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AULAS 1 a 5 WORD - Finanças nas Organizações

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1 
 
DISCIPLINA: FINANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES 
TUTORA: ORNELLA PACIFICO - 2020.1 
 
 
 
 
AULA 01 – Gestão de Recursos Financeiros. 
 
Objetivos. 
Módulo 1 - Reconhecer as funções da moeda. 
Módulo 2 - Identificar formas de aplicação e captação de recursos. 
Módulo 3 - Distinguir gasto de investimento com base na definição de conceitos financeiros. 
 
 
Definição. 
Conceitos iniciais de gestão financeira – utilização de recursos financeiros para geração de riqueza. 
 
Propósito. 
Aprofundar o conhecimento em Finanças quanto à gestão dos recursos financeiros. 
 
TEMA: Introdução. 
 
A globalização permitiu que diversos conhecimentos pudessem ser compartilhados e práticas mais 
eficientes, implementadas por todos. Dessa forma, a inovação em diversos setores, principalmente na área 
financeira, tem sido constante, o que faz com que os profissionais desse setor busquem sempre se 
especializar. 
 
Neste estudo, veremos abordagens sobre os tópicos a seguir: 
 
1. Conceitos financeiros. 
Abordaremos os conhecimentos básicos necessários para o entendimento de conceitos mais complexos, 
requeridos para profissionais que desejem atuar no ramo de Finanças. 
 
2. Ativos financeiros, investimentos, alocação de recursos e captação de recursos. 
Todos que estudem de forma aprofundada os ensinamentos descritos aprenderão as características 
intrínsecas de cada um dos ativos financeiros, investimentos, alocação e formas de captar recursos 
financeiros. 
 
3. Conhecimentos financeiros. 
Abordaremos tópicos muito valiosos que o profissional financeiro deve dominar, pois são a base de todo 
conhecimento da gestão de recursos financeiros. Além disso, sugeriremos conhecimentos suplementares 
ao final do conteúdo para que o aprendizado seja completo. 
 
A ideia é que este material possa ajudá-lo em seu crescimento profissional, ressaltando a importância da 
contínua sede por sabedoria e a pesquisa de novas informações sobre o tópico Finanças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Tema: História da moeda. 
 
Na Idade Média, existiam, basicamente, três grandes classes: 
1. O Clero; 
2. A Nobreza; 
3. Os Servos; 
 
Nessa época, no entanto, não existia, ainda, a ideia de empresa ou de organização. 
 
Então, os servos, na maioria das vezes, eram cidadãos humildes que plantavam alimentos ou criavam 
animais e separavam parte do que produziam para alimentar o clero e a nobreza, que, em troca, permitiam 
que eles vivessem em suas terras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse cenário, surgiu um acontecimento importante: a melhoria nos meios de transporte! 
 
Com o passar do tempo e com a melhoria nos meios de transporte, que possibilitavam maiores viagens, as 
pessoas começaram a trocar alguns dos insumos produzidos com outros reinos. Essas trocas foram 
primordiais para a fundação das primeiras cidades, como as conhecemos hoje, e ajudaram no 
conhecimento e na expansão do mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esse processo de troca de mercadorias é conhecido como escambo. 
 
Incialmente, foi o principal meio de comercialização de mercadorias entre cidadãos, pois, até aquele 
momento, não havia um meio válido que fosse aceito por todos, como ocorre hoje com as cédulas e 
moedas. 
 
Para que você compreenda esse processo, analise a situação a seguir: 
Case 1. 
Enquanto o reino do Duque Zé conseguia produzir apenas batatas, o reino vizinho, do Conde Chico, tinha 
muito gado. Então, o Duque Zé dava alguns quilos de batata em troca de algumas cabeças de gado do 
Conde Chico. 
3 
 
Independentemente do tempo que se passe negociando termos, um lado sempre sairá com vantagem nas 
negociações que envolvem o escambo. 
 
Case 2. 
Vamos comparar o tempo gasto para cultivar batatas (por volta de 180 dias, dependendo do solo e do 
clima) e o tempo que leva a gestação de um bezerro (283 dias). Como é possível constatar, para se ter um 
bezerro, leva-se quase um ano, enquanto é possível produzir duas plantações de batata por ano. 
 
Por essa e outras complexidades, o escambo é um método falho de negociação, que logo foi substituído. 
 
Desse modo, a criação de uma moeda única, que fosse aceita por todos, era essencial. Diante da 
necessidade da compra e venda de produtos, antes usados apenas como subsistência (para consumo 
próprio), a moeda que hoje conhecemos surgiu como um instrumento para melhorar a eficiência e a 
eficácia das trocas de produtos e serviços. 
 
Ao longo dos anos, o Feudalismo deixou de existir, dando origem às nações com um poder centralizado e 
unificado. Dessa forma, o conceito de moeda foi expandido. 
 
Hoje, há diversas maneiras de trocar mercadorias com base em um equalizador financeiro aceito dentro do 
país, ou seja, uma moeda única em que todas as mercadorias ou serviços se baseiam. 
 
Hoje, há diversas maneiras de trocar mercadorias com base em um equalizador financeiro aceito dentro do 
país, ou seja, uma moeda única em que todas as mercadorias ou serviços se baseiam. 
No Brasil, essa moeda é o Real, e nos EUA, o Dólar. 
 
Além disso, com a chegada da internet, foi possível comprar e vender a partir de meios digitais que, 
instantaneamente, registram a entrada ou saída de dinheiro da conta, tornando todo o processo mais fácil, 
ágil, prático e seguro. 
 
Na prática. 
 
Observando os avanços históricos da moeda, apresentamos, a seguir, empresas que oferecem compra e 
venda a partir de meios digitais, registrando a entrada ou saída de dinheiro na conta de forma segura. Veja: 
 
1. Amazon. 
É uma empresa transnacional de tecnologia que foca em comércio electrónico, computação em nuvem, 
streaming digital e inteligência artificial. Fundada por Jeff Bezos em julho de 1994, tem sua sede localizada 
em Seattle, estado de Washington, nos EUA. 
2. Netshoes 
Maior site de lifestyle esportivo da América Latina. É guiada pela inovação e conectividade, por isso é 
referência em serviço, entrega e qualidade. A marca tem mais de 10 milhões de fãs nas redes sociais e é 
referência para o varejo digital há mais de 15 anos. 
3. AliExpress. 
É um serviço de varejo on-line fundado em 2010 e pertencente ao Alibaba Group. O AliExpress é diferente 
da Amazon, pois atua apenas como uma plataforma de e-commerce e não vende os produtos diretamente 
para os consumidores. 
4. Americanas.com; 
No final do ano de 1999, a empresa Lojas Americanas iniciou a venda de mercadorias através da Internet, 
criando a controlada indireta Americanas.com. 
 
 
 
 
4 
 
TEMA: Funções da moeda. 
 
Estamos acostumados a pensar no dinheiro como algo que serve, basicamente, para comprar Produtos: 
Bens e/ou Serviços. 
 
Produtos são Bens (físicos, podemos ver e tocar) e/ou Serviços (intangíveis, serviços prestados). 
1. Bens: Celular, Comida, Eletrodomésticos. 
2. Serviços: Cabelereiro, Pedreiro, Guia turístico. 
 
No entanto, a moeda possui três funções básicas: 
 
1. Instrumento de troca. 
Esta função define a moeda como um instrumento usado para facilitar uma transação entre duas ou mais 
pessoas. 
Dessa forma, quando pagamos um jantar no restaurante, quando vendemos um carro, recebemos dinheiro 
por prestarmos um serviço qualquer ou pagamos a um amigo por nos ajudar na mudança, estamos 
exercendo a função da moeda de instrumento de troca. 
Então, sempre que pensar em comprar ou vender algo, você desempenhará a moeda em sua função de 
troca. 
 
2. Denominador comum monetário. 
Esta função se baseia na ideia de que a moeda coloca todos os produtos ou serviços sob o mesmo 
denominador monetário. 
Caso você planeje viajar para o exterior, esta função também permite saber o preço de determinada 
mercadoria estrangeira em moeda nacional, mesmo que o preço original esteja em dólar, euro ou libra. 
Quando abordamos esta função da moeda, lembramos o problema que as pessoas tinham no passado, 
quando precisavam encontrar uma troca justa no escambo. 
Como saber se dez peixes que você demorou um dia inteiro para pescar eram suficientes para trocar por 
um litro de leite que outra pessoa demorou uma hora para ordenhar? 
Então, essa função proporciona uma maneira para que todos nós saibamosse determinado produto ou 
serviço está caro ou barato. Dessa forma, é muito importante entender que uma das funções da moeda é a 
de ser um denominador comum de valores. 
 
3. Reserva de valor. 
Suponha que você tenha 20 anos e deseje uma renda mensal de R$ 5.000,00 quando se aposentar aos 60 
anos. 
Existem diversas formas para alcançar essa renda. Você pode ter imóveis alugados e receber mensalmente 
esse valor de seus inquilinos. 
Outra forma seria deter uma grande quantidade de dinheiro aplicada em algum ativo financeiro que gere 
essa quantia por mês. No entanto, para conquistar essa renda, é necessário que você junte dinheiro ou 
receba uma herança. 
Nesses casos, o dinheiro possui uma nova função: a de reserva de valor, isto é, uma quantia que se manterá 
quase sempre com o mesmo valor para que você a utilize quando quiser. 
 
A partir da compreensão das principais funções da moeda, é possível tomar decisões mais esclarecidas a 
respeito da gestão de recursos financeiros, seja de forma pessoal ou profissional. 
Entender a função que a moeda assume em diferentes situações, tais como compra e venda de 
mercadorias, investimento financeiro e equivalência de mercadorias de países diferentes, é um ponto 
primordial na tomada de decisão estratégica de todo profissional da área financeira. 
 
Na prática. 
Ainda sobre a funcionalidade da moeda, apresentamos, a seguir, instituições que atuam com investimentos 
financeiros e equivalência de mercadorias em diferentes países. 
5 
 
1. XPI Investimentos. 
Por meio de assessoria, a XPI oferece auxílio aos clientes para tomarem as melhores decisões relacionadas 
ao seus investimentos, sempre de acordo com seus objetivos e seu perfil de investidores. 
 
2. Banco Central do Brasil. 
Apresenta dados de conversão de moedas. 
Efetua o cálculo, que tem caráter informativo, e não substitui as disposições da norma cambial brasileira 
para casos específicos de conversão. 
 
