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Unidade 4

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Unidade 4 - Cooperativismo, atuação 
conjunta e promoção do 
desenvolvimento socioambiental 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
• bullet 
Explicar a importância do cooperativismo e da atuação conjunta dos diferentes 
setores que compõem a sociedade na promoção do desenvolvimento 
socioambiental; 
• bullet 
Abordar a educação ambiental como agente de promoção do desenvolvimento 
socioambiental; 
• bullet 
Discutir os desafios ainda existentes para a completa promoção do 
desenvolvimento sustentável; 
• bullet 
Citar algumas práticas que vêm sendo adotadas pelas organizações e pela 
sociedade civil. 
TÓPICOS DE ESTUDO 
Clique nos botões para saber mais 
Cooperação, articulações intersetoriais e promoção do desenvolvimento 
– 
// O sistema cooperativista e a responsabilidade socioambiental 
// A abordagem intersetorial na elaboração de políticas 
socioambientais 
// Articulações intersetoriais: responsabilidade socioambiental e o 
terceiro setor 
// Articulações intersetoriais: responsabilidade socioambiental, saúde e 
educação 
// Articulações intersetoriais: responsabilidade socioambiental e redes 
// Articulações intersetoriais: responsabilidade socioambiental e a 
ciência 
// Promoção do desenvolvimento: o papel da educação ambiental 
Desafios da prática e tendências 
– 
// Tendências das organizações na busca da responsabilidade 
socioambiental 
 
Cooperação, articulações intersetoriais e 
promoção do desenvolvimento 
Seção 2 de 3 
 
A criação de grupos de trabalho pode auxiliar na construção de uma im-
portante ferramenta de coordenação e efetivação das práticas de 
responsabilidade socioambiental, ao possibilitarem a construção 
compartilhada de projetos de cooperação, articulação e promoção do 
desenvolvimento sustentável, que dão direção comum e estratégica às 
questões econômicas, sociais e ambientais. Tais ferramentas são os meios para 
superar as hierarquias institucionais e as relações de poder entre setores, 
políticas e segmentos sociais. 
Dentro dos pressupostos do desenvolvimento sustentável de propor, estimular, 
promover e monitorar as ações de responsabilidade socioambiental e a 
minimização dos impactos negativos sociais e ambientais, a adoção destas 
ferramentas acabará por: 
• 1 
1 
Estimular discussões sobre responsabilidade socioambiental nas organizações 
e divulgar legislações e normas; 
• 2 
2 
Potencializar o resultado de ações de capacitação; 
• 3 
3 
Construir e organizar conhecimento e objetivos de aprendizagem; 
• 4 
4 
Propiciar o uso racional de matéria-prima, equipamento, força de trabalho, 
imóveis, infraestrutura e contratos; 
• 5 
5 
Aperfeiçoar o uso de recursos orçamentários; 
• 6 
6 
Aumentar as colaborações entre as instituições de ensino e pesquisa e as 
organizações públicas e privadas; 
• 7 
7 
Realizar o intercâmbio de experiências entre os signatários. 
A construção de espaços para comunicação e troca de experiências permite o 
estabelecimento de conceitos, objetivos e direções comuns, propiciando 
condições para o planejamento participativo de ações que exijam 
contribuições de diferentes setores. 
Apesar de ser uma importante estratégia na busca pelo desenvolvimento 
sustentável, o diálogo intersetorial não é simples. Ao praticá-lo será preciso 
lidar com diferentes pontos de vista e culturas organizacionais para a tomada 
de decisão e para encontrar a solução de problemas. 
O trabalho cooperado e intersetorial é um instrumento relevante para a 
operacionalização do conceito e de ações de responsabilidade socioambiental 
com base nos pressupostos teóricos e metodológicos da promoção da 
sustentabilidade. 
 
Atualmente, a promoção da cooperação e da articulação intersetorial pode ser 
considerada componente central das políticas de responsabilidade 
socioambiental. Elas objetivam a mudança de postura e a quebra de 
paradigmas, representando uma nova forma de gerenciamento que transcende 
a fragmentação das políticas públicas e promove a gestão participativa. 
 
