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Biologia_2_3serie_Vol2_2019

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587
PARTE II – Anatomia e Fisiologia comparada
e Humana
UNIDADE 2 – Fisiologia comparada e Humana
SUBUNIDADE III – Respiração – Os diferentes tipos
de respiração
1. INTRODUÇÃO:
Assim como todos os seres vivos, os animais preci-
sam obter energia para as atividades celulares. Majoritaria-
mente, os animais têm como mecanismo de obtenção de
energia intracelular, um processo metabólico catalítico, no
qual se consome o gás oxigênio (O2) e se produz o gás
carbônico (CO2). Este processo intracelular é denominado
respiração celular aeróbia. Consequentemente, o corpo
dos animais deve estabelecer uma troca gasosa com o
ambiente externo, eliminando o CO2 que produz constante-
mente e capturando o O2 que necessita constantemente.
Esta troca gasosa acontece por difusão, levando em conta
a diferença de concentração destes gases, entre o corpo e
o ambiente externo. Alguns pesquisadores, para diferenci-
ar o processo intracelular de obtenção de energia, com o
mecanismo de trocas gasosas entre o corpo e o ambiente,
convencionam chamar este mecanismo de trocas gasosas
de respiração orgânica.
2. MODALIDADES DE TROCAS GASOSAS OBSERVADAS EM
ANIMAIS (modalidades de respiração orgânica):
2.1 Respiração tegumentar ou cutânea:
 Acontece com a passagem dos gases CO2 e O2
através de tecidos da superfície do corpo. Para que isto
ocorra, a superfície do corpo deve ser permeável e, portan-
to, deve se manter úmida. Este pré-requisito restringe os
animais que fazem este tipo de respiração a ambientes
aquáticos ou úmidos.
A respiração cutânea pode ser de dois tipos:
• Respiração cutânea direta:
Não existe, no interior do corpo, distribuição gasosa através
do sangue, portanto, esta distribuição se faz de célula em
célula, por difusão. Este se adequa a um corpo com reduzi-
do volume interno e, por este motivo, com uma superfície
corporal mais ampla. O reduzido volume tecidual permite uma
distribuição gasosa adequada, enquanto que a ampla su-
perfície corporal otimiza a capacidade de trocas gasosas.
Esta modalidade existe em Cnidários ou Celenterados,
Platelmintos, como as planárias, e Nematelmintos de vida
livre (os nematelmintos parasitas, geralmente, realizam a fer-
mentação lática).
Desenho que ilustra a respiração cutânea direta de um Cnidário
(Hidra) e de um Platelminto (Planária). Notar o reduzido volume
tecidual de seus corpos.
• Respiração cutânea indireta:
 Neste caso, existe o sangue como um veículo para a dis-
tribuição corporal dos gases da respiração, portanto esta
modalidade de respiração cutânea se adequa ao corpo de
animais que apresentam um volume maior na massa
tecidual. Minhocas e anfíbios adultos possuem esta moda-
lidade de respiração cutânea.
Esquema que ilustra o processo de respiração cutânea indireta
nas minhocas.
Observação:
Os poríferos (esponjas) realizam suas trocas gaso-
sas com o ambiente aquático externo, através da sua su-
perfície de revestimento. Como estes animais são conside-
rados desprovidos de tecidos verdadeiros, ocorre a tendên-
cia de não classifica-los como portadores de respiração
cutânea e sim possuidores de trocas por difusão, sem teci-
do ou órgão específico.
 Os moluscos terrestres apresentam uma dobra mui-
to vascularizada de seu revestimento externo, o manto, por
onde se efetuam as trocas gasosas. Esta dobra do manto é
considerada um “pulmão primitivo”.
588
2.2 Respiração branquial:
Esta modalidade acontece em órgãos denominados
brânquias, que são projeções locais e finas da superfície cor-
poral. Cada filamento branquial é ricamente vascularizado e
anatomicamente adequado para a passagem dos gases da
respiração, pois possui um fino revestimento. A disposição
filamentosa permite um aumento da superfície de contato com
a água, facilitando a captura do O2 dissolvido. As brânquias
podem estar totalmente expostas ao ambiente externo
(brânquias externas) ou localizadas em cavidades do corpo
do animal (brânquias internas), para maior proteção.
Desenhos que ilustram as brânquias externas, encontradas em
larvas de anfíbios e as brânquias internas dos crustáceos.
Além das larvas de anfíbios e de crustáceos, a respira-
ção branquial existe também em outros animais aquáticos,
como anelídeos poliquetas, moluscos e peixes. Nos
Equinodermas existem estruturas como “árvore respiratória”
no interior das holotúrias e as projeções da parede do celoma
para fora da cavidade corporal, consideradas brânquias, nas
estrelas-do-mar e nos ouriços-do-mar, porém estes animais
são desprovidos de sistema circulatório sanguíneo.
Nos peixes, em suas brânquias internas, existe uma
adaptação para o aproveitamento na captura do oxigênio
dissolvido na água. O fluxo sanguíneo que passa no interi-
or das brânquias é contrário ao fluxo de água que passa
banhando as brânquias.
Esquema que explica o deslocamento da água por entre os
filamentos branquiais dos peixes, enfatizando o mecanismo
contracorrente entre o fluxo sanguíneo e fluxo de água,
beneficiando a difusão do O2.
Desenho que ilustra a peça óssea que cobre as brânquias, o
opérculo, dos peixes de esqueleto ósseo (osteícties) com o fluxo
da água que banha as brânquias. Os peixes cartilaginosos são
desprovidos de opérculo, possuindo fendas branquiais, por onde
passa o fluxo de água.
Os osteícties, peixes de esqueleto ósseo, apresen-
tam um órgão denominado bexiga natatória. Este órgão
possui em seu interior um acúmulo gasoso, tendo com isso,
uma função hidrostática, permitindo o controle da flutuação
do peixe. Porém, em algumas espécies dulcícolas, a bexi-
ga natatória tem uma ligação com o tubo digestivo e adqui-
re uma função respiratória complementar, funcionando como
um verdadeiro pulmão. Estas espécies são denominadas
dipnoicas e, como exemplo da fauna brasileira, temos a
piramboia.
Esquema representando a bexiga natatória do peixe ósseo, com
sua evolução.
2.3 Respiração traqueal:
A respiração traqueal é caracterizada pela presença
de tubos ocos quitinizados e intensamente ramificados,
existentes no interior de todo o corpo do inseto. Tubos de
calibre maior, denominados traqueias, partem de abertu-
ras, denominadas espiráculos, localizadas ao longo da
superfície do tórax e do abdome do animal. No interior do
corpo, as traqueias se ramificam em traqueíolas de cali-
bres menores, que se infiltram na intimidade dos tecidos. O
ar, rico em O2 é captado através dos espiráculos, passa
pelas traqueias e atinge as traqueíolas, onde as trocas ga-
sosas ocorrerão diretamente com os tecidos, sem haver a
necessidade do sangue para o transporte dos gases da res-
589
piração. O ar que sai pelos espiráculos das traquéias, é
rico em CO2. Esta modalidade de respiração é encontrada
nos insetos, quilópodos (lacraias) e diplópodos (piolho-de-
cobra ou embuá).
 
Desenho que ilustra a respiração traqueal dos insetos, mostran-
do o espiráculo, a traquéia e as traqueíolas atingindo diretamen-
te os tecidos. Notar a presença de sacos de ar no início da
traqueia, capazes de armazenar ar úmido e auxiliar no processo
da troca de exoesqueleto. A intensa ramificação traqueal
contribui com a redução de densidade do corpo do inseto,
facilitando o seu voo.
Observação:
Em aracnídeos, existe uma modalidade de respira-
ção peculiar, denominada respiração filotraqueal. Nesta,
orifício pequeno, localizado no abdome, capta o ar, que pros-
segue no interior de uma estrutura tubular, a filotraqueia. A
filotraqueia não se ramifica e origina em sua região posteri-
or, uma estrutura composta por várias lâminas (“pulmão
foliáceo”), onde se estabelecem as trocas gasosas. Assim,
o O2 capturado passa para o sangue e é encaminhado para
outros tecidos, fazendo o CO2 o caminho contrário.
2.4 Respiração pulmonar:
Modalidade de respiração realizada por órgãos elás-
ticos, protegidos dentro do corpo do animal, denominados
pulmões. Os pulmões apresentam rica vascularização e
significativa área para trocas gasosas, apresentando ele-
vada capacidade de capturar o O2 dissolvido no ar. Anfíbios
adultos, répteis, aves e mamíferos são animais portadores
de pulmões.Características específicas dos pulmões de cada gru-
po de animais:
a) Pulmões nos anfíbios: Apresentam um formato de pe-
quenos sacos, com dobras internas ricamente
vascularizadas, porém os anfíbios ainda dependem da res-
piração cutânea indireta para capturar O2. A ventilação pul-
monar depende da movimentação de musculatura bucal,
torácica e abdominal, aliada à ação das narinas e da glote.
Figura 8 – Desenho que ilustra o mecanismo de respiração
pulmonar em um anfíbio adulto.
b) Pulmões nos répteis: Apresentam maior quantida-
de de dobras internas, sendo mais eficientes do que o dos
anfíbios, pois apresentam maior área de trocas gasosas.
São considerados parenquimatosos. A ventilação pulmo-
nar acontece pela ação de significativa ação muscular in-
tercostal.
Desenho que representa a configuração e a localização dos
pulmões dos répteis.
c) Pulmões nas aves: Nas aves, os pulmões diferencia-
dos, pois são constituídos por finos tubos denominados
parabrônquios ou parabronquíolos. Os parabrônquios são
ricamente vascularizados e se dispõem paralelamente entre
si, sendo o local onde acontecem as trocas gasosas. Além
disso, os pulmões das aves estão vinculados a nove sacos
aéreos que, por sua vez, têm ligações com os ossos pneu-
máticos. Os sacos aéreos são importantes no melhor apro-
veitamento do ar para as trocas gasosas e para auxiliar a
redução da densidade corporal da ave, facilitando o voo.
Ilustração dos sacos aéreos dos pulmões das aves, com o
destaque dos parabrônquios, onde acontecem as trocas
gasosas.
