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Jiahui - Povos Indígenas no Brasil

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Jiahui - Povos Indígenas no Brasil
Os Jiahui são um povo de filiação lingüística Tupi-Guarani, subgrupo Kagwahiva, que vive na região do
curso médio do Rio Madeira, ao sul do Estado do Amazonas. Circunstâncias históricas acarretaram a
quase dissolução do grupo. Suas terras tradicionais foram ocupadas por fazendeiros e os Jiahui
passaram a viver junto aos Tenharim ou nas cidades próximas. Em meio a conflitos, foi iniciado em
1998 o processo de retomada do território indígena, em que os Jiahui vêm buscando reorganizar-se de
maneira a garantir sua sobrevivência física e cultural.
Nome e língua
Foto: Edmundo Peggion, 1999
Os Jiahui, povo de filiação lingüística Tupi-Guarani, constituem um subgrupo Kagwahiva. Atualmente,
os remanescentes Kagwahiva são os seguintes: Jiahui, Tenharim (do Rio Marmelos, do Igarapé Preto e
do Sepoti), Parintintin, Juma, Uru-eu-wau-wau, Amondawa, Karipuna, além de alguns possíveis
grupos isolados.
Até a década de 1920, todos os povos Kagwahiva eram referidos como Parintintin. Desde que foram
reconhecidos como grupo étnico específico, os Jiahui receberam muitas denominações: Odjahub,
Diahói, Odiarhúebe, Odiahub, Odiahuebs, Odiahuebe, Diarrús, Odiahuve, Odyahuibé, Diahus,
Diarrhus, Odayahuibe, Diarrói, Odiahueba, Odyahuibó, Odiahúbes, Diarroi, Diahub, Jahoi, Odiahuibe,
jahui, Diaói, Odiabuibé e Diarru. A atual grafia – Jiahui – resulta de uma opção dos próprios índios.
Território
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
http://img.socioambiental.org/d/210977-1/jiahui_2.jpg
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https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/parintintin
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/parintintin
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Juma
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Juma
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Uru-Eu-Wau-Wau
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Uru-Eu-Wau-Wau
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Amondawa
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Amondawa
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Karipuna_de_Rond%C3%B4nia
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Karipuna_de_Rond%C3%B4nia
Mapa de Miguel Menéndez de 1989. Anotação vermelha de Edmundo Peggion.
Os Kagwahiva são referidos pela primeira vez em 1750, na região do curso superior do Rio Juruena, ao
lado dos Apiaká. Logo depois, esta área foi vasculhada pela frente mineradora que, desde Cuiabá,
avançava para o Norte à procura de novas minas de ouro, o que pode ter provocado o início do
processo migratório kagwahiva (Menéndez, 1989:38).
Os Jiahui são parte de um conjunto de povos que ocuparam a região do curso médio do Rio Madeira,
ao sul do Estado do Amazonas, vindos de uma migração do Alto Tapajós, acossados pelos seus inimigos
tradicionais, os Munduruku, em período posterior a 1750.
Na década de 1970, foram expulsos de seu território tradicional e o grupo praticamente se dissolveu
devido a conflitos com grupos indígenas vizinhos, assim como a implantação de fazendas e a extração
ilegal de madeira. Os poucos remanescentes jiahui aliaram-se aos Tenharim e foram viver em uma
aldeia deste povo nas proximidades da Transamazônica. Casaram-se e tiveram filhos, mas nunca foram
totalmente absorvidos pelos Tenharim.
Em razão de pressões internas na aldeia, os Jiahui transferiram-se para o limite leste da terra
Tenharim e de lá iniciaram incursões no território tradicional, agora ocupado por fazendas tituladas
pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Estas incursões, que inicialmente
http://img.socioambiental.org/d/279011-1/jiahui_mapa.jpg
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https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Apiak%C3%A1
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Apiak%C3%A1
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Munduruku
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Munduruku
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
eram para a coleta de castanha, passaram a ser mais freqüentes, para caça e coleta, até que, em 1999,
resolveram reassumir seu território tradicional, transferindo-se para dentro das fazendas, construindo
uma aldeia e abrindo roças. 