O SISTEMA COOPERATIVISTA E A 
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 
 
Podemos estabelecer algumas conexões entre a gestão das cooperativas e as 
ações de responsabilidade socioambiental, seguindo o conceito dos três pilares 
da sustentabilidade. O (i) contexto econômico permite a dinamização da 
economia em micro e macroescala, seja por meio da interação com o mercado 
ou pela política equitativa distribuição de renda baseada na produção do 
cooperado. O (ii) contexto social das cooperativas propicia a distribuição 
regional da renda em termos equitativos, levando em consideração a geração 
de emprego e desenvolvimento de pequenas localidades, o que permite a 
distribuição do capital financeiro regionalmente e homogeneamente. O (iii) 
contexto ambiental fundamenta-se na ideia de que as bases cooperativistas 
estruturam-se considerando o estabelecimento de relações de equilíbrio com o 
meio ambiente. O conceito de unidade e trabalho em equipe das cooperativas 
permeia a ideia de parceria, cooperação e colaboração de trabalho. 
O cooperativismo está apoiado em cinco valores, sendo eles: equidade, 
solidariedade, justiça social, liberdade e democracia (CHAVES et al., 2009). 
Ao preocupar-se com o bem-estar social, o cooperativismo contempla ações 
de gestão voltadas para a responsabilidade socioambiental. Nesse sentido, 
responsabilidade socioambiental e cooperativismo alinham-se, pois ambos são 
formados por indivíduos que além de trabalharem seguindo as mesmas pautas 
econômicas, sociais e ambientais, atuam em prol de uma sociedade 
mais justa hoje e no futuro. A atuação responsável socioambientalmente nas 
comunidades não é algo novo para as cooperativas, na realidade, elas foram 
criadas com o objetivo de resolver reclamações e problemas comuns de um 
grupo de pessoas. Assim, sempre estiveram fundamentadas na comunidade 
que as criou. Pode-se dizer que a responsabilidade socioambiental compõe a 
essência do cooperativismo. 
Analisando os princípios cooperativas, ficam claras as relações entre 
cooperativismo e responsabilidade socioambiental: 
As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os 
seus serviços e assumir as responsabilidades como cooperadas, sem discriminações sociais, 
raciais, políticas, religiosas ou de gênero; 
As cooperativas são organizações democráticas, controladas por seus cooperados, que 
participam ativamente na formulação das suas políticas e nas tomadas de decisões; 
Os cooperados contribuem equitativamente e controlam democraticamente o capital de suas 
cooperativas; 
As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos 
cooperados; 
As cooperativas promovem a educação e a formação de seus cooperados, dos representantes 
eleitos, dos gerentes e de seus funcionários, de forma que estes possam contribuir 
eficazmente para o desenvolvimento da cooperativa; 
As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades, 
através de políticas aprovadas pelos cooperados; 
Para as cooperativas prestarem melhores serviços a seus 
cooperados e agregarem força ao movimento cooperativo, devem 
trabalhar em conjunto com as estruturas locais, regionais, 
nacionais e internacionais (OCEPAR, 2016 apud OLIVEIRA, 
2017, p. 83). 
A cultura organizacional que adota os sete princípios cooperativistas está 
focada no capital social, se diferindo, assim, da cultura organizacional 
empresarial tradicional, que é fundamentada na geração de capital financeiro 
(Quadro 1). 
 
Quadro 1. Comparativo entre cooperativa e empresa voltada para geração de capital 
financeiro. Fonte: GIESE; BÜTTENBENDER, 2015, p. 10. 
O cooperativismo é gerido pela vontade coletiva e concretizado após a 
conivência de todos os sócios cooperados. Ainda assim, as cooperativas 
necessitam de uma gestão flexível para que possam se adaptar às tendências e 
exigências do mercado globalizado sem deixar de conservarseus valores e 
princípios como organização social. 
Os cooperados possuem responsabilidades perante a sociedade, a comunidade 
e, principalmente, os próprios cooperados. Quando adequadamente 
implementada, a cooperativa pode melhorar a imagem da organização e 
consolidar uma identidade organizacional positiva economicamente, 
socialmente e ambientalmente. 
Existem diversas organizações cooperativistas que exercem práticas de 
responsabilidade socioambiental. Vamos conhecer alguns exemplos: 
 
