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Mercado de Capitais - Livro Texto - Unidade I

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Prévia do material em texto

Autor: Prof. Alexandre Saramelli
Colaboradores: Prof. Santiago Valverde
 Prof. Paulo Fernando Minotti
Mercado de Capitais
Professora conteudista: Alexandre Saramelli
Prof. Me. Alexandre Saramelli é nascido na cidade de São Paulo, contador formado pela Universidade Presbiteriana 
Mackenzie de São Paulo e Mestre profissional em controladoria pela mesma universidade. 
Atuou em empresas nacionais e internacionais de médio e grande porte como contador em áreas de custos e 
orçamentos e foi consultor em sistemas de controladoria da desenvolvedora alemã SAP.
 
Atualmente, é professor adjunto na Universidade Paulista, onde é coordenador do curso tecnológico de Gestão em 
Finanças da UNIP Interativa, além de consultor empresarial. 
Como entusiasta de tecnologia da informação e ambientes altamente informatizados, é um incentivador da 
pesquisa, difusão e uso eficiente e intensivo das modernas ferramentas de gestão, da transferência de conhecimento 
e do ensino a distância por telecomunicações. 
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
S243 Saramelli, Alexandre 
Mercado de capitais. / Alexandre Saramelli - São Paulo: Editora 
Sol, 2013.
112 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-067/13, ISSN 1517-9230.
1.Economia 2.Mercado de capitais 3. Bolsa de valores I.Título
CDU 336.76
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Virgínia M. Bilatto
 Amanda Casale
Sumário
Mercado de Capitais
APRESENTAçãO ......................................................................................................................................................7
INTRODUçãO .........................................................................................................................................................11
Unidade I
1 BREVE HISTóRICO E ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN) ..................... 17
1.1 Estrutura do sistema financeiro nacional .................................................................................. 19
1.2 As instituições financeiras ................................................................................................................ 22
2 ABERTURA DE CAPITAL DE EMPRESAS ................................................................................................... 29
2.1 Companhia aberta – conceito legal .............................................................................................. 29
2.2 Desenvolvimento das sociedades anônimas ............................................................................. 32
2.2.1 Estrutura da sociedade anônima .................................................................................................... 33
2.3 Abertura de capital na estratégia empresarial ......................................................................... 34
2.4 Conceito de mercado monetário ................................................................................................... 35
2.4.1 Sistemas de custódia e liquidação de títulos – Selic e Cetip ................................................ 35
2.4.2 Títulos públicos ........................................................................................................................................ 37
2.4.3 Mercado aberto ...................................................................................................................................... 37
2.5 Conceito de mercado de crédito .................................................................................................... 38
2.5.1 Empréstimos de curto e médio prazo ............................................................................................ 38
2.6 Conceito de mercado de câmbio .................................................................................................. 40
2.7 Conceito de mercado de capitais................................................................................................... 41
2.7.1 Mercado futuro ...................................................................................................................................... 43
2.7.2 Mercado de opções ................................................................................................................................ 44
2.7.3 Derivativos - swap .................................................................................................................................. 45
Unidade II
3 OS TíTULOS DO MERCADO DE CAPITAIS ................................................................................................ 52
3.1 Ações ......................................................................................................................................................... 53
3.1.1 A escolha de uma ação ......................................................................................................................... 55
3.2 Debêntures .............................................................................................................................................. 55
3.3 Commercial paper ................................................................................................................................ 56
4 MODALIDADES OPERACIONAIS DO MERCADO ACIONáRIO .......................................................... 57
4.1 Operações no mercado à vista ........................................................................................................ 58
4.1.1 Formas de negociação .......................................................................................................................... 58
4.1.2 Liquidação .................................................................................................................................................. 59
4.1.3 Mercado de lote-padrão e mercado fracionário ........................................................................ 60
4.1.4 Os custos de transação ......................................................................................................................... 60
4.1.5 Tributação .................................................................................................................................................. 60
4.1.6 Riscos do mercado de ações .............................................................................................................. 60
Unidade III
5 CONCEITUAçãO DOS íNDICES DO MERCADO ACIONáRIO BRASILEIRO .................................. 66
5.1 índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) .............................................................. 67
5.1.1 Procedimentos para rebalanceamento ..........................................................................................69
5.1.2 Cisão de empresas .................................................................................................................................. 70
5.1.3 Início da negociação em bolsa .......................................................................................................... 70
5.2 índice Brasil – IBRX...............................................................................................................................71
6 CONCEITUAçãO DOS íNDICES DO MERCADO ACIONáRIO INTERNACIONAL ......................... 74
6.1 índice Dow Jones – Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE) ............................................ 75
6.2 índice S&P 500 – Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE) ............................................... 75
6.3 índice composto Nasdaq ................................................................................................................... 76
6.4 índice Nikkei – Bolsa de Valores de Tóquio ............................................................................... 76
6.5 índice Financial Times – Bolsa de Valores de Londres ........................................................... 77
Unidade IV
7 OPERAçõES NO MERCADO DE DERIVATIVOS ...................................................................................... 83
7.1 Conceito de mercado de derivativos ............................................................................................ 84
7.2 Definição de derivativos .................................................................................................................... 84
7.3 Mercado a termo .................................................................................................................................. 85
7.4 Mercado de opções .............................................................................................................................. 86
7.5 Fundos de investimento em ações ................................................................................................ 87
7.5.1 Tipos de fundos de investimento em ações ................................................................................. 89
7.5.2 Rating dos fundos .................................................................................................................................. 91
8 ANáLISE FUNDAMENTALISTA ..................................................................................................................... 92
8.1 Conceito ................................................................................................................................................... 92
8.2 Formação do preço justo de uma ação ....................................................................................... 93
8.3 Principais indicadores fundamentalistas .................................................................................... 94
8.4 Aspectos a serem observados na análise de uma empresa ................................................. 96
7
APreSentAção
Olá, aluno(a) UNIP.
Os mercados financeiros e de capitais sempre estão presentes na vida das pessoas, mesmo que elas 
não percebam (ou não queiram perceber isso). Até o indivíduo que vive isolado, em um local muito 
distante, terá contato em algum momento com o mercado, nem que seja para praticar uma troca, o 
chamado escambo. 
Porém, se já temos tantas disciplinas que precisamos estudar ao longo do curso de Gestão em 
Finanças, qual é o motivo, ou ainda, qual é a justificativa para se estudar Mercado de Capitais? 
Mercado de Capitais é um assunto que vemos todos os dias na televisão, na internet e nos jornais. 
Trata-se de um dos temas mais bem comentados em qualquer noticiário das principais mídias. Por 
isso, imagino que você tenha a sensação de que conhece esse assunto mais que o suficiente, o que 
certamente o(a) fará acreditar que o ideal seria substituir essa disciplina por outra qualquer, como 
contabilidade, negócios, estratégia, marketing, ou informática. Temos tantas outras coisas importantes 
para estudar, não é verdade? 
 
Temos que observar também que o mercado de capitais, apesar de ser bem dimensionado no Brasil, 
costuma ser uma realidade apenas para as grandes empresas e para as pessoas que têm conhecimento 
e gana de investidoras. Certamente, não é um assunto que você irá aplicar imediatamente em seu atual 
trabalho na cidade onde você mora, ou mesmo importante para a sua vida particular. 
 
No entanto, Mercado de Capitais é o tipo de disciplina que não deve ser encarada apenas 
como um elemento para constar no currículo, já que o MEC e/ou algum burocrata de Brasília 
exigem que as universidades abordem esse assunto. Não é uma disciplina para se estudar de 
forma cerimonial. 
 
Com muita esperança, espera-se que você, no papel de aluno(a), não se prenda a argumentos diversos 
e veja a disciplina Mercado de Capitais com empolgação e com muito interesse.
 
Uma das recomendações, ao se estudar Mercado de Capitais, é se desvencilhar desse sentimento de 
que a disciplina não tem utilidade. Pode até ser verdade que o mercado de capitais brasileiro seja um 
ambiente para poucos atualmente, mas é igualmente verdade que, cada vez mais, o mercado de capitais 
está recebendo a devida atenção dos governos nacionais e dos profissionais das mais diversas áreas, para 
que seja desenvolvido e faça parte da vida dos grandes, médios e pequenos empresários, além da vida 
particular das pessoas. 
 
Entre as iniciativas mais importantes nesse sentido, destacam-se o processo de convergência contábil 
internacional e a publicação do CPC-PME, o pronunciamento contábil brasileiro para pequenas e médias 
empresas, que, em linha com os pronunciamentos contábeis internacionais, tem a intenção de facilitar 
o acesso desse tipo de empresa ao mercado de capitais. 