Putting the ridge beam on a house in the village of Ju´í. photo: Edmundo Peggion, 1999
Como forma de registrar o direito sobre a terra, a aldeia construída recebeu o nome de Ju’í, como era
chamada uma antiga aldeia localizada na mesma direção, apenas mais ao sul, no interior do território
ocupado. A atual dista cerca de 100 metros da rodovia Transamazônica, estando também próxima da
margem esquerda do igarapé Amazônia (afluente do Rio Marmelos). A opção por fazer a aldeia na
beira da Transamazônica deve-se ao fato de que por ela são escoados os produtos para venda e é
também por onde se adquire bens, cuida-se de doentes, dentre outros fatores relevantes para as
populações indígenas da região. 
A Terra Indígena Jiahui pertence ao município de Humaitá (AM) e faz limite com as terras Tenharim e
Pirahã, com a Floresta Nacional Humaitá e com pequenos produtores, o que diminui a possibilidade de
invasão das terras.
http://img.socioambiental.org/d/313524-1/jiahui_nova.jpg
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http://ti.socioambiental.org/pt-br/#!/pt-br/terras-indigenas/3814
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https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Pirah%C3%A3
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Pirah%C3%A3
Fonte: Instituto Socioambiental
Houve, contudo, conflitos decorrentes das propriedades concedidas pelo Incra no interior do território
tradicional jiahui. Os lotes eram pequenas propriedades que giravam em torno de 100 hectares. Com o
passar do tempo, muitas terras foram abandonadas e vendidas para vizinhos e, assim, alguns poucos
passaram a ter extensas propriedades.
O maior conflito se deu com o fazendeiro Eduardo Esteves Duarte, uma vez que, além da terra
propriamente dita, disputou com os índios a exploração de um castanhal, definido pelos Jiahui como
Tañoapina. Na temporada de produção de castanha, eram freqüentes e conflituosos os encontros com
empregados de Duarte, que também iam em busca do produto. Porém, embora tenha havido a
ocupação das terras com títulos expedidos pelo Incra, o local sempre foi indígena.
Além dos proprietários não índios, há uma outra questão que envolve a Terra Indígena Jiahui: parte
dela incide sobre a Floresta Nacional de Humaitá. Em 22 de março de 1988, o então Presidente da
República José Sarney publicou decreto (n. 95.859) definindo as glebas Boa Esperança e Pupunhas
para uso do Exército, com 468.790 ha., criando a Gleba Militar de Humaitá. Em 19 de março de 1997,
Fernando Henrique Cardoso revogou alguns incisos desse decreto. Em 02 de fevereiro de 1998, o
mesmo Presidente assinou outro decreto (n. 2.485) criando a Floresta Nacional de Humaitá com a
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http://uc.socioambiental.org/pt-br/uc/2952
http://uc.socioambiental.org/pt-br/uc/2952
mesma superfície da Gleba Militar. Esta área atualmente está sob jurisdição do Ibama e é uma Unidade
de Conservação para exploração com manejo de uso múltiplo dos recursos renováveis. Portanto, a
própria União acabou sobrepondo limites ao definir a Gleba Militar e posteriormente a Floresta
Nacional Humaitá em partes dos limites da Terra Indígena.
Histórico do contato
Mapa da década de 30 localizando os Jiahui (Indigeni Odia hueb), presente em obra de
Vitor Hugo de 1959, em que o Norte está voltado para baixo. Anotação vermelha de
Edmundo Peggion.
