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Apostila Mercado Financeiro

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
MERCADO FINANCEIRO
Prof. Joel Leandro, Msc
“Quanto mais você suar na preparação, menos vai sangrar na batalha. A vontade de se preparar tem que ser maior do que a vontade de vencer. ”
Vince Lombardi
 Agosto
 2016
MERCADO FINANCEIRO
Objetivo: Compreender a estrutura e funcionamento do mercado financeiro e as suas principais operações; reconhecer a atualidade e relevância desse mercado para o profissional de administração. Entender os conceitos fundamentais de economia e finanças aplicadas ao mercado financeiro.
APRESENTAÇÃO
O aumento da competitividade acelerou a importância do mercado financeiro para a economia e os seus Agentes econômicos que nela atuam: as empresas, por necessitarem cada vez mais de recursos não exigíveis para viabilizar investimentos em escala e qualidade para competir com êxito; e os indivíduos, por terem presenciado a falência dos mecanismos públicos de previdência social e precisarem formar poupança de longo prazo em ambiente com cenário de juros declinantes. 
A tecnologia é um dos pilares da integração econômica no mundo atual. É o avanço tecnológico que possibilita, entre outros fatores, a existência de transações financeiras internacionais cada vez mais complexas, confiáveis e menos burocráticas.
As instituições financeiras, nesse contexto, necessitam manterem-se no estado da arte na análise e gerenciamento de seus clientes, sob o risco de perdê-los para outras instituições mais eficientes; é a chamada competitividade global do mercado financeiro.
O mercado financeiro brasileiro apóia-se em estrutura e tecnologia invejáveis, tem peso específico de alta relevância na economia nacional, possuindo instituições que chegam aos mais longínquos rincões da nação – sendo referência mundial de modernidade tecnológica.
Suplantadas as estranhezas e dificuldades iniciais que o aprendizado do mercado financeiro costuma provocar, descobre-se um ambiente fascinante para se aprender a ganhar dinheiro e administrar bem o seu negócio e a sua vida financeira. A metodologia a ser aplicada basear-se-á em aulas expositivas com a apresentação de conceitos, experiências práticas relacionadas ao assunto e discussão de textos e artigos com a turma, visando ampliar o nível de conhecimento sobre o processo permanente de mudanças por que passa o mercado financeiro e a necessidade de desenvolver uma gestão estratégica bem planejada, com ações focadas, principalmente, em negócios que gerem resultados consistentes. 
Bem vindo(a) ao curso.
Prof. Joel Leandro Msc
joelml@uol.com.br
Sugestão de sites para consulta: bovespa.com.br; bmf.com.br; abamec.com; debentures.com.br; andima.com.br.; cvm.org.br; bcb.org.br; bb.com.br; agorainvest.com.br; alphafintec.com.br.
CURRICULO DO PROFESSOR
· Mestre em Administração de Negócios – Universidade Estácio de Sá. 
· MBA em Administração de Negócios - IBMEC;
· MBA em Gestão de Negócios Financeiros – FGV;
· Pós-Graduação em Comércio Exterior - UFRJ;
· Graduação em Contabilidade - Universidade Gama Filho – UGF;
· Curso de Especialização em Políticas e Estratégias - ADESG - Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra;
· Trade Finance/Mercado Internacional - Grupo Opções Treinamento;
· Jornadas de Atualização Gerencial – Controle - Centro de Formação e Treinamento do Banco do Brasil;
· Jornadas de Atualização Gerencial – Crédito e Gestão de Risco - Centro de Formação e Treinamento do Banco do Brasil;
· Master Banking Game - Desenvolvimento Gerencial;
· Certificação de Investimentos Avançados – CPA 20 – da ANBID.
· Curso Mercado de Derivativos na BM&F
· Palestrante e Consultor na área corporativa e de finanças comportamental; autor dos livros “Construindo sua Inteligência Financeira” (2007), “Alcançando o Conhecimento Financeiro” (2008) e “Compartilhando a Sabedoria Financeira” (2009), editora Danprewan, selo Habacuc. www.danprewan.com.br
 “A sorte só favorece a mente preparada.”
Isaac Asimov, escritor
A GLOBALIZAÇÃO E O MERCADO FINANCEIRO
A palavra globalização, em sentido restrito, significa integração, internacionalização e uniformização de ideias, valores e atitudes. Mas em um sentido mais amplo, é toda essa aldeia global onde vivemos atualmente. Teve seu início nos Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão alcançando, rapidamente, outros países, na medida em que abrem seus mercados e se integram ao mundo desenvolvido.
Os meios de comunicação, principalmente a internet, possibilitaram a redução das distâncias e uma maior interação entre os 5 continentes, estabelecendo um conjunto de comportamentos e valores éticos que são compartilhados por bilhões de pessoas nos mais distantes pontos do planeta, criando um mundo sem fronteiras que fala a mesma língua. 
Mas é na esfera econômica e financeira que os efeitos da globalização mais se acentuam. A adoção de uma moeda única pelos principais países da Europa, o Euro, a ampliação dos países que integram o bloco econômico denominado União Européia, com o ingresso de nações do leste europeu, são exemplos de que os Estados adotam políticas que buscam cada vez mais integração dos países, eliminando barreiras comerciais existentes entre eles e ampliando acordos de comércio com outros blocos econômicos (Mercosul, UE, Nafta, CARICOM e ASEAN).
As características da globalização podem ser resumidas em:
· Internacionalização da produção e distribuição de produtos e serviços;
· Internacionalização do mercado financeiro;
· Alteração na divisão do trabalho, com a criação de novos modelos dentro das organizações, cuja distribuição das funções produtivas não se encontra mais concentrada em um único país, mas espalhadas por vários países e continentes – o mundo passa a ser o mercado;
· Mudança na geopolítica mundial e transações de comércio, com a criação e consolidação dos blocos econômicos liderados agora pelo G20;
· Grande movimento migratório do hemisfério norte para o sul;
· A questão ambiental e a sua importância nas discussões internacionais;
· Mudança do papel do Estado, que passa de protetor das economias nacionais e do bem estar social, a busca ainda de posição mais ativa no contexto financeiro internacional, redefinindo suas ações e desempenhando, além de funções de regulador do chamado livre mercado, tão exaltado no final do século XX e já questionado neste século por conta da crise financeira mundial iniciada em 2008 nos EUA.
Atualmente, observamos algumas tendências que têm transformado os mercados financeiros e entre elas destacamos três: globalização, securitização e engenharia financeira.
A globalização é um fenômeno que vem afetando os mercados financeiros de forma positiva e negativa. A evolução da tecnologia da informação e a diminuição das restrições à movimentação de capitais estrangeiros vêm proporcionando o crescimento desse movimento, permitindo a administração de uma carteira de ativos em nível mundial e em tempo real, contudo ainda pouco regulamentado. 
Os chamados investidores institucionais – especialmente os fundos de pensão, fundos de investimentos e companhias de seguros – que buscam combinações entre risco e retorno inexistentes em seus próprios mercados. Esse movimento tem gerado expansão inédita no mercado de capitais em todo o mundo, significando não só o aumento dos volumes de recursos mobilizados como também a criação de instrumentos financeiros adequados à nova situação – operações derivativas.
“Não é o administrador que paga os salários – ele apenas administra o dinheiro. Quem paga o salário é o produto.” Henry Ford
A ECONOMIA NO MERCADO FINANCEIRO
Economia é o estudo de como a sociedade decide empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens e serviços variados e distribuí-los para consumo, agora ou no futuro, entre os vários indivíduos e grupos da sociedade.
Envolve as seguintes questões:
1. Que bens ou serviços serão produzidos ou ofertados e em que quantidades?
2. Como os bens ou serviços serão produzidos ou ofertados? e
3. Para quemos bens ou serviços serão produzidos ou ofertados?
ESCASSEZ E FATORES DE PRODUÇÃO
Diz-se que os recursos são escassos porque a sociedade possui desejos ilimitados, enquanto os recursos disponíveis não o são. Dessa forma, é preciso que os recursos sejam utilizados com eficiência, isto é, tenham a melhor utilização possível dada a tecnologia disponível para a produção dos bens e serviços que a sociedade demanda.
Os recursos utilizados para a produção de bens e serviços que irão satisfazer os desejos da sociedade são chamados de fatores de produção e podem ser classificados como:
· Naturais - são obtidos diretamente da natureza como, por exemplo, a terra;
· Trabalho - representam o esforço humano necessário para a execução da tarefa como, por exemplo, o empacotamento de mercadorias; e
· Capital - podem ser divididos em capital físico e humano. O capital físico é formado pelos recursos manufaturados utilizados na produção, como, por exemplo, máquinas e equipamentos. O capital humano representa a educação e o conhecimento que estão incorporados na força de trabalho.
CUSTO DE OPORTUNIDADE
Diante da escassez de recursos, a sociedade precisa fazer escolhas que irão direcionar a alocação dos fatores de produção. Por isso, toda escolha implica custo de algo em termos da oportunidade não escolhida. A escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la. A isso chamamos de custo de oportunidade. Por exemplo, o custo de oportunidade de uma hora dedicando-se ao estudo de economia e finanças é o que você deixou de usufruir em lazer. 
