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Módulo IV

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23/09/2023, 21:25 Ead.br
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DIR_TOPDIR_21/unidade_4/ebook/index.html#section_1 1/73
TÓPICOS ESPECIAIS EM DIREITOTÓPICOS ESPECIAIS EM DIREITO
II
EIXO DE DIREITOEIXO DE DIREITO
ADMINISTRATIVO EADMINISTRATIVO E
FILOSOFIA DO DIREITOFILOSOFIA DO DIREITO
Autor: Me. Thiago Cesar Giazzi
Revisor : Lar issa Gonçalves
IN IC IAR
23/09/2023, 21:25 Ead.br
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DIR_TOPDIR_21/unidade_4/ebook/index.html#section_1 2/73
introdução
Introdução
Nesta unidade serão tratadas duas disciplinas da formação em Direito.
Primeiramente o Direito Administrativo com suas vertentes sobre o
tratamento jurídico dos agentes públicos, dos contratos administrativos e da
organização da administração pública, tudo contextualizado pelos princípios
da administração pública, responsáveis pela base do direito público no
ordenamento jurídico brasileiro. A segunda disciplina é a Filoso�a do Direito,
com o recorte dos principais pensamentos que in�uenciaram e in�uenciam
as discussões sobre a norma, a justiça, o processo e o Direito.
23/09/2023, 21:25 Ead.br
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DIR_TOPDIR_21/unidade_4/ebook/index.html#section_1 3/73
Neste tópico será tratado do Direito Administrativo enquanto disciplina
autônoma do Direito, fundado em sua estrutura normativa e princípios
próprios. Para o recorte escolhido, pautado nas principais questões
abordadas pelo exame de ordem, tratar-se-á da estrutura da administração
pública, sua organização e seu pessoal, os agentes públicos.
Princípios Informadores
Destaca-se dois princípios que, em que pese não possuir fundamento
normativo expresso, participam da construção histórica do próprio Direito
Administrativo.
Princípio da supremacia do interesse público sobre o particular
proclama a superioridade do interesse da coletividade �rmando a
prevalência dele sobre o particular. Quando em con�ito, o interesse público
sempre prevalece sobre o particular. Signi�ca que o Poder Público se
DireitoDireito
Administrativo - 1ªAdministrativo - 1ª
ParteParte
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https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DIR_TOPDIR_21/unidade_4/ebook/index.html#section_1 4/73
encontra em situação de autoridade relativamente aos particulares como
condição indispensável para gerir os interesses públicos postos em
confronto. (NOHARA, 2019) Para evitar interpretação retrógrada e
antidemocrática, diz-se que a supremacia do interesse público deve ser
identi�cada pelo interesse constitucional, estando a vontade pública
também sujeita aos limites constitucionais da dignidade da pessoa humana,
direitos fundamentais e formalidades democráticas (MADALENA, 2016)
Princípio da indisponibilidade dos interesses públicos pela
Administração signi�ca que, sendo quali�cados como de titularidade da
coletividade, os interesses públicos não se encontram à livre disposição
daqueles que exercem a função pública ou de qualquer ente privado por
serem inapropriáveis (NOHARA, 2019). Na administração pública não há
liberdade pessoal de modo que o administrador não pode dispor dos
interesses públicos como bem quiser, mas deve sempre obedecer a vontade
da lei.
Princípios Constitucionais
Especí�icos da Administração
Todo o conjunto normativo de direito público, pautado na ação da
administração pública, seja em qualquer vertente das funções públicas do
Executivo, Legislativo e Judiciário, é pautado na base criada pelos princípios
constitucionais atinentes à administração, mnemonicamente vinculados à
sigla LIMPE, sendo eles: legalidade, impessoalidade, moralidade
administrativa, publicidade e e�ciência, conforme previsto no Art. 37 da
Constituição Federal (LENZA, 2020).
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Legalidade
Deve o administrador se pautar
pela determinação da lei. A
legalidade administrativa vincula
a vontade do ato ao conteúdo da
norma (Lei, portaria, edital).
