CCG - MDL - 03 - RELATÓRIO DA MONITORIA DO DISCENTE

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RELATÓRIO DA MONITORIA DO DISCENTE 
CÓDIGO: 
CCG-MDL-03 
APROVADO POR: SUPERINTENDENTE ACADÊMICA DATA: 18/02/2020 VERSÃO: 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório da Monitoria do 
Discente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2021 
 
 
 
RELATÓRIO DA MONITORIA DO DISCENTE 
CÓDIGO: 
CCG-MDL-03 
APROVADO POR: SUPERINTENDENTE ACADÊMICA DATA: 18/02/2020 VERSÃO: 03 
 
1. JUSTIFICATIVA 
 
 A monitoria acadêmica é um programa presente nas universidades e tem um 
papel importante no primeiro contato com a docência, tendo em vista que as 
atividades desenvolvidas nessa função estão relacionadas ao ensino, pois 
consiste na atuação do estudante-monitor como apoio de ensino em atividades 
práticas e teóricas sob a supervisão do professor orientador. É uma experiência 
que possibilita a troca de conhecimento na relação do estudante – monitor com 
os demais estudantes, promove a participação do aluno na área acadêmica e 
amplia a assistência do ensino. 
 Sob conhecimento dos fatos mencionados, este relatório tem a finalidade de 
apresentar e descrever as atividades desenvolvidas na monitoria de 
Farmacognosia Pura realizada no segundo semestre de 2021 sob orientação da 
Profª Malu Maria Lucas dos Reis. 
 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
 Desde a Pré–História, a natureza sempre foi utilizada pelos antepassados como 
instrumento de sobrevivência e na Idade Antiga as civilizações também 
usufruíram dos recursos naturais para diversas finalidades. Neste período da 
Antiguidade, houveram registros do uso de animais e plantas no tratamento de 
enfermidades, no uso cotidiano, na bruxaria e como estratégia contra os 
inimigos, como fazia Lívia Drusilla, imperatriz da Roma Antiga que provocava a 
morte de seus rivais e amantes com baquetes envenenados com Atropa 
Belladonna, planta conhecida popularmente como Beladona. Logo, a utilização 
de animais e plantas para a causar efeitos biológicos no organismo é existente 
desde o início da História, entretanto o conhecimento acerca desta prática era 
limitado, pois não existiam meios que possibilitassem a pesquisa para obtenção 
de saberes mais complexos e o que se sabia era fundamentado nos fatos 
empíricos. À medida que o mundo evoluiu, surgiu a necessidade de uma ciência 
que englobasse o estudo dessas práticas com o objetivo de investigar as 
substâncias presentes em plantas e animais que eram responsáveis pelo efeitos 
biológicos. Em 1815, um botânico alemão denominado Anotheus Seydler utilizou 
o termo “Farmacognosia”, que origina do grego e significa “pharmakon” (fármaco 
ou droga) e “gnosis” (conhecimento), pela primeira vez em sua publicação 
Analecta Pharmacognostica. 
 Diante do processo histórico citado, a Farmacognosia é considerada a vertente 
mais antiga das ciências farmacêuticas e segundo a Sociedade Americana de 
Farmacognosia é definida como “ o estudo das propriedades físicas, químicas, 
bioquímicas e biológicas das drogas, as substâncias da droga ou substâncias 
potenciais da droga da origem natural, assim como a busca para drogas novas 
das fontes naturais.”. É uma ciência multidisciplinar, isto é, conectada com várias 
áreas científicas e desempenha um papel importante na descoberta e na 
melhoria de fármacos. 
 Desde 1920, tornou-se uma disciplina obrigatória no cursos de Farmácia e 
aborda temas como metabolismo vegetal, obtenção da droga vegetal, métodos 
para análise de plantas, identificação de princípios ativos, reações fitoquímicas, 
entre outros. É uma disciplina imprescindível para a formação do farmacêutico, 
tendo em vista que diversos medicamentos que atualmente são comercializados 
 
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APROVADO POR: SUPERINTENDENTE ACADÊMICA DATA: 18/02/2020 VERSÃO: 03 
 
foram descobertos através dos processos e técnicas designados na 
Farmacognosia. 
 