Os Kagwahiva são referidos pela primeira vez em 1750, na região do curso superior do Rio Juruena, ao
lado dos Apiaká. Logo depois, esta área foi vasculhada pela frente mineradora que, desde Cuiabá,
avançava para o Norte à procura de novas minas de ouro, o que pode ter provocado o início do
processomigratório kagwahiva (Menéndez, 1989:38). Além disso, a guerra com os Munduruku
também foi assinalada como causa do deslocamento dos Kagwahiva dessa região para as margens do
Rio Madeira (Nimuendajú, 1924:207-208). Entretanto, é difícil fazer qualquer afirmação mais
categórica sobre esse período, pois os condicionantes dessa migração são muito mais complexos e se
relacionam a uma dinâmica relação intertribal na região.
Em 1817, os Kagwahiva são registrados pela primeira vez sob o etnônimo de Parintintin, dado, talvez,
http://img.socioambiental.org/d/210983-1/jiahui_4.jpg
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https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Apiak%C3%A1
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Apiak%C3%A1
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Munduruku
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Munduruku
pelos Munduruku aos seus inimigos. Em 1850, Kagwahiva e Parintintin são registrados ao mesmo
tempo, sendo que depois disso o etnônimo Kagwahiva desaparece e tais povos passam a ser designados
por Parintintin. Após a “pacificação” realizada por Nimuendajú, em 1922 foi possível constatar que
Kagwahiva é a autodenominação dos Parintintin e que esta última designação apenas se aplicava a um
desses povos (veja o verbete Parintintin).
Na região do Rio Madeira, a aproximação dos grupos Kagwahiva com a sociedade brasileira se deu
após uma intensa guerra, que perdurou por cerca de 70 anos, entre meados do século XIX e a década
de 1920. Essa guerra só terminou com a ação do SPI (Serviço de Proteção aos Índios) e após a
instalação definitiva de seringueiros na região. Curt Nimuendajú foi o principal agente dessa
aproximação: contratado pelo SPI, organizou expedições e se fixou no interior do território indígena.
Por falta de verbas do SPI, Nimuendajú abandonou seu projeto com apenas cinco meses, deixando em
seu lugar vários auxiliares.
Segundo Nimuendajú (1924:201-203), o território Parintintin (entenda-se Kagwahiva) na região do Rio
Madeira, estendia-se por cerca de 22.000 km², delimitados ao Norte e ao Oeste por esse rio; ao Sul
pelo Rio Machado e a Leste pelo Rio Marmelos, com seu braço oriental o Rio Branco.
Nimuendajú relatou (1924:203) que, entre seus primeiros contatos com o povo Parintintin até sua
partida, havia uma população de 250 indivíduos. A subsistência deste grupo era baseada numa
economia adaptada à floresta tropical. Plantavam milho, mandioca, batata-doce, urucum, algodão,
banana e mamão. Pescavam com arco e flecha e timbó e caçavam preferencialmente antas, veados e
macacos.
Logo após os primeiros contatos com os Parintintin, os funcionários do SPI começaram a relatar o
aparecimento de outros povos Kagwahiva na região. O primeiro a ser referido como objeto de
preocupação deste órgão são os Jiahui. Na tentiva de atrai-los para contato, José Garcia de Freitas e
outros auxiliares iniciam uma aproximação e relatam suas experiências em extensos relatórios. Num
primeiro momento, os índios são avistados na região das cabeceiras do Rio Branco, e posteriormente
passam a ser localizados na região do igarapé Amazonia, local da atual aldeia. A intenção de “pacificar”
os Jiahui é explicitada em muitos documentos.