FIM DO MÓDULO 1. 
 
Verificando o Aprendizado. 
 
QUESTÃO 1. Antes de existir uma moeda na sociedade, as pessoas negociavam os seus produtos por 
meio do método conhecido como escambo, que se baseava na troca de mercadorias de forma direta. No 
entanto, ao longo dos anos, esse modelo de negociação foi substituído por outros mais eficientes e 
eficazes. 
Assinale a alternativa que possui uma crítica válida para a substituição do escambo. 
 
a) O escambo baseava-se na troca de mercadorias de forma indireta, como, por exemplo, um pão por 
moedas de prata ou ouro, que podiam comprar outras mercadorias. No entanto, como essas moedas não 
eram aceitas em todo os reinos, os mercadores acabavam ficando limitados aos locais onde tais moedas 
poderiam ser usadas. 
b) O escambo não se baseava na troca de mercadorias, mas em uma negociação de uso com prazo 
determinado. Por exemplo, o mercador A permitia que o mercador B colhesse frutas em seu pomar 
durante o ano, enquanto o mercador A extraía leite da vaca do mercador B. No final do ano, o mercador A 
devolvia a vaca, e o mercador B deixava de colher frutos do pomar do mercador A. No entanto, essa prática 
acabava sempre por apresentar problemas, caso a vaca morresse, o pomar fosse assolado pela peste ou o 
trato precisasse ser desfeito antes do período acordado. 
c) O escambo baseava-se na troca de mercadorias de forma direta e baseada no peso, como, por exemplo, 
cinco quilos de batata por cinco quilos de feijão. No entanto, como era possível comparar de forma justa o 
preço de uma cabeça de gado com outras mercadorias, esse modelo foi rapidamente descontinuado. 
d) O escambo baseava-se na troca de mercadorias de forma direta, como, por exemplo, um pão por um 
saco de arroz. No entanto, como esse modelo de negociação não se fundamentava em moeda única, 
acabou se tornando um modelo injusto, pois um dos lados sempre acabava levando vantagem na 
negociação. 
 
Parabéns! A alternativa D está correta. O escambo baseava-se na troca de mercadorias de forma direta, 
como, por exemplo, um pão por um saco de arroz. No entanto, como esse modelo de negociação não se 
fundamentava em moeda única, acabou se tornando um modelo injusto, pois um dos lados sempre 
acabava levando vantagem na negociação. 
 
 
Comentário. 
O escambo era um modelo de troca de mercadorias de forma direta, em que, sem muitas regras definidas, 
dois ou mais comerciantes decidiam o que acreditavam ser uma troca justa pelos produtos que possuíam. 
Dessa forma, era comum que algum comerciante terminasse a negociação se sentindo desfavorecido. Para 
encontrar um método mais justo, foi, então, desenvolvida a moeda, pois, por meio dela, era possível 
equiparar diversos produtos a uma única unidade. 
 
QUESTÃO 2. A moeda possui três funções: instrumento de troca, denominador comum de valores e 
reserva de valor. Assinale a alternativa que apresenta a principal diferença entre a função instrumento 
de troca e reserva de valor. 
6 
 
 
a) Reserva de valor refere-se à função que a moeda possui de comprar ou vender produtos ou serviços, 
enquanto instrumento de troca diz respeito à função que a moeda assume de ter seu valor igual, evitando 
que perca, drasticamente, seu poder de compra ao longo dos anos. 
 
b) Instrumento de troca diz respeito à utilização da moeda para compra ou venda de produtos ou 
serviços, enquanto reserva de valor refere-se à função que a moeda possui de ter seu valor igual, 
evitando que perca, drasticamente, seu poder de compra ao longo dos anos. 
 
c) Reserva de valor refere-se à função que a moeda possui de equiparar todos os produtos ou serviços a 
uma única unidade de valor, enquanto instrumento de troca diz a respeito à função que a moeda assume 
de ter seu valor igual, evitando que perca, drasticamente, seu poder de compra ao longo dos anos. 
 
d) Instrumento de troca diz respeito à utilização da moeda para compra ou venda de produtos ou serviços, 
enquanto reserva de valor refere-se à função que a moeda assume de manter produtos e serviços de 
diversos países em uma mesma unidade de valor. 
 
Parabéns! A alternativa B está correta. 
 
Módulo 2. 
- Identificar formas de aplicação e captação de recursos. 
 
Conceitos. 
Vamos aprender conceitos mais avançados da moeda, como os princípios de oferta e demanda, as formas 
de captação financeira e os benefícios de se captar recursos de terceiros, bem como utilizar os próprios 
recursos para financiar projetos. 
 
Com base nos conhecimentos adquiridos, será possível: 
1. Entender as principais formas de captação de recursos para projetos utilizadas por empresas e pessoas. 
2. Oferecer melhor suporte ao gestor, quando questionado sobre decisões estratégicas da organização 
dentro da alçada financeira. 
 
A origem do dinheiro 
 
Vamos supor que você queira comprar um carro de R$ 20.000, mas só tenha R$ 10.000 guardado. 
De que maneira você poderia comprá-lo? 
 
1. Empréstimo ou financiamento. 
Você pode buscar um empréstimo no banco de R$ 10.000,00. No entanto, dependendo da taxa de juros, 
você pagará quase o dobro ao banco, ou seja, o preço de outro carro. O financiamento é parecido com o 
empréstimo, mas é para uma finalidade específica. Num financiamento de carro, por exemplo, a taxa de 
juros é menor, mas o carro servirá de garantia: não pagou a prestação? Poderá perder o carro. 
 
2. Dinheiro guardado. 
Outra opção é você juntar dinheiro e guardar em casa. Este processo parece bom, mas, dependendo do 
quanto você pode juntar por mês e da taxa de juros, é possível que demore anos para comprar o tão 
sonhado automóvel. Você deixa de investir tal recurso em outro investimento (custos de oportunidade, 
pois poderia estar rendendo juros) e o dinheiro perde seu valor no decorrer do tempo (por causa da 
inflação). 
7 
 
3. Empréstimo com amigo. 
Outra opção seria você escolher um amigo em quem confie, que também disponha de R$ 10.000 e queira 
comprar um carro. A ideia é fazer um acordo com ele. Na primeira semana, você fica com o carro e, na 
outra, ele desfruta do automóvel. Assim, vocês podem dividir despesas comogasolina, revisão, IPVA etc. 
 
Após a análise deste exemplo, é possível entender que existem diversas formas de comprar um carro, uma 
casa e até mesmo montar uma empresa. Contudo, essas opções de financiamento são distintas. 
 
Veja, a seguir, as principais diferenças entre ganhar ou captar dinheiro. 
 
Aumento de recursos 
 
Quando falamos em aumento de recursos, estamos nos referindo a receber pagamento, seja pela venda de 
um produto que você produziu ou por um serviço que você prestou. 
Podemos “ganhar dinheiro” comprando canetas a R$ 1,00 e vendendo na rua a R$ 2,00, fazendo bolo e 
vendendo na porta de casa, vendendo o serviço de eletricista (apenas se você for qualificado para tal) etc. 
Aqui, estamos mostrando a ideia de lucro nas operações. 
 
Neste contexto, você já ouviu falar sobre os conceitos a seguir? 
 
Oferta X Demanda. 
 
Devido ao conceito de oferta e demanda, cada forma gera valores diferentes. 
 
1. Conforme afirmam Vasconcellos e Garcia (2008, p. 46), demanda pode ser definida como a quantidade 
de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período. 
2. Oferta, por sua vez, representa as quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em 
determinado período. 
 
Dessa forma, podemos entender que a oferta corresponde a todos os produtos ou serviços disponíveis para 
a venda, enquanto a demanda se refere a todas as pessoas com intenção de comprar esses produtos ou 
serviços. 
 
Atenção. 
Os princípios de oferta e demanda tendem a se igualar, pois uma empresa não produzirá mais do que 
consegue vender, assim como uma pessoa não comprará mais de um produto depois que comprou o 
suficiente e se sente satisfeita. 
 
No entanto, quando há mais produtos sendo ofertados do que demanda para eles, os preços tendem a 
cair. E quando há maior demanda do que produtos ofertados, os preços tendem a aumentar. 
 
Para que fique mais claro, basta entender o seguinte caso: 
 
Caso 1. 
Suponha que você é um empresário do ramo de refrigerantes. No mês de janeiro, dos 100 refrigerantes 
que você produziu, vendeu apenas 90. Como você sabe que, caso não os venda logo, estes estragarão (ou 
seja, você terá prejuízo), prefere vender os 10 refrigerantes que sobraram mais baratos. 
 
Da mesma forma, se dos 100 refrigerantes que você produziu no mês de janeiro, 150 pessoas quiserem 
comprar, você poderá aumentar o preço dos refrigerantes, pois há maior demanda do que refrigerantes 
ofertados. 
 
8 
 
Cabe a cada um analisar os pontos positivos de ser um empreendedor e montar seu negócio ou oferecer 
seus serviços técnicos avançados a uma empresa que lhe pagará o mesmo valor. No final, caberá a você 
tomar essa decisão por conta própria. 
 
TEMA: Captação de recursos. 
 
A captação de recursos financeiros é a forma por meio de terceiros ou dos próprios sócios (no caso da 
pessoa física, seus recursos) de conseguir recursos para seus negócios ou investimentos. 
Exemplo 
 
Suponha que, após ler esta explicação, você decida produzir bolos, e que os negócios tenham dado muito 
certo. Agora, você está recebendo mais pedidos do que é capaz de produzir. A única forma para atender 
todos esses pedidos é contratando funcionários, comprando um forno novo e se mudando para um galpão. 
 
Você, então, pesquisou e viu que, para fazer esse investimento, precisa de R$ 100.000,00, mas ainda não 
tem toda essa quantia. Isso significa que você precisa captar recursos. 
 
Veja, a seguir, algumas formas de captação: 
 
1. Investimento de família ou amigos. 
Nesta opção, será necessário preparar uma apresentação formal que deixe bem claro seu objetivo, aonde 
sua empresa vai chegar e quanto ela vai render. 
Tente vender a ideia para as pessoas que você conhece. Caso elas se interessem em investir na sua ideia, 
existem diversas formas de fazer um acordo. Seu familiar ou amigo podem ser seus sócios e ficar com uma 
porcentagem da empresa ou até mesmo lhe emprestar com o acréscimo de uma taxa de juros. 
 
