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FINANÇAS NAS ORGANIZAÇOES

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DESCRIÇÃO
Conceito de finanças corporativas e alinhamento das principais áreas do setor financeiro dentro
das organizações. Definição dos tipos de receita e despesa e conceituação de risco e retorno.
PROPÓSITO
Definir os conceitos iniciais de finanças, isto é, as principais noções sobre receita, despesa e
finanças corporativas e como o estudo das finanças pode ser útil na vida de qualquer pessoa.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os principais tipos de receitas e despesas e a importância do fluxo de caixa
MÓDULO 2
Compreender o conceito de finanças corporativas e suas principais áreas em uma organização
MÓDULO 3
Compreender o conceito de investimentos e financiamento
MÓDULO 4
Descrever as noções de risco e o retorno em Finanças
INTRODUÇÃO
O físico Neil deGrasse Tyson tem um comentário muito interessante sobre Matemática. Ele diz
que:
Essa é a única matéria em que as pessoas se divertem ao falar que não entendem ou
não sabem quase nada. Sempre que alguém pergunta qual era a matéria mais difícil da
escola, nove entre dez pessoas respondem Matemática (e ainda soltam uma leve
gargalhada depois de responder).
 
Foto: Dominio Publico/Wikimedia commons/licença CC0 1.0
Apesar deste tema não ser de Matemática, nem ter nenhuma conta, ainda assim a palavra
finanças carrega o medo que a maioria das pessoas tem de Matemática e acaba criando uma
reputação ruim, o que é muito difícil de ser evitado. No entanto, veremos que estudar Finanças
é fácil e importante para todos, seja um administrador, seja um dentista, seja um professor, seja
um artista, seja uma dona de casa, pois todos nós devemos entender, pelo menos, o mínimo
sobre Finanças para administrarmos nossas contas de casa, decidir se vale a pena ou não
comprar algo ou onde investir nosso dinheiro.
Neste tema, apresentaremos importantes conceitos básicos em Finanças, que o ajudarão a
entender como aplicar o dinheiro para gerar mais riqueza (e, quem sabe, viver apenas de
renda no futuro).
MÓDULO 1
 Identificar os principais tipos de receitas e despesas e a importância do fluxo de
caixa
CONCEITOS E TIPOS DE RECEITAS
A receita pode ser definida como a entrada de dinheiro ou de crédito para alguém ou para a
organização. Dessa forma, podemos entender receita como o dinheiro que entra toda vez que
uma pessoa ou uma organização vende um produto ou presta algum serviço. Entenda na
prática com os exemplos a seguir:

VENDER UM PRODUTO
Quando uma padaria vende um pão, quando uma pessoa vende os bolos que fez, quando
recebe a oportunidade de comprar agora e pagar depois etc.

PRESTAR ALGUM SERVIÇO
Quando alguém ganha por maquiar uma noiva, quando um salão de beleza recebe o
pagamento de uma cliente, quando usa um serviço de aplicativo e só paga por ele na fatura do
cartão de crédito no final do mês etc.
Agora que entendemos o que é uma receita, é importante saber que ela pode ser caracterizada
de diferentes formas. Veja a seguir.
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA
RECEITA PRINCIPAL (PRIMÁRIA)
Essa forma de receita se refere ao dinheiro que uma organização recebe por sua atividade-fim.
Se perguntassem a você o que uma hamburgueria faz, muito provavelmente você responderia
algo como “vende hambúrguer”.
Então, podemos dizer que o dinheiro que entra da venda de hambúrgueres, batatas fritas e
refrigerantes é a receita principal ou primária de uma hamburgueria, pois essa é a sua
atividade-fim.
RECEITA SECUNDÁRIA
Podemos entender a receita secundária como um produto ou serviço que a organização vende
ou presta, mas que é diferente da receita principal.
Imagine que a venda de ração de cachorro é a atividade-fim de uma organização, com 90% de
sua receita. Como já aprendemos, a venda de ração de cachorro é a receita principal (ou
receita primária) da organização. No entanto, a organização imaginária também promove
exposição de cães de raça e ganha um dinheiro extra com a inscrição dos donos para esses
eventos. Sendo assim, 10% da receita da empresa correspondem à organização de eventos de
cães.
Então, o dinheiro proveniente desse negócio é chamado de receita secundária.
 ATENÇÃO
É importante, no entanto, não confundir receita primária com receita secundária por causa do
produto (ou serviço) que gera mais dinheiro para a empresa. Se uma empresa produz lápis e
canetas, mas ela é mais famosa por suas canetas, não significa que a receita pela venda de
canetas seja sua receita principal e a venda de lápis, sua receita secundária, pois a proposta
da empresa é vender os dois produtos, mesmo que um deles seja mais requisitado do que o
outro.
Então, o que diferencia receita primária da receita secundária?
É basicamente o produto ou serviço que a empresa busca realmente vender ou prestar (receita
principal) e o produto ou serviço que a empresa faz para “ganhar um extra”.
RECEITAS FINANCEIRAS
Agora que sabemos que existe receita principal e receita secundária, podemos entender o que
são receitas financeiras. Você concorda que, após a hamburgueria receber o dinheiro de um
mês inteiro pela venda de hambúrgueres (e pagar seus funcionários), ela fica com bastante
dinheiro em caixa?
Uma hamburgueria pode, com esse dinheiro, fazer várias coisas: comprar mais maquinário,
contratar mais funcionários e investir na bolsa de valores.
javascript:void(0)
Sim! Uma empresa de hambúrguer pode aplicar na bolsa de valores, emprestar para outras
empresas e até mesmo comprar ações. Assim, chamamos de receita financeira todo dinheiro
que entra na empresa proveniente de juros de receita financeira (a não ser que a empresa
do exemplo em questão seja um banco).
Para que não restem dúvidas, precisamos pensar que a atividade-fim varia de organização
para organização, ou seja, precisamos sempre analisar a atividade em si para entendermos a
aplicação desses conceitos.
CAIXA
É a denominação que usamos em finanças para o local em que são registrados os
valores de recursos imediatamente disponíveis para serem utilizados; é o dinheiro que
fica livre e disponível para a utilização que for necessária).
 EXEMPLO
Veja, por exemplo, uma situação que é similar em termos de negócios, mas o entendimento do
que é receita financeira pode ser bem diferente do que usamos no exemplo de uma empresa
que vende hambúrguer.
RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
Uma empresa, normalmente, tem alguns computadores, às vezes, um carro e, em raras
situações, um prédio. Todas essas coisas são usadas para que a empresa, por intermédio de
seus colaboradores, funcione.
No entanto, se a empresa decidir comprar computadores mais modernos e deixar de usar os
antigos, ou se a empresa decidir se mudar de uma cidade para outra e vender o prédio que
possui, o tipo de dinheiro gerado pela venda de algo que era usado pela empresa não se
enquadra em receita principal, nem em receita secundária, muito menos em receita financeira.
Então, como classificar essas receitas extraordinárias?
Para esse tipo de receita, foi criado, então, o conceito de receitas não operacionais.
CONCEITOS E TIPOS DE DESPESAS
Depois de conhecer as principais formas de receita, nada mais justo do que aprender os
principais tipos de despesa.
Quando usamos o termo despesa, principalmente no nosso cotidiano, acabamos utilizando-o
para todo tipo de gasto que é realizado; assim, de acordo com o conceito popular, despesa
consistiria em qualquer saída de dinheiro. É dessa forma que estamos acostumados a lidar
com esse termo no dia a dia.
Porém, quando aplicamos a palavra despesa nas organizações, em termos financeiros, ela
ainda representa uma saída de dinheiro da organização, mas há outros conceitos também
relacionados a gastos. Assim, o conceito de despesa nas organizações tem um entendimento
mais específico do que aquele que usamos.
Despesa é tudo o que se refere à saída de dinheiro da organização na compra de produtos ou
serviços que não estão diretamente ligados à produção do produto final.
 EXEMPLO
Um bom exemplo que podemos usar para entender essa definição é acompra de um ar-
condicionado. Em uma empresa de plásticos, é necessário que a temperatura seja de
exatamente 18ºC, caso contrário o plástico irá derreter ou congelar. A compra do ar-
condicionado não é uma despesa, mas um custo, pois, se não ocorrer, impactará no processo
de produção da empresa.
No entanto, caso o gerente tenha comprado o ar-condicionado para deixar o pessoal do
administrativo motivado para trabalhar mais, essa compra foi uma despesa.
Conseguem enxergar a diferença?
A satisfação dos colaboradores contribui para o funcionamento da empresa, mas não é
essencial no processo de produção do plástico. Por esse simples motivo, a compra deve ser
considerada uma despesa. Dessa forma, podemos dizer que custo é toda saída de dinheiro
referente à produção do bem ou à prestação de serviço.
Despesa, entretanto, é toda saída de dinheiro que não está diretamente ligada à produção do
bem ou à prestação de serviço.
PRINCIPAIS TIPOS DE DESPESAS
Assim como as receitas, as despesas também podem ser classificadas. Em alguns casos,
podemos fazer isso de maneira mais intuitiva, como nas organizações e em nossos controles
pessoais de gastos.
Para aglutinar tipos de despesas parecidos, podemos ter os seguintes exemplos:
 
Imagem: Shutterstock.com
Salários das áreas administrativas e comerciais.
FGTS, INSS e outras despesas relacionadas aos salários.
Gastos com telefonia, Internet, energia elétrica, água e demais contas de pagamento
mensal.
Comissões sobre as vendas realizadas.
Aluguéis de instalações (prédios, veículos, equipamentos, computadores e outros bens
móveis e imóveis).
Impostos, juros bancários, multas e taxas diversas.
Material de escritório.
Serviços e material de limpeza.
Passagens, gastos com transporte e alimentação em deslocamentos.
Há inúmeros tipos de despesas, dependendo do tipo de atividade da organização e da
complexidade dela.
Porém, percebam que ainda temos uma relação de tipos de despesa, e uma prática muito
comum é reunir esses tipos em agrupamentos mais abrangentes, como, por exemplo:

DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS: TODAS
AQUELAS NECESSÁRIAS AO FUNCIONAMENTO
ADMINISTRATIVO DA ORGANIZAÇÃO.

DESPESAS COMERCIAIS: TODAS AQUELAS QUE
RELACIONAMOS AO ESFORÇO DE VENDAS.