Percebam que a noção de custo de oportunidade é ligeiramente diferente dos custos monetários que estamos acostumados. No exemplo acima, ele não envolve necessariamente despender recursos monetários. Vejamos outro exemplo para fixar o conceito. Considere uma agencia bancária que utilizava a totalidade de seus recursos (físicos e humanos) para a venda de seguros e conseguia vender dez apólices por mês em um mercado que absorvia totalmente essa “produção”. 
Diante de uma nova oportunidade de negócios (expansão do crédito, por exemplo), essa agência resolveu iniciar a venda de crédito consignado. Porém, ao alocar os recursos para tal fim, descobriu que terá de deixar de vender algumas apólices de seguro para atender à nova demanda por crédito.
Esse é o custo de oportunidade das operações com o crédito consignado. A escolha usualmente e feita entre alternativas possíveis e eficientes relacionadas à produção de bens e serviços, considerado um dado estoque de fatores de produção e a tecnologia disponível. 
FLUXO CIRCULAR DE RENDA
É um modelo simplificado do fluxo de bens e serviços e da renda de uma economia em determinado período. Os bens e serviços são produzidos e consumidos pela sociedade. Quando os membros de uma sociedade participam do processo produtivo empregando seus fatores de produção, exercem o papel de produtores. Quando consomem o que produziram, exercem a função de consumidores.
No fluxo circular de renda, os produtores são representados pelas empresas e os consumidores pelas famílias. As empresas produzem para que as famílias possam consumir. Os bens e serviços são consumidos pelas famílias porque estas obtiveram uma remuneração por meio do emprego de seus fatores de produção no processo produtivo conforme demonstrado abaixo:
Fluxo Circular de Renda
 
 M E R C A D O
 F I N A N C E I R O
 (1) Trabalho e Capital
 (2) Salários e lucros
Famílias 
Empresas 
 (3) Bens e serviços finais
 (4) Renda despendida
Legenda:
1. As famílias empregam os seus fatores de produção (trabalho e capital).
2. As famílias recebem uma remuneração na forma de salários e lucros.
3. As empresas utilizam os fatores de produção e disponibilizam bens e serviços.
4. As famílias adquirem os bens e serviços utilizando o rendimento recebido.
"Se dois homens vêm andando por uma estrada cada um carregando um pão e, ao se encontrarem eles trocam os pães, cada um vai embora com um; se dois homens vêm andando por uma estrada, cada uma carregando uma idéia e, ao se encontrarem eles trocam as idéias, cada um vai embora com duas." 
Ditado Chinês
ÁREAS DA ECONOMIA LIGADAS AO MERCADO FINANCEIRO
A análise (ou teoria) econômica é normalmente dividida em duas grandes áreas de estudo: micro e macroeconomia.
A microeconomia ocupa-se do estudo de como famílias e empresas tomam decisões e de como interagem no mercado. Dito de outro modo, ela cuida, individualmente, do comportamento de consumidores e produtores com vistas à compreensão do funcionamento do sistema econômico, que afeta diretamente o mercado financeiro onde estes agentes interagem.
A macroeconomia estuda os fenômenos da economia (ou do sistema econômico) como um todo. Trata, por exemplo, do estudo do comportamento dos grandes agregados econômicos, como o comportamento do nível geral de preços (inflação), do desemprego, do crescimento econômico, entre outros. 
Vale ressaltar que essas duas áreas do conhecimento econômico não podem ser tomadas como mutuamente excludentes. Ao contrário, a análise microeconômica tem sido cada vez mais utilizada para um melhor entendimento de importantes questões macroeconômicas, que por sua vez interferem, por meio de medidas implementadas, principalmente pelo Governo, no mercado financeiro.
ESTRUTURAS DE MERCADO
O termo estrutura de mercado refere-se às características organizacionais de um mercado, as quais determinam as relações entre compradores e vendedores. As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três características principais: número de empresas que compõem esse mercado, tipo de produto (idênticos ou diferenciados) e se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas a esses mercados. As principais estruturas podem ser classificadas como:
■ Concorrência perfeita
■ Monopólio (mercado vendedor) e monopsônio (mercado comprador)
■ Oligopólio (mercado vendedor) e oligopsônio (mercado comprador)
Monopólio e Monopsônio
O monopólio ocorre no mercado vendedor quando estão presentes as seguintes circunstâncias:
■ Presença de uma única empresa atuando;
■ Inexistência de substitutos próximos para os bens que o monopolista produz; e
■ Existência de elevadas barreiras à entrada de novas empresas decorrentes dos seguintes fatores:
· Controle de um insumo ou recurso escasso;
· Domínio tecnológico; e
· Economias de escala.
As economias de escala surgem, por exemplo, a partir da presença de elevados custos fixos, de modo que o processo produtivo só se torna viável quando a empresa consegue produzir grandes quantidades. Na presença de economias de escala, só as companhias “maiores” conseguem obter lucros. Além disso, as empresas existentes apresentam vantagem de custos sobre as empresas que entram no mercado. Isso significa que as economias de escala podem impedir a entrada novas organizações e, por isso, têm o poder de sustentar um monopólio.
Já o monopsônio ocorre no mercado comprador quando há apenas uma única empresa compradora de um determinado produto e, nesse caso, o preço acaba sendo por ela determinado. Por exemplo, uma fábrica de cigarros em relação à aquisição de fumo em determinadas localidades. No caso do monopólio, como ele não toma o preço como dado pelo mercado (ele é capaz de influenciá-lo), não existe uma curva de oferta do monopolista.
A quantidade produzida dependerá unicamente de sua capacidade de influenciar os preços, que é limitada pela curva de demanda. Nesse sentido, a curva de demanda do monopolista corresponde à curva de demanda do mercado.
Como a demanda do monopolista é a própria demanda de mercado, tudo o mais constante, alterações nas quantidades vendidas acontecem somente em resposta a reduções nos preços. Ou seja, é equivocada a ideia de que um monopolista pode atuar conjuntamente sobre preço e quantidade. Se ele fixa o preço, o mercado é quem determinará a quantidade demandada. Por outro lado, seele estipular a quantidade a ser vendida, a resposta do mercado virá em termos do preço a que estaria disposto a pagar para absorver a quantidade ofertada. Portanto, o aumento da produção no monopólio gera dois efeitos sobre a receita do monopolista:
· Efeito quantidade - o aumento das vendas aumenta a receita; e
· Efeito preço - para vender unidades adicionais, o monopolista deve reduzir o preço de todas as unidades vendidas, o que provoca uma redução na receita comparativamente àquela obtida com as quantidades vendidas anteriormente.
Assim, o resultado final sobre a receita total de um monopolista decorrente de variações nos preços dependerá da magnitude da elasticidade-preço da demanda. Para níveis de produção pequenos, onde, em geral, a demanda é mais elástica, o efeito quantidade tende a superar o efeito preço, elevando a receita total do monopolista em resposta a uma redução no preço. Por outro lado, para níveis de demanda maiores, a elasticidade-preço tende a ser menor, de modo que o efeito preço tende a superar o efeito quantidade. Nessa situação, uma redução de preço na tentativa de vender mais pode ocasionar uma perda de receita total para o monopolista. Se você teve dúvidas sobre essa sequência, releia a seção sobre elasticidade-preço da demanda.
Não é frequente encontrarmos algum mercado estruturado sob a forma de monopólio puro, exceto quando promovido pelo próprio Estado (em geral no caso de serviços públicos). No entanto, muitos mercados apresentam estruturas próximas ao de monopólio, o que torna o modelo importante para a extração de conclusões sobre o funcionamento do mundo real.
Uma última nota sobre monopólio refere-se ao poder de mercado do monopolista. Abstraindo as formulações matemáticas utilizadas pelos economistas, vale uma regra prática: o poder de mercado de um monopolista (poder de elevar preços, receitas e lucros simultaneamente) está diretamente ligado à elasticidade-preço da demanda. Quando menos elástica for a demanda, maior será esse poder.
Oligopólio e Oligopsônio
O oligopólio representa uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio. É formado por poucos vendedores que competem entre si e que detém algum poder de mercado, ou seja, capacidade de afetar o preço por meio de ações individuais. É resultado dos mesmos fatores responsáveis pela formação do monopólio, só que de forma um pouco mais branda. As economias de escala e as diferenciações de produtos representam os fatores mais importantes para a formação de um oligopólio.
É a única estrutura de mercado em que as empresas levam em conta as ações dos concorrentes na tomada de decisões. Isso acontece porque há uma relação de interdependência entre elas: o lucro não depende somente das próprias ações, mas também das ações dos concorrentes.
Empresas oligopolistas podem competir via preços ou quantidades. Na concorrência pelo mercado, quando não existem limitações da capacidade de produção, a empresa oligopolista pode adotar produtos diferenciados, o que permite um conjunto fiel de clientes e possibilita a prática do preço superior ao custo marginal.