8
Segundo dados da IASB (International Accounting Standards Board), entidade responsável pelas 
normas contábeis internacionais, há 52 bolsas de valores no mundo que, juntas, negociam ações de 
cerca de 45.000 empresas. O que chama a atenção é que, apenas na Europa, há aproximadamente 25 
milhões de empresas atuando no setor privado. 
As pequenas e médias empresas são uma força econômica invejável, mas o mercado de capitais não 
é uma opção para a captação de recursos para elas. 
Nada irá mudar se profissionais e estudantes como você não olharem para o mercado de capitais 
com interesse. Além de incentivos, normas e regulamentos que facilitem o acesso das pequenas e médias 
empresas (e mesmo das grandes empresas), é necessário também um contingente de profissionais que 
conheçam além dos aspectos mais visíveis do mercado de capitais. 
É nesse sentido que o estudo de mercado de capitais passa a ser imprescindível. Hoje, talvez, você 
ainda não use esse conhecimento, mas, daqui a pouco tempo, você poderá usá-lo e terá o mercado de 
capitais como uma forte opção para obter renda, seja na empresa onde está trabalhando, seja para sua 
vida particular.
Objetivos da disciplina:
Expomos aqui os objetivos da disciplina, que são as expectativas da universidade e dos coordenadores 
pedagógicos quanto ao que o professor deve proporcionar aos alunos. Dessa forma, a disciplina Mercado 
de Capitais visa propiciar a você, aluno(a), uma visão geral do mercado de capitais e sua importância 
para a criação de valor econômico das empresas e para a promoção do desenvolvimento social do país; 
além disso, também oferece condições de interpretar as variações de preços nas bolsas, a partir da 
composição das carteiras e da análise da macroeconomia. 
Sugestões de estudo:
Sugerir como um aluno deve estudar é um exercício muito complicado, porque cada um de nós tem 
suasindividualidades e manias. 
Há pessoas que conseguem absorver bem o assunto a partir de uma leitura flutuante, rápida. Outros 
não conseguem entendê-lo sem uma leitura minuciosa, lenta e criteriosa.
Da mesma forma, para muitos, o ato de ler e estudar pode ser muito prazeroso, pois a sensação de 
adquir um conhecimento por si só já traz satisfação. No entanto, para outros, simplesmente saber que 
este livro-texto tem 180 páginas já é um motivo mais que suficiente para insatisfação.
Há alunos que preferem um livro cheio de gráficos, figuras, resumos, enquanto outros preferem um 
livro apenas com texto, que vá direto ao assunto e sem interferências. Há ainda aqueles que não gostam 
de teorias acadêmicas e citações de pesquisadores, ou seja, preferem livros que mostrem exemplos 
práticos e tragam o ambiente da prática empresarial. 
9
Quando este livro foi elaborado, pensou-se em trazer vários conteúdos para que se tornasse 
interessante a todos. A intenção aqui, ao se falar em “sugestão” de estudo, não é a de se 
estabelecer uma forma rígida para o curso, mas sim de trazer um guia sobre como agir para 
que a sua experiência ao estudar seja mais efetiva e prazerosa. É evidente que você tem 
liberdade para estudar da forma que acredita ser mais eficiente. Não é necessário seguir esta 
sugestão que proporemos aqui, mas é fundamental que se envolva com os assuntos com muito 
entusiasmo. 
Nesse sentido, são sugeridos os seguintes passos: 
1. Comece o seu estudo pela bibliografia. Isso mesmo. Vá até o final do livro-texto e verifique quais 
livros, artigos e referências foram utilizados na sua elaboração. Uma vez conhecida a bibliografia, 
é recomendado que você siga o roteiro sugerido no sumário, ou seja: 
2. Estude a unidade I, na qual conhecerá o sistema financeiro nacional e os aspectos relacionados à 
abertura de capital nas empresas.
3. Em seguida, vá para a unidade II, em que são explorados os títulos do mercado de capitais e suas 
modalidades operacionais.
4. Depois siga para unidade III, em que são analisados os índices e os mercados de derivativos.
5. Finalmente, continue seus estudos com a unidade IV, em que irá estudar os fundos de investimento 
e as análises fundamentalistas. 
Finalizando assim o seu estudo! 
1
2
3
4
5
Referências
Unidade I
Unidade II
Unidade III
Unidade IV
Saiba mais
Exercícios
Tarefas
Figura 1: Esquema de estudo. 
 A palavra finalizar aqui deve ser apenas um referencial, porque a proposta é que, a partir de agora, 
o seu estudo sobre o mercado de capitais seja permanente. 
10
Leve suas dúvidas, comentários e pesquisas para os chats e/ou fóruns.
 
Fazer boas perguntas aos professores é também uma forma muito eficaz de estudar, além de ser uma 
ótima contribuição para os outros colegas e para próprio professor, pois abre possibilidade para que ele 
possa expandir a abordagem do livro-texto.
Caso você tenha dificuldades para entender algum assunto e entre na desconfortável situação de 
não saber nem o que perguntar, use como poderosas ferramentas as seguintes perguntas: 
•	 Quem?
•	 Que?
•	 Como?
•	 Quando?
•	 Onde?
•	 Por quê? 
Faça essas perguntas a você mesmo e, a partir desse exercício, conseguirá formular uma pergunta 
mais estruturada, ou até entender o assunto sozinho. Com essa ótima hipótese, ajude seus colegas a 
entender também as suas descobertas.
É muito importante saber que o livro-texto não esgota todas as possibilidades de estudo, ou seja, 
não deve ser tratado como a única fonte de referência no assunto.
Por isso, em cada uma das unidades, leia sempre os resumos iniciais e finais e busque as informações 
propostas nas áreas de saiba mais. Leia também os artigos e veja os filmes sugeridos. Faça os exercícios 
e as tarefas propostas. É fundamental que você use a sua curiosidade.
Ao final de cada unidade, será estudado o jargão específico da área de finanças, em que serão 
discutidos os significados dos termos que foram usados ao longo do conteúdo. 
Além do significado de uma palavra na língua portuguesa ou em uma língua estrangeira (como o 
inglês, que é largamente empregado no mercado de capitais), é muito importante que você conheça o 
significado específico que uma palavra ou frase têm dentro do contexto estudado. 
Caso, ao final do estudo, você sinta que ainda tem muitas dúvidas, a ponto de não saber responder 
às perguntas da prova, estude mais. Retorne às unidades anteriores quantas vezes achar necessário e 
tente entender o conteúdo sem a ansiedade por obter uma boa nota na prova, o que, não raramente, 
atrapalha o processo de aprendizagem. 
No entanto, as sensações de dúvida e querer conhecer mais são o real objetivo de toda aula. Uma 
aula nunca acaba! 
11
Introdução
Figura 2: Touro da Bolsa de Nova York. 
O touro da Bolsa de Nova York foi esculpido pelo artista ítalo-americano Arturo di 
Modica, em 1989, e é um dos símbolos de Wall Street. 
O touro e o urso apresentam uma simbologia toda especial. Sabe-se que há momentos 
em que a bolsa está em alta e outros em que está em baixa. A “época do touro” é o como 
é chamado o momento em que a bolsa está em alta, porque esse animal, quando ataca, 
sempre ataca de baixo para cima. Já a “época do urso” é a expressão utilizada quando a 
bolsa está em baixa, pois esse animal ataca sempre de cima para baixo. 
Para muitos, o touro representa uma superstição. A maioria dos nova iorquinos, ao passar 
pelo touro a caminho da bolsa de valores, costuma bater a pasta na estátua de bronze para 
dar sorte. Há os que dizem também que quem tocar nas partes íntimas do touro de bronze... 
Torna-se milionário!
Antes de iniciarmos os nossos estudos, imagine as seguintes situações: 
Primeira situação: 
De um lado da cidade, um comerciante tem uma ótima ideia: expandir seu negócio e/ou criar 
um novo produto. Essa ideia é muito boa, pois pode resolver um problema que muitas pessoas 
(prováveis clientes) enfrentam no seu dia a dia, além de movimentar a economia local. No entanto, 
resignado, esse comerciante irá dormir triste, porque não poderá pôr em prática essa ideia, já que 
não tem dinheiro, nem quem se interesse em injetar capital em seu comércio.
