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Direito Administrativo (Cap. 1 a 16) - Improbidade Administrativa

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22 
 
 
 
 QUADRO SINÓTICO 
IMPROBIDADE ADMINISRRATIVA 
Os agentes públicos podem praticar, no exercício das funções, condutas que ensejam à aplicação 
de sanções em diversas esferas. Além das repercussões civil, penal e administrativa, é possível a 
responsabilização do agente público em decorrência da aplicação da Lei de Improbidade 
Administrativa (LIA) – Lei n. 8.429/92. 
O dever de punição dos atos de improbidade administrativa tem fundamento constitucional no 
art. 37, § 4º, da CRFB/88 sendo uma imposição do princípio da moralidade, probidade e, também, 
da legalidade. 
O STJ vem sustentando que a LIA não deve ser aplicada para punir meras irregularidades 
administrativas, erros toleráveis ou transgressões disciplinares (Resp 1.245.622). 
A Lei de Improbidade Administrativa tem natureza jurídica de lei nacional, e aplica-se em todo 
âmbito federativo. 
SUJEITO ATIVO 
É qualquer agente público, servidor ou não, que atua contra a administração direta, indireta ou 
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, 
de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação 
ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da receita 
anual. Se concorrer com menos de 50% do patrimônio ou da receita anual, a sanção limita-
se à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 
O conceito de agente público, para efeitos de penalização da LIA, foi legalmente previsto como 
sendo todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
 
 
23 
 
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, 
cargo, emprego ou função. 
Sujeito ativo também é àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para 
a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 
Podem ser punidos também pela Lei de Improbidade os sucessores de quem praticou a conduta. 
até o limite do valor da herança. 
RESPONSABILIZAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS 
STF 
A Lei de Improbidade não se aplica aos agentes políticos quando a 
mesma conduta já for punida pela Lei dos Crimes de Responsabilidade – 
Lei nº 1.079/50. 
Para que a LIA seja afastada deve haver, de forma simultânea, dois 
requisitos: (i) o agente político deve estar expressamente incluído entre 
os puníveis pela Lei n. 1.079/50; e (ii) a conduta precisa estar tipificada na 
Lei n. 1.079/50 e na Lei n. 8.429/92. 
STJ 
Os agentes políticos estão submetidos integralmente à LIA, com exceção 
do Presidente da República. 
SUJEITO PASSIVO 
Administração pública direta; 
Administração pública indireta; 
Empresas incorporadas ao patrimônio público ou de entidade cuja criação ou custeio o erário 
haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual: com essa 
referência, o legislador quis reforçar a inclusão, no rol dos sujeitos passivos dos atos de 
improbidade, das chamadas empresas governamentais, ou seja, empresas públicas e sociedades 
de economia mista; 
 
Entidades que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, provenientes de 
órgãos públicos: as pessoas jurídicas privadas, não pertencentes ao Estado, também podem 
 
 
24 
 
figurar como sujeito passivo de ato de improbidade administrativa desde que recebam algum 
tipo de vantagem concedida pelo Poder Público, tais como: subvenções, benefícios, incentivos 
fiscais ou incentivos creditícios; 
Entidades cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 50% do 
patrimônio ou da receita anual: o ato de improbidade também pode ser praticado contra as 
denominadas empresas privadas com participação estatal, isto é, aquelas em que o Estado 
detenha percentual minoritário na composição do capital votante. 
ESPÉCIES DE ATOS DE IMPROBIDADE 
AATOS QUE 
IMPORTAM 
ENRIQUECIMENTO 
ILÍCITO 
São consideradas as condutas mais graves 
O agente público aufere dolosamente uma vantagem patrimonial 
indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou 
atividade pública. 
SANÇÕES: 
Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio 
Ressarcimento integral do dano, quando houver 
Perda da função pública 
Suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos 
Pagamento de multa civil de até três vezes o valor do 
acréscimo patrimonial 
Proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 
dez anos. 
São os casos em que o agente público causa lesão ao erário por meio de 
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, 
 