 
3. OBJETIVO 
 
3.1 OBJETIVO GERAL: 
Propiciar assistência para os alunos nas atividades desenvolvidas na 
disciplina de Farmacognosia Pura no curso de Farmácia na UNINASSAU. 
 
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO: 
Ofertar apoio nas aulas de Farmacognosia Pura auxiliando os alunos nas 
etapas de identificação de metabólitos secundários, no manuseio de 
substâncias, vidrarias e equipamentos laboratoriais e no esclarecimento 
de dúvidas sobre os processos envolvidos nas aulas. 
 
 
4. DESENVOLVIMENTO 
 
Na experiência como monitora, participei das aulas práticas de identificação de 
alcaloides (metabólito secundário presente em várias espécies de plantas e alguns 
animais com diversas utilidades farmacoterapêuticas, como a Morfina e a Atropina) 
com a turma do 4º período de Farmácia, tanto da manhã quanto da noite no Bloco D 
da UNINASSAU – Graças. Nesta aula, foi utilizado Boldo do Chile (Peumus Boldus) 
como droga vegetal e feito o processo de extração líquido-líquido, logo após foi feito 
a pesquisa confirmatória onde se teve resultado positivo confirmando que a espécie 
citada possuía alcaloides. 
 Em outra ocasião, participei da aula prática de identificação de flavanóides 
(metabólito secundário caracterizado como polifenóis conhecidos por sua atividade 
antioxidante e anti-inflamatória) com a mesma turma e no mesmo local. Nesta 
atividade, foi utilizado Camomila (Matricaria chamomilla) e Erva – Cidreira (Melissa 
officinalis), foi feito a preparação do extrato e depois foi executado a Reação de 
Shinoda/Reação de Cianidina e as duas espécies apresentaram resultado positivo 
para Flavona e Flavanona. 
 Meu papel na monitoria foi auxiliar os alunos na execução dessas atividades. Dei 
suporte no manuseio de vidrarias, substâncias e equipamentos que foram utilizados 
em aula. Além disso, pude esclarecer dúvidas sobre os processos realizados. 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Dessa forma, é possível afirmar o papel crucial que a monitoria desempenha no 
crescimento acadêmico do estudante, pois através dela é desenvolvido uma maior 
perspectiva e intimidade com a docência. É uma porta de entrada para a pesquisa 
científica e um estímulo do processo de ensino – aprendizagem. 
 Minha vivência como monitora me rendeu um incrível aprendizado na 
Farmacognosia, no laboratório e na convivência e troca de conhecimento com os 
alunos que participaram das aulas. Além disso, aprendi muito como a professora 
orientadora que me acompanhou nesse processo. Concluo este relatório com toda 
 
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certeza que os ensinamentos conquistados refletirão em toda minha carreira como 
farmacêutica. 
 
6. BIBLIOGRAFIA 
 
 
OLIVEIRA, J. de; VOSGERAU, D. S. A. R. Práticas de monitoria acadêmica no 
contexto brasileiro. Educação: Teoria e Prática/ Rio Claro, SP/ v. 31, n.64/2021. 
eISSN 1981-8106 E18[2021]; 
Vieyle Cortez-Gallardo¹, Juan P. Macedo – Ceja¹, Mauricio Hernández – 
Arroyos¹, Gabriel Arteaga – Aureoles¹, Diana Espinosa – Galván¹, Juan F. 
Rodríguez – Landa¹. Farmacognosia: breve historia de sus orígenes y su relación 
com las ciencias médicas. Ver Biomed 2004; 15:123- 136. Vol. 15/No. 2/Abril-
Junio, 2004. 
Silva, Wellington Barros. O lugar da Farmacognosia na formação em farmácia: 
questões epistemológicas e suas implicações para o ensino. Revista Brasileira 
de Farmacognosia / Brazilian Journal of Pharmacognosy 20(2): 289-294, 
Abr./Mai. 2010.