Do outro lado dessa mesma cidade, outra pessoa, que aqui chamaremos de investidor, também 
está com um problema: recebeu uma herança ou, por um motivo qualquer, tem certo estoque 
de dinheiro. Ele não quer deixar esse dinheiro parado, mas também não está disposto a abrir um 
12
negócio. Talvez, falte a essa pessoa uma boa ideia. Talvez, não tenha motivação ou conhecimento 
para trabalhar numa ativiade qualquer. Quem sabe, falta-lhe saúde, ou já está ocupado demais 
trabalhando em outro negócio. Por qualquer um desses motivos, seria muito bom para nosso 
investidor encontrar alguém sério e honesto, com uma boa proposta e, com essa pessoa, ganhar 
dinheiro. 
No entanto, o dia terminará e nada de útil terá acontecido. 
Preciso de 
dinheiro!
Onde invisto o 
meu dinheiro?
Figura 3: Onde invisto meu dinheiro?
Segunda situação: 
Amanhece. Um operador de bolsa de valores acaba de iniciar o seu dia, em uma sala apertada 
de uma corretora de valores qualquer. Tempos difíceis. Todos estão muito nervosos na cidade. 
Na televisão, passa uma entrevista em que os jornalistas criticam acidamente o governo, que 
não toma “as medidas necessárias”. Uma senhora idosa, dentro de um supermercado, reclama 
da “caristia”. Os jornalistas discutem então as consequências de uma crise nos mercados 
internacionais. Tudo é incerto, a única certeza que se tem é a de que há diversos problemas 
por resolver na economia. Esse operador, no entanto, está confiante. Apesar de todas as 
dificuldades da economia e/ou do mercado, ele está com esperança de fazer bons negócios. 
ás vezes, em tempos de crise é que as boas oportunidades acontecem. A qualquer momentopoderá surgir uma ótima chance.
O telefone toca. Trata-se de um cliente pedindo para comprar ações da empresa X e vender ações 
da empresa Y. Mas, antes de fechar o negócio, ele gostaria de saber a opinião do corretor, que diz que 
não tem certeza se será uma boa oportunidade. Sugere, então, que não feche o negócio na parte da 
manhã e espere até o período da tarde, após os executivos da empresa Y anunciarem os resultados 
trimestrais. Caso o cliente não quisesse esperar, sugere também que compre as ações da empresa W, 
que, segundo os analistas e previsões da corretora, certamente irá ganhar muito dinheiro nos próximos 
meses porque, em um determinado país, estão precisando muito dos produtos que ela fabrica. Por conta 
de um problema na navegação marítima, os fornecedores tradicionais não estão conseguindo entregar 
a mercadoria. 
13
Repentinamente, o operador fala para o cliente: 
– Estou vendo aqui e, ao mesmo tempo em que conversamos, todas as ações disponíveis para a W já 
foram vendidas. Fica, então, a sugestão de esperar até à tarde, após o anúncio da empresa Y. 
Então, cliente pede que o corretor compre as ações da empresa H. Completamente espantado, ou 
melhor, abismado, o corretor diz:
– O senhor tem certeza? Essa empresa está em uma situação financeira desesperadora, as ações 
estão despencando, está todo mundo vendendo-as a preço de banana! Tudo indica que a crise que essa 
empresa está enfrentando é irreversível, não haverá recuperação.
O cliente, no entanto, com toda a naturalidade e segurança afirma: 
– É isso mesmo. Ao contrário do que você diz, eu confio que a H não só irá se recuperar, como 
também ganhará muito dinheiro nas próximas semanas. 
O corretor diz: 
– Ok. Negócio fechado! 
Diante das situações expostas, pergunta-se: 
•	 Há diferença entre o perfil de investidor das personagens da primeira situação e da segunda 
situação?
•	 De que as personagens da primeira situação e da segunda situação têm medo? O medo é o mesmo 
para ambos, ou há um personagem mais avesso ao risco que o outro? 
•	 Que problemas podem ocorrer em cada uma das situações anteriores?
•	 Qual o papel do sistema monetário nacional, no processo de organizar e criar confiança para que 
as pessoas possam realizar os seus negócios? 
•	 Como profissional da área de finanças, o que você poderia fazer para prestar um bom serviço, caso 
estivesse interagindo com um desses personagens? 
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Unidade I
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Mercado de capitais
Unidade I
Figura 4: Sala do Conselho Monetário Nacional. 
Nesta unidade, iremos estudar o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e a função dos agentes 
intermediários e auxiliares, bem como compreenderemos como a intermediação desempenha papel 
fundamental no cenário econômico atual. Para isso, é fundamental uma abordagem histórica que 
explique o porquê da necessidade de se formar um sistema financeiro. 
 Saiba mais
Como comentado anteriormente na apresentação, este livro texto não 
deve ser visto como fonte única de estudos. Por isso, não deixe de consultar 
os seguintes livros que compõem a bibliografia básica do nosso curso: 
PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
CAVALCANTI, F.; MISUMI, J. Y. e RUDGE, L. F. Mercado de capitais. 7ª ed. 
Rio de Janeiro: Elisevier, 2009.
LAGIOIA, U. C. T. Fundamentos do mercado de capitais. 2ª ed. São Paulo: 
Atlas, 2009.
O modelo a ser estudado será o brasileiro. Também iremos discutir a abertura de capital das empresas: 
o que representa para uma empresa participar da bolsa de valores e captar dinheiro no mercado, tanto 
a longo como a médio prazo, para a geração de capital de giro, e quais os diferentes tipos de mercado 
existentes e as estratégias que as empresas utilizam.
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As origens do mercado financeiro e de capitais são antigas e se confundem com a evolução da 
humanidade. Há muitos séculos, os romanos formaram uma bem organizada rede bancária internacional, 
pois era comum a atuação de banqueiros e agiotas. Em Veneza, na época do renascimento, por conta de 
sua excelente localização e do clima de efervescência social, o sistema financeiro desenvolveu-se ainda 
mais. 
A origem das bolsas de valores é confusa. Há historiadores que atribuem aos romanos o seu 
surgimento, com o Collegium Mercatorum Romano; outros, aos gregos, com o Emporium Grego. Há 
ainda os historiadores que atribuem ao Fundack (bazar) Palestino.
Mas a origem mais aceita para as bolsas de valores, como as conhecemos atualmente, surge na 
cidade de Bruges, na atual Bélgica, em 1309. Bruges era a então capital de Flandres, pertencente à Liga 
Hanseática, onde havia uma importante rota comercial europeia e um mercado muito desenvolvido. 
Nesse ambiente, um senhor de nome Van der Burse abriu sua casa para a realização de reuniões de 
comerciantes, onde negociavam capitais. 
Segundo De Clercq (1992), na fachada dessa casa, que pode ser observada na imagem a seguir, havia 
um escudo com três bolsas, que eram o brasão d´armas da família do Sr. Burse. 
Figura 5: Prédio do Sr. Van Der Burse, conhecido como a primeira bolsa de valores, e o brasão d´armas 
de sua família, formado por um escudo e três pequenas bolsas. 
Logo, as reuniões frequentes na casa do Sr. Van Der Burse foram conhecidas como as reuniões de 
Burse e, posteriormente, simplesmente como “bolsa”. 
Joseph de La Vega, que narrou as histórias das bolsas em 1688, descreveu que a bolsa era uma 
pequena praça rodeada de pilares e se chamava assim por se encerrarem nela os mercadores, como em 
uma bolsa, e pelas diligências que cada um faz de ali encher a sua.
Independente dessas origens, podemos observar que os locais onde os comerciantes e as pessoas 
em geral buscam negócios e capitais financeiros são sempre relacionados à palavra “mercado”, no 
mesmo sentido do mercado onde as pessoas procuram um produto de que precisam, como alimentos 
e/ou roupas; ou seja, um local seguro e em condições para que os negócios sejam realizados de forma 
satisfatória. 
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Mercado de capitais
Fortuna (2007, p. 214) conceituou sistema financeiro como o “conjunto de instituições que se 
dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um 
fluxo de recursos entre poupadores e investidores. O sistema financeiro nacional é responsável pela 
regulamentação, fiscalização e execução das operações relativas à circulação da moeda e do crédito”.
1 Breve HIStórICo e eStruturA do SISteMA FInAnCeIro nACIonAl (SFn)
Analisando o conceito de Fortuna, imagine um mercado de alimentos em que o telhado está 
quebrado, deixando vazar água. A temperatura do ambiente é quente ou fria demais. As condições de 
higiene são ruins e os alimentos facilmente são contaminados com bactérias nocivas à saúde. Os preços 
não são atribuídos de forma justa, os comerciantes são aproveitadores e as pessoas estão sujeitas a 
serem assaltadas por ladrões. 
Os bons comerciantes buscam dar aos seus clientes boas condições para compra, mantendo o 
prédio onde estão alocados em bom estado estrutural e as instalações com bom asseio e higiene. 