590
Esquema que mostra o mecanismo de entrada e saída do ar nos
pulões das aves. O número 1 representa o saco aéreo anterior e
número 2 representa o saco aéreo posterior. Em vermelho está
representada a entrada do ar e em azul está representada a saída
do ar. A estrutura entre os sacos aéreos são os parabrônquios,
que , por este sistema de passagem de ar, ficam por mais tempo
em contato com o ar, beneficiando as trocas gasosas.
d) Pulmões nos mamíferos: Apresentam elevadíssima
área de trocas gasosas, possuindo compartimentações mais
complexas, como as numerosas bolsas membranosas de-
nominadas alvéolos pulmonares, onde acontecem as tro-
cas gasosas. A ventilação pulmonar é possui a participa-
ção dos movimentos dos músculos intercostais e do mús-
culo diafragma. O músculo diafragma promove a separa-
ção do tórax em relação ao abdome.
Desenho que ilustra os pulmões de um mamífero, com sua
localização e com o destaque de um alvéolo pulmonar.
01. "Os ...(I)..., por não apresentarem pigmentos respira-
tórios no sangue, não apresentam associação entre
os sistemas ...(II)... e ...(III)... ."
Para completar corretamente essa frase, os espaços
I, II e III devem ser preenchidos, respectivamente, por:
(A) insetos - respiratório - circulatório.
(B) nematoides - respiratório - circulatório.
(C) anelídeos - respiratório - excretor.
(D) moluscos - circulatório - excretor.
(E) crustáceos - circulatório - excretor.
02. A respiração é o fenômeno vital pelo qual os seres
vivos extraem a energia química armazenada nos ali-
mentos e a utilizam nos seus diversos processos me-
tabólicos. No mecanismo respiratório, os animais po-
dem efetuar as trocas gasosas com o ambiente, de
várias maneiras. Assim temos os exemplos de ani-
mais com o correspondente tipo de respiração:
(1) minhoca
(2) tubarão
(3) gafanhoto
(4) galinha
(5) aranha
( ) respiração filotraqueal
( ) respiração traqueal
( ) respiração cutânea
( ) respiração branquial
( ) respiração pulmonar
Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor-
reta:
(A) 3 - 5 - 4 - 2 - 1
(B) 5 - 3 - 2 - 4 - 1
(C) 3 - 4 - 5 - 1 - 2
(D) 5 - 3 - 1 - 2 - 4
(E) 1 - 2 - 3 - 4 - 5
03. O mecanismo respiratório dos animais está, muitas
vezes, relacionado com o meio em que vivem. Os ani-
mais aquáticos têm geralmente respiração branquial,
e os terrestres, respiração pulmonar. Alguns animais
respiram também pelo tegumento ou pele (respira-
ção cutânea), ou por meio de traqueias.
Assinale a seguir a sequência de nomes de animais
que têm, respectivamente, respiração cutânea,
branquial e traqueal:
(A) sapo, baleia e homem.
(B) pinguim, golfinho e borboleta.
(C) rã, peixe e gafanhoto.
(D) minhoca, tubarão e morcego.
(E) gafanhoto, mexilhão e baleia.
591
04. A respiração é um fenômeno representado por uma
constante troca de gases entre os seres vivos e o meio
ambiente. A maioria dos seres vivos desenvolveu es-
truturas especiais para absorção de oxigênio e elimi-
nação de dióxido de carbono. Os vertebrados apre-
sentam respiração
(A) cutânea, traqueal e pulmonar.
(B) traqueal e pulmonar.
(C) traqueal, branquial pulmonar.
(D) cutânea, branquial e pulmonar.
(E) cutânea, branquial, traqueal e pulmonar.
05. Associe as estruturas respiratórias a seguir com o res-
pectivo grupo de animais.
ESTRUTURAS RESPIRATÓRIAS
I - pulmões saculiformes.
II - pulmões parenquimatosos.
III - sacos aéreos.
IV - traqueias.
GRUPO DE ANIMAIS
(P) aves.
(Q) insetos.
(R) anfíbios.
(S) répteis.
(T) minhocas.
Assinale a opção que apresenta a associação correta.
(A) I - P; II - R; III - T; IV - S.
(B) I - P; II - T; III - S; IV - Q.
(C) I - R; II - S; III - P; IV - Q.
(D) I - R; II - Q; III - T; IV - P.
(E) I - S; II - R; III - Q; IV - P.
06. Responder à questão com base na figura adiante, a
qual mostra órgãos adaptados à realização de trocas
gasosas em diferentes grupos de animais.
Adaptado de Purves, W.K., Sadava, D., Orians, G.H. & Heller,
H.C. (2002) "Vida: a ciência da Biologia". 6. ed., Porto Alegre:
Artmed Editora.
A partir da observação das figuras acima, é correto
afirmar que as estruturas _________ representam,
respectivamente, _____________, as quais são adap-
tações que permitem a troca gasosa com ________.
(A) A e B pulmões e traqueia o ar
(B) A e D pulmões e traqueia o ar
(C) B e C brânquias internas e brânquias externas
a água
(D) B e D traqueia e brânquias internas a água
(E) C e D brânquias internas e brânquias externas
o ar
07. Brânquias e pulmões são órgãos cuja estrutura refle-
te a função que exercem.
O conteúdo dessa afirmação baseia-se, principalmen-
te, no fato de ambas apresentarem:
(A) estrutura ramificada, que possibilita grande su-
perfície de contato com a água ou com o ar at-
mosférico.
(B) estrutura compacta, que acarreta grande prote-
ção das dobras por onde os gases se difundem.
(C) grande número de canais, o que faz com que o
gás oxigênio vá diretamente para as células de
todo o corpo.
(D) rica vascularização, que permite ao organismo
a eliminação rápida do gás oxigênio.
(E) extensa rede de leucócitos, que estimula a mai-
or captação de gases da água ou do ar atmos-
férico.
08. Para voar, os insetos consomem muito oxigênio, em
consequência da elevada atividade muscular neces-
sária para o movimento de suas asas. Para suprir a
intensa demanda, o oxigênio é levado às células mus-
culares
(A) pelo sangue, por meio de um sistema
cardiovascular fechado, o que favorece um rá-
pido aporte desse gás aos tecidos.
(B) pelo sangue, por meio de um sistema
cardiovascular aberto, o que favorece um rápi-
do aporte desse gás aos tecidos.
(C) por meio de um sistema de túbulos denomina-
do de traqueia, o qual leva o sangue rico nesse
gás aos tecidos musculares.
(D) por meio de um conjunto de túbulos denomina-
do de traqueia, o qual transporta esse gás des-
de orifícios externos até os tecidos, sem que o
sangue participe desse transporte.
(E) por meio de um coração rudimentar dividido em
câmaras, das quais partem túbulos, chamados
traqueias, que distribuem o sangue rico nesse
gás aos tecidos do corpo.
592
01. Observe o esquema a seguir e assinale a alternativa
correta:
(A) Trata-se da respiração traqueal, observada nos
insetos.
(B) Trata-se da respiração cutânea, observada em
répteis.
(C) Trata-se da respiração cutânea, observada em
anelídeos (oligoquetos) como a minhoca.
(D) Trata-se da respiração por brânquias, observa-
da em anfíbios.
(E) Trata-se da respiração por filotraquéias, obser-
vada em anfíbios.
02. A presençade opérculo, estrutura que recobre as
brânquias em peixes ósseos, permite eficiência nas
trocas gasosas mesmo com o peixe parado. Isto por-
que o opérculo possibilita melhor captação de oxigê-
nio devido à (ao):
(A) quebra das moléculas de água.
(B) entrada de água pelas brânquias.
(C) retirada de gases da bexiga natatória.
(D) transporte ativo realizado por esta estrutura.
(E) maior contato de água com as brânquias.
03. A partir de registros fósseis, sabe-se que no Período
Jurássico a 200 milhões de anos atrás, havia cerca
de 300 Famílias de insetos; enquanto entre os
quadrúpedes havia cerca de 100 Famílias. A partir do
Período Cretáceo, há cerca de 100 milhões de anos
até o Período Terciário, mais recente, o número de
Famílias de Insetos quadruplicou enquanto o número
de Famílias de quadrúpedes apenas dobrou. Perce-
be-se que os insetos constituem um grupo bastante
bem sucedido na conquista do ambiente terrestre.
Uma das características que possibilitou essa adap-
tação foi a presença de:
(A) respiração traqueal.
(B) circulação fechada.
(C) fecundação externa.
(D) tubo digestivo incompleto.
(E) carapaça permeável.
04. Os animais obtêm energia para as suas atividades
vitais por meio da respiração celular, que consiste na
realização de trocas gasosas com o ambiente. Com
base nesses conhecimentos, correlacione o tipo de
respiração (COLUNA I) com o respectivo grupo ani-
mal (COLUNA II):
COLUNA I
I. Respiração cutânea
II. Respiração branquial
III. Respiração pulmonar
IV. Respiração traqueal
COLUNA II
( ) Insetos
( ) Peixes
( ) Répteis
( ) Cnidários
( ) Crustáceos
( ) Poríferos
A sequência correta é:
(A) IV, II, III, I, II e I.
(B) I, III, IV, II, I e II.
(C) II, IV, I, III, III e IV.
(D) III, I, II, IV, I e IV.
05. Dos sistemas respiratórios abaixo descritos, qual é o
único que não depende do sistema circulatório para
fazer o transporte de gases?
(A) As brânquias de um caranguejo.
(B) Os pulmões de um réptil.
(C) A pele de uma minhoca.
(D) O sistema traqueal de um inseto.
(E) As brânquias de um peixe.
06. O peixe-boi (Ordem dos Sirênios) apresenta como de-
fesa o comportamento de permanecer imerso por até
vinte minutos. Isso é viável porque o animal:
(A) Utiliza um espiráculo que permite a troca de
gases, quando submerso.
(B) Interrompe seu metabolismo e, assim, não há
gasto de energia.
(C) Mantém o equilíbrio hidrostático conferido pela
bexiga natatória.
(D) Otimiza o uso do oxigênio obtido diretamente
do ar atmosférico.
593
07. Nas rãs, os papéis relativos da pele e dos pulmões na
respiração se modificam de acordo com a época do
ano. Analise a figura a seguir, que mostra a captação
de oxigênio por esses dois órgãos ao longo do ano,
no hemisfério norte, e assinale as alternativas corre-
tas:
01. nos meses frios (dez/jan/fev) a captação de oxi-
gênio é baixa e a pele capta mais oxigênio do que os
pulmões;
02. no período de março a outubro, o consumo de
oxigênio é mais alto e a captação do oxigênio através
dos pulmões aumenta várias vezes e excede a que
ocorre através da pele;
04. a captação de oxigênio através da pele é mantida
praticamente constante ao longo do ano;
08. a captação de oxigênio pelos pulmões nos meses
de janeiro e dezembro é, em termos de massa
corpórea, cerca de 40ml de oxigênio/kg.h;
16. entre os meses de abril e maio, a captação total
de oxigênio pelas rãs atinge seu valor mínimo.