OUTRAS DESPESAS: TODAS AQUELAS QUE NÃO SE
ENQUADRAM NOS EXEMPLOS ANTERIORES.
Por fim, em relação ao entendimento de como classificar as despesas, ainda temos várias
situações na gestão contábil e financeira, em que classificamos as despesas em fixas e
variáveis.
As despesas fixas são aquelas que ocorrem todo mês, como, por exemplo, o aluguel de uma
instalação (sala, prédio, galpão etc.) e variam apenas em função de condições contratuais
(como no caso de um aluguel, que é reajustado anualmente).

As despesas variáveis podem ter valores diferentes de um mês para o outro em função de
situações relacionadas, como a variação de determinado gasto ou do próprio volume de
produção (ou prestação de serviços) da organização. Um exemplo é a comissão sobre vendas
realizadas. Se vendemos mais, essa despesa é maior; se vendemos menos, é menor.
 ATENÇÃO
Ainda existe a possibilidade de uma despesa ter um comportamento simultâneo, com despesas
fixas e variáveis; neste caso, ela é chamada de semivariável. Um exemplo simples é a conta de
energia elétrica. Mesmo que nosso gasto de energia no mês seja nulo, existe um valor mínimo
a ser pago mensalmente; porém, dependendo do consumo real de energia, esse gasto varia.
Assim, o gasto com energia elétrica é uma despesa variável.
GESTÃO DE RECEITAS E DESPESAS
Agora que está claro o que são receitas e despesas e suas classificações, vamos aprender um
pouco sobre sua gestão.
Imagine uma empresa que produz três tipos de chocolate que vendem bem (ao leite, com
nozes e branco). Essa empresa conta com aproximadamente cem funcionários e possui um
galpão alugado bem extenso.
Você concorda que o fluxo de dinheiro nessa empresa deve ser grande e constante?
Imagine que o dono dessa companhia não controla nenhuma das entradas e saídas de caixa, o
que significa que ela pode estar com um problema sério de fluxo de caixa.
Entenda, a seguir, o que é isso.
 
Imagem: Shutterstock.com
Fluxo de caixa é um controle utilizado para registrar todas as entradas e saídas de dinheiro da
empresa. Esse controle serve para que a empresa saiba, diariamente, se tem dinheiro em
caixa para pagar o salário de seus funcionários, os fornecedores, as contas de luz, água etc.
Quando uma empresa vende a prazo, isto é, entrega o produto hoje para receber o dinheiro no
mês seguinte, o controle de fluxo de caixa é muito importante. Por exemplo, quando acontece
uma venda de R$100 em mercadorias, o dinheiro só será recebido 30 dias depois. Enquanto
isso, a empresa precisa lidar, no mês atual, com diversos gastos. Se ela não souber
exatamente se pode ou não vender a prazo, poderá “meter os pés pelas mãos” e ficar devendo
a alguém.
Para entender melhor esse assunto, assista ao vídeo abaixo com o professor Matheus Moura,
que explica os assuntos já vistos neste módulo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DONA GISELE DECIDIU ABRIR UMA FÁBRICA DE BOLOS. DEPOIS DE
DOIS ANOS, A FÁBRICA CRESCEU E SE TORNOU A EMPRESA MAIS
COMENTADA DO BAIRRO. NO ENTANTO, ALÉM DO BOLO, TODOS
ADORAVAM A CALDA DE CHOCOLATE USADA NA PRODUÇÃO E
COMEÇARAM A PEDIR QUE A CALDA FOSSE VENDIDA
SEPARADAMENTE TAMBÉM. ENXERGANDO A OPORTUNIDADE, A
EMPRESÁRIA CONTINUOU COMERCIALIZANDO BOLOS (PRINCIPAL
NEGÓCIO DA EMPRESA) E PASSOU A VENDER CALDAS DE
CHOCOLATE (PARA GANHAR UM EXTRA). OS LUCROS DA VENDA DO
NOVO PRODUTO CORRESPONDEM A QUE TIPO DE RECEITA?
A) Receita financeira.
B) Receita secundária.
C) Receita não operacional.
D) Receita principal.
2. GABRIELA, EMPRESÁRIA DO RAMO DE MODA, PERCEBEU QUE,
EMBORA SEUS VESTIDOS VENDESSEM MUITO, NO FINAL DO MÊS, O
QUE SOBRAVA ENTRE A RECEITA QUE OBTINHA DA VENDA MENOS OS
SEUS GASTOS ERA POUCO. GABRIELA COMEÇOU A CLASSIFICAR OS
SEUS GASTOS E PERCEBEU QUE HAVIA ALGUMAS DESPESAS MUITO
ELEVADAS. ESPECIFICAMENTE, ELA FICOU ASSUSTADA COM O VALOR
DO ALUGUEL DA LOJA, ONDE A EXPOSIÇÃO DOS VESTIDOS E A
VENDA AO PÚBLICO OCORREM. ATÉ AQUELE MOMENTO, ELA NÃO
TINHA MUITO CONTROLE FINANCEIRO DE SUA EMPRESA (ELA ERA
UMA ESTILISTA, E NÃO APRENDEU SOBRE FINANÇAS NA FACULDADE)
E TINHA MEDO DE NÃO CONSEGUIR MANTER O EMPREENDIMENTO SE
CONTINUASSE GASTANDO MAIS DO QUE RECEBIA. 
AO ORGANIZAR OS TIPOS DE DESPESA DE SUA EMPRESA, GABRIELA
CLASSIFICOU O ALUGUEL QUE PAGA NA LOJA ONDE VENDE OS
VESTIDOS COMO:
A) Despesa principal.
B) Despesa secundária.
C) Despesa comercial.
D) Despesa variável.
GABARITO
1. Dona Gisele decidiu abrir uma fábrica de bolos. Depois de dois anos, a fábrica cresceu
e se tornou a empresa mais comentada do bairro. No entanto, além do bolo, todos
adoravam a calda de chocolate usada na produção e começaram a pedir que a calda
fosse vendida separadamente também. Enxergando a oportunidade, a empresária
continuou comercializando bolos (principal negócio da empresa) e passou a vender
caldas de chocolate (para ganhar um extra). Os lucros da venda do novo produto
correspondem a que tipo de receita?
A alternativa "B " está correta.
 
A receita secundária diz respeito a toda receita que provém de uma atividade econômica
constante, que não é a atividade-fim da organização. Dessa forma, como a atividade-fim da
empresa da dona Gisele era a fabricação e venda de bolos, a venda de caldas de chocolate
passou a ser um “extra” e, por isso, deve ser classificada como receita secundária, conforme a
alternativa B.
2. Gabriela, empresária do ramo de moda, percebeu que, embora seus vestidos
vendessem muito, no final do mês, o que sobrava entre a receita que obtinha da venda
menos os seus gastos era pouco. Gabriela começou a classificar os seus gastos e
percebeu que havia algumas despesas muito elevadas. Especificamente, ela ficou
assustada com o valor do aluguel da loja, onde a exposição dos vestidos e a venda ao
público ocorrem. Até aquelemomento, ela não tinha muito controle financeiro de sua
empresa (ela era uma estilista, e não aprendeu sobre finanças na faculdade) e tinha
medo de não conseguir manter o empreendimento se continuasse gastando mais do que
recebia. 
Ao organizar os tipos de despesa de sua empresa, Gabriela classificou o aluguel que
paga na loja onde vende os vestidos como:
A alternativa "C " está correta.
 
Em conceitos e tipos de despesas, há a discriminação de cada uma das despesas existentes.
A despesa comercial está diretamente ligada a tudo aquilo referente à venda de um produto ou
à prestação de um serviço. Como a empresa da Gabriela produz e vende vestidos, o aluguel
da loja onde ela expõe os vestidos para sua venda deveria ser classificado como despesa
comercial, já que não está diretamente ligado à produção dos vestidos.
MÓDULO 2
 Compreender o conceito de finanças corporativas e suas principais áreas em uma
organização
O QUE SÃO FINANÇAS CORPORATIVAS?
O professor Gitman, em seu livro Princípios de Administração Financeira, define finanças como
“a arte e a ciência de administrar dinheiro”. Dessa forma, podemos entender que as finanças
corporativas são a administração dos recursos financeiros (dinheiro) da empresa.
Sendo assim, atividades comuns em finanças corporativas são:

PAGAMENTO DO SALÁRIO DOS FUNCIONÁRIOS

COMPRA DE MATÉRIA-PRIMA

VENDA DE PRODUTOS

PAGAMENTO DE FORNECEDORES ETC.

Objetivos das finanças das organizações
Gerir as finanças nas organizações é um dos pilares de sustentação das empresas, pois,
assim, é possível controlar a entrada e saída de recursos financeiros, bem como se expandir
(interação das Finanças com outras áreas, como Estratégia e Marketing). Então, sempre que
pensar em finanças nas organizações, lembre-se das diversas áreas que servem para controlar
as atividades e dar apoio ao gestor na hora de tomar decisão.
PRINCIPAIS ÁREAS FINANCEIRAS
As principais áreas relacionadas às finanças nas empresas são:
 
Imagem: Shutterstock.com
CONTAS A PAGAR
Essa área é responsável por administrar todas as despesas da empresa e garantir que tudo
seja pago dentro do prazo, com o cuidado de saber se a empresa tem dinheiro em caixa para
fazer os pagamentos no dia estipulado.
 
Imagem: Shutterstock.com
CONTAS A RECEBER
Da mesma forma que o setor de contas a pagar é responsável pelo dinheiro que sai da
empresa, a área de contas a receber é responsável por controlar o dinheiro que entra. Sendo
assim, os funcionários da área de contas a receber têm a responsabilidade de verificar se
estão pagando no dia certo (se não, buscar entender o motivo), se o dinheiro está indo para a
conta correta, se tem dinheiro em caixa suficiente para o setor de contas a pagar usar, entre
outros.
 
Imagem: Shutterstock.com
TESOURARIA
Em algumas empresas menores, os setores de contas a pagar e de contas a receber ficam
dentro da Tesouraria. No entanto, quando a empresa é maior, com vários funcionários, o que
demanda muito esforço de todos para buscar a eficiência no trabalho, a Tesouraria se torna
uma área separada com a função específica de gerar relatórios financeiros para a tomada de
decisão estratégica pelos gestores.
Além disso, é essa área que cuida para que a empresa não perca dinheiro em situações
externas (como importações, que sofrem impacto das taxas cambiais). Sendo assim, a
Tesouraria, quando eficiente, evita que a empresa perca dinheiro, desperdice oportunidades
com relação ao dinheiro e fornece informação valiosa aos gestores, para que eles tomem
decisões rápidas.
 