Outra solução é o comportamento cooperativo. Firmas oligopolistas sabem que podem influenciar os preços de mercado e, portanto, que um aumento da produção reduz o preço. Desse modo, elas podem formar um acordo cooperativo para fixar preços, quantidades ou dividir geograficamente o mercado com o objetivo de maximizar os lucros conjuntos da indústria. O resultado de um acordo cooperativo assemelha-se ao monopólio. Um acordo cooperativo é difícil de ser praticado e, quando é feito, geralmente ocorre em desrespeito às leis, em forma de cartel.
Apesar do acordo, as firmas têm grandes incentivos para trair o cartel. A produção de uma quantidade superior à fixada pelo acordo diminui os lucros conjuntos da indústria, mas aumenta o lucro individual da firma. Isso acontece porque o efeito preço gerado pelo aumento da produção é menor do que o efeito quantidade (o oligopolista com menor preço tem suas vendas acrescidas consideravelmente).
Desse modo, a receita marginal do oligopolista (receita adicional obtida com a estratégia de reduzir os preços) será mais alta que os custos marginais da operação, e ele pensará que o aumento da produção é lucrativo, mesmo que isso reduza os lucros da indústria. Esse comportamento não cooperativo - onde cada firma toma sua decisão estimando a reação dos concorrentes - gera lucros menores se comparados ao comportamento cooperativo. Isso porque, no limite, se todas as firmas reagirem individualmente da mesma forma, nos aproximaremos de uma concorrência perfeita.
Alguns fatores dificultam a formação e a manutenção do comportamento cooperativo, entre eles:
· Grande número de empresas;
· Complexidade do produto e da estrutura de preço;
· Diferença de interesses; e
· Poder de barganha dos compradores, dificultando o cumprimento do acordo.
O oligopsônio ocorre no mercado comprador. Caracteriza-se pela existência de poucas empresas compradoras, determinação dos preços por essas empresas e grande dificuldade de entrada de novos compradores no mercado. Como exemplo, temos a indústria automobilística e as agroindústrias.
CONCEITO DE MERCADO
Mercado é o encontro entre vendedores e compradores interessados em negociar bens ou serviços. Um mercado pode estar em qualquer lugar: na esquina de uma rua, no outro lado do mundo ou bem perto, como o telefone ou os classificados do jornal. Não precisa ser necessariamente um lugar físico. Nele estão presentes os fundamentos da procura e da oferta, que são as forças que movem as economias de mercado e representam os interesses de consumidores (ou compradores) e produtores (ou vendedores).
Para saber como um fato ou medida de política econômica afetará a economia, é preciso prever seu impacto sobre a oferta e a demanda. Por isso, conhecimento, previsibilidade e expectativas adequadas com relação ao comportamento do mercado podem determinar a eficácia das políticas econômicas e os seus reflexos na gestão do negócio.
VISÃO DO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL
O mercado financeiro brasileiro todos os dias movimenta bilhões de reais nos mais diversos setores da economia como: commodities agrícolas, moedas estrangeiras, mercado de capitais, mercado de crédito, além do mercado monetário. Estes transacionam ativos que fazem movimentar o mercado financeiro nacional.
Atualmente o mercado financeiro de capitais é um dos mais dinâmicos e um dos que mais movimenta recursos financeiros no Brasil, somente a Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa movimenta em torno de 6 bilhões de reais diariamente, sendo o local onde investidores do Brasil e do exterior realizam operações de compra e venda de ações, operações com opções de ações e outros ativos. Temos ainda o mercado financeiro da BM&F, onde são negociados contratos futuros de dólar, soja, ouro, índices, outras commodities e muitos outros ativos financeiros.
Taxa Selic – COPOM – Comitê de Política Monetária do BACEN
Para você que tem dúvidas sobre como é tomada a decisão, quais os objetivos do Comitê de Política Monetária, como ele é formado e qual a importância da chamada taxa Selic para o mercado financeiro, seguem algumas informações a respeito, cujo intuito é aumentar a transparência na condução da política macroeconômica brasileira e a eficácia na comunicação das ações desenvolvidas pelo BACEN.
O que é a taxa Selic?
Embora quase todo mundo acredite que o COPOM determina efetivamente a taxa Selic, na verdade o colegiado do BACEN está determinando a meta da Selic. Para entender a diferença, vale a pena analisar em detalhe o que é a Selic.
A taxa Selic é a taxa de financiamento no mercado interbancário para operações de um dia, ou overnight, que possuem lastro em títulos públicos federais, títulos estes que são listados e negociados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, ou Selic.
Em outras palavras, esta taxa é usada como referência para operações de curtíssimo prazo entre os bancos, que, quando querem tomar recursos emprestadosde outros bancos por um dia, oferecem títulos públicos como lastro, visando reduzir o risco, e, consequentemente, a remuneração dessas transações. Como o risco final da transação acaba sendo efetivamente o do governo, pois seus títulos servem de lastro para a operação e o prazo é o mais curto possível, ou apenas um dia, esta taxa acaba servindo de referência para todas as demais taxas de juros da economia.
Esta taxa não é fixa e varia praticamente todos os dias, mas dentro de um intervalo muito pequeno, já que, na grande maioria das vezes, ela tende a se aproximar da meta da Selic, que é determinada mensalmente pelo COPOM.
Taxa SELIC serve de referência para...
Por ser de curtíssimo prazo e por refletir o risco do governo, a Selic acaba servindo de referência para todas as demais taxas da economia que balizam as operações financeiras no mercado. Em situações normais a Selic é a taxa mais baixa, o que, porém, não ocorre sempre. De forma geral, quanto maior o prazo maior o risco e, portanto, maior a taxa.
Esse não é o caso, porém, quando o governo está adotando uma política monetária restritiva, com o objetivo de conter a inflação. Neste caso a taxa pode ser maior do que as taxas de longo prazo, o que indica que o mercado acredita que a política econômica adotada irá reduzir a inflação, levando à queda dos juros de longo prazo.
COPOM: quais seus objetivos?
Criado em junho de 1996, o COPOM é o órgão decisório da política monetária do BC, responsável por estabelecer a meta para a taxa Selic. 
O principal objetivo da política monetária adotada pelo COPOM é o alcance das metas de inflação estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Se, em um determinado ano, a inflação ultrapassar a meta, cabe ao presidente do BC encaminhar uma Carta Aberta ao ministro da Fazenda explicando as razões do não cumprimento, assim como as medidas que serão necessárias para trazer a inflação de volta à trajetória pré-definida e o tempo esperado para que elas surtam efeito.
Os membros do COPOM?
O COPOM é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do Banco Central: o presidente e os diretores de Política Monetária, de Política Econômica, de Estudos Especiais, de Assuntos Internacionais, de Normas e Organização do Sistema Financeiro, Administração, Fiscalização e Liquidações e Desestatização.
O presidente tem direito ao voto decisório em caso de empate na decisão da política monetária. Atualmente, as reuniões ordinárias do COPOM acontecem uma a cada 45 dias e ocupam dois dias. Mas o comitê pode se reunir extraordinariamente, convocado pelo presidente do Banco Central, em função de alterações inesperadas do cenário macroeconômico. Mas isso não é comum: desde a sua criação, ocorreram apenas três reuniões extraordinárias, sendo que a última foi em outubro de 2002, pouco antes das eleições presidenciais.
O primeiro dia de reunião
No primeiro dia, participam seus membros e os chefes de seis departamentos do Banco Central. Participam também o assessor especial do presidente, três consultores e o secretário-executivo da Diretoria, além do assessor de imprensa do Banco Central.
Nesse dia, os chefes de departamento fazem suas apresentações técnicas sobre a conjuntura econômica e financeira. O segundo dia de reunião, ao contrário do que ocorre no primeiro dia, a participação no segundo é limitada aos membros do Copom e ao chefe do Depep (Departamento de Estudos e Pesquisas). A reunião inicia-se com a análise das projeções atualizadas para a inflação, baseadas em diferentes hipóteses para as principais variáveis macroeconômicas. Após essa avaliação, os diretores de Política Econômica e de Política Monetária apresentam alternativas para a taxa de juros de curto prazo e fazem recomendações acerca da política monetária.
Os outros membros do Copom tecem seus comentários e propostas. Depois, os membros votam em uma proposta final, objetivando sempre o consenso. A decisão final, ou seja, a meta para a taxa Selic e o viés, se houver, é anunciada à imprensa e divulgada pelo Sistema de Informação do Banco Central.
O que é viés da taxa de juros? No momento do anúncio da taxa, o Copom pode estabelecer um viés, de elevação ou de redução. Trata-se de uma prerrogativa que autoriza o presidente do Banco Central a alterar a meta para a taxa Selic na direção do viés a qualquer momento entre as reuniões regulares do Copom. O viés é utilizado, normalmente, quando alguma mudança significativa na conjuntura econômica for esperada. Como o mercado pode se interar? 
O mercado tem a oportunidade de ver um resumo das discussões do COPOM, através da ata da respectiva reunião. Para o Banco Central, o anúncio está em conformidade com o compromisso de transparência do regime de metas para a inflação. 
Vale citar que existem outras divulgações. Ao final de cada trimestre (março, junho, setembro e dezembro), por exemplo, o COPOM publica o Relatório de Inflação, que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira no Brasil, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.