Soma: ________
08. Répteis, aves e mamíferos terrestres que vivem em
regiões áridas tendem a perder água através das su-
perfícies respiratórias. Para que ocorram as trocas
gasosas nos animais considerados e para que esses
consigam sobreviver, torna-se necessário que:
(A) As superfícies respiratórias estejam permanen-
temente úmidas, possibilitando a difusão dos ga-
ses respiratórios.
(B) As superfícies corporais estejam permanente-
mente úmidas, possibilitando a difusão dos ga-
ses respiratórios.
(C) As superfícies respiratórias estejam permanen-
temente úmidas, sem interferir na difusão dos
gases respiratórios.
(D) As superfícies respiratórias estejam permanen-
temente úmidas, dificultando a difusão dos ga-
ses respiratórios.
(E) As superfícies corporais estejam permanente-
mente úmidas, dificultando a difusão dos gases
respiratórios.
09. Durante o voo, os mosquitos necessitam de uma gran-
de quantidade de energia, para realizar movimentos
rápidos e exaustivos dos músculos de suas asas.
Apesar de apresentarem circulação aberta, os mos-
quitos conseguem movimentar suas asas com gran-
de velocidade porque:
(A) Os espiráculos captam oxigênio diretamente da
hemolinfa.
(B) O pigmento respiratório hemocianina transpor-
ta o oxigênio.
(C) O sistema traqueal promove as trocas gasosas.
(D) Os túbulos de Malpighi realizam o transporte dos
gases.
10. A respiração é um processo universal dos animais,
mas pode variar muito de animal para animal. Sobre
a respiração é correto afirmar que:
(A) No gato e na abelha, o oxigênio chega ao san-
gue quando atravessa uma superfície respira-
tória.
(B) Na planária, a tomada de oxigênio ocorre por
difusão simples através da pele, ao passo que
no camarão ocorre transporte ativo nas
brânquias.
(C) Na abelha e no camarão, o oxigênio dissolvido
na água entra no corpo através de finos
filamentos branquiais.
(D) Na abelha e no camarão, o oxigênio é transpor-
tado dos órgãos respiratórios para os tecidos
na forma de oxiemoglobina.
(E) O camarão aproveita o oxigênio dissolvido na
água para sua respiração, enquanto o gato utili-
za oxigênio atmosférico.
11. Com relação ao sistema respiratório das aves, pode-
mos afirmar que:
I. A movimentação de ar está relacionada ao diafrag-
ma.
II. O pulmão não é alveolar e dele partem os sacos
aéreos.
III. A traqueia divide-se em dois brônquios principais.
IV. O fluxo de ar é unidirecional.
V. Não apresentam brônquios.
Das afirmativas acima, as consideradas corretas são:
(A) I, II e III. (B) II, III e IV.
(C) III, IV e V. (D) I, III e V.
(E) I e II.
12. Sistema Respiratório Animal: Analise os esquemas a
seguir que reproduzem alguns dos tipos de estrutu-
ras respiratórias presentes nos animais.
 
594
A estrutura onde ocorrem as trocas gasosas nos in-
setos está representada no esquema de número:
(A) 1 (B) 2
(C) 3 (D) 4
13. A tabela abaixo apresenta os valores de consumo de
oxigênio (em microlitro por grama de peso corpóreo
por hora) de seis animais em repouso.
Baseado nesses dados é correto dizer que nesses
animais a taxa metabólica é:
(A) Geralmente maior nos mais ativos.
(B) Geralmente maior quanto menos estruturalmen-
te complexos eles forem.
(C) Geralmente maior nos terrestres do que nos aqu-
áticos.
(D) Geralmente maior quanto mais elevada for sua
posição taxonômica.
(E) Diretamente proporcional ao seu tamanho.
14. É fato conhecido que alguns peixes (dipnoicos) são
capazes de sobreviver em águas cuja concentração
de oxigênio é bastante baixa. Tal fato se deve a quê?
(A) Apresentam respiração cutânea.
(B) Por não possuírem opérculo, deslocam-se com
maior velocidade, aumentando o fluxo de água
através da boca e, consequentemente, garan-
tem uma maior oxigenação nas suas brânquias.
(C) Possuem uma respiração celular muito menos
intensa que os demais peixes.
(D) Suas brânquias apresentam uma vascularização
muito maior que os demais peixes, bem como
um número muito grande lamelas.
(E) São capazes de respirar o ar atmosférico por
meio da bexiga natatória.
15.
"Durante dois meses, 80 milhões de caranguejos
invadem a Ilha Christmas, território australiano, no Oce-
ano Índico. Ocupam estradas, devoram a vegetação e
entram nas casas. Parece pesadelo, mas não é."
(Superinteressante, jul.1999).
Pode-se afirmar que, em sua maioria, os caranguejos
apresentam respiração:
(A) pulmonar. (B) traqueal.
(C) cutânea. (D) branquial.
(E) traqueopulmonar.
01. Um besouro havia caído em uma piscina e, embora a
maior parte de seu corpo estivesse acima do nível da
água, a cabeça do inseto estava totalmente submersa.
Pedrinho, que observava a cena, retirou o animal da
piscina depois demais de trinta minutos nessa situa-
ção. O besouro continuava vivo e saiu andando, como
se nada tivesse acontecido. Pedrinho quis repetir a
cena consigo mesmo, mas não conseguiu manter a
cabeça submersa por mais de dois minutos sem res-
pirar. Considerando as características do sistema res-
piratório dos insetos e as características do sistema
respiratório dos mamíferos, explique por que o be-
souro conseguiu ficar tanto tempo com a cabeça
submersa e explique por que Pedrinho não o conse-
guiu.
02. Existem quatro tipos de sistemas para trocas gaso-
sas nos animais:
(a) branquial (b) pulmonar
(c) traqueal (d) tegumentar ou cutânea.
a) Quais desses sistemas captam o O2‚ dissolvido na
água, e quais captam o O2‚ dissolvido no ar?
b) Os sapos, na fase adulta, apesar de respirarem
por pulmões, obtêm cerca de 25% do oxigênio ne-
cessário por outro dispositivo respiratório. Cite o ou-
tro dispositivo da respiração dos sapos, explicando
seu funcionamento.
03. Os peixes apresentam grande variedade de adapta-
ções a modos de vida diferentes no ambiente mari-
nho. Entre os peixes carnívoros existem aqueles adap-
tados à captura de presas graças ao nado rápido (gru-
po 1), e outros que capturam suas presas permane-
cendo imóveis e dissimulados sobre o substrato em
água rasas (grupo 2). Na tabela estão apresentados
os valores da proporção (superfície branquial / mas-
sa corporal), de quatro espécies de peixes.
 
Admitindo que no ambiente onde vivem essas espé-
cies não existe variação significativa na disponibilida-
de de oxigênio, determine quais as espécies que per-
tencem ao grupo 1 e ao grupo 2. Justifique sua res-
posta.
595
PARTE II – Anatomia e Fisiologia comparada
e Humana
UNIDADE 2 – Fisiologia comparada e Humana
SUBUNIDADE IV – Sistema Respiratório Humano -
anatomia e fisiologia
1. INTRODUÇÃO:
O sistema respiratório humano é composto por um
conjunto de órgãos que, no sentido da penetração do ar,
formam a seguinte sequência: cavidades nasais ou fos-
sas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pul-
mões. As cavidades nasais e a faringe formam as vias aé-
reas superiores e a laringe, traqueia, brônquios e pulmões,
constituem as vias aéreas inferiores. Os brônquios se rami-
ficam dentro dos pulmões, dando origem aos bronquíolos,
que se ramificam em derivações de calibre gradativamente
menor, até se atingir os bronquíolos terminais. No final dos
bronquíolos terminais encontram-se estruturas ocas de
parede fina ricamente vascularizada, denominadas alvéo-
los pulmonares, onde acontecem as trocas gasosas. Esti-
ma-se que, em cada pulmão, existam cerca de 200 milhões
de alvéolos.
Desenho que ilustra as estruturas que compõem o sistema
respiratório humano. Ilustra também os músculos intercostais e o
músculo diafragma, relacionados com os movimentos respiratóri-
os, as costelas e a pleura, que é uma serosa que reveste
externamente os pulmões.
Desenho das vias aéreas inferiores, destacando a estrutura do
alvéolo pulmonar.
2. ATIVIDADES QUE ACONTECEM AO LONGO DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO HUMANO:
2.1 Nas cavidades nasais:
A cavidade nasal é dividida em dois septos, portanto
são denominadas cavidades nasais. O ar penetra pelas
narinas, no nariz, e atingem as cavidades nasais, que apre-
sentam as seguintes funções:
• Produção de muco protetor, que retém grande par-
cela das impurezas inaladas.
• Aquecimento do ar inalado, facilitando o processo
de trocas gasosas.
• Percepção do olfato, por sensores localizados no teto
das cavidades nasais. A mucosa desta região é denomina-
da epitélio olfativo.
2.2 Na faringe:
A faringe é um órgão tubular musculoso comum aos
sistemas digestório e respiratório, pois o bolo alimentar
passa por ela, assim como o ar inalado.
2.3 Na laringe:
Órgão tubular que tem a estrutura constituída por
peças cartilaginosas articuladas, pequenos ligamentos
e pequenos músculos. A laringe possui, no seu interior, as
pregas vocais ou cordas vocais, que dois pares de pregas
da mucosa, que vibram com a passagem do ar, emitindo os
sons. Na entrada da laringe, a glote, observa-se a epiglote,
que é um prolongamento cartilaginoso dela própria, que evita
a entrada de alimento nas vias aéreas inferiores, durante a
deglutição.
2.4 Na traqueia:
Órgão tubular com paredes reforçadas com anéis de
cartilagem, para se manterem sempre abertas para a pas-
sagem do ar, e com musculatura lisa. Apresenta mucosa
ciliada rica em células produtoras de muco. O muco, além
de umedecer o ambiente, retém partículas de impureza que
foram inaladas junto com o ar. Os batimentos ciliares da
mucosa promovem o transporte do muco em direção à glote
(região da entrada da laringe) para ser deglutido e elimina-
do pelo tudo digestivo, limpando constantemente o interior
da traqueia.
2.5 Nos brônquios:
Formados pela bifurcação da traqueia, possuem tam-
bém anéis de cartilagem, musculatura lisa, mucosa ciliada
e células produtoras de muco. Ramificam-se dentro dos
pulmões.