Imagem: Shutterstock.com
CONTROLADORIA
Essa área é uma interseção entre a Contabilidade e a área de Finanças. Na Controladoria, os
contadores e administradores ficam responsáveis por cuidar do orçamento da empresa. Como
pode ser entendida como uma “evolução da Contabilidade”, ela é usada para controle
estratégico dos gestores na tomada de decisão. Isto é, quando você decide comprar uma
roupa nova no cartão, não pensa primeiro se vai ter dinheiro disponível para fazer a compra (ou
pelo menos deveria)? Da mesma forma, a Controladoria cuida para que a empresa não dê um
“passo maior do que a perna” e fique sem dinheiro para pagar suas dívidas futuras.
Para complementar esse assunto, assista ao vídeo com o professor Matheus Moura, que falará
sobre as finanças corporativas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DENTRE AS RESPOSTAS A SEGUIR, QUAL SE ASSEMELHA MAIS À
DEFINIÇÃO DE FINANÇAS CORPORATIVAS?
A) Desenvolver as melhores práticas de gestão administrativa nas diversas áreas da empresa,
dentre elas o setor financeiro.
B) Administrar o dinheiro que sai da empresa, mas o que entra é de responsabilidade do setor
de contas a receber.
C) Administrar todos os recursos da organização: matéria-prima, dinheiro, gastos e logística.
D) Administrar os recursos financeiros que a empresa detém.
2. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE AS ÁREAS DE CONTAS A RECEBER E
TESOURARIA?
A) Enquanto o setor de contas a receber se destina a cuidar das receitas da empresa, a
Tesouraria fica responsável por cuidar das entradas e saídas de recursos para emitir relatórios
gerenciais, que serão usados pelos gestores para a tomada de decisão.
B) Contas a receber é uma área responsável apenas pela entrada de dinheiro na empresa,
enquanto a Tesouraria é responsável pelo controle da saída desse dinheiro.
C) A Tesouraria é uma área estratégica, que busca a eficiência na aplicação dos recursos
financeiros, enquanto o setor de contas a receber cuida das entradas e saídas do dinheiro da
empresa.
D) Não existem grandes diferenças entre as duas áreas, pois ambas cuidam dos recursos
financeiros da empresa.
GABARITO
1. Dentre as respostas a seguir, qual se assemelha mais à definição de finanças
corporativas?
A alternativa "D " está correta.
 
Em “O que são finanças corporativas?”, as finanças corporativas são definidas como a
administração dos recursos financeiros (dinheiro) da empresa. Dentre as respostas
apresentadas na questão, a que mais se assemelha a essa definição é a letra D.
2. Qual é a diferença entre as áreas de contas a receber e Tesouraria?
A alternativa "A " está correta.
 
A área de contas a receber é responsável por controlar o dinheiro que entra, enquanto a
Tesouraria possui a função específica de gerar relatórios financeiros para a tomada de decisão
estratégica pelos gestores. Dentre as respostas apresentadas na questão, apenas a letra A
define de forma correta as duas áreas.
MÓDULO 3
 Compreender o conceito de investimentos e financiamento
NOÇÕES DE INVESTIMENTO
A noção de investimento começa a surgir quando a organização conta com um recurso que
não precisará ser gasto no processo produtivo nem para pagar despesas existentes.
A partir dessa definição, podemos fazer as seguintes perguntas:
Dessa forma, investimento pode ser definido como toda aplicação de dinheiro em algo que
gere mais dinheiro no futuro. Isto é, suponhamos que o país entre em uma crise e uma
empresa precise fechar as portas, fazendo com que cada funcionário receba 30 mil reais de
indenizações. Veja dois cenários, onde Maria e Ricardo tomaram a decisão de como investir
esse dinheiro:
CENÁRIO 1
 
Imagem: Shutterstock.com
MARIA DECIDE PEGAR SEUS 30 MIL.
 
Imagem: Shutterstock.com
TORNA-SE SÓCIA NA LOJA DE ROUPAS DA IRMÃ.
 
Imagem: Shutterstock.com
LÁ, ELA GANHARÁ, POR MÊS, MIL REAIS E PODERÁ
ARRANJAR OUTRO EMPREGO.
CENÁRIO 2
 
Imagem: Shutterstock.com
RICARDO, POR OUTRO LADO, ACREDITA QUE LOGO
SERÁ CONTRATADO POR OUTRA EMPRESA, POIS
POSSUI BOA FORMAÇÃO ACADÊMICA.
 
Imagem: Shutterstock.com
ASSIM, ELE DECIDE COMPRAR UM CARRO COM SUA
INDENIZAÇÃO.
 
Imagem: Shutterstock.com
CURTIRÁ O CARRO NOVO, ENQUANTO ESPERA SER
CONTRATADO POR OUTRA EMPRESA.
Não existe uma resposta certa ou errada para as decisões da Maria e do Ricardo. Cada um faz
o que achar melhor com o seu dinheiro.
No entanto, apenas um deles investiu. Você sabe dizer quem?
Quem respondeu Maria acertou,pois investimento é tudo aquilo que é feito para gerar
mais dinheiro no futuro (nem que seja um real a mais). Por outro lado, comprar um bem
(nesse caso, um carro) é apenas um gasto, pois esse patrimônio não vai se valorizar
com o tempo. Então, nunca caia na conversa fiada de amigos e familiares de que
comprar um carro é investimento, pois, a cada ano que passa, o valor do carro diminui, e
aqueles 30 mil do Ricardo logo serão 20 mil, 10 mil, e assim sucessivamente.
NOÇÕES DE FINANCIAMENTO
Você, provavelmente, conhece alguém que sempre compra no cartão de crédito e diz fazer isso
sem se preocupar, pois pagará suas dívidas em várias parcelas. Há também aqueles que
compram tudo à vista, para não pagar juros ou ter uma dívida “eterna”. Esse processo de
comprar em um momento e pagar depois é chamado de financiamento, e é muito comum entre
pessoas, empresas e até países.
Você sabia que um país pode comprar algo de outro país e pagar depois?
Em Finanças, é explicado que, muitas vezes, é mais vantajoso pagar por um produto ou
serviço depois, pois o dinheiro pode perder seu valor com o tempo. Não pretendemos ensinar
conceitos matemáticos, mas explicaremos, de maneira rápida e simples, porque isso acontece.
Existe algo na economia chamado inflação, que faz com que os preços dos produtos e
serviços aumentem.
 EXEMPLO
Por exemplo, se, nos anos 2000, você conseguia comprar um refrigerante por R$1, hoje, ele
custa, em média, R$2,50. Então, o mesmo R$1 que comprava uma bebida no passado não
compra nem meio refrigerante atualmente.
A inflação serve de argumento para quem prefere comprar tudo a prazo, pois, dessa forma,
conseguimos comprar mais quantidades hoje do que no futuro. Desse modo, empresas se
beneficiam comprando produtos a prazo e no maior número de parcelas possível, pois a área
de Tesouraria pode pegar o dinheiro que seria usado para pagar os produtos à vista e investir
em algo a curto prazo, gerando um pequeno lucro para a empresa.
Isso não é nenhuma sugestão para que todos passem a comprar a prazo!
 ATENÇÃO
É muito comum pessoas perderem o controle no cartão de crédito e, no final, sofrerem grandes
problemas financeiros. Caso decida comprar a prazo, faça contas antes de sair comprando, a
fim de saber se terá dinheiro para pagar a fatura do cartão de crédito no futuro!
Você conseguiu entender o que são investimentos e financiamentos?
Assista ao vídeo abaixo com o professor Matheus Moura, que explica e exemplifica melhor
esse assunto.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DENTRE AS OPÇÕES A SEGUIR, QUAL É A ÚNICA QUE NÃO SE
ENQUADRA COMO INVESTIMENTO?
A) Adquirir um maquinário que aumentará a produção e gerará maior lucro.
B) Comprar uma lancha para o gestor usar durante suas férias.
C) Aplicar em títulos do governo federal, que renderão juros.
D) Comprar uma obra de arte que pode triplicar de valor em cinco anos, conforme especialistas
da área sugerem.
2. QUAL É O PRINCIPAL MOTIVO QUE FAZ O FINANCIAMENTO SE
TORNAR VANTAJOSO?
A) O fato de o dinheiro perder seu valor com o tempo.
B) O fato de não precisar se preocupar com o desembolso de dinheiro no momento.
C) As vantagens tributárias que permitem amortizar o valor.
D) O fato de o risco diminuir com o recebimento das mercadorias agora.
GABARITO
1. Dentre as opções a seguir, qual é a única que não se enquadra como investimento?
A alternativa "B " está correta.
 
Conforme explicado em Noções de investimento, investimento é tudo aquilo que é feito para
gerar mais dinheiro no futuro. Dessa forma, todas as respostas apresentam alguma forma de
investimento, pois partem do pressuposto de que se ganhará mais dinheiro no futuro com o
desembolso de dinheiro hoje, com exceção da resposta B, que se refere exclusivamente à
compra de um bem de consumo que não tem a intenção de gerar mais riqueza no futuro.
2. Qual é o principal motivo que faz o financiamento se tornar vantajoso?
A alternativa "A " está correta.
 
