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Análise de Investimentos - Slides de Aula - Unidade III

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Unidade III
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Prof. Alexandre Laurindo
Técnicas de avaliação de investimentos
 Na unidade anterior, vimos os cálculos sobre tempo de retorno 
de investimento, levando em consideração a taxa de juros e os 
valores de entrada.
 Existem outras técnicas de análise de investimento.
Primeiro deve-se contextualizar a situação, 
pois investimento faz parte das decisões diárias 
das empresas.
Contextualização
 Em primeiro lugar deve-se pensar em: produtividade, pois
ela gera entrada de recursos e, ao mesmo tempo, gera 
consumos diferentes.
Por exemplo
 Uma máquina automática é mais cara, mas exige menos mão de 
obra, reduzindo o custo, contudo, a manutenção é mais cara.
Deve-se comprar uma máquina automática ou manual?
Decisões de investimentos
Devem-se considerar:
valor investido
custo do capital 
aplicado
tempo de retorno 
desejado
custo de operação geração de caixa
Técnicas de avaliação financeira
Período de recuperação do investimento ou 
payback
Taxa média de retorno
Valor presente líquido – VPL
EVA e o market value added (MVA)
Taxa interna de retorno – TIR
Payback
 Este método é o mais simples, pois é definido como o número 
de meses ou de anos necessário para recuperar o desembolso 
em determinado investimento.
 Não considera o valor do dinheiro no tempo, e a sua 
metodologia não se traduz num fluxo de caixa descontado
a determinada taxa.
Payback
 A recuperação do investimento feito está mais associada a
um prazo limite fixado pelo investidor para recuperar o valor 
aplicado ou o investido.
 Havendo grandes possibilidades de risco de não recuperação 
no prazo limite fixado, a decisão é não aceitar o projeto
de investimento.
Payback
Por exemplo: um investimento no valor de R$ 360.000, 
desembolsado de uma única vez e que gera expectativa
de entradas conforme tabela a seguir:
Ano Expectativas de entradas
1 51.000
2 115.000
3 264.000
4 200.000
5 250.000
Payback
Como se calcular o payback?
Observe o fluxo de caixa acumulado:
 Abatem-se os valores das entradas do investimento inicial 
feito até que os valores zerem e se tornem positivos.
Ano Fluxo de caixa no período Fluxos acumulados
0 (360.000) (360.000)
1 51.000 (309.000)
2 115.000 (194.000)
3 264.000 70.000
4 200.000 270.000
5 250.000 570.000
Payback
 Para um projeto de investimento conforme a tabela anterior, 
cuja saída é de R$ 360.000, tornando-se positivo durante o 
terceiro ano, e admitindo-se que a entrada de R$ 264.000 no 
terceiro ano ocorra de maneira uniforme, ou seja, 264.000/12 = 
22.000 por mês, o fluxo de caixa se torna positivo, decorridos 
dois anos e aproximadamente 8,81 meses, ou 9 meses.
Payback
Como se chega a esse valor?
 No fim do ano 2, há um saldo a recuperar de R$ 194.000, que 
deveria ser recuperado no ano 3.
 No ano 3, há uma entrada superior a esse valor, R$ 264.000. 
Então, precisamos apurar ou fazer um rateio das entradas 
mensais, ou seja, R$ 264.000 em um ano representam
R$ 22.000 por mês, supondo entrada linear.
Payback
Como se chega a esse valor?
 O saldo a recuperar de R$ 194.000 deve ser dividido por
R$ 22.000, o que vai apontar que esse valor será atingido
em 8,81 meses.
 Se a empresa estabeleceu um limite de quase 3 anos, então
o projeto deve ser aceito. 
Payback
 Entretanto, se houver uma margem de risco que possa 
determinar que o fluxo de caixa ocorra muito além dos 3 anos, 
 por exemplo, 4 anos, então a decisão é não aceitar o projeto.
Payback
 A decisão dos investidores quanto ao prazo é aceitável
para obter o retorno.
 Se os cálculos apontarem retorno em tempo igual ou
inferior ao prazo estipulado, o investimento é aceito e,
se for superior, deve ser negado.
Outra forma de calcular o payback
Uma forma alternativa de calcular o tempo do payback conforme 
quadro anterior é:
 Os nove meses somados aos dois anos iniciais determinam 
que o período de recuperação do valor investido é de dois 
anos e nove meses, ou quase três anos.
Interatividade 
Quando falamos sobre as técnicas de avaliação financeira, 
observe qual(is) das afirmações abaixo refere(m)-se ao assunto.