2. Empréstimos em Banco. 
Caso a opção anterior não tenha dado certo, é possível ir aos bancos e solicitar um empréstimo. O banco 
analisará seu histórico financeiro e verá se você tem condições de pagá-lo. Se sua ideia der errado, o banco 
poderá cobrar uma taxa de juros mais elevada para compensar o risco. 
 
3. Crowdfunding. 
Esta é uma forma recente de captar dinheiro. Nesta modalidade, é necessário, novamente, preparar uma 
apresentação (em vídeo, texto etc.) e postar em sites de crowdfunding. Pessoas ao redor do mundo 
decidem, então, emprestar recursos para que você tire sua ideia do papel. 
 
4. Empresas de Investimentos ou investidores anjos. 
Nesta modalidade de captação, empresas ou pessoas qualificadas analisam sua ideia e decidem se 
investirão ou não nela. 
 
Na prática. 
A seguir apresentamos algumas empresas que trabalham com tipos de captação. Veja: 
 
1. kickante. 
A Kickante é a Plataforma de crowdfunding mais premiada do Brasil. 
Nesse espaço, várias pessoas se identificam com um projeto ou um sonho e resolvem apoiá-lo 
financeiramente para que se realize. Baseado na economia colaborativa, tem a premissa de que, juntos, 
todos podem conquistar seus objetivos. 
 
2. BNDES. 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um dos maiores bancos de 
desenvolvimento do mundo e, hoje, o principal instrumento do Governo Federal para o financiamento de 
longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira. 
9 
 
 
Para isso, apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas, na realização de seus planos 
de modernização, de expansão e na concretização de novos negócios, tendo sempre em vista o potencial 
de geração de empregos, renda e de inclusão social para o Brasil. 
 
3. Ágora Investimentos. 
Um Clube de Investimentos é formado por um grupo de pessoas que, geralmente, se conhecem e têm 
objetivos parecidos, que decidem investir juntas para otimizar tempo e custos, além de formar um capital 
maior, capaz de acessar melhores oportunidades. 
 
4. Shark Thank. 
Um dos exemplos deste tipo de investimento é o programa Shark Tank, no qual empreendedores mostram 
seus negócios ou ideias a uma banca de empreendedores ricos e inteligentes que decidem se vão investir 
neles. 
 
Uso próprio ou de terceiros. 
 
Existe uma grande diferença entre usar o próprio dinheiro ou pedir o dinheiro dos outros para investir em 
algo. 
Ao usar recursos próprios, você é o dono de tudo e quem toma a decisão sem a necessidade de consultar 
terceiros. Não é bom ser dono do próprio destino? 
 
Usar dinheiro próprio dá a você a liberdade para fazer o que quiser com ele, mas também o risco de ficar 
sem nada, caso o negócio não dê certo. 
A outra opção, por sua vez, obriga você a ouvir a opinião de terceiros, mas isso também serve como 
orientação para não cometer erros. 
 
Veja, a seguir, os principais prós e contras de usar recursos próprios e de terceiros: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA: Definição da política de pagamento. 
 
Caso você decida pegar um empréstimo no banco ou em outra entidade, é necessário entender as políticas 
de recebimento. 
Mas, afinal, o que são as políticas de pagamento? 
 
10 
 
As políticas de pagamento são normas que você se compromete a seguir quando aceita o dinheiro de 
terceiros. Entre essas normas, está a quantia que você vai devolver por mês. 
 
Como os economistas adoram dizer: “Não existe almoço grátis!”. Todo mundo quer receber o dinheiro que 
emprestou e, na maioria das vezes, com juros, isto é, um pouco mais do que emprestaram. 
 
A fim de não ter nenhuma surpresa no mês seguinte ao do recebimento do empréstimo, você precisa ler 
todos os detalhes do contrato, principalmente no que se refere: 
 
1. Taxa de juros. 
Se você emprestar dinheiro para alguém por um ano, concorda que, durante esse período, deixará de 
realizar outras atividades com esse dinheiro? Você poderia comprar aquele sapato novo, trocar de celular 
ou mesmo deixar o dinheiro rendendo na poupança, certo? 
 
Então, nada maisjusto que, após esse período, a pessoa lhe devolva seu dinheiro adicionado de um 
montante extra. Esse acréscimo é chamado de juros, e o número usado para o cálculo destes é a taxa de 
juros. Perceba que existe uma diferença entre os dois conceitos. 
 
Enquanto a taxa de juros é um percentual (0,5%, 1%, 10%) usado para calcular quanto o dinheiro vai 
render, os juros representam a diferença entre o dinheiro que você emprestou e o quanto ele rendeu. 
 
Para que fique mais claro, vamos analisar caso a seguir: 
 
Caso 1. 
Suponha que você empreste R$ 120,00 a um amigo e diga a ele que espera esse dinheiro de volta em um 
mês à taxa de 10% ao mês. Fazendo um cálculo (R$ 120,00 x 10%), sabemos que 10% de R$ 120,00 é R$ 
12,00. Assim, você emprestou R$ 120,00 e espera que seu amigo lhe devolva R$ 132,00 (R$ 120,00 + R$ 
12,00). Em outros termos, a taxa de juros foi de 10% ao mês, e os juros do período foram de R$ 12,00. 
 
Por meio de uma rápida análise, é possível identificar os bancos com melhores taxas e, com isso, assessorar 
o gestor da empresa sobre onde é mais vantajoso adquirir um empréstimo, por exemplo. 
 
2. Prazo de pagamento. 
O prazo de pagamento corresponde ao período estabelecido para a devolução do dinheiro à pessoa que lhe 
emprestou. 
Quando adquirimos um empréstimo, alguns termos são acordados, tais como taxa de juros, juros e prazo 
de pagamento. A taxa de juros e o prazo de pagamento influenciam diretamente no valor total que será 
pago no final do empréstimo. Por isso, é muito importante que você entenda esses conceitos quando optar 
por um empréstimo. 
 
A fim de que fique mais claro, veja a situação a seguir: 
 
Caso 1. 
Geraldo, um empresário do ramo têxtil, decidiu adquirir um empréstimo no banco para aumentar sua 
produção. No entanto, como ele precisava adquirir dinheiro rapidamente, não pesquisou quais bancos 
ofereciam as melhores condições, mas optou por pegar um empréstimo em um banco grande perto de sua 
empresa. 
 
Conforme podemos verificar, o prazo de pagamento é importantíssimo quando decidimos pegar um 
empréstimo, pois alguns meses de diferença podem acarretar uma grande soma de dinheiro. 
 
 
 
11 
 
3. Valor mensal. 
Por mais que o valor mensal que você pague seja calculado com base no valor que recebeu de empréstimo, 
na taxa de juros e no prazo de pagamento, ainda assim, é preciso confirmar o valor que você terá de pagar 
mensalmente (trimestralmente, semestralmente, anualmente etc.). Afinal, muitas vezes, nos atentamos 
apenas ao montante recebido, à taxa de juros e ao prazo de pagamento, mas esquecemos de verificar o 
valor que deve ser pago mensalmente. 
Caso não tenha certeza de que pode arcar com o valor mensal de um empréstimo, um empresário corre o 
risco de ir à falência, pois não tem como pagar todas as suas despesas mensais acrescidas à mensalidade do 
empréstimo. Dessa forma, a sugestão é que todos analisem o contrato com calma e vejam se este 
apresenta o valor que deve ser pago. Caso o valor não esteja lá, é necessário calculá-lo. 
 
Com base nos conhecimentos adquiridos até o momento, é possível tomar decisões mais seguras 
referentes a financiamento por base de empréstimos. Afinal, ao longo da carreira em Finanças, desafios 
referentes a tomadas de decisões estratégicas financeiras serão requeridos. O profissional que entende os 
principais conceitos sobre essa modalidade de financiamento destaca-se frente a outros que os 
desconhecem. 
 
FIM DO MÓDULO 2. 
 
Verificando o Aprendizado. 
 
QUESTÃO 1. Empreendedores precisam decidir se utilizarão recursos próprios de terceiros para financiar 
seus projetos. Assinale a alternativa que não demonstra uma vantagem e uma desvantagem do uso de 
recursos próprios: 
 
a) Liberdade para tomar qualquer decisão no que diz respeito à empresa e assumir o risco de falência 
sozinho. 
b) Não precisar pagar juros e não ter alguém para ajudar na melhor tomada de decisão para a empresa, o 
que pode ser compartilhado quando há vários sócios. 
c) Não precisar pagar juros e assumir o risco de falência sozinho. 
d) Liberdade para tomar qualquer decisão no que diz respeito à empresa e não precisar pagar juros. 
 
Parabéns! A alternativa D está correta. 
 
QUESTÃO 2. Quando escolhemos obter um empréstimo, diversos fatores podem influenciar no valor final 
que deverá ser pago. Qual dos fatores a seguir, com seu respectivo motivo, influencia no valor final a ser 
pago no empréstimo? 
 
a) Valor mensal, pois, quando pago pelo empréstimo, é usado para cálculo da taxa de juros, que, no final, 
resultará no total a ser pago ao banco. 
 
b) Prazo de pagamento, pois, conforme a variação, influencia no valor total a ser pago ao banco. 
 
c) Taxa de juros, pois pouco influencia no cálculo geral do empréstimo, constando no acordo apenas para 
fins regulatórios do Banco Central. 
 
d) Índice futuro, pois, baseado nos contratos de preços futuros, o valor final de um empréstimo varia, 
mesmo quando a taxa de juros definida é de 1% ao mês. 
 
Parabéns! A alternativa B está correta. Prazo de pagamento, pois, conforme a variação, influencia no valor 
total a ser pago ao banco 
 
Comentário. 
12 
 
Quando um empréstimo é feito, devemos averiguar três informações principais: taxa de juros, prazo de 
pagamento e valor mensal. No entanto, para fins de cálculo do valor final, apenas a taxa de juros e o prazo 
de pagamento são necessários. O motivo que faz a taxa de juros impactar no valor final a ser pago é o fato 
de ser usada em cima do montante, a fim de calcular os juros finais a serem pagos. Já o prazo de 
pagamento influencia no valor final a ser pago, pois, quanto mais tempo demoramos para finalizar o 
pagamento do empréstimo, maior fica o valor final total a ser pago. 
 
Módulo 3. 
- Distinguir gasto de investimento com base na definição de conceitos financeiros. 
 
Conceitos. 
 