A ABORDAGEM INTERSETORIAL NA 
ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS 
SOCIOAMBIENTAIS 
 
As políticas públicas de educação, de assistência social, de saúde, ambientais, 
entre outras, são, muitas vezes, elaboradas de forma setorial e desarticulada. 
Tal condição resulta em uma gestão fragmentada e divergente, que acaba por 
não atender às necessidades sociais e ambientais. O Diagrama 1 mostra o 
contexto do sistema socioambiental quando este não considera a importância 
da abordagem intersetorial e o uso de políticas de cunho socioambiental. 
As práticas políticas brasileiras se demonstraram ineficientes e custosas 
quando desempenhadas sob uma visão setorizada e fragmentadas, além disso, 
os resultados destas políticas sempre ficam aquém das diretrizes e objetivos 
almejados (CUSTÓDIO; SILVA, 2020). As estruturas setorializadas tendem a 
tratar o cidadão e os problemas de forma fragmentada, com serviços 
executados isoladamente, embora as ações se dirijam para o coletivo. 
Conduzem a uma atuação desarticulada e obstaculizam mesmo os projetos de 
gestões democráticas e inovadoras. O planejamento tenta articular as ações e 
os serviços, mas a execução desarticulada e perde de vista a integralidade do 
indivíduo e a inter-relação dos problemas (JUNQUEIRA et al., 1997). 
O diálogo entre os diversos setores que compõem a estrutura socioambiental 
de um País e que considere os saberes e práticas, é um instrumento-chave na 
elaboração de políticas públicas, uma vez que elimina as características 
centralizadoras e hierárquicas, bem como, dá voz à opinião de todos os 
agentes práticas, evitando o contexto evidenciado na Diagrama 1. 
 
Diagrama 1. Análise sistêmica de um contexto que desconsidera a responsabilidade 
socioambiental. Fonte: PITTON, 2009. (Adaptado). 
É nesse contexto que as políticas intersetoriais devem ser consideradas. A 
intersetorialidade é uma prática social que se caracteriza por uma articulação 
entre sujeitos de diferentes setores, poderes e saberes, com o objetivo comum 
de resolver problemas sociais e ambientais. As políticas públicas devem 
voltar-se para o atendimento das demandas da população, levando em conta os 
recursos existentes para tal ação. Assim, a intersetorialidade torna-se um 
pressuposto imprescindível para a implementação das políticas setoriais 
(NÓBREGA et al., 2018). 
Há quatro componentes decisivos para o êxito na intersetorialidade: decisão 
política; empenho continuado do dirigente; compreensão dos técnicos de que a 
estratégia é mais eficiente e eficaz; e disposição para o diálogo, para a 
aprendizagem e para a construção coletiva (LAFFITE et al., 2020). 
O trabalho intersetorial socioambiental requer amplo debate, prática da 
negociação e incorporação da contribuição política para que se alcance a 
dimensão transetorial das questões econômicas, sociais e ambientais. A partir 
daí tem-se a possibilidade de desenvolver novos olhares e instaurar novos 
valores, considerando o respeito às diferenças na compreensão e na superação 
das questões globais. 
Organizações públicas e privadas, entre elas, as universidades, os centros de 
pesquisa, as empresas, os meios de comunicação e, principalmente, a 
sociedade civil, fazem parte da cadeia de formulação e de implementação de 
políticas socioambientais. 
Basicamente, todos os setores que compõem um País são influenciados direta 
ou indiretamente pelas políticas socioambientais. Por muitos anos, os conflitos 
de interesse sobre a implementação e estabelecimento destas políticas foram 
maiores do que a sua efetivação, sendo que muito deste contexto foi resultado 
da falta da atuação intersetorial. A abordagem intersetorial faz a mediação de 
tais conflitos entre os defensores do uso indiscriminado de recursos naturais e 
os que defendem a sustentabilidade ambiental. 
 