Somente pode agir naquilo que a
lei determina, caso haja omissão
da norma, não pode o
administrador utilizar de sua
própria vontade para suprir a
vontade da legalidade estrita.
Impessoalidade
Devem os atos administrativos
serem impessoais quanto aos
agentes administrativos de modo
a não realizar benefícios ou
malefícios em razão da pessoa
que está investido no cargo
também, geralmente, impõe
impessoalidade no sentido de o
órgão público que realizou o ato
assumir a responsabilidade,
perpassando da pessoa de seu
agente.
Moralidade Administrativa A atuação do administrador, dos
agentes administrativos, o
objetivo dos atos administrativos
deve ser ético. Corresponde ao
ideal de universalidade (hipótese
de repetir-se o ato sem
ocasionar danos ou prejuízos) de
forma objetiva (sem levar em
consideração as intenções
23/09/2023, 21:25 Ead.br
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subjetivas do agente). O ato será
revestido de moralidade quando
for adequado ao �m que se
destina, conforme a
determinação da lei. Não há
ligação direta da aceitação
popular quanto aos costumes,
crenças ou atos privados
praticados pelo administrador,
mas os atos realizados pela
administração pública são
adequados (pelo procedimento)
a atingir um �m previsto na lei.
Ex. Ainda que seja realizado o
procedimento licitatório
corretamente, é imoral a compra
de latas de leite condensado em
valores e exorbitantes pelo ente
da administração pública.
Publicidade
Ressalvadas as hipóteses de
sigilo privado ou de proteção ao
Estado previstas na Constituição,
todos os atos administrativos
devem ser públicos e
publicizados. Deve haver
permissão de que a população
assista os atos, reuniões,
con�ram portais da
transparência para visualizar o
destino do dinheiro público e
assim democratizar a
administração e o controle.
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Quadro 4.1: Princípios Constitucionais da Administração Pública
Fonte: Elaborado pelo autor.
#PraCegoVer : o quadro traz o conceito dos princípios constitucionais
da administração pública. Em sua primeira linha traz a Legalidade. Deve
o administrador se pautar pela determinação da lei. A legalidade
administrativa vincula a vontade do ato ao conteúdo da norma (Lei,
portaria, edital). Somente pode agir naquilo que a lei determina, caso
haja omissão da norma, não pode o administrador utilizar de sua
própria vontade para suprir a vontade da legalidade estrita. Em sua
segunda linha traz a Impessoalidade. Devem os atos administrativos
serem impessoais quanto aos agentes administrativos de modo a não
realizar benefícios ou malefícios em razão da pessoa que está investido
no cargo também, geralmente, impõe impessoalidade no sentido de o
órgão público que realizou o ato assumir a responsabilidade,
perpassando da pessoa de seu agente. Em sua terceira linha a
Moralidade Administrativa. A atuação do administrador, dos agentes
administrativos, o objetivo dos atos administrativos deve ser ético.
Corresponde ao ideal de universalidade (hipótese de repetir-se o ato
sem ocasionar danos ou prejuízos) de forma objetiva (sem levar em
E�ciência
E�ciência é um conceito
matemático do melhor resultado
em um menor tempo. Sendo
assim, a administração pública
deve agir de forma a gastar o
menor valor possível pela
aquisição de produtos ou
serviços, garantindo o esperado
resultado destes, e agir de forma
a entregar à população em um
tempo viável, mais breve possível
sem que ocasione prejuízos.