Em Noções de financiamento, é explicado que, devido à inflação, os produtos que eram
comprados a R$1 no passado, atualmente custam mais. Dessa forma, o dinheiro perde seu
valor ao longo do tempo, pois deixa de comprar a mesma quantidade de produtos. Como a
alternativa A é a única que menciona o fato de o dinheiro perder seu valor ao longo do tempo,
ela é a resposta correta.
MÓDULO 4
 Descrever as noções de risco e o retorno em Finanças
NOÇÕES DE RISCO EM FINANÇAS
Nesta vida, temos apenas duas certezas: morreremos e pagaremos impostos (como diria um
contador de carteirinha). Então, estamos todos sempre passíveis a risco, isto é, alguma coisa
pode dar errado e jogar nossos planos para escanteio.
Risco financeiro é qualquer grau de incerteza que associamos às transações financeiras
e à utilização do dinheiro no tempo.
Sendo assim, entre vários riscos, há alguns que precisamos entender e aprender para evitá-
los. São eles:
RISCO FINANCEIRO
 
Risco operacional
Riscos de crédito
Riscos de liquidez
Riscos de mercado
Riscos legais
RISCO OPERACIONAL
Esse risco se refere ao fato de a empresa começar a dar prejuízo. Suponha que um
empresário tenha uma padaria e venda seus pães a R$0,10 cada. No entanto, como não
estudou esse conteúdo, ele não sabia que existe algo chamado fluxo de caixa e, por isso, não
se lembrou de controlar as entradas e saídas e verificar quanto custava produzir um pão. No
final de um ano, ele percebeu que cada pão custava R$0,15 para ser produzido, ou seja, ele
tinha prejuízo e precisava fechar a sua padaria. Dessa forma, risco operacional se refere ao
risco que qualquer empresa tem de seu negócio dar prejuízo, seja por vender mais barato do
que deveria, seja por não ter clientes suficientes.
RISCOS DE CRÉDITO
Riscos de crédito, como o nome diz, ocorrem quando um empreendedor ou seu cliente não
consegue pagar uma dívida e acaba pagando multa por isso. Se uma padaria comprar muita
matéria-prima para produzir pão a prazo e não conseguir vender sua produção, ela não terá
dinheiro para pagar a sua dívida. No final, a padaria terá de pagar multa, podendo até falir.
RISCOS DE LIQUIDEZ
Quando uma empresa não sabe se está recebendo mais do que gastando (mesmo que haja
garantias de receber mais dinheiro no futuro), existe a possibilidade de que a empresa não seja
líquida (não tenha dinheiro rapidamente) e, com isso, não possa pagar os gastos do momento,
como salários, fornecedores etc. Então, é preciso ter cuidado com a ideia de que receberá
muito mais dinheiro do que o gasto para produzir, pois, se a empresa receberá esse dinheiro
apenas no final do ano, é bom que separe uma boa reserva de dinheiro para pagar seus
funcionários até lá.
RISCOS DE MERCADO
Os riscos de mercado se relacionam à economia como um todo, embora não estejam
relacionados à influência de um empresário pequeno. Vamos supor que um empresário venda
celulares e compre as peças da China. Se o Brasil brigar com a China, pode ser que o preço
dos produtos chineses se torne bem mais caro e, com isso, será necessário aumentar o preço
do celular. Assim, é possível que seus clientes prefiram os celulares do concorrente, por serem
mais baratos. Dessa forma, risco de mercado é bastante perigoso, pois não depende muito da
sua boa gestão. No entanto, existem atitudes que um gestor pode tomar para não se prejudicar
com esses riscos, como ter vários fornecedores, uma boa quantidade de dinheiro em caixa etc.
RISCOS LEGAIS
Os riscos legais aparecem quando alguém é processado. Imagine que você tenha criado a
mais nova empresa de tecnologia, que você sabe que dará lucro na certa. Após dois meses
funcionando e ficando famoso, vem o “banho de água fria”, isto é, uma empresa está
processando você com a alegação de que está copiando suas ideias (em outras palavras, eles
chegaram primeiro). Por mais que eles estejam errados, você mereça ter aquela empresa ou,
até mesmo, que o juiz lhe dê razão, existe a chance de você constituir um advogado e até
mesmo parar de funcionar até o meritíssimochegar a uma conclusão.
Enquanto isso, você precisa pagar o salário dos funcionários, o aluguel da sua sala, entre
outras despesas. Por fim, você pode chegar à falência simplesmente porque alguém não
concordou com o seu negócio. Dessa forma, é preciso se preocupar com os riscos legais e
fazer tudo dentro da legalidade, se possível com a ajuda de um advogado experiente.
Além disso, é necessário entender que, quanto mais arriscado é um investimento, mais retorno
ele deve dar. Em outras palavras, você apostaria uma quantia grande de dinheiro no cavalo de
corrida que ficou em último colocado na corrida passada? Provavelmente, não, pois o risco de
perder é muito alto. Para que as pessoas se sintam mais atraídas a investirem nele, o prêmio
pago tem de ser mais alto também. O inverso acontece com o cavalo campeão da corrida
passada, que paga um prêmio mais baixo, já que ele tem grandes chances de ganhar.
NOÇÕES DE RETORNO EM FINANÇAS
RETORNO SIGNIFICA O QUANTO VOCÊ
GANHOU PELO DINHEIRO INVESTIDO.
 
Imagem: Shutterstock.com
Desse modo, se você depositou R$1.000 na poupança em dois de janeiro de 2018, você
obteve R$1.042,36 no último dia daquele ano, isto é, um retorno de R$42,36. Para muitos,
esse retorno não é muito alto, pois a taxa de juros é muito baixa, e o prazo investido é de um
ano. Além disso, a taxa de juros é altamente influenciada pelo risco. Então, como o risco de o
banco não pagar o investidor é muito baixo, ele dará uma taxa de juros muito baixa também.
Caso você consiga uma taxa de juros mais atraente (com um risco um pouco maior) e invista
por um prazo maior, você poderá obter um bom retorno.
Sendo assim, todas as pessoas que desejam trabalhar com finanças ou administrar suas
finanças pessoais devem estudar um pouco de Matemática Financeira, principalmente juros
compostos, para poder juntar uma riqueza para a aposentadoria.
 EXEMPLO
No livro de finanças pessoais Casais inteligentes enriquecem juntos, escrito por Gustavo
Cerbasi, ele demonstra que, com uma pequena aplicação mensal de R$100, pode se formar
um bom dinheiro a longo prazo, com uma taxa de juros de 1% ao mês.
Tabela 1: Tabela de rendimento de uma aplicação de R$100 mensais a juros de 1% ao mês
Meses de
aplicação
Anos
Total aplicado
por mês
Juros
recebidos
Saldo final
1
Primeiro
Ano
R$ 100,00 R$ 1,00 R$ 101,00
2
Primeiro
Ano
R$ 200,00 R$ 3,01 R$ 203,01
3
Primeiro
Ano
R$ 300,00 R$ 6,04 R$ 306,04
4
Primeiro
Ano
R$ 400,00 R$ 10,10 R$ 410,10
5
Primeiro
Ano
R$ 500,00 R$ 15,20 R$ 515,20
6
Primeiro
Ano
R$ 600,00 R$ 21,35 R$ 621,35
... ... ... ... ...
119 9 anos R$ 11.900.00
R$
11.003,87
R$
22.903,87
120 10 anos R$ 12.000,00
R$
11.233,91
R$
23.233,91
121 10 anos R$ 12.100,00
R$
11.467,25
R$
23.567,25
... ... ... ... ...
240 20 anos R$ 24.000,00
R$
75.914,79
R$
99.914,79
360 30 anos R$ 36.000,00
R$
316.991,38
R$
352.991,38
480 40 anos R$ 48.000,00
R$
1.140.242,02
R$
1.188.242,02
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Fonte: Gustavo Cerbasi, 2004.
Quando falamos de empresas, há diversas formas de medir o retorno financeiro, bem como
variados tipos de aplicações financeiras para ganhar um dinheiro extra (que seriam
classificadas como receita financeira).
Veja algumas a seguir:
Foto: Shutterstock.com
 
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POUPANÇA
Essa forma de investir o dinheiro é a mais conhecida entre os brasileiros. Nesse tipo de
investimento, o cliente coloca dinheiro no banco, e ele, mensalmente, renderá uma
porcentagem a juros compostos. Porém, essa porcentagem é bem baixinha. Então, não espere
ficar milionário com isso, a não ser que você espere algumas décadas e deposite mensalmente
uma boa quantia em dinheiro.
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CDB
O CDB é, basicamente, um empréstimo do cliente ao banco. Vamos dizer que você esteja com
dinheiro sobrando e queira emprestá-lo a alguém. Concorda que é muito difícil um banco
grande lhe dar um calote? Então, por que não emprestar para ele. No entanto, como o risco de
o banco não pagar você (dependendo do banco) é muito baixo, a taxa de juros cobrada
também é muito baixa.
Foto: Shutterstock.com
 
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TESOURO DIRETO (TAMBÉM CONHECIDO COMO
TÍTULOS PÚBLICOS)
Nesse tipo de investimento, você empresta dinheiro para o governo. Apesar de, no passado, o
governo já ter dado um calote nos cidadãos, o sistema financeiro e governamental evoluiu
muito, o que torna esse tipo de investimento muito atraente e com risco muito baixo. No
entanto, para investir nessa modalidade, é necessário saber que o dinheiro deve ficar
emprestado por bastante tempo.
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AÇÕES
Esse tipo de investimento é recomendado apenas para aqueles que estudaram sobre o
assunto e têm dinheiro que nunca fará falta, caso eles o percam. Como é possível que o preço
de uma ação varie muito, o investidor poderá perder muito dinheiro. No entanto, como existe
certo risco, o ganho costuma ser maior do que as outras oportunidades mencionadas acima.
Ressalto que, se você quiser investir em ações, é necessário estudar bastante sobre o tema.
Agora que entendemos os conceitos de riscos e retornos em Finanças, assista ao vídeo que
explica e exemplifica mais esse assunto.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUANDO UM EMPRESÁRIO VENDE A PRAZO E NÃO TEM OS DEVIDOS
CONTROLES, ELE PODE ACABAR RECEBENDO MENOS DINHEIRO DO
QUE PRECISA POR MÊS PARA QUITAR SEUS GASTOS MENSAIS. SENDO
ASSIM, QUE RISCO SERIA ESSE?
A) Risco operacional.
B) Risco de crédito.
C) Risco de mercado.
D) Risco de liquidez.
2. O CDB É UMA FORMA DE INVESTIMENTO MUITO FAMOSA. QUAL É A
MELHOR DEFINIÇÃO DE CDB?
A) O CDB é um papel que você recebe do banco, informando que você emprestou dinheiro e
que ele irá pagá-lo em determinado tempo acrescido de juros.
B) O CDB é uma forma de investimento em que você empresta dinheiro para empresas, e elas
irão pagá-lo em determinado tempo acrescido de juros.
C) O CBD é um título que você recebe por emprestar dinheiro para o governo, e ele irá pagá-lo
em determinado tempo acrescido de juros.
D) O CDB é um investimento bancário em que o banco pega o seu dinheiro na conta corrente e
o devolve quando você precisar dele, sem o acréscimo de juros.
GABARITO
1. Quando um empresário vende a prazo e não tem os devidos controles, ele pode
acabar recebendo menos dinheiro do que precisa por mês para quitar seus gastos
mensais. Sendo assim, que risco seria esse?
A alternativa "D " está correta.
 
No tópico Noções de risco em Finanças, são explicados os principais riscos que a empresa
pode enfrentar, como risco operacional, risco de crédito, risco de mercado e risco de liquidez. O
risco de liquidez ocorre quando uma empresa não possui dinheiro para pagar suas dívidas no
momento, mesmo quando possui a expectativa de receber mais dinheiro no futuro (como
ocorre na venda a crédito).
2. O CDB é uma forma de investimento muito famosa. Qual é a melhor definição de CDB?
A alternativa "A " está correta.
 