Vamos conhecer as principais formas de investimento e seus conceitos básicos. Assim, como gestor de uma 
empresa, você será capaz de identificar as melhores opções de investimento. 
Decisão sobre o uso do dinheiro 
 
Para onde vai o dinheiro? Vamos analisar os cenários a seguir. 
 
1. Vamos supor que você receba R$ 10.000,00 e gaste tudo em doces e guloseimas que comerá ao longo do 
ano. 
Por mais delicioso que seja esse cenário, você estará apenas gastando esse dinheiro. 
 
2. Se você usar os mesmos R$ 10.000,00 na compra de doces e guloseimas que, depois, você usará para 
vender em uma loja a um preço maior do que pagou, 
isto é, com lucro, você estará investindo esse dinheiro. 
 
A partir desses dois cenários, é possível entender que o mesmo dinheiro pode ser usado para diferentes 
situações. Dependendo de como é aplicado, o dinheiro é classificado de formas diferentes. 
 
Decisão sobre gasto ou investimento. 
 
Gastar ou investir? 
 
Se você decidir usar seu dinheiro em restaurantes, por exemplo, você o estará gastando. Mas se decidir 
usá-lo para que gere mais dinheiro no futuro, estará investindo. 
 
Quando falamos em investir, no entanto, não estamos falando apenas de produzir algo ou comprar um 
produto e vendê-lo mais caro. Existem outras formas de investir dinheiro. Lembre-se: 
Investimento é tudo aquilo que você faz com seu dinheiro para aumentá-lo ao longo do tempo. 
 
Vejamos, a seguir, algumas formas de investir: 
 
1. Caderneta de Poupança. 
Esta forma de investir o dinheiro é a mais conhecida entre os brasileiros. 
Neste tipo de investimento, você coloca dinheiro no banco e este renderá, mensalmente, uma 
porcentagem a juros compostos. Contudo, essa porcentagem é pequena. 
 
 
 
13 
 
2. CDB. 
Esta forma de investimento bancário é basicamente um empréstimo para o banco. Vamos dizer que você 
esteja com dinheiro sobrando e queira emprestá-lo para alguém. Concorda que é muito difícil um banco 
grande lhe dar um calote? Então, por que não emprestar a ele? 
No entanto, como o risco de o banco não lhe pagar (dependendo do banco) é muito baixo, a taxa de juros 
cobrada é baixa. Afinal, na área de Finanças, o retorno é correlacionado aorisco. 
 
3. Tesouro Direto ou títulos públicos. 
O governo se financia por meio da arrecadação de impostos. No entanto, às vezes, ele também precisa de 
dinheiro emprestado para poder construir novas rodovias, hospitais, escolas etc. Para isso, bem como 
investir na melhoria de saúde e transportes, o governo precisa de empréstimos. Dessa forma, pessoas e 
empresas podem emprestar dinheiro ao governo por meio da compra de títulos públicos. 
Títulos públicos são papéis emitidos pelo governo e comprados por pessoas e empresas, sendo acordada a 
devolução do dinheiro em determinada data, acrescido de juros. Normalmente, o prazo de devolução do 
dinheiro acrescido de juros é longo. Por isso, é mais indicado para aqueles que não precisarão do dinheiro 
em curto prazo. 
 
4. Ações. 
Quando uma empresa atinge um tamanho relativamente considerável, seus sócios podem decidir pela 
abertura de seu capital, isto é, lançar ações na bolsa de valores. Esta operação faz com que as pessoas que 
comprarem as ações da empresa se tornem sócias dela e, com isso, possam receber dividendos ou obter 
lucro por meio da variação do preço da ação. Por exemplo, podemos comprar a ação a R$ 1,00 e vendê-la a 
R$ 2,00. 
 
No entanto, como o preço das ações das empresas pode variar muito por diversos motivos, este tipo de 
investimento apresenta um grande risco para aqueles que desejem se aventurar sem um profundo 
conhecimento técnico. 
Assim, por mais que apresente uma grande oportunidade de enriquecer, o investimento em ações deve ser 
feito apenas por aqueles que entendem do assunto e que não ficarão mais pobres caso percam parte do 
dinheiro investido. 
 
TEMA: Conceitos financeiros. 
 
Na prática, toda vez em que precisamos comprar determinado produto para produzir uma mercadoria, 
dizemos que estamos gastando dinheiro ou que isso é uma despesa, certo? 
 
No entanto, na Administração e na Contabilidade, existe uma grande diferença entre despesa e custo. 
 
1. Gasto. 
Toda saída de dinheiro da empresa. Independente do motivo da saída de dinheiro (seja para comprar uma 
máquina que produzirá mais pão para sua padaria, seja para aplicar na poupança), nós a chamamos de 
gasto. 
 
2. Custo. 
Toda saída de recursos financeiros que está diretamente ligada à produção de seu produto ou à prestação 
de serviço. Assim, em uma empresa que monta e vende celulares, o salário dos colaboradores que montam 
os aparelhos é um custo, pois, sem esses profissionais, não é possível produzir os celulares. 
 
3. Despesa. 
Toda saída de dinheiro que não está diretamente ligada à produção do bem ou à prestação de serviço. 
Seguindo o mesmo exemplo anterior da empresa de celulares, caso o gestor decida comprar ventiladores 
para tornar o trabalho de seus colaboradores mais eficiente, ele deve registrar essa compra como despesa, 
pois a aquisição de ventiladores não influencia na produção dos aparelhos. 
14 
 
 
Então, a compra de um ventilador para a empresa é uma despesa, pois não é essencial para a prestação de 
serviço do montador de celular. 
 
4. Perdas. 
Todo os processos de produção e prestação de serviços envolvem perdas. Imagine que a manicure, ao 
pintar uma unha sempre use a quantidade exata de esmalte em seu cliente sem nunca borrar ou se sujar. 
Isso é impossível! 
Uma boa manicure sabe que é sempre necessário passar um pouco mais de esmalte, esbarrando nas 
cutículas e até mesmo na pele (e, depois, limpar usando acetona). Esse esmalte que não foi usado pode ser 
considerado uma perda. 
O mesmo ocorre com a massa que sobra quando se vai fazer um pão ou qualquer outro produto. 
Então, quando um empreendedor for calcular seus custos e suas despesas, é necessário que ele tome 
cuidado para registrar também as perdas. Caso contrário, desperdiçará dinheiro. 
 
Tema: Políticas de recebimento. 
 
Agora que você conhece os conceitos de custos e despesas, e sabe que precisa contabilizar as perdas se 
decidir montar o próprio negócio, é preciso entender sobre as políticas de pagamento. 
 
Estamos acostumados a pensar em pagamento quando devemos a alguém (uma pessoa, um banco, o 
cartão de crédito ou uma loja). Mas esquecemos que, quando empreendemos, precisamos definir políticas 
de recebimentos para que os outros nos paguem. 
Você concorda que, às vezes, bate aquela vontade de comer um doce, mas, nem sempre, temos dinheiro 
para pagar por ele? 
 
Quando conhecemos o dono da lojinha de guloseimas, é muito comum que ele nos deixe pegar o doce hoje 
e só pagar depois. É justamente isso que entendemos como política de recebimento, também muito 
comum nos cartões de crédito. 
 
Precisamos ter muito cuidado com isso, pois, se não tivermos controle e organização sobre quando 
vendemos e recebemos, poderemos ter um problema sério no Fluxo de Caixa. 
 
Veja algumas dicas de como ter um bom controle de Fluxo de Caixa e definir suas políticas de recebimento: 
 
1. Explicar suas normas aos clientes. 
Caso você aceite receber o dinheiro depois da venda, é importante que deixe bem claro quando espera 
receber o dinheiro de volta e se cobrará juros sobre esse dinheiro. Uma boa conversa resolve muitos 
problemas no futuro! 
 
2. Fazer contrato. 
Quando o valor da venda for muito alto e o prejuízo por não recebimento, muito grande, será importante 
fazer um contrato formal assinado por um advogado e registrado em cartório, para que, caso seu cliente 
não lhe pague, você possa acionar a Justiça. 
 
Aqui, aprendemos conceitos como gasto, despesa e custo. Além disso, discutimos sobre a tomada de 
decisão entre gastar ou investir, as principais formas de investimento e a política de recebimento. 
 
A partir desse conhecimento, é possível tomar melhores decisões estratégicas e ser mais eficiente quanto à 
aplicação de recursos financeiros. 
 
 
 
15 
 
Conclusão. 
 
Neste tema, você adquiriu os conhecimentos necessários a um profissional de Finanças e aprendeu a 
realizar corretamente a gestão de recursos financeiros. 
 
Além disso, compreendeu as noções básicas sobre investimentos e política de recebimento, bem como a 
diferença entre gastos, despesas e custos. 
 
Fim do módulo 3. 
Verificando o Aprendizado. 
 
Questão 1. Existem muitas dúvidas quanto à diferença entre gasto, custo e despesa. Enquanto gasto se 
refere a toda a saída de recursos financeiros da organização, custo se refere à saída de dinheiro 
diretamente ligada à produção do produto ou prestação de serviço. Por fim, despesa é toda saída 
financeira que não está diretamente ligada à produção do produto ou prestação de serviço. 
Assinale a alternativa que classifica, de maneira correta, cada uma das situações. 
 
a) Em uma empresa de bijuterias, devemos classificar como custo a compra de mesas que serão usadas 
na montagem das joias, como despesa a compra de um carro de entrega, e como gasto todo o dinheiro 
que saiu da empresa (custo ou despesa). 
 
b) Em uma empresa de ração de cães, devemos classificar como custo a compra de um ar-condicionado 
para refrescar os funcionários do administrativo, como despesa a compra do maquinário usado para a 
produção da ração, e como gasto apenas os custos que a empresa teve ao longo do período. 
 
c) Em uma empresa de vestidos, devemos classificar como despesa a compra de tecido que será usado na 
produção dos vestidos, como custo o salário dos alfaiates, e como gasto o desembolso de dinheiro 
relacionado apenas às despesas que a empresa teve ao longo do período. 
 
d) Em uma empresa de computador, devemos classificar como custo a compra de peças que serão usadas 
para montar cada computador, como despesa o salário dos montadores de computador, e como gastos 
todos aqueles que a empresa teve ao longo do período. 
 
Parabéns. Resposta correta letra A. 
 
Questão 2. O entendimento correto de política de recebimento é muito importante para que o gestor 
financeiro possa saber quando e como receberá pelos produtos vendidos ou pelos serviços prestados. Em 
caso específico, é altamente recomendado que seja feito um contrato de pagamento. 
 
