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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
FACULDADE DE VETERINÁRIA - FAVET
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA II
PROFESSOR: GENÁRIO SANTIAGO
SEMESTRE: 2021.1
SUEANE FILIPE AGUIAR – 1572351
RESENHA
	Gliconeogênese
FORTALEZA – CEARÁ
2021
Na videoaula ministrada pelo professor Sergio Araújo sobre Gliconeogênese com duração de 23 minutos e 50 segundos, é explicada a síntese da glicose a partir de componentes não glicídicos e como se dá a manutenção da glicemia mesmo após a utilização dos estoques de glicogênio. 
Todos os tecidos, do cérebro ao córtex renal, utilizam a glicose como fonte primaria de energia. Alguns podem ate utilizar outros compostos como fonte de energia, como ácidos graxos e corpos cetonicos, mas a maioria utiliza somente glicose, como hemácias e medula renal. Portanto, fica evidente a importância de uma via exclusiva para síntese de glicose. 
A gliconeogênese é uma via anabólica executada pelo tecido hepático, excepcionalmente pelo córtex renal, responsável pela síntese de glicose a partir de fontes não glicídicas, como aminoácidos, lactato e glicerol. Após produzida pela gliconeogênese, a glicose pode ser armazenada na forma de glicogênio se tiver em excesso, pode ser oxidada ate piruvato e posteriormente até CO2 se for uma oxidação aeróbica, pode entrar na via das pentoses para a síntese da ribose-5-fosfato ou pode gerar polissacarídeos da matriz extracelular. As fontes de glicose são alimentação, por meio de alimentos ricos em carboidratos e por meio deles o organismo gerara por digestão ou por transformação a glicose, a glicogenólise, com a divisão do glicogênio e liberação das moléculas de glicose, e a gliconeogênese, com a transformação de aminoácidos oriundos da degradação endógena, ou transformação do lactato muscular ou células sem mitocôndrias produtoras de lactato, ou do glicerol originado da hidrolise dos triglicerídeos. O lactato produz piruvato, o piruvato entra no ciclo de Krebs e serve na síntese da glicose. Os aminoácidos glicogênios entram no ciclo de Krebs e servem para a síntese da glicose. O triglicerídeo, após quebrado e hidrolisado, libera glicerol, que não serve para a síntese da glicose. A gliconeogênese ocorre em animais, plantas, fungos e microorganismos. Quando houver baixa concentração de glicose no organismo é necessário que haja produção de glicose, especialmente em situações como entre refeições pois quando a glicose foi utilizada pelos tecidos a glicemia diminui, jejuns prolongados, quando todos os estoques de glicogênio foram utilizados, e em exercício vigoroso, os músculos utilizam muito a glicose ao realizar trabalho mecânico. 
A gliconeogênese ocorre principalmente no tecido hepático, o tecido do córtex renal também pode ajudar e pode secundariamente também ser produzida no intestino delgado. Na célula, a gliconeogênese ocorre no citosol por meio de uma reação de síntese. A gliconeogênese compartilha muitas enzimas da glicólise, são reações reversíveis. Por conta desse compartilhamento de enzimas é importante que essas reações ocorram no mesmo espaço, que é o citosol. Vários passos da gliconeogênese são compartilhados com a via glicolítica, todas reações reversíveis, como a transformação da glicose-6- fosfato em frutose-6-fosfato, e a frutose 1,6-bifosfato é quebrada em gliceraldeído-3-fosfato e dihidroxiacetonafosfato, gliceraldeído para 1,3-bifosfoglicerato, bifosfoglicerato para 3-fosfoglicerato, 3-fosfoglicerato para 2-fosfoglicerato, fosfoglicerato para fosfoenolpiruvato. Alguns passos são irreversíveis, 3 reações, e por isso possuem enzimas diferentes. A primeira é a transformação da glicose em glicose-6-fosfato. Na via glicolítica, quem faz essa reação é a hexoquinase, e na via gliconeogênica é a glicose 6-fosfatase. A segunda reação irreversível é a transformação da frutose-6-fosfato em frutose-1,6-fosfato. Na via glicolítica, a enzima é a fosfofrutoquinase I, e na via gliconeogênica é a frutose 1,6-bifosfatase. A terceira reação é a transformação de fosfoenolpiruvato me piruvato. Na glicólise, a enzima é a piruvato quinase, e na gliconeogênese, a primeira é a piruvato carboxilase e a segunda é a fosfoenolpiruvato (PEP) carboxiniquinase. As enzimas na gliconeogênese diferentes da glicólise são enzimas regulatórias da gliconeogênese. As reações são irreversíveis não porque são inversas às reações da via glicolítica, mas porque as variações de energia da via