Em Noções de retorno em Finanças, são apresentadas diversas formas de investimento,
como o CDB. Conforme definido, CDB é quando uma pessoa ou organização empresta
dinheiro ao banco com o intuito de recebê-lo de volta no futuro acrescido de juros.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo deste tema, estudamos conceitos de Finanças corporativas e suas principais áreas.
Com isso, você se torna capacitado a entender e exercer diversas funções dentro da área
financeira, uma vez que conhece de forma abrangente as principais atribuições que cada área
exige.
Adicionalmente, explicamos alguns conceitos, como Receita e Despesa, Investimento e
Financiamento, além de Risco e Retorno.
Esses conhecimentos compreendem um vasto aprendizado, que é imprescindível para um
profissional que deseje ingressar na área financeira organizacional.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CERBASI, G. Casais inteligentes enriquecem juntos.1. ed. São Paulo: Sextante, 2004.
FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 3. ed. Rio de Janeiro: QualityMark,
1994.
GITMAN, L. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.
EXPLORE+
Caso tenha se interessado em aprender mais sobre o fluxo de caixa, recomendamos que
você invista em softwares de planilhas eletrônicas. Assim, você pode criar planilhas
gerenciais bem bonitas e práticas, que irão auxiliá-lo e ajudá-lo a saber se você tem
dinheiro ou não no momento.
Além disso, busque vídeos sobre fluxo de caixa, pois, assim, será possível ver, na prática,
como ele é feito.
Pesquise também a Calculadora do Cidadão, do Banco Central, para calcular a correção
pela caderneta de poupança facilmente.
Recomendamos também o livro Princípios de Administração Financeira, escrito pelo
professor Gitman.
CONTEUDISTA
Matheus Moura
 CURRÍCULO LATTES
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DESCRIÇÃO
O perfil do gestor em finanças, as funções desempenhadas e a atuação nas áreas de
Tesouraria, Contas a Pagar e a Receber e Controladoria.
PROPÓSITO
Descrever e analisar o perfil do gestor em finanças e sua atuação no mercado.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer as principais competências e responsabilidades do gestor em finanças
MÓDULO 2
Identificar as áreas de atuação do gestor em finanças
MÓDULO 1
 Reconhecer as principais competências e responsabilidades do gestor em finanças
Assista ao vídeo do professor Antônio Carlos Magalhães para iniciar nossos estudos:
UMA BREVE HISTÓRIA QUE ENSINA DUAS
IMPORTANTES CARACTERÍSTICAS DO
GESTOR EM FINANÇAS
 
Imagem: Shutterstock.com
“Na década de 1630, os visitantes das prósperas cidades comerciais da Holanda não puderam
deixar de notar que milhares de cidadãos holandeses, normalmente sóbrios e trabalhadores de
todas as esferas da vida, estavam envolvidos em um extraordinário frenesi de compra e venda.
O objetivo dessa especulação sem precedentes era a tulipa, uma importação oriental delicada
e exótica que enfeitiçara horticultores, nobres e proprietários de tabernas. Por quase um ano,
bulbos raros trocaram de mãos por somas incríveis e sempre crescentes, até que flores únicas
foram vendidas por mais do que o custo de uma casa. Os historiadores chamariam isso de
tulipomania. Foi o primeiro mercado futuro da história e, como tantos outros que se seguiram,
caiu espetacularmente, mergulhando especuladores e investidores em ruínas e desesperos
econômicos. (DASH, 2011)”
A história, anterior, conta a respeito de um fenômeno do passado chamado de tulipomania.
Basicamente, o que aconteceu foi que holandeses acreditavam que a tulipa, que vive em
média cinco dias, era muito especial e começaram a comprar mais a cada dia.
Com o tempo, essa flor começou a se tornar um símbolo de nobreza, e quem tivesse algumas
plantadas na frente de casa era considerado rico. No entanto, após uma alta demanda e
pequena oferta, o preço da tulipa ficou tão alto, que podia-se trocar uma pequena tulipa por
uma casa inteira.
 
Imagem: Shutterstock.com
Após um certo período de irracionalidade, os holandeses perceberam que essa flor não valia
tanto e pararam de comprá-la, o que fez seu preço despencar e levar à falência diversos
negócios e comerciantes que tinham construído sua fortuna com a venda dessa flor. Este fato
foi relevante na área de Finanças, demonstrando uma forte característica de especulação e a
formação de uma bolha no preço deste produto, no caso, a tulipa.
Por mais interessante e antiga que seja essa história, ela está longe de ser ultrapassada.
QUANTAS VEZES VEMOS NEGÓCIOS ABRIREM
E FAZEREM MUITO SUCESSO, SENDO QUE, DE
REPENTE, DESAPARECEM DO AMBIENTE
ECONÔMICO?
OLHANDO PARA O PRESENTE, TALVEZ
INVESTIR EM EMPRESAS COM PRODUTOS
NOVOS POSSA PARECER UM ÓTIMO NEGÓCIO,
NO ENTANTO, SERÁ QUE ELAS TERÃO UM
FUTURO PRÓSPERO E TE AJUDARÃO A
CONQUISTAR A SUA INDEPENDÊNCIA
FINANCEIRA?
Ninguém sabe o dia de amanhã, mas existem certos estudos que ajudam a definir se o futuro
de uma empresa é de lucro, prejuízo e até mesmo de falência. Para essas e outras análises, o
gestor em finanças entra em cena e ajuda o empresário a decidir através de uma avaliação
financeira se os resultados do negócio fazem sentido, se o futuro é provável de sucesso ou se
a compra de determinada ação vale a pena ou não.
Se você está lendo este material, significa que está interessado em entender mais sobre
as organizações e seus resultados financeiros e, melhor, aprender a ler esses números e
tomar decisões estratégicas que podem ser a diferença entre um futuro próspero ou
uma vida de decepções.
Esperamos que os ensinamentos aqui passados sejam de grande valor para todos e que você
possa entender como as finanças podem ser relevantes no seu cotidiano e na análise de suas
decisões.
CARACTERÍSTICAS E PERFIL DE UM
GESTOR EM FINANÇAS
Antes de começarmos a estudar que atividades um gestor em finanças exerce ou que tipo de
formação acadêmica as empresas buscam em um profissional dessa área, vamos entender
qual o perfil que as empresas buscam no gestor financeiro e quais as características que você
deveria ter ou desenvolver para se tornar um profissional melhor e mais capacitado.
É importante mencionar que, se você é uma pessoa que sempre teve dificuldade em
matemática, que não entende o porquê de se aprender determinados temas, ou que irá
ficar triste se não encontrar em si nenhuma das características listadas aqui, não há
nenhum problema!
Cada ser humano é diferente e a forma como processamos informação no nosso cérebro
é única. A história está cheia de CEOs de empresas famosas que nunca tiveram o perfil
que determinados profissionais de Recursos Humanos dizem ser indispensável.
CEOS
CEO (Chief Executive Officer) é um nome em inglês que significa presidente da empresa.
Sugerimos que você faça uma pesquisa a respeito de Jack Ma, sócio-fundador e CEO
das empresas Alibaba, empresa proprietária do AliExpress.
O QUE É O GESTOR EM FINANÇAS?
Agora que você compreendeu que nada do que será dito aqui irá ditar com 100% de certeza o
seu futuro, vamos entender mais sobre o gestor em finanças.
Segundo Dias (2020), o gestor financeiro é um cargo responsável pela administração das
finanças de uma empresa. É ele quem cria e controla o planejamento financeiro em todos os
níveis, sendo peça-chave no planejamento estratégico de uma organização.
O gestor em finanças, diferentemente de um simples analista, deve possuir, além de
conhecimentos técnicos avançados em finanças, características de liderança, pois ele é
responsável por uma equipe.
Sendo assim, é recomendado que, se você não for uma pessoa que se comunica bem,
que gosta de assumir responsabilidades e faz de tudo para entregar um trabalho de
qualidade dentro do prazo, reveja seus conceitos e trabalhe nesses pontos, pois essas
são características que praticamente toda função tem.
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Vale destacar que o conhecimento na área de Finanças também será importante na sua
educação financeira. A questão previdenciária (formação de recursos para você em longo
prazo) utiliza vários conceitos na área de Finanças.
Vejamos outras características importantes que um gestor em finanças deve possuir:
 
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CAPACIDADE ANALÍTICA
O gestor financeiro, como todos imaginam, precisa compreender os valores oriundos dos
negócios. Diferentemente do mito popular, um gestor financeiro não é aquela pessoa que sabe
resolver contas de cabeça, nem fazer cálculos sem precisar de um computador ou calculadora.
O gestor financeiro entende o que os números apresentados querem dizer em cada relatório.
Desse modo, é necessário que esse gestor saiba o que é o Resultado do Exercício, Fluxo de
Caixa, Receitas, Despesas e Custos, além de uma visão da economia, entre outras coisas,
para tomar a melhor decisão. Então, uma recomendação importante para todos que querem se
tornar bem-sucedidos nessa área: estudem bastante e façam questão de entender cada
detalhe sobre o assunto,pois isto fará toda a diferença no mercado de trabalho.
 
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LIDERANÇA
A liderança é uma competência de extrema necessidade nas empresas que poucos têm.
Conforme Melo (2013), a competência dos líderes mais citada como desejada pelos
executivos, por exemplo, foi a capacidade de desenvolver pessoas (88%). No entanto, apenas
31% deles admitem que suas equipes possuem esta habilidade. Sendo assim, a capacidade de
gerir pessoas é de extremo valor e poucos ainda a tem.
 
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FOCO NOS RESULTADOS
Se você fosse dono de uma empresa e contratasse um gerente para cuidar das coisas
enquanto você se dedicava a encontrar novos clientes, você não gostaria que esse gerente
fizesse de tudo para que a empresa produzisse mais e com menos custo? No entanto, a
maioria dos profissionais avaliam o trabalho como uma tarefa que “uma vez que termina, está
livre”, não se comprometendo para que a empresa alcance seus objetivos e tenha sucesso. Em
longo prazo, esse perfil apresenta grandes frutos. Portanto, ser um profissional movido pelos
resultados da empresa é muito importante.
 