I. Período de recuperação do investimento ou payback.
II. Taxa média de retorno.
III. Valor presente líquido – VPL.
IV. EVA e o market value added (MVA).
V. Taxa interna de retorno – TIR. 
Assinale a alternativa de garantia correta.
a) Todas as afirmações estão corretas.
b) Apenas a afirmação I está incorreta.
c) Apenas a afirmação III está incorreta.
d) Somente a afirmação II está correta.
e) Todas as afirmações estão incorretas.
Taxa média de retorno
 Este método também não considera o valor do dinheiro
no tempo. 
 Utilizando os mesmos dados, como o fluxo médio de entradas 
de caixa e calculado.
Fluxo de entradas:
Anos ou períodos
Entradas de 
entradas
Ano 1 51.000
Ano 2 115.000
Ano 3 264.000
Ano 4 200.000
Ano 5 250.000
Total 880.000
Taxa média de retorno
 O primeiro passo é calcular a média anual dos cinco anos, 
igualando, mesmo que em média, os valores de entradas.
Entradas médias – anual:
 880.000/5 = 176.000 por ano.
Cada entrada será considerada como uma parcela de
retorno, assim:
 Se o padrão desejado for inferior a 48,89%, por exemplo, 35%, 
então a decisão é também aceitar o projeto de investimento.
Taxa média de retorno
 A conscientização de que a taxa de quase 50% poderá levar
a ideia errônea de que o investimento será recuperado em
dois anos. 
 Contudo, no método do payback, o projeto levará quase três 
anos para ser recuperado, ou, precisamente, mais nove meses, 
decorridos os dois anos, ou seja, 2 anos e 9 meses.
Taxa média de retorno
Deficiências dos dois métodos
 É não levar em consideração o valor do dinheiro no tempo
e os aspectos inflacionários, pois a saída de caixa para o 
investimento e as respectivas entradas não estão em uma 
mesma moeda, e as entradas e saídas de caixa em uma
mesma data podem ser comparáveis.
Taxa média de retorno
Os modelos que consideram esses itens citados são 
denominados fluxo descontado de caixa, em que estão:
Valor atual líquido (VPL)
Taxa interna de retorno (TIR)
EVA de market value added (MVA) ou lucro econômico
VPL e a relação do valor do dinheiro no tempo
 “Por que pensamos em utilizar o VPL antes de mais nada?” 
(ROSS, WESTERFILD & JAFFE).
 Precisamos a relação entre 1 (um) Real hoje e 1 (um) Real 
futuro, antes de decidir a respeito de um projeto.
Por exemplo 
 Uma empresa está analisando a possibilidade de investir 
R$ 1 milhão num projeto que promete produzir R$ 200.000,00 
por ano, durante dez anos.
 Deve a empresa aceitar o projeto?
VPL e a relação do valor do dinheiro no tempo
Análise do exemplo
 À primeira vista, poderia ter sido dito que sim, pois as 
entradas totais de R$ 2 milhões são maiores que a saída
R$ 1 milhão.
 Entretanto, se o valor inicial é gasto imediatamente, 
sendo que os R$ 200.000 por ano serão recebidos no futuro. 
Observamos que o pagamento inicial é certo, mas as entradas 
futuras são apenas estimativas. 
Valor presente líquido – VPL
 Leva em conta o valor do dinheiro no tempo.
 Considera todas as entradas e saídas de caixa como tratadas 
no tempo presente.
 É igual ao valor presente do fluxo de caixa líquido do projeto 
em análise, descontado pelo custo médio ponderado de capital.
Atributos do VPL
 “Aceitar projetos com VPL positivo é benéfico para os 
acionistas.” (ROSS, WESTERFILD & JAFFE)
O VPL usa fluxos de caixa
O VPL usa todos os fluxos de caixa do projeto
O VPL desconta os fluxos de caixa 
corretamente
Valor atual líquido ou 
valor presente líquido (VPL)
 É uma técnica que traz o valor presente na data do 
investimento ou desembolso de todas as entradas futuras
de caixa.
 Sendo maior ou igual ao valor desembolsado (investimento 
inicial), então a decisão de investir deve ser aceita.
 Sendo o VPL negativo oumenor que o valor investido, a 
decisão é não aceitar o investimento.
Valor atual líquido ou 
valor presente líquido (VPL)
 Tomando os mesmos dados apresentados anteriormente, 
utilizados no método do payback, sabe-se que a empresa 
deseja uma taxa de retorno de investimento de 25% ao ano.