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consideração as intenções subjetivas do agente). O ato será revestido de
moralidade quando foradequado ao �m que se destina, conforme a
determinação da lei. Não há ligação direta da aceitação popular quanto
aos costumes, crenças ou atos privados praticados pelo administrador,
mas os atos realizados pela administração pública são adequados (pelo
procedimento) a atingir um �m previsto na lei. Ex. Ainda que seja
realizado o procedimento licitatório corretamente, é imoral a compra de
latas de leite condensado em valores e exorbitantes pelo ente da
administração pública. Em sua quarta linha a Publicidade. Ressalvadas
as hipóteses de sigilo privado ou de proteção ao Estado previstos na
Constituição, todos os atos administrativos devem ser públicos e
publicizados. Deve haver permissão de que a população assista os atos,
reuniões, con�ram portais da transparência para visualizar o destino do
dinheiro público e assim democratizar a administração e o controle.  Em
sua quinta linha a E�ciência. E�ciência é um conceito matemático do
melhor resultado em um menor tempo. Sendo assim, a administração
pública deve agir de forma a gastar o menor valor possível pela
aquisição de produtos ou serviços, garantindo o esperado resultado
destes, e agir de forma a entregar à população em um tempo viável,
mais breve possível sem que ocasione prejuízos.
Outros princípios informadores aplicáveis
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Motivação
Decorrente da legalidade e da
publicidade, obriga o
administrador a, em todos os
atos que pratica,
independentemente de ser
discricionário ou não, realizar a
fundamentação na norma que o
autoriza ou obriga a realização.
Razoabilidade
Pautado na moralidade e na
e�ciência, dispõe que o
administrador deve ponderar o
interesse público em seus atos,
buscando alcançar o máximo de
sujeitos bene�ciados pelo gasto
do dinheiro público.
Finalidade Pública
Com histórico surgido em razão
da supremacia do interesse
público, impõe uma prioridade
deste sobre o interesse privado,
devendo o administrador agir de
forma a atingir os objetivos
constitucionais, sob pena de vício
do ato.
Continuidade Estando a administração pública
responsável por entregar os
bens e serviços de efetivação de
direitos sociais ao cidadão, estes
devem ser ininterruptos, de
modo a não ocasionar
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Quadro 4.2: Princípios secundários da administração pública
Fonte: Elaborado pelo autor.
desamparo dos serviços públicos
à sociedade.
Autotutela
Princípio consagrado na Súmula
473 do STF, segunda a qual “[...] a
administração pode anular seus
próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação
judicial”. Veja que a atuação da
Administração ocorre de ofício
ou mediante a provocação do
prejudicado, consistindo em
anular atos ilegais, com efeitos
retroativos (ex tunc) e revogar
atos legais, porém,
inconvenientes ou inoportunos,
respeitando-se, neste último
caso os direitos adquiridos, já
que o ato revogado era legal e
produziu efeitos válidos,
levando-se à conclusão que na
revogação os efeitos não
retroagem (são ex nunc).”
23/09/2023, 21:25 Ead.br
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#PraCegoVer : o quadro traz os conceitos dos princípios secundários da
administração pública. Na primeira linha traz a Motivação. Decorrente
da legalidade e da publicidade, obriga o administrador a, em todos os
atos que pratica, independentemente de ser discricionário ou não,
realizar a fundamentação na norma que o autoriza ou obriga a
realização. É a obrigatoriedade da demonstração dos fundamentos de
fato e de direito que levaram o Administrador a editar o ato
administrativo. Na segunda linha a Razoabilidade. Pautado na
moralidade e na e�ciência, dispõe que o administrador deve ponderar o
interesse público em seus atos, buscando alcançar o máximo de sujeitos
bene�ciados pelo gasto do dinheiro público. Na terceira linha a
Finalidade Pública. Com histórico surgido em razão da supremacia do
interesse público, impõe uma prioridade deste sobre o interesse
privado, devendo o administrador agir de forma a atingir os objetivos
constitucionais, sob pena de vício do ato. Na quarta linha a
Continuidade. Estando a administração pública responsável por
entregar os bens e serviços de efetivação de direitos sociais ao cidadão,
estes devem ser ininterruptos, de modo a não ocasionar desamparo
dos serviços públicos à sociedade. Na quinta linha a Autotutela.