2.6 Nos bronquíolos:
Segmentos intrapulmonares oriundos da ramificação
dos brônquios. Esta ramificação forma a chamada “árvore
brônquica”. Não apresentam cartilagem e possuem uma
musculatura lisa mais desenvolvida.
2.7 Nos alvéolos pulmonares:
Constituem o final da “árvore brônquica”. São bolsas
finas, formadas por um epitélio simples que se apoia em
um tecido conjuntivo delicado, rico em vasos sanguíneos
capilares. Os alvéolos se associam entre si, formando o
596
saco alveolar, ao final de cada bronquíolo terminal. As tro-
cas gasosas acontecem nos alvéolos pulmonares e ocor-
rem por difusão do O2, do ar alveolar para o sangue, e por
difusão do CO2, do sangue para o ar alveolar. Esta troca
gasosa é denominada hematose.
Desenho que ilustra a porção final do bronquíolo terminal, com
os sacos alveolares e a intensa vascularização sanguínea.
Outra ilustração do alvéolo pulmonar, destacando a hematose.
3. MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS (INSPIRAÇÃO E
EXPIRAÇÃO) E SEU CONTROLE NERVOSO.
3.1 Os movimentos respiratórios:
Dependem, basicamente, da atividade dos múscu-
los intercostais e diafragma.
Eventos metabólicos básicos para a inspiração e para a
expiração.
Esquema que ilustra os movimentos respiratórios no corpo
humano.
Observação:
Quando realizamos uma expiração forçada, não con-
seguimos retirar todo o ar dos pulmões. Este volume de ar
que se mantém nos pulmões corresponde ao ar residual.
3.2 Mecanismo de controle dos movimentos respira-
tórios:
O controle desta atividade muscular é involuntário e
efetivado pelo centro nervoso da respiração, localizado no
bulbo do encéfalo, que possui quimiorreceptores para de-
tectar as variações do pH no sangue.
O pH sanguíneo normal está em torno de 7,0, o que
corresponde a um pH neutro. A elevação da taxa de CO2 no
sangue, tende a deixar o pH sanguíneo ácido, sendo um
fator de estimulação ao centro nervoso da respiração, que,
em resposta, intensifica a frequência dos movimentos res-
piratórios para ampliar a capacidade de expulsão de CO2
para o meio externo e restabelecer o pH sanguíneo normal.
Quando a taxa de CO2 tende a cair no sangue, acon-
tece uma tendência a aumentar o pH sanguíneo, com isso
acontece uma inibição ao centro nervoso da respiração,
reduzindo a frequência dos movimentos e, por conseguin-
te, aumentando a taxa sanguínea de CO2, para promover a
queda do pH até aos parâmetros normais para o sangue.
O esquema mostra a reação, onde o aumento da taxa
sanguínea de CO2 faz gerar mais ácido carbônico tornando
o plasma sanguíneo com tendência ao pH ácido. Já a redu-
ção da taxa sanguínea de CO2, faz decompor mais ácido
carbônico em CO2 e H2O, tornando o plasma sanguíneo
com tendência alcalina.
Fluxograma que explica a sucessão de eventos que ocorrem
quando acontece a variação da concentração de CO2 no sangue.
597
A redução da taxa de O2 no sangue é detectada por
sensores na parede interna das artérias aorta e carótidas,
que enviam estímulos químicos ao centro nervoso da res-
piração para também intensificar a frequência dos movi-
mentos respiratórios.
4. TRANSPORTE SANGUÍNEODOS GASES DA RESPIRAÇÃO
4.1 Transporte do O2
O O2 que chega aos alvéolos pulmonares junto com o
ar inalado passa para o sangue, por difusão simples. Para
que ocorra esta passagem, a concentração de O2 (pres-
são parcial) deve ser maior na cavidade alveolar e menor
no sangue. Ao entrar no sangue, cerca de, 98% do gás
oxigênio penetra nas hemácias ou eritrócitos ou glóbulos
vermelhos, e é fixado por moléculas proteicas, chamadas
hemoglobina, formando um composto instável denomi-
nado oxiemoglobina. Pouquíssima quantidade de gás oxi-
gênio é transportada fora das hemácias, dissolvidos no plas-
ma sanguíneo. Estima-se que no interior das hemácias exis-
tam cerca de 250 milhões de moléculas de hemoglobina.
Cada molécula de hemoglobina apresenta quatro
grupamentos heme, que tem ferro em sua composição, e
uma parte proteica, a globina.
Desenho que mostra os glóbulos vermelhos ou hemácias
transitando no interior do vaso sanguíneo, com os destaques de
uma hemácia e de uma molécula de hemoglobina.
O esquema mostra a vinculação temporária do gás oxigênio com
a molécula de hemoglobina.
Gráfico que demonstra a saturação da hemoglobina, em relação
ao gás oxigênio. Observe que quando a pressão parcial de O2 é
alta, a ligação da hemoglobina com o gás oxigênio é maior, visto
que a porcentagem de saturação é maior. Quando a pressão
parcial de O2 cai, acontece o inverso.
A saturação da hemoglobina em relação ao O2 pode
variar de acordo com a altitude dos ambientes.
Saturação da hemoglobina em diferentes altitudes.
A redução do pH diminui a capacidade de fixação
de O2 pela hemoglobina, comprometendo a oxigenação
dos tecidos.
Gráfico que ilustra a relação da saturação da oxiemoglobina com
as variações do pH.
O aumento da pressão parcial de CO2 também dimi-
nui a afinidade da hemoglobina com o O2. Então, a medida
em que o sangue rico em gás oxigênio percorre os tecidos
do corpo, a pressão de CO2 vai, naturalmente, aumentando
e favorecendo a desvinculação do O2 das moléculas de
hemoglobina.
Gráfico que relaciona a pressão de CO
2
 com a saturação de O
2
na hemoglobina.
598
4.2 Transporte do CO2
O transporte gás carbônico no sangue difere do trans-
porte do gás oxigênio, pois, em grande parte, este gás é
transportado no plasma sanguíneo e não no interior das
hemácias. As formas de transporte do CO2 no sangue são:
• Íon bicarbonato (HCO3--). Cerca de 70% do CO2.
• Carboemoglobina (HbCO2). Cerca de 23% do CO2.
• Dissolvido no plasma. Cerca de 7% do CO2.
Quando o gás carbônico, proveniente dos tecidos,
entra no sangue, cerca de 7% dele vai para o plasma san-
guíneo. Cerca de, 93% dele entra na hemácia. Dentro da
hemácia, 23% dele se vincula às moléculas de hemoglobina,
formando o composto instável carboemoglobina. Cerca
de 70% reage com moléculas de água do citosol da
hemácia, em reação catalisada pela enzima intracelular
anidrase carbônica, formando ácido carbônico (H2CO3),
que se desdobra em íon bicarbonato e íon de hidrogê-
nio. O íon bicarbonato sai da hemácia e vai para o plasma
sanguíneo e o íon de hidrogênio se vincula com a
hemoglobina, formando a hemoglobina reduzida.
A reação do CO2 com a água também pode aconte-
cer no plasma sanguíneo, porém sem a ação catalisadora
da anidrase carbônica.
Os esquemas ilustram o transporte de CO2 no sangue. O esquema
1 ilustra o transporte deste gás, dos tecidos para a corrente
sanguínea. O esquema 2 ilustra o transporte deste gás, da corrente
sanguínea para o alvéolo pulmonar. No mesmo esquema existe, no
sentido inverso, o transporte do O2.
Observação:
A inalação do monóxido de carbono (CO) pode ser
fatal, pois este tipo de gás possui uma grande afinidade
com a molécula de hemoglobina, gerando o composto
estável carboxiemoglobina. Com isso, a hemoglobina fica
indisponível para o transporte de O2, comprometendo a
oxigenação dos tecidos. A inalação de grande concentra-
ção de CO é fatal. O CO é liberado a partir da combustão
de substâncias orgânicas.
• Texto complementar:
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS
RINITE ALÉRGICA: Inflamação aguda ou crônica,
infecciosa, alérgica ou irritativa da mucosa nasal,
sendo os casos agudos, em sua maioria, causada
por vírus, ao passo que os casos crônicos ou
recidivantes são geralmente determinados pela rinite
alérgica, induzida pela exposição a alérgenos, que,
após sensibilização, desencadeiam resposta infla-
matória mediada por imunoglobulina E (IgE).
Os sintomas mais comuns são rinorréia aquo-
sa, obstrução ou prurido nasal e espirros em salvas.
Muitas vezes acompanham sintomas oculares como
prurido, hiperemia conjuntival e lacrimejamento. Es-
ses sintomas podem melhorar espontaneamente. Nos
casos crônicos, pode ocorrer perda do paladar e do
olfato. Os principais alérgenos ambientais
desencadeantes e/ou agravantes da rinite são os
ácaros da poeira domiciliar, barata, os fungos, epitélio,
urina e saliva de animais (cão e gato). Os principais
irritantes inespecíficos são a fumaça do cigarro e com-
postos voláteis utilizados em produtos de limpeza e
construção, desencadeando os sintomas por meca-
nismos não imunológicos.
ASMA: Doença inflamatória crônica, caracteriza-
da por hiper-responsividade das vias aéreas inferi-
ores e por limitação variável ao fluxo aéreo, rever-
sível espontaneamente ou com tratamento. É uma
condição multifatorial determinada pela interação
de fatores genéticos e ambientais.
Os fatores de risco podem ser divididos em
ambientais e próprios do paciente, como é o caso
dos aspectos genéticos, obesidade e sexo mascu-
lino (durante a infância). Os fatores ambientais são
representados pela exposição à poeira domiciliar
e ocupacional, baratas, infecções virais (especial-
mente vírus sincicial respiratório e rinovírus).
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
(DPOC): Doença com repercussões sistêmicas,
que pode se prevenir e tratar, caracterizada por li-
mitação do fluxo aéreo pulmonar, parcialmente re-
versível e geralmente progressiva. Essa limitação
é causada por uma associação entre doença de
pequenos brônquios (bronquite crônica obstrutiva)
e destruição de parênquima pulmonar (enfisema).
A bronquite crônica é definida clinicamente pela
presença de tosse e expectoração na maioria dos
dias por no mínimo três meses/ano durante dois
anos consecutivos. O enfisema pulmonar é defi-
nido anatomicamente como aumento dos espaços
aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destrui-
ção das paredes alveolares.
Fatores de risco:
• Tabagismo: responsável por 80 a 90% das cau-
sas determináveis da DPOC.
• Poluição domiciliar (fumaça de lenha, querosene).