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BOA COMUNICAÇÃO
Quem já tentou explicar sobre um determinado assunto e a outra pessoa não entendeu nada?
E pior, disse que entendeu e quando entregou o seu trabalho estava tudo diferente do que você
havia pedido? Esse tipo de situação ocorre com mais frequência do que se imagina e, na
maioria das vezes, é porque o gestor não soube explicar em detalhes o que precisava para seu
profissional. Por isso, é necessário que o gestor tenha uma boa comunicação e saiba articular
e explicar bem a sua ideia para que todos entendam e entreguem um trabalho de qualidade e
dentro do prazo.
 
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CONHECIMENTO TÉCNICO
Por fim, saber falar bem, motivar seus funcionários a trabalharem melhor e ter foco nos
resultados será relevante. Do que adianta saber vender uma ideia se não se souber como tirá-
la do papel? Por isso, estudar é a base de tudo, sendo importante que você tire o máximo de
proveito deste tema, pois entender o porquê de as coisas acontecerem e como resolvê-las é
um fator decisivo na hora de ser contratado.
RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES
O gestor financeiro é um profissional que possui diversas características que faz dele ou dela
um profissional de grande valor para a empresa. Um profissional que deseja apresentar
crescimento profissional na empresa, passando de estagiário a um gerente ou diretor, precisa
saber quais são as principais responsabilidades e atribuições que esse cargo exige.
 
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Gestão de equipe
 
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Buscar eficiência e eficácia na conclusão de tarefas
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Encontrar soluções
GESTÃO DE EQUIPE
Um gestor financeiro não é uma pessoa que fica atrás de um computador de forma
solitária (esse estereótipo já deixou de existir faz tempo). O gestor financeiro que as
organizações buscam é uma pessoa motivada que traz animação e empolgação todos os
dias para seus funcionários e ajuda na conclusão de tarefas. Sendo assim, saber lidar
com pessoas e liderá-las na direção da conclusão de tarefas e alcance de resultados é
muito importante.
BUSCAR EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NA
CONCLUSÃO DE TAREFAS
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Um gestor financeiro precisa encontrar a melhor maneira de se fazer algo com o mínimo
de esforço possível. Como Bill Gates disse uma vez, “Eu escolho uma pessoa preguiçosa
para fazer um trabalho duro, porque uma pessoa preguiçosa irá encontrar uma forma fácil
de fazer”. É claro que não estamos dizendo para ninguém ser preguiçoso, mas um gestor
em finanças tem a responsabilidade de sempre encontrar meios fáceis e corretos para se
chegar ao resultado.
ENCONTRAR SOLUÇÕES
É responsabilidade do gestor financeiro encontrar soluções onde ninguém vê. Um gestor
em finanças precisa conhecer todas as tarefas que seus funcionários fazem diariamente
para saber o que pedir, quando pedir e como resolver, se algum problema aparecer.
MULTIDISCIPLINARIDADE NA FORMAÇÃO
Os gestores em finanças normalmente são formados em Administração, Ciências Contábeis,
Economia, Engenharia e vários cursos tecnológicos na área de Gestão. Cada curso dá uma
visão diferente sobre finanças, mas de uma forma ou de outra, completam-se e trazem
conhecimentos importantes para um gestor nessa área.
ADMINISTRAÇÃO
O administrador dá direção e rumo às organizações, proporciona liderança às pessoas e
decide como os recursos organizacionais devem ser arranjados e aplicados para o alcance dos
objetivos da organização. Essas atividades se aplicam não somente ao presidente ou aos altos
executivos, mas também aos supervisores de primeira linha ou aos líderes de equipes. Em
outras palavras, segundo Chiavenato (2005), elas se aplicam ao administrador situado em
qualquer nível da organização.
Apesar de dar uma visão abrangente sobre as áreas da empresa, o administrador pode buscar
maior conhecimento na área de Finanças através de cursos ou até uma especialização, o que
está sendo cada vez mais requisitado pelas empresas.
ECONOMIA
Conforme Rossetti (2008), a economia é um estudo da humanidade nas atividades decorrentes
da vida. Examina a ação individual e social em seus aspectos mais estreitamente ligados à
obtenção e ao uso das condições materiais do bem-estar. Assim, de um lado é um estudo da
riqueza e, do outro, o estudo do homem. Pode-se entender que o profissional que se dedica à
área econômica desenvolve uma visão mais abrangente sobre o mercado, a sociedade e como
um interage com o outro. Seu objetivo é garantir a saúde financeira de uma indústria, órgão
público e até mesmo nações. Por isso, os economistas veem muito mais do que números,
estudando temas como Microeconomia, Macroeconomia, Econometria e a área de Finanças.
Para os economistas que decidam investir na área de Finanças, uma especialização na área,
na maioria das vezes, faz-se necessária, para que esse profissional saiba de forma mais
aprofundada a lidar com a dinâmica das organizações.
CONTABILIDADE
A contabilidade representa uma ferramenta administrativa que demonstra um diagnóstico das
situações econômicas e financeiras de todas as empresas. No Brasil, de acordo com Ávila
(2010), a contabilidade consiste em uma obrigatoriedade no mundo do trabalho, ou seja, todas
as entidades, sejam elas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, são obrigadas a
manter os registros de suas transações comerciais. Esses registros são processados pela
contabilidade.
A contabilidade é uma profissão que exige atenção e responsabilidade. O contador é
responsável por registrar toda as finanças da empresa em relatórios que serão usados pelos
gestores para tomada de decisão e partes externas para regulação. Para exercer suas
atividades, o contador precisa ter um diploma de graduação em Contabilidade reconhecido
pelo MEC e obter o registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Técnicos em
contabilidade também precisam obter o registro no CRC. Além disso, o contador igualmente
estuda algumas matérias dos cursos de Administração e Economia. No entanto, como seu
curso é focado em informações contábeis, este profissional tende a possuir conhecimentos
mais aprofundados quanto a determinados assuntos.
NÃO POSSUO NENHUMA DESSAS
FORMAÇÕES. E AGORA?
Se esse é o seu caso, não precisa se preocupar. As formações exibidas são algumas das mais
comuns, mas os profissionais de finanças podem ter diversas outras formações.
 IMPORTANTE
Uma alternativa para aprimorar os conhecimentos e disputar um cargo de gestor de
finanças é especializar-se na área.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAL DESSAS CARACTERÍSTICAS SÃO REQUISITADAS PELO
GESTOR EM FINANÇAS?
A) Capacidade analítica, liderança, conhecimentos de programação PHP.
B) Capacidade analítica, conhecimentos em línguas escandinavas, foco nos resultados.
C) Conhecimentos em línguas escandinavas, liderança,conhecimentos de programação PHP.
D) Capacidade analítica, liderança, foco nos resultados.
2. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES DE
UM GESTOR EM FINANÇAS?
A) Ser capaz de gerir pessoas, ser eficiente e eficaz e ser capaz de encontrar soluções
inéditas.
B) Ser capaz de gerir pessoas, ser eficiente e eficaz, ter noções de psicanálise.
C) Ser eficiente e eficaz, ter especialização em alguma área de Direito e ser capaz de
encontrar soluções.
D) Ser eficiente e eficaz, ser capaz de gerir pessoas e ter fluência em inglês e espanhol.
GABARITO
1. Qual dessas características são requisitadas pelo gestor em finanças?
A alternativa "D " está correta.
 
A capacidade analítica é a compreensão dos valores oriundos dos negócios, isto é, saber o
que os números apresentados num relatório significam. A liderança é a capacidade de gerir
pessoas. Ter foco nos resultados significa que o gestor em finanças deve comprometer-se para
que a empresa alcance seus objetivos com sucesso.
2. Quais são as principais responsabilidades e atribuições de um gestor em finanças?
A alternativa "A " está correta.
 
Ser capaz de gerir pessoas, e de desenvolver seu potencial, ser eficiente e eficaz, ou seja,
buscar eficiência e eficácia na conclusão de tarefas, encontrando a melhor maneira de se fazer
algo com o mínimo de esforço possível e ter a habilidade de encontrar soluções inéditas, isto é,
cenários que nenhum outro profissional enxergou, são as principais responsabilidades e
atribuições que um profissional de gestão em finanças precisa ter.
MÓDULO 2
 Identificar as áreas de atuação do gestor em finanças
Assista a mais este vídeo do professor Antônio Carlos Magalhães para dar continuidade a
nossos estudos:
NA ORGANIZAÇÃO
Os principais cargos que um gestor em finanças costuma ocupar são: gerente financeiro,
gerente de controladoria e gerente de contabilidade.
Vale destacar que muitos profissionais iniciam suas carreiras na área de Finanças como
analistas e depois progridem para as funções gerenciais. Cada área possui seus
conhecimentos próprios e responsabilidades que iremos discutir, a seguir, para os cargos
indicados.
GERENTE FINANCEIRO
O gerente financeiro é responsável por diversas áreas da empresa, tais como Contas a Pagar,
Contas a Receber e Tesouraria. Como ele lida com tantos departamentos, precisa ser um
profissional dinâmico e que entenda de cada uma dessas áreas em detalhe.
GERENTE DE CONTROLADORIA (OU CONTROLLER)
A controladoria pode ser entendida como uma evolução da contabilidade, pois ela pega os
dados fornecidos pela contabilidade e os transforma em relatórios gerenciais, além de cuidar
do orçamento da empresa (o quanto ela vai poder gastar no próximo período). Como essa área
conversa com a Contabilidade, o gerente de controladoria (também conhecido como controller)
precisa entender bastante sobre contabilidade. Os controllers costumam ser formados em
Administração ou Contabilidade e ter uma pós-graduação na área.
GERENTE DE CONTABILIDADE
O gerente de contabilidade é o responsável por pegar todas as compras e vendas da empresa
e consolidar em números que serão usados por toda a área financeira, além de ter que assinar
um relatório chamado Demonstração Financeira (apenas quando a empresa é grande). Como
ele é responsável por trazer os números financeiros para o público, ele é uma figura muito
importante na empresa. Para ser um gerente de contabilidade, normalmente é necessária a
formação em Ciências Contábeis.
NAS RELAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO COM
SEU AMBIENTE EXTERNO
A análise ambiental é algo necessário para o dono de uma empresa ou seus gestores tomarem
decisões quanto ao futuro. Desse modo, saber como seus funcionários estão produzindo, se
eles estão motivados, se o processo é eficiente, entre outros (ambiente interno); e como estão
seus concorrentes, se estes estão planejando alguma decisão que impactará a sua empresa,
se os seus fornecedores estão vendendo a um preço reduzido etc.
A análise de ambiente externo tem o objetivo principal de identificar oportunidades e ameaças
para a empresa. Assim, podemos classificar as oportunidades e as ameaças da seguinte
maneira:
 