Princípio consagrado na Súmula 473 do STF, segunda a qual “[...] a
administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial”. Veja que a atuação da Administração ocorre de ofício ou
mediante a provocação do prejudicado, consistindo em anular atos
ilegais, com efeitos retroativos (ex tunc) e revogar atos legais, porém,
inconvenientes ou inoportunos, respeitando-se, neste último caso os
direitos adquiridos, já que o ato revogado era legal e produziu efeitos
válidos, levando-se à conclusão que na revogação os efeitos não
retroagem (são ex nunc).”
23/09/2023, 21:25 Ead.br
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Atos Administrativos e Atos da
Administração
Atos são a materialização de uma atividade, são os negócios jurídicos, os
contratos, os pareceres, as portarias, as normativas. A administração pública
realiza em nome do órgão e na pessoa do administrador inúmeros atos,
agindo no mundo fático e sendo normatizado pelo Direito.
ATO DA ADMINISTRAÇÃO = GÊNERO – qualquer ato praticado pela
Administração no exercício de sua função.
ATO ADMINISTRATIVO = ESPÉCIE DE ATO DA ADMINISTRAÇÃO – São atos com
aptidão de criar, extinguir ou modi�car direitos, devendo ser fundamentados
e motivados na lei, regidos pelo regime jurídico de direito público
(diferenciando dos negócios jurídicos privados). Os atos administrativos são
sujeitos ao controle interno e externo, principalmente quanto aos critérios
de legalidade e moralidade.
Ato da Administração é todo ato praticado no exercício da função
administrativa, seja qual for o regime jurídico (podendo, portanto, praticar
ato de regime jurídico privado). É o fato jurídico praticado pela administração
pública, não produzindo efeitos patrimoniais ou de alteração de obrigações
jurídicas. Ex. a escavação de rede de esgoto.
Elementos ou Pressupostos dos Atos
Administrativos
Todo ato jurídico, seja qual for o regime que se lhe aplica, possui sempre três
elementos: agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei,
conforme disposto no art. 104 do Código Civil. Todavia, os atos
administrativos têm acrescentado mais 2 elementos:, motivos e �nalidade.
Assim, cinco são os elementos de qualquer ato administrativo: agente,
forma, objeto, motivos e �nalidade.
23/09/2023, 21:25 Ead.br
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AGENTE
Deve ser capaz (capacidade de
assumir obrigações) e competente
(investido de competência pela lei).
OBJETO
Deve ser lícito (legalidade),
possível, determinável e moral
(adequado ao �m público de
interesse constitucional)
FORMA
Possível forma verbal, por sinais
(agente de trânsito) e outras
formas que a lei determine
(contrato, licitação, legislação etc.)
MOTIVO
Todo ato administrativo deve
possuir uma motivação de fato
(correspondente ao disparode um
dever de agir do Estado para
proteção ou entrega de direitos de
prestações positivas estatais) e
uma motivação jurídica
(correspondente à previsão de
norma jurídica que autorize ou
determine que o agente público
realize a atividade).
FINALIDADE A �nalidade do ato administrativo
está ligada ao princípio da
moralidade. O ato que não atinge
ou se reveste de moralidade para
alcançar a �nalidade esperada é
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Quadro 4.3: Elementos do ato administrativo
Fonte: Elaborado pelo autor
#PraCegoVer : o quadro traz informações sobre os elementos do ato
administrativo, trazendo o conceito de cada elemento. A primeira linha
traz o AGENTE, que deve ser capaz (capacidade de assumir obrigações)
e competente (investido de competência pela lei). A segunda linha traz o
OBJETO que deve ser lícito (legalidade), possível, determinável e moral
(adequado ao �m público de interesse constitucional). A terceira linha
traz a FORMA. É possível forma verbal, por sinais (agente de trânsito) e
outras formas que a lei determine (contrato, licitação, legislação etc.) A
quarta linha traz o MOTIVO. Todo ato administrativo deve possuir uma
motivação de fato (correspondente ao disparo de um dever de agir do
Estado para proteção ou entrega de direitos de prestações positivas
estatais) e uma motivação jurídica (correspondente à previsão de norma
jurídica que autorize ou determine que o agente público realize a
atividade). Diferente de motivação que é a justi�cativa jurídica da
realização do ato, o motivo é o gatilho para sua realização. A quinta
linha traz a FINALIDADE. A �nalidade do ato administrativo está ligada
nulo de pleno direito e dispara
responsabilidades. Existe o dever
constitucional de a administração
pública agir conforme o interesse
social e nos ditames da legalidade.