ARTICULAÇÕES INTERSETORIAIS: 
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E O 
TERCEIRO SETOR 
 
Se o primeiro e o segundo setor correspondem ao Estado e ao mercado, 
respectivamente, o chamado terceiro setor é um termo utilizado para definir 
organizações e iniciativas privadas sem fins lucrativos, que prestam serviços 
de caridade e de interesse público. Em geral, possuem estatuto, gestão por 
assembleias gerais e rígido controle financeiro. Neste conceito, desde que não 
possuam fins lucrativos, enquadram-se: os institutos, as organizações não 
governamentais (ONGs), as fundações, as associações, e as entidades. 
Como citado anteriormente, o diálogo entre os diversos setores que compõem 
a sociedade é um instrumento necessário na elaboração de políticas públicas. 
Sabemos que é fundamental a gestão do conhecimento ambiental e o diálogo 
intersetorial para a garantia dos direitos humanos, para a conservação da 
biodiversidade e dos recursos naturais do planeta. Nesse sentido, as 
instituições do terceiro setor se articulam com o Estado, assumindo o papel de 
auxiliar, cobrar, fiscalizar e direcionar o trabalho pela melhoria da qualidade 
de vida da população, focando sua atuação nos locais mais carentes. Outra 
atuação intersetorial ocorre nas empresas que, por sua vez, podem ver no 
terceiro setor a oportunidade colocar em prática projetos e ações de 
responsabilidade socioambiental. 
O terceiro setor possui diversas frentes de atuação que visam a promoção 
da cidadania e das minorias. Elas podem trabalhar com: 
• bullet 
A cultura; 
• bullet 
A educação; 
• bullet 
O meio ambiente; 
• bullet 
A saúde; 
• bullet 
A assistência social; 
• bullet 
A infância; 
• bullet 
A atenção ao idoso; 
• bullet 
As questões étnico-raciais; 
• bullet 
O preconceito religioso; 
• bullet 
A distinção de gênero; 
• bullet 
A pobreza; 
• bullet 
A ajuda humanitária; 
• bullet 
O esporte e o lazer; 
• bullet 
A extensão agrícola; 
• bullet 
A educação ambiental; 
• bullet 
As atividades profissionalizantes; 
• bullet 
A proteção e luta aos direitos dos animais; 
• bullet 
O resgate em casos de catástrofes ambientais; 
• bullet 
A garantia dos direitos humanos em geral. 
O terceiro setor só existe devido à existência das causas sociais. Por isso, 
podemos dizer que ele está totalmente voltado às questões e à prática da 
responsabilidade socioambiental. 
A articulação entre terceiro setor e Estado permite que diversos serviços 
básicos e informações atualizadas cheguem aos locais onde o trabalho do 
Estado ou de empresas ainda não tenha chegado ou não esteja tão evidente. 
Muitas das organizações do terceiro setor recebem auxílio financeiro do 
governo ou obtêm recursos por meio de financiamentos governamentais, de 
empresas privadas, da comercialização de produtos e/ou por doações. 
A mão de obra atuante é constituída, em geral, por voluntários, temporários 
ou fixos. 
Existem inúmeros exemplos de institutos, ONGs, fundações, associações e 
entidades que exercem práticas de responsabilidade socioambiental. Vamos 
conhecer alguns. 
 
Quadro 3. Exemplos de institutos, ONGs, fundações, associações e entidades que 
exercem práticas de responsabilidade socioambiental. 
 
DICA 
Acesse os sites oficiais das cooperativas SOS Mata Atlântica, SOS 
Pantanal, Apae, Imaflora e PSA para saber um pouco mais sobre suas 
histórias e trajetórias. 
 
ARTICULAÇÕES INTERSETORIAIS: 
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL, 
SAÚDE E EDUCAÇÃO 
 
A concepção socioambiental sobre promoção da saúde e da educação inclui a 
existência de condições ideais como alimentação, trabalho,moradia, 
saneamento básico, lazer, meio ambiente e acesso aos bens essenciais. 
Tal concepção é obtida considerando-se os aspectos físicos, sociais, 
econômicos, ambientais e culturais da sociedade e fundamentando-se no fato 
de que, quando integrado socialmente – pelo acesso à saúde e educação –, o 
indivíduo tem condições de aproveitar uma vida com qualidade, ao mesmo 
tempo que para ser saudável precisa de um ambiente de qualidade. 
As articulações intersetoriais sustentadas por programas com essa abordagem 
possuem constante diálogo crítico e reflexivo entre a comunidade, os 
profissionais, as empresas, as universidades e as agências governamentais e 
não governamentais. 
As articulações intersetoriais promovem programas baseados em ações 
estratégicas que resultam: 
• bullet 
Na promoção de espaços ambientalmente saudáveis; 
• bullet 
No empoderamento e inclusão da população; 
• bullet 
No desenvolvimento de habilidades; 
• bullet 
Nos conhecimentos e atitudes favoráveis à saúde; 
• bullet 
Na percepção da importância do meio ambiente para obtenção de qualidade de 
vida; 
• bullet 
Na redução da pobreza e da desigualdade social; 
• bullet 
Na promoção do desenvolvimento sustentável. 
As ações de responsabilidade socioambiental no contexto de promoção da 
saúde e da educação ficam isoladas quando abordadas em um contexto 
setorial e fragmentado. Neste sentido, as articulações intersetoriais devem ser 
estratégias implementadas por meio de ações coordenadas entre os diferentes 
setores da sociedade – Estado, mercado, organizações e iniciativas privadas. 
As estratégias intersetoriais devem embasar-se em programas estruturados 
com gestão, planejamento participativo, financiamento próprio, e integração 
com a comunidade e o meio ambiente. 
Para entender melhor sobre as articulações intersetoriais na promoção da 
saúde e da educação, vamos conhecer alguns exemplos que, por promoverem 
a educação e a saúde, resultam em cidadãos mais ativos nas questões 
ambientais. 
 