• Exposição ocupacional a poeiras e produtos quí-
micos ocupacionais.
• Infecções respiratórias recorrentes na infância.
• Suscetibilidade individual. • Desnutrição na infância.
• Deficiências genéticas (responsáveis por menos
de 1% dos casos).
Ministério da Saúde, Cadernos de atenção básica – Doenças
Respiratórias Crônicas, Brasília, 2010.
599
01. O pH é uma medida da concentração de íons hidro-
gênio em solução, sendo de extrema importância nos
fluidos orgânicos, precisando, por isso, ser rigorosa-
mente controlado. Assim:
( ) uma elevação na concentração de CO2 no san-
gue pode produzir um aumento na concentra-
ção de H+.
( ) há uma relação direta entre a concentração de
H+ e o pH.
( ) acidose é uma condição clínica resultante de
uma diminuição na concentração de H+.
( ) no sangue, o rigoroso controle do pH é realiza-
do pelo tampão bicarbonato.
( ) a hiperventilação produz uma redução no pH,
devido a uma diminuição na concentração de
CO2.
( ) O aumento da concentração de CO2 no sangue,
além de deixar o sangue com tendência ácida,
estimula o bulbo de encéfalo.
02. O sistema respiratório possui como função principal
permitir a entrada de oxigênio no nosso corpo e a saída
de gás carbônico. A respeito desse sistema, marque
a alternativa que indica corretamente o nome das es-
truturas indicadas pelo número 1, 2 e 3 na figura a
seguir:
 
Esquema das vias respiratórias
(A) 1- laringe; 2- traqueia; 3- pulmões.
(B) 1- traqueia; 2- pulmão;3- alvéolos.
(C) 1- traqueia; 2- brônquio; 3- pulmões.
(D) 1- brônquio; 2- bronquíolo; 3- alvéolos.
(E) 1- traqueia; 2- brônquio; 3- alvéolos.
03. Sabemos que o ato de respirar é composto pelos mo-
vimentos de inspiração e de expiração, que coorde-
nam a entrada e a saída de ar das vias respiratórias.
Marque a alternativa que indica corretamente o que
acontece com os músculos intercostais e com o dia-
fragma no momento da inspiração.
(A) Músculos intercostais contraem-se e o diafrag-
ma relaxa.
(B) Músculos intercostais relaxam e o diafragma
contrai.
(C) Músculos intercostais e o diafragma relaxam.
(D) Músculos intercostais e o diafragma contraem.
04. As trocas gasosas no pulmão humano, em condições
normais, ocorrem:
(A) nos alvéolos. (B) nos bronquíolos.
(C) nos brônquios. (D) na traqueia.
(E) na laringe.
05. "As alterações no ritmo dos movimentos respiratóri-
os, que ocorrem durante a realização de atividades
físicas intensas, devem-se à influência da concentra-
ção elevada de ........(I)........ sobre o ........(II)........."
Para completar corretamente a frase anterior, deve-
se substituir I e II, respectivamente, por:
(A) O2 e bulbo.
(B) CO e bulbo.
(C) CO2 e bulbo.
(D) N2 e cerebelo.
(E) CO2 e cerebelo.
06. Considere as proposições a seguir referentes às tro-
cas gasosas:
1. Hematose é a transformação do sangue venoso
em arterial.
2. A oxiemoglobina é formada pela combinação do
oxigênio com a hemoglobina.
3. A maior parte do CO2 é transportada pela
hemoglobina.
4. A oxiemoglobina é formada nos tecidos; desfaz-se
nos pulmões.
Está (ão) correta (s) apenas:
(A) 1 e 2 (B) 1 e 4
(C) 3 (D) 2
(E) 1, 2, 4
07. Entre os principais agentes poluidores do ar atmosfé-
rico destaca-se o monóxido de carbono (CO), que é
um gás venenoso, inodoro e incolor, liberado profu-
samente pela queima de combustível em automóveis.
Um dos efeitos desse poluente na saúde humana é:
(A) diminuição da capacidade de formação de
anticorpos no sangue.
(B) irritação nas mucosas do aparelho respiratório,
causando doenças como asma, bronquite e
enfisema pulmonar.
(C) asfixia provocada pela inutilização da molécula
de hemoglobina no transporte dos gases respi-
ratórios.
(D) perturbações cardíacas em casos extremos de
exposição prolongada.
(E) aumento da incidência de câncer pulmonar.
08. Considere as proposições a seguir referentes às tro-
cas gasosas:
1. Hematose é a transformação de sangue venoso
em arterial.
2. A oxihemoglobina é formada pela combinação do
oxigênio com a hemoglobina.
3. A maior parte do CO2 é transportada pela
hemoglobina.
4. A oxihemoglobina é formada nos tecidos, desfaz-
se nos pulmões.
600
Está(ão) correta (s) apenas:
(A) 1 e 2. (B) 1 e 4.
(C) 3. (D) 2.
(E) 1, 2 e 4.
01. Durante a respiração, quando o diafragma se contrai
e desce, o volume da caixa torácica aumenta, por con-
seguinte a pressão intrapulmonar:
(A) diminui e facilita a entrada de ar.
(B) aumenta e facilita a entrada de ar.
(C) diminui e dificulta a entrada de ar.
(D) aumenta e dificulta a entrada de ar.
(E) aumenta e expulsa o ar dos pulmões.
02. O gráfico expressa a relação entre a frequência res-
piratória humana e a variação do pH sanguíneo como
consequência da produção de íons bicarbonato, a
partir da concentração de CO2 presente no sangue.
Em relação a esses dados e com base nos conheci-
mentos sobre fisiologia da respiração, identifique com
V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.
( ) O aumento da frequência respiratória faz deslo-
car o equilíbrio de formação de íons bicarbona-
to para o consumo de H+, aumentando, assim, o
pH sanguíneo.
( ) A diminuição da frequência respiratória favore-
ce o aumento da acidose sanguínea por provo-
car consumo excessivo do gás carbônico nas
reações bioenergéticas.
( ) A produção de íons bicarbonato é diretamente
proporcional ao aumento do pH sanguíneo du-
rante o processo de alcalose.
( ) Durante a diminuição da concentração de gás
carbônico no sangue, o equilíbrio na formação
de íons bicarbonato é deslocado para a produ-
ção de água e CO2 , com consequente aumento
do pH sanguíneo.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima
para baixo, é a:
(A) F V V F (B) V F F V
(C) F F V V (D) V V F F
(E) F V F V
03. O gráfico a seguir mostra as curvas de dissociação do
oxigênio. A curva indica a concentração relativa de
oxigênio preso à hemoglobina em diferentes tensões
ou concentrações de oxigênio.
O animal cujo sangue tem mais capacidade de ligar e
carrear o oxigênio é:
(A) girino (B) homem
(C) elefante (D) camundongo
(E) rã adulta
04. A figura a seguir representa alvéolos pulmonares e
seus capilares, que fazem parte do sistema respirató-
rio humano.
Considerando o sistema respiratório humano, assina-
le a alternativa correta.
(A) Nos alvéolos pulmonares, o sangue elimina
monóxido de carbono e absorve oxigênio.
(B) O sangue venoso chega aos pulmões pelas vei-
as pulmonares e retorna ao coração pelas arté-
rias pulmonares.
(C) Quando o sangue chega aos alvéolos pulmona-
res, ocorre a difusão do gás carbônico para o
sangue, que passa de venoso para arterial.
(D) A quantidade de alvéolos pulmonares aumenta
quando uma pessoa se desloca para uma re-
gião de grande altitude, onde a atmosfera é ra-
refeita.
(E) Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio do ar
difunde-se para os capilares sanguíneos, e pe-
netra nas hemácias, onde se combina com a
hemoglobina.
601
05. Uma partida de futebol da seleção brasileira, à altitude
de La Paz, foi muito comentada em 1995, por ocasião
de um torneio, como pode ser lido no texto abaixo.
"A seleção brasileira embarca hoje para La Paz,
capital da Bolívia, situado a 3.700 metros de altitude, onde
disputará o torneio Interamérica. A adaptação deverá
ocorrer em um prazo de 10 dias, aproximadamente. O
organismo humano, em altitudes elevadas, necessita
desse tempo para se adaptar, evitando-se, assim, risco
de um colapso circulatório."
(Adaptado da revista Placar, edição fev. 1995)
A adaptação da equipe foi necessária principalmente
porque a atmosfera de La Paz, quando comparada à
das cidades brasileiras, apresenta:
(A) menor pressão e menor concentração de oxi-
gênio.
(B) maior pressão e maior quantidade de oxigênio.
(C) maior pressão e maior concentração de gás
carbônico.
(D) menor pressão e maior temperatura.
(E) maior pressão e menor temperatura.
06. Os gráficos a seguir mostram os efeitos do aumento
de gás carbônico presente no ar inspirado por uma
pessoa sobre a quantidade média de ar inspirado (grá-
fico 1) e sobre a frequência média de inspirações por
minuto (gráfico 2).
A análise dos dois gráficos permite afirmar que
(A) o aumento da quantidade de ar inspirado e o
aumento na frequência de inspirações
independem da quantidade de gás carbônico
presente no ar inspirado.
(B) o aumento da concentração de gás carbônico
no ar inspirado leva a um aumento na quantida-
de de ar inspirado e também a um aumento da
frequência de inspirações.
(C) o aumento da concentração de gás carbônico
no ar inspirado leva a uma alteração na quanti-
dade de ar inspirado e não provoca alteração
na frequência de inspirações.
(D) o aumento da concentração de gás carbônico
no ar inspirado provoca diminuição de ventila-
ção pulmonar, o que torna menos eficiente o
aproveitamento de oxigênio.
(E) quanto menor a concentração de gás carbônico
no ar inspirado, maior a ventilação pulmonar e,
portanto, mais eficiente o aproveitamento de
oxigênio.
07. Leia atentamente as 3 afirmativas referentes à atua-
ção das hemácias.
I - O gás carbônico se fixa à hemoglobina formando
carboemoglobina.
II - Nos pulmões, a hemoglobina liberta gás carbônico
e recebe o gás oxigênio.
III - Nos vasos capilares, o oxigênio liberado da
hemoglobina e chega às células.
Assinalar a opção correta:
(A) se apenas I estiver correta
(B) se apenas II estiver correta
(C) se II e III estiverem corretas
(D) se I e III estiverem corretas
(E) se as 3 afirmativas estivarem corretas
08. Em um experimento, solicitou-se a uma pessoa que
respirasse o ar existente dentrode um saco plástico
durante alguns minutos. Foram medidos, antes e du-
rante o período de respiração do ar contido no saco,
os seguintes parâmetros: 1. Pressão parcial do O2 no
sangue; 2. Concentração de H2CO3 no sangue.; 3.
pressão parcial do CO2 no saco plástico.