Quanto às relações entre os Parintintin e os Jiahui, as informações colhidas sempre partiam da
perspectiva dos primeiros, uma vez que os segundos ainda estavam isolados:
Segundo informações colhidas entre os Parintintins, pelo Encarregado do posto do Maicy-
mirim, os Odiarhúebe falam o mesmo dialecto e adoptam quasi os mesmos costumes
daquella tribu, havendo todavia, entre ambas um requinte de hostilidade oriundo de sua
indole guerreira, que as tornam inimigas rancorosas. Ao contrario dos Parintintins, que
costumam cortar os cabellos em torno da cabeça, os Odiarhúebe conservam-n’os bastos e
compridos; mas a exemplo daquelles, também trazem o penis envolvido por um tubo de
folhas de arumã, em forma cylindrica. As suas akanitaras são feitas de pennas de japú e
arara vermelha e as flechas apresentam o mesmo feitio e os mesmos adornos que se
obervam nas armas guerreiras dos Parintintins. Os Parintintins, tomados por sua
superstição natural, que assalta o espirito de quasi todas as tribus, têm um immenso pavor
fetichista daquelles seus parentes e inimigos. Dizem elles que acirrados pela vingança, os
Odiarhúebe costumam enviar-lhes á noite grandes morcegos, que lhes roubam os cabellos,
applicando-os nos processos de bruxaria que, de vez em quando, transmittem os peores
males às suas malocas (Lemos, 1925:20).
Na década de 30, intensifica-se a atuação do SPI na tentativa de atrair os Jiahui para o contato. Para
tanto, são montadas expedições sob o comando de José Garcia de Freitas, já conhecedor dos
Kagwahiva pela sua atuação junto aos Parintintin. Em sua busca, Garcia acabou deparando-se com os
Pain e não com os Jiahui. Após seqüestrar uma mulher e seus filhos, Garcia pediu aos Parintintin que o
acompanhavam que dissessem das boas intenções do SPI. A mulher afirmou que seu marido e o
restante do grupo voltariam e matariam todos. Assim mesmo, Garcia resolveu permanecer no local e
no dia seguinte libertou a mulher com alguns presentes, mas reteve seus filhos. Um tempo depois
apareceram dois guerreiros pintados, ameaçando a todos e perguntando qual deles era o ipají. Após
Garcia acalmar os guerreiros, estabeleceu-se uma boa relação entre todos. Pelo relato podemos
perceber que se tratava de um dos grupos Jiahui:
A lingua é a mesmíssima dos Parintintin, sendo apenas um pouco differente as danças e as
cantigas.
Chamam-se PAIN, são elles um grupo que se desligou dos Odiahub e com elles
vivem em constante lucta. Não havia decorrido siquer uma lua em que os Odiahub lhes
haviam matado inesperadamente quatro homens e tive occasião de ver um delles com uma
flechada no peito direito. Riram-se, regosijaram-se da alliança que lhes offereci contra os
seus inimigos. 'Admiraram-se os indios PAIN de não termos sido atacados pelos
Odiahub, dizendo que alli perto estão os seus caminhos de guerra; quer dizer
que, se demorassemos mais um pouco, receberiamos o ataque daquelles. Não propuz-lhes
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/parintintin
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/parintintin
http://pib.socioambiental.org/pt/c/politicas-indigenistas/orgao-indigenista-oficial/o-servico-de-protecao-aos-indios-(spi)
http://pib.socioambiental.org/pt/c/politicas-indigenistas/orgao-indigenista-oficial/o-servico-de-protecao-aos-indios-(spi)
fazer amizade com os seus inimigos, porque conheci o odio e a sêde de vingança que
tinham e o ressentimento pelas victimas; mas pedi-lhes que esperassem por nós para
atacar os Odiahub.
Era um truc que eu usava para evitar qualquer choque entre os grupos inimigos” (Garcia de
Freitas, 1930:06-07, grifos do autor)
Entretanto, quando Garcia de Freitas volta ao local (registrado neste mesmo relatório de 1930), já
havia ocorrido o confronto entre os grupos Pain e Jiahui, conseguindo encontrar apenas oito
indivíduos. Passados alguns anos, em 1939 as circunstâncias eram outras e os Jiahui já estavam
sofrendo as conseqüências do contato, desestruturando as formas tradicionais de organização social.
Porém, alguns grupos conseguiram permanecer isolados. Estes ficavam mata adentro, estabelecendo
contato apenas com castanheiros que exploravam o território tradicional jiahui, onde há um castanhal.