Assinale a alternativaque explica corretamente o motivo de fazer um contrato de pagamento. 
 
a) Quando a empresa faz negócio com um familiar do sócio, pois sempre que há família envolvida nos 
negócios, existe uma grande chance de tal familiar não pagar, e a empresa precisa assumir o prejuízo, sem 
acarretar falência. 
 
b) Quando a venda é feita a prazo, pois vendas a prazo não são muito arriscadas, e, com isso, a empresa 
pode se sentir confortável em vender independente de quem seja o comprador. 
 
c) O contrato de venda ou prestação de serviço é apenas uma formalidade que pouco influencia no 
recebimento, pois, devido a uma justiça lenta e pouco eficiente, o gestor da empresa sempre precisará 
arcar com o prejuízo, caso o comprador não o pague. 
 
16 
 
d) Quando o valor da venda de um produto ou prestação de serviço é muito alto, pois, caso haja não 
pagamento ou atraso no pagamento, a empresa que vendeu o produto ou prestou o serviço pode ir à 
falência. Por meio do contrato, o vendedor pode procurar meios legais de reaver seu dinheiro e não ir à 
falência. 
 
Parabéns! A alternativa D está correta. 
 
Comentário. 
A política de recebimento é importante para que o gestor da empresa não corra o risco de não receber e, 
com isso, venha a falir. Disto resulta a relevância do contrato: quando o valor de venda é alto, há risco de 
falência em caso de falta de pagamento, e o contrato garante que isso não aconteça. 
 
Referências 
ASSAF NETO, A. Matemática financeira e suas aplicações. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
CERBASI, G. Cartas a um jovem investidor: enriquecer é uma questão de escolha. 4. ed. São 
Paulo: Elsevier, 2008. 
CERBASI, G. Casais inteligentes enriquecem juntos. 3. ed. São Paulo: Sextante, 2014. 
FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 22. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 
2020. 
KIYOSAKI, R. Independência financeira: o guia para a sua libertação. 1. ed. São Paulo: Alta 
Books, 2017. 
KIYOSAKI, R.; LECHTER, S. Pai rico, pai pobre. 20. ed. São Paulo: Alta Books, 2018. 
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. 22. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. 
PASSOS, C.; NOGAMI, O. Princípios de economia. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015. 
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 3. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2008. 
 
Explore+ 
 Para saber como começar a construir uma poupança e alcançar a independência financeira, 
pesquise na internet e assista ao vídeo: GUIA BEM BÁSICO para começar a investir com POUCO 
DINHEIRO! Saiba tudo em 10 minutos. Canal Me Poupe! Publicado em: 8 ago. 2019. 
 
 Entre no site da Casa da Moeda do Brasil e leia o texto Origem do Dinheiro. 
 
 Entre no site do Banco Central do Brasil e leia o texto Origem e Evolução do Dinheiro. 
 
 Assista aos vídeos do canal Finanças 101, que traduz os conceitos de finanças para profissionais 
que não são da área. 
1 
 
DISCIPLINA: FINANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES 
TUTORA: ORNELLA PACIFICO - 2020.1 
 
 
 
 
AULA 02 – Conceitos Básicos de Finanças. 
 
Objetivos. 
Módulo 1 - Identificar os principais tipos de receitas e despesas e a importância do fluxo de caixa. 
Módulo 2 - Compreender o conceito de finanças corporativas e suas principais áreas em uma organização. 
Módulo 3 - Compreender o conceito de investimentos e financiamento. 
Módulo 4 - Descrever as noções de risco e o retorno em Finanças. 
 
Definição. 
Conceito de finanças corporativas e alinhamento das principais áreas do setor financeiro dentro das 
organizações. Definição dos tipos de receita e despesa e conceituação de risco e retorno. 
 
Propósito. 
Definir os conceitos iniciais de finanças, isto é, as principais noções sobre receita, despesa e finanças 
corporativas e como o estudo das finanças pode ser útil na vida de qualquer pessoa. 
 
TEMA: Apresentação. 
 
O físico Neil deGrasse Tyson tem um comentário muito interessante sobre Matemática. Ele diz que: 
 
“Essa é a única matéria em que as pessoas se divertem ao falar que não entendem ou não sabem quase 
nada. Sempre que alguém pergunta qual era a matéria mais difícil da escola, nove entre dez pessoas 
respondem Matemática (e ainda soltam uma leve gargalhada depois de responder)”. 
 
Apesar deste tema não ser de Matemática, nem ter nenhuma conta, ainda assim a palavra finanças carrega 
o medo que a maioria das pessoas tem de Matemática e acaba criando uma reputação ruim, o que é muito 
difícil de ser evitado. No entanto, veremos que estudar Finanças é fácil e importante para todos, seja um 
administrador, seja um dentista, seja um professor, seja um artista, seja uma dona de casa, pois todos nós 
devemos entender, pelo menos, o mínimo sobre Finanças para administrarmos nossas contas de casa, 
decidir se vale a pena ou não comprar algo ou onde investir nosso dinheiro. 
 
Neste tema, apresentaremos importantes conceitos básicos em Finanças, que o ajudarão a entender como 
aplicar o dinheiro para gerar mais riqueza (e, quem sabe, viver apenas de renda no futuro). 
 
TEMA: Conceitos e tipos de receitas. 
 
A receita pode ser definida como a entrada de dinheiro ou de crédito para alguém ou para a organização. 
Dessa forma, podemos entender receita como o dinheiro que entra toda vez que uma pessoa ou uma 
organização vende um produto ou presta algum serviço. Entenda na prática com os exemplos a seguir: 
 
1. VENDER UM PRODUTO. 
Quando uma padaria vende um pão, quando uma pessoa vende os bolos que fez, quando recebe a 
oportunidade de comprar agora e pagar depois etc 
 
 
 
2 
 
2. PRESTAR ALGUM SERVIÇO. 
Quando alguém ganha por maquiar uma noiva, quando um salão de beleza recebe o pagamento de uma 
cliente, quando usa um serviço de aplicativo e só paga por ele na fatura do cartão de crédito no final do 
mês etc. 
 
Agora que entendemos o que é uma receita, é importante saber que ela pode ser caracterizada de 
diferentes formas. Veja a seguir. 
 
Classificação da receita. 
 
1. Receita principal (primária). 
Essa forma de receita se refere ao dinheiro que uma organização recebe por sua atividade-fim. Se 
perguntassem a você o que uma hamburgueria faz, muito provavelmente você responderia algo como 
“vende hambúrguer”. 
Então, podemos dizer que o dinheiro que entra da venda de hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes é 
a receita principal ou primária de uma hamburgueria, pois essa é a sua atividade-fim. 
 
2. Receita secundária. 
Podemos entender a receita secundária como um produto ou serviço que a organização vende ou presta, 
mas que é diferente da receita principal. 
Imagine que a venda de ração de cachorro é a atividade-fim de uma organização, com 90% de sua receita. 
Como já aprendemos, a venda de ração de cachorro é a receita principal (ou receita primária) da 
organização. No entanto, a organização imaginária também promove exposição de cães de raça e ganha 
um dinheiro extra com a inscrição dos donos para esses eventos. Sendo assim, 10% da receita da empresa 
correspondem à organização de eventos de cães. 
Então, o dinheiro proveniente desse negócio é chamado de receita secundária. 
 
Atenção. 
É importante, no entanto, não confundir receita primária com receita secundária por causa do produto (ou 
serviço) que gera mais dinheiro para a empresa. Se uma empresa produz lápis e canetas, mas ela é mais 
famosa por suas canetas, não significa que a receita pela venda de canetas seja sua receita principal e a 
venda de lápis, sua receita secundária, pois a proposta da empresa é vender os dois produtos, mesmo que 
um deles seja mais requisitado do que o outro. 
 
Então, o que diferencia receita primária da receita secundária? 
É basicamente o produto ou serviço que a empresa busca realmente vender ou prestar (receita principal) e 
o produto ou serviço que a empresa faz para “ganhar um extra”. 
 
3. Receitas financeiras. 
Agora que sabemos que existe receita principal e receita secundária, podemos entender o que são receitas 
financeiras. Você concorda que, após a hamburgueria receber o dinheiro de ummês inteiro pela venda de 
hambúrgueres (e pagar seus funcionários), ela fica com bastante dinheiro em caixa? 
 
Uma hamburgueria pode, com esse dinheiro, fazer várias coisas: comprar mais maquinário, contratar mais 
funcionários e investir na bolsa de valores. 
 
Sim! Uma empresa de hambúrguer pode aplicar na bolsa de valores, emprestar para outras empresas e até 
mesmo comprar ações. Assim, chamamos de receita financeira todo dinheiro que entra na empresa 
proveniente de juros de receita financeira (a não ser que a empresa do exemplo em questão seja um 
banco). 
 
3 
 
Para que não restem dúvidas, precisamos pensar que a atividade-fim varia de organização para 
organização, ou seja, precisamos sempre analisar a atividade em si para entendermos a aplicação desses 
conceitos. 
 
Veja, por exemplo, uma situação que é similar em termos de negócios, mas o entendimento do que é 
receita financeira pode ser bem diferente do que usamos no exemplo de uma empresa que vende 
hambúrguer. 
 
4. Receitas não operacionais. 
Uma empresa, normalmente, tem alguns computadores, às vezes, um carro e, em raras situações, um 
prédio. Todas essas coisas são usadas para que a empresa, por intermédio de seus colaboradores, funcione. 
 
No entanto, se a empresa decidir comprar computadores mais modernos e deixar de usar os antigos, ou se 
a empresa decidir se mudar de uma cidade para outra e vender o prédio que possui, o tipo de dinheiro 
gerado pela venda de algo que era usado pela empresa não se enquadra em receita principal, nem em 
receita secundária, muito menos em receita financeira. 
 
Então, como classificar essas receitas extraordinárias? 
Para esse tipo de receita, foi criado, então, o conceito de receitas não operacionais. 
 
TEMA: Conceitos e tipos de despesas. 
 
Depois de conhecer as principais formas de receita, nada mais justo do que aprender os principais tipos de 
despesa. 
 
Quando usamos o termo despesa, principalmente no nosso cotidiano, acabamos utilizando-o para todo 
tipo de gasto que é realizado; assim, de acordo com o conceito popular, despesa consistiria em qualquer 
saída de dinheiro. É dessa forma que estamos acostumados a lidar com esse termo no dia a dia. 
 