Fluxo das operações:
Ano
Fluxo de caixa no 
período
Fator de valor atual a
25% ao ano
Valor atual do fluxo de 
caixa a 25% ao ano
0 (360.000) 1,0000 (360.000)
1 51.000 0,8000 40.800
2 115.000 0,6400 73.600
3 264.000 0,5120 135.168
4 200.000 0,4096 81.920
5 250.000 0,3277 81.920
Valor Atual líquido ou Valor Presente Líquido = 53.408
Valor atual líquido ou 
valor presente líquido (VPL)
 Com os resultados obtidos, o projeto deve ser aceito, pois 
o valor atual líquido é positivo em $ 53.408,00.
Cálculos
 Ano 1
Fator de valor atual 25% ao ano, como estamos no ano 1, temos 
que antecipar um período:
Ano 2
Valor atual líquido ou 
valor presente líquido (VPL)
Valor atual líquido ou 
valor presente líquido (VPL)
 Ano 3
Valor atual líquido ou 
valor presente líquido (VPL)
 O mesmo ocorre nos anos 4 e 5. Ao final, abatem-se do valor 
investido as atualizações de valores de entradas.
Compilando os dados, temos:
Então
 413.408 – 360.000 = 53.408,00
 O resultado foi positivo. 
Ano Valor atualizado
1 40.800
2 73.600
3 135.168
4 81.920
5 81.920
Total 413.408
Interatividade 
Observe as afirmações abaixo.
I. A taxa média de retorno não considera o valor do dinheiro
no tempo.
II. Valor atual líquido (VPL) considera o valor do dinheiro
no tempo.
III. Taxa interna de retorno (TIR) leva em consideração 
o dinheiro no tempo.
Assinale a alternativa correta.
a) Todas as afirmações estão incorretas.
b) Somente a afirmação I está incorreta.
c) Apenas a afirmação II está correta.
d) Todas as afirmações estão corretas.
e) Somente a afirmação III está correta.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
 O valor econômico agregado (EVA) conduz aos mesmos 
resultados do VPL.
 Sua utilização tem importância para se entender qual taxa
de desconto deve ser utilizada para trazer os fluxos de caixas 
futuros a valor presente. 
 A taxa de desconto utilizada correspondente ao conceito 
de custo de capital.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
 O custo de capital é definido como a taxa de retorno desejada 
pelos detentores do capital. 
 Na economia de mercado, o empresário que investe uma
dada quantia de capital em uma empresa ou em um conjunto 
de ativos que produzirão lucros anuais não possui capital 
próprio suficiente para aplicação em determinado negócio 
ou empreendimento. 
 Uma das alternativas é buscar capital emprestado nas 
instituições financeiras ou bancárias.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
 Quando aplicados os capitais próprios e de terceiros, o 
empresário deve ter consciência principalmente sobre este 
último, que deve produzir lucros suficientes para pagar os 
juros e que proporcionem uma diferença favorável entre o 
lucro produzido pelos capital emprestado e juros pagos. 
 A empresa está sendo alavancada financeiramente, porque o 
excesso entre o lucro produzido pelo capital emprestado e os 
juros pagos são acrescidos aos lucros produzidos pelo capital 
dos proprietários da empresa.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
 O lucro produzido pelo capital próprio da empresa ou o
capital de propriedade dos sócios ou acionistas deve produzir 
um lucro que dê para remunerar os sócios ou acionistas pela 
taxa de retorno desejada, e o que exceder após a remuneração 
dos sócios ou acionistas e o chamado EVA, ou lucro 
economicamente ganho.
 De outra forma, de acordo com a metodologia do EVA, lucro, 
efetivamente, é o que sobrar após a dedução do custo do 
capital próprio.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
Supondo que determinada empresa possua os seguintes capitais 
à sua disposição:
 capital de terceiros – $ 100.000 a uma taxa de juros de 15%; e
 capital próprio – $ 100.000 a uma taxa de retorno desejada
de 25%.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
Ainda que a empresa tenha produzido os seguintes resultados:
 Nessa tabela, especificamente na coluna 1, o lucro é apurado 
tradicionalmente pela contabilidade. Pelo conceito do EVA, 
indicado na coluna 2, lucro é somente o que exceder o custo 
sobre o capital próprio.