Mas na década de 70, com a abertura da Transamazônica, que cortou suas terras, já não era mais
possível manter o isolamento.
A abertura da estrada causou comoção na população indígena, que ouvia os barulhos e tentava
entender o que estava acontecendo. As narrativas do período são deveras fantásticas e dão conta de um
momento crítico da vida dos Jiahui. Acossados de um lado pelos Tenharim e de outro pela Empresa
Paranapanema e seus funcionários, o grupo acompanhava de longe o movimento de homens e
máquinas que adentravam cada vez mais a mata.
Após várias aparições rápidas, os Jiahui surpreenderam-se ao ver que entre os trabalhadores da
Paranapanema encontravam-se muitos Tenharim.Um deles, Kari, vindo do igarapé Preto, foi quem
esteve à frente para estabelecer o contato com os Jiahui. Chamou-os, acompanhado de um funcionário
não índio, oferecendo comida e roupas. A aproximação foi gradativa e tensa. Borobé não permitia que
seus filhos pusessem qualquer alimento na boca, pois não depositava a menor confiança, tanto nos
trabalhadores quanto nos Tenharim. Mas o contato foi se intensificando e os Jiahui passaram a viver na
aldeia tenharim.
Em meados dos anos 90, com o crescimento populacional, tanto tenharim quanto jiahui, o estado de
tensão voltou a vigorar entre os dois grupos. Por essa época os Jiahui iniciaram um processo de
retomada de suas terras.
População
Ñagwea'i e sua família. Foto: Edmundo Peggion, 1999
Os Jiahui somavam 17 pessoas na aldeia Ju’i em 2002, além de vários indivíduos localizados em outras
terras indígenas e em localidades próximas. Somando-se a população habitante da aldeia Ju’i aos
indivíduos que viviam junto aos Tenharim e em Humaitá e Porto Velho, tinha-se uma população total
aproximada de 50 indivíduos.
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
http://img.socioambiental.org/d/210986-1/jiahui_5.jpg
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https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
O momento vivido por este povo é muito particular. De uma população considerada extinta,
começaram a reorganizar-se, reocuparam o território tradicional e intentam recompor seus
fragmentos, buscando moradores em outras aldeias e mesmo em centros urbanos próximos. O
importante é que, embora tenha havido uma dispersão, os indivíduos nunca perderam totalmente o
contato. Muitos deles sabem localizar seus parentes, traçando, inclusive suas relações genealógicas.
Ñagwea'i e sua família. Foto: Edmundo Peggion, 1999
Existe a gestação de três prováveis grupos domésticos. Contudo, os indivíduos realizam suas atividades
econômicas coletivamente. Quando uma caçada é abundante, esta é distribuída a todos. Existem
caminhos determinados para a realização das atividades econômicas, por onde todos passam. Mas
numa projeção de futuro, muito provavelmente, diferentes grupos domésticos farão seus próprios
percursos dentro do território.
Retorno à aldeia depois da coleta de açaí. Foto: Edmundo Peggion, 1999
Os Jiahui, bem com os Kagwahiva em geral, são povos Tupi, mas possuem uma particularidade com
http://img.socioambiental.org/d/210989-1/jiahui_6.jpg
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relação aos demais grupos falantes desse tronco lingüístico, qual seja, um complexo sistema de
metades exogâmicas que recebe o nome de dois pássaros: Mytu e Taravé (mutum e maracanã). Este
sistema define as possibilidades matrimonias, pois um homem, quando nasce, pertence à metade de
seu pai e só poderá casar-se na metade oposta.
Tal sistema divide a sociedade em dois grandes grupos que realizam o casamento entre si. Só é possível
o casamento na mesma metade quando o indivíduo vive longe. Neste caso, tudo se passa como se a
distância geográfica provocasse uma distância genealógica, transformando o casamento proibido numa
união possível.