glicolítica são exotérmicas. Para transformar o mesmo produto em substrato novamente, seria necessário grande absorção de energia, o que seria impossível acontecer em níveis celulares. A célula prefere fazer caminhos alternativos. O primeiro caminho alternativo ocorre quando o piruvato se transforma em fosfoenolpiruvato. O piruvato, produzido pela via glicolítica, entra pela mitocôndria, é transformado inicialmente me oxalacetato. O piruvato poderia seguir a via glicolítica e ser carboxilado para produzir acetilCoA. Pela via glicogênica, o piruvato vai ser carboxilado para se transformar em oxalacetato. O bicarbonato colabora para essa reação. Quem faz essa reação é a piruvato carboxilase. Há o gasto de 1 ATP e também há participação de biotina. O oxalacetato sai da mitocôndria e é descarboxilado a fosfoenolpiruvato, através da PEP carboxiquinase. No processo de carboxilação do piruvato, uma molécula importante é a biotina que se encontra na piruvato carboxilase. O grupamento carbonato se liga na biotina, posteriormente a biotina doa o grupamento carboxila para o piruvato para que ele se transforme em oxalacetato. Dependendo do precursor do glicogênio, se é o piruvato ou o lactato, haverá diferenças na via. Se for o piruvato, o piruvato entra na mitocôndria, é carboxilado pela piruvato carboxilase em oxaloacetato, o oxaloacetato não consegue sair da mitocôndria, o oxaloacetato é reduzido pelo NADH a malato, o malato tem transportador da membrana mitoncondrial e consegue atravessar a membrana, vai ate o citosol, no citosol ele vai ser oxidado novamente pelo NAD a oxaloacetato e posteriormente ele será descarboxilado a fosfoenolpiruvato pela PEP carboxilase citosólica dando origem ao fosfoenolpiruvato. Se o precursor for o lactato, ele vai produzir um NADH no citosol pela lactato desidrogenase fazendo com que o lactato de orugem ao piruvato. O piruvato entra na mitocôndria, o piruvato vai ser carboxilado a oxaloacetato, dentro da mitocôndria ele vai ser descarboxilado pela PEP carboxiquinase mitocondrial dando origem ao fosfoenolpiruvato, este possui um transportador de membrana mitoncondrial, e assim é levado ao citosol. A gliconeogênese tem suas reações iniciadas dentro da mitocôndria, mas finaliza no citosol. Uma importante molécula para a gliconeogênese é o oxaloacetato, que pode sair da matriz mitocondrial através de sua transformação em malato, o qual é um transportador de oxaloacetato, mas o oxaloacetato também pode seguir uma rota alternativa, transformando-se em aspartato através de uma reação de transaminação. O aspartato também tem um transportador que o leva para o citosol, onde volta a ser oxaloacetato. O oxaloacetato é produzido no citosol via transporte de malato ou via transporte de aspartato, se o precursor gliconeogênico for o piruvato. Se for o lactato, há a produção de fosfoenolpiruvato na matriz mitocondrial, o fosfoenolpiruvato é transportado para o citosol, onde segue as reações da gliconeogênese. O oxaloacetato no citosol sofre reação para ser transformado em fosfoenolpiruvato. Essa reação se da em duas etapas, a primeira é a descarboxilação, que da origem a um intermediário e posteriormente a sua fosforilação, sendo necessário um GDP ou um GTP. Na transformação de piruvato para fosfoenolpiruvato foram gastas duas moléculas de energia. Para cada molécula de glicose são gastas duas moléculas de piruvato, foram dois ATPs, para converter piruvato em oxaloacetato, e dois GTPs, para transformar oxaloacetatos em fosfoenolpiruvatos. A segunda reação é a transformação da frutose-1,6-bifosfato em frutose-6-fosfato. Na via glicolítica,isso ocorre por meio da fosfofrutoquinase, que fosforila a frutose-6-fosfato dando origem a frutose-1,6-bifosfato, com gasto de 1 ATP. Como esse ATP não pode ser restaurado, a enzima frutose-1,6-bisfosfatase quebra a ligação fosfato liberando o fosfato do carbono 1 dando origem a frutose-6-fosfato e fosfato livre. A ultima reação da gliconeogênese é a transformação de glicose-6-fosfato em glicose livre. A mesma reação inversa na via glicolítica é a transformação de glicose em glicose-6-fosfato com gasto de 1 ATP. Como não é possível a restauração desse ATP, a ligação é quebrada para que haja liberação do fosfato. A glicose-6-fosfato não pode atravessar a membrana através dos transportadores GLUT, mas a glicose livre sim. A liberação do fosfato faz com que a glicose possa ser liberada na corrente sanguínea.

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