 
25 
 
ATOS QUE 
CAUSAM PREJUÍZO 
AO ERÁRIO 
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres 
das entidades públicas mencionadas na Lei. 
Envolvem condutas de gravidade intermediária. 
Segundo o Superior Tribunal de justiça, para a caracterização desse tipo 
de ato de improbidade, exige-se a comprovação efetiva de dano. 
SANÇÕES 
Ressarcimento integral do dano 
Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, se concorrer esta circunstância 
Perda da função pública; 
Suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos; 
Pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do 
dano; 
Proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 
cinco anos. 
ATOS QUE 
ATENTAM CONTRA 
PRINCÍPIOS 
Os atos de improbidade que atenta contra princípios administrativos - 
descritos no art. 11 da LIA - envolvem as condutas de menor gravidade. 
Para configuração de tal espécie de atos, exige-se a atuação dolosa do 
sujeito ativo. 
SANÇÕES 
Ressarcimento integral do dano, se houver 
Perda da função pública 
Suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos 
Pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da 
remuneração percebida pelo agente 
 
 
26 
 
Proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 
três anos. 
ATOS 
DECORRENTES DE 
CONCESSÃO OU 
APLICAÇÃO 
INDEVIDA DE 
BENEFÍCIO 
FINANCEIRO OU 
TRIBUTÁRIO 
Tipifica qualquer ação ou omissão visando conceder, aplicar ou manter 
benefício financeiro ou tributário que reduza a alíquota do Imposto sobre 
Serviços (ISS) para patamar inferior a 2% (dois por cento), nos termos do 
art. 8º-A da Lei Complementar n. 157/2016, inclusive sobre o serviço 
proveniente ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País. 
Admite apenas a modalidade dolosa. 
 
SANÇÕES 
Perda da função pública 
Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos 
Multa civil de até 3 vezes o valor do benefício 
financeiro ou tributário concedido 
INDEPENDÊNCIA DAS INSTÂNCIAS 
Como regra, o resultado em um processo não interfere nos demais em razão da independência 
das instâncias. 
Porém, que a absolvição criminal por negativa de autoria ou por insistência do fato são as únicas 
capazes de interferir nas outras esferas. 
DECLARAÇÃO DE BENS 
Visando prestigiar a moralidade, a lei determina que a posse e o exercício de agente público 
ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores de seu patrimônio 
privado. 
O agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, 
ou que a prestar falsa será punido com pena de demissão sem prejuízo de outras sanções 
cabíveis. 
 
 
27 
 
A declaração de bens será atualizada anualmente e também na data em que o agente público 
deixar o exercício do mandato, cargo,emprego ou função. 
MEDIDAS CAUTELARES 
Qualquer pessoa que tenha ciência da prática de ato de improbidade pode representar à 
autoridade administrativa competente para que realize as investigações pertinentes e apure o 
ocorrido. Tal representação deverá ser feita por escrito ou, se oral, reduzida a termo e assinada, 
devendo obrigatoriamente conter a qualificação do representante, as informações sobre o fato e 
sua autoria e a indicação de provas. 
Em havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério 
Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do 
sequestro dos bens do sujeito ativo que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao 
patrimônio público. 
O Ministério Público e a pessoa jurídica 
prejudicada pela improbidade poderão, 
quando for o caso, formular pedido de 
medida cautelar preparatória ou incidental 
para decretar: 
Indisponibilidade dos bens do indiciado; 
Sequestro, investigação, exame ou bloqueio 
de bens; 
Bloqueio de contas bancárias e aplicações 
financeiras mantidas pelo indiciado no 
exterior; 
Afastamento cautelar do agente público 
pelo prazo máximo de 180 dias. 
PROCESSO JUDICIAL 
A ação de improbidade administrativa deve ser proposta na primeira instância e sua tramitação 
segue o rito ordinário, aplicando-se subsidiariamente as regras da Lei de Ação Civil Pública - 
Lei nº 7.347/85. Não, via de regra, foro determinado por prerrogativa de função. 
A legitimidade ativa para propositura da ação é do Ministério Público e da pessoa jurídica 
prejudicada. Porém, nada impede que a ação seja proposta somente pelo Ministério Público. A 
ausência no feito da pessoa jurídica de direito público cujo ato seja objeto de impugnação não 
gera, por si, vício processual. 
 