Embora a depopulação tenha dificultado o funcionamento do sistema no caso dos Jiahui, ele continua
operando, seja em casamentos internos ou em casamentos com outros grupos Kagwahiva. Foi desta
forma que alguns casamentos com Jiahui puderam realizar-se junto aos Tenharim do Rio Marmelos.
Acossados e desesperados, os remanescentes Jiahui foram incorporados, através do matrimônio, na
década de 70, aos Tenharim. Hoje temos certas situações de casamentos na mesma metade, mas que
em nada ferem o sistema, uma vez que a distância genealógica entre os grupos permite tal fato.
O trânsito pelo território é uma característica dos Kagwahiva, que estavam distribuídos em pequenos
grupos locais em uma vasta região entre os rios Madeira e Tapajós. Viviam entre a aliança e o conflito,
mas reconheciam-se enquanto uma única sociedade. Cada um destes grupos locais, que provavelmente
organizava-se em torno de um grupo doméstico, possuía o nome de seu líder ou de sua localização (no
caso rios, serras etc.). O faccionalismo é uma característica de tais povos e conseqüentemente as uniões
eram instáveis e novos grupos estavam em constante formação. As estratégias políticas ligadas à
questão residencial caracterizam a forma de conceber a ocupação do território e a constituição de
grupos. Registros orais reforçam a territorialidade dos grupos, narrando a sua distribuição na região,
realizada por Nhaparundi, ancestral mítico Kagwahiva, e também que, em momentos iniciais do
contato, os grupos chegaram a se unir para fugir dos não índios (Menéndez, 1987:86-87; 1989:80).
Características faccionais dos grupos Kagwahiva acarretam ainda hoje disputas internas, fazendo com
que novas aldeias surjam. Entretanto, estas novas aldeias são formadas em um espaço territorial
considerado pertencente a estes grupos. Assim, de acordo com os Jiahui, os Tenharim e os Parintintin
estão localizados em seus territórios tradicionais. Segundo os Jiahui e também os Tenharim, o atual
território reocupado pelos primeiros é, efetivamente, o local onde sempre habitaram.
Atividades produtivas
Tapiri no castanhal Tañoapina. Foto: Edmundo Peggion, 1999
Aos fundos da aldeia Ju´i, os Jiahui possuem uma roça com mandioca, macaxeira, mamão, banana,
entre outros produtos. Ao redor da aldeia saem caminhos de caça, pesca e coleta que remontam a
períodos muito anteriores à própria construção da atual aldeia. A caça, a pesca e a agricultura, em
geral, são voltadas para o sustento do grupo. Já a coleta possui a perspectiva de inserção do grupo no
mercado regional.
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/parintintin
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/parintintin
http://img.socioambiental.org/d/210995-1/jiahui_8.jpg
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A castanha é o produto central pelo qual os Jiahui voltam-se boa parte do ano. Recentemente, no
movimento de retomada do território tradicional, reiniciaram a coleta no castanhal Tañoapina e
começaram a retirar também outros produtos com aceitação no mercado regional, como o açaí -muito
produzido e consumido nas terras Jiahui.
Os trajetos para a caça obedecem aos caminhos das outras atividades. Assim, quando um indivíduo sai
para caçar, segue as trilhas que levam ao castanhal ou ao açaí, por exemplo. Entretanto, há trilhas
alternativas chamadas de “caminhos de caça”. Através destas conexões, grandes extensões do território
são percorridas em busca de animais como o taiaho (queixada), a paca e a cutia. A Transamazônica
também é utilizada como caminho de caça e eventualmente os homens saem a pé ou de bicicleta em
busca de cotias, que são encontradas com freqüência.
Atividade estritamente masculina, a caça é uma das principais fontes de proteína da comunidade.
Embora nem sempre seja possível, o objetivo de um caçador é sempre abater um animal de grande
porte. Entretanto, o caçador não evita abater um outro animal pequeno ou pássaros que por ventura
venham a cruzar-lhe o caminho. Esta última ação é a que ocorre em casos de caça ocasional.