ARTICULAÇÕES INTERSETORIAIS: 
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E 
REDES 
 
Como já discutimos, as questões socioambientais há alguns anos vêm 
influenciando a formulação e a implementação de políticas públicas, que 
visam a promoção da cidadania e de ações de responsabilidade 
socioambiental, que resultem em desenvolvimento sustentável. 
Por ser um tema discutido por diversos setores, entre eles, universidades, 
centros de pesquisa, empresas e organizações governamentais e não 
governamentais nacionais e internacionais, uma questão crucial para 
o desempenho positivo das questões ambientais é a necessidade da 
abordagem intersetorial. Trata-se de um processo bastante complexo, em 
virtude da sua heterogeneidade organizativa e ideológica. O grande ponto de 
inflexão dos movimentos socioambientais ocorre com a constituição de fóruns 
e redes, que têm importância estratégica para ativar, expandir e consolidar seu 
caráter multissetorial (JACOBI, 2000). 
As redes representam a capacidade de os movimentos sociais e 
organizações da sociedade civil explicitarem sua riqueza 
intersubjetiva, organizacional e política e concretizarem a 
construção de intersubjetividades planetárias, buscando 
consensos, tratados e compromissos de atuação coletiva 
(JACOBI, 2000, p. 134). 
As redes são fortes agentes da divulgação de informação – verdadeiras e falsas 
–, de programas e políticas governamentais que acabam influenciando a 
tomada de decisão da população. Elas fortalecem questões divulgadas pelos 
três setores, sendo cada vez mais reconhecidas como indispensáveis pela 
sociedade e pelos governos, participando de processos decisórios. 
 
Nos últimos anos, diversas organizações têm suas discussões e atividades 
embasadas a partir de dados estratégicos, levantados por meio das redes, que 
permitem: o diagnóstico do risco, o fluxo contínuo de informações, a adoção 
de novas tecnologias, e a identificação de lacunas e dilemas socioambientais. 
Tal possibilidade tem forte influência sobre os moldes da formulação de 
políticas públicas e sobre o nível de conhecimento da população sobre o tema 
socioambiental. 
As redes, considerando as características complexas e heterogêneas da 
sociedade, horizontalizam a articulação de demandas de diversos setores, 
servindo como uma tecnologia de informação que dissemina posicionamentos, 
denúncias e propostas. A presença das redes repercute globalmente em 
diversos campos de atuação, como nos direitos humanos e no meio ambiente. 
Por trabalhar em escala global, a consciência socioambiental despertada pela 
atuação das redes se amplia e resulta em um crescente entendimento de que as 
transformações em curso estão se convertendo em ameaças cada vez mais 
preocupantes (JACOBI, 2000). 
 
CURIOSIDADE 
Para entender melhor sobre o poder das redes como ferramenta que 
promove a intersetorialidade e a divulgação de informações 
socioambientais, é possível buscar por termos em sites de busca e nas 
redes sociais para constatar como é grande a quantidade de sites e 
perfis informativos que serão encontrados. Como exemplo, o termo 
“meio ambiente”, pesquisado, no Google, obteve 378.000.000 
resultados; “políticas públicas ambientais” obteve 20.200.000 
resultados; e “empresa sustentável no Brasil” obteve 50.400.000 
resultados. 
 
ARTICULAÇÕES INTERSETORIAIS: 
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E A 
CIÊNCIA 
 
Não há dúvida sobre a importância do avanço da ciência e da tecnologia para 
os empreendimentos humanos. 
Nosso mundo material e as coisas ao nosso redor são manifestações da 
capacidade científica. A tecnologia, que impacta como nunca o nosso dia a 
dia, pode ser considerada resultado direto do intenso progresso científico e da 
aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos nas novas descobertas. 
Podemos citar algumas descobertas científicas e estudos de impacto social e 
ambiental: 
• 1 
1 
Desenvolvimento de vacinas; 
• 2 
2 
Satélites de observação terrestre; 
• 3 
3 
Computadores para armazenamento de quantidades enormes de dados; 
• 4 
4 
Desenvolvimento de softwares que permitem mapeamentos sociais e 
ambientais; 
• 5 
5 
Navios oceanográficos; 
• 6 
6 
Quantificação de emissões de gases do efeito estufa por sistemas urbanos e 
rurais; 
• 7 
7 
Sistemas inovadores de conservação e preservação de fauna e flora; 
• 8 
8 
Desenvolvimento de variedades agrícolas da mesma espécie adaptadas a 
diferentes zonas climáticas; 
• 9 
9 
Rede de internet 5G. 
No que diz respeito aos aspectos essenciais que definem o bem-estar e a 
qualidade de vida – e também para monitorar as mudanças que podem vir a 
ocorrer –, a comunidade científica tem a responsabilidade de fornecer 
informações sobre a situação das questões ambientais, uma vez que pesquisa o 
tema continuamente. 
O trabalho que vem sendo desenvolvido durante várias décadas pela 
comunidade científica sobre as questões socioambientais em conjunto com as 
políticas públicas e com as organizações governamentais e não 
governamentais, trouxe estes aspectos ao conhecimento da sociedade, 
conduzindo ao atual nível de conscientização das populações e governos. Se 
hoje, começamos a empregar grande parte do nosso tempo em busca de 
soluções para as questões sociais e ambientais e para o impacto das atividades 
humanas, em grande parte, isso é fruto do trabalho científico que nos mostrou 
a importância dessa dedicação. 
 