Se o comércio fica em uma região sujeita a assaltos, certamente serão instaladas medidas 
antiassalto. Os preços praticados serão justos, de forma que o cliente se sinta bem e compre com 
confiança. 
Não raramente, alguns comerciantes passam a ser conhecidos por conta de atributos nobres,como a 
honestidade e a gentileza. Porém, sabe-se que nem sempre isso ocorre. Há comerciantes sem escrúpulos 
que fazem tudo parecer bom para atrair clientes. Ou ainda, há casos conhecidos de comerciantes que 
são muito ousados e que acabam tendo comportamentos que prejudicam os demais.
Devido a esses fatores, os governos e autoridades públicas costumam interferir nos mercados no que 
diz respeito às relações entre particulares (que, supõe-se, deveriam ser praticadas livremente), exigindo 
ou impondo aos comerciantes comportamento ético e cumprimento de leis e normas. Nos mercados de 
alimentos, por exemplo, as prefeituras somente autorizam o estabelecimento de um novo comércio se 
o comerciante buscar uma licença sanitária. Caso isso não ocorra, o poder público poderá, se for o caso, 
solicitar o uso de força policial para, por exemplo, fechar o negócio.
No mercado financeiro, não poderia ser diferente. Os governos têm o importante papel de conferir 
aos mercados segurança e credibilidade. O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é um instrumento que 
corrobora essa ação. O SFN atual é o resultado de anos de experiência e do desenvolvimento do mercado 
de capitais no país. Da mesma forma como ocorreu em outros países, esse desenvolvimento surgiu a 
partir de circunstâncias tanto positivas como negativas. 
O órgão supremo do Sistema Monetário Nacional (SMN) é o Conselho Monetário Nacional 
(CMN), que é responsável pela política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da 
moeda e o desenvolvimento econômico e social do país. Os membros efetivos do CMN são o 
Ministro da Fazenda, o Ministro do Planejamento e Orçamento e o Presidente do Banco Central. 
É permitido ao presidente do conselho convidar outros ministros de estado e representantes de 
entidades públicas ou privadas apenas para participar das reuniões, no entanto, aos convidados, 
não lhes é dado o direito ao voto. 
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O CMN é um órgão deliberativo/normativo, o que significa que é responsável pelo estabelecimento 
de diretrizes para o sistema financeiro nacional, e se reúne ordinariamente uma vez ao mês e, 
extraordinariamente, sempre que houver uma convocação pelo presidente. 
 lembrete
A sala onde o Conselho Monetário Nacional se reúne está na foto do 
início desta unidade!
As principais atribuições do CMN são: 
•	 Regular a constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras. 
•	 Aplicar as penalidades previstas na Lei quando cabíveis. 
•	 Estabelecer medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos. 
•	 Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias. 
•	 Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e 
externa. 
•	 Autorizar as emissões de papel-moeda. 
•	 Determinar as taxas de recolhimento compulsório das instituições financeiras. 
 Saiba mais
Acompanhe as decisões do Conselho Monetário Nacional, que são publicadas 
no Diário Oficial e podem ser acessadas no seguinte site: <http://www.bcb.gov.br 
/?id=CMNATAS&ano=2010>.
Acesse também o site do Ministério da Fazenda, que sempre divulga as 
decisões do CMN, como se pode ver em: <http://www.fazenda.gov.br/>.
No sistema financeiro nacional há regulamentação, fiscalização e execução das operações relativas 
à circulação da moeda e do crédito. A seguir, apresentamos uma breve cronologia das suas origens e de 
seus aspectos históricos, conforme Ferreira (2011, p.1): 
Em 1952, foi fundado o atual Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico 
e Social – BNDES.
Em 1964, ocorreu a reforma bancária, por intermédio da Lei nº 4.595, que 
dispôs sobre a criação do Conselho Monetário Nacional, a transformação 
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Mercado de capitais
da Sumoc no Banco Central da República do Brasil, que, posteriormente, 
passou a ser denominado Banco Central do Brasil, e a composição original do 
sistema financeiro nacional: Conselho Monetário Nacional, Banco Central da 
Republica do Brasil (atual Banco Central do Brasil – Bacen), Banco do Brasil 
S/A, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (atual Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES) e demais instituições 
financeiras públicas e privadas.
Entre 1964 e 1965, foi criado o Sistema Financeiro da Habitação – SFH –, 
tendo como principal operador o Banco Nacional da Habitação – BNH. As 
principais fontes de recursos do SFH são o Fundo de Garantia por Tempo de 
Trabalho – FGTS – e o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE. 
Em 1986, o BNH foi extinto, e suas atribuições foram transferidas para a 
Caixa Econômica Federal.
A Lei do mercado de capitais, nº 4.728/65, estabeleceu normas relativas ao 
mercado de investimentos.
Em 1976, pela Lei nº 6.385, foi criada a Comissão de Valores Mobiliários, que 
também integra o sistema financeiro nacional.
Em 1986, foi encerrada a conta movimento do Banco do Brasil perante o 
Banco Central, dando-se início ao processo de transferência de todas as 
atribuições de autoridade monetária responsável pela emissão de moeda ao 
Bacen (FERREIRA, 2011, p.1).
1.1 estrutura do sistema financeiro nacional
 Saiba mais
No Brasil, a Lei que rege o sistema financeiro nacional é a 4.595, de 31 de 
dezembro de 1964. Consulte-a em: <http://www.bcb.gov.br/pre/leisedecretos/ 
Port/lei4595_Hist.asp?idpai=leis>.
Segundo Ferreira (2011), o sistema financeiro nacional é dividido em dois subsistemas:
•	 Subsistema de supervisão ou normativo: edita normas que definem os parâmetros para 
transferência de recursos dos poupadores aos tomadores e controla o funcionamento das 
instituições e entidades que efetuam atividades de intermediação financeira. O subsistema de 
supervisão é formado pelas seguintes entidades:
— Conselho Monetário Nacional. 
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— Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional. 
— Banco Central do Brasil S/A. 
— Comissão de Valores Mobiliários. 
— Conselho Nacional de Seguros Privados. 
— Superintendência de Seguros Privados. 
— IRB – Brasil Resseguros. 
— Conselho de Gestão da Previdência Complementar. 
— Secretaria de Previdência Complementar. 
O Conselho Monetário Nacional, conforme estudamos anteriormente, é o órgão máximo do sistema 
financeiro nacional. Estudemos, então, as outras entidades. 
Um dos principais componentes do subsistema normativo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
foi criada pela Lei 6.385, de 07/12/1976, e é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, com a 
responsabilidade de disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado de capitais. 
De acordo com a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA, 2010), a principal atribuição da 
CVM é promover medidas que incentivem os poupadores a investirem no mercado de capitais. 
A função do mercado de valores mobiliários na economia é o atendimento às necessidades de 
financiamento de médio e longo prazo por parte das empresas, bem como fiscalização, a fim de 
evitar irregularidades.
Estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituições operadoras do mercado de 
capitais é outra atribuição da CVM, que assegura um andamento eficiente e regular, assim como 
protege os investidores, com vistas a manter a confiabilidade do mercado, além de coibir qualquer 
tipo de irregularidade, como já mencionamos.
Assim segundo a Bolsa de Valores de São Paulo (2010), os principais objetivos da CVM são: fortalecer 
o mercado de títulos e valores mobiliários e assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas devalores, de mercadorias e futuros e de instituições auxiliares que operem nesses mercados.
As principais funções da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) são: 
•	 Disciplinar e fiscalizar a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado. 
•	 Disciplinar a negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários. 
•	 Fiscalizar a organização, o funcionamento e as operações das bolsas de valores e das bolsas de 
mercadorias e futuros. 
•	 Fiscalizar a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários. 
•	 Manter a fiscalização da auditoria de companhias abertas e dos serviços de consultores e analistas 
de valores mobiliários.
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•	 Fixar limites máximos de preços e comissões cobradas pelos intermediários e fiscalizar companhias 
de capital aberto. 
•	 Suspender a negociação de valores mobiliários. 
•	 Decretar recesso das bolsas de valores. 
•	 Divulgar informações para orientar os participantes do mercado. 
•	 Efetuar o registro para negociação em bolsa de valores e no mercado de balcão. 
•	 Expedir normas aplicáveis às companhias abertas.
No subsistema normativo há também o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), criado pelo 
Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, para fixar as diretrizes e normas da política governamental 
relativa aos seguros privados e à capitalização. É também responsável por aplicar normas às atividades 
de seguros nacionais. 
