Buscar

Patologia - Distúrbios do crescimento e da diferenciação celular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Classificação das células quanto ao grau de diferenciação
PATOLOGIA
AGRESSÃO E DEFESA DO ORGANISMO: PROCESSOS PATOLÓGICOS GERAIS
@kelly.c.cabral
- Dessa forma, quanto maior a sua diferenciação morfofuncional, menor a sua capacidade mitótica. --> Os trofoblastos são
células pluripotentes, enquanto os neurônios, células epiteliais, células do tecido ósseo e as fibras musculares estriadas
são células muito mais especializadas e, consequentemente, com menor capacidade mitótica, porque no processo de
diferenciação, perde sua capacidade de multiplicação.
DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DA DIFERENCIAÇÃO CELULAR
A agressão gera uma defesa, que pode prosseguir para uma
adaptação ou lesão. --> O processo adaptativo quanto à lesão são
reações do organismo frente ao agressor, com objetivo de promover
cura ou adaptação à nova situação que se apresentou ao indivíduo. 
--> O objetivo principal do organismo, portanto, é de fazer a
manutenção da homeostase (saúde, equilíbrio).
CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR
• O crescimento celular tem função de promover a formação e
manutenção do conjunto de células que formam os indivíduos;
• O ciclo celular se divide em intérfase (G1, S e G2) e mitose (M).
• Dependendo do tipo de célula, ela pode perder a sua capacidade
mitótica (tendo a ver com a sua diferenciação celular) ou pode ir para
fase G1 e depois G0, ficando latente, e voltando à G1 após algum estímulo.
• Células totipotentes são as células embrionárias que podem gerar
qualquer tipo de celular.
• Das totipotentes podem surgir as células pluripotentes, que perdem
um pouco da capacidade de se transformar em qualquer tecido. Elas só
podem se diferenciar em células de um mesmo folheto embrionário
(mesoderma, endoderma e ectoderma). 
• As células multipotentes geram células de uma mesma origem
histogenética (tecido mesenquimal ou epitelial).
• As células unipotentes geram células do mesmo tecido ou órgão.
• 1º grupo de células.
• Estão em processo contínuo e constitutivo de mitose, se encontrando no ciclo celular. 
• Quem promove essa taxa de renovação são as células-tronco (camada germinativa).
• Na mitose de uma célula lábel, uma célula volta para a camada de germinação e uma segue para o processo de
diferenciação (como nas células epiteliais da pele e hemácias).
Células lábeis
• 2º grupo de células. 
• Conservaram sua capacidade mitótica, mas permanecem em repouso (G0), como os hepatócitos e fibras musculares lisas.
Células estáveis ou quiescentes
• 3º grupo de células. 
• Especializam-se tanto morfo e funcionalmente que perdem sua capacidade de se dividir, saindo do ciclo celular
(neurônios e fibras musculares estriadas).
Células permanentes ou perenes
Vias de sinalização
Desordens adquiridas ou adaptações
Alterações ou anomalias congênitas
• O estímulo que leva a esse crescimento são as vias de sinalização, que levam à ativação de receptores na superfície
celular, promovendo uma cascata de sinalização. 
• Essa cascata vai até o núcleo, devido à sinalização parácrina, hormonal, neural ou célula-célula. 
• No núcleo, irá ocorrer uma alteração de genes da diferenciação celular. 
• Geralmente, além da produção de fatores de transcrição, os fatores de crescimento que promovem o crescimento
celular são o complexo CDK-ciclina, transcritas na fase G1 da intérfase. 
• Os genes de manutenção celular de modo geral não são alterados.
ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO, CRESCIMENTO E DA DIFERENCIAÇÃO CELULAR
• São as alterações funcionais ou estruturais do desenvolvimento
fetal, ocorrendo antes do nascimento, durante o parto ou se
manifestar logo após o parto. 
• Possuem causas genéticas ou fatores externos (infecciosos,
químicos ou físicos).
• Ausência de iniciação do desenvolvimento. 
• Macro: ausência total do órgão ou de parte dele. 
• É incompatível com a vida (letal) se a estrutura for
única e essencial à vida, como o coração ou o cérebro.