Fica claro que a ciência, em suas diversas áreas, é a grande detentora do 
conhecimento e dos mecanismos socioambientais. A adoção de práticas de 
responsabilidade socioambiental está diretamente relacionada com a chegada 
da informação científica aos diversos setores sociais. Devemos considerar o 
fato de que a informação acadêmica é técnica, logo, de difícil compreensão 
para profissionais de outras áreas. 
Assim, para que seja efetiva, a difusão da informação científica deve ser feita 
de modoque haja articulação intersetorial. Diante disso, torna-se 
indispensável a construção de um diálogo simplificado, que possa ser 
compreendido e viabilizado para todos os setores, incluindo as organizações 
governamentais e não governamentais, que elaboram as políticas públicas e 
para a população. 
 
ARTICULAÇÕES INTERSETORIAIS: 
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E A 
CIÊNCIA 
 
Não há dúvida sobre a importância do avanço da ciência e da tecnologia para 
os empreendimentos humanos. 
Nosso mundo material e as coisas ao nosso redor são manifestações da 
capacidade científica. A tecnologia, que impacta como nunca o nosso dia a 
dia, pode ser considerada resultado direto do intenso progresso científico e da 
aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos nas novas descobertas. 
Podemos citar algumas descobertas científicas e estudos de impacto social e 
ambiental: 
• 1 
1 
Desenvolvimento de vacinas; 
• 2 
2 
Satélites de observação terrestre; 
• 3 
3 
Computadores para armazenamento de quantidades enormes de dados; 
• 4 
4 
Desenvolvimento de softwares que permitem mapeamentos sociais e 
ambientais; 
• 5 
5 
Navios oceanográficos; 
• 6 
6 
Quantificação de emissões de gases do efeito estufa por sistemas urbanos e 
rurais; 
• 7 
7 
Sistemas inovadores de conservação e preservação de fauna e flora; 
• 8 
8 
Desenvolvimento de variedades agrícolas da mesma espécie adaptadas a 
diferentes zonas climáticas; 
• 9 
9 
Rede de internet 5G. 
No que diz respeito aos aspectos essenciais que definem o bem-estar e a 
qualidade de vida – e também para monitorar as mudanças que podem vir a 
ocorrer –, a comunidade científica tem a responsabilidade de fornecer 
informações sobre a situação das questões ambientais, uma vez que pesquisa o 
tema continuamente. 
O trabalho que vem sendo desenvolvido durante várias décadas pela 
comunidade científica sobre as questões socioambientais em conjunto com as 
políticas públicas e com as organizações governamentais e não 
governamentais, trouxe estes aspectos ao conhecimento da sociedade, 
conduzindo ao atual nível de conscientização das populações e governos. Se 
hoje, começamos a empregar grande parte do nosso tempo em busca de 
soluções para as questões sociais e ambientais e para o impacto das atividades 
humanas, em grande parte, isso é fruto do trabalho científico que nos mostrou 
a importância dessa dedicação. 
 
Fica claro que a ciência, em suas diversas áreas, é a grande detentora do 
conhecimento e dos mecanismos socioambientais. A adoção de práticas de 
responsabilidade socioambiental está diretamente relacionada com a chegada 
da informação científica aos diversos setores sociais. Devemos considerar o 
fato de que a informação acadêmica é técnica, logo, de difícil compreensão 
para profissionais de outras áreas. 
Assim, para que seja efetiva, a difusão da informação científica deve ser feita 
de modo que haja articulação intersetorial. Diante disso, torna-se 
indispensável a construção de um diálogo simplificado, que possa ser 
compreendido e viabilizado para todos os setores, incluindo as organizações 
governamentais e não governamentais, que elaboram as políticas públicas e 
para a população. 
 
Desafios da prática e tendências 
Seção 3 de 3 
 
Os desafios para a implantação das ações de responsabilidade socioambiental 
nas organizações públicas e privadas ainda são muitos. É preciso ainda 
ultrapassar questões sobre o tradicionalismo de ideias, sobre o nível de 
desenvolvimento do País em que se inserem, sobre a desinformação e sobre a 
dificuldade de acesso às práticas de responsabilidade socioambiental. 
Ainda existem casos em que dirigentes, mesmo conscientes da existência da 
vertente ambiental, não conseguem compreender a importância da adoção das 
ações de responsabilidade socioambiental. Essa é uma questão recorrente, 
uma vez que muitas pessoas acham que a pauta faz parte de um contexto 
utópico e extremista. 
É urgente a necessidade de adquirir uma visão ampla do desempenho da 
organização diante da questão socioambiental, de seus diversos agentes 
influenciadores e da sociedade. Como estudamos, atualmente, já existem 
diversas ferramentas e metodologias disponíveis que avaliam, gratuitamente 
ou não, o grau de responsabilidade socioambiental da organização em relação 
ao seu público interno, à comunidade e à sociedade de modo geral. 
A tendência deve ser a de crescer sustentavelmente, superando a profunda 
desigualdade social existente em nosso País e no mundo. Neste contexto, 
estamos falando da responsabilidade socioambiental como algo que, 
efetivamente, crie valor ambiental, social e financeiro e que tenha um 
propósito claramente identificável nas organizações. O desafio de ter uma 
visão ampla de si própria, de seu público e da sociedade como um todo deve 
ser enfrentado por todas as empresas brasileiras. 
 
TENDÊNCIAS DAS ORGANIZAÇÕES NA BUSCA 
DA RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 
 
As organizações modernas estão se dando conta de que a eficiência 
socioambiental afeta de forma significativa os resultados financeiros dos 
empreendimentos. Mas, para que isso ocorra efetivamente, elas devem ir além 
do que é exigido por lei. Naturalmente, existe o interesse econômico na 
questão, tanto pela expectativa de reconhecimento regional, nacional ou 
internacional, quanto pela constatação de que os investimentos estão 
sendo rentáveis. 
Nesse sentido, vamos conhecer algumas tendências da atuação socioambiental 
no mercado, falando sobre os títulos verdes e o capitalismo consciente. 
Os títulos verdes (green bonds) são títulos utilizados para financiar 
investimentos sustentáveis, como: atividades de pesquisas e inovação de um 
projeto; obras para implantação de energia solar; projetos de reaproveitamento 
de resíduos; e projetos para redução da emissão de gases do efeito estufa ou de 
tratamento de águas residuárias. É uma alternativa de investimento em longo 
prazo que contribui para o futuro do planeta. São importantes para estimular o 
desenvolvimento sustentável e direcionar recursos para a mitigação de 
mudanças climáticas (ABGI, 2020). Para serem passíveis de financiamento, 
existem três critérios de elegibilidade dos projetos, que foram implantados em 
2018 pela ISO 14030, que os classifica a sua sustentabilidade de acordo com 
três categorias divididas entre A, B e C. São elas: 
 
Verde por “natureza”. 
Verde com qualificações (demonstrar redução de GEE) 
A ser testado caso a caso para atender requerimentos green, mas, em 
geral, são categorias excluídas. 
Por muito tempo, os emissores de títulos verdes eram os bancos de 
desenvolvimento multilaterais, mas, atualmente, o tema despertou interesse 
em empresas, municípios e agências de crédito, que aumentaram 
significativamente sua participação neste tipo de título. Internacionalmente, as 
principais emissões de títulos verdes são para financiar projetos, como: 
transporte, energia renovável, eficiência energética, água, florestal, 
agronegócio, construção civil e saneamento (ABGI, 2020). 
A adoção de títulos verdes pode trazer vantagens ao emissor, como: a 
diversificação e ampliação de investidores, uma boa reputação 
socioambiental, uma maior visibilidade ambiental, e a possibilidade de 
marketing verde. Já para o investidor, a adoção de títulos verdes, pode 
resultar em retorno financeiro, compromisso e transparência no uso dos 
recursos. 
O capitalismo consciente é uma tendência de pensamento empresarial em 
que as empresas contribuem para as questões socioambientais ao mesmo 
tempo que são lucrativas. Essa é uma tendência que vem se revelando 
naturalmente para a sociedade, tendo em vista os constantes diálogos sobre 
qualidade de vida e meio ambiente. Existem três fatores que devem ser 
considerados para o avanço do capitalismo consciente: 
• 1 
1 
A atual preocupação com a degradação ambiental e com a disseminação da 
miséria; 
• 2 
2A conscientização de que as empresas devem participar ativamente na solução 
desses problemas; 
• 3 
3 
A atuação das Nações Unidas pelo estabelecimento dos ODS (Objetivos do 
Desenvolvimento Sustentável) e pela criação do Pacto Global. 
 
ASSISTA 
Para saber mais sobre capitalismo consciente, assista ao vídeo. 
 
Todas as tendências citadas apontam para a economia verde, que é 
uma prática econômica baseada no uso sustentável dos recursos 
naturais e na responsabilidade socioambiental. A implantação desse 
modelo econômico dependerá, além da adoção dos critérios citados 
anteriormente, do aumento das ofertas de emprego, do uso de energia 
limpa, do consumo consciente e da valorização da biodiversidade 
como principal meio para manutenção do meio ambiente e das 
questões sociais. Espera-se que a economia verde resulte na redução 
da desigualdade social, na preservação e na conservação do meio 
ambiente. 
 
Agora é a hora de sintetizar tudo 
o que aprendemos nessa 
unidade. Vamos lá?! 
SINTETIZANDO 
 
Nesta unidade, discutimos sobre a importância da atividade cooperada e da 
atuação intersetorial das organizações públicas e privadas, representadas pelos 
três setores (Estado, mercado e terceiro setor) e das políticas públicas na 
superação da atuação setorial e fragmentada. 
Entendemos sobre a importância da atuação das cooperativas na 
implementação das ações de responsabilidade socioambiental. Para essa 
implementação, a criação de grupos de trabalho auxilia na construção, na 
coordenação, na efetivação e no monitoramento das práticas de 
responsabilidade socioambiental ao possibilitarem a construção compartilhada 
de projetos de cooperação, articulação e promoção do desenvolvimento 
sustentável, que dão direção comum e estratégica às questões econômicas, 
sociais e ambientais. 
O terceiro setor está totalmente voltado às questões e à prática da 
responsabilidade socioambiental. As instituições do terceiro setor se articulam 
com o Estado e com o mercado, assumindo o papel de auxiliar, cobrar, 
fiscalizar e direcionar o trabalho pela melhoria da qualidade de vida da 
população, focando sua atuação nos locais mais carentes. O terceiro setor 
possui diversas frentes de atuação – como a cultura, a educação, o meio 
ambiente, a saúde, a assistência social e a infância – que visam a promoção da 
cidadania e das minorias. 
Quando articuladas, as políticas públicas ambientais, de educação e saúde, 
auxiliam no diálogo entre os diversos setores que compõem a estrutura 
socioambiental de um País, uma vez que eliminam as características 
centralizadoras e hierárquicas e dão voz à opinião de todos os agentes sociais. 
As articulações intersetoriais de educação e saúde promovem programas 
baseados em ações estratégicas, que resultam na viabilização de espaços 
ambientalmente saudáveis; no empoderamento e inclusão da população; no 
desenvolvimento de habilidades; no conhecimento e atitudes favoráveis à 
saúde; na percepção da importância do meio ambiente para obtenção de 
qualidade de vida; na redução da pobreza e da desigualdade social; e na 
promoção do desenvolvimento sustentável. 
O grande ponto de encontro dos movimentos socioambientais ocorre com a 
constituição de redes que têm importância estratégica. As redes representam a 
capacidade dos movimentos sociais e organizações da sociedade civil 
explicitarem sua riqueza intersubjetiva, organizacional e política e 
concretizarem a construção de intersubjetividades planetárias, buscando 
consensos, tratados e compromissos de atuação coletiva. 
A comunidade científica tem a responsabilidade de fornecer informações 
sobre a situação das questões ambientais, logo, deve ser articulada 
intersetorialmente. O trabalho que vem sendo desenvolvido durante várias 
décadas pela comunidade científica sobre as questões socioambientais – em 
conjunto com as políticas públicas e com as organizações governamentais e 
não governamentais – trouxe estes aspectos ao conhecimento da sociedade, 
conduzindo ao atual nível de conscientização das populações e governos. 
A educação ambiental visa o desenvolvimento e a conscientização pública 
para a preservação do meio ambiente. A educação ambiental não exclui o 
desenvolvimento, mas o realiza levando em consideração a capacidade de 
resiliência do planeta. 
Assim, concluímos que entre os principais desafios a serem vencidos está o 
tradicionalismo de ideias, o nível de desenvolvimento do País, a 
desinformação e a dificuldade de acesso às práticas de responsabilidade 
socioambiental. A tendência deve ser de crescer sustentavelmente, e assim, 
superar a profunda desigualdade social existente em nosso país e no mundo. 
Para isso, as organizações públicas e privadas deverão adotar tendências da 
atuação socioambiental como, por exemplo, os títulos verdes e o capitalismo 
consciente. 
 
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