Portanto o ato administrativo deve
ser objetivo em sua �nalidade (seja
o exercício do poder de polícia, a
entrega de bens e serviços
públicos, a criação de normas e
regulamentação da sociedade),
não podendo se desviar da
mesma.
23/09/2023, 21:25 Ead.br
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ao princípio da moralidade. O ato que não atinge ou se reveste de
moralidade para alcançar a �nalidade esperada é nulo de pleno direito
e dispara responsabilidades. Existe o dever constitucional de a
administração pública agir conforme o interesse social e nos ditames da
legalidade. Portanto o ato administrativo deve ser objetivo em sua
�nalidade (seja o exercício do poder de polícia, a entrega de bens e
serviços públicos, a criação de normas e regulamentação da sociedade),
não podendo se desviar da mesma.
Atributos Atos Administrativos
Presunção de legitimidade ou legalidade . É relativa a presunção de que
os atos administrativos realizados sejam revestidos de legalidade e exercidos
pelo agente administrativo competente para realização do ato e, por isso,
gerem efeitos devendo ser cumpridos.
Presunção de veracidade . presunção relativa, que garante ao
administrador a inversão do ônus da prova contra quem alegar o contrário,
sobre a veracidade do motivo que gerou o ato (ex. necessidade de abertura
de procedimento licitatório, necessidade de contratação de pessoal).
Imperatividade . o ato administrativo é um ato imperativo, pois revestido de
coercibilidade obriga a todos o seu cumprimento.
Autoexecutoriedade . Diz respeito ao poder da administração pública em
executar, utilizando de medidas de coerção para tal, se necessárias, os atos e
ordens que ela mesma produz em sua função. Desta forma, não há
necessidade de provocar outra função pública para o cumprimento dos atos
administrativos.
Tipicidade . Todos os atos administrativos são nominados, vedado a prática
de atos inominados, pois para cada necessidade de prática de ato
23/09/2023, 21:25 Ead.br
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DIR_TOPDIR_21/unidade_4/ebook/index.html#section_1 16/73
administrativo já existe na legislação a previsão da tipicidade de qual ato
deve ser realizado conforme a sua �nalidade.
Classi�icação dos Atos Administrativos
Para melhor interpretar e entender os atos administrativos, passa-se a expor
formas de classi�cação, conforme critérios mais recorrentes.
A) Classi�cação quanto à formação da vontade . Aqui os atos podem ser
simples, complexos e compostos.
23/09/2023, 21:25 Ead.br
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Quadro 4.4: Atos administrativos quanto á manifestação de vontade
Fonte: Elaborado pelo autor.
#PraCegoVer : trata-se de quadro que traz em sua primeira linha o
conceito do ato administrativo classi�cado, quanto à manifestação de
vontade, como ato SIMPLES, pois a manifestação da vontade,
manifestada da chancela e assinatura do agente investido, é realizada
por um único órgão (seja colegiado ou singular). Na segunda linha os
atos COMPLETOS. A vontade manifestada deve ser chancelada por dois
ou mais órgãos da administração (sanção e referendo, por exemplo). Na
terceira linha os atos COMPOSTOS, sendo aqueles atos que para o
aperfeiçoamento e alcance da �nalidade devem ser realizados por dois
SIMPLES
A manifestação da vontade,
manifestada da chancela e
assinatura do agente investido é
realizada por um único órgão
(seja colegiado ou singular).
COMPLETOS
A vontade manifestada deve ser
chancelada por dois ou mais
órgãos da administração (sanção
e referendo, por exemplo).