--> Ex: anencefalia, acrania, agnatia, mononefrose,
ciclopia e amelia (ausência dos membros)
AGENESIA
• Ausência de formação. 
• O rudimento do órgão existe, porém ele não se
desenvolve, tendo o desenvolvimento interrompido
precocemente. 
• É letal também quando o órgão afetado é único e
essencial. --> EX: microcefalia.
APLASIA
• Deficiência na formação. 
• Macro: órgão menor e com função reduzida. 
• Existe o órgão desenvolvido, porém não é completo.
Iniciou-se o desenvolvimento, porém não o completou. 
• Fisiologicamente representa menor gravidade que a
agenesia e aplasia. --> EX: micrognatia, hipoplasia renal,
cerebelar, testicular e ovariana
HIPOPLASIA
• Ausência de perfuração/abertura. 
• Macro: estrutura se forma, porém não apresenta luz. 
• Só ocorre em órgãos tubulares ou em orifícios
naturais. --> EX: atresia anal, esofágica e aqueduto de
Sylvius (sem drenagem do líquido cefalorraquidiano
gerando hidrocefalia interna)
ATRESIA
• Estreitamento de um orifício natural ou órgão tubular. 
• É uma forma mais leve da atresia. 
--> EX: constrição retal
ESTENOSE CONGÊNITA OU CONSTRIÇÃO
• Comunicações anômalas entre uma estrutura e o
exterior ou entre diversas estruturas ocas entre si. 
--> EX: fístula reto-vesical, reto-vaginal, traqueoesofágica
FÍSTULAS
Pode ser de ordem fisiológica ou patológica. --> As de ordem fisiológica acontecem em determinadas situações que o
indivíduo precisará apresentar para desempenham determinada função.
• Aumento do número de células.
• Pode ser fisiológica (de natureza hormonal ou compensadora/compensatória) ou patológica.
HIPERPLASIA
HIPERPLASIA FISIOLÓGICA HORMONAL 
• Aumenta a capacidade funcional de um tecido quando necessário. 
• O hormônio pode atuar como fator de crescimento e levar à transcrição de vários genes. 
• Isso ocorre porque o indivíduo pode precisar estimular mais esse órgão. 
--> Ex: Mulher durante a gestação: precisa que as mamas cresçam e produzam leite, e precisa que o útero cresça para
abrigar o feto.
HIPERPLASIA FISIOLÓGICA COMPENSADORA/ COMPENSATÓRIA 
• Ocorre após dano ou ressecção parcial de órgão. 
• A fonte dos fatores de crescimento e/ou agente estimulador não está bem definida. 
• Pode ocorrer a partir de células remanescentes ou de células-tronco para repor o tecido que foi perdido. 
--> Ex: O fígado em processo de regeneração, rim contralateral em casos de agenesia, aplasia e hipoplasia (nesse caso,
mesmo que o estímulo fosse patológico, pela falta do outro rim, o processo de hiperplasia foi fisiológico).
HIPERPLASIA PATOLÓGICA
• Ocorre a estimulação excessiva de células-alvo por hormônios ou por fatores de crescimento. 
• Por estímulo hormonal:
✓ Hiperplasia de endométrio por estrogênio: pacientes com tumores de células da granulosa aumentam a produção
de estrogênio, que gera hiperplasia de endométrio. 
✓ Hiperplasia nodular da tireoide por TSH: há um aumento de liberação de TSH, estimulando patologicamente a
tireoide.
• Por fatores de crescimento:
✓ Hiperplasia inflamatória (cicatrização/colágeno e fibroblastos): a inflamação é um processo de defesa para limpar o
tecido e fazer o seu reparo (principalmente nas 2 primeiras fases no processo inflamatório). 
✓ Hiperplasia epitelial: liberação de fatores pelo vírus do HPV, gerando hiperplasias, como os condilomas ou verrugas.
• Aumento do tamanho das células, com consequente aumento do tamanho do órgão. 
• Há uma síntese maior de componentes estruturais das células.
• É um processo reversível.