ATUAL ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO BRASILEIRO
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - SFN – É formado pelo conjunto de instituições dedicadas a propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores, no País. Seu principal objetivo é viabilizar a intermediação entre a poupança e investimento, possibilitando ao setor produtivo maior eficiência.
O SFN está dividido em dois grandes subsistemas o normativo e o de intermediação e instituições auxiliares.
Subsistema Normativo
O subsistema normativo regula e fiscaliza o mercado financeiro. As instituições que compõem o subsistema normativo são: o Conselho Monetário Nacional - CMN, o Banco Central – BACEN, a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, a Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e a Secretaria de Previdência Complementar – SPC.
Integram também esse subsistema na condição de agentes especiais responsáveis por algumas atribuições de interesse do Governo Federal, o Banco do Brasil, o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e a Caixa Econômica federal – CEF.
Conselho Monetário Nacional - CMN ( Órgão deliberativo máximo do sistema financeiro do país. Tem a finalidade de formular a política da moeda e do crédito, objetivando o progresso econômico e social do país. O CMN era constituído, até então, por 20 membros, ficando reduzido a três:
· Ministro de Estado da Fazenda, na qualidade de Presidente;
· Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão;
· Presidente do Banco Central do Brasil. 
Competências do CMN:
· Adaptar o volume dos meios de pagamentos às reais necessidades da economia nacional e seu desenvolvimento;
· Regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo surtos inflacionários;
· Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos do País;
· Orientar a aplicação de recursos das instituições financeiras públicas ou privadas;
· Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
· Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, tornando mais eficiente o sistema de pagamento e mobilização de recursos.
· Coordenar as políticas monetárias, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e externa.
Atribuições específicas:
· Autorizar a emissão de papel moeda;
· Aprovar orçamentos monetários preparados pelo BACEN;
· Fixar diretrizes e normas da política cambial;
· Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias;
· Regular a constituição, funcionamento e fiscalização de todas as instituições financeiras;
· Outorgar ao BACEN o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de pagamento exigir.
Banco Central do Brasil - BACEN ( Criado em 31 de dezembro de 1964 é uma Autarquia Federal integrante do Sistema Financeiro Nacional. No cumprimento de sua missão de ser o agente da sociedade para assegurar o equilíbrio monetário, o BACEN adota os seguintes objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia, manteras reservas internacionais do país em nível satisfatório, assegurar a formação em níveis apropriados e garantir a estabilidade e o aperfeiçoamento do SFN. É considerado o “banco dos bancos”. 
Tem como missão institucional assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do SFN. Seu objetivo subdivide-se em três macroprocessos:
· Formular e gerir as políticas monetária e cambial, compatíveis com as diretrizes do Governo Federal;
· Regular e supervisionar o Sistema Financeiro Nacional;
· Administrar o Sistema de Pagamento Brasileiro – SPB e o meio circulante.
Pode ser considerado um órgão intermediário entre o CMN e as demais instituições financeiras do País, cuja finalidade é executar e fiscalizar o cumprimento de todas as normas criadas pelo Conselho Monetário Nacional.
São atribuições do BACEN:
· Emitir papel-moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo CMN;
· Executar serviços do meio circulante.
· Autorizar bancos de demais instituições a operar em câmbio.
· Fiscalizar operações de câmbio;
· Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado cambial, operando, inclusive, via ouro, moeda ou operações de crédito no exterior;
· Aplicar multas e sanções por descumprimentos de normativos.
· Estabelecer regras de funcionamento do mercado;
· Regular a execução do serviço de compensação de cheque e outros papéis;
· Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais;
· Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais;
· Exercer o controle do crédito.
Comissão de Valores Mobiliários – CVM ( A principal autoridade reguladora da indústria de valores mobiliários é a CVM, uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pela Lei 6.385, tendo assumido plenamente suas funções em 06.04.1978. A CVM tem a responsabilidade de disciplinar, fiscalizar e promover a expansão, desenvolvimento e funcionamento eficiente do mercado de valores mobiliários, onde são negociados títulos emitidos pelas empresas para captar recursos destinados ao financiamento de suas atividades. Ações e debêntures são exemplos destes títulos. 
A CVM tem por finalidade contribuir para a criação de estrutura jurídica favorável à capitalização de empresas por meio do mercado de capitais de risco, fortalecimento da empresa privada nacional e defesa do acionista e investidor. 
Seus objetivos são os seguintes:
· Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão;
· Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhia ou de administradores de carteira de valores mobiliários;
· Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados e às companhias que o tenham emitido;
· Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e às companhias que o tenham emitido;
· Assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas (as que asseguram a todos os envolvidos o direito de transações realizadas com justiça, ética e tratamento igualitário);
· Estimular a formação de poupança e a sua aplicação em valores mobiliários.
A CVM disciplina e fiscaliza:
· Emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado;
· Negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;
· Organização, funcionamento e operações das bolsas de valores;
· Administração das carteiras de custódia de valores mobiliários;
· Auditoria das companhias abertas;
· Serviços de consultor a analista de valores mobiliários.
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP ( Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização.
Atribuições:
· Fiscalizar a constituição, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização, na qualidade de executora da política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNBSP;
· Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguros, previdência privada aberta e de capitalização;
· Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores desses mercados;
· Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a elas vinculados, com vista à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;
· Promover a estabilidade do mercado sob a sua jurisdição , assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que nele operam;
· Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;
· Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
· Cumprir ou fazer cumprir as deliberações da CNSP e exercer as atividades que por eles forem delegadas.
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC ( Órgão executivo do Ministério da previdência e Assistência Social, responsável pelo controle e fiscalização dos planos e benefícios e das atividades das entidades de previdência privada fechada.
Atribuições:
· Fiscalizar as atividades das entidades de previdência privada fechada quanto ao exato cumprimento da legislação e norma em vigor e aplicar as penalidades cabíveis;
· Processar os pedidos de autorização para a constituição e modificações, inclusive reforma dos estatutos das entidades fechadas, opinando sobre os mesmos e encaminhando-os ao Ministério da Previdência e Assistência Social;
· Proceder a liquidação das entidades fechadas que tiverem cassada a autorização de funcionamento ou das que deixarem de ter condições para funcionar.
Estes são os principais órgãos do subsistema normativo. Se você quiser saber mais sobre estes órgãos, consulte os sites: www.cmn.gov.br, www.bacen.gov.br, www.cvm.gov.br, www.susep.gov.br, www.mpas.gov.br. 
Subsistema de Intermediação e Instituições Auxiliares
É constituído pelos intermediadores financeiros que recebem dinheiro dos poupadores, repassando-os aos tomadores, e por outras instituições que auxiliam o Sistema Financeiro, como as bolsas de valores e bolsas de mercadorias e de futuros.
Dentre as instituições que operam como intermediadores de recursos há algumas com características diferenciadas. São chamadas de agentes especiais – Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e Caixa Econômica Federal por exercerem também algumas atribuições de interesse do Governo Federal.
Banco do Brasil S.A ( É uma sociedade de economia mista, cujo controle acionário é exercido pela União. Suas funções básicas são: Agente Financeiro do Governo Federal, Banco Comercial e Banco de Investimento e Desenvolvimento.
· Como Agente Financeiro do Governo Federal – receber os tributos e as rendas federais, depósitos compulsórios e voluntários das instituições financeiras; realiza os pagamentos necessários e constantes do Orçamento da União; efetua redesconto bancário, executa a política de preços mínimos agropecuários e a política do comércio exterior do Governo, adquirindo ou financiando os bens de exportação, constitui agente pagador e recebedor no exterior, entre outras operações.
· Como Banco Comercial – mantém contas correntes de pessoas físicas e jurídicas; opera em caderneta de poupança, concede crédito de curto prazo e longo prazo, além de outras funções típicas de bancos comerciais.
· Como Banco de Investimento e Desenvolvimento – opera em algumas modalidades com créditos de médio e longo prazo, podendo financiar as atividades rurais, comerciais, industriais e de serviços. Também fomenta a economia em diferentes regiões.
Caixa Econômica Federal ( É uma empresa pública de propriedade da União e responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal na habitação popular e saneamentobásico, atuando, também, como banco comercial e sociedade de crédito imobiliário.
Atribuições:
· Captar recursos em caderneta de poupança, em depósitos judiciais e a prazo e aplicar em empréstimos vinculados, preferencialmente à habitação;
· Aplicar recursos obtidos junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS – preferencialmente nas áreas de saneamento e infra-estrutura urbana;
· Administrar as loterias, fundos e programas, entre os quais destacam-se o FGTS, Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS, o Programa de Integração Social – PIS, o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social – FAZ e o Fundo de Desenvolvimento Social – FDS.
Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES ( Criado em 1952, como autarquia federal, o BNDES, hoje empresa pública vinculada ao Ministério do Planejamento, é o principal órgão de execução da política de investimento do Governo Federal, apoiando os investimentos estratégicos necessários ao desenvolvimento do país.
O BNDES conta com recursos próprios e empréstimos e doações de entidades nacionais e estrangeiras, além dos originados de organismos internacionais (como o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID). O Banco repassa os recursos aos seus agentes financeiros (bancos comerciais e de investimentos, companhia estaduais e regionais de desenvolvimento) que assumem o risco pelas operações finais de financiamento.