COMPOSTOS
São aqueles atos que para o
aperfeiçoamento e alcance da
�nalidade devem ser realizados
por dois ou mais atos diferentes.
Ex. ordem de compra de um
secretário de obras e a
autorização do secretário de
fazenda.
23/09/2023, 21:25 Ead.br
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ou mais atos diferentes. Ex. ordem de compra de um secretário de
obras e a autorização do secretário de fazenda.
Classi�cação quanto ao grau de liberdade . Importantíssima classi�cação
que pretende diferenciar atos que possibilitam ou não uma certa margem de
escolha pelo administrador, sempre com fulcro na lei. Aqui fala-se em atos
vinculados e discricionários.
23/09/2023, 21:25 Ead.br
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Quadro 4.5: Ato vinculado e discricionário
Fonte: Elaborado pelo autor.
ATO VINCULADO
Todos os elementos
devem estar
previstos em Lei,
estando o
administrador
público como
executor da conduta
determinada pela
Lei.
agente competente;
objeto; forma;
�nalidade; motivos
ATO
DISCRICIONÁRIO
A Lei prevê que o
administrador ao
executar a conduta
tenha o poder
(inferido pela
investidura de seu
cargo) de escolher,
conforme a
razoabilidade de um
juízo (julgamento) de
oportunidade (o
momento e
contexto) e
conveniência
(atendimento ao
interesse social,
constitucional),
como cumprirá o
elemento do ato.
agente competente
(sempre previsto em
lei); objeto (pode não
estar previsto) = aqui
está a margem de
escolha; forma
(sempre prevista em
lei); �nalidade
(sempre prevista em
lei); motivos (podem
não estar previstos)
= aqui está a
margem de escolha.
23/09/2023, 21:25 Ead.br
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#PraCegoVer : quadro com os conceitos e elementos dos atos
administrativos. Na primeira linha o ATO VINCULADO. Todos os
elementos devem estar previstos em Lei, estando o administrador
público como executor da conduta determinada pela Lei. São seus
elementos: agente competente; objeto; forma; �nalidade; motivos. Na
segunda linha o ATO DISCRICIONÁRIO. A Lei prevê que o administrador
ao executar a conduta tenha o poder (inferidopela investidura de seu
cargo) de escolher, conforme a razoabilidade de um juízo (julgamento)
de oportunidade (o momento e contexto) e conveniência (atendimento
ao interesse social, constitucional), como cumprirá o elemento do ato.
São seus elementos: agente competente (sempre previsto em lei);
objeto (pode não estar previsto) = aqui está a margem de escolha;
forma (sempre prevista em lei); �nalidade (sempre prevista em lei);
motivos (podem não estar previstos) = aqui está a margem de escolha.
Espécies de Atos Administrativos
São as espécies de atos administrativos (obedecendo a tipicidade):
admissão, permissão, autorização, aprovação, homologação, licença,
delegação, concessão, dispensa e adjudicação:
admissão: consiste em ato unilateral e vinculado pelo qual a
Administração reconhece ao particular, que preencha os requisitos
legais, o direito à prestação de um serviço público. Ex.: admissão nos
hospitais e escolas públicas.
permissão: é o ato administrativo unilateral, discricionário e
precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública
faculta ao particular a execução de um serviço ou a utilização de um
bem público.
autorização: é o ato unilateral e discricionário pelo qual a
Administração faculta ao particular o desempenho de atividade
23/09/2023, 21:25 Ead.br
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/DIR_TOPDIR_21/unidade_4/ebook/index.html#section_1 21/73
material ou a prática de ato que, sem esse consentimento, seriam
legalmente proibidos.
aprovação: é o ato unilateral e discricionário pelo qual se exerce o
controle a priori ou a posteriori do ato administrativo. Ex.: Compete
ao Congresso Nacional aprovar o estado de defesa e a intervenção
federal. Cabe ao Senado Federal aprovação prévia para a escolha de
Governadores do Território.
homologação: é ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração
reconhece a legalidade de um ato jurídico. Ex.: ato da autoridade
competente que homologa o procedimento licitatório (ARAÚJO,
2018).