Ainda no subsistema normativo, existe a Susep (Superintendência de Seguros Privados), que fiscaliza 
o mercado de seguros, previdência aberta, capitalização, planos privado de assistência à saúde, além do 
IRB (Brasil Resseguros), que surgiu em 1997, após a quebra do monopólio das atividades de seguro no 
país, que cabia ao Instituto de Resseguros do Brasil. 
Finalmente, nesse subsistema, temos o Conselho de Gestão da Previdência Complementar, que regula, 
coordena e normatiza as entidades fechadas de previdência complementar (os fundos de pensão) e é 
controlado e fiscalizado pela Secretaria de Previdência Complementar, assim como todas as instituições 
particulares de previdência complementar.
•	 Subsistema operativo: operacionaliza a transferência de recursos do poupador para o tomador, 
seguindo as regras estabelecidas pelas entidades integrantes do subsistema de supervisão. A 
composição do sistema operativo é a seguinte: 
— Instituições financeiras bancárias ou monetárias. 
— Instituições financeiras não bancárias ou não monetárias. 
— Instituições do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos. 
— Agentes especiais. 
— Instituições do Sistema de Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários. 
— Instituições do Sistema de Liquidação e Custodia de Títulos e Valores Mobiliários. 
— Instituições administradoras de recursos de terceiros. 
— Entidades prestadoras de serviços financeiros regulamentados. 
— Instituições prestadoras de serviços financeiros não regulamentados.
— Instituições do Sistema Nacional de Seguros Privados e de Previdência Complementar. 
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1.2 As instituições financeiras
Neste capítulo, estudam-se as instituições financeiras e, segundo Ferreira (2011) e com base na lei 
4.595, de 31 de dezembro de 1964, as pessoas jurídicas se consideram instituições financeiras, privadas 
ou públicas, quando atuam em atividade acessória à coleta, intermediação ou até aplicação de capital 
próprio ou externo, tanto em moeda nacional quanto estrangeira, levando em conta a legislação 
vigente.
Para que uma entidade ou empresário possam atuar no mercado financeiro nacional, é fundamental 
que peçam autorização ao Banco Central. Essa regra é fundamental, inclusive para instituições financeiras 
que já atuam no exterior e que tenham interesse em atuar também no Brasil, e a autorização deve ter a 
sanção do Presidente da República. 
 Saiba mais
Segundo a jornalista Ana Paula Ribeiro, do jornal Brasil Econômico, e 
a Associação Brasileira de Bancos, entre os anos de 2010 e 2011, vários 
bancos internacionais, como os britânicos Royal Bank of Scotland (RBS), 
Standard Chartered e o conhecido banco suíço UBS, antes de iniciar suas 
operações no Brasil, solicitaram autorização ao Banco Central. Saiba mais 
em: <http://www.abbc.org.br/m5_imprime.asp?cod_noticia=9326&cod_
pagina=1187>.
As instituições financeiras são divididas em dois tipos: 
•	 As instituições financeiras bancárias. 
•	 As instituições financeiras não bancárias.
E recebem as seguintes classificações: 
•	 Instituições ligadas ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE). 
•	 Agentese especiais. 
•	 Instituições do Sistema de Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários. 
•	 Instituições do Sistema de Liquidação e Custódia de Títulos e Valores Mobiliários. 
•	 Instituições administradoras de recursos de terceiros:
— Fundos mútuos de investimentos regulamentados pelo Bacen. 
— Fundos mútuos de investimentos regulados pela CVM. 
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— Fundos mútuos de investimentos regulamentados pelo Bacen em conjunto com a CVM. 
— Fundos mútuos de investimento regulamentados pelo Bacen, CVM e Susep. 
•	 Entidades prestadoras de serviços financeiros regulamentados. 
•	 Instituições do Sistema Nacional de Seguros Privados e Previdência Complementar. 
•	 Instituições prestadoras de serviços financeiros não regulamentados. 
•	 O caso específico do Banco do Brasil. 
•	 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. 
•	 Caixa Econômica Federal – CEF. 
•	 Bancos comerciais. 
•	 Cooperativas de crédito. 
•	 Sociedades de crédito, de financiamento e de investimento.
•	 Sociedades corretoras. 
•	 Sociedades distribuidoras. 
•	 Sociedades de arrendamento mercantil. 
•	 Associações de poupança e empréstimos. 
•	 Investidores institucionais e entidades fechadas de previdência privada. 
•	 Companhias hipotecárias.
Analisemos a seguir essas classificações: 
•	 As instituições financeiras bancárias são autorizadas a captar recursos junto ao público sob 
a forma de depósitos à vista. Com isso, têm permissão para criar moeda escritural. A seguir, 
exemplos de instituições financeiras bancárias: 
— Bancos comerciais. 
— Caixas econômicas. 
— Cooperativas de crédito. 
— Bancos cooperativos. 
— Bancos múltiplos com carteira comercial.
•	 Já as instituições financeiras não bancárias (ou não monetárias) não são autorizadas a captar 
recursos sob a forma de depósito à vista. Alguns exemplos:
— Bancos de investimentos. 
— Bancos estaduais de desenvolvimento. 
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— Sociedades de arrendamento mercantil. 
— Sociedades de crédito, financiamento e investimento. 
— Companhias hipotecárias. 
— Bancos múltiplos sem carteira comercial.
•	 As instituições ligadas ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) são 
autorizadas a captar recursos em forma de depósitos em caderneta de poupança, sendo que os 
recursos são encaminhados principalmente a atividades de financiamento habitacional. Exemplos 
de instituições ligadas ao SBPE: 
— Sociedades de crédito imobiliário. 
— Associações de poupança e empréstimos. 
— Caixas econômicas (estaduais). 
— Bancos múltiplos com carteira de credito imobiliário. 
— Sociedades de crédito imobiliário.
•	 Instituições que executam funções atípicas, diferentes das demais instituições que são registradasno Banco Central, são denominadas agentes especiais. Geralmente, são entidades que atuam 
como instrumento de política de desenvolvimento do governo, fomentando negócios. Exemplos 
de agentes especiais: 
— Banco do Brasil S.A.
— Caixa Econômica Federal. 
— Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. 
— Banco do Nordeste do Brasil S/A. 
— Banco da Amazônia S/A.
•	 As instituições do Sistema de Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários prestam 
serviços a poupadores e tomadores, mediante compra e venda, como intermediários de títulos, 
valores mobiliários e câmbio. Exemplos: 
— Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários. 
— Sociedades corretoras de câmbio. 
— Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários. 
— Corretores de mercadorias e corretores de mercadorias agrícolas, operadores especiais de 
mercadorias agrícolas e corretores de algodão. 
— Agentes autônomos de investimentos.
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•	 As instituições do Sistema de Liquidação e Custódia de Títulos e Valores Mobiliários prestam 
serviços aos intermediários financeiros, proporcionando condições de mercado para a emissão e 
circulação de títulos e valores mobiliários. No entanto, essas instituições não efetuam operações 
de compra e venda. Exemplos:
— Bolsa de valores. 
— Entidades de mercado de balcão organizado. 
— Sociedades de compensação e liquidação de operações. 
— Bolsa de mercadorias e futuros. 
— Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Selic. 
— Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos.
•	 As Instituições administradoras de recursos de terceiros reúnem poupadores que têm objetivos 
comuns para a aplicação de seus recursos. Aqui, temos: 
— Fundos mútuos de investimento regulamentados pelo Bacen (Banco Central do Brasil), que são 
formados por: 
- Fundos de investimento financeiro. 
- Fundos de investimento financeiro – dívida estadual e/ou municipal. 
- Fundos de aplicação em quotas de fundos de investimento financeiro. 
- Fundos de renda fixa – capital estrangeiro. 
- Fundos de investimento no exterior.
- Fundos de investimento extramercado.
— Os fundos mútuos de investimentos regulados pela CVM possuem outras características. São 
compostos por:
- Fundos mútuos de investimento em ações. 
- Fundos mútuos de investimento em ações – carteira livre. 
- Fundo de investimento em quotas de fundos mútuos de investimentos em ações. 
- Fundos setoriais de investimento em empresas emergentes. 
- Fundos de investimento cultural e artístico. 
- Fundos de privatização. 
- Fundos de conversão – capital estrangeiro. 
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―— Fundos Mútuos de investimentos regulamentados pelo Bacen em conjunto com a CVM, que 
possibilitam escolhas aos investidores, como: 
- Fundos de investimento – capital estrangeiro. 
- Fundos mútuos de investimento em ações do setor de mineração.
- Fundos mútuos de ações incentivadas. 
- Fundos de investimento imobiliários. 
- Fundos mútuos de privatização – dívida securitizada.