Objetivos básicos:
· Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País;
· Fortalecer o setor empresarial nacional;
· Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de produção;
· Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de serviços;
· Promover o crescimento e a diversificação das exportações.
Empresas Filiadas ao BNDES
· Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME): tem como finalidade básica financiar a compra ou venda de equipamentos industriais e agrícolas.
· BNDES Participações S/A – BNDESPAR: destina-se a capitalização da empresa nacional. É o braço de investimento do BNDES, atuando forte na área de mercado de capitais.
Tradicionalmente reconhecido como referência no financiamento de projetos de desenvolvimento, o BNDES também possui linhas destinadas ao financiamento ao comércio exterior, denominado BNDES-Exim, um programa de financiamento às exportações. Os recursos são destinados a empresas de qualquer porte, seja para as exportações de bens ou serviços.
As operações necessitam de enquadramento prévio, ou seja, antes da liberação dos recursos, são analisadas e enquadradas na linha e esta etapa é feita por um banco agente ou pelo próprio BNDES, dependendo do valor do negócio.
Operadores
Instituições Financeiras Captadoras de Depósitos à Vista
São as instituições financeiras autorizadas a captar recursos junto ao público sob a forma de depósitos à vista, podendo, por isso, criar moeda escritural:
· Bancos comerciais;
· Caixas econômicas;
· Cooperativas de crédito;
· Bancos cooperativos;
· Bancos múltiplos com carteira comercial.
Demais Instituições Financeiras
· Agências de fomento;
· Associações de poupança e empréstimo;
· Bancos de câmbio;
· Bancos de desenvolvimento;
· Bancos de investimento;
· Companhias hipotecárias;
· Cooperativas centrais de crédito;
· Sociedades de credito financiamento e investimento;
· Sociedades de crédito imobiliário;
· Sociedades de crédito ao microempreendedor;
Principais Intermediários Financeiros
Banco Comercial ( Atua na intermediação entre depositantes e tomadores de crédito. Recebe depósitos à vista e efetua empréstimos, basicamente de curto e médio prazo, principalmente para pessoas físicas e para capital de giro das empresas.
É autorizado a captar recursos por intermédio de depósitos a prazo, podendo utilizar esses recursos para afazer aplicação de mais longo prazo. Presta serviços auxiliares como cobrança, recebimentos diversos e transferências de fundos.
Banco do Investimento ( Atua com o objetivo de canalizar recursos de médio e longo prazo para suprimento de capital fixo (investimento) e de giro para empresas. Pode operar como agente do BNDES, obtendo daí recursos para suas operações. 
Fornece os recursos necessários para os investimentos empresariais de longo prazo, o chamado capital de investimento, seja por meio de empréstimos, financiamentos ou lançamentos de títulos (ações e debêntures, por exemplo).
O banco de investimento se diferencia dos bancos comerciais, uma vez que atua fortemente no mercado de capitais, promovendo a abertura de capital das sociedades anônimas ou venda de novas ações. Realiza a distribuição de debêntures e outros títulos que as empresas emitem, no País ou no exterior, quando precisam captar recursos. O banco de investimentos ainda pode administrar os fundos de investimentos
Banco Múltiplo ( Os bancos comerciais deixaram de ser a principal classe de instituições financeiras no Brasil a partir de 1988, quando, por resolução do Banco Central, as instituições financeiras que atuavam em operações de banco comercial e de banco de investimento foram autorizadas a se organizar como bancos múltiplos.
Nos anos seguintes praticamente todos os bancos comerciais acabaram por se transformar em múltiplos, permanecendo comerciais apenas pequenas instituições de importância regional ou ocupantes de pequenos nichos de mercado.
O banco múltiplo pode operar simultaneamente em carteiras de banco comercial, de investimento, de crédito imobiliário, de crédito, capitalização, financiamento e investimento, de arrendamento mercantil (leasing) e de desenvolvimento. Constitui-se em uma só instituição financeira de carteiras múltiplas, com personalidade jurídica própria e com único caixa e balanço.
Bolsas de Mercadorias e Futuros
Prestam serviços aos intermediários financeiros, criando condições propicias de mercado para negociação de commodities e contratos futuros, sem, entretanto, efetuar operações de compra e venda – veremos em mais detalhes este tema.
Bolsas de valores
Prestam serviços aos intermediários financeiros, criando condições propicias de mercado para a emissão e circulação de títulos e valores mobiliários, sem, entretanto, efetuar operações de compra e venda.
Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros:
· Administradoras de consórcio
· Sociedades de arrendamento mercantil
· Sociedades corretoras de câmbio
· Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários
· Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários
IRB- Instituto de Resseguros do Brasil 
Empresa resseguradora, constituída como sociedade de economia mista com controle acionário do Banco d o Brasil, mais a participação minoritária dos Bancos Bradesco e Itaú. Como o nome sugere, resseguro é o seguro do seguro. Quando uma companhia assume contrato de seguro superior a sua capacidade financeira, ela necessita repassar esse risco, ou parte dele, a uma resseguradora. O resseguro é uma prática comum, feita em todo o mundo, como forma de mitigar o risco, preservar a estabilidade das companhias seguradoras e garantir a liquidação do sinistro ao segurado.
Sociedades Seguradoras
São instituições mantenedoras de seguros de coisas, pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos, garantias, co-seguro, resseguro, retrocessão de seguros, planos de pecúlio ou de rendas e de assistência médicos ou odontológicos e planos de benefícios complementares ou assemelhados aos
da Previdência Social.
Sociedades de Capitalização
Sociedades de capitalização - são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual, depois de cumprido o prazo contratado, terá o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro.
A nova conjuntura econômica trouxe consequênciasde primeira ordem para o sistema bancário: Mudança na intermediação financeira; a perda gradual de participação da intermediação bancária tradicional a favor de novas formas de intermediação, especialmente aquelas inseridas no mercado de capitais e as chamadas operações sob medida (estruturadas).
POLÍTICA EXTERNA
Os impactos macroeconômicos das relações de um pais com o exterior definem a estratégia da política externa de cada país. A política externa pode ser subdividida em política cambial e política comercial. Seus objetivos são:
· Manter equilibrado o balanço de pagamentos;
· Proteger setores industriais em desenvolvimento;
· Desenvolver relações bilaterais e multilaterais de comercio com o resto do mundo.
Política Cambial
A política cambial diz respeito basicamente aos mecanismos de controle da taxa de câmbio da moeda nacional. Apesar de não ser tão evidente como no caso dos bens e serviços, a moeda também possui um mercado onde recebe um preço (em moeda estrangeira). O mercado de câmbio é exatamente esse mercado, no qual a moeda de um país é trocada pela moeda de outro país.
O mercado pode ser livre, no sentido de não receber influencia por parte da autoridade monetária, ou não. No caso brasileiro, por exemplo, o mercado é livre, uma vez que o Banco Central não tem obrigação de comprar ou vender divisas e nem centraliza tais operações, que se dão pelo mercado financeiro.
Quando um pais esta sob a égide de um regime cambial de taxa flutuante o que se tem é um total desligamento do banco central da questão do câmbio. Não existe compromisso do banco central em manter volumes crescentes de reservas. O câmbio esta em equilíbrio a todo instante. A rigor, os bancos centrais não ficam sem uma margem de manobra em termos de reservas externas.
Independentemente de haver ou não grande volatilidade no câmbio, os bancos centrais mantêm algum montante de reservas externas. Contudo, do ponto de vista teórico, a quantidade ótima de reservas externas, nesse regime de câmbio flutuante, seria praticamente nula. Portanto, a noção de que e o pais que precisa se resguardar de uma crise externa fica mitigada num regime de cambio flutuante. Cada agente é responsável pelas suas obrigações financeiras.
Quando o regime e de cambio fixo, existe o monopólio cambial, cabendo somente ao banco central a posse de moeda estrangeira no país - ou aos agentes por ele autorizados. A determinação do câmbio e fixada ad hoc (de forma arbitraria). Se for fixada acima do equilíbrio, ou seja, num nível suficientemente alto para estimular um excesso de exportações sobre importações, o efeito seria o de contínua acumulação de divisas que envolveria uma crescente monetização da economia. Se o banco central quisesse “esterilizar” o efeito cambial, poderia vender seus títulos, com a baixa concomitante dos preços dos títulos (aumento dos juros). O efeito dessa estratégia é que estaria o banco central aplicando em dólares e sendo remunerado a taxa de juros externa e pagando juros internos cada vez maiores.
O preço da moeda nacional em termos de moedas estrangeiras surge do jogo de mercado, ou seja, da oferta e da demanda. Assim, quando a oferta é maior do que a demanda, o preço do bem tende a cair. Já quando existe uma restrição da oferta ou a demanda se eleva muito, o preço do bem tende a subir.
No mercado de câmbio, quando existe uma entrada muito grande de dólar norte-americano, por exemplo, o preço do dólar cai, o que equivale a dizer que o preço do real aumenta - ocorre então a desvalorização do dólar em relação ao real, ou uma valorização do real em relação ao dólar. Já quando ocorre uma saída de dólar muito grande do país, isto é, os agentes econômicos querem comprar dólar, oferecendo em troca obviamente real, há aumento do preço do dólar em razão do aumento de sua demanda. Ocorre, então, uma desvalorização do real em relação ao dólar.