Itens Coluna 1 Coluna 2
Receitas de vendas 100.000 100.000
(-) Custos e despesas (20.000) (20.000)
Lucro antes das despesas financeiras 80.000 80.000
(-) Despesas financeiras (15.000) (15.000)
Lucro líquido 65.000 65.000
(-) Custo do capital próprio (25.000)
EVA – ou lucro econômico 40.000
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
Nas colunas 1 ou 2, tomando o lucro de $ 80.000 antes de 
computar o custo do capital de terceiros (juros) e o custo do 
capital próprio, podemos obter a taxa de retorno sobre a soma 
dos capitais. Essa taxa é usualmente denominada taxa de 
retorno sobre os ativos (RSA):
 RSA = (Lucro antes das despesas financeiras / Soma dos 
capitais) x 100
 RSA = (80.000 / 200.000) x 100 = 40%
 Os capitais de terceiros e próprios renderam juntos uma
taxa de 40%.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
 Entretanto, qual é o custo da dívida ou qual é o custo 
da remuneração do capital de terceiros?
 Custo da dívida = (Despesas financeiras / Capital de terceiros) 
x 100
 Custo da dívida = (15.000 / 100.000) x 100 = 15%
Diante desses dois cálculos, podemos concluir o seguinte –
Fluxo de Operações:
Capitais Valor Taxa Lucro produzido
Capital de terceiros 100.000 40% 40.000
(-) Juros pagos 100.000 15% (15.000)
= Expresso 25.000
Capital próprio 100.000 40% 40.000
Lucro líquido 65.000
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
 O capital de terceiros proporcionou um lucro de $ 40.000, dos 
quais $ 15.000 foram pagos ao banco, e sobraram $ 25.000, 
acrescidos automaticamente para os acionistas. O capital 
próprio rendeu também $ 40.000, que, somados aos $ 25.000 
de excesso obtido pela aplicação do capital de terceiros, deu
um lucro líquido final dos acionistas de $ 65.000.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
 Nesse sentido, é que dizemos que a empresa está alavancando 
financeiramente e favoravelmente, isto é, consegue obter um 
lucro sobre o capital emprestado, pagar os juros de $ 15.000
e ainda sobram $ 25.000, acrescidos ao patrimônio
dos proprietários.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
 Observe ainda que, se os capitais fossem somente dos 
proprietários, o retorno sobre o capital próprio seria de 40%, 
ou seja, sendo o capital total próprio no montante de $ 200.000 
e como consequência não tendo a despesa financeira de
$ 15.000, o lucro líquido seria de $ 80.000. 
 Então, o retorno sobre o capital próprio seria de 
(80.000/200.000) x 100 = 40%, enquanto, somente com
a metade do capital no valor de $ 100.000, os acionistas 
conseguiram uma taxa de retorno sobre o capital próprio
de (65.000/ 100.000) x 100 = 65%.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
 Qual é a melhor alternativa: ganhar 40% sobre $ 200.000 
(= $ 80.000) ou ganhar 65% sobre $ 100.000 (= $ 65.000)? 
E se os acionistas aplicarem os restantes $ 100.000 em 
outro negócio?
 Entretanto, para atingirmos o conceito do EVA ou lucro 
econômico, torna-se necessário ainda deduzir do lucro
líquido de $ 65.000 o custo sobre o capital próprio, conforme 
demonstrado na segunda coluna da tabela anterior. Assim,
$ 65.000 deduzidos o custo do capital próprio ou retorno 
desejado pelos acionistas de 25% sobre $ 100.000 = $ 25.000, 
sendo o lucro econômico de $ 40.000.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
 Pelo conceito EVA, o lucro aparece após a dedução não só
da remuneraçãodo capital de terceiros, mas principalmente o 
custo do capital próprio, de tal forma que o lucro econômico 
que resta é para aplicação na própria empresa, pois ela 
necessita cada vez mais de lucro para as suas necessidades 
de capital de giro, para manutenção de suas atividades, 
ou mesmo, aumentar o seu nível de atividade.
Valor econômico agregado (EVA) ou lucro econômico
 Do mesmo modo, utilizando os dados do quadro do modelo
do VPL, cuja taxa é de 25%, vamos supor que o investimento 
inicial de $ 360.000 seja composto de metade de capital próprio 
e que os sócios ou acionistas desejam uma taxa de retorno de 
seu capital inicial investido de 16% ao ano. A outra metade dos 
$ 360.000 decorre de capital de terceiros, cuja taxa exigida 
pelos emprestadores de dinheiro ou bancos é de 9% ao ano, 
perfazendo a taxa total de 25%.