―— Fundos mútuos de investimento regulamentados pelo Bacen, CVM e Susep, que são formados 
pelo Fundo de Aposentadoria Programada Individual, (FAPI), assim como: 
- Clubes de investimentos. 
- Carteira de títulos e valores mobiliários. 
- Sociedades de investimento – capital estrangeiro. 
- Administradores de consórcio.
•	 As entidades prestadoras de serviços financeiros regulamentados são entidades que, 
juridicamente, não pertencem à categoria de instituição financeira, mas prestam serviços 
regulamentados. Como exemplo, temos as agências de fomento e/ou de desenvolvimento.
•	 Ainda segundo Ferreira (2011), as instituições do Sistema Nacional de Seguros Privados e 
Previdência Complementar são organizações mantenedoras de seguros de coisas, pessoas, bens, 
responsabilidades, obrigações, direitos, garantias, cosseguro, resseguro, retrocessão de seguros, 
planos de pecúlio ou de rendas e de assistência médica ou odontológica e planos de benefícios 
complementares ou assemelhados aos da Previdência Social, formados pelas sociedades 
seguradoras, sociedades de capitalização, entidades abertas de previdência privada com fins 
lucrativos, entidades abertas de previdência privada sem fins lucrativos, entidades fechadas 
de previdência privada, sociedades administradoras de planos de seguro-saúde e corretoras de 
seguros.
•	 As instituições prestadoras de serviços financeiros não regulamentados não são organizações 
financeiras. Porém, prestam serviços tipicamente financeiros. Como exemplos, temos as sociedades 
administradoras de cartões de crédito e as sociedades de fomento mercantil.
•	 O Banco do Brasil representa um caso à parte. Até janeiro de 1986, essa instituição assemelhava-
se a uma autoridade monetária, efetuando serviços de política econômica do governo mediante 
ajustamentos da conta movimento do Banco Central do Brasil (Bacen) e do Tesouro Nacional (TN). 
Porém, atualmente, é considerado um banco comercial comum, embora ainda seja responsável 
pela Câmara de Confederação.
•	 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é responsável pela 
política de investimento de longo prazo. É conhecido atualmente como a principal instituição 
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financeira de fomento do Brasil, cumprindo o importante papel de atenuar os desequilíbrios 
regionais, promover o crescimento das exportações, entre outras funções. Para tal, usa recursos de 
programas e fundos de fomento. As principais formas de atuação do BNDES são: 
— Financiamento direto, podendo ser concedido a empresas e instituições privadas ou públicas, 
bem como a seus acionistas, para que estes participem do aumento de capitais. 
— Financiamento para a compra de máquinas e equipamentos. 
— Financiamentos indiretos, mediante linhas de crédito operadas por agentes financeiros 
credenciados (bancos comerciais, de investimento, desenvolvimento etc.) e por meio de 
participação acionária. 
— Apoio ao capital privado para a complementação, consolidação e modernização da base 
industrial do país. 
— Aval de repasse de linhas de crédito externo para financiamento de importação de equipamentos 
e insumos. 
— Apoio ao lançamento de ações (operações underwriting). 
— Apoio à construção naval com recursos do fundo da Marinha Mercante.
— Apoio a operações de interesse do país, como fazendas de silvicultura (madeira) e programas 
de TV digital e audiovisual.
•	 A Caixa Econômica Federal (CEF) mantém a forte característica de ser um instrumento 
governamental de financiamento social, estando voltada a demandas importantes para o país, 
como o financiamento habitacional e o saneamento básico. 
•	 Os bancos comerciais são intermediários financeiros. A sua principal função é a de transferir 
recursos dos agentes superavitários para os deficitários. Esse mecanismo cria moeda por meio do 
efeito multiplicador, por isso, os bancos são fortemente fiscalizados pelo Banco Central (o “banco 
dos bancos”), que efetua depósitos compulsórios para diminuí-lo. Os bancos comerciais prestam 
os seguintes serviços: 
— Desconto de títulos. 
— Realização de operações de abertura de crédito simples ou em conta corrente.
— Realização de operações especiais de crédito rural, de câmbio e de comércio internacional. 
— Captação de depósitos à vista e a prazo fixo. 
— Obtenção de recursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes. 
— Entre outros serviços. 
•	 As cooperativas de crédito,geralmente, atuam em setores primários da economia brasileira, 
equiparando-se às instituições financeiras. No entanto, são formadas entre os funcionários das 
próprias organizações.
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•	 As sociedades de crédito, de financiamento e de investimentos são organizações de 
intermediação de crédito que captam recursos por meio de letras de câmbio. Sua principal função é 
a de financiar bens de consumo duráveis aos consumidores finais. São os conhecidos crediários. 
•	 As sociedades corretoras desenvolvem operações por meio de títulos e valores mobiliários por 
conta de terceiros. São aquelas organizações que dependem diretamente do Banco Central do 
Brasil (Bacen) para constituírem-se e são reguladas pelo órgão mais importante desse segmento, 
a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
•	 As sociedades distribuidoras subscrevem as emissões de títulos e ações, intermediam e realizam 
operações no mercado aberto. Essas sociedades não têm acesso às bolsas de valores. 
•	 As sociedades de arrendamento mercantil efetuam operações conhecidas como leasing, uma 
palavra em inglês que significa locação de bens. Nessa operação de leasing, o locatário pode, 
ao final do contrato, renová-lo, adquirir o bem por valor residencial ou devolver o bem locado 
à sociedade. As operações de leasing tornaram-se muito comuns atualmente. As sociedades de 
arrendamento mercantil costumam captar os recursos financeiros dos agentes superavitários por 
meio de títulos conhecidos como debêntures. 
•	 As associações de poupança e empréstimos são sociedades civis em que os associados têm 
direito à participação nos resultados. Essas associações captam recursos financeiros por meio de 
cadernetas de poupança, cujo objetivo é principalmente o financiamento de imóveis.
•	 Os investidores institucionais são os fundos mútuos de investimentos, condomínios abertos que 
aplicam seus recursos financeiros em títulos e valores mobiliários. O principal objetivo desse tipo 
de instituição é oferecer aos condomínios maiores retornos e menores riscos possíveis aos seus 
patrimônios. Nessa classificação, podemos citar também as entidades fechadas de previdência 
privada, que são organizações mantidas por contribuições de um grupo de trabalhadores e de 
uma mantenedora. Por meio de uma determinação legal, parte de seus recursos financeiros devem 
ser destinados ao mercado acionário. 
•	 As companhias hipotecárias atuam prioritariamente em financiamentos imobiliários e 
administração de crédito de longo prazo de bancos de desenvolvimento, destinando-se a 
financiamentos privados de capital fixo e de giro.
•	 Os bancos múltiplos, como o próprio nome já dá a entender, atuam em vários setores do sistema 
financeiro nacional. Como obrigação jurídica, devem possuir pelo menos duas das seis carteiras a 
seguir: 
— Comercial. 
— De investimento. 
— De crédito imobiliário. 
— De aceite. 
— De desenvolvimento. 
— De leasing. 
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•	 Os bancos cooperativos surgiram das cooperativas de crédito e tornaram-se verdadeiros bancos 
comerciais. São restritos a atuar apenas em uma Unidade da Federação (UF) para impulsionar o 
desenvolvimento local, porque a intenção é que os recursos fiquem na região e não migrem para 
outros estados e/ou cidades. Como peculiaridades, esses bancos oferecem condições para que um 
agente econômico superavitário, que não tenha a intenção de aplicar seus recursos financeiros 
excedentes em algum empreendimento próprio, seja colocado em contato com outro agente 
econômico deficitário que tenha como objetivo realizar investimentos em alguma atividade que 
emane capital superior às suas disponibilidades.
 observação
No mercado, costuma-se utilizar a expressão em inglês going public 
para a empresa que almeja abrir o seu capital. E, quando a empresa lança 
a sua primeira oferta de ações, costuma-se utilizar a expressão IPO - Initial 
Public Offering. 
2 ABerturA de CAPItAl de eMPreSAS
Neste tópico, iremos entender o conceito legal e o desenvolvimento das empresas estabelecidas 
como Sociedades Anônimas (S.A.). Um fator relevante para este estudo é a análise das estratégias das 
empresas que almejam captar recursos e alavancar resultados.
2.1 Companhia aberta – conceito legal
Considera-se uma companhia aberta aquela que efetua a colocação de valores mobiliários em bolsa 
de valores ou em mercado de balcão. Em muitos casos, emitir ações é uma excelente estratégia de 
captação de recursos para as empresas. 