A caça pode ser realizada com arma de fogo, com arco e flecha, ou ainda por meio de armadilhas
instaladas na mata. Pode ser realizada individualmente como em grupo de dois ou três caçadores. Em
qualquer caso, uma caçada bem sucedida é sempre compartilhada com toda a comunidade. O
excedente é moqueado ou salgado.
A caça: retorno do mato com um macaco. Foto: Edmundo Peggion, 1999
Embora não seja tão central como a caça, a pesca também possui sua importância, sendo praticada
como uma atividade que complementa a dieta alimentar da comunidade indígena. Diferentemente da
http://img.socioambiental.org/d/210998-1/jiahui_9.jpghttp://img.socioambiental.org/d/210998-1/jiahui_9.jpg
caça, pode ser realizada por crianças e mulheres nos cursos d’água localizados nas proximidades da
aldeia.
As espécies apreciadas são o tucunaré, surubim, tambaqui, jatuarana, matrinchã e piau. As técnicas e
instrumentos são a linhada, o espinhel, a flecha, a zagaia, o jyki’ywa (juqui) e o timbó. A linhada é uma
atividade comum em que se utiliza a linha de nylon e o anzol para a captura dos peixes em lagos e
poços, onde a água não é corrente. O espinhel consiste em colocar vários anzóis em uma linha e fixar as
extremidades entre pequenos galhos de árvores próximas da água. Como o espinhel fica fixo, permite
ao indivíduo que o colocou realizar outras atividades. A flecha e a zagaia são técnicas bastante
difundidas na região amazônica e exigem muita destreza do indivíduo que manipula estes
instrumentos. Há ainda outros mecanismos de uso tradicional kagwahiva, como a confecção de um
peixe de madeira, que é amarrado nas proximidades da água para atrair peixes. Após o primeiro peixe
fisgado (com flecha ou zagaia), este substitui o peixe de madeira e a pescaria continua. Uma outra
técnica consiste em confeccionar uma pequena circunferência que, presa a um graveto será utilizada
para bater na água e imitar o barulho de frutas caindo. O barulho atrairá os peixes que serão fisgados.
Já o jyki’ywa (juqui) serve para captura de peixes grandes e pequenos. Consiste em um instrumento
feito com talo de inajá mais ou menos no formato de um cesto. Colocado na correnteza os peixes
acabam entrando em busca de alimento sem conseguir sair mais.
Pescando com timbó. Foto: Edmundo Peggion, 1999
http://img.socioambiental.org/d/211001-1/jiahui_10.jpg
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Atividade muito apreciada pelos Jiahui e Kagwahiva em geral, o timbó é mais utilizado durante o
verão, quando é possível encontrar pequenos poços de água que resultam dos igarapés que baixam suas
águas. O timbó é um cipó venenoso que, quando batido e triturado, solta uma substância tóxica na água
paralisando os peixes. A concepção nativa demonstra que uma guerra é travada entre o timbó e os
peixes. Alguns peixes vencem a batalha, não morrendo sob o efeito do veneno. É o caso do acará e do
jeju. Para que haja sucesso é preciso antes conversar com o cipó, pedindo a ele que mate os peixes.
No caso da coleta, depende do esforço envolvido na atividade, ela pode ser masculina ou feminina, ou
ainda, em alguns casos, uma atividade que engloba todos os membros dos grupos familiares, ou seja,
homens, mulheres e crianças. Como produto de consumo, a castanha é utilizada em seu estado natural,
misturada a pratos típicos como beiju e tapioca ou como tempero de carnes. Como produto de
mercado, a castanha possui um preço que oscila de acordo com a safra.
Passam o dia quebrando castanha e retornam ou ficam por lá, alojados em pequenos tapiris nas
proximidades do castanhal. A produção diária nunca é superior a duas latas de castanha para cada
grupo familiar. Para suprir as necessidades durante a safra de castanha, os Jiahui fazem uma provisão
de mantimentos nas semanas que antecedem a época da coleta. Pode ocorrer também de
comprometerem a safra antecipadamente a algum comprador, recebendo dele produtos
manufaturados como óleo, sal, arroz e café, entre outros, configurando o chamado “rancho”. Nestes
casos, o grupo insere-se no sistema econômico característico da Amazônia, chamado de aviamento.