Porém, quando aplicamos a palavra despesa nas organizações, em termos financeiros, ela ainda representa 
uma saída de dinheiro da organização, mas há outros conceitos também relacionados a gastos. Assim, o 
conceito de despesa nas organizações tem um entendimento mais específico do que aquele que usamos. 
 
Despesa é tudo o que se refere à saída de dinheiro da organização na compra de produtos ou serviços que 
não estão diretamente ligados à produção do produto final. 
 
Um bom exemplo que podemos usar para entender essa definição é a compra de um ar-condicionado. Em 
uma empresa de plásticos, é necessário que a temperatura seja de exatamente 18ºC, caso contrário o 
plástico irá derreter ou congelar. A compra do ar-condicionado não é uma despesa, mas um custo, pois, se 
não ocorrer, impactará no processo de produção da empresa. 
 
No entanto, caso o gerente tenha comprado o ar-condicionado para deixar o pessoal do administrativo 
motivado para trabalhar mais, essa compra foi uma despesa. 
 
Conseguem enxergar a diferença? 
A satisfação dos colaboradores contribui para o funcionamento da empresa, mas não é essencial no 
processo de produção do plástico. Por esse simples motivo, a compra deve ser considerada uma despesa. 
Dessa forma, podemos dizer que custo é toda saída de dinheiro referente à produção do bem ou à 
prestação de serviço. 
 
Despesa, entretanto, é toda saída de dinheiro que não está diretamente ligada à produção do bem ou à 
prestação de serviço. 
 
4 
 
Principais tipos de despesas. 
 
Assim como as receitas, as despesas também podem ser classificadas. Em alguns casos, podemos fazer isso 
de maneira mais intuitiva, como nas organizações e em nossos controles pessoais de gastos. 
 
Para aglutinar tipos de despesas parecidos, podemos ter os seguintes exemplos: 
 
1. Salários das áreas administrativas e comerciais. 
2. FGTS, INSS e outras despesas relacionadas aos salários. 
3. Gastos com telefonia, Internet, energia elétrica, água e demais contas de pagamento mensal. 
4. Comissões sobre as vendas realizadas. 
5. Aluguéis de instalações (prédios, veículos, equipamentos, computadores e outros bens móveis e 
imóveis). 
6. Impostos, juros bancários, multas e taxas diversas. 
7. Material de escritório. 
8. Serviços e material de limpeza. 
9. Passagens, gastos com transporte e alimentação em deslocamentos. 
 
Há inúmeros tipos de despesas, dependendo do tipo de atividade da organização e da complexidade dela. 
 
Porém, percebam que ainda temos uma relação de tipos de despesa, e uma prática muito comum é reunir 
esses tipos em agrupamentos mais abrangentes, como, por exemplo: 
1. Despesas gerais e administrativas: todas aquelas necessárias ao funcionamento administrativo da 
organização. 
2. Despesas comerciais: todas aquelas que relacionamos ao esforço de vendas. 
3. Outras despesas: todas aquelas que não se enquadram nos exemplos anteriores. 
 
Por fim, em relação ao entendimento de como classificar as despesas, ainda temos várias situações na 
gestão contábil e financeira, em que classificamos as despesas em fixas e variáveis. 
 
1. As despesas fixas são aquelas que ocorrem todo mês, como, por exemplo, o aluguel de uma instalação 
(sala, prédio, galpão etc.) e variam apenas em função de condições contratuais (como no caso de um 
aluguel, que é reajustado anualmente). 
2. As despesas variáveis podem ter valores diferentes de um mês para o outro em função de situações 
relacionadas, como a variação de determinado gasto ou do próprio volume de produção (ou prestação de 
serviços) da organização. Um exemplo é a comissão sobre vendas realizadas. Se vendemos mais, essa 
despesa é maior; se vendemos menos, é menor. 
 
Atenção. 
Ainda existe a possibilidade de uma despesa ter um comportamento simultâneo, com despesas fixas e 
variáveis; neste caso, ela é chamada de semivariável. Um exemplo simples é a conta de energia elétrica. 
Mesmo que nosso gasto de energia no mês seja nulo, existe um valor mínimo a ser pago mensalmente; 
porém, dependendo do consumo real de energia, esse gasto varia. Assim, o gasto com energia elétrica é 
uma despesa variável. 
 
TEMA: Gestão de receitas e despesas. 
 
Agora que está claro o que são receitas e despesas e suas classificações, vamos aprender um pouco sobre 
sua gestão. 
 
Imagine uma empresa que produz três tipos de chocolate que vendem bem (ao leite, com nozes e branco). 
Essa empresa conta com aproximadamente cem funcionários e possui um galpão alugado bem extenso. 
5 
 
 
Você concorda que o fluxo de dinheiro nessa empresa deve ser grande e constante? 
 
Imagine que o dono dessa companhia não controla nenhuma das entradas e saídas de caixa, o que significa 
que ela pode estar com um problema sério de fluxo de caixa. 
 
Entenda, a seguir, o que é isso. 
 
Fluxo de caixa é um controle utilizado para registrar todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa. 
Esse controle serve para que a empresa saiba, diariamente, se tem dinheiro em caixa para pagar o salário 
de seus funcionários, os fornecedores, as contas de luz, água etc. 
 
Quando uma empresa vende a prazo, isto é, entrega o produto hoje para receber o dinheiro no mês 
seguinte, o controle de fluxo de caixa é muito importante. Por exemplo, quando acontece uma venda de 
R$100 em mercadorias, o dinheiro só será recebido 30 dias depois. Enquanto isso, a empresa precisa lidar, 
no mês atual, com diversos gastos. Se ela não souber exatamente se pode ou não vender a prazo, poderá 
“meter os pés pelas mãos” e ficar devendo a alguém. 
 
FIM DO MÓDULO 1. 
Verificando o Aprendizado. 
 
QUESTÃO 1. Dona Gisele decidiu abrir uma fábrica de bolos. Depois de dois anos, a fábrica cresceu e se 
tornou a empresa mais comentada do bairro. No entanto, além do bolo, todos adoravam a calda de 
chocolate usada na produção e começaram a pedir quea calda fosse vendida separadamente também. 
Enxergando a oportunidade, a empresária continuou comercializando bolos (principal negócio da 
empresa) e passou a vender caldas de chocolate (para ganhar um extra). Os lucros da venda do novo 
produto correspondem a que tipo de receita? 
 
a) Receita financeira. 
 
b) Receita secundária. 
 
c) Receita não operacional. 
 
d) Receita principal. 
 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa B está correta. Receita secundária 
 
A receita secundária diz respeito a toda receita que provém de uma atividade econômica constante, que 
não é a atividade-fim da organização. Dessa forma, como a atividade-fim da empresa da dona Gisele era a 
fabricação e venda de bolos, a venda de caldas de chocolate passou a ser um “extra” e, por isso, deve ser 
classificada como receita secundária, conforme a alternativa B. 
 
QUESTÃO 2. Gabriela, empresária do ramo de moda, percebeu que, embora seus vestidos vendessem 
muito, no final do mês, o que sobrava entre a receita que obtinha da venda menos os seus gastos era 
pouco. Gabriela começou a classificar os seus gastos e percebeu que havia algumas despesas muito 
elevadas. Especificamente, ela ficou assustada com o valor do aluguel da loja, onde a exposição dos 
vestidos e a venda ao público ocorrem. Até aquele momento, ela não tinha muito controle financeiro de 
sua empresa (ela era uma estilista, e não aprendeu sobre finanças na faculdade) e tinha medo de não 
conseguir manter o empreendimento se continuasse gastando mais do que recebia. 
6 
 
Ao organizar os tipos de despesa de sua empresa, Gabriela classificou o aluguel que paga na loja onde 
vende os vestidos como: 
 
a) Despesa principal. 
b) Despesa secundária. 
c) Despesa comercial. 
d) Despesa variável. 
 
Parabéns! A alternativa C está correta. 
 
Módulo 2. 
- Compreender o conceito de finanças corporativas e suas principais áreas em uma organização. 
 
O que são finanças corporativas? 
 
O professor Gitman, em seu livro Princípios de Administração Financeira, define finanças como “a arte e a 
ciência de administrar dinheiro”. Dessa forma, podemos entender que as finanças corporativas são a 
administração dos recursos financeiros (dinheiro) da empresa. 
 
Sendo assim, atividades comuns em finanças corporativas são: 
PAGAMENTO DO SALÁRIO DOS FUNCIONÁRIOS. 
COMPRA DE MATÉRIA-PRIMA. 
VENDA DE PRODUTOS. 
PAGAMENTO DE FORNECEDORES ETC. 
 
Objetivos das finanças das organizações 
 
Gerir as finanças nas organizações é um dos pilares de sustentação das empresas, pois, assim, é possível 
controlar a entrada e saída de recursos financeiros, bem como se expandir (interação das Finanças com 
outras áreas, como Estratégia e Marketing). Então, sempre que pensar em finanças nas organizações, 
lembre-se das diversas áreas que servem para controlar as atividades e dar apoio ao gestor na hora de 
tomar decisão. 
 
Principais áreas financeiras. 
 
As principais áreas relacionadas às finanças nas empresas são: 
 
1. Contas a pagar. 
Essa área é responsável por administrar todas as despesas da empresa e garantir que tudo seja pago dentro 
do prazo, com o cuidado de saber se a empresa tem dinheiro em caixa para fazer os pagamentos no dia 
estipulado. 
 
2. Contas a receber. 
Essa área é responsável por administrar todas contas a receber da empresa. Identificar se os clientes 
pagaram em dia etc. 
 
3. Tesouraria. 
Tem como objetivo produzir relatórios financeiros para os gestores tomar decisões estratégicas. Cuidar 
para que a empresa não perca dinheiro em movimentações financeiras. 
7 
 
4. Controladoria. 
Interseção entre a contabilidade e a área financeira. Contadores ficam responsáveis para cuidar do 
orçamento da empresa. Analisam o andamento financeiro da empresa, desenvolvem relatórios gerenciais, 
estipula com o gestor o orçamento anual. 
 
Fim do módulo 2. 
Verificando o Aprendizado. 
 
QUESTÃO 1. Dentre as respostas a seguir, qual se assemelha mais à definição de finanças corporativas? 
 
a) Desenvolver as melhores práticas de gestão administrativa nas diversas áreas da empresa, dentre elas 
o setor financeiro. 
b) Administrar o dinheiro que sai da empresa, mas o que entra é de responsabilidade do setor de contas a 
receber. 
c) Administrar todos os recursos da organização: matéria-prima, dinheiro, gastos e logística. 
d) Administrar os recursos financeiros que a empresa detém. 
 