Observe os gráficos orientados a seguir, nos quais as
ordenadas representam as medidas desses
parâmetros e as abscissas, o tempo de duração do
experimento.
O gráfico que representa adequadamente a variação
dos três parâmetros nas condições experimentais é o
identificado pela letra:
(A) W. (B) X.
(C) Y. (D) Z.
09. O gráfico abaixo mostra as curvas de saturação de
duas proteínas que se ligam ao oxigênio (O2).
(STRYER, L. Biochemistry. 2 ed., Nova York,
W.H. Freeman, 1981.)
602
Esses dados permitem concluir que a:
(A) Hemoglobina possui maior afinidade pelo O2 do
que a mioglobina.
(B) Hemoglobina atinge o ponto de saturação nas
menores pressões parciais de O2.
(C) Mioglobina somente se liga ao O2 nas maiores
pressões parciais deste gás.
(D) Mioglobina possui maior afinidade pelo O2 do
que a hemoglobina.
(E) Mioglobina impede a absorção de O2 pela
hemoglobina.
10. Um atleta em repouso prepara-se para o início da cor-
rida. Faz alguns exercícios para aquecimento e põe-
se a correr. Com a atividade muscular intensa, a taxa
de _________________ aumenta em decorrência da
respiração celular, o que provoca
_________________do pH sanguíneo. Essa altera-
ção do pH sanguíneo estimula o centro respiratório,
que origina impulsos nervosos que vão
_____________. O ritmo respiratório intensifica-se
promove a eliminação mais rápida do CO2 e a capta-
ção O2 para o sangue.
Assinale a alternativa que completa corretamente os
espaços do texto.
(A) gás carbônico ... uma redução ... contrair o dia-
fragma os músculos intercostais
(B) oxigênio ... um aumento ... contrair o diafragma
e músculos intercostais
(C) gás carbônico ... um aumento ... contrair o dia-
fragma e os músculos intercostais
(D) oxigênio ... um aumento ... contrair os alvéolos
pulmonares
(E) gás carbônico ... uma redução ... contrair os al-
véolos pulmonares
11. O ar dos pulmões é constantemente renovado, de
modo a garantir um suprimento contínuo de gás oxi-
gênio ao sangue que circula pelos alvéolos pulmona-
res. Com relação a esse assunto, julgue os itens abai-
xo e assinale a alternativa correta:
(A) O diafragma sobe e as costelas descem, au-
mentando o volume da caixa torácica e forçan-
do o ar a entrar nos pulmões.
(B) A entrada de ar nos pulmões denominada de
inspiração dá-se pela contração da musculatu-
ra do diafragma e dos músculos intercostais.
(C) Durante a expiração ocorre uma compressão da
caixa torácica favorecendo a liberação do ex-
cesso de oxigênio.
(D) Em regiões de altitudes elevadas a respiração
é facilitada devido à baixa tensão de oxigênio
no ar.
(E) A atividade muscular, relativamente intensa, au-
menta a taxa de CO2 no sangue, e
consequentemente reduz a frequência respira-
tória.
12. Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que
crianças filhas de mães fumantes têm, ao nascer, peso
médio inferior ao de crianças filhas de mães não-fu-
mantes.
Sobre esse fato, um estudante fez as seguintes afir-
mações:
I. O cigarro provoca maior concentração de monóxido
de carbono (CO) no sangue e provoca constrição dos
vasos sanguíneos da fumante.
II. O CO se associa à hemoglobina formando a
carboxiemoglobina, um composto quimicamente es-
tável que favorece a ligação da hemoglobina ao oxi-
gênio.
III. O oxigênio, ligado à hemoglobina, fica indisponí-
vel para as células e desse modo o sangue materno
chega à placenta com taxas reduzidas de oxigênio.
IV. A constrição dos vasos sanguíneos maternos di-
minui o aporte de sangue à placenta, e desse modo
reduz-se a quantidade de oxigênio e nutrientes que
chegam ao feto.
V. Com menos oxigênio e menos nutrientes, o desen-
volvimento do feto é mais lento, e a criança chegará
ao final da gestação com peso abaixo do normal.
Sabendo-se que a afirmação I está correta, então po-
demos afirmar que:
(A) a afirmação II também está correta, mas esta
não tem por consequência o contido na afirma-
ção III.
(B) as afirmações II e III também estão corretas, e
ambas têm por consequência o contido na afir-
mação V.
(C) a afirmação III também está correta, mas esta
não tem por consequência o contido na afirma-
ção V.
(D) a afirmação IV também está correta e tem por
consequência o contido na afirmação V.
(E) as afirmações II, III e IV estão corretas, e têm
por consequência o contido na afirmação V.
13. A troca gasosa de oxigênio e gás carbônico nos alvé-
olos se faz:
(A) através de pinocitose do fluido bronquiolar pelo
capilar.
(B) por diferença de tensão desses gases entre o
alvéolo e o capilar.
(C) através da associação desses gases com a pro-
teína transportadora no bronquíolo.
(D) pela ação de enzimas que aumentam o poder
de penetração dos gases nos capilares.
(E) por transporte ativo, que envolve a ação de
permeaes.
603
14. Um dos equipamentos de segurança de uma cápsula
espacial tripulada efetua a remoção do gás carbônico
desse ambiente. Admita que, após um acidente, esse
equipamento tenha deixado de funcionar. Observe as
curvas do gráfico abaixo:
 
A curva que representa a tendência do que deve ter
ocorrido, após o acidente, com o pH sanguíneo dos
tripulantes está identificada por:
(A) W (B) X
(C) Y (D) Z
15. A habilidade da hemoglobina para captar ou liberar
O2 depende da pressão parcial de O2 (PO2) no seu
ambiente. Quando a PO2 do plasma sanguíneo é alta,
como habitualmente acontece nos capilares dos pul-
mões, cada molécula de hemoglobina pode transpor-
tar sua carga máxima de quatro moléculas de O2. As-
sim, o sangue que circula através dos vasos pelo cor-
po encontra valores mais baixos de PO2. Nesses va-
lores mais baixos de PO2, a hemoglobina libera al-
gum O2 que estava transportando. […] Isso significa
que, em condições metabólicas normais à medida que
o sangue circula ao longo do corpo, somente cerca
de uma das quatro moléculas de O2, que a
hemoglobina carreia é liberada para os tecidos. Isso
parece ineficiente, mas é, na verdade, bastante
adaptativo, pois a hemoglobina mantém 75% do seu
oxigênio na reserva para satisfazer as necessidades
de demandas máximas. A partir do texto e da análise
do gráfico apresentado a seguir, é possível concluir:
(A) A captação da quarta molécula de O2 pela
hemoglobina requer um aumento significativo da
PO2, se comparado à captação das outras três
primeiras moléculas.
(B) Uma reserva de até 25% de oxigênio é mantida
pela hemoglobina durante a demanda comum
do corpo e pode ser liberada para os tecidos, se
houver uma baixa da PO2.
(C) A PO2 presente no sangue tende aumentar à
medida que o fluido sanguíneo se desloca atra-
vés dos vasos em direção aos tecidos.
(D) A hemoglobina que retorna ao coração através
do sangue apresenta aproximadamente 50% da
capacidade máxima de captação de oxigênio.
(E) Em situações de demanda máxima de oxigê-
nio, é esperada uma taxa entre 60% a 80%.
01. A intoxicação por monóxido de carbono (CO) é consi-
derada grave e pode levar à morte. O gráfico a seguir
mostra a variação do fluxo sanguíneo no cérebro em
função da concentração de hemoglobina ligada ao CO
no sangue circulante.
 
A variação na intensidade do fluxo sanguíneo obser-
vada no gráfico contribui para a sobrevivência do or-
ganismo à intoxicação por CO? Justifique sua respos-
ta.
02.
O Ministério da Saúde adverte:
FUMAR PODE CAUSAR CÂNCER DE
PULMÃO,BRONQUITE CRÔNICA
E ENFISEMA PULMONAR.
Os maços de cigarros fabricados no Brasil exibem ad-
vertências como essa. O enfisema é uma condição
pulmonar caracterizada pelo aumento permanente e
anormal dos espaços aéreos distais do bronquíolo ter-
minal, causando a dilatação dos alvéolos e a destrui-
ção da parede entre eles e formando grandes bolsas,
como mostram os esquemas a seguir:
604
 
Explique por que as pessoas portadoras de enfisema
pulmonar têm sua eficiência respiratória muito dimi-
nuída.
03. Responda as questõesabaixo sobre a respiração
humana.
a) De que maneira o muco secretado pela nossa
traqueia protege nosso aparelho respiratório?
b) Qual a sequência de eventos que ocorre no nosso
organismo durante a inspiração e expiração?
c) A epiglote e as cordas vocais são importantes es-
truturas do aparelho respiratório. Onde se localizam?
Qual a função de cada uma?
d) Como o oxigênio e o gás carbônico são transporta-
dos através do sangue?
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605
PARTE II – Anatomia e Fisiologia comparadas
e humana
UNIDADE 02 – Fisiologia comparada e humana
SUBUNIDADE V – Circulação – tipos de circula-
ção e circulação comparada
1. INTRODUÇÃO:
Para a manutenção do metabolismo celular animal
existe uma demanda de nutrientes e de gás oxigênio (O2).
Para que as células e tecidos recebam os fatores indispen-
sáveis pera o seu metabolismo, se faz necessário um dis-
positivo que dissemine estes fatores entre as mesmas. Este
dispositivo é baseado na circulação de fluidos corporais.
Vale lembrar que, além de disseminar entre as células e
tecidos, fatores indispensáveis ao metabolismo, o disposi-
tivo de circulação de fluidos do corpo também retira resídu-
os metabólicos dos mesmos, como os excretas nitrogenados
e o gás carbônico (CO2).
Na maioria dos animais, existe um conjunto de ór-
gãos relacionados com a circulação, formando o sistema
circulatório. Os fluidos circulantes são considerados tipos
de tecidos conjuntivos e são o sangue e a linfa. Existem
animais que não possuem sangue e linfa e, sendo assim, a
circulação acontece basicamente pela água que existe em
cavidades corporais, sendo que a distribuição de substân-
cias entre as células acontece de uma para outra, por difu-
são. Como, por exemplo, existem os Poríferos (circulação
de água na espongiocele), os Cnidários (circulação de água
pela cavidade gastrovascular), Platelminto Planária (circu-
lação de água no interior do tubo digestivo intensamente
ramificado) e Equinodermas (circulação de água nos ca-
nais do sistema aquífero ou ambulacrário).