Já a coleta de açaí é uma atividade masculina e exige uma certa habilidade no uso da peconha, uma
argola de cipó que é presa aos pés do homem que o ajuda a subir pelo tronco do açaizeiro. Os frutos
são coletados em grandes cachos e trazidos para a aldeia em cestos conhecidos como paneiros. Para a
fabricação do vinho é preciso deixar o fruto de molho na água morna. Depois disso, os frutos são
socados com um pilão para soltar a polpa da semente e, por fim, o líquido é peneirado e consumido
preferencialmente misturado à farinha de mandioca.
Um outro produto importante na vida dos Jiahui é o babaçu, cujos frutos podem ser consumidos in
natura ou sob a forma de farinha ou goma. As folhas de babaçu podem ser utilizadas para a cobertura
de casas. Os Jiahui também apreciam o puremu, a lagarta que nasce no interior do coco de babaçu, que
é consumida frita. O óleo eliminado é utilizado para passar no cabelo. Segundo os Jiahui este produto é
muito eficaz para evitar cabelos brancos.
Nas proximidades da aldeia encontram-se os roçados. Em geral, a roça é aberta pelos homens no
período da seca (entre julho e agosto) para que possa ser queimada e plantada no início do período que
antecede as primeiras chuvas. A derrubada da mata e a queima são atividades exclusivamente
masculinas, enquanto o plantio, a capina e a colheita envolvem a participação de homens, mulheres e
crianças.
O principal produto cultivado pelos Jiahui é a mandioca, utilizada para a produção de farinha. A
farinha de mandioca ocupa posição central na dieta alimentar, sendo consumida o ano todo. Plantam
também banana, macaxeira, melancia, milho mole, feijão e abóbora. Em casos excepcionais, os Jiahui
comercializam seu excedente agrícola, mas em geral a produção é consumida na comunidade ou
trocada com os parentes vizinhos (Parintintin e Tenharim).
O comércio dá-se através dos produtos coletados, principalmente castanha e açaí, que são levados ao
município de Humaitá. Há também produção de artesanato, realizada principalmente pelas mulheres.
Muitos colares, anéis, pulseiras e cocares são comercializados em Humaitá e Porto Velho. O artesanato
possui também um forte caráter identitário, na medida em que os cocares são largamente utilizados
pelos homens em situações políticas como forma de ostentar a força da cultura indígena.
Festa Mboatava
A junção de todas as atividades econômicas Jiahui, assim como dos Kagwahiva em geral, dá-se através
de uma festa, central na cultura nativa. Todo ano, na época de início do plantio, os Kagwahiva
preparam uma grande festa denominada Mboatava, nome advindo da palavra castanha. O prato
principal servido no ritual é a carne de anta ou taiaho (queixada) cozida no leite de castanha.
Esta festa, cada vez mais, tem se tornado o pólo catalisador dos grupos falantes da mesma língua,
constituindo um referencial identitário e político para os Kagwahiva em geral. Nos últimos anos, o
ritual tem sido realizado nas aldeias Tenharim e, além de aglutinar todos os Kagwahiva, têm atraído
administradores regionais da Funai, missionários, representantes do poder público local e ONGs. Com
a constituição da aldeia Ju’i e com a definição dos limites territoriais, os Jiahui estão fortemente
propensos a realizar um Mboatava próprio. Segundo os jiahui Irá e Ñagwea’i, a festa realizada pelos
Jiahui era semelhante à realizada pelos Tenharim, mas tinha algumas particularidades.
Fontes de informação
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/parintintin
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https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tenharim
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http://pib.socioambiental.org/pt/c/politicas-indigenistas/orgao-indigenista-oficial/funai
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