medição adotando os espaçamentos estabelecidos em tabelas, realizar mais duas medições deslocando o eletrodo de tensão de uma distância “0,1d” em relação ao ponto da primeira, pois devem estar no patamar, de acordo com o explicado em item 3. Se ocorrem diferenças sensíveis, será necessário aumentar as distâncias “d” e “x”. Exemplo: Quando estiver sendo usado d = 80 m e x = 50 m, as novas medições deverão ser feitas aproximadamente em x = 42 m e x = 58 m. 3 - Se não se conseguir medições, tentando-se as várias escalas do equipamento, (considerando que o aparelho e a bateria estão em bom estado), será preciso verificar a resistência dos eletrodos de prova. Para testar a resistência do eletrodo de tensão basta trocar entre si, no aparelho, as conexões dos cabos que ligam o eletrodo em teste e o eletrodo de tensão (figura 4). A resistência do eletrodo de tensão não poderá suplantar 1kΩ, qualquer que seja o equipamento usado. 4 - Se forem notadas medições discrepantes ou a existência de interferências, outra medição deverá ser feita na direção perpendicular em relação a anterior. 5 - Nem sempre a existência de muros, pequenas edificações e outros obstáculos impedem a realização das medições. Muitas vezes esses obstáculos podem ser contornados ou suplantados pelos cabos permitindo fincar-se as hastes em locais aparentemente escondidos, montando-se assim o esquema da figura 1.
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