2. SISTEMA CIRCULATÓRIO:
2.1 Funções básicas:
• Abastecer os tecidos com O2, obtido pelo processo
respiratório, e de nutrientes, obtidos pelo processo digetório.
• Conduzir o CO2 para ser eliminado pelos pulmões, e
conduzir outros excretas oriundos do metabolismo dos teci-
dos, aos órgãos de processamento (fígado) e excreção (rins).
• Contribuir para a termorregulação corporal.
• Contribuir com a regulação metabólica, através da
disseminação de hormônios pelos tecidos do corpo.
• Contribuir com a defesa corporal, através da condução e
distribuição de elementos anticorpos e de células de defesa.
2.2 Tipos de circulação:
a) Circulação aberta ou lacunar: Este tipo de circulação
acontece em um sistema onde o sangue, bombeado por
cavidades contráteis, circula no interior de vasos sanguíne-
os e também por entre lacunas dos tecidos, as hemoceles.
Este tipo de circulação ocorre em Artrópodes e Moluscos.
Desenho que ilustra a circulação aberta no corpo de um inseto.
Observar o grande vaso dorsal, com dilatações contráteis
(coração tubular) e a saída de sangue, dos vasos para os
tecidos, além do retorno do sangue, dos tecidos para o vaso
sanguíneo através de orifícios denominados ostíolos ou óstias,
que apresentam válvulas que impedem o retorno do sangue,
quando o coração se contrai, induzindo o deslocamento da deste
fluido em um único sentido.
Observação:
O sangue dos insetos é denominado hemolinfa e não
possui a importância no transporte de gases da respiração,
pois as trocas gasosas ocorrem diretamente, entre os tecidos
e as ramificações traqueais de seu sistema respiratório.
b) Circulação fechada: Nesta modalidade de circula-
ção, o sangue bombeado pelas estruturas contráteis, so-
mente se desloca no interior dos vasos sanguíneos, possi-
bilitando maior rapidez na distribuição de substâncias. A
estrutura de contração (coração) é melhor definida e pode
ser uma só ou várias. Ocorre em Anelídeos, Moluscos
Cefalópodes (polvos e lulas) e em Vertebrados.
Desenho que ilustra o interior do corpo de uma minhoca, com o
seu sistema circulatório fechado, onde os arcos aórticos são
dilatações contráteis ou corações que bombeiam o sangue para
que este circule dentro dos vasos.
606
Esquemas que mostram as diferenças entre a circulação aberta e
a circulação fechada. Observar que na circulação fechada ocorre
a presença de capilares e de veia, além do sangue desempenhar
dois sentidos diferentes de deslocamento dentro dos vasos.
2.3 Sistema Circulatório nos Vertebrados:
Nos Vertebrados, o sistema circulatório é o mais com-
plexo, com o coração e vasos sanguíneos desenvolvidos. A
circulação fechada dos Vertebrados pode ser classificada
quanto à trajetória do sangue, emsimples e dupla, e quanto
à mistura de sangue arterial (rico em O2) com sangue veno-
so (rico em CO2), em incompleta e completa.
Circulação simples: O sangue passa uma vez pelo
coração, realizando apenas um trajeto. No coração, só pas-
sa sangue venoso (rico em CO2).
Esquema simplificado da circulação simples.
Circulação dupla: O sangue passa duas vezes pelo cora-
ção, realizando dois trajetos distintos, ou seja, quando o
sangue é bombeado, há formação de uma pequena cir-
culação, que corresponde ao trajeto coração pulmões
 coração (circulação pulmonar), e de uma grande cir-
culação, que corresponde ao trajeto coração outros sis-
temas do corpo coração (circulação sistêmica). Ocor-
re, no coração, a passagem tanto do sangue arterial, quan-
to do sangue venoso.
Esquema simplificado da circulação dupla, ilustrando a
pequena e a grande circulação, além do processo de transporte
gasoso no sangue.
a) Nos Peixes:
Apresentam o coração composto por duas cavidades
que se contraem e se relaxam: um átrio e um ventrículo. O
átrio recebe o sangue proveniente dos tecidos do corpo e o
ventrículo, bombeia o sangue para os tecidos do corpo. A
contração das cavidades cardíacas é denominada sístole e
o relaxamento é denominado diástole.
No coração dos peixes, só passa sangue venoso,
não havendo mistura sanguínea, sendo, portanto, uma cir-
culação completa. O trajeto do sangue é em um só sentido,
partindo do coração, atingindo as brânquias, depois atingin-
do os tecidos, para então retornando ao coração, sendo,
portanto, uma circulação simples.
Esquema que ilustra a circulação nos peixes. Observar que
apenas sangue venoso passa pelo coração, que contém duas
cavidades. O átrio (aurícula) se contrai e envia o sangue para
o ventrículo, que, por sua vez, se contrai enviando sangue
para as brânquias.
607
Nos peixes, o sangue parte do coração com uma de-
terminada pressão, que se reduz pelo processo de ramifi-
cação da artéria. Como o sangue arterial obtido a partir das
brânquias, não volta ao coração para sofrer novo
bombeamento em direção aos outros órgãos, o sangue pros-
segue até aos capilares sistêmicos (dos outros órgãos do
corpo) com uma reduzida pressão.
b) Nos Anfíbios:
Possuem o coração com três cavidades: um átrio, para
receber o sangue venoso dos tecidos, outro átrio, para rece-
ber sangue arterial dos pulmões e um ventrículo. Por apre-
sentarem apenas um ventrículo no coração, acontece a mis-
tura sanguínea entre o sangue venoso e o sangue arterial,
pois ambos os átrios lançam seu conteúdo sanguíneo no úni-
co ventrículo, ao mesmo tempo. Por haver mistura sanguínea
na circulação dos anfíbios ela é classificada como incomple-
ta e, por haver dois trajetos sanguíneos ao mesmo tempo, a
partir da sístole ventricular, ela é classificada como dupla.
Esquema da circulação dos anfíbios, mostrando a pequena
circulação e a grande circulação. Em destaque, o coração do
anfíbio, onde se vê um ventrículo e dois átrios, evidenciando a
mistura sanguínea.
c) Nos Répteis:
Nos répteis, a circulação é dupla e incompleta. Em
lagartos, ofídios e quelônios, o coração apresenta três
cavidades (dois átrios e um ventrículo), porém o interior
do ventrículo é parcialmente dividido pelo septo de
Sabatier, que reduz a intensidade da mistura sanguínea,
porém não a evita.
 Desenho do coração de um réptil não-crocoriliano, mostrando o
septo de Sabatier, que reduz, mas não evita, a mistura sanguí-
nea. Mostra também uma característica do sistema circulatório
de todos os répteis, que é a existência de duas artérias aortas,
representadas pelas letras LA e RA. Uma delas recebe grande
parte do sangue misturado. PA representa a artéria pulmonar.
Nos répteis crocodilianos (crocodilos, jacarés e
aligatores), a septação ventricular é total, formando dois
ventrículos distintos. Portanto, o coração dos crocodilianos
possui quatro cavidades (dois átrios e dois ventrículos).
Porém acontece uma mistura sanguínea reduzida entre os
dois troncos aórticos (entre as duas aortas), na saída do
coração, através do forâmen de Panizza.
Desenho do coração de um réptil crocodiliano, mostrando a
septação total da cavidade ventricular, formando dois ventrículos
distintos. Observar que uma das aortas recebe o sangue venoso
de um ventrículo e a outra, o sangue arterial do outro ventrículo.
Esquema que ilustra a circulação dos répteis.
608
d) Nas Aves e nos Mamíferos:
Nestes grupos de animais, o coração possui quatro
cavidades (dois átrios e dois ventrículos) e não há mistura
de sangue venoso com o sangue arterial, portanto a circu-
lação é dupla e completa.
A característica dupla e completa da circulação des-
tes animais permite:
• Um fluxo sanguíneo com maior taxa de O2 para os
tecidos, contribuindo com a produção de calor e, portanto,
com a endotermia.
• Uma eficácia nas trocas gasosas, pois o sangue com
conteúdo mais baixo de O2 e mais elevado de CO2 é levado
aos pulmões, facilitando a difusão gasosa.
Esquema que ilustra a circulação das aves e dos mamíferos.
Notar a separação em dois circuitos circulatórios, o totalmente
venoso e o totalmente arterial.
Resumo dos sistemas circulatórios dos vertebrados
Observação:
Os peixes dipnoicos (peixes pulmonados) possuem
um átrio parcialmente dividido, apresentando uma classifi-
cação similar aos anfíbios.
01. Considere a lista a seguir, com informações sobre o
sistema circulatório de vertebrados (números iguais
correspondem ao mesmo animal):
CORAÇÃO
I) Dois átrios e dois ventrículos.
II) Um átrio e um ventrículo.
III) Dois átrios e dois ventrículos, aortas com Forâmen
de Panizza.
IV) Dois átrios e dois ventrículos.
V) Dois átrios e um ventrículo.
CIRCULAÇÃO
I) Dupla e completa, com aorta curvada para a direita.
II) Simples e completa.
III) Dupla e incompleta.
IV) Dupla e completa, com aorta curvada para a es-
querda.
V) Dupla e incompleta.
Assinale a alternativa com a sequência correta de
animais a que corresponderiam as características
indicadas de I a V.
(A) I - bem-te-vi; II - truta; III - crocodilo; IV - homem;
V - rã.
(B) I - foca; II - sardinha; III - jacaré; IV - pato; V-
sapo.
(C) I - sabiá; II - salmão; III - rã; IV - boi; V - jabuti.
(D) I - pardal; II - baleia; III - tartaruga; IV - onça; V -
girino.
(E) I - gato; II - atum; III - cascavel; IV - quero-quero;
V - enguia.
02. Associe corretamente:
Coluna I - Animal
(1) peixe (2) anfíbio (3) ave
Coluna II - Tipo de circulação
( ) dupla e incompleta
( ) simples e venosa
( ) dupla e completa
Coluna III - Cavidades cardíacas
( ) 2 aurículas, 2 ventrículos.
( ) 2 aurículas, 1 ventrículo.
( ) 1 aurícula, 1 ventrículo.
As sequências obtidas nas colunas II e III, respectiva-
mente, são:
(A) (3 - 2 - 1); (1 - 2 - 3).
(B) (3 - 1 - 2); (2 - 1 - 3).