Imagem: Shutterstock.com
Vejamos detalhes sobre cada um dos elementos:
OPORTUNIDADES
NATURAIS
As oportunidades naturais são aquelas que aparecem para a empresa decorrentes da
sua atividade-fim ou de recursos que ela já possui. Um exemplo seria começar a vender
a sobra de plástico não utilizado para uma empresa de reciclagem. Como isso é uma
maneira de ganhar dinheiro extra e não está definido como a atividade-fim da empresa,
é uma oportunidade natural. Cabe ao gestor de finanças observar se a empresa possui
oportunidades de ganhar mais dinheiro (ou deixar de perder) no que diz respeito ao uso
de dinheiro e informar ao administrador da empresa.
DE EVOLUÇÃO
As oportunidades de evolução surgem conforme a empresa vai funcionando e ganhando
formato. Por exemplo, vamos supor que uma empresa venda sorvetes e raspadinhas.
Ao longo dos anos, ela percebe que a raspadinha que ela produz e vende também é
muito usada no preparo de drinks chiques que são vendidos em hotéis e boates.
Enxergando essa oportunidade nova, ela, então, começa a produzir raspadinhas
voltadas para esses drinks. Como o gestor de finanças precisa estar sempre antenado
quanto às oportunidades que surgem, é preciso que ele enxergue essas oportunidades
de negócios quanto à administração do dinheiro da empresa e saiba investir melhor seus
recursos.
SINÉRGICAS
Esta expressão significa as oportunidades que surgem na empresa e a fazem criar uma
nova área somente para atender a esse novo produto ou serviço que ela decidiu prestar.
Um exemplo de oportunidade sinérgica foi a Lamborghini, que no começo de sua história
vendia tratores agrícolas, mas depois de uma resposta de ninguém menos que Enzo
Ferrari (criador da marca Ferrari), o Sr. Ferruccio Lamborghini decidiu criar uma divisão
de produção de carros esportivos. 
O gestor financeiro precisa ser uma pessoa rápida e dinâmica e enxergar no próprio
negócio as oportunidades futuras de se investir dinheiro em outros negócios que vão
gerar maior riqueza para sua empresa.
DE INOVAÇÃO
Essa oportunidade, normalmente, acontece devido a uma necessidade. Quando a
empresa está com resultados desfavoráveis por estar ultrapassada, ela precisa se
atualizar e se inovar para não falir. Como o gestor financeiro é o responsável pela saúde
financeira da empresa, esse profissional tem a responsabilidade de enxergar como a
empresa está caminhando e se ela precisa se inovar para não morrer no esquecimento.
 EXEMPLO
Para saber mais sobre o exemplo de oportunidade sinergética, leia o texto 
A história da Lamborghini.
AMEAÇAS

NATURAIS

ACEITÁVEIS

INACEITÁVEIS
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NATURAIS
As ameaças naturais são problemas que a empresa pode encontrar na sua linha de
negócio. Seja por ineficiência, seja porque o mercado não quer mais aquele produto
(alguém lembra do Frozen Yogurt e dos food trucks?). Por isso, o gestor financeiro
precisa analisar os números da empresa e enxergar se ela está sendo ineficiente ou se a
receita está diminuindo e entender o porquê das coisas. Depois disso, precisa informar ao
dono da empresa, que irá tomar uma decisão sobre como agir nesse caso.
ACEITÁVEIS
Existem ameaças que a empresa deve aceitar. Como diria algum sábio da História, “Não
é possível abraçar o mundo com as pernas”. Em outras palavras, por mais que a
empresa deva se preocupar com todas as ameaças, ela não vai conseguir se proteger
contra tudo e, por isso, deve focar no que acredita ser mais perigoso para seu futuro e
“jogar os outros riscos para escanteio”. O gestor financeiro, sabendo que é necessário
escolher bem suas batalhas, deve saber aonde colocar o dinheiro da empresa e com o
que não se preocupar.
INACEITÁVEIS
É com essas ameaças que o gestor financeiro devese preocupar e lutar para vencer.
Esse tipo de ameaça se refere a todos os riscos e problemas externos que a empresa
pode encontrar e que podem gerar sérios danos ao negócio. Dessa forma, é importante
que o gestor financeiro, com base nos números, saiba o que está acontecendo no cenário
externo e faça uso do dinheiro para vencer na batalha econômica.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. EXISTEM 3 PRINCIPAIS CARGOS QUE O GESTOR EM FINANÇAS
COSTUMA ASSUMIR: GERENTE FINANCEIRO, GERENTE DE
CONTABILIDADE E GERENTE DE CONTROLADORIA (CONTROLLER).
QUAL DAS RESPOSTAS ABAIXO SE REFERE ÀS FUNÇÕES QUE UM
CONTROLLER EXERCE?
A) Como a controladoria é uma área referente à Tesouraria, o controller tem a principal função
de cuidar dos investimentos feitos pela organização.
B) O controller, que sempre é um contador, fica responsável por supervisionar a contabilidade
e ser o chefe do contador sênior.
C) O controller é um profissional altamente capacitado que cuida tanto dos investimentos da
empresa quanto dos lançamentos contábeis.
D) Como a controladoria é uma área que conversa com a contabilidade, o controller tem como
principal responsabilidade montar relatórios gerenciais e cuidar do orçamento da empresa.
2. UM GESTOR EM FINANÇAS DEVE ESTAR ATENTO ÀS
OPORTUNIDADES E AMEAÇAS QUE PODEM OCORRER COM A
EMPRESA REFERENTES À ÁREA DE FINANÇAS. LEVANDO ESTA IDEIA
EM CONSIDERAÇÃO, QUAL DAS RESPOSTAS ABAIXO APRESENTA UMA
OPORTUNIDADE E UMA AMEAÇA, RESPECTIVAMENTE, QUE UM
GESTOR FINANCEIRO DEVERIA OBSERVAR E INFORMAR AO GESTOR
DA ORGANIZAÇÃO?
A) O gestor financeiro deveria observar a oportunidade sinérgica da empresa possuir muito
dinheiro em caixa sem uso e sugerir ao gestor que esse dinheiro seja gasto da forma que ele
bem entender, sem uma análise prévia adequada quanto às despesas futuras. Além disso, o
gestor financeiro deveria enxergar a ameaça inaceitável da empresa concorrente, que pode
colocar o futuro de seu negócio em risco, e sugerir ao gestor da empresa que faça uma oferta
para comprar a concorrente.
B) O gestor financeiro deveria observar a oportunidade de evolução pelo fato de a empresa
possuir muito dinheiro em caixa sem uso e sugerir ao gestor que tal dinheiro seja aplicado para
render juros e, com isso, aumentar a riqueza da empresa. Além disso, o gestor financeiro
deveria enxergar a ameaça aceitável de a empresa estar apresentando prejuízo nos últimos
cinco anos e recomendar ao gestor da organização que não se preocupe, apesar de ela não ter
mais recursos para sobreviver, caso uma ação imediata seja tomada.
C) O gestor financeiro deveria observar a oportunidade de evolução, pois a empresa possui
muito dinheiro em caixa sem uso e sugerir ao gestor da empresa que esse dinheiro seja
aplicado para render juros e, com isso, aumentar a riqueza da empresa. Além disso, o gestor
financeiro deveria enxergar a ameaça natural representada pelo fato de o mercado não estar
mais adquirindo o produto da empresa por causa de seu elevado preço e recomendar ao
gestor uma diminuição desse preço, de modo que ele se torne mais competitivo.
D) O gestor financeiro deveria observar a oportunidade de evolução sinalizada pelo fato de a
empresa possuir pouco dinheiro em caixa e sugerir ao seu gestor que este pegue um
empréstimo no banco a juros altos para que, em caso de incertezas, a empresa possua
bastante dinheiro disponível. Além disso, o gestor financeiro deveria enxergar a ameaça
inaceitável de diversos concorrentes estarem surgindo no mercado e, apesar de isso não ser
um risco em médio prazo, uma vez que a fatia de mercado de sua empresa esteja segura, ele
deveria sugerir igualmente ao gestor da empresa que este compre todos os seus concorrentes,
para que sua empresa seja a única no mercado a oferecer determinado produto, mesmo que
isso leve a empresa à falência.
GABARITO
1. Existem 3 principais cargos que o gestor em finanças costuma assumir: Gerente
financeiro, gerente de contabilidade e gerente de controladoria (controller). Qual das
respostas abaixo se refere às funções que um controller exerce?
A alternativa "D " está correta.
 
São discutidas no Módulo 2, em Gerente de controladoria (ou controller), as principais funções
que um controller exerce dentro das organizações. Conforme descrito, a área de Controladoria
conversa com a Contabilidade. Dessa forma, o gerente de controladoria (também conhecido
como controller) precisa entender bastante sobre contabilidade, pois ele pega os dados
fornecidos pela contabilidade e os transforma em relatórios gerenciais. Como a resposta d é a
única que descreve de forma correta as funções que um controller exerce dentro de empresas,
ela é a correta.
2. Um gestor em finanças deve estar atento às oportunidades e ameaças que podem
ocorrer com a empresa referentes à área de Finanças. Levando esta ideia em
consideração, qual das respostas abaixo apresenta uma oportunidade e uma ameaça,
respectivamente, que um gestor financeiro deveria observar e informar ao gestor da
organização?
A alternativa "C " está correta.
 