Anulação, Revogação e Extinção dos Atos
Administrativos
Principais formas de extinção dos atos administrativos:
Pela produção dos seus efeitos jurídicos;
saibamais
Saiba mais
Separamos um edital de licitação com todo o
processo informado. Para �xação do
conteúdo ver a prática é muito importante.
ACESSAR
https://crpsc.org.br/processo-licitatorio-n-04-2016-revistas
23/09/2023, 21:25 Ead.br
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Pela cassação;
Pela contraposição;
Pelo desaparecimento do agente;
Pelo desaparecimento do objeto.
Via de regra, os atos administrativos extinguem-se pela produção dos efeitos
previstos e desejáveis. Pode-se, ainda, extinguir pela cassação que é a
retirada de um ato vinculado que não cumpriu a legalidade para dar a
alguém a autorização ou vantagem pela administração pública.. Também se
extingue um ato administrativo pela contraposição, ou seja, quando um
novo ato administrativo é realizado em sentido contrário ao ato anterior.
Extingue-se, ainda, com o desaparecimento do agente bene�ciado pelo ato
(ou pelo desaparecimento do objeto do ato administrativo, quando há morte
ou perdimento. Um ato administrativo pode extinguir-se também pela
anulação (ou também chamada de invalidação) e a revogação,
compreendendo seus efeitos, natureza, limites e órgãos competentes para
tal extinção. Começamos, assim, pela anulação ou invalidação dos atos
administrativos.
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A anulação ou invalidação dos atos administrativos é uma forma de extinção
pela qual a Administração ou o Poder Judiciário retira um ato administrativo
ilegal com efeitos ex tunc, que retroagem à data de sua edição. Atente-se,
portanto, para as seguintes características da anulação ou invalidação:
refere-se à extinção de ato ilegal, que foi editado em desconformidade com a
lei; sua retirada produz efeitos retroativos, uma vez que o ato nulo é
considerado nulo desde sua edição; pode ser decretada pela própria
administração, de ofício ou por provocação do interessado; pode ser
decretada pelo Poder Judiciário, mas dependerá sempre de provocação;
refere-se tanto a ato vinculado, como a ato discricionário (ARAUJO, 2018).
reflita
Re�ita
De forma sucinta e esquematizada,
segue:
ANULAÇÃO = ATO ILEGAL = EFEITOS
EX TUNC = CABE PARA ATO
VINCULADO E DISCRICIONÁRIO =
PODE SER DECRETADA PELO
JUDICIÁRIO E PELA ADMINISTRAÇÃO
REVOGAÇÃO = ATO LEGAL = EFEITOS
EX NUNC = CABE SOMENTE PARA ATO
DISCRICIONÁRIO = PODE SER
DECRETADA APENAS PELA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
23/09/2023, 21:25 Ead.br
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Dessa forma, não se pode esquecer que tanto o ato vinculado como o ato
discricionário possuem elementos previstos em lei e, se algum deles for
praticado em desconformidade com a lei, será considerado ilegal e poderá
ser invalidado ou anulado. Conclusão é que a invalidação serve tanto para
ato vinculado como ato discricionário ilegal e pode ser decretada tanto pela
Administração como pelo Poder Judiciário.
Revogação dos atos administrativos é uma forma de extinção do ato pela
qual a Administração retira um ato administrativo legal, conforme a lei,
porém que não é mais conveniente ou oportuno ao interesse público, com
efeitos que não retroagem, portanto, ex nunc, uma vez que se trata de
retirada de ato legal e deve-se, assim, respeitar os direitos até então
adquiridos.
Ademais, a revogação é forma de extinção que somente e tão somente é
utilizada para atos administrativos discricionários, porque somente estes
possuem mérito de conveniência e oportunidade do interesse público, já que
apenas estes permitem escolha pelo administrador baseada nestes critérios
de conveniência e oportunidade. A conclusão importante é que ato
administrativo vinculado nunca poderá ser revogado, pois este não tem
mérito administrativo de escolha por critério de conveniência e
oportunidade (NOHARA, 2019).