• Necessitam das mesmas condições da hiperplasia (aumento da demanda funcional, suprimento sanguíneo, entre outros). 
• Frequentemente está associada à hiperplasia. 
• Tecidos formados por células permanentes (não tem capacidade mitótica devido ao seu grau de diferenciação) somente
irão sofrer hipertrofia ( EXEMPLO: o músculo estriado esquelético e o cardíaco nunca sofrerão hiperplasia). --> Os demais
compostos por células lábeis e estáveis sofrem hiperplasia e hipertrofia em graus variáveis. 
• Pode ser fisiológica ou patológica.
HIPERTROFIA
HIPERTROFIA FISIOLÓGICA
• Musculatura uterina na gravidez.
• Mamas durante a puberdade e a lactação.
HIPERTROFIAPATOLÓGICA 
• Hipertrofia do miocárdio. 
• Hipertrofia da musculatura de órgãos ocos a montante (anterior) de
uma obstrução ou estenose.
• Diminuição do tamanho da célula por redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares (atrofia
qualitativa). 
• Se muitas células sofrerem atrofia, a partir de um estímulo crônico ou muito severo, haverá diminuição do volume do
órgão (atrofia quantitativa ou numérica).
• É reversível a não ser que células permanentes tenham sido afetadas (por exemplo, nos casos de paralisia dos membros,
paraplegia ou tetraplegia). 
• As causas de atrofia podem ser: 
ATROFIA
✓ Desuso (atrofia muscular em membro imobilizado. --> O membro contralateral sofre hipertrofia para compensar o
membro atrofiado). 
✓ Redução gradual do suprimento sanguíneo (aterosclerose → diminuição da luz da artéria). 
✓ Inanição (desnutrição). 
✓ Desnervação (poliomielite ou trama). 
✓ Hormonal (diminuição de estrógenos → atrofia do endométrio).
✓ Inflamação crônica (gastrite crônica → deposição exagerada de tecido conjuntivo).
✓ Compressão prolongada (garrote, leiomioma uterino).
✓ Regressão da embriogênese (é fisiológica [atrofia da cauda do girino]).
✓ Atrofia na senilidade (é fisiológica).
• Alteração de ordem genética e fenotípica daquele tipo de células, ou seja, uma alteração da diferenciação celular. 
• Dessa forma, elas passam a ter uma alteração morfofuncional.
METAPLASIA
• Pode ser definida como a substituição de um tipo celular adulto por outro tipo celular adulto (mas da mesma origem
histogenética). Por exemplo, a célula cúbica epitelial com estímulo para metaplasia pode virar uma célula colunar epitelial
ciliada. 
• Ocorre da readaptação das células tronco teciduais e é reversível. 
• Um estímulo comum para metaplasia seria uma situação de cronicidade, onde o tecido constantemente está exposto a
agressores e a célula se transforma em um fenótipo mais resistente.
• Alteração da proliferação celular e da diferenciação celular (pela alteração da expressão de genes), acompanhadas de
redução ou perda de diferenciação das células afetadas. 
• É um processo mais complexo. 
• EX: Displasias epiteliais, em que ocorrem aumento da proliferação celular e redução na maturação das células, que
podem apresentar algumas atipias celulares e arquiteturais. 
• Muitas vezes estão associadas a metaplasias. 
• As mais importantes são displasias de mucosa (colo uterino, brônquios, gástrica etc.) pois muitas vezes precedem os
cânceres nesses locais, por isso algumas podem ser chamadas de lesões précancerosas. 
• Nem sempre uma displasia progride para câncer, já que pode estacionar ou até regredir. 
• Existe a tendência de abandonar-se o termo displasia. 
• Também pode ser empregada para indicar outros processos patológicos cuja patogênese é variada e pouco conhecida.
DISPLASIA
• Atipia acentuada e perda completa das características morfológicas de uma célula. 
• Quanto mais difusa, extensa e intensa, pior o prognóstico. 
• O grau de anaplasia correlaciona-se com a resposta do tumor à terapia (aparecimento de resistência à quimioterapia) e
com mutações na proteína p53.
ANAPLASIA

Continue navegando