 Saiba mais
Um exemplo muito interessante de companhia aberta é a RENAR Maçãs 
S.A., a primeira empresa do setor hortifrutigranjeiro a abrir seu capital. Nos 
seguintes sites, é possível conhecer o histórico em torno da abertura de 
capital da empresa, com um exemplo da atuação de sociedades corretoras 
que ajudaram esse processo: 
<www.renar.agr.br>. 
<http://www.bmfbovespa.com.br/InstSites/RevistaBovespa/94/
Empresas.shtml>. 
<http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/valor/2011/07/06/renar-
macas-fara-aumento-de-capital-de-r-16-milhoes.jhtm>.
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Fortuna (2007, p. 116) ressalta que “para que uma empresa possa abrir o seu capital, o primeiro 
passo é estar estabelecida como sociedade anônima, ou seja, estar adequada à regulamentação 
disposta na Lei 10.303, de 30/10/2001, a nova Lei das sociedades anônimas.” Não é um processo 
simples para a empresa se adequar ao disposto na lei 10.303/01. Não raramente, é necessário 
investir uma boa quantidade de recursos financeiros, porque as exigências são muito grandes. 
A empresa deve publicar frequentemente suas demonstrações contábeis, por exemplo. 
Além disso, os sócios devem aprovar a transformação da empresa em sociedade anônima, com 
moldes determinados pelo estatuto social em assembleia geral ou por escritura pública. O valor do 
capital social deve ser subscrito por um número mínimo de acionistas e posteriores alterações devem 
ser dispostas. 
Deve-se determinar também o número de ações de acordo com: 
•	 A divisão do capital. 
•	 A proporção entre preferenciais e ordinárias. 
•	 Suas classes. 
•	 Posse ou não de valor nominal. 
•	 Fixação de dividendo mínimo. 
•	 Possibilidade de se manter ações em tesouraria. 
•	 Criação do Conselho de Administração – CA. 
•	 Criação da diretoria que delibera futuros aumentos de capital. 
O processo de abertura de capital e o registro são basicamente compostos por três etapas: 
•	 Nomeação do diretor de relações com investidores. 
•	 Contratação de auditoria independente, da qual os auditores devem ser credenciados pela CVM. 
•	 Apresentação da documentação necessária para cumprimento das normas legais.
Dessa forma, o diretor de relações com investidores é um profissional responsável por prestar 
informações à CVM e aos acionistas, divulgando as atividades e decisões da companhia, além de 
esclarecer dúvidas. 
Os auditores independentes devem ser credenciados pela CVM e auditarão anualmente as 
demonstrações contábeis, apresentando um parecer. É muito importante que os auditores sejam de fato 
independentes, ou seja, não tenham vínculos de qualquer tipo com a empresa, para não gerar conflito 
de interesses. 
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Mercado de capitais
 Saiba mais
Para entender melhor o trabalho do diretor de 
relações com investidores, visite o site do Ibri (Instituto 
Brasileiro de Relações com Investidores): <http://www.ibri.org.br/home/>. 
Fortuna (2007, p. 131) comenta que “a operação de lançamento de valores mobiliários precisa ser 
coordenada por uma instituição financeira, que pode ser um banco de investimento, um banco múltiplo, 
uma sociedade corretora ou sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários.” Por sua vez, essa 
instituição financeira coordenadora responsabiliza-se também pelo registro dos valores mobiliários nas 
bolsas de valores ou entidades do mercado de balcão e pelos processos de registro na CVM.
Como comentado anteriormente, a abertura de capital de uma empresa geralmente é uma operação 
complexa, envolvendo o dispêndio de altas somas de recursos financeiros para pagar os custos de 
exigências legais, como: 
•	 Contratação de auditoria externa. 
•	 Taxa de fiscalização do registro de emissão junto à CVM. 
•	 Pagamento de anuidade à bolsa, de acordo com seu porte. 
•	 Serviço de ações escriturais e taxa de fiscalização de manutenção de companhia aberta junto à 
CVM. 
•	 Custos de divulgação. 
•	 Prospectos e material informativo aos acionistas. 
•	 Atendimento a analistas de investimentos e investidores. 
•	 Custos de intermediação financeira.
Além desses custos, há também os custos de cunho interno para a empresa, tais como:
•	 Formação de grupo de estudos sobre a abertura. 
•	 Consultoria externa de mercado de capitais. 
•	 Departamento de acionistas. 
•	 Estrutura da diretoria de relações com o mercado.
Basicamente, para uma empresa abrir o seu capital e estar em uma bolsa de valores, é muito 
importante que seja apresentada com muita transparência para os acionistas e para a sociedade em 
geral. 
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 Saiba mais
A Bolsa de Valores de São Paulo instituiu, no ano de 2000, uma classificação 
do nível de governança corporativa das sociedades anônimas, com o 
objetivo de criar segmentos especiais que proporcionassem um ambiente de 
negociação que estimulasse, ao mesmo tempo, o interesse dos investidores 
e a valorização das companhias. O novo mercado é direcionado às empresas 
que venham abrir capital, enquanto os níveis diferenciados 1 e 2 destinam-se 
a empresas que já possuem ações negociadas na BM&F Bovespa.
Para conhecer mais sobre o assunto, acesse: 
<http://www.bmfbovespa.com.br/empresas/download/Folder_
NovoMercado.pdf>. 
 observação
A operação de underwriting (best effort) ou “o melhor esforço” é a 
intermediação que as entidades financeiras fazem em relação à oferta 
pública de títulos. Caso não encontrem interessados em quantidade para a 
compra das ações, as próprias entidades financeiras as comprarão. Assim, 
quando uma empresa anuncia um IPO ou uma captação de recursos, há a 
certeza de que esses recursos realmente serão captados.
2.2 desenvolvimento das sociedades anônimas
Conforme Borba (1997) o desenvolvimento das sociedades anônimas ocorreu em três sistemas 
distintos de formação: 
•	 O sistema de privilégios. 
•	 O sistema da autorização. 
•	 O sistema da livre criação.
No sistema de privilégios, a criação de uma sociedade anônima dependia apenas de um ato do 
governo. As sociedades não eram criadas por conta da vontade das partes, mas sim por uma concessão 
do Estado por meio de um ato legislativo. Por isso, não se aplicava às demais empresas. Ser uma sociedade 
anônima era um privilégio. Esse sistema vigorou entre os séculos XVII e XVIII. 
No sistema de autorização, segundo Borba (1997 p.95), “a sociedade era criada pelos interessados, 
mas dependia de uma autorização preliminar do governo.” 
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Mercado de capitais
Já no sistema de livre criação, que é o modelo atualmente em vigor, os interessados são livres 
para criar as sociedades anônimas, não há necessidade de prévia autorização governamental, mas são 
obrigadas a se registrarem nos órgãos competentes. 
Segundo a Lei das sociedades por ações, 6.404/76, com as alterações das Leis 9.457/97 e 10.303/2001, 
existem duas espécies de sociedade anônima:
•	 A companhia aberta. 
•	 A companhia fechada. 
Segundo Borba (1997), a companhia aberta é aquela que procura captar recursos junto ao público. 
Já a fechada não possui registros junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Elas possuem o capital 
social representado por ações, mas, os títulos e valores mobiliários de sua emissão não são permitidos à 
negociação em bolsas de valores ou no mercado de balcão. 
 observação
Um exemplo de sociedade anônima de capital aberto é a empresa Dasa 
(Diagnósticos da América S.A.), que é atualmente a maior empresa da área 
de diagnósticos da América Latina. 
Já um modelo de sociedade anônima de capital fechado é a Tac Motors 
(Tecnologia Automotiva Catarinense S.A.), uma empresa automobilística 
especializada em veículos especiais. 
 Saiba mais
Visite os sites da Dasa e da Tac Motors, conheça o seus históricos como 
sociedades anônimas e compare as duas propostas empresariais em: 
<www.dasa.com.br>.
<www.tacmotors.com.br>.
2.2.1 Estrutura da sociedade anônima 
Segundo Almeida (2011), as sociedades anônimas devem possuir, necessariamente, três órgãos: 
•	 A assembleia geral. 
•	 A diretoria. 
•	 O conselho fiscal.
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A assembleia geral e a diretoria devem ter funcionamento permanente, conforme dispuserem os 
estatutos. Nas companhias abertas e de economia mista, deve-se manter também um conselho de 
administração. No entanto, esse órgão é facultativo para as empresas de capital fechado.
Almeida (2011) expõe que os acionistas têm obrigação pessoal perante a sociedade e não apenas 
de caráter patrimonial. Obrigam-se a integralizar as ações subscritas pelo seu preço de emissão e não 
pelo seu eventual valor nominal. Por outro lado, essa integralização não torna os acionistas condôminos 
do patrimônio social, dando a eles o direito apenas ao que remanescer desse patrimônio, no caso de 
dissolução da sociedade. 