Dessa forma, o mercado de câmbio é fruto da interação entre oferta e demanda de divisas - definindo-se divisas como moedas de outros países aceitas internacionalmente (o que significa, por exemplo, que a moeda da Etiópia, embora uma estrangeira, não é divisa, pois ninguém a aceita como meio de pagamento fora daquele país, por questões de liquidez associadas à economia e desenvolvimento daquele país, além das questões políticas).
MERCADO DE CÂMBIO E SEU FUNCIONAMENTO
Câmbio é a operação de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. É por isso que sempre são duas as moedas envolvidas e as cotações refletem o valor dessas moedas. Por exemplo: reais por dólares, dólares por euros, etc.
Participantes
O mercado de câmbio é o ambiente abstrato, ou seja, diferente da Bolsa de Valores, onde se realizam as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes. Os agentes autorizados são bancos, corretoras, distribuidoras, agências de turismo e meios de hospedagem.
Quando um turista vai viajar, ainda que não haja impedimento legal para que o real seja negociado no exterior, sua aceitação vai depender da confiança dos agentes na economia brasileira. Por isso, o mais aconselhável é que o turista adquira a moeda do país que vai visitar. Ele entrega moeda nacional a um agente autorizado pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio, e dele recebe a moeda estrangeira.
Taxa de Câmbio
A taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades (reais) ou frações (centavos) da moeda nacional. Ela não é fixada pelo governo, mas livremente negociada entre os agentes, além de muito divulgada pela imprensa. O Bacen divulga a taxa média praticada pelo mercado interbancário, conhecida como "Ptax".
É importante lembrar que existem taxas de venda e de compra. Do ponto de vista do banco, a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a moeda estrangeira, enquanto a taxa de compra reflete o preço que o banco aceita pagar pela moeda estrangeira que lhe é ofertada. Do ponto de vista da pessoa, é exatamente o contrário. E o intervalo entre essas taxas é chamado spread.
CÂMBIO FIXO, CÂMBIO FLUTUANTE E CURRENCY BOARD
Taxa de câmbio fixa
No regime de taxas de cambio fixas, o Banco Central se compromete a comprar e a vender a moeda estrangeira de referencia a um preço fixo, expresso em moeda nacional. Em geral, há um pequeno diferencial entre as taxas de compra e venda para cobrir os custos de transação.
Taxa de cambio flutuante
No regime de taxas de cambio flutuantes, o Banco Central não intervém no mercado de divisas. A taxa de câmbio é determinada pelas forças da oferta e demanda.
· Flutuação suja (dirty-floating)
O principio básico e o do regime flutuante. Ao contrário daquele que preconiza a determinação da taxa de câmbio em um mercado livre do tipo concorrência perfeita, neste a determinação continua dando-se no mercado. Entretanto, o banco central atua, por meio de intervenções (vendendo ou comprando moeda) que influenciam as taxas de forma sistemática. Essas intervenções buscam balizar os movimentos desejados da taxa de câmbio.
· Bandas cambiais
O Banco Central permite que a taxa de câmbio seja determinada pelo mercado dentro de uma banda por ele definida. Fixa-se uma taxa de cambio central e um intervalo aceito de variação para cima e para baixo. Enquanto a taxa de câmbio estiver dentro do intervalo estipulado, sua determinação segue
o sistema flutuante. Todavia, se a taxa de cambio ameaçar seguir uma trajetória para além dos limites da banda, o banco central atua no sentido de mantê-la dentro dos limites estabelecidos. Em geral, os bancos centrais também executam intervenções intramargens para evitar que se atinjam os limites estabelecidos.
· Currency board
Segundo Assaf Neto (2006b) o modelo de Currency board (Conselho de moeda) é um sistema em que a autoridade monetária assume o compromisso legal de efetuar o câmbio de moeda nacional por moeda estrangeira forte (moeda âncora), geralmente dólares americanos, a uma cotação fixa. A ideia básica e de que a autoridade monetária de um país passe a funcionar como uma “caixa de conversão”,detendo reservas em moeda forte equivalentes a pelo menos 100% da moeda nacional em circulação.
Nesse regime monetário, o banco central pode somente emitir moeda nacional até o limite das reservas internacionais mantidas no país, devendo honrar toda a operação de compra e venda de moeda forte a uma taxa de câmbio predeterminada. Nesse sistema, ainda, o país não tem como atuar na economia por meio da política monetária. A quantidade de moeda em circulação passa a ser função das reservas internacionais e não de decisões soberanas de políticas econômicas. Quando adotado esse sistema, espera-se que as taxas de juros e inflação do pais aproximem-se dos patamares praticados pelo país emitente da moeda forte adotada como âncora.
Quem pode comprar e vender moeda estrangeira?
Qualquer pessoa física ou jurídica pode ir a uma instituição autorizada a operar no mercado de câmbio para comprar ou vender moeda estrangeira. Mas para a realização da operação, é necessário um respaldo documental.
Como regra geral, quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda estrangeira podem ser feitos no mercado de câmbio, desde que referentes a atividades lícitas. Grande parte dessas operações já se encontra descrita e especificada nos regulamentos e normas vigentes, e você não precisa da autorização prévia do Banco Central para realizá-la. As operações que não estão expressamente regulamentadas dependem de manifestação prévia do BC.
O contrato de câmbio é o documento que formaliza a operação de câmbio. Nele constam informações relativas à moeda estrangeira, à taxa contratada, ao valor correspondente em moeda nacional e aos nomes do comprador e do vendedor. Os contratos de câmbio devem ser registrados no Sisbacen (Sistema de informações do Banco Central) pelo agente autorizado a operar no mercado.
PRINCÍPIOS E DECISÕES DE INVESTIMENTO 
Ativos Financeiros 
São títulos emitidos pelos agentes deficitários que representam uma forma de manter a riqueza de seus possuidores e um compromisso por parte dos que o geraram. Os ativos financeiros podem ser definidos em ativos primários e secundários. Ativos primários são aqueles que foram emitidos pela primeira vez pelos agentes deficitários. No entanto, os ativos financeiros secundários são aqueles que já foram emitidos pelos agentes deficitários e estão sendo negociados, com a finalidade de gerar liquidez ao título.
Principais Fatores de Análise de Investimentos
Todas as opções disponíveis no âmbito do mercado financeiro para investirmos nosso dinheiro podem ser avaliadas sob estes três aspectos: Rentabilidade, Liquidez e Segurança. 
Basicamente esses ativos têm três características:
1. Rentabilidade ( capacidade de ganho que esses ativos podem auferir aos seus possuidores.
2. Liquidez ( capacidade de conversibilidade em outros ativos ou bens;
3. Segurança ( possibilidade de perda que esses ativos podem gerar aos seus possuidores;
1. Rentabilidade ( é o grau de rendimento proporcionado por um investimento pela valorização do capital ao longo do tempo. 
Rentabilidade Esperada X Rentabilidade Observada 
Existem dois momentos no cálculo da rentabilidade de um investimento financeiro:
1. Momento em que a rentabilidade é projetada antes de realizado o investimento e que re presenta a expectativa do investidor;
2. Momento em que a rentabilidade é calculada depois de realizado o investimento, ou seja, a que realmente aconteceu ou está acontecendo.
A Rentabilidade projetada é conhecida como a rentabilidade esperada ou retorno esperado do investimento — ex ante.
A rentabilidade calculada depois de efetivamente realizado o investimento é conhecida como rentabilidade observada — ex post.
Caso a rentabilidade ex ante fosse sempre igual à ex post, o mundo das finanças seria muito simples. Porém, geralmente, a rentabilidade esperada é diferente da observada. Um bom exemplo para a compreensão desses dois momentos é compararmos um investimento de renda fixa com rentabilidade prefixada a um de renda fixa com rentabilidade pós-fixada. Veja as seguintes situações:
Você aplica R$ 1.000,0 0 a uma taxa pré-fixada de 1% para 30 dias. Sua rentabilidade bruta, ao final dos 30 dias, será de R$10,00 e, neste caso, o retorno esperado e o efetivamente observado serão o mesmo.
Agora, você aplica os mesmos R$ 1.000,00 por 30 dias a uma rentabilidade pós-fixada em 95% do CDI. No momento da aplicação, o CDI está cotado em 1,21% a.m. e, portanto, você projeta/espera um ganho bruto de R$ 11,50 (95% de 1,21% = 1,15%). Se ocorrer uma queda na taxa do CDI para 1,10% a rentabilidade bruta efetivamente observada será de R$ 10,50 (95% de 1,10% = 1,05%). Neste caso, o retorno esperado (ex ante) foi um e o observado (ex post) foi outro, devido às mudanças no cenário e nos juros.
2. Liquidez ( é a rapidez com que se consegue transformar um investimento em dinheiro. Do pequeno ao mega investidor, todos estão preocupados em preservar seu capital e, para isso, escolhem onde aplicar seus recursos dentre as diversas alternativas de investimento existentes. Nesta escolha, consideram, também, a possibilidade de ter como resgatar rapidamente em uma situação de emergência. Essa necessidade de sacar rapidamente o seu dinheiro, o mercado financeiro chama de liquidez. 