(C) (1 - 3 - 2); (3 - 2 - 1).
(D) (2 - 1 - 3); (3 - 2 - 1).
(E) (2 - 1 - 3); (2 - 3 - 1).
609
03. Observe o esquema que se refere ao sistema
cardiorrespiratório de um determinado animal.
Com base nesse esquema e em seus conhecimen-
tos sobre o assunto, pode-se afirmar que:
(A) a estrutura 3 é característica de animais de cir-
culação fechada.
(B) a estrutura 6 representa uma artéria e, junto com
7 participa da grande circulação.
(C) a função de 2 é realizada pela bexiga natatória
no tubarão.
(D) o órgão 1 é típico de répteis.
(E) o teor de O2 em 4 maior do que em 5.
04. O esquema representa uma visão interna do coração
de um mamífero.
Considerando-se a concentração de gás oxigênio pre-
sente no sangue contido nas cavidades 1, 2, 3 e 4,
pode-se dizer que:
(A) 2 = 3 < 1 = 4.
(B) 2 = 3 > 1 = 4.
(C) 2 = 1 > 3 = 4.
(D) 2 > 3 = 1 > 4.
(E) 2 < 3 = 1 < 4.
05. O sistema circulatório dos insetos diferencia-se do dos
cordados por não transportar
(A) gases da respiração.
(B) hormônios.
(C) resíduos orgânicos.
(D) nutrientes.
(E) água.
06. No coração dos mamíferos há passagem de sangue.
(A) da aurícula esquerda para o ventrículo esquerdo.
(B) do ventrículo direito para a aurícula direita.
(C) do ventrículo direito para o ventrículo esquerdo.
(D) da aurículadireita para a aurícula esquerda.
(E) da aurícula direita para o ventrículo esquerdo.
07. Os esquemas I, II, III e IV mostram o Sistema
Cardiovascular de Vertebrados.
 
Assinale a alternativa FALSA.
(A) O esquema I é característico de animais
pecilotérmicos aquáticos.
(B) O esquema IV permite completa separação do
sangue arterial e venoso.
(C) Nos animais com o esquema II e III ocorre mis-
tura de sangue arterial e venoso.
(D) Os esquemas I, II e III são característicos de
uma circulação dupla completa.
(E) O sistema circulatório dos mamíferos é simboli-
zado no esquema IV.
08. As figuras 1 e 2 a seguir representam, esquematicamente,
os dois tipos de sistemas circulatórios apresentados
pelos vertebrados. As setas indicam o trajeto percorri-
do pelo sangue em cada tipo de circulação.
Com base nas informações anteriores, assinale a al-
ternativa que apresenta, pela ordem, um exemplo de
um grupo de vertebrados com o tipo de circulação
representado na figura 1 e outro com o tipo de circu-
lação representado na figura 2.
(A) anfíbios - aves
(B) répteis - mamíferos
(C) anfíbios - mamíferos
(D) peixes - répteis
(E) mamíferos - peixes
610
01. Nos mamíferos, o tamanho do coração é proporcio-
nal ao tamanho do corpo e corresponde a aproxima-
damente 0,6% da massa corporal.
O gráfico abaixo mostra a relação entre a frequência
cardíaca e a massa corporal de vários mamíferos.
O quadro abaixo traz uma relação de mamíferos e o
resultado da pesagem de indivíduos adultos.
 
Fauna silvestre - Secretaria Municipal do Verde e do Meio
Ambiente, SP, 2007.
Considerando esse conjunto de informações, analise
as afirmações seguintes:
I) No intervalo de um minuto, a cuíca tem mais
batimentos cardíacos do que a capivara.
II) A frequência cardíaca do gambá é maior do que a
do bugio e menor do que a do sagui.
III) Animais com coração maior têm frequência cardí-
aca maior.
Está correto apenas o que se afirma em:
(A) I. (B) II.
(C) III. (D) I e II.
(E) II e III.
02. Na edição brasileira da revista Scientific American de
abril de 2003, p. 72, Richard Prum e Alan Brush publi-
caram o artigo intitulado "A controvérsia do que veio
primeiro, penas ou pássaros?", no qual afirmam:
"Agora sabemos que as penas surgiram pela pri-
meira vez num grupo de dinossauros terópodes e diver-
sificaram-se em variedades essencialmente modernas
em outras linhagens de terópodes anteriores à origem
dos pássaros. Entre os numerosos dinossauros com pe-
nas, as ave representam um grupo particular que de-
senvolveu a capacidade de voar usando as penas de
seus membros dianteiros especializados e da cauda."
Contrariamente ao que ocorrem com os ossos, os
órgãos moles dos vertebrados não fossilizam. Ainda
assim, é correto supor que o coração dos dinossauros
terópodes mencionados no texto, provavelmente apre-
sentava:
(A) uma câmara (um proto-átrioventricular).
(B) duas câmaras (um átrio e um ventrículo).
(C) três câmaras (um átrio e dois ventrículos).
(D) três câmaras (dois átrios e um ventrículo).
(E) quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos).
09. Leia com atenção o trecho abaixo:
"...e como nesses organismos o sangue não per-
manece somente no interior de vasos, sua pressão é
baixa e a velocidade do fluxo reduzida. Por essa razão,
a distribuição de substâncias é lenta e não vence longas
distâncias, e no entanto, esses organismos podem apre-
sentar movimentos tão rápidos que indicam que a
oxigenação dos tecidos é muito eficiente."
(Fonte: Avancini, E. B. e Favaretto, J. A. "Biologia".
São Paulo: Moderna, 1997. v.2, p. 655.)
Pode-se afirmar que o organismo a que o trecho aci-
ma se refere é um exemplo de:
(A) inseto, pois a oxigenação dos tecidos independe
do sistema circulatório.
(B) celenterado, pois as brânquias transferem o oxi-
gênio diretamente para os tecidos.
(C) nematoide, pois o líquido celomático se encar-
rega de levar o oxigênio aos tecidos.
(D) anelídeo, pois, embora a respiração seja
cuticular, o oxigênio é transportado pelos túbulos
de Malpighi.
(E) platelminto, pois na fase adulta, além de respi-
ração branquial, apresenta também respiração
cutânea.
04. Leia o trecho com atenção:
O coração apresenta quatro câmaras, duas
aurículas e dois ventrículos e, nesse caso, não se mistu-
ram sangue arterial e venoso. A circulação é dupla, o
que permite melhor controle da pressão arterial. O siste-
ma circulatório é mais eficiente, possibilitando uma che-
gada rápida dos alimentos aos tecidos, garantindo, as-
sim, o controle da temperatura corpórea.
Qual das alternativas a seguir apresenta um animal
que não se relaciona com o trecho descrito?
(A) águia (B) preguiça
(C) pinguim (D) ornitorrinco
(E) cobra
05. Considerando-se os sistemas circulatórios de um
caramujo, de um sapo e de um cachorro, é INCOR-
RETO afirmar que:
(A) o coração do sapo apresenta três cavidades e o
do cachorro possui quatro.
(B) em todos eles é possível encontrar um coração
611
impulsionando o sangue pelo corpo.
(C) as lacunas são espaços observados no siste-
ma circulatório do caramujo, mas inexistentes
no sapo e no cachorro.
(D) o caramujo e o sapo apresentam circulação du-
pla incompleta e o cachorro tem circulação du-
pla completa.
(E) em todos eles o sistema circulatório está asso-
ciado ao transporte tanto de alimentos como de
gases respiratórios.
06. Dadas as seguintes afirmações:
I. O sangue que circula no coração dos peixes é arte-
rial, rico em oxigênio.
II. No coração dos anfíbios, o sangue arterial mistura-
se ao sangue venoso.
III. Em mamíferos, os sangues arterial e venoso não
se misturam no coração.
É correto dizer que:
(A) Somente II é verdadeira.
(B) Apenas I e III são verdadeiras.
(C) Todas são verdadeiras.
(D) Apenas II e III são verdadeiras.
(E) Todas são falsas.
07. O sistema circulatório dos vertebrados mostra uma
evolução ocorrida entre os grandes grupos. Na maio-
ria das espécies de cada grupo, há um padrão na di-
visão das cavidades do coração. Isso pode ser confir-
mado na frase:
(A) O coração dos peixes tem dois átrios e um
ventrículo, ocorrendo a mistura do sangue ve-
noso com o sangue arterial nos primeiros.
(B) O coração dos anfíbios tem dois átrios e um
ventrículo, ocorrendo a mistura de sangue ve-
noso com o sangue arterial nesse último.
(C) O coração dos répteis tem dois átrios e um
ventrículo, não ocorrendo mistura do sangue
venoso com o sangue arterial.
(D) O coração dos répteis é igual ao das aves, ocor-
rendo em ambos mistura do sangue venoso com
sangue arterial.
(E) O coração dos mamíferos apresenta dois átrios
e dois ventrículos, parcialmente separados, ocor-
rendo mistura do sangue venoso com o sangue
arterial em pequena escala.
08. A circulação sanguínea dupla caracteriza-se pela pas-
sagem do sangue duas vezes pelo coração durante
um único ciclo. Nesse processo, dois circuitos são
observados. São eles:
(A) o pulmonar e o cerebral.
(B) o cerebral e o corporal.
(C) o pulmonar e o sistêmico.
(D) o sistêmico e o cerebral.
(E) o cardíaco e o cerebral.
09. Na metamorfose dos anfíbios, entre outras transfor-
mações, ocorrem modificações no aparelho circula-
tório para permitir a respiração pulmonar e cutânea.
Nos girinos, o coração tem um átrio e um ventrículo e
por ele passa somente sangue não oxigenado. Nos
adultos, o coração apresenta
(A) 1 átrio e 1 ventrículo, com circulação simples.
(B) 1 átrio e 1 ventrículo, com circulação dupla.
(C) 2 átrios e 1 ventrículo, com circulação simples.
(D) 2 átrios e 1 ventrículo, com circulação dupla.
(E) 2 átrios e 2 ventrículos, com circulação dupla.
10. A figura abaixo representa vários padrões de coração
de vertebrados. Qual sequência indica a ordem cres-
cente da eficiência circulatória, com relação ao trans-
porte de gases, conferida pelos três corações?
(A) 1, 2, 3 (B) 1, 3, 2
(C) 3, 2, 1 (D) 2, 1, 3
(E) 3, 1, 2
11. O que diferencia basicamente a circulação das aves
e dos mamíferos é:
(A) A circulação das aves é aberta e a dos mamífe-
ros é fechada.
(B) Nas aves, o sangue flui dos pulmões para o
ventrículo direito.
(C) O coração

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