Avaliação dos resultados
Trataremos agora de dois pontos importantes para a avaliação 
dos resultados de uma empresa:
 O estudo desses temas se justifica por apontar meios de 
verificar mudanças nas atuações da empresa, mostrando 
mudanças na análise de investimento.
grau de alavancagem operacional
grau de alavancagem financeira
Interatividade 
Observe as afirmações abaixo.
I. O valor econômico agregado (EVA) conduz aos mesmos 
resultados do payback.
II. Sua utilização tem importância para se entender qual taxa 
de desconto deve ser utilizada para trazer os fluxos de caixas 
futuros a valor presente. 
III. A taxa de desconto utilizada correspondente ao conceito 
de custo de capital.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmação I está correta.
b) As afirmações I e II estão corretas.
c) Todas as afirmações estão corretas.
d) Nenhuma afirmação está correta.
e) Somente a afirmação I está incorreta.
Grau de alavancagem operacional
 Este índice indica a relação entre a variação dos lucros 
e a variação das vendas. 
 Quando se aumenta as vendas, não significa aumento de 
lucro; logo, na análise de um investimento não se pode fazer 
simulações de ampliação de lucros simplesmente ampliando 
previsão de vendas. 
A forma para se fazer este cálculo é:
Grau de alavancagem operacional
 Esse índice aponta o efeito que o aumento de vendas terá nos 
lucros, e se o lucro vai aumentar na mesma proporção ou não, 
e qual será essa proporção.
 O grau de alavancagem operacional auxilia na projeção dos 
resultados que uma empresa poderia ter nos mais variados 
níveis de produção ou de vendas. 
 Por exemplo, se a empresa produzir 10.000 unidades de um 
produto qualquer, terá um impacto em custos; se produzir 
20.000 unidades, o impacto em custos será outro e, por 
consequência, os lucros serão diferentes. 
Grau de alavancagem operacional
 Um exemplo, utilizando como base os dados da tabela abaixo:
Em um primeiro momento, projetaremos os lucros com um 
volume de vendas de 500 unidades:
Custo fixo + despesa fixa R$ 10.000,00
Preço de venda unitário R$ 110,05
Custo variável unitário R$ 66,00
Margem de contribuição R$ 110,05 – 66= 44.05
Grau de alavancagem operacional
Ao se projetar os lucros com vendas de 600 unidades:
Assim, a variação dos lucros foi de:
 16.430 – 12.025 = 4.405,00, que corresponde a 36,63%
de crescimento.
A variação na receita foi de:
 66.030 – 55.025 = 11.005, que corresponde a 20%
de crescimento.
Grau de alavancagem operacional
 Uma leitura financeira diz que um crescimento de 20% nas 
vendas resulta em crescimento de 36,63% nos lucros.
Assim, o GAO seria:
 Um grau de alavancagem operacional de 1,83 vezes significa 
que qualquer acréscimo percentual no volume de 500 
unidades acarretará em aumento de lucro em 1,83 vezes.
Grau de alavancagem financeira
 Quando se abre uma empresa, tem-se a possibilidade de abrir 
com capital próprio ou capital de terceiros.
 Adotando o último, estaria assumindo uma dívida, buscando 
recursos no mercado a determinada taxa de juros e aplicando 
na empresa (ativo) com outra taxa de atratividade. 
 Assim, a taxa de atratividade, que é o retorno esperado pela 
empresa, será certa porcentagem e a taxa de juros assumida 
na empresa será outra taxa. Essa diferença vai para os 
acionistas, afetando o retorno sobre o patrimônio líquido.
Grau de alavancagem financeira
 O excesso de participação de capital de terceiros coloca
a empresa em risco, mas traz retorno maior sobre o
capital aplicado. 
 Contudo, o risco da operação é maior, pois a empresa está 
mais endividada.
 Gitman (1984): alavancagem financeira é a capacidade da 
empresa em usar encargos financeiros fixos (de terceiros)
para maximizar os efeitos da variação no lucro antes de juros
e imposto de renda (LAJIR) sobre o lucro por ação, LPA.
Grau de alavancagem financeira
 Assaf Neto (2003) aplica o índice para decidir se é viável utilizar 
capital de terceiros ou capital próprio; em sua visão, quanto 
maior o capital de terceiro maior a alavancagem financeira.