Para avaliar se determinado ativo financeiro tem liquidez alta ou baixa, dentre tantos outros fatores, é preciso considerar:
· Tipo e tamanho do mercado onde o ativo é negociado (mercado de debêntures, de ações, de títulos públicos vinculados à taxa SELIC ou a índices de preço);
· Histórico de negociações daquele ativo, o que possibilita deduzir se há interesse ou não do mercado por aquele tipo de papel;
· Se o momento político/econômico do país é propício ou não àquele investimento;
· Qual o tempo provável de o cenário se manter igual ao do momento do investimento. 
Exemplo: Fatores a serem analisados na busca de liquidez no mercado de ações:
· Se o mercado está trabalhando dentro da média histórica de liquidez dessa ação nos últimos 12 a 18 meses. O prazo parece longo, mas os exemplos de crises e choques econômicos ao redor do mundo que impactaram o mercado financeiro e acionário, justificam;
· Se esta ação é negociada durante todo o dia, em que quantidade e em quantos negócios, se em lotes padrão ou fracionário;
· Quantas ações são negociadas por dia, assim o investidor saberá se a quantidade adquirida por ele pode ser vendida sem perdas ou distorções, devido à lei da oferta e da procura (pressões de venda), a qualquer momento;
· Quantos negócios são feitos por dia com essa ação, pois essa variável permite ao investidor saber se a formação do preço é dentro do mercado, ou por alguns poucos investidores, que se retiram desse mercado ao primeiro sinal de venda, acarretando queda expressiva nos preços e conseqüente prejuízo. 
Bem, estes são apenas alguns dos fatores que fornecem indicativos sobre a questão da liquidez de determinada Ação.
3. Segurança ( é a certeza de retorno do dinheiro aplicado. Mas a melhor forma de se entender a segurança é analisar o seu oposto, o risco. Risco é a incerteza quantificável matematicamente. Toda aplicação possui um risco de realização, ou seja, risco de que o retorno não aconteça. Correr risco é aceitar a possibilidade de perda. O risco por si só não é facilmente aceito pelas pessoas, mas quando associado à idéia de oportunidades de realizações e ganhos é mais tolerado. 
É no risco que estão as melhores oportunidades. Gerir o risco é tomar providências hoje para proporcionar segurança no futuro, caso ocorra um cenário improvável, mas possível em relação aos recursos investidos. O importante é que esse risco seja conhecido, de forma a garantir a sobrevivência do capital investido. É o que chamamos de Gestão do Risco. 
Rentabilidade, Liquidez e Segurança constituem o tripé que sustenta qualquer decisão de investimento financeiro. Porém, tais fatores não caminham sempre na mesma direção. Não existe investimento que seja simultaneamente rentável, seguro e com liquidez. O que ocorre é que o investidor terá de optarpelo aspecto mais relevante na sua preferência, de acordo com o seu perfil. 
Veja em alguns exemplos como esses fatores podem alternar conforme o tipo de investimento escolhido:
1. AÇÕES 
Segurança ( Baixa 
Rentabilidade ( Potencialmente Alta 
Liquidez ( Conforme a ação 
2. IMÓVEIS 
Segurança ( Alta
Rentabilidade ( Baixa
Liquidez ( Potencialmente Baixa
3.OURO 
Rentabilidade ( Baixa 
Segurança ( Alta 
Liquidez ( Boa 
4. POUPANÇA 
Rentabilidade ( Baixa
Segurança ( Alta
Liquidez ( Alta 
Ao aplicar em poupança, o investidor está priorizando a segurança e a liquidez em detrimento da rentabilidade. Por outro lado, se o investidor aplicar em ações, estará priorizando rentabilidade em detrimento da segurança e da liquidez, ciente da volatilidade desse mercado e dos riscos envolvidos. 
Portanto, para atingir os objetivos financeiros é preciso responder as seguintes perguntas:
· Que risco estou disposto a aceitar?
· Durante qual período de tempo?
· Qual a expectativa de retorno ou rentabilidade desejada?
É preciso, ainda, observar que essa análise é bastante subjetiva e condicionada ao momento do mercado, ou seja, sujeita a alterações de acordo com o cenário macroeconômico.
“Não tenha medo de crescer lentamente. Tenha medo apenas de ficar parado.”
Provérbio Chinês
OPERAÇÃO DE SECURITIZAÇÃO DE RECEBÍVEIS
Uma das grandes inovações do mercado financeiro foi o processo e securitização, que consiste na formação de uma carteira de empréstimos e na venda de títulos garantidos por esses empréstimos. A securitização é radicalmente diferente do sistema tradicional de financiamento. 
A diferença básica é que na securitização os recebíveis são isolados em uma companhia à parte, e no caso de defaut do originador, esses títulos são facilmente cobrados, diretamente do mercado, sendo assim, a operação de securitização é considerada AAA em matéria de risco, ou seja, o menor possível.
O processo de securitização permite:
· Redução do custo de crédito para o tomador;
· Aumento das fontes de financiamento para o originador (emissor);
· Diversidade de risco para o tomador;
· Redução das restrições de alavancagem (acordo de Basiléia) para a instituição depositária;
· Fortalecimento da estrutura patrimonial do originador (emissor) com a exclusão do endividamento correspondente aos ativos securitizados do seu balanço;
· Maior liquidez aos investidores pela existência de mercados secundários de títulos.
Para a estruturação dessa operação, é necessário que haja uma venda dos recebíveis, de boa qualidade, para uma entidade neutra denominada SPC (Special Purpose Co.); que os usa como lastro para emissão de títulos, sendo que o tomador desses títulos não fica exposto ao risco do gerador do seu lastro.
A SPC é uma empresa independente criada especialmente para operação de securitização, sua administração é exercida pela empresa originadora da operação e controlada pelo Trustee e pelo Auditor contratado. A SPC emite relatórios diários de seu fluxo de caixa e balanços mensais. A vantagem da SPC é que seu único ativo é os recebíveis da operação de securitização e seu único passivo são títulos de crédito emitidos e lastreados pelos recebíveis, dessa forma elimina-se o risco de inadimplência do originador.
Outro fator importante é o histórico de inadimplência dos recebíveis utilizados, que irá permitir uma formação adequada de garantias, ou seja, quanto maior a taxa de perda do recebível maior será e exigência de proporcionalidade entre recebíveis/títulos emitidos.
O valor presente da garantia deverá ser igual ou superior a 135% do saldo da operação de securitização em circulação. Este volume superior de ativos visa à cobertura do risco de crédito (overcollarteral – percentual de garantia excedente ao saldo da operação), além de atender aos limites da legislação brasileira.
Existe ainda a classificação do risco da operação (rating), que é dada por agências independentes e especializada em empresas e títulos de crédito com relação ao seu risco de solvência.
A estrutura básica dessa operação pode ser visualizada na figura abaixo:
 Originador
(
 (
Ativos
 R$
 7
 SPE
 5
 Checking
 Controles
 (
Auditoria
(
 Trustee
 Títulos
R$
 Relatórios
 Investidores
 6
Onde:
Originador (Empresas que vendam produtos e serviços, que geram recebíveis.
SPE ( Sociedade de Propósito Especifico – empresa criada com único objetivo de isolar recebíveis em seu ativo e emitir títulos de crédito lastreados unicamente nesse ativo.
Trustee ( Instituição idônea, com tradição de prestação desse tipo de serviço. Seu papel é semelhante ao do agente fiduciário. A responsabilidade do trustee é controlar e administrar o fluxo de recebimento dos ativos e passivos da SPC, defendendo os interesses dos investidores.
Outro exemplo do efeito da globalização no mercado financeiro é o crescimento do mercado de ADR’s e outros títulos internacionais.
“Eu não sei qual é a chave para o sucesso, mas sei qual é a chave para o fracasso. A chave para o fracasso consiste na tentativa de agradar a todo mundo.”
Cosby Bill 
American Depositary Receipts – ADR
O Mercado de Capitais nos Estados Unidos apresenta uma série de características e particularidades. Existem restrições para captação de recursos naquele país, sendo sua legislação e regulamentação fatores que restringem o acesso àquele mercado. 
ADR’s – Surgiram na década de 20, mais precisamente em 1927, quando a J.P.Morgan realizou a primeira emissão, possibilitando que os americanos pudessem adquirir ações de companhias inglesas. Representou uma resposta às empresas de origem não americana que pretendiam participar daquele mercado.
É a forma como as ações das empresas estrangeiras são negociadas no mercado acionário norte-americano. O ADR é um recibo representativo de uma ação de empresa estrangeira que se encontra depositada em um banco no país de origem da empresa (banco custodiante) e é negociado nos Estados Unidos por um banco norte-americano (banco emissor), que emite certificados que são entregues ao investidor americano, conforme instruções do banco custodiante dos títulos, que atua como agente do banco norte-americano na operação. 
Para todos os efeitos, o ADR tem exatamente os mesmos direitos que os das ações depositadas: dividendos, bonificações, desdobramentos e um valor cotado pelo mercado.