Existem diferentes tipos de oportunidades (naturais, de evolução, sinérgicas e de inovação) e
ameaças (naturais, aceitáveis e inaceitáveis). As oportunidades de evolução são aquelas que
surgem conforme a empresa vai funcionando e ganhando formato. No exemplo mostrado na
resposta c, a oportunidade é o fato de a empresa possuir dinheiro em caixa que não está
sendo usado. Esse dinheiro que, grosso modo, constitui uma sobra, vem a ser a oportunidade
ideal para que a empresa evolua, ou seja, amplie sua riqueza ao investir essa soma numa
aplicação financeira. A ameaça (do tipo natural) é representada no exemplo pelo produto da
empresa ter um preço elevado e não estar sendo comprado. O preço alto compromete a
competitividade no mercado e, por isso, deve ser recomendada ao gestor uma diminuição
desse preço.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme pôde ser visto ao longo desse tema, o gestor em finanças é um profissional com
ensino superior e fortes características, como capacidade analítica, liderança, foco nos
resultados, boa comunicação e conhecimento técnico.
Os principais cargos ocupados nas organizações pelo gestor financeiro são: gerente financeiro,
gerente contábil e controller, que se complementam a fim de gerir os recursos financeiros das
organizações, provendo suporte ao gestor da empresa. Para tal, o gestor financeiro lida
diariamente com oportunidades e ameaças e, ao lado do gestor da organização, provê de
conhecimento técnico para buscar eficácia na sua gestão.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ÁVILA, C. A. Contabilidade Básica. 1. ed. Curitiba: LT, 2010.
CHIAVENATO, I. Administração nos Novos Tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2005.
CHIAVENATO, I. Cartas a um Jovem Administrador: O Futuro Está na Administração.
1. ed. São Paulo: Campus, 2006.
DASH, M. The story of the world’s most coveted flower and the extraordinary
passions it aroused. 1. ed. UK: Hachette, 2011.
DIAS, Elisângela. Gestor financeiro. In: Dicionário Financeiro. Consultado em meio
eletrônico em: 3 abr. 2020.
FRANCO, Gustavo H. B. Cartas a um Jovem Economista: Conselhos para seus Planos
Econômicos. 1. ed. São Paulo: Campus, 2010.
GITMAN, L. Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.
MELO, Luísa. O que as empresas precisam e os chefes não têm. In: EXAME.
Consultado em meio eletrônico em: 5 abr. 2020.
MOTORCONSULT. Lamborghini‒ História. In: MotorConsult. Consultado em meio
eletrônico em: 5 abr. 2020.
NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade Básica. 16. ed. São
Paulo: Saraiva, 2013.
ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
EXPLORE+
Para aprender mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
Administração, CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. 2. ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Cartas a um Jovem
Administrador: O Futuro Está na Administração. São Paulo: Campus, 2006.
Contabilidade, VICECONTI,Paulo Eduardo V.; NEVES, Silvério das. Contabilidade
Básica. São Paulo: Saraiva, 2017.
Economia, FRANCO, Gustavo H. B. Cartas a um Jovem Economista: Conselhos para
seus Planos Econômicos. Rio de Janeiro: Campus, 2010.
CONTEUDISTA
Matheus Moura
 CURRÍCULO LATTES
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DEFINIÇÃO
Conceitos iniciais sobre planejamento e controle na área de Finanças dentro do meio empresarial.
PROPÓSITO
Compreender os conceitos básicos do planejamento financeiro de curto e longo prazo de uma empresa,
bem como a eficiência e a eficácia do controle interno na tomada de decisão da administração.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer o planejamento financeiro nos horizontes de curto e longo prazo
MÓDULO 2
Identificar as funções e as formas de organização da informação na área financeira
MÓDULO 3
Aplicar as ferramentas de controle financeiro para a tomada de decisão
INTRODUÇÃO
Controlar a execução do planejamento é uma função vital em uma empresa, pois ele ajuda a definir o
rumo tomado para uma meta preestabelecida que seja alcançada, enquanto o controle, por sua vez, a
ajuda a não se desviar dessa rota.
 
Foto: Shutterstock.com
Nosso conteúdo apresentará as diferentes funções dentro da área financeira e a atividade de cada uma,
pois tal área não pode ser considerada especializada, e sim generalista, já que trabalha com
informações de todas as outras áreas.
Portanto, nosso estudo revela-se uma jornada por meio do processo financeiro de uma empresa,
apresentando as funções, os planejamentos, os controles e as ferramentas necessárias para sua área
financeira sempre fornecer informações gerenciais precisas e relevantes a uma tomada de decisão.
 
O planejamento financeiro é tão importante que não se limita a questões econômicas. Como vemos
neste vídeo, assuntos ligados ao cotidiano também requerem uma conduta prudente em relação aos
gastos e à forma que eles podem ser pensados.
MÓDULO 1
 Reconhecer o planejamento financeiro nos horizontes de curto e longo prazo
PLANEJAMENTO FINANCEIRO: O QUE
PLANEJAR?
Para entendermos o planejamento financeiro no âmbito empresarial, é importante que antes
compreendamos o próprio conceito de planejamento. Segundo Sobral e Peci (2013), ele pode ser
definido como a:
 

FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO RESPONSÁVEL PELA
DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO E PELA
CONCEPÇÃO DE PLANOS QUE INTEGRAM E COORDENAM
SUAS ATIVIDADES.
(SOBRAL; PECI, 2013)
Planejamento, portanto, integra o que deve ser feito à maneira como isso pode ser realizado ou atingido.
Afinal, de que adianta planejar se depois não podemos checar o que foi planejado?
Essa checagem é chamada de controle. Ainda de acordo com Sobral e Peci (2013), ele pode ser
considerado a função da administração responsável pela geração de informações sobre a execução das
atividades a fim de garantir o cumprimento das metas planejadas, monitorando-as e corrigindo desvios
significativos.
EXEMPLO
Tracei como meta emagrecer dois quilos até dezembro deste ano (meta: objetivo + prazo). Farei isso por
meio de dieta e exercícios físicos, embora meu planejamento também inclua a forma como esse controle
será realizado: quantos minutos me exercito e quantas gramas perco por semana. Por fim, após o
planejamento, começarei a execução do plano e seu controle (monitoramento e correção caso seja
necessário). O planejamento do controle financeiro tem uma lógica semelhante.
O planejamento também é muito importante ao organizar a vida financeira, seja de uma pessoa física ou
jurídica.
 
AS METAS SÃO OS OBJETIVOS COM PRAZOS QUE SE DESEJA
ALCANÇAR, ENQUANTO A TÁTICA É A MANEIRA OU O CAMINHO
PARA QUE ELAS SEJAM ALCANÇADAS.
 
Veja o exemplo.
SE A META DE UMA EMPRESA É:
DOBRAR O VALOR DE SUA RECEITA EM DOIS ANOS, SUAS
TÁTICAS PODEM SER:
 
1. INVESTIR MAIS EM MARKETING
2. CONTRATAR MAIS FUNCIONÁRIOS PARA O
DEPARTAMENTO COMERCIAL
3. AUMENTAR A REDE DE DISTRIBUIÇÃO
4. INICIAR UMA NOVA LINHA DE PRODUÇÃO
Note que as táticas geram e consomem recursos da entidade. Dessa forma, elas:
 
Imagem: Shutterstock.com
Criam receitas 
(geram recursos)
 
Imagem: Shutterstock.com
Criam despesas 
(consomem recursos)
Se o planejamento não for bem feito, as despesas podem superar as receitas, não havendo, dessa
forma, lucro – e sim prejuízo.
Esta é a importância do planejamento:
Alcançar as metas por meio de maneiras eficazes (atingir o alvo) e eficientes (utilizando menos recursos,
como tempo, dinheiro, pessoas e materiais).
ALGUÉM AINDA PODE SE PERGUNTAR: “O QUE EU TENHO DE
PLANEJAR?”
 
A resposta é: tudo (ou o máximo possível) que puder. Quando desejar alcançar uma meta, você só será
capaz de verificar se conseguiu fazê-lo de forma eficiente se tiver planejado todos os passos
relacionados a ela.
Para entendermos isso melhor, imaginaremos a seguinte situação:
Você deseja dobrar sua receita, promovendo, como consequência disso, um aumento de 80% no valor
do gasto em marketing.
Como podemos verificar se esse aumento foi grande ou pequeno?
Não há como saber isso sem uma comparação. Se o planejamento incluía um aumento de:
50%
 
Imagem: Shutterstock.com
Então o gasto foi maior que o planejado – e o motivo disso deve ser verificado atentamente.
100%
 
Imagem: Shutterstock.com
Contudo, se esta era a porcentagem pretendida, o gasto foi menor que o esperado.
O planejamento deve ser feito usando números factíveis. Não adianta nada fazê-lo inflando os tetos
de despesas só para tornar mais fácil o seu alcance, pois isso, na verdade, atrapalha o processo de
planejamento. Entretanto, há itens cujo gasto de recursos no planejamento é maior que os ganhos a
serem obtidos.
EXEMPLO
Em uma grande empresa com receita anual de milhões de reais, o valor dos materiais de escritório é
irrelevante. Desse modo, todos os tipos de despesas pequenas sem muita relevância normalmente são
agrupados no subgrupo “Outras despesas”.
Obviamente, tudo precisa ser planejado. No entanto, a atenção, nesse processo, deve estar
concentrada nos itens maiores e mais relevantes. Isso não significa que os menores e menos relevantes
não devem ser planejados. Eles, na verdade, são juntados para não haver o desperdício de vários
recursos no planejamento de um valor muito pequeno.
TIPOS DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Falaremos agora sobre dois tipos de planejamento: o de curto prazo, que normalmente tem o período de
um ano, e o de longo prazo, que se estende por vários anos.
EXEMPLO
O Governo Federal deve respeitar a Lei Orçamentária Anual, que versa sobre um planejamento de curto
prazo. Já o Plano Plurianual aborda um de prazo mais longo (quatro anos). As empresas funcionam da
mesma forma.
Detalharemos a seguir as principais diferenças entre esses dois tipos de planejamento:
CURTO PRAZO
A principal ferramenta utilizada na área de Finanças para estruturar e materializar tal planejamento é:
 
Imagem: Shutterstock.com
Fazer a estimativa de receitas previstas para um período (o anual é rotineiramente utilizado para
períodos de curto prazo).
 
Imagem: Shutterstock.com
Estabelecer limites para as despesas que pretendemos realizar.
Para sabermos se as despesas fixadas são compatíveis com as receitas esperadas, fazemos uma
comparação entre ambas em períodos definidos ao longo do ano.
ATENÇÃO
Apesar de normalmente mensal, o período utilizado também pode ser quinzenal, semanal, bimestral ou
trimestral. Isso varia em cada tipo de organização.
O orçamento é uma ferramenta de confronto entre essas receitas e despesas.
Janeiro Fevereiro Março
Receitas R$500.000 R$400.000 R$450.000
A primeira linha se refere sempre à entrada de recursos, ou seja, tudo que possui relação com a
receita.
(-) Custo das mercadorias vendidas R$120.000 R$110.000 R$115.000
(-) Despesas administrativas R$80.000 R$80.000 R$80.000
Janeiro Fevereiro Março
(-) Despesas financeiras R$55.000 R$55.000 R$55.000
(-) Outras despesas R$25.000 R$25.000 R$25.000
(-) Impostos R$66.000 R$39.000 R$52.500
As outras linhas abordam as despesas

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