Parabéns! A alternativa A está correta. Desenvolver as melhores práticas de gestão administrativa nas 
diversas áreas da empresa, dentre elas o setor financeiro. 
 
QUESTÃO 2. Qual é a diferença entre as áreas de contas a receber e Tesouraria? 
 
a) Enquanto o setor de contas a receber se destina a cuidar das receitas da empresa, a Tesouraria fica 
responsável por cuidar das entradas e saídas de recursos para emitir relatórios gerenciais, que serão 
usados pelos gestores para a tomada de decisão. 
 
b) Contas a receber é uma área responsável apenas pela entrada de dinheiro na empresa, enquanto a 
Tesouraria é responsável pelo controle da saída desse dinheiro. 
 
c) A Tesouraria é uma área estratégica, que busca a eficiência na aplicação dos recursos financeiros, 
enquanto o setor de contas a receber cuida das entradas e saídas do dinheiro da empresa. 
 
d) Não existem grandes diferenças entre as duas áreas, pois ambas cuidam dos recursos financeiros da 
empresa. 
 
Parabéns! A alternativa A está correta. 
 
Comentário. 
A área de contas a receber é responsável por controlar o dinheiro que entra, enquanto a Tesouraria possui 
a função específica de gerar relatórios financeiros para a tomada de decisão estratégica pelos gestores. 
Dentre as respostas apresentadas na questão, apenas a letra A define de forma correta as duas áreas. 
 
Módulo 3. 
- Compreender o conceito de investimentos e financiamento. 
 
Noções de investimento. 
 
A noção de investimento começa a surgir quando a organização conta com um recurso que não precisará 
ser gasto no processo produtivo nem para pagar despesas existentes. 
8 
 
A partir dessa definição, podemos fazer as seguintes perguntas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dessa forma, investimento pode ser definido como toda aplicação de dinheiro em algo que gere mais 
dinheiro no futuro. Isto é, suponhamos que o país entre em uma crise e uma empresa precise fechar as 
portas, fazendo com que cada funcionário receba 30 mil reais de indenizações. Veja dois cenários, onde 
Maria e Ricardo tomaram a decisão de como investir esse dinheiro: 
 
CENÁRIO 1. 
1. Maria decide pegar seus 30 mil. 
2. Torna-se sócia na loja de roupas da irmã. 
3. Lá, ela ganhará, por mês, mil reais e poderá arranjar outro emprego. 
 
CENÁRIO 2. 
1. Ricardo, por outro lado, acredita que logo será contratado por outra empresa, pois possui boa formação 
acadêmica. 
2. Assim, ele decide comprar um carro com sua indenização. 
3. Curtirá o carro novo, enquanto espera ser contratado por outra empresa. 
 
Não existe uma resposta certa ou errada para as decisões da Maria e do Ricardo. Cada um faz o que achar 
melhor com o seu dinheiro. 
 
No entanto, apenas um deles investiu. Você sabe dizer quem? 
Quem respondeu Maria acertou, pois investimento é tudo aquilo que é feito para gerar mais dinheiro no 
futuro (nem que seja um real a mais). Por outro lado, comprar um bem (nesse caso, um carro) é apenas um 
gasto, pois esse patrimônio não vai se valorizar com o tempo. Então, nunca caia na conversa fiada de 
amigos e familiares de que comprar um carro é investimento, pois, a cada ano que passa, o valor do carro 
diminui, e aqueles 30 mil do Ricardo logo serão 20 mil, 10 mil, e assim sucessivamente. 
 
TEMA: Noções de financiamento. 
 
Você, provavelmente, conhece alguém que sempre compra no cartão de crédito e diz fazer isso sem se 
preocupar, pois pagará suas dívidas em várias parcelas. Há também aqueles que compram tudo à vista, 
para não pagar juros ou ter uma dívida “eterna”. Esse processo de comprar em um momento e pagar 
depois é chamado de financiamento, e é muito comum entre pessoas, empresase até países. 
 
9 
 
Você sabia que um país pode comprar algo de outro país e pagar depois? 
 
Em Finanças, é explicado que, muitas vezes, é mais vantajoso pagar por um produto ou serviço depois, pois 
o dinheiro pode perder seu valor com o tempo. Não pretendemos ensinar conceitos matemáticos, mas 
explicaremos, de maneira rápida e simples, porque isso acontece. Existe algo na economia chamado 
inflação, que faz com que os preços dos produtos e serviços aumentem. 
 
Por exemplo, se, nos anos 2000, você conseguia comprar um refrigerante por R$1, hoje, ele custa, em 
média, R$2,50. Então, o mesmo R$1 que comprava uma bebida no passado não compra nem meio 
refrigerante atualmente. 
 
A inflação serve de argumento para quem prefere comprar tudo a prazo, pois, dessa forma, conseguimos 
comprar mais quantidades hoje do que no futuro. Desse modo, empresas se beneficiam comprando 
produtos a prazo e no maior número de parcelas possível, pois a área de Tesouraria pode pegar o dinheiro 
que seria usado para pagar os produtos à vista e investir em algo a curto prazo, gerando um pequeno lucro 
para a empresa. 
Isso não é nenhuma sugestão para que todos passem a comprar a prazo! 
 
Atenção. 
É muito comum pessoas perderem o controle no cartão de crédito e, no final, sofrerem grandes problemas 
financeiros. Caso decida comprar a prazo, faça contas antes de sair comprando, a fim de saber se terá 
dinheiro para pagar a fatura do cartão de crédito no futuro! 
 
FIM DO MÓDULO 3. 
Verificando o aprendizado. 
 
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que responda corretamente a uma das seguintes 
questões. 
 
QUESTÃO 1. Dentre as opções a seguir, qual é a única que não se enquadra como investimento? 
 
a) Adquirir um maquinário que aumentará a produção e gerará maior lucro. 
 
b) Comprar uma lancha para o gestor usar durante suas férias. 
 
c) Aplicar em títulos do governo federal, que renderão juros. 
 
d) Comprar uma obra de arte que pode triplicar de valor em cinco anos, conforme especialistas da área 
sugerem. 
 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa B está correta. Comprar uma lancha para o gestor usar durante suas férias. 
 
Conforme explicado em Noções de investimento, investimento é tudo aquilo que é feito para gerar mais 
dinheiro no futuro. Dessa forma, todas as respostas apresentam alguma forma de investimento, pois 
partem do pressuposto de que se ganhará mais dinheiro no futuro com o desembolso de dinheiro hoje, 
com exceção da resposta B, que se refere exclusivamente à compra de um bem de consumo que não tem a 
intenção de gerar mais riqueza no futuro. 
 
QUESTÃO 2. Qual é o principal motivo que faz o financiamento se tornar vantajoso? 
 
a) O fato de o dinheiro perder seu valor com o tempo. 
10 
 
b) O fato de não precisar se preocupar com o desembolso de dinheiro no momento. 
c) As vantagens tributárias que permitem amortizar o valor. 
d) O fato de o risco diminuir com o recebimento das mercadorias agora. 
 
Parabéns! A alternativa A está correta. O fato de o dinheiro perder seu valor com o tempo. 
 
Em Noções de financiamento, é explicado que, devido à inflação, os produtos que eram comprados a R$1 
no passado, atualmente custam mais. Dessa forma, o dinheiro perde seu valor ao longo do tempo, pois 
deixa de comprar a mesma quantidade de produtos. Como a alternativa A é a única que menciona o fato de 
o dinheiro perder seu valor ao longo do tempo, ela é a resposta correta. 
 
Módulo 4. 
- Descrever as noções de risco e o retorno em Finanças. 
 
Noções de risco em Finanças 
 
Nesta vida, temos apenas duas certezas: morreremos e pagaremos impostos (como diria um contador de 
carteirinha). Então, estamos todos sempre passíveis a risco, isto é, alguma coisa pode dar errado e jogar 
nossos planos para escanteio. 
 
Risco financeiro é qualquer grau de incerteza que associamos às transações financeiras e à utilização do 
dinheiro no tempo. 
 
Sendo assim, entre vários riscos, há alguns que precisamos entender e aprender para evitá-los. São eles: 
 
RISCO FINANCEIRO: 
Risco operacional. 
Riscos de crédito. 
Riscos de liquidez. 
Riscos de mercado. 
Riscos legais. 
 
Agora que vimos quais são os riscos financeiros, entenda os conceitos de cada um deles. 
 
1. Risco operacional. 
Esse risco se refere ao fato de a empresa começar a dar prejuízo. Suponha que um empresário tenha uma 
padaria e venda seus pães a R$0,10 cada. No entanto, como não estudou esse conteúdo, ele não sabia que 
existe algo chamado fluxo de caixa e, por isso, não se lembrou de controlar as entradas e saídas e verificar 
quanto custava produzir um pão. No final de um ano, ele percebeu que cada pão custava R$0,15 para ser 
produzido, ou seja, ele tinha prejuízo e precisava fechar a sua padaria. Dessa forma, risco operacional se 
refere ao risco que qualquer empresa tem de seu negócio dar prejuízo, seja por vender mais barato do que 
deveria, seja por não ter clientes suficientes. 
 
2. Riscos de crédito. 
Riscos de crédito, como o nome diz, ocorrem quando um empreendedor ou seu cliente não consegue pagar 
uma dívida e acaba pagando multa por isso. Se uma padaria comprar muita matéria-prima para produzir 
pão a prazo e não conseguir vender sua produção, ela não terá dinheiro para pagar a sua dívida. No final, a 
padaria terá de pagar multa, podendo até falir. 
 
11 
 
3. Riscos de liquidez. 
Quando uma empresa não sabe se está recebendo mais do que gastando (mesmo que haja garantias de 
receber mais dinheiro no futuro), existe a possibilidade de que a empresa não seja líquida (não tenha 
dinheiro rapidamente) e, com isso, não possa pagar os gastos do momento, como salários, fornecedores 
etc. Então, é preciso ter cuidado com a ideia de que receberá muito mais dinheiro do que o gasto para 
produzir, pois, se a empresa receberá esse dinheiro apenas no final do ano, é bom que separe uma boa 
reserva de dinheiro para pagar seus funcionários até lá. 
 
4. Riscos de mercado. 
Os riscos de mercado se relacionam à economia como um todo, embora não estejam relacionados à 
influência de um empresário pequeno. Vamos supor que um empresário venda celulares e compre as peças 
da China. Se o Brasil brigar com a China, pode ser que o preço dos produtos chineses se torne bem mais 
caro e, com isso, será necessário aumentar o preço do celular. Assim, é possível que seus clientes prefiram 
os celulares do concorrente, por serem mais baratos. Dessa forma, risco de mercado é bastante perigoso, 
pois não depende muito da sua boa gestão. No entanto, existem atitudes que um gestor pode tomar para 
não se prejudicar com esses riscos, como ter vários fornecedores, uma boa quantidade de dinheiro em 
caixa etc. 
 
5. Riscos legais. 
Os riscos legais aparecem quando alguém é processado. Imagine que você tenha criado a mais nova 
empresa de tecnologia, que você sabe que dará lucro na certa. Após dois meses funcionando e ficando 
famoso, vem o “banho de água fria”, isto é, uma empresa está processando você com a alegação de que 
está copiando suas ideias (em outras palavras, eles chegaram primeiro). Por mais que eles estejam errados, 
você mereça ter aquela empresa ou, até mesmo, que o juiz lhe dê razão, existe a chance de você constituir 
um advogado e até mesmo parar de funcionar até o meritíssimo chegar a uma conclusão. 
 
Enquanto isso, você precisa pagar o salário dos funcionários, o aluguel da sua sala, entre outras despesas. 
Por fim, você pode chegar à falência simplesmente porque alguém não concordou com o seu negócio. 
Dessa forma, é preciso se preocupar com os riscos legais e fazer tudo dentro da legalidade, se possível com 
a ajuda de um advogado experiente. 
 
Além disso, é necessário entender que, quanto mais arriscado é um investimento, mais retorno ele deve 
dar. Em outras palavras, você apostaria uma quantia grande de dinheiro no cavalo de corrida que ficou em 
último colocado na corrida passada? Provavelmente, não, pois o risco de perder é muito alto. Para que as 
pessoas se sintam mais atraídas a investirem nele, o prêmio pago temde ser mais alto também. O inverso 
acontece com o cavalo campeão da corrida passada, que paga um prêmio mais baixo, já que ele tem 
grandes chances de ganhar. 
 
Tema: Noções de retorno em Finanças. 
 
Retorno significa o quanto você ganhou pelo dinheiro investido. 
 
Desse modo, se você depositou R$1.000 na poupança em dois de janeiro de 2018, você obteve R$1.042,36 
no último dia daquele ano, isto é, um retorno de R$42,36. Para muitos, esse retorno não é muito alto, pois 
a taxa de juros é muito baixa, e o prazo investido é de um ano. Além disso, a taxa de juros é altamente 
influenciada pelo risco. Então, como o risco de o banco não pagar o investidor é muito baixo, ele dará uma 
taxa de juros muito baixa também. Caso você consiga uma taxa de juros mais atraente (com um risco um 
pouco maior) e invista por um prazo maior, você poderá obter um bom retorno. 
 
Sendo assim, todas as pessoas que desejam trabalhar com finanças ou administrar suas finanças pessoais 
devem estudar um pouco de Matemática Financeira, principalmente juros compostos, para poder juntar 
uma riqueza para a aposentadoria. 
12 
 
No livro de finanças pessoais Casais inteligentes enriquecem juntos, escrito por Gustavo Cerbasi, ele 
demonstra que, com uma pequena aplicação mensal de R$100, pode se formar um bom dinheiro a longo 
prazo, com uma taxa de juros de 1% ao mês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando falamos de empresas, há diversas formas de medir o retorno financeiro, bem como variados tipos 
de aplicações financeiras para ganhar um dinheiro extra (que seriam classificadas como receita financeira). 
 
Veja algumas a seguir: 
 
1. Poupança. 
Essa forma de investir o dinheiro é a mais conhecida entre os brasileiros. Nesse tipo de investimento, o 
cliente coloca dinheiro no banco, e ele, mensalmente, renderá uma porcentagem a juros compostos. 
Porém, essa porcentagem é bem baixinha. Então, não espere ficar milionário com isso, a não ser que você 
espere algumas décadas e deposite mensalmente uma boa quantia em dinheiro. 
 
2. CDB. 
O CDB é, basicamente, um empréstimo do cliente ao banco. Vamos dizer que você esteja com dinheiro 
sobrando e queira emprestá-lo a alguém. Concorda que é muito difícil um banco grande lhe dar um calote? 
Então, por que não emprestar para ele. No entanto, como o risco de o banco não pagar você (dependendo 
do banco) é muito baixo, a taxa de juros cobrada também é muito baixa. 
 
3. Tesouro Direto (também conhecido como títulos públicos). 
Nesse tipo de investimento, você empresta dinheiro para o governo. Apesar de, no passado, o governo já 
ter dado um calote nos cidadãos, o sistema financeiro e governamental evoluiu muito, o que torna esse 
tipo de investimento muito atraente e com risco muito baixo. No entanto, para investir nessa modalidade, 
é necessário saber que o dinheiro deve ficar emprestado por bastante tempo. 
 
4. Ações. 
Esse tipo de investimento é recomendado apenas para aqueles que estudaram sobre o assunto e têm 
dinheiro que nunca fará falta, caso eles o percam. Como é possível que o preço de uma ação varie muito, o 
investidor poderá perder muito dinheiro. No entanto, como existe certo risco, o ganho costuma ser maior 
do que as outras oportunidades mencionadas acima. 
 
13 
 
Ressalto que, se você quiser investir em ações, é necessário estudar bastante sobre o tema. 
 
 
Considerações finais. 
 
Ao longo deste tema, estudamos conceitos de Finanças corporativas e suas principais áreas. Com isso, você 
se torna capacitado a entender e exercer diversas funções dentro da área financeira, uma vez que conhece 
de forma abrangente as principais atribuições que cada área exige. 
 
Adicionalmente, explicamos alguns conceitos, como Receita e Despesa, Investimento e Financiamento, 
além de Risco e Retorno. 
 
Esses conhecimentos compreendem um vasto aprendizado, que é imprescindível para um profissional que 
deseje ingressar na área financeira organizacional. 
 
Fim do módulo 4. 
 
Verificando o Aprendizado. 
 
Questão 1. Quando um empresário vende a prazo e não tem os devidos controles, ele pode acabar 
recebendo menos dinheiro do que precisa por mês para quitar seus gastos mensais. Sendo assim, que 
risco seria esse? 
 
a) Risco operacional. 
b) Risco de crédito. 
c) Risco de mercado. 
d) Risco de liquidez. 
 
Parabéns! A alternativa D está correta. Risco de liquidez. 
 
Comentário. 
No tópico Noções de risco em Finanças, são explicados os principais riscos que a empresa pode enfrentar, 
como risco operacional, risco de crédito, risco de mercado e risco de liquidez. O risco de liquidez ocorre 
quando uma empresa não possui dinheiro para pagar suas dívidas no momento, mesmo quando possui a 
expectativa de receber mais dinheiro no futuro (como ocorre na venda a crédito). 
 
QUESTÃO 2. O CDB é uma forma de investimento muito famosa. Qual é a melhor definição de CDB? 
 
a) O CDB é um papel que você recebe do banco, informando que você emprestou dinheiro e que ele irá 
pagá-lo em determinado tempo acrescido de juros. 
b) O CDB é uma forma de investimento em que você empresta dinheiro para empresas, e elas irão pagá-lo 
em determinado tempo acrescido de juros. 
c) O CBD é um título que você recebe por emprestar dinheiro para o governo, e ele irá pagá-lo em 
determinado tempo acrescido de juros. 
d) O CDB é um investimento bancário em que o banco pega o seu dinheiro na conta corrente e o devolve 
quando você precisar dele, sem o acréscimo de juros. 
 
Parabéns! A alternativa A está correta. O CDB é um papel que você recebe do banco, informando que você 
emprestou dinheiro e que ele irá pagá-lo em determinado tempo acrescido de juros. 
 
Comentário. 
14 
 
Em Noções de retorno em Finanças, são apresentadas diversas formas de investimento, como o CDB. 
Conforme definido, CDB é quando uma pessoa ou organização empresta dinheiro ao banco com o intuito 
de recebê-lo de volta no futuro acrescido de juros. 
 
Referências 
CERBASI, G. Casais inteligentes enriquecem juntos. 1. ed. São Paulo: Sextante, 2004. 
FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 3. ed. Rio de Janeiro: QualityMark, 
1994. 
GITMAN, L. Princípios de Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010. 
 
Explore+ 
 Caso tenha se interessado em aprender mais sobre o fluxo de caixa, recomendamos que você 
invista em softwares de planilhas eletrônicas. Assim, você pode criar planilhas gerenciais 
bem bonitas e práticas, que irão auxiliá-lo e ajudá-lo a saber se você tem dinheiro ou não no 
momento. 
 Além disso, busque vídeos sobre fluxo de caixa, pois, assim, será possível ver, na prática, 
como ele é feito. 
 Pesquise também a Calculadora do Cidadão, do Banco Central, para calcular a correção 
pela caderneta de poupança facilmente. 
 Recomendamos também o livro Princípios de Administração Financeira, escrito pelo 
professor Gitman. 
 
1 
 
DISCIPLINA: FINANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES 
TUTORA: ORNELLA PACIFICO - 2020.1 
 
 
 
 
AULA 03 – O papel do Gestor em Finanças. 
 
Objetivos. 
Módulo 1 - Reconhecer as principais competências e responsabilidades do gestor em finanças. 
Módulo 2 - Identificar as áreas de atuação do gestor em finanças. 
 
Definição. 
O perfil do gestor em finanças, as funções desempenhadas e a atuação nas áreas de Tesouraria, Contas a 
Pagar e a Receber e Controladoria. 
 
Propósito. 
Descrever e analisar o perfil do gestor em finanças e sua atuação no mercado. 
 
TEMA: Uma breve história que ensina duas importantes características do gestor em finanças. 
 
“Na década de 1630, os visitantes das prósperas cidades comerciais da Holanda não puderam deixar de 
notar que milhares de cidadãos holandeses, normalmente sóbrios e trabalhadores de todas as esferas da 
vida, estavam envolvidos em um extraordinário frenesi de compra e venda. O objetivo dessa especulação 
sem precedentes era a tulipa, uma importação oriental delicada e exótica que enfeitiçara horticultores, 
nobres e proprietários de tabernas. Por quase um ano, bulbos raros trocaram de mãos por somas

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