Exemplo: uma empresa quer executar um projeto que necessita 
de investimento de R$ 98.000,00 e pretende ter um retorno de 
1,77% sobre esse capital. Feitas as projeções, os dados foram
os seguintes:
Vendas 28.333,33
CMV (14.702,16)
Lucro bruto 13.631,17
Despesas com vendas (4.867.66)
Despesas administrativas (7.027.66)
Lucro 1.735,85
Grau de alavancagem financeira
Com investimento de R$ 98.000,00, o retorno sobre o ativo foi de:
 Lucro / ativo total
 1.735,85 / 98.000 = 0,0177 x 100 = 1,77% de retorno.
 O retorno foi como o previsto, mas o que ocorreria se, no
lugar de utilizar capital próprio, a empresa desejasse investir 
50% do valor de capital próprio e o restante de recursos de 
terceiros com juros de 1% ao mês? Por exemplo, R$ 49.000,00 
de capital próprio e R$ 49.000,00 de capital de terceiros, com 
juros de R$ 490,00.
Grau de alavancagem financeira
 Considerando que os juros foram calculados no primeiro
mês de utilização do capital. A operação fecha com um lucro 
financeiro, mas gera dívidas a vencer: em um balanço, estaria 
no lado do passivo.
 O lucro é igual a receitas menos despesas; não se computam 
despesas a vencer, somente as realizadas.
Vendas 28.333,33
CMV (14.702,16)
Lucro bruto 13.631,17
Despesas com vendas (4.867.66)
Despesas administrativas (7.027.66)
Lucro 1.735,85
Despesas financeiras (490,00) 1% do capital de terceiros
Lucro depois dos pag. De juros 1.245,85
Grau de alavancagem financeira
 Numericamente, o lucro foi menor, o que nos levaria a pensar 
em uma situação ruim, mas vamos lembrar que o acionista 
quer retorno do capital, e seu papel como gestor financeiro é 
justamente maximizar esse retorno.
Já o retorno sobre o PL, sobre o capital próprio, na primeira 
situação ficou:
 (1.735,85 / 98.000) x 100 = 1,77%
 Isso significa que, para cada R$ 100,00 aplicados na empresa, 
houve retorno de R$ 1,77.
Grau de alavancagem financeira
 Se a empresa trabalhasse com capital de terceiros, o lucro 
diminuiria para R$ 1.245,85.
 Isso significa que: (1.245,85/49.000) x 100 = 2,54%.
 Assim, para cada R$ 100,00 aplicados na empresa, houve 
retorno de R$ 2,54.
 Percebe-se que o retorno para cada real aplicado foi maior, 
maximizando os ganhos dos acionistas.
 Para atrair investidores isso pode funcionar, mas, claro, sem 
se esquecer do risco que é gerado.
Grau de alavancagem financeira
Então, para calcular a alavancagem financeira, vamos simplificar 
e utilizar a seguinte fórmula:
 Deve-se decidir entre a utilização de capital próprio ou de 
terceiros e em que volume. 
 Assim como o retorno sobre o patrimônio líquido na operação 
com capital de terceiros (2,54) e o retorno sobre o ativo 
calculado na situação de investimento próprio total (1,77).
Grau de alavancagem financeira
 O GAF de 1,43 significa que a segunda opção oferece um 
retorno 43% maior do que a primeira. 
 Em outras palavras, utilizando recursos de terceiros em 50%, 
haverá umretorno sobre o capital investido 43% maior do que 
com um investimento 100% próprio.
Outros autores consideram o índice de endividamento como 
referência de análise da alavancagem financeira:
Grau de alavancagem financeira
Em que
 grau de endividamento do patrimônio líquido: GEPL, ou 
quanto das dívidas da empresa são dividas com terceiros;
 passivo circulante: PC;
 passivo exigível de LP: PE;
 patrimônio líquido: PL.
 Esses valores podem ser extraídos do Balanço Patrimonial. 
Interatividade 
Referente aos tipos de alavancagem, analise as afirmações 
abaixo.
I. Este índice indica a relação entre a variação dos lucros 
e a variação das vendas. 
II. Quando se aumenta as vendas, não significa aumento de 
lucro; logo, na análise de um investimento, não se pode fazer 
simulações de ampliação de lucros simplesmente ampliando 
previsão de vendas. 
Assinale a alternativa correta.
a) Todas as afirmações se referem à alavancagem operacional.
b) Somente a afirmação I se refere à alavancagem financeira.
c) Todas se referem à alavancagem financeira.
d) Nenhuma delas se refere à alavancagem.
e) Somente a afirmação II se refere à alavancagem operacional.
ATÉ A PRÓXIMA!

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