O autor ainda destaca o papel dos controladores, que, dentro do conjunto de acionistas, são aqueles 
que são titulares de direito de voto. Isso lhes assegura, de modo permanente, a maioria das deliberações 
da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia. Os administradores, 
por usa vez, poderão ou não ser acionistas da empresa, mas são responsáveis por eventuais abusos que 
cometerem no exercício de suas funções.
2.3 Abertura de capital na estratégia empresarial
De acordo com Mellagi Filho (2000): 
[...] a crescente globalização dos mercados e a reestruturação pela qual 
a economia brasileira vem passando, vêm trazendo para o nosso meio 
uma quantidade expressiva de experientes e exigentes investidores 
internacionais, que, somados ao processo de aprendizado e sofisticação de 
nossos investidores institucionais – que aprenderam, quando da aquisição 
de ações ofertadas à venda nos processos de privatização das empresas 
estatais, a atuar em defesa de seus direitos –, começamos a conviver com 
pleitos crescentes no sentido de se assegurar uma forma mais efetiva de 
governança corporativa (MELLAGI FILHO, 2000, p. 87).
Mellagi Filho (2000) comenta também que: 
Diversas operações de reestruturação que procuraram se mobilizar com o 
objetivo de melhor defender os interesses têm como estratégia a incorporação 
da sociedade controladora pela sociedade controlada, que permite a utilização 
do ágio pago quando da aquisição do controle, com vantagem fiscal, originando 
aumento do capital social da sociedade incorporadora e a consequente diluição 
da participação dos acionistasminoritários. Nessas operações, foram debatidos 
os critérios utilizados para determinar a avaliação das empresas envolvidas e para 
estabelecer a relação de troca de ações (valor patrimonial, valor de mercado das 
ações e valor econômico), assim como a eliminação do direito de recesso nas 
operações de cisão de sociedades e nas operações de incorporação e de fusão 
em que há liquidez de mercado das ações (porque integram índice de bolsa de 
valores) ou dispersão acionária relevante (MELLAGI, 2000, p. 88). 
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A Comissão de Economia da Câmara dos Deputados aprovou o substitutivo elaborado pelo Deputado 
Emerson Kapaz ao projeto de Lei n.º 3.115, de 1997, que engloba os projetos de Lei números 3.519/97 e 
1.000/99.
2.4 Conceito de mercado monetário
Assaf Neto (2003, p. 118) declara que “o mercado monetário visa ao controle da liquidez monetária 
da economia, em que os papéis negociados têm como parâmetro de referência a taxa de juros, que 
se constitui em sua mais importante moeda de transação.” Os papéis que lastreiam as operações do 
mercado monetário são caracterizados pelos reduzidos prazos de resgate e alta liquidez.
Ainda segundo Assaf Neto (2003), 
[...] os papéis negociados são aqueles emitidos pelo Banco Central do Brasil, 
voltados à execução da política monetária do Governo Federal (BBC – Bônus 
do Banco Central), e pelo Tesouro Nacional, emitidos com o objetivo de 
financiar o orçamento público (NTN – Notas do Tesouro Nacional, LTN – 
Letras do Tesouro Nacional), além de diversos títulos públicos emitidos pelos 
estados e municípios (ASSAF NETO, 2003, p. 119). 
Também são negociados no mercado monetário os Certificados de Depósito Interfinanceiros (CDI), 
exclusivamente entre instituições financeiras, e títulos de emissão privada, como o Certificado de 
Depósito Bancário (CDB) e debêntures. 
2.4.1 Sistemas de custódia e liquidação de títulos – Selic e Cetip
Grande parte dos títulos públicos e privados negociados no mercado monetário são escriturais, ou 
seja, não são emitidos fisicamente, exigindo maior organização em sua liquidação e transferência.
As negociações com esses valores são controladas e custodiadas por dois sistemas especiais, denominados 
Selic e Cetip. Assaf Neto (2003, p. 123) descreve Selic “como o Sistema Especial de Liquidação e Custódia, 
desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e a Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado 
Aberto), em 1979, voltado a operar com títulos públicos de emissão do Bacen e do Tesouro Nacional. 
 Saiba mais
O Banco Central do Brasil conceitua Selic como sistema informatizado 
que se destina à custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro 
Nacional e ao registro e à liquidação de operações com esses títulos. 
O Banco Central disponibiliza um manual de utilização do Selic, que 
pode ser acessado em: <http://www.bcb.gov.br/?SELICINTRO>. 
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A Cetip, também é um sistema de controle e custódia, mas para 
transações entre particulares. Atualmente, a Cetip é uma sociedade 
anônima de capital aberto. Você pode conhecer mais sobre a Cetip 
acessando o seguinte site: <http://www.cetip.com.br/index.asp>. 
A seguir, o histórico das taxas de juros fixadas pelo Copom e a evolução da taxa Selic:
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14,5
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13,5
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12,5
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10,75
11,25
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Expectativa
Focus
famoso 
período 
eleitoral
Taxa Selic (Expectativa 25/03/11)
Taxa Selic 
Figura 6: Histórico das taxas de juros fixadas pelo Copom e evolução da taxa Selic. 
A Cetip (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados) é um sistema 
semelhante ao Selic, porém controla títulos privados como CDB, RDB, debêntures, CDI etc., 
podendo operar também com títulos públicos que estão em poder do setor privado da 
economia. 
Assaf Neto (2003) informa que:
Na Cetip, os negócios não são liquidados imediatamente como no Selic, 
porque as transferências de recursos são efetuadas por meio de ordens 
de pagamentos equivalentes. Toda compra de títulos terá sua liquidação 
no dia seguinte ao da operação, após a compensação bancária (ASSAF 
NETO, 2003, p.128). 
A taxa Selic tem maior relevância, porque é a referência do custo do dinheiro no mercado 
financeiro, e a taxa Cetip é ligeiramente mais elevada que a Selic, porque embute maior risco 
decorrente do fato de sua liquidação ser efetivada no dia seguinte. Por isso, existe a possibilidade de 
se atuar de forma especulativa, aproveitando-se dos conhecimentos das tendências e informações 
obtidas no mercado.
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Mercado de capitais
2.4.2 Títulos públicos
A respeito dos títulos públicos, Assaf Neto (2003) explica que:
 Os governos federal, estadual e municipal captam recursos no mercado por 
intermédio da emissão de títulos representativos da dívida pública. Os títulos 
estaduais e municipais apresentam baixa liquidez no mercado, motivo pelo 
qual possui circulação mais restrita. Os títulos públicos federais têm maior 
aceitação e liquidez (ASSAF NETO, 2003, p. 204). 
Os títulos da dívida pública do governo federal são classificados de acordo com sua natureza de 
emissões e características de negociação, como:
•	 Títulos do Tesouro Nacional.
•	 Títulos do Banco Central.
•	 LTN – Letras do Tesouro Nacional.
•	 BBC – Bônus do Banco Central.
•	 LFT – Letras Financeiras do Tesouro Nacional.
•	 LBC – Letras do Banco Central.
•	 NTN – Notas do Tesouro Nacional.
•	 NBC – Notas do Banco Central.
•	 CTN – Certificado do Tesouro Nacional.
•	 CFT – Certificado Financeiro do Tesouro.
2.4.3 Mercado aberto 
O mercado monetário é um instrumento do Estado para controlar a liquidez monetária da economia. 
Com esse objetivo, negociam-se compras e vendas de títulos públicos. 
Se a autoridade monetária decide reduzir a oferta monetária da economia, coloca (vende) títulos 
de sua emissão junto aos agentes econômicos, retirando do sistema monetário parte do dinheiro em 
circulação. 
Se a autoridade monetária decide fazer o contrário, ou seja, expandir os meios de pagamento, 
recompra, então, os títulos anteriormente vendidos. Com isso, aumenta-se a oferta de moeda.
Dessa forma, a liquidez monetária da economia pode ser regulada e as necessidades do Tesouro Nacional 
podem ser supridas de forma mais dinâmica e imediata. Esse sistema é tão flexível que, atualmente, é possível 
regular diariamente o nível de oferta monetária e a taxa de juros em curto prazo.
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2.5 Conceito de mercado de crédito
Segundo Assaf Neto (2003, p. 209), o mercado de crédito “visa fundamentalmente suprir as 
necessidades de caixa de curto e médio prazo dos vários agentes econômicos, seja por meio da concessão 
de créditos às pessoas físicas, seja por empréstimos e financiamentos às pessoas jurídicas.” 
Essas operações são realizadas dentro de uma

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