Somente atos administrativos discricionários podem ser revogados. Além
disso, o único órgão competente para a revogação de um ato administrativo
é a própria Administração, já que o Poder Judiciário não poderá analisar o
mérito administrativo do ato, espaço reservado com exclusividade ao
administrador, sob pena de violação da separação de poderes. Assim,
somente a Administração pode revogar ato administrativo discricionário.
Poder Judiciário não revoga ato administrativo. Mas isso não signi�ca que o
Poder Judiciário não possa apreciar um ato administrativo discricionário. Este
poderá perfeitamente ser objeto de controle pelo Judiciário, mas apenas sob
os aspectos de legalidade e jamais sob os aspectos de mérito administrativo,
pois, repita-se, o mérito é um espaço reservado ao administrador que não
cabe ao Judiciário invadir.
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Órgãos Públicos
Órgãos públicos, ou órgãos administrativos, são unidades de atuação,
centros de competências do Estado, que englobam um conjunto de pessoas
e meios materiais ordenados para realizar uma atribuição predeterminada.
Os órgãos públicos não são pessoas, mas centros de competências criados
pelo direito público. Assim, são partes da estrutura do Estado e por isso dele
não se distinguem. Vale a�rmar: não tem personalidade jurídica.
reflita
Re�ita
PRINCIPAIS VÍCIOS DO ATO
ADMINISTRATIVO:
- ABUSO DE PODER (VÍCIO GÊNERO)
QUE TEM DUAS ESPÉCIES:
a) EXCESSO DE PODER – O abuso na
modalidade excesso de poder é vício
que incide sobre a competência do
agente;
b) DESVIO DE PODER OU DE
FINALIDADE – O abuso na modalidade
desvio de �nalidade ou de poder é
vício que incide sobre a �nalidade do
ato.
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Dessa forma, na relação entre a vontade dos órgãos e do agente público
existe uma relação de imputação, uma vez que a vontade do agente é
imputada diretamente ao Estado. Aquilo que o agente público que compõe o
órgão quer ou faz deve ser entendida como a própria vontade do Estado,
ainda que o agente tenha querido ou agido mal.
O Estado, por ser uma �cção jurídica, assim como o órgão, que não tem
personalidade jurídica, não tem outra vontade senão a do próprio agente
público, daí dizer que a relação entre a vontade dos órgãos e do agente que
o compõe é de imputação e não de representação, que exige duas vontades
distintas: a do representante e do representado.
A ADMINISTRAÇÃO DIRETA COMPÕE-SE DE ÓRGÃOS PÚBLICOS, QUAIS
SEJAM: • Ministérios; • Secretarias; • Departamentos; • Diretorias; •
Delegacias; • Coordenadorias; • Setores; entre outros.
Administração Direta
O conjunto de órgãos que compõem a pessoa jurídica estatal corresponde à
chamada “administração direta”. É todo e qualquer principal sujeito que
realiza o exercício do poder executivo pelo órgão político próprio, sendo
assim a União, os Estados-membros, os municípios e o Distrito Federal são
sujeitos da administração direta. Todos os órgãos que não possuem
personalidade jurídica própria mas integram o corpo das pessoas jurídicas
da administração direta também compõe a mesma categoria, tais como: são
os ministérios, secretariais, departamentos, setores, diretorias, delegacias,
coordenadorias e outras que consistem em centros de atribuições.
Administração Indireta e Descentralização
Administrativa
Desconcentração é uma distribuição interna de competências entre os
diversos órgãos da Administração que estão estruturados sob a forma de
pirâmide. Pode ser por descentralização, por colaboração e por serviço, ou
técnica ou funcional. Abaixo o esquema:
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Descentralização por colaboração. contrato ou ato administrativo que
transfere a execução a outro (normalmente privado), mas não a titularidade.