Os ADRs são cotados em dólares e negociados livremente nas bolsas ou mercado de balcão nos EUA como qualquer outro título norte-americano. O programa de lançamento de ADR deve ser examinado e aprovado pela CVM no Brasil, dependendo do nível da emissão, pela SEC nos Estados Unidos.
Um programa de ADR é dito patrocinado (sponsored ADR) quando a empresa emissora está diretamente envolvida com seu lançamento. Mesmo assim, isso não corresponde a dizer que todo lançamento patrocinado de ADR é, necessariamente, um instrumento de captação de recursos para a empresa emissora. Dependendo do nível do programa, pode não haver emissão de ações novas. 
Mas, então, qual seria a vantagem para ela? Poderia inicialmente lançar um programa sem emissão (que tem menos exigências e, portanto, é mais barato) de ações apenas para testar o mercado e garantir liquidez para um futuro lançamento em condições mais vantajosas.
Já o ADR não patrocinado, não conta com a participação direta da empresa emissora dos títulos de dívida. Esses são comprados no mercado secundário e utilizados nos EUA como lastro de um programa de ADR. Por esse motivo, os lançamentos de ADR não patrocinados não têm sido muito usuais ultimamente.
Os programas de colocação e emissão de ADRs nos Estados Unidos precisam ser analisados sob as regras emanadas da SEC-Securities And Exchange Comission. As regras em geral são rigorosas. O objetivo primordial é proteger os investidores daquele país. 
Os ADRs se dividem em quatro espécies: ADR Nível I, Nível II, Nível III e Regra 144A.
ADR Nível I ( são certificados emitidos com base em ações já existentese adquiridas no mercado local, no nosso caso o Brasil. Esse tipo de ADR é o mais simples de todos, pois não há necessidade de tradução e classificação do balanço, de acordo com os preceitos da USGAAP. Seus custos de emissão também são mais em conta quando comparado com os demais.
Seu processo de emissão é bastante simples. Um determinado investidor emite ordem para adquirir ações de uma determinada empresa no Brasil. A corretora americana contata uma corretora brasileira que compra ações na Bovespa. Em seguida as ações são entregues a um banco, chamado de custodiante. Esse banco comunica a seu banco correspondente no exterior a existência e custodia das ações. O banco correspondente emite o ADR ao investidor.
Embora o ADR Nível I não seja para aumento de capital, pois as ações já foram emitidas no Brasil, ele possui a vantagem de se realizar uma emissão com baixo custo e iniciar a inserção da empresa ou da marca no Mercado de Capitais Internacional.
ADR Nível II ( apresenta características semelhantes às do ADR Nível I, entretanto sua diferença principal é o registro e negociação em bolsa. Nesse papel também não há aumento de capital, pois se trata de listar as ações emitidas no Brasil nas bolsas norte-americanas. A possibilidade de listar um título em bolsa significa uma maior adaptação às regras do Mercado de Capitais norte-americano. Aqui o balanço tem que ser parcialmente traduzido e classificado de acordo com as normas da USGAAP, além de ser registrado na SEC, aumentando, conseqüentemente, o custo da emissão.
ADR Nível III ( trata-se da forma mais completa de emissão de títulos nos Estados Unidos. Através dos ADRs Nível III a empresa precisa enquadrar-se totalmente nas regras da SEC, traduzir e classificar seu balanço aos critérios da USGAAP, pois nesse caso trata-se de captação de recursos no mercado americano.
Os títulos lançados sob esse enquadramento possuem maior liquidez que os anteriores, pois podem ser livremente negociados, tanto na bolsa como no mercado de balcão. Poucas empresas brasileiras conseguem colocar papéis sob essa regra.
Regra 144A ( disciplina a colocação de papeis, porém com a isenção de tradução e classificação no balanço, conforme critérios da USGAAP. Essa regra foi criada em abril de 1990, já que, até então, existiam fortes restrições a respeito de negociações de títulos não registrados na SEC, o que fazia com que tais títulos possuíssem pouca liquidez, fazendo com que os compradores exigissem um, assim chamado, prêmio de liquidez, que tanto tento pose significar taxas de juros mais atraentes para bônus ou maior desconto sobre o valor de face, no caso dos ADRs.
Com essa nova regra, atingiu-se uma massa importante para o Mercado de Capitais dos Estados Unidos, pois esses títulos passaram a ter maior circulação entre um grupo, ainda que seleto, porque essa regra permitiu a negociação dos certificados entre um grupo específico de investidores, que veremos a seguir. Como conseqüência, esses títulos passaram a ser considerados como títulos quase públicos.
Programas de ADRs autorizados (alguns exemplos).
· Nível I ( Tecelagem Kuehrinch S.A – TEKA, CIA Ger. Energia Elétrica Paranapanema e, COFAP.
· Nível II ( Cia Vale do Rio Doce, Embratel Participações S.A, Gerdau S.A e Telesp Participações S.A.
· Nível III ( Aracruz Celulose S.A, Cia Brasileira de Distribuição – Pão de Açúcar, Cia de Eletricidade do Paraná – COPEL, Globo Cabo S.A, Votorantin Celulose e Papel S.A e Petrobrás.
· Regra 144A ( Centrais Elétricas de Santa Catarina – CELESC, Cia Tecidos Norte de Minas – COTEMINAS e Makro Atacadista S.A.
Fluxograma de emissão de ADR:
1. US$
 Investidor
 norte-americano
 Corretora 
 emite ordem de compra
 norte-americana
9. ADR
 8. ADR
 Banco Depositário 
 (emite os ADRs)
 2. US$
 7. Notifica banco
 depositário Estados Unidos
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
 
 Brasil
3. R$
Banco Central
(Conversão de
 US$ para R$)
4. R$
 Banco
 Custodiante
 
 Corretora brasileira
Bolsa de Valores
 (cust.ações)
6. Ações
 5. Ações Ações R$
 Empresa emissora
A extraordinária expansão dos mercados de derivativos (futuros e de opções), nos últimos 20 anos, também tem permitido a cobertura de riscos de variações inesperadas de preço de ativos, especialmente derivados de mudança de taxas de juros, de taxas de câmbio, ampliando a possibilidade de administração de carteiras.
As chamadas finanças derivadas (ou derivativos) são instrumentos criados para operar nos mercados futuros e de opções e decorrem do desenvolvimento desses mercados. Têm seus rendimentos derivados dos preços de outros ativos. Os títulos derivativos podem ser emitidos com base em moedas, mercadorias e ações.
“É melhor estar preparado para uma oportunidade e não ter nenhuma, a ter uma oportunidade e não estar preparado.”
Whitney Yong Jr.
MERCADO FINANCEIRO - FUNCIONAMENTO
Podemos definir mercado financeiro como o lugar pelo qual se produz um intercâmbio de ativos financeiros e se determinam seus preços. A renda oferecida pelo sistema de produção não é homogênea, e isso leva a existência de agentes superavitários, que têm excedente de renda e, assim, dispõem de poupança; e os deficitários que necessitam de crédito para complementar suas necessidades de consumo.
Os agentes superavitários que desejam aplicar suas poupanças para maximizar ganhos recorrem ao mercado financeiro, investindo economia em títulos para receber ganhos ao final de determinado período. Essa oferta de recursos irá financiar as necessidades dos deficitários, que buscam o mercado financeiro para obterem crédito para complementarem sua renda. Com isso, podemos afirmar que o mercado financeiro transfere as poupanças dos agentes superavitários para os deficitários de uma economia.
O mercado financeiro deve cumprir as seguintes funções:
· Estabelecer contato entre os agentes superavitários e deficitários;
· Ser um mecanismo eficiente de fixação de preços para ativos;
· Proporcionar liquidez aos ativos;
· Reduzir os prazos e custos da intermediação.
CLASSIFICAÇÃO
A classificação do mercado financeiro é tarefa difícil em função do grande número de parâmetros utilizados para este fim. Segundo Martín Ruiz (1994), essa dificuldade não deve surpreender-nos já que o mercado financeiro é um fenômeno complexo, de muitas facetas, susceptível de uma classificação multi critério. Vejamos as suas principais formas de classificação:
1 – Classificação com Base no Grau de Transformação dos Ativos
De acordo com esse critério, os mercados podem ser diretos sem transformação de ativos e intermediados, com a intermediação de títulos primários e secundários.
Ex. Mercado Direto (sem intermediação)
 Agentes
 
 $
Agentes
 Superavitários
 Deficitários
 Títulos
Ex. Mercado intermediado (com transformação)
 Agentes $ Intermediários
 $
 Agentes
 Superavitários 
 Deficitários
 Títulos Títulos
2 - Classificação com Base na Forma de Funcionamento
A forma de funcionamento serve para classificar os mercados, em função da ocorrência de busca direta entre compradores e vendedores de ativos; de comissionados (brokers) quando existe presença ativa de mediadores; mediadores (dealers) que se parece ao anterior, mas com a diferença de que o dealer toma posições de compre e venda por conta própria e, consequentemente, assume riscos; e leilão no qual ocorre a utilização de sistemas centralizados

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