 
28 
 
Quando não for autor, o Ministério Público obrigatoriamente atuará como fiscal da lei, sob 
pena de nulidade do processo. 
Estando a inicial em termos, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para 
oferecer manifestação por escrito, a chamada defesa prévia, que poderá ser instruída com 
documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias. 
Recebida a defesa prévia, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a 
ação se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da 
inadequação da via eleita. Se resolver pelo prosseguimento da ação, realizará a citação do réu 
para contestar o feito. 
APLICAÇÃO DAS PENALIDADES 
A condenação pela prática de ato de improbidade administrativa e a aplicação das sanções 
correspondentes somente serão legítimas se houver estrita observância do rito específico previsto 
na Lei n. 8.429/92. 
PRESCRIÇÃO 
Até cinco anos após o término do exercício de 
mandato, de cargo em comissão ou de função 
de confiança. Havendo reeleição, o prazo se 
inicia a partir do encerramento do último 
mandato. 
Se o agente público exercer cumulativamente 
cargo efetivo e cargo comissionado, ao 
tempo do ato reputado ímprobo, há de 
prevalecer o primeiro, para fins de contagem 
prescricional. 
Dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com 
demissão, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. Em regra, tal prazo também é de 
5 anos. Nesse caso, o prazo corre a partir da data em que foi praticado o ato de improbidade. 
Quando um particular pratica ato de improbidade administrativa, se lhe aplicam os prazos 
prescricionais incidentes aos demais demandados ocupantes de cargos públicos. 
Em relação a pena de ressarcimento a ação de improbidade administrativa é imprescritível. 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
Questão 1 
( CESPE - 2020 - TJ-PA - Oficial de Justiça - Avaliador) Em uma ação de improbidade 
administrativa ajuizada pelo Ministério Público, foi proferida sentença de procedência dos 
pedidos, com aplicação da sanção de perda da função pública ao réu, que é servidor público. 
A respeito dessa situação hipotética, é correto afirmar que a imposição da referida sanção 
A) depende da comprovação de dano financeiro ao patrimônio público, sendo imprescindível, 
para aplicação da pena, aguardar o trânsito em julgado da sentença. 
B) depende da comprovação de efetivo dano financeiro ao patrimônio público, podendo a pena, 
por ter natureza política, ser efetivada antes do trânsito em julgado da sentença. 
C) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, sendo 
imprescindível, para a efetivação da pena, aguardar o trânsito em julgado da sentença. 
D) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, podendo a pena, 
por ter natureza administrativa, ser efetivada antes do trânsito em julgado da sentença. 
E) independe de ter sido comprovado dano financeiro ao patrimônio público, mas a pena, por 
ter natureza penal, só poderá ser efetivada após o trânsito em julgado da sentença. 
Comentário: 
 
 
30 
 
A condenação pela prática de ato de improbidade administrativa e a aplicação das 
sanções correspondentes somente serão legítimas se houver estrita observância do rito 
específico previsto na Lei n. 8.429/92. 
Ademais, deve-se ter em mente que a efetivação da suspensão dos direitos políticos 
e a perda do cargo somente ocorre com o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 
Questão 2 
(CESPE - 2020 - TJ-PA - Analista Judiciário - Área Administração) Acerca de improbidade 
administrativa, assinale a opção correta. 
A) A administração pública não pode demitir com base em ato de improbidade administrativo, 
salvo se o requerido já houver sido condenado judicialmente por ato de improbidade. 
B) Não é viável a condenação por ato de improbidade administrativa com base exclusivamente 
em culpa, mas tão somente em dolo. 
C) Ainda que determinado ato ímprobo tenha ocorrido no primeiro mandato, a prescrição contra 
agente político reeleito inicia-se somente com o fim do segundo mandato. 
D) Terceiro que não seja agente público, mas que concorra para a prática de ato de improbidade, 
responde somente civil e penalmente, não podendo ser réu em ação de improbidade 
administrativa. 
E) A perda da função pública, tal como a suspensão dos direitos políticos, opera-se a partir da 
condenação judicial em segunda instância. 
Comentário: 
O art. 23 da Lei n. 8.429/92 determina que as ações destinadas a levar a efeito as sanções 
decorrentes de improbidade administrativa poderão ser propostas: 
 
 
31 
 
Até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou 
de função de confiança. Havendo reeleição, o prazo se inicia a partir do encerramento do último 
mandato. 
 
Questão 3 
( FCC - 2019 - DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria - Assistente Técnico 
Administrativo) Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na 
legislação específica e de outras previstas na própria Lei nº 8.429/1992, o responsável pelo ato 
de improbidade que atenta contra os princípios da administração pública está sujeito 
A) à perda dos direitos civis e políticos por até 12 anos. 
B) ao pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente. 
C) à perda do cargo e à declaração de incapacidade permanente para investidura em função 
pública. 
D) à suspensão da licença para exercício de profissão relacionada à prática do ato de 
improbidade. 
E) à censura pública em publicação oficial ou privada de grande circulação. 
Comentário: 
Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação 
específica, está o responsável pelo ato de improbidade que atenta contra os princípios da 
administração pública sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato (art. 12, III, da LIA): 
 
a) ressarcimento integral do dano, se houver; 
 
 
32 
 
b) perdada função pública; 
c) suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos; 
d) pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida 
pelo agente; e 
e) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. 
 
Questão 4 
(IF-BA - 2019 - IF Baiano - Assistente Em Administração) No que tange à Lei de Improbidade 
Administrativa, assinale a afirmativa incorreta. 
A) Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento 
ilícito, caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério 
Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. 
B) Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério 
Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do 
sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano 
ao patrimônio público. 
C) A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração 
dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço 
de pessoal competente, sendo punido com advertência o agente público que se recusar a prestar 
declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. 
D) Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração 
pública, dentre outros, frustrar a licitude de concurso público. 
 
 
33 
 
E) No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens 
ou valores acrescidos ao seu patrimônio. 
Comentário: 
A declaração deverá indicar imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e 
qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, 
quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos 
filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos 
apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. 
É certo que este dispositivo legal visa a permitir uma efetiva fiscalização sobre a 
evolução patrimonial do agente público, especialmente para evitar a prática de atos ímprobos 
que importem em enriquecimento ilícito do agente. 
O agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo 
determinado, ou que a prestar falsa será punido com pena de demissão sem prejuízo de outras 
sanções cabíveis. 
 
Questão 5 
(MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça - Reaplicação) Acerca da Lei de Improbidade 
Administrativa (Lei n. 8.429/92) e do atual entendimento do STJ (Superior Tribunal de Justiça) a 
respeito do tema, assinale a alternativa incorreta: 
A) O termo inicial da prescrição em improbidade administrativa em relação a particulares que 
se beneficiam de ato Ímprobo é idêntico ao do agente público que praticou a ilicitude. 
B) É possível a decretação da indisponibilidade de bens do promovido em ação de 
responsabilidade por ato de improbidade administrativa, quando ausente (ou não demonstrada) 
a prática de atos (ou a sua tentativa) que induzam a conclusão de risco de alienação, oneração 
 
 
34 
 
ou dilapidação patrimonial de bens do acionado, dificultando ou impossibilitando o eventual 
ressarcimento futuro. 
C) O Ministério Público Federal È quem possui legitimidade recursal para atuar como parte nas 
ações de improbidade administrativa que tramitam no ‚âmbito do Superior Tribunal de Justiça, 
reservando-se ao Ministério Público Estadual a atuação nas instâncias ordinárias como parte ou 
fiscal da lei. 
D) Nas ações de improbidade administrativa é admissível a utilização da prova emprestada, 
colhida na persecução penal, desde que assegurado o contraditório e a ampla defesa. 
Comentário: 
O Ministério Público estadual possui legitimidade recursal para atuar como parte no 
Superior Tribunal de Justiça nas ações de improbidade administrativa, reservando-se ao 
Ministério Público Federal a atuação como fiscal da lei (AgRg no AREsp 1323236/RN). 
 
 
Questão 6 
(Quadrix - 2019 - Prefeitura de Jataí - GO - Analista Administrativo) De acordo com a Lei 
n.º 8.429/1992, os atos de improbidade administrativa que importam em enriquecimento ilícito 
poderão ser punidos, isolada ou cumulativamente, com as seguintes cominações: 
A) ressarcimento integral do dano, se houver; perda da função pública; suspensão dos direitos 
políticos de três a cinco anos; pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da 
remuneração percebida pelo agente; e proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. 
 
 
35 
 
B) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio; ressarcimento integral do 
dano, quando houver; perda da função pública; suspensão dos direitos políticos de oito a dez 
anos; pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial; e proibição 
de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio 
majoritário, pelo prazo de dez anos. 
C) perda da função pública; suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos; e multa civil 
de até três vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. 
D) ressarcimento integral do dano; perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, se concorrer esta circunstância; perda da função pública; suspensão dos direitos 
políticos de cinco a oito anos; pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano; e 
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja 
sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos. 
E) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio; ressarcimento integral do 
dano, quando houver; perda da função pública; suspensão dos direitos políticos de oito a dez 
anos; pagamento de multa civil de até cinco vezes o valor do acréscimo patrimonial; e 
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja 
sócio majoritário, pelo prazo de dez anos. 
Comentário: 
O sujeito ativo do ato de improbidade que importa enriquecimento ilícito está sujeito 
às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com 
a gravidade do fato (art. 12, I, da LIA): 
a) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio; 
 
 
36 
 
b) ressarcimento integral do dano, quando houver; 
c) perda da função pública; 
d) suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos; 
e) pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial; e 
f) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos. 
 
