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Gestão de Recursos Financeiros - leitura ativa concluida

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Gestão de Recursos Financeiros
HISTÓRIA DA MOEDA
Na Idade Média, existiam, basicamente, três grandes classes:
1. O Clero;
2. A Nobreza;
3. Os Servos;
Nessa época, no entanto, não existia, ainda, a ideia de empresa ou de organização.
Então, os servos, na maioria das vezes, eram cidadãos humildes que plantavam alimentos ou criavam
animais e separavam parte do que produziam para alimentar o clero e a nobreza, que, em troca,
permitiam que eles vivessem em suas terras.
Nesse cenário, surgiu um acontecimento importante: a melhoria nos meios de transporte!
Com o passar do tempo e com a melhoria nos meios de transporte, que possibilitavam maiores viagens, as
pessoas começaram a trocar alguns dos insumos produzidos com outros reinos. Essas trocas foram
primordiais para a fundação das primeiras cidades, como as conhecemos hoje, e ajudaram no
conhecimento e na expansão do mundo.
Esse processo de troca de mercadorias é conhecido como escambo.
Incialmente, foi o principal meio de comercialização de mercadorias entre cidadãos, pois, até aquele
momento, não havia um meio válido que fosse aceito por todos, como ocorre hoje com as cédulas e
moedas. Para que você compreenda esse processo, analise a situação a seguir:
CASE 1
independentemente do tempo que se passe negociando termos, um lado sempre sairá com vantagem nas
negociações que envolvem o escambo.
CASE 2
Por essa e outras complexidades, o escambo é um método falho de negociação, que logo foi substituído.
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Desse modo, a criação de uma moeda única, que fosse aceita por todos, era essencial. Diante da necessidade
da compra e venda de produtos, antes usados apenas como subsistência (para consumo próprio), a moeda
que hoje conhecemos surgiu como um instrumento para melhorar a eficiência e a eficácia das trocas de
produtos e serviços.
Ao longo dos anos, o Feudalismo deixou de existir, dando origem às nações com um poder centralizado e
unificado. Dessa forma, o conceito de moeda foi expandido.
Hoje, há diversas maneiras de trocar mercadorias com base em um equalizador financeiro aceito dentro do
país, ou seja, uma moeda única em que todas as mercadorias ou serviços se baseiam.
Hoje, há diversas maneiras de trocar mercadorias com base em um equalizador financeiro aceito dentro do
país, ou seja, uma moeda única em que todas as mercadorias ou serviços se baseiam.
No Brasil, essa moeda é o Real, e nos EUA, o Dólar.
Além disso, com a chegada da internet, foi possível comprar e vender a partir de meios digitais que,
instantaneamente, registram a entrada ou saída de dinheiro da conta, tornando todo o processo mais fácil,
ágil, prático e seguro.
NA PRÁTICA
Observando os avanços históricos da moeda, apresentamos, a seguir, empresas que oferecem compra e venda
a partir de meios digitais, registrando a entrada ou saída de dinheiro na conta de forma segura. Veja:
Amazon
É uma empresa transnacional de tecnologia que foca em comércio electrónico, computação em nuvem,
streaming digital e inteligência artificial. Fundada por Jeff Bezos em julho de 1994, tem sua sede localizada
em Seattle, estado de Washington, nos EUA.
Netshoes
Maior site de lifestyle esportivo da América Latina. É guiada pela inovação e conectividade, por isso é
referência em serviço, entrega e qualidade. A marca tem mais de 10 milhões de fãs nas redes sociais e é
referência para o varejo digital há mais de 15 anos.
AliExpress
É um serviço de varejo on-line fundado em 2010 e pertencente ao Alibaba Group. O AliExpress é diferente da
Amazon, pois atua apenas como uma plataforma de e-commerce e não vende os produtos diretamente para
os consumidores.
Americanas.com
No final do ano de 1999, a empresa Lojas Americanas iniciou a venda de mercadorias através da Internet,
criando a controlada indireta Americanas.com.
FUNÇÕES DA MOEDA
Estamos acostumados a pensar no dinheiro como algo que serve, basicamente, para comprar Produtos: Bens
e/ou Serviços. Produtos são Bens (físicos, podemos ver e tocar) e/ou Serviços (intangíveis, serviços prestados).
INSTRUMENTO DE TROCAS
Esta função define a moeda como um instrumento usado para facilitar uma transação entre duas ou mais
pessoas. Dessa forma, quando pagamos um jantar no restaurante, quando vendemos um carro, recebemos
dinheiro por prestarmos um serviço qualquer ou pagamos a um amigo por nos ajudar na mudança, estamos
exercendo a função da moeda de instrumento de troca.
Então, sempre que pensar em comprar ou vender algo, você desempenhará a moeda em sua função de
troca.
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DENOMINADOR COMUM MONETÁRIO
Esta função se baseia na ideia de que a moeda coloca todos os produtos ou serviços sob o mesmo
denominador monetário.
Caso você planeje viajar para o exterior, esta função também permite saber o preço de determinada
mercadoria estrangeira em moeda nacional, mesmo que o preço original esteja em dólar, euro ou libra.
Quando abordamos esta função da moeda, lembramos o problema que as pessoas tinham no passado,
quando precisavam encontrar uma troca justa no escambo.
Como saber se dez peixes que você demorou um dia inteiro para pescar eram suficientes para trocar por um
litro de leite que outra pessoa demorou uma hora para ordenhar?
Então, essa função proporciona uma maneira para que todos nós saibamos se determinado produto ou
serviço está caro ou barato. Dessa forma, é muito importante entender que uma das funções da moeda é a
de ser um denominador comum de valores.
RESERVA DE VALOR
Suponha que você tenha 20 anos e deseje uma renda mensal de R$ 5.000,00 quando se aposentar aos 60
anos.
Existem diversas formas para alcançar essa renda. Você pode ter imóveis alugados e receber mensalmente
esse valor de seus inquilinos.
Outra forma seria deter uma grande quantidade de dinheiro aplicada em algum ativo financeiro que gere
essa quantia por mês. No entanto, para conquistar essa renda, é necessário que você junte dinheiro ou receba
uma herança.
Nesses casos, o dinheiro possui uma nova função: a de reserva de valor, isto é, uma quantia que se manterá
quase sempre com o mesmo valor para que você a utilize quando quiser.
A partir da compreensão das principais funções da moeda, é possível tomar decisões mais esclarecidas a
respeito da gestão de recursos financeiros, seja de forma pessoal ou profissional. Entender a função que a
moeda assume em diferentes situações, tais como compra e venda de mercadorias, investimento financeiro e
equivalência de mercadorias de países diferentes, é um ponto primordial na tomada de decisão estratégica
de todo profissional da área financeira.
NA PRÁTICA
Ainda sobre a funcionalidade da moeda, apresentamos, a seguir, instituições que atuam com investimentos
financeiros e equivalência de mercadorias em diferentes países.
XPI Investimentos
Por meio de assessoria, a XPI oferece auxílio aos clientes para tomarem as melhores decisões relacionadas ao
seus investimentos, sempre de acordo com seus objetivos e seu perfil de investidores.
Banco Central do Brasil
Apresenta dados de conversão de moedas.
Efetua o cálculo, que tem caráter informativo, e não substitui as disposições da norma cambial brasileira
para casos específicos de conversão.
A ORIGEM DO DINHEIRO
Vamos supor que você queira comprar um carro de R$ 20.000, mas só tenha R$ 10.000 guardado.
De que maneira você poderia comprá-lo?
Empréstimo ou financiamento
Você pode buscar um empréstimo no banco de R$ 10.000,00. No entanto, dependendo da taxa de juros, você
pagará quase o dobro ao banco, ou seja, o preço de outro carro. O financiamento é parecido com o
empréstimo, mas é para uma finalidade específica. Num financiamento de carro, por exemplo, a taxa de juros
é menor, mas o carro servirá de garantia: não pagou a prestação? Poderá perder o carro.
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Dinheiro guardado
Outra opção é você juntar dinheiro e guardar em casa. Este processo parece bom, mas, dependendo do
quanto você pode juntar por mês e da taxa de juros, é possível que demore anos para comprar o tão
sonhado automóvel. Você deixa de investir tal recurso em outro investimento (custos de oportunidade,
pois poderia estar rendendo juros) e o dinheiro perde seu valor no decorrer do tempo (por causa da
inflação).
Empréstimo com amigo
Outra opção seria você escolher um amigo em quem confie, que também disponha de R$ 10.000 e queira
comprar um carro. A ideia é fazer um acordo com ele. Na primeira semana, você fica com o carro e, na
outra, ele desfruta do automóvel. Assim, vocês podem dividir despesas como gasolina, revisão, IPVA etc.
Após a análise deste exemplo, é possível entender que existem diversas formas de comprar um carro, uma
casa e até mesmo montar uma empresa. Contudo, essas opções de financiamento são distintas.
Veja, a seguir, as principais diferenças entre ganhar ou captar dinheiro.
AUMENTO DE RECURSOS
Quando falamos em aumento de recursos, estamos nos referindo a receber pagamento, seja pela venda de
um produto que você produziu ou por um serviço que você prestou.
Podemos “ganhar dinheiro” comprando canetas a R$ 1,00 e vendendo na rua a R$ 2,00, fazendo bolo e
vendendo na porta de casa, vendendo o serviço de eletricista (apenas se você for qualificado para tal) etc.
Aqui, estamos mostrando a ideia de lucro nas operações.
OFERTA X DEMANDA
Devido ao conceito de oferta e demanda, cada forma gera valores diferentes.
Conforme afirmam Vasconcellos e Garcia (2008, p. 46), demanda pode ser definida como a quantidade de
certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período.
Oferta, por sua vez, representa as quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em
determinado período
Dessa forma, podemos entender que a oferta corresponde a todos os produtos ou serviços disponíveis para a
venda, enquanto a demanda se refere a todas as pessoas com intenção de comprar esses produtos ou
serviços.
Para que fique mais claro, basta entender o seguinte caso:
CASE 1
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Cabe a cada um analisar os pontos positivos de ser um empreendedor e montar seu negócio ou oferecer
seus serviços técnicos avançados a uma empresa que lhe pagará o mesmo valor. No final, caberá a você
tomar essa decisão por conta própria.
CAPTAÇÃO DE RECURSOS
A captação de recursos financeiros é a forma por meio de terceiros ou dos próprios sócios (no caso da
pessoa física, seus recursos) de conseguir recursos para seus negócios ou investimentos.
Exemplo
Suponha que, após ler esta explicação, você decida produzir bolos, e que os negócios tenham dado muito
certo. Agora, você está recebendo mais pedidos do que é capaz de produzir. A única forma para atender
todos esses pedidos é contratando funcionários, comprando um forno novo e se mudando para um
galpão.
Você, então, pesquisou e viu que, para fazer esse investimento, precisa de R$ 100.000,00, mas ainda não
tem toda essa quantia. Isso significa que você precisa captar recursos.
Veja, a seguir, algumas formas de captação:
1. INVESTIMENTO DE FAMÍLIA OU AMIGOS
Nesta opção, será necessário preparar uma apresentação formal que deixe bem claro seu objetivo,
aonde sua empresa vai chegar e quanto ela vai render.
Tente vender a ideia para as pessoas que você conhece. Caso elas se interessem em investir na sua ideia,
existem diversas formas de fazer um acordo. Seu familiar ou amigo podem ser seus sócios e ficar com
uma porcentagem da empresa ou até mesmo lhe emprestar com o acréscimo de uma taxa de juros.
2. EMPRÉSTIMOS EM BANCOS
Caso a opção anterior não tenha dado certo, é possível ir aos bancos e solicitar um empréstimo. O banco
analisará seu histórico financeiro e verá se você tem condições de pagá-lo. Se sua ideia der errado, o
banco poderá cobrar uma taxa de juros mais elevada para compensar o risco.
3. CROWDFUNDING
Esta é uma forma recente de captar dinheiro. Nesta modalidade, é necessário, novamente, preparar uma
apresentação (em vídeo, texto etc.) e postar em sites de crowdfunding. Pessoas ao redor do mundo
decidem, então, emprestar recursos para que você tire sua ideia do papel.
4. EMPRESAS DE INVESTIMENTO E INVESTIDORES ANJOS
Nesta modalidade de captação, empresas ou pessoas qualificadas analisam sua ideia e decidem se
investirão ou não nela.
NA PRÁTICA
A seguir apresentamos algumas empresas que trabalham com tipos de captação. Veja:
kickante
A Kickante é a Plataforma de crowdfunding mais premiada do Brasil.
Nesse espaço, várias pessoas se identificam com um projeto ou um sonho e resolvem apoiá-lo
financeiramente para que se realize. Baseado na economia colaborativa, tem a premissa de que, juntos,
todos podem conquistar seus objetivos.
BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um dos maiores bancos de
desenvolvimento do mundo e, hoje, o principal instrumento do Governo Federal para o financiamento de
longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira.
Para isso, apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas, na realização de seus
planos de modernização, de expansão e na concretização de novos negócios, tendo sempre em vista o
potencial de geração de empregos, renda e de inclusão social para o Brasil.
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Ágora Investimentos
Um Clube de Investimentos é formado por um grupo de pessoas que, geralmente, se conhecem e têm
objetivos parecidos, que decidem investir juntas para otimizar tempo e custos, além de formar um capital
maior, capaz de acessar melhores oportunidades.
Shark Thank
Um dos exemplos deste tipo de investimento é o programa Shark Tank, no qual empreendedores
mostram seus negócios ou ideias a uma banca de empreendedores ricos e inteligentes que decidem se
vão investir neles.
USO PRÓPRIO OU DE TERCEIROS
Existe uma grande diferença entre usar o próprio dinheiro ou pedir o dinheiro dos outros para investir
em algo. Ao usar recursos próprios, você é o dono de tudo e quem toma a decisão sem a necessidade de
consultar terceiros. Não é bom ser dono do próprio destino?
Usar dinheiro próprio dá a você a liberdade para fazer o que quiser com ele, mas também o risco de
ficar sem nada, caso o negócio não dê certo.
A outra opção, por sua vez, obriga você a ouvir a opinião de terceiros, mas isso também serve como
orientação para não cometer erros.
Veja, a seguir, os principais prós e contras de usar recursos próprios e de terceiros:
DEFINIÇÃO DA POLÍTICA DE PAGAMENTO
Caso você decida pegar um empréstimo no banco ou em outra entidade, é necessário entender as
políticas de recebimento.
Mas, afinal, o que são as políticas de pagamento?
As políticas de pagamento são normas que você se compromete a seguir quando aceita o dinheiro de
terceiros. Entre essas normas, está a quantia que você vai devolver por mês.
Como os economistas adoram dizer: “Não existe almoço grátis!”. Todo mundo quer receber o dinheiro que
emprestou e, na maioria das vezes, com juros, isto é, um pouco mais do que emprestaram.
A fim de não ter nenhuma surpresa no mês seguinte ao do recebimento do empréstimo, você precisa ler
todos os detalhes do contrato, principalmente no que se refere:
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Por meio de uma rápida análise, é possível identificar os bancos com melhores taxas e, com isso,
assessorar o gestor da empresa sobre onde é mais vantajoso adquirir um empréstimo, por exemplo.
2. Prazo de pagamento
O prazo de pagamento corresponde ao período estabelecido para a devoluçãodo dinheiro à pessoa que
lhe emprestou.
Quando adquirimos um empréstimo, alguns termos são acordados, tais como taxa de juros, juros e prazo
de pagamento. A taxa de juros e o prazo de pagamento influenciam diretamente no valor total que será
pago no final do empréstimo. Por isso, é muito importante que você entenda esses conceitos quando
optar por um empréstimo.
A fim de que fique mais claro, veja a situação a seguir:
CASE 3
1. Taxa de juros
Se você emprestar dinheiro para alguém por um ano, concorda que, durante esse período, deixará de
realizar outras atividades com esse dinheiro? Você poderia comprar aquele sapato novo, trocar de
celular ou mesmo deixar o dinheiro rendendo na poupança, certo?
Então, nada mais justo que, após esse período, a pessoa lhe devolva seu dinheiro adicionado de um
montante extra. Esse acréscimo é chamado de juros, e o número usado para o cálculo destes é a taxa de
juros. Perceba que existe uma diferença entre os dois conceitos.
Enquanto a taxa de juros é um percentual (0,5%, 1%, 10%) usado para calcular quanto o dinheiro vai
render, os juros representam a diferença entre o dinheiro que você emprestou e o quanto ele rendeu.
Para que fique mais claro, vamos analisar caso a seguir:
CASE 2
Conforme podemos verificar, o prazo de pagamento é importantíssimo quando decidimos pegar um
empréstimo, pois alguns meses de diferença podem acarretar uma grande soma de dinheiro.
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3. Valor mensal
Por mais que o valor mensal que você pague seja calculado com base no valor que recebeu de
empréstimo, na taxa de juros e no prazo de pagamento, ainda assim, é preciso confirmar o valor que
você terá de pagar mensalmente (trimestralmente, semestralmente, anualmente etc.). Afinal, muitas
vezes, nos atentamos apenas ao montante recebido, à taxa de juros e ao prazo de pagamento, mas
esquecemos de verificar o valor que deve ser pago mensalmente.
Caso não tenha certeza de que pode arcar com o valor mensal de um empréstimo, um empresário corre o
risco de ir à falência, pois não tem como pagar todas as suas despesas mensais acrescidas à
mensalidade do empréstimo. Dessa forma, a sugestão é que todos analisem o contrato com calma e
vejam se este apresenta o valor que deve ser pago. Caso o valor não esteja lá, é necessário calculá-lo.
Com base nos conhecimentos adquiridos até o momento, é possível tomar decisões mais seguras
referentes a financiamento por base de empréstimos. Afinal, ao longo da carreira em Finanças, desafios
referentes a tomadas de decisões estratégicas financeiras serão requeridos. O profissional que entende
os principais conceitos sobre essa modalidade de financiamento destaca-se frente a outros que os
desconhecem.
DECISÃO SOBRE O USO DO DINHEIRO
Para onde vai o dinheiro? Vamos analisar os cenários a seguir.
Vamos supor que você receba R$ 10.000,00 e gaste tudo em doces e guloseimas que comerá ao longo do
ano. Por mais delicioso que seja esse cenário, você estará apenas gastando esse dinheiro.
Se você usar os mesmos R$ 10.000,00 na compra de doces e guloseimas que, depois, você usará para
vender em uma loja a um preço maior do que pagou, isto é, com lucro, você estará investindo esse
dinheiro.
A partir desses dois cenários, é possível entender que o mesmo dinheiro pode ser usado para diferentes
situações. Dependendo de como é aplicado, o dinheiro é classificado de formas diferentes.
DECISÃO SOBRE GASTO OU INVESTIMENTO
Gastar ou investir?
Se você decidir usar seu dinheiro em restaurantes, por exemplo, você o estará gastando. Mas se decidir
usá-lo para que gere mais dinheiro no futuro, estará investindo.
Quando falamos em investir, no entanto, não estamos falando apenas de produzir algo ou comprar um
produto e vendê-lo mais caro. Existem outras formas de investir dinheiro. Lembre-se:
Investimento é tudo aquilo que você faz com seu dinheiro para aumentá-lo ao longo do tempo.
CADERNETA DE POUPANÇA
Esta forma de investir o dinheiro é a mais conhecida entre os brasileiros.
Neste tipo de investimento, você coloca dinheiro no banco e este renderá, mensalmente, uma
porcentagem a juros compostos. Contudo, essa porcentagem é pequena.
CDB
Esta forma de investimento bancário é basicamente um empréstimo para o banco. Vamos dizer que você
esteja com dinheiro sobrando e queira emprestá-lo para alguém. Concorda que é muito difícil um banco
grande lhe dar um calote? Então, por que não emprestar a ele?
No entanto, como o risco de o banco não lhe pagar (dependendo do banco) é muito baixo, a taxa de
juros cobrada é baixa. Afinal, na área de Finanças, o retorno é correlacionado ao risco.
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TESOURO DIRETO OU TÍTULOS PÚBLICOS
O governo se financia por meio da arrecadação de impostos. No entanto, às vezes, ele também precisa de
dinheiro emprestado para poder construir novas rodovias, hospitais, escolas etc. Para isso, bem como investir
na melhoria de saúde e transportes, o governo precisa de empréstimos. Dessa forma, pessoas e empresas
podem emprestar dinheiro ao governo por meio da compra de títulos públicos.
Títulos públicos são papéis emitidos pelo governo e comprados por pessoas e empresas, sendo acordada a
devolução do dinheiro em determinada data, acrescido de juros. Normalmente, o prazo de devolução do
dinheiro acrescido de juros é longo. Por isso, é mais indicado para aqueles que não precisarão do dinheiro
em curto prazo.
AÇÕES
Quando uma empresa atinge um tamanho relativamente considerável, seus sócios podem decidir pela
abertura de seu capital, isto é, lançar ações na bolsa de valores. Esta operação faz com que as pessoas que
comprarem as ações da empresa se tornem sócias dela e, com isso, possam receber dividendos ou obter lucro
por meio da variação do preço da ação. Por exemplo, podemos comprar a ação a R$ 1,00 e vendê-la a R$
2,00. No entanto, como o preço das ações das empresas pode variar muito por diversos motivos, este tipo de
investimento apresenta um grande risco para aqueles que desejem se aventurar sem um profundo
conhecimento técnico.
Assim, por mais que apresente uma grande oportunidade de enriquecer, o investimento em ações deve ser
feito apenas por aqueles que entendem do assunto e que não ficarão mais pobres caso percam parte do
dinheiro investido.
CONCEITOS FINANCEIROS
Na prática, toda vez em que precisamos comprar determinado produto para produzir uma mercadoria,
dizemos que estamos gastando dinheiro ou que isso é uma despesa, certo?
No entanto, na Administração e na Contabilidade, existe uma grande diferença entre despesa e custo.
1.Gasto
Toda saída de dinheiro da empresa. Independente do motivo da saída de dinheiro (seja para comprar uma
máquina que produzirá mais pão para sua padaria, seja para aplicar na poupança), nós a chamamos de
gasto.
2.Custo
Toda saída de recursos financeiros que está diretamente ligada à produção de seu produto ou à prestação
de serviço. Assim, em uma empresa que monta e vende celulares, o salário dos colaboradores que montam os
aparelhos é um custo, pois, sem esses profissionais, não é possível produzir os celulares.
3. Despesas
Toda saída de dinheiro que não está diretamente ligada à produção do bem ou à prestação de serviço.
Seguindo o mesmo exemplo anterior da empresa de celulares, caso o gestor decida comprar ventiladores
para tornar o trabalho de seus colaboradores mais eficiente, ele deve registrar essa compra como despesa,
pois a aquisição de ventiladores não influencia na produção dos aparelhos.
Então, a compra de um ventilador para a empresa é uma despesa, pois não é essencial para a prestação de
serviço do montador de celular.
4.Perda
Todo os processos de produção e prestação de serviços envolvem perdas. Imagine que a manicure, ao pintar
uma unha sempre use a quantidade exata de esmalte em seu cliente sem nunca borrar ou se sujar. Isso é
impossível!
Uma boa manicure sabe que é semprenecessário passar um pouco mais de esmalte, esbarrando nas
cutículas e até mesmo na pele (e, depois, limpar usando acetona). Esse esmalte que não foi usado pode ser
considerado uma perda.
O mesmo ocorre com a massa que sobra quando se vai fazer um pão ou qualquer outro produto.
Então, quando um empreendedor for calcular seus custos e suas despesas, é necessário que ele tome
cuidado para registrar também as perdas. Caso contrário, desperdiçará dinheiro.
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POLÍTICAS DE RECEBIMENTO
Agora que você conhece os conceitos de custos e despesas, e sabe que precisa contabilizar as perdas se
decidir montar o próprio negócio, é preciso entender sobre as políticas de pagamento.
Estamos acostumados a pensar em pagamento quando devemos a alguém (uma pessoa, um banco, o cartão
de crédito ou uma loja). Mas esquecemos que, quando empreendemos, precisamos definir políticas de
recebimentos para que os outros nos paguem.
Você concorda que, às vezes, bate aquela vontade de comer um doce, mas, nem sempre, temos dinheiro para
pagar por ele?
Quando conhecemos o dono da lojinha de guloseimas, é muito comum que ele nos deixe pegar o doce hoje e
só pagar depois. É justamente isso que entendemos como política de recebimento, também muito comum nos
cartões de crédito.
Precisamos ter muito cuidado com isso, pois, se não tivermos controle e organização sobre quando vendemos
e recebemos, poderemos ter um problema sério no Fluxo de Caixa.
Veja algumas dicas de como ter um bom controle de Fluxo de Caixa e definir suas políticas de recebimento:
1. Explicar suas normas aos clientes
Caso você aceite receber o dinheiro depois da venda, é importante que deixe bem claro quando espera
receber o dinheiro de volta e se cobrará juros sobre esse dinheiro. Uma boa conversa resolve muitos
problemas no futuro!
2. Fazer contrato
Quando o valor da venda for muito alto e o prejuízo por não recebimento, muito grande, será importante
fazer um contrato formal assinado por um advogado e registrado em cartório, para que, caso seu cliente
não lhe pague, você possa acionar a Justiça.
Aula 2 
CONCEITOS E TIPOS DE RECEITAS
A receita pode ser definida como a entrada de dinheiro ou de crédito para alguém ou para a organização.
Dessa forma, podemos entender receita como o dinheiro que entra toda vez que uma pessoa ou uma
organização vende um produto ou presta algum serviço. Entenda na prática com os exemplos a seguir:
VENDER UM PRODUTO
Quando uma padaria vende um pão, quando uma pessoa vende os bolos que fez, quando recebe a
oportunidade de comprar agora e pagar depois etc.
PRESTAR ALGUM SERVIÇO
Quando alguém ganha por maquiar uma noiva, quando um salão de beleza recebe o pagamento de uma
cliente, quando usa um serviço de aplicativo e só paga por ele na fatura do cartão de crédito no final do
mês etc.
Agora que entendemos o que é uma receita, é importante saber que ela pode ser caracterizada de
diferentes formas. Veja a seguir.
Classificação da receita
RECEITA PRINCIPAL (PRIMÁRIA)
Essa forma de receita se refere ao dinheiro que uma organização recebe por sua atividade-fim. Se
perguntassem a você o que uma hamburgueria faz, muito provavelmente você responderia algo como “vende
hambúrguer”.
Então, podemos dizer que o dinheiro que entra da venda de hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes é
a receita principal ou primária de uma hamburgueria, pois essa é a sua atividade-fim.
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RECEITA SECUNDÁRIA
Podemos entender a receita secundária como um produto ou serviço que a organização vende ou presta,
mas que é diferente da receita principal.
Imagine que a venda de ração de cachorro é a atividade-fim de uma organização, com 90% de sua receita.
Como já aprendemos, a venda de ração de cachorro é a receita principal (ou receita primária) da
organização. No entanto, a organização imaginária também promove exposição de cães de raça e ganha
um dinheiro extra com a inscrição dos donos para esses eventos. Sendo assim, 10% da receita da empresa
correspondem à organização de eventos de cães.
Então, o dinheiro proveniente desse negócio é chamado de receita secundária.
Atenção
É importante, no entanto, não confundir receita primária com receita secundária por causa do produto (ou
serviço) que gera mais dinheiro para a empresa. Se uma empresa produz lápis e canetas, mas ela é mais
famosa por suas canetas, não significa que a receita pela venda de canetas seja sua receita principal e a
venda de lápis, sua receita secundária, pois a proposta da empresa é vender os dois produtos, mesmo que
um deles seja mais requisitado do que o outro.
Então, o que diferencia receita primária da receita secundária?
É basicamente o produto ou serviço que a empresa busca realmente vender ou prestar (receita principal) e
o produto ou serviço que a empresa faz para “ganhar um extra”.
RECEITAS FINANCEIRAS
Agora que sabemos que existe receita principal e receita secundária, podemos entender o que são receitas
financeiras. Você concorda que, após a hamburgueria receber o dinheiro de um mês inteiro pela venda de
hambúrgueres (e pagar seus funcionários), ela fica com bastante dinheiro em caixa?
Uma hamburgueria pode, com esse dinheiro, fazer várias coisas: comprar mais maquinário, contratar mais
funcionários e investir na bolsa de valores.
Sim! Uma empresa de hambúrguer pode aplicar na bolsa de valores, emprestar para outras empresas e até
mesmo comprar ações. Assim, chamamos de receita financeira todo dinheiro que entra na empresa
proveniente de juros de receita financeira (a não ser que a empresa do exemplo em questão seja um
banco). Para que não restem dúvidas, precisamos pensar que a atividade-fim varia de organização para
organização, ou seja, precisamos sempre analisar a atividade em si para entendermos a aplicação desses
conceitos.
Exemplo
Veja, por exemplo, uma situação que é similar em termos de negócios, mas o entendimento do que é receita
financeira pode ser bem diferente do que usamos no exemplo de uma empresa que vende hambúrguer.
RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
Uma empresa, normalmente, tem alguns computadores, às vezes, um carro e, em raras situações, um prédio.
Todas essas coisas são usadas para que a empresa, por intermédio de seus colaboradores, funcione.
No entanto, se a empresa decidir comprar computadores mais modernos e deixar de usar os antigos, ou se a
empresa decidir se mudar de uma cidade para outra e vender o prédio que possui, o tipo de dinheiro gerado
pela venda de algo que era usado pela empresa não se enquadra em receita principal, nem em receita
secundária, muito menos em receita financeira.
Então, como classificar essas receitas extraordinárias?
Para esse tipo de receita, foi criado, então, o conceito de receitas não operacionais.
CONCEITOS E TIPOS DE DESPESAS
Depois de conhecer as principais formas de receita, nada mais justo do que aprender os principais tipos de
despesa. Quando usamos o termo despesa, principalmente no nosso cotidiano, acabamos utilizando-o para
todo tipo de gasto que é realizado; assim, de acordo com o conceito popular, despesa consistiria em
qualquer saída de dinheiro. É dessa forma que estamos acostumados a lidar com esse termo no dia a dia.
Porém, quando aplicamos a palavra despesa nas organizações, em termos financeiros, ela ainda representa
uma saída de dinheiro da organização, mas há outros conceitos também relacionados a gastos. Assim, o
conceito de despesa nas organizações tem um entendimento mais específico do que aquele que usamos.
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Salários das áreas administrativas e comerciais.FGTS, INSS e outras despesas relacionadas aos salários.
Gastos com telefonia, Internet, energia elétrica, água e demais contas de pagamento mensal.
Comissões sobre as vendas realizadas.
Aluguéis de instalações (prédios, veículos, equipamentos, computadores e outros bens móveis e imóveis).
Impostos, juros bancários, multas e taxas diversas.
Material de escritório.
Serviços e material de limpeza.
Passagens, gastos com transporte e alimentação em deslocamentos.
Despesa é tudo o que se refere à saída de dinheiro da organização na compra de produtos ou serviços que
não estão diretamente ligados à produção do produto final.
Exemplo
Um bom exemplo que podemos usar para entender essa definição é a compra de um ar-condicionado. Em
uma empresa de plásticos, é necessário que a temperatura seja de exatamente 18ºC, caso contrário o
plástico irá derreter ou congelar. A compra do ar-condicionado não é uma despesa, mas um custo, pois, se
não ocorrer, impactará no processo de produção da empresa.
No entanto, caso o gerente tenha comprado o ar-condicionado para deixar o pessoal do administrativo
motivado para trabalhar mais, essa compra foi uma despesa.
Conseguem enxergar a diferença?
A satisfação dos colaboradores contribui para o funcionamento da empresa, mas não é essencial no
processo de produção do plástico. Por esse simples motivo, a compra deve ser considerada uma despesa.
Dessa forma, podemos dizer que custo é toda saída de dinheiro referente à produção do bem ou à
prestação de serviço.
Despesa, entretanto, é toda saída de dinheiro que não está diretamente ligada à produção do bem ou à
prestação de serviço.
PRINCIPAIS TIPOS DE DESPESAS
Assim como as receitas, as despesas também podem ser classificadas. Em alguns casos, podemos fazer isso
de maneira mais intuitiva, como nas organizações e em nossos controles pessoais de gastos.
Para aglutinar tipos de despesas parecidos, podemos ter os seguintes exemplos:
Há inúmeros tipos de despesas, dependendo do tipo de atividade da organização e da complexidade dela.
Porém, percebam que ainda temos uma relação de tipos de despesa, e uma prática muito comum é reunir
esses tipos em agrupamentos mais abrangentes, como, por exemplo:
Despesas gerais e administrativas: todas aquelas necessárias ao funcionamento administrativo da
organização.
Despesas comerciais: todas aquelas que relacionamos ao esforço de vendas.
Outras despesas: todas aquelas que não se enquadram nos exemplos anteriores.
Por fim, em relação ao entendimento de como classificar as despesas, ainda temos várias situações na
gestão contábil e financeira, em que classificamos as despesas em fixas e variáveis.
As despesas fixas são aquelas que ocorrem todo mês, como, por exemplo, o aluguel de uma instalação (sala,
prédio, galpão etc.) e variam apenas em função de condições contratuais (como no caso de um aluguel, que
é reajustado anualmente).
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PAGAMENTO DO SALÁRIO DOS FUNCIONÁRIOS
COMPRA DE MATÉRIA-PRIMA
VENDA DE PRODUTOS
PAGAMENTO DE FORNECEDORES ETC.
As despesas variáveis podem ter valores diferentes de um mês para o outro em função de situações
relacionadas, como a variação de determinado gasto ou do próprio volume de produção (ou prestação de
serviços) da organização. Um exemplo é a comissão sobre vendas realizadas. Se vendemos mais, essa
despesa é maior; se vendemos menos, é menor.
Atenção
Ainda existe a possibilidade de uma despesa ter um comportamento simultâneo, com despesas fixas e
variáveis; neste caso, ela é chamada de semivariável. Um exemplo simples é a conta de energia elétrica.
Mesmo que nosso gasto de energia no mês seja nulo, existe um valor mínimo a ser pago mensalmente;
porém, dependendo do consumo real de energia, esse gasto varia. Assim, o gasto com energia elétrica é uma
despesa variável.
GESTÃO DE RECEITAS E DESPESAS
Agora que está claro o que são receitas e despesas e suas classificações, vamos aprender um pouco sobre
sua gestão.
Imagine uma empresa que produz três tipos de chocolate que vendem bem (ao leite, com nozes e branco).
Essa empresa conta com aproximadamente cem funcionários e possui um galpão alugado bem extenso.
Você concorda que o fluxo de dinheiro nessa empresa deve ser grande e constante?
Imagine que o dono dessa companhia não controla nenhuma das entradas e saídas de caixa, o que significa
que ela pode estar com um problema sério de fluxo de caixa.
Entenda, a seguir, o que é isso.
Fluxo de caixa é um controle utilizado para registrar todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa.
Esse controle serve para que a empresa saiba, diariamente, se tem dinheiro em caixa para pagar o salário
de seus funcionários, os fornecedores, as contas de luz, água etc.
Quando uma empresa vende a prazo, isto é, entrega o produto hoje para receber o dinheiro no mês
seguinte, o controle de fluxo de caixa é muito importante. Por exemplo, quando acontece uma venda de
R$100 em mercadorias, o dinheiro só será recebido 30 dias depois. Enquanto isso, a empresa precisa lidar,
no mês atual, com diversos gastos. Se ela não souber exatamente se pode ou não vender a prazo, poderá
“meter os pés pelas mãos” e ficar devendo a alguém.
O QUE SÃO FINANÇAS CORPORATIVAS?
O professor Gitman, em seu livro Princípios de Administração Financeira, define finanças como “a arte e a
ciência de administrar dinheiro”. Dessa forma, podemos entender que as finanças corporativas são a
administração dos recursos financeiros (dinheiro) da empresa.
Sendo assim, atividades comuns em finanças corporativas são:
Objetivos das finanças das organizações
Gerir as finanças nas organizações é um dos pilares de sustentação das empresas, pois, assim, é possível
controlar a entrada e saída de recursos financeiros, bem como se expandir (interação das Finanças com
outras áreas, como Estratégia e Marketing). Então, sempre que pensar em finanças nas organizações,
lembre-se das diversas áreas que servem para controlar as atividades e dar apoio ao gestor na hora de
tomar decisão.
PRINCIPAIS ÁREAS FINANCEIRAS
As principais áreas relacionadas às finanças nas empresas são:
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NOÇÕES DE INVESTIMENTO
A noção de investimento começa a surgir quando a organização conta com um recurso que não precisará ser
gasto no processo produtivo nem para pagar despesas existentes.
A partir dessa definição, podemos fazer as 
seguintes perguntas:
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Dessa forma, investimento pode ser definido como toda aplicação de dinheiro em algo que gere mais
dinheiro no futuro. Isto é, suponhamos que o país entre em uma crise e uma empresa precise fechar as
portas, fazendo com que cada funcionário receba 30 mil reais de indenizações. Veja dois cenários, onde
Maria e Ricardo tomaram a decisão de como investir esse dinheiro:
CENÁRIO 1
Maria decide pegar seus 30 mil.
Torna-se sócia na loja de roupas da irmã.
Lá, ela ganhará, por mês, mil reais e poderá arranjar outro emprego.
CENÁRIO 2
Ricardo, por outro lado, acredita que logo será contratado por outra empresa, pois possui boa formação
acadêmica.
Assim, ele decide comprar um carro com sua indenização.
Curtirá o carro novo, enquanto espera ser contratado por outra empresa.
Não existe uma resposta certa ou errada para as decisões da Maria e do Ricardo. Cada um faz o que achar
melhor com o seu dinheiro.
No entanto, apenas um deles investiu. Você sabe dizer quem?
Quem respondeu Maria acertou, pois investimento é tudo aquilo que é feito para gerar mais dinheiro no
futuro (nem que seja um real a mais). Por outro lado, comprar um bem (nesse caso, um carro) é apenas um
gasto, poisesse patrimônio não vai se valorizar com o tempo. Então, nunca caia na conversa fiada de
amigos e familiares de que comprar um carro é investimento, pois, a cada ano que passa, o valor do carro
diminui, e aqueles 30 mil do Ricardo logo serão 20 mil, 10 mil, e assim sucessivamente.
NOÇÕES DE FINANCIAMENTO
Você, provavelmente, conhece alguém que sempre compra no cartão de crédito e diz fazer isso sem se
preocupar, pois pagará suas dívidas em várias parcelas. Há também aqueles que compram tudo à vista,
para não pagar juros ou ter uma dívida “eterna”. Esse processo de comprar em um momento e pagar depois
é chamado de financiamento, e é muito comum entre pessoas, empresas e até países.
Você sabia que um país pode comprar algo de outro país e pagar depois?
Em Finanças, é explicado que, muitas vezes, é mais vantajoso pagar por um produto ou serviço depois, pois
o dinheiro pode perder seu valor com o tempo. Não pretendemos ensinar conceitos matemáticos, mas
explicaremos, de maneira rápida e simples, porque isso acontece. Existe algo na economia chamado inflação,
que faz com que os preços dos produtos e serviços aumentem.
Exemplo
Por exemplo, se, nos anos 2000, você conseguia comprar um refrigerante por R$1, hoje, ele custa, em média,
R$2,50. Então, o mesmo R$1 que comprava uma bebida no passado não compra nem meio refrigerante
atualmente.
A inflação serve de argumento para quem prefere comprar tudo a prazo, pois, dessa forma, conseguimos
comprar mais quantidades hoje do que no futuro. Desse modo, empresas se beneficiam comprando produtos
a prazo e no maior número de parcelas possível, pois a área de Tesouraria pode pegar o dinheiro que seria
usado para pagar os produtos à vista e investir em algo a curto prazo, gerando um pequeno lucro para a
empresa. Isso não é nenhuma sugestão para que todos passem a comprar a prazo!
Atenção
É muito comum pessoas perderem o controle no cartão de crédito e, no final, sofrerem grandes problemas
financeiros. Caso decida comprar a prazo, faça contas antes de sair comprando, a fim de saber se terá
dinheiro para pagar a fatura do cartão de crédito no futuro!
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NOÇÕES DE RISCO EM FINANÇAS
Nesta vida, temos apenas duas certezas: morreremos e pagaremos impostos (como diria um contador de
carteirinha). Então, estamos todos sempre passíveis a risco, isto é, alguma coisa pode dar errado e jogar
nossos planos para escanteio.
Risco financeiro é qualquer grau de incerteza que associamos às transações financeiras e à utilização do
dinheiro no tempo.
Sendo assim, entre vários riscos, há alguns que precisamos entender e aprender para evitá-los. São eles:
RISCO FINANCEIRO
RISCO OPERACIONAL
Esse risco se refere ao fato de a empresa começar a dar prejuízo. Suponha que um empresário tenha uma
padaria e venda seus pães a R$0,10 cada. No entanto, como não estudou esse conteúdo, ele não sabia que
existe algo chamado fluxo de caixa e, por isso, não se lembrou de controlar as entradas e saídas e verificar
quanto custava produzir um pão. No final de um ano, ele percebeu que cada pão custava R$0,15 para ser
produzido, ou seja, ele tinha prejuízo e precisava fechar a sua padaria. Dessa forma, risco operacional se
refere ao risco que qualquer empresa tem de seu negócio dar prejuízo, seja por vender mais barato do que
deveria, seja por não ter clientes suficientes.
RISCOS DE CRÉDITO
Riscos de crédito, como o nome diz, ocorrem quando um empreendedor ou seu cliente não consegue pagar
uma dívida e acaba pagando multa por isso. Se uma padaria comprar muita matéria-prima para produzir
pão a prazo e não conseguir vender sua produção, ela não terá dinheiro para pagar a sua dívida. No final,
a padaria terá de pagar multa, podendo até falir.
RISCOS DE LIQUIDEZ
Quando uma empresa não sabe se está recebendo mais do que gastando (mesmo que haja garantias de
receber mais dinheiro no futuro), existe a possibilidade de que a empresa não seja líquida (não tenha
dinheiro rapidamente) e, com isso, não possa pagar os gastos do momento, como salários, fornecedores etc.
Então, é preciso ter cuidado com a ideia de que receberá muito mais dinheiro do que o gasto para produzir,
pois, se a empresa receberá esse dinheiro apenas no final do ano, é bom que separe uma boa reserva de
dinheiro para pagar seus funcionários até lá.
RISCOS DE MERCADO
Os riscos de mercado se relacionam à economia como um todo, embora não estejam relacionados à
influência de um empresário pequeno. Vamos supor que um empresário venda celulares e compre as peças
da China. Se o Brasil brigar com a China, pode ser que o preço dos produtos chineses se torne bem mais
caro e, com isso, será necessário aumentar o preço do celular. Assim, é possível que seus clientes prefiram os
celulares do concorrente, por serem mais baratos. Dessa forma, risco de mercado é bastante perigoso, pois
não depende muito da sua boa gestão. No entanto, existem atitudes que um gestor pode tomar para não se
prejudicar com esses riscos, como ter vários fornecedores, uma boa quantidade de dinheiro em caixa etc.
RISCOS LEGAIS
Os riscos legais aparecem quando alguém é processado. Imagine que você tenha criado a mais nova
empresa de tecnologia, que você sabe que dará lucro na certa. Após dois meses funcionando e ficando
famoso, vem o “banho de água fria”, isto é, uma empresa está processando você com a alegação de que está
copiando suas ideias (em outras palavras, eles chegaram primeiro). Por mais que eles estejam errados, você
mereça ter aquela empresa ou, até mesmo, que o juiz lhe dê razão, existe a chance de você constituir um
advogado e até mesmo parar de funcionar até o meritíssimo chegar a uma conclusão.
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Poupança
CDB
Tesouro Direto (também conhecido como títulos públicos)
Ações
Enquanto isso, você precisa pagar o salário dos funcionários, o aluguel da sua sala, entre outras despesas.
Por fim, você pode chegar à falência simplesmente porque alguém não concordou com o seu negócio. Dessa
forma, é preciso se preocupar com os riscos legais e fazer tudo dentro da legalidade, se possível com a
ajuda de um advogado experiente.
Além disso, é necessário entender que, quanto mais arriscado é um investimento, mais retorno ele deve dar.
Em outras palavras, você apostaria uma quantia grande de dinheiro no cavalo de corrida que ficou em
último colocado na corrida passada? Provavelmente, não, pois o risco de perder é muito alto. Para que as
pessoas se sintam mais atraídas a investirem nele, o prêmio pago tem de ser mais alto também. O inverso
acontece com o cavalo campeão da corrida passada, que paga um prêmio mais baixo, já que ele tem
grandes chances de ganhar.
NOÇÕES DE RETORNO EM FINANÇAS
Retorno significa o quanto você ganhou pelo dinheiro investido.
Desse modo, se você depositou R$1.000 na poupança em dois de janeiro de 2018, você obteve R$1.042,36 no
último dia daquele ano, isto é, um retorno de R$42,36. Para muitos, esse retorno não é muito alto, pois a
taxa de juros é muito baixa, e o prazo investido é de um ano. Além disso, a taxa de juros é altamente
influenciada pelo risco. Então, como o risco de o banco não pagar o investidor é muito baixo, ele dará uma
taxa de juros muito baixa também. Caso você consiga uma taxa de juros mais atraente (com um risco um
pouco maior) e invista por um prazo maior, você poderá obter um bom retorno.
Sendo assim, todas as pessoas que desejam trabalhar com finanças ou administrar suas finanças pessoais
devem estudar um pouco de Matemática Financeira, principalmente juros compostos, para poder juntar uma
riqueza para a aposentadoria.
Quando falamos de empresas, há diversas formas de medir o retorno financeiro, bem como variados tipos
de aplicações financeiras para ganhar um dinheiro extra (que seriam classificadas como receita financeira).
Vejaalgumas a seguir:
Aula 3
UMA BREVE HISTÓRIA QUE ENSINA DUAS IMPORTANTES CARACTERÍSTICAS DO GESTOR EM
FINANÇAS
“Na década de 1630, os visitantes das prósperas cidades comerciais da Holanda não puderam deixar de
notar que milhares de cidadãos holandeses, normalmente sóbrios e trabalhadores de todas as esferas da
vida, estavam envolvidos em um extraordinário frenesi de compra e venda. O objetivo dessa especulação
sem precedentes era a tulipa, uma importação oriental delicada e exótica que enfeitiçara horticultores,
nobres e proprietários de tabernas. Por quase um ano, bulbos raros trocaram de mãos por somas incríveis e
sempre crescentes, até que flores únicas foram vendidas por mais do que o custo de uma casa. Os
historiadores chamariam isso de tulipomania. Foi o primeiro mercado futuro da história e, como tantos
outros que se seguiram, caiu espetacularmente, mergulhando especuladores e investidores em ruínas e
desesperos econômicos. (DASH, 2011)”
A história, anterior, conta a respeito de um fenômeno do passado chamado de tulipomania. Basicamente, o
que aconteceu foi que holandeses acreditavam que a tulipa, que vive em média cinco dias, era muito
especial e começaram a comprar mais a cada dia.
Com o tempo, essa flor começou a se tornar um símbolo de nobreza, e quem tivesse algumas plantadas na
frente de casa era considerado rico. No entanto, após uma alta demanda e pequena oferta, o preço da
tulipa ficou tão alto, que podia-se trocar uma pequena tulipa por uma casa inteira.
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Após um certo período de irracionalidade, os holandeses perceberam que essa flor não valia tanto e
pararam de comprá-la, o que fez seu preço despencar e levar à falência diversos negócios e comerciantes
que tinham construído sua fortuna com a venda dessa flor. Este fato foi relevante na área de Finanças,
demonstrando uma forte característica de especulação e a formação de uma bolha no preço deste produto,
no caso, a tulipa.
Por mais interessante e antiga que seja essa história, ela está longe de ser ultrapassada.
Quantas vezes vemos negócios abrirem e fazerem muito sucesso, sendo que, de repente, desaparecem do
ambiente econômico?
Olhando para o presente, talvez investir em empresas com produtos novos possa parecer um ótimo negócio,
no entanto, será que elas terão um futuro próspero e te ajudarão a conquistar a sua independência
financeira?
Ninguém sabe o dia de amanhã, mas existem certos estudos que ajudam a definir se o futuro de uma
empresa é de lucro, prejuízo e até mesmo de falência. Para essas e outras análises, o gestor em finanças
entra em cena e ajuda o empresário a decidir através de uma avaliação financeira se os resultados do
negócio fazem sentido, se o futuro é provável de sucesso ou se a compra de determinada ação vale a pena
ou não.
Se você está lendo este material, significa que está interessado em entender mais sobre as organizações e
seus resultados financeiros e, melhor, aprender a ler esses números e tomar decisões estratégicas que podem
ser a diferença entre um futuro próspero ou uma vida de decepções.
Esperamos que os ensinamentos aqui passados sejam de grande valor para todos e que você possa entender
como as finanças podem ser relevantes no seu cotidiano e na análise de suas decisões.
CARACTERÍSTICAS E PERFIL DE UM GESTOR EM FINANÇAS
Antes de começarmos a estudar que atividades um gestor em finanças exerce ou que tipo de formação
acadêmica as empresas buscam em um profissional dessa área, vamos entender qual o perfil que as
empresas buscam no gestor financeiro e quais as características que você deveria ter ou desenvolver para se
tornar um profissional melhor e mais capacitado.
É importante mencionar que, se você é uma pessoa que sempre teve dificuldade em matemática, que não
entende o porquê de se aprender determinados temas, ou que irá ficar triste se não encontrar em si
nenhuma das características listadas aqui, não há nenhum problema!
Cada ser humano é diferente e a forma como processamos informação no nosso cérebro é única. A história
está cheia de CEOs de empresas famosas que nunca tiveram o perfil que determinados profissionais de
Recursos Humanos dizem ser indispensável.
Sugerimos que você faça uma pesquisa a respeito de Jack Ma, sócio-fundador e CEO das empresas Alibaba,
empresa proprietária do AliExpress.
O QUE É O GESTOR EM FINANÇAS?
Agora que você compreendeu que nada do que será dito aqui irá ditar com 100% de certeza o seu futuro,
vamos entender mais sobre o gestor em finanças.
Segundo Dias (2020), o gestor financeiro é um cargo responsável pela administração das finanças de uma
empresa. É ele quem cria e controla o planejamento financeiro em todos os níveis, sendo peça-chave no
planejamento estratégico de uma organização.
O gestor em finanças, diferentemente de um simples analista, deve possuir, além de conhecimentos técnicos
avançados em finanças, características de liderança, pois ele é responsável por uma equipe.
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Sendo assim, é recomendado que, se você não for uma pessoa que se comunica bem, que gosta de assumir
responsabilidades e faz de tudo para entregar um trabalho de qualidade dentro do prazo, reveja seus
conceitos e trabalhe nesses pontos, pois essas são características que praticamente toda função tem.
Vale destacar que o conhecimento na área de Finanças também será importante na sua educação
financeira. A questão previdenciária (formação de recursos para você em longo prazo) utiliza vários
conceitos na área de Finanças. Vejamos outras características importantes que um gestor em finanças deve
possuir:
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RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES
O gestor financeiro é um profissional que possui diversas características que faz dele ou dela um
profissional de grande valor para a empresa. Um profissional que deseja apresentar crescimento profissional
na empresa, passando de estagiário a um gerente ou diretor, precisa saber quais são as principais
responsabilidades e atribuições que esse cargo exige.
Gestão de equipe
Um gestor financeiro não é uma pessoa que fica atrás de um computador de forma solitária (esse
estereótipo já deixou de existir faz tempo). O gestor financeiro que as organizações buscam é uma pessoa
motivada que traz animação e empolgação todos os dias para seus funcionários e ajuda na conclusão de
tarefas. Sendo assim, saber lidar com pessoas e liderá-las na direção da conclusão de tarefas e alcance de
resultados é muito importante.
Buscar eficiência e eficácia na conclusão de tarefas
Um gestor financeiro precisa encontrar a melhor maneira de se fazer algo com o mínimo de esforço possível.
Como Bill Gates disse uma vez, “Eu escolho uma pessoa preguiçosa para fazer um trabalho duro, porque
uma pessoa preguiçosa irá encontrar uma forma fácil de fazer”. É claro que não estamos dizendo para
ninguém ser preguiçoso, mas um gestor em finanças tem a responsabilidade de sempre encontrar meios
fáceis e corretos para se chegar ao resultado.
Encontrar soluções
É responsabilidade do gestor financeiro encontrar soluções onde ninguém vê. Um gestor em finanças precisa
conhecer todas as tarefas que seus funcionários fazem diariamente para saber o que pedir, quando pedir e
como resolver, se algum problema aparecer.
MULTIDISCIPLINARIDADE NA FORMAÇÃO
Os gestores em finanças normalmente são formados em Administração, Ciências Contábeis, Economia,
Engenharia e vários cursos tecnológicos na área de Gestão. Cada curso dá uma visão diferente sobre
finanças, mas de uma forma ou de outra, completam-se e trazem conhecimentos importantes para um gestor
nessa área.
ADMINISTRAÇÃO
O administrador dá direção e rumo às organizações, proporciona liderança às pessoas e decide como os
recursos organizacionais devem ser arranjados e aplicados para o alcance dos objetivos da organização.
Essas atividades se aplicam não somente ao presidente ou aos altos executivos, mas também aos
supervisores de primeira linha ou aos líderes deequipes. Em outras palavras, segundo Chiavenato (2005),
elas se aplicam ao administrador situado em qualquer nível da organização.
Apesar de dar uma visão abrangente sobre as áreas da empresa, o administrador pode buscar maior
conhecimento na área de Finanças através de cursos ou até uma especialização, o que está sendo cada vez
mais requisitado pelas empresas.
ECONOMIA
Conforme Rossetti (2008), a economia é um estudo da humanidade nas atividades decorrentes da vida.
Examina a ação individual e social em seus aspectos mais estreitamente ligados à obtenção e ao uso das
condições materiais do bem-estar. Assim, de um lado é um estudo da riqueza e, do outro, o estudo do
homem. Pode-se entender que o profissional que se dedica à área econômica desenvolve uma visão mais
abrangente sobre o mercado, a sociedade e como um interage com o outro. Seu objetivo é garantir a saúde
financeira de uma indústria, órgão público e até mesmo nações. Por isso, os economistas veem muito mais do
que números, estudando temas como Microeconomia, Macroeconomia, Econometria e a área de Finanças.
Para os economistas que decidam investir na área de Finanças, uma especialização na área, na maioria das
vezes, faz-se necessária, para que esse profissional saiba de forma mais aprofundada a lidar com a
dinâmica das organizações.
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CONTABILIDADE
A contabilidade representa uma ferramenta administrativa que demonstra um diagnóstico das situações
econômicas e financeiras de todas as empresas. No Brasil, de acordo com Ávila (2010), a contabilidade
consiste em uma obrigatoriedade no mundo do trabalho, ou seja, todas as entidades, sejam elas públicas ou
privadas, com ou sem fins lucrativos, são obrigadas a manter os registros de suas transações comerciais.
Esses registros são processados pela contabilidade.
A contabilidade é uma profissão que exige atenção e responsabilidade. O contador é responsável por
registrar toda as finanças da empresa em relatórios que serão usados pelos gestores para tomada de
decisão e partes externas para regulação. Para exercer suas atividades, o contador precisa ter um diploma
de graduação em Contabilidade reconhecido pelo MEC e obter o registro no Conselho Regional de
Contabilidade (CRC). Técnicos em contabilidade também precisam obter o registro no CRC. Além disso, o
contador igualmente estuda algumas matérias dos cursos de Administração e Economia. No entanto, como
seu curso é focado em informações contábeis, este profissional tende a possuir conhecimentos mais
aprofundados quanto a determinados assuntos.
Não possuo nenhuma dessas formações. E agora?
Se esse é o seu caso, não precisa se preocupar. As formações exibidas são algumas das mais comuns, mas os
profissionais de finanças podem ter diversas outras formações.
NA ORGANIZAÇÃO
Os principais cargos que um gestor em finanças costuma ocupar são: gerente financeiro, gerente de
controladoria e gerente de contabilidade.
Vale destacar que muitos profissionais iniciam suas carreiras na área de Finanças como analistas e depois
progridem para as funções gerenciais. Cada área possui seus conhecimentos próprios e responsabilidades
que iremos discutir, a seguir, para os cargos indicados.
GERENTE FINANCEIRO
O gerente financeiro é responsável por diversas áreas da empresa, tais como Contas a Pagar, Contas a
Receber e Tesouraria. Como ele lida com tantos departamentos, precisa ser um profissional dinâmico e que
entenda de cada uma dessas áreas em detalhe.
GERENTE DE CONTROLADORIA (OU CONTROLLER)
A controladoria pode ser entendida como uma evolução da contabilidade, pois ela pega os dados fornecidos
pela contabilidade e os transforma em relatórios gerenciais, além de cuidar do orçamento da empresa (o
quanto ela vai poder gastar no próximo período). Como essa área conversa com a Contabilidade, o gerente
de controladoria (também conhecido como controller) precisa entender bastante sobre contabilidade. Os
controllers costumam ser formados em Administração ou Contabilidade e ter uma pós-graduação na área.
GERENTE DE CONTABILIDADE
O gerente de contabilidade é o responsável por pegar todas as compras e vendas da empresa e consolidar
em números que serão usados por toda a área financeira, além de ter que assinar um relatório chamado
Demonstração Financeira (apenas quando a empresa é grande). Como ele é responsável por trazer os
números financeiros para o público, ele é uma figura muito importante na empresa. Para ser um gerente de
contabilidade, normalmente é necessária a formação em Ciências Contábeis.
NAS RELAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO COM SEU AMBIENTE EXTERNO
A análise ambiental é algo necessário para o dono de uma empresa ou seus gestores tomarem decisões
quanto ao futuro. Desse modo, saber como seus funcionários estão produzindo, se eles estão motivados, se o
processo é eficiente, entre outros (ambiente interno); e como estão seus concorrentes, se estes estão
planejando alguma decisão que impactará a sua empresa, se os seus fornecedores estão vendendo a um
preço reduzido etc.
A análise de ambiente externo tem o objetivo principal de identificar oportunidades e ameaças para a
empresa. Assim, podemos classificar as oportunidades e as ameaças da seguinte maneira:
Amanda
Realce
Amanda
Realce
Amanda
Realce
Amanda
Realce
Amanda
Realce
Amanda
Realce
Amanda
Realce
Vejamos detalhes sobre cada um dos elementos:
Oportunidades
Naturais
As oportunidades naturais são aquelas que aparecem para a empresa decorrentes da sua atividade-fim ou
de recursos que ela já possui. Um exemplo seria começar a vender a sobra de plástico não utilizado para
uma empresa de reciclagem. Como isso é uma maneira de ganhar dinheiro extra e não está definido como a
atividade-fim da empresa, é uma oportunidade natural. Cabe ao gestor de finanças observar se a empresa
possui oportunidades de ganhar mais dinheiro (ou deixar de perder) no que diz respeito ao uso de dinheiro
e informar ao administrador da empresa.
De evolução
As oportunidades de evolução surgem conforme a empresa vai funcionando e ganhando formato. Por
exemplo, vamos supor que uma empresa venda sorvetes e raspadinhas. Ao longo dos anos, ela percebe que
a raspadinha que ela produz e vende também é muito usada no preparo de drinks chiques que são vendidos
em hotéis e boates. Enxergando essa oportunidade nova, ela, então, começa a produzir raspadinhas voltadas
para esses drinks. Como o gestor de finanças precisa estar sempre antenado quanto às oportunidades que
surgem, é preciso que ele enxergue essas oportunidades de negócios quanto à administração do dinheiro da
empresa e saiba investir melhor seus recursos.
Sinérgicas
Esta expressão significa as oportunidades que surgem na empresa e a fazem criar uma nova área somente
para atender a esse novo produto ou serviço que ela decidiu prestar. Um exemplo de oportunidade sinérgica
foi a Lamborghini, que no começo de sua história vendia tratores agrícolas, mas depois de uma resposta de
ninguém menos que Enzo Ferrari (criador da marca Ferrari), o Sr. Ferruccio Lamborghini decidiu criar uma
divisão de produção de carros esportivos.
O gestor financeiro precisa ser uma pessoa rápida e dinâmica e enxergar no próprio negócio as
oportunidades futuras de se investir dinheiro em outros negócios que vão gerar maior riqueza para sua
empresa.
De inovação
Essa oportunidade, normalmente, acontece devido a uma necessidade. Quando a empresa está com
resultados desfavoráveis por estar ultrapassada, ela precisa se atualizar e se inovar para não falir. Como o
gestor financeiro é o responsável pela saúde financeira da empresa, esse profissional tem a
responsabilidade de enxergar como a empresa está caminhando e se ela precisa se inovar para não morrer
no esquecimento.
Ameaças
Naturais
As ameaças naturais são problemas que a empresa pode encontrar na sua linha de negócio. Seja por
ineficiência, seja porque o mercado não quer mais aquele produto (alguém lembra do Frozen Yogurt e dos
food trucks?).Por isso, o gestor financeiro precisa analisar os números da empresa e enxergar se ela está
sendo ineficiente ou se a receita está diminuindo e entender o porquê das coisas. Depois disso, precisa
informar ao dono da empresa, que irá tomar uma decisão sobre como agir nesse caso.
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
Aceitáveis
Existem ameaças que a empresa deve aceitar. Como diria algum sábio da História, “Não é possível abraçar
o mundo com as pernas”. Em outras palavras, por mais que a empresa deva se preocupar com todas as
ameaças, ela não vai conseguir se proteger contra tudo e, por isso, deve focar no que acredita ser mais
perigoso para seu futuro e “jogar os outros riscos para escanteio”. O gestor financeiro, sabendo que é
necessário escolher bem suas batalhas, deve saber aonde colocar o dinheiro da empresa e com o que não se
preocupar.
Inaceitáveis
É com essas ameaças que o gestor financeiro deve se preocupar e lutar para vencer. Esse tipo de ameaça se
refere a todos os riscos e problemas externos que a empresa pode encontrar e que podem gerar sérios
danos ao negócio. Dessa forma, é importante que o gestor financeiro, com base nos números, saiba o que
está acontecendo no cenário externo e faça uso do dinheiro para vencer na batalha econômica.
Aula 4 
PLANEJAMENTO FINANCEIRO: O QUE PLANEJAR?
Para entendermos o planejamento financeiro no âmbito empresarial, é importante que antes
compreendamos o próprio conceito de planejamento. Segundo Sobral e Peci (2013), ele pode ser definido
como a:
Função da administração responsável pela definição dos objetivos da organização e pela concepção de
planos que integram e coordenam suas atividades.
Planejamento, portanto, integra o que deve ser feito à maneira como isso pode ser realizado ou atingido.
Afinal, de que adianta planejar se depois não podemos checar o que foi planejado?
Essa checagem é chamada de controle. Ainda de acordo com Sobral e Peci (2013), ele pode ser considerado
a função da administração responsável pela geração de informações sobre a execução das atividades a fim
de garantir o cumprimento das metas planejadas, monitorando-as e corrigindo desvios significativos.
Exemplo
Tracei como meta emagrecer dois quilos até dezembro deste ano (meta: objetivo + prazo). Farei isso por
meio de dieta e exercícios físicos, embora meu planejamento também inclua a forma como esse controle será
realizado: quantos minutos me exercito e quantas gramas perco por semana. Por fim, após o planejamento,
começarei a execução do plano e seu controle (monitoramento e correção caso seja necessário). O
planejamento do controle financeiro tem uma lógica semelhante.
O planejamento também é muito importante ao organizar a vida financeira, seja de uma pessoa física ou
jurídica.
As metas são os objetivos com prazos que se deseja alcançar, enquanto a tática é a maneira ou o caminho
para que elas sejam alcançadas.
Veja o exemplo.
Se a meta de uma empresa é:
Dobrar o valor de sua receita em dois anos, suas táticas podem ser:
1. Investir mais em marketing
2. Contratar mais funcionários para o departamento comercial
3. Aumentar a rede de distribuição
4. Iniciar uma nova linha de produção
Note que as táticas geram e consomem recursos da entidade. Dessa forma, elas:
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
Exemplo
O Governo Federal deve respeitar a Lei Orçamentária Anual, que versa sobre um planejamento de curto
prazo. Já o Plano Plurianual aborda um de prazo mais longo (quatro anos). As empresas funcionam da
mesma forma.
Detalharemos a seguir as principais diferenças entre esses dois tipos de planejamento:
Curto prazo
A principal ferramenta utilizada na área de Finanças para estruturar e materializar tal planejamento é:
Fazer a estimativa de receitas previstas para um período (o anual é rotineiramente utilizado para períodos
de curto prazo).
Estabelecer limites para as despesas que pretendemos realizar.
Para sabermos se as despesas fixadas são compatíveis com as receitas esperadas, fazemos uma comparação
entre ambas em períodos definidos ao longo do ano.
Atenção
Apesar de normalmente mensal, o período utilizado também pode ser quinzenal, semanal, bimestral ou
trimestral. Isso varia em cada tipo de organização.
O orçamento é uma ferramenta de confronto entre essas receitas e despesas.
Mas como podemos fazer esse tipo de previsão orçamentária?
Comecemos com a linha de receita. Você pode pegar a do último ano e usar como base para o próximo.
Neste caso, qual é a expectativa: vender mais ou menos?
Para responder à pergunta, precisamos analisar o seguinte exemplo:
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
Estimar a receita e as despesas que aumentam ou diminuem em relação à variação da receita;
Colocar as despesas que não devem mudar no período.
Após fazer uma pesquisa, a empresa XYZ verificou ser capaz de alcançar os seguintes resultados para o
próximo ano:
Cenário A
Aumentar em 15% o preço de venda e diminuir em 10% a quantidade vendida..... .... .... ....... ...
Cenário B
Diminuir em 8% o preço e aumentar em 20% a quantidade..... .... ......... ....... ....... ... ........
Cenário C
Manter o preço, gastando R$50.000 em marketing para aumentar em 30% a quantidade vendida.
Se, neste ano, a empresa vendeu 45.000 produtos a R$38 cada, indique abaixo qual é a melhor estratégia a
ser adotada no planejamento do próximo?
Gabarito
Primeiramente, temos de saber a receita total deste ano:
45.000 x R$38 = R$1.710.000
Portanto, para os cenários apresentados, ela fica em:
Cenário A: (45.000 x 90%) x (R$38 x 115%) = R$1.769.850;
Cenário B: (45.000 x 120%) x (R$38 x 92%) = R$1.887.840;
Cenário C: (45.000 x 130%) x R$38= R$2.223.000 - R$50.000 = R$2.173.000.
Verificamos que o Cenário C aumenta a receita para R$2.223.000. Mesmo que descontemos os R$50.000 da
despesa de marketing, o valor de R$2.173.000 ainda é o maior dos três cenários. Portanto, em suas
projeções, o planejamento do ano seguinte deve usar os seguintes valores: receita de R$2.223.000 e despesa
de marketing de R$50.000.
Então, a reposta correta é o Cenário C.
Mas você pode estar se perguntando: essa previsão não aborda as outras despesas?
Outros custos não mudam muito no curto prazo. Na tabela do planejamento trimestral de uma empresa que
já mostramos, podemos ver que as despesas administrativas (R$80.000) se mantiveram estáveis no período.
Desse modo, para fazer um orçamento, deve-se:
Longo Prazo
Este tipo de planejamento leva em consideração os gastos da empresa obtidos em longo prazo.
Exemplo
Uma empresa que fabrica produtos precisa renovar seu maquinário ocasionalmente, porém esse gasto não
acontece todo ano, e sim em períodos maiores. Por isso, ele deve ser planejado em longo prazo.
Quando uma empresa decide investir em um novo projeto, ela precisa fazer um planejamento do tipo, pois
ele não se mostra rentável em curto prazo. Para vermos como isso é possível, será necessário entendermos os
três conceitos seguintes:
Payback
Ele está relacionado ao tempo em que um projeto retorna o valor inicial investido.
Exemplo
Uma empresa pretende gastar R$100.000 em um projeto para desenvolver um produto que lhe vai trazer
R$20.000 por ano de retorno. Seu payback, portanto, é de cinco anos (100.000 /20.000 = 5).
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
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Realce
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Realce
User
Realce
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User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
Quando ele realmente existir;
Escolher uma alternativa que aparentemente possa me retornar menos emum futuro mais próximo,
mesmo hoje tendo um valor presente maior.
O payback pode ser entendido como:
Payback = investimento inicial / retorno
Se o retorno for medido anualmente, como no caso exemplificado, a unidade de medida do payback será em
anos; se estiver em meses, ela também será medida em meses – e assim por diante. O valor do dinheiro no
tempo, contudo, não é constante.
Exemplo
Você acha que, para uma empresa, é melhor ganhar R$200 hoje ou ano que vem?
Se ela já tiver em mãos esse valor, poderá utilizá-lo na organização para produzir mais resultados ou aplicá-
lo de forma que, no futuro, ele valha mais que os R$200 iniciais.
Valor presente líquido (VPL)
Mesmo sendo possível termos uma ideia de quanto poderemos ter no futuro, resta a questão:
Quanto valeria hoje o recurso (dinheiro) que, afinal, só poderei ter no futuro?
Para descobrir isso, existe uma ferramenta chamada VPL.
Se soubermos a previsão de fluxo de receitas e gastos ao longo do tempo para determinada situação,
conseguiremos estimar o valor atual de um resultado que somente ocorrerá, de fato, daqui a algum tempo.
O VPL serve para melhorarmos nossos processos de decisão.
Se eu tiver uma boa ideia do valor atual de um recurso que só vai existir no futuro, poderei me planejar
melhor para:
O VPL (também conhecido como VAL - Valor Atual Líquido) é o cálculo que apresenta o resultado
financeiro atual/presente de um fluxo de caixa descontado a uma determinada taxa de juros apropriada,
assim, também se pode definir VPL como a soma algébrica (negativos e positivos) dos valores descontados
de um fluxo de caixa.
Quando em condições de perpetuidade, valor constante de retorno e aplicação de taxa constante de
crescimento, o valor do VPL é calculado da seguinte forma:
Em que:
É a taxa de desconto. Pode ser entendida como
aquela que a empresa receberia investindo o mesmo
dinheiro em outro lugar, como títulos públicos e
poupança, ou a responsável por fazer com ele perca
seu valor no tempo caso não seja aplicado, como
ocorre na inflação.
É a taxa de crescimento. Trata-se de
qualquer taxa que o gestor acredite ser
capaz de aumentar sua receita no tempo.
É importante, no entanto, que a taxa de
crescimento seja menor do que a de
desconto.
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
Analisemos o seguinte exemplo:
Uma empresa investiu R$100.000 em um projeto com rendimento de R$20.000 por ano e inflação anual de
5%. Qual será o seu VPL?
Retorno = 20.000
i = 0,05
c = 0
Investimento Inicial = 100.000
Então temos:
Vamos supor agora que ela acredita ser capaz de aumentar o retorno anualmente em uma taxa de 2%.
Qual será o seu VPL?
Note que, pelo fato de a empresa ter feito seu retorno subir todo ano, o VPL do empreendimento aumentou
bastante.
Taxa interna de retorno (TIR)
TIR é a taxa que deixa o VPL na perpetuidade igual a zero:
Reordenando esta fórmula, vemos que a TIR é:
Para o exemplo anterior, temos a seguinte taxa:
Retorno = 20.000
c = 0,02
Investimento Inicial = 100.000
Então temos:
User
Realce
User
Realce
Vamos testar agora a TIR no cálculo do VPL:
Retorno = 20.000
i = 0,22
c = 0,02
Investimento Inicial = 100.000
Você deve estar se perguntando: para que me serve a TIR?
Ela é a taxa de retorno de seu investimento. No exemplo acima, o projeto está rendendo 22% ao ano de
retorno para sua empresa.
Você poderá usar essa informação em seu planejamento para tomar as seguintes decisões:
ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA
Todos os gastos da área de Finanças devem estar categorizados corretamente; além disso, cada categoria
precisa se referir a um tipo de gasto. Uma empresa deverá organizá-los nessas categorias para eles
poderem ser controlados ao longo do tempo.
Veremos a seguir de que forma essa organização é estruturada, destacando ainda as principais funções na
área financeira.
FUNÇÕES NA ÁREA FINANCEIRA
Determinadas por cada empresa, as principais funções são:
1 - DIRETORIA FINANCEIRA
Funciona nela tanto a parte administrativa do setor financeiro quanto o setor de análise financeira da
empresa. A parte financeira é um elo entre todos os setores.
Por isso, a diretoria precisa coordenar o recebimento das informações de todos os setores para fazer a
análise financeira de forma correta e, consequentemente, auxiliar na gestão da empresa.
2 - TESOURARIA
Sua principal função é administrar o caixa da empresa, sendo a responsável por manter a capacidade de
pagar as obrigações dela sem atrasos. Além disso, a tesouraria precisa verificar a legitimidade dos
pagamentos feitos pela empresa, aferindo se eles se referem a compras realmente efetuadas por ela.
3 - CONTROLADORIA
Sua responsabilidade é acompanhar o setor financeiro da empresa e verificar se ela está seguindo o
planejamento de curto prazo estipulado no início do ano. A controladoria também ajuda no processo de
tomada de decisão dela, auxiliando em seu planejamento e acompanhamento.
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
4 - CONTABILIDADE
repara informações contábeis que serão utilizadas por todo o setor financeiro. A contabilidade também é
responsável por fazer todos os lançamentos contábeis e elaborar as demonstrações financeiras da empresa.
5 - GESTÃO DE TRIBUTOS
Os tributos devem ser pagos; afinal, sua evasão configura um crime fiscal. No entanto, uma empresa poderá
utilizar estratégias totalmente legais (chamadas de elisão fiscal) para minimizar o valor daqueles que
precisar pagar.
Além de trabalhar a fim de otimizar o pagamento dos tributos, a gestão de tributos também a ajuda a
recolher os tributos dentro dos prazos, evitando, assim, multas e penalidades.
INFORMAÇÕES FINANCEIRAS
São organizadas de diferentes formas. Analisaremos os tipos de informação financeira a seguir:
Organização da informação contábil-financeira
As informações de uma empresa são organizadas seguindo diretrizes do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC). O CPC foi criado pelo Conselho Federal de Contabilidade, que possui membros de
diversas áreas.
Exemplo
Membros da Comissão de Valores Imobiliários.
As demonstrações financeiras ou contábeis são os relatórios preparados com o objetivo de disponibilizar
informações sobre a situação patrimonial, econômica e financeira de uma organização para os usuários
internos e externos.
Dentre outros, são dois os considerados mais importantes:
1. Balanço patrimonial
Ele mostra o:
Vídeo Youtube explicando Balanço patrimonial
https://www.youtube.com/watch?v=mD-krqVDdco&ab_channel=ProfessorQuintino
2. Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é a apresentação, de forma resumida, das operações
realizadas pela empresa durante o exercício social, [sendo] demonstradas de forma a destacar o resultado
líquido do período, incluindo o que se denomina de receitas e despesas realizadas.
Dessa forma, a DRE aponta, de forma simples e prática, todas as receitas e gastos da empresa,
demonstrando, no final do processo, se ela obteve lucro ou prejuízo.
Lucro: Receitas maiores que despesas.
Prejuízo: Despesas maiores que receitas.
https://www.youtube.com/watch?v=mD-krqVDdco&ab_channel=ProfessorQuintino
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
User
Realce
Estrutura modelo de uma DRE
01 Receita operacional bruta
Vendas de produtos
Vendas de mercadorias
Prestação de serviços
02 (-) Deduções da receita bruta
Devoluções de vendas
Abatimentos
Impostos e contribuições incidentes sobre vendas
03 (=) Receitas operacionais líquidas
04 (-) Custos das vendas
Custo dos produtos vendidos
Custo das mercadorias
Custo dos serviços prestados
05 (=) Resultado operacional bruto
06 (-) Despesas operacionais
Despesas com vendas
Despesas administrativas
06 (-) Despesas financeiras líquidas
Despesas financeiras
(-) Receitas financeiras

Outros materiais