Questão 7 
(Quadrix - 2019 - CRA-PA - Técnico em Administração) No que se refere à improbidade 
administrativa, julgue o item. 
O sucessor poderá ser atingido pelas sanções pecuniárias por ato de improbidade administrativa 
até o limite da herança. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
Podem ser punidos também pela Lei de Improbidade os sucessores de quem praticou 
a conduta. É que o artigo 8º da LIA prevê que o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio 
público ou se enriquecer ilicitamente está sujeitoàs cominações desta lei até o limite do valor 
da herança. 
 
Questão 8 
 
 
37 
 
(Quadrix - 2019 - CRA-PA - Técnico em Administração) No que se refere à improbidade 
administrativa, julgue o item. 
O bloqueio de bens, visando a garantir eventual futuro ressarcimento ao erário, somente poderá 
alcançar o patrimônio do agente preexistente à prática do suposto ato ímprobo. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
A Indisponibilidade dos bens do indiciado: recai sobre parcela de seu patrimônio que 
assegure integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do 
enriquecimento ilícito. Deve-se atentar para o objetivo da medida: se o objetivo da medida for 
assegurar a aplicação futura da sanção de ressarcimento ao erário, a indisponibilidade pode 
alcançar os bens adquiridos antes ou depois da prática dos atos de improbidade, além de levar 
em consideração o valor de possível multa civil como sanção autônoma (STJ: Resp 1461892/BA). 
Porém, se a finalidade for assegurar a aplicação da futura pena de perdimento de bens ou 
valores acrescidos ilicitamente, a indisponibilidade deve atingir apenas os bens adquiridos 
posteriormente ao ilícito (STJ: RMS 6197). 
 
 
Questão 9 
(CESPE - 2019 - TJ-PA - Juiz de Direito Substituto.) À luz da Lei n.º 8.429/1992, assinale a 
opção correta, a respeito de improbidade administrativa. 
A) Se a lesão ao patrimônio público decorrer de ato comissivo, o ressarcimento será devido 
independentemente da existência de dolo; se decorrer de ato omissivo, o ressarcimento somente 
será devido se o ato tiver sido doloso. 
 
 
38 
 
B) A representação para instauração de investigação destinada a apurar a prática de ato de 
improbidade pode ser apresentada por qualquer cidadão, desde que se comprove estar em 
gozo dos direitos políticos. 
C) Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, seja ele servidor público ou 
não, sujeitam-se à referida lei. 
D) Os empregados de entidade cuja receita anual seja total ou parcialmente custeada pelo erário 
sujeitam-se à referida lei, desde que exerçam função remunerada. 
E) O Ministério Público deve obrigatoriamente figurar no polo ativo dos processos de 
improbidade administrativa, sob pena de nulidade. 
Comentário: 
Cuida-se de assertiva em sintonia com a norma do art. 1º, caput, da Lei 8.429/92, que 
assim estabelece: 
 
"Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou 
não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao 
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou 
concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos 
na forma desta lei." 
 
Questão 10 
(Quadrix - 2019 - CRA-PA - Técnico em Administração) No que se refere à improbidade 
administrativa, julgue o item. 
 
 
39 
 
Diante das suspeitas de prática de ato de improbidade administrativa, a Administração poderá, 
de ofício, bloquear bens do agente público, visando a garantir eventual futuro ressarcimento ao 
erário. 
Certo 
Errado 
Comentário: 
Em havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao 
Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a 
decretação do sequestro dos bens do sujeito ativo que tenha enriquecido ilicitamente ou 
causado dano ao patrimônio público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
GABARITO 
 
Questão 1 - C 
Questão 2 - C 
Questão 3 - B 
Questão 4 - C 
Questão 5 - C 
Questão 6 - B 
Questão 7 - CERTO 
Questão 8 - ERRADO 
Questão 9 – C 
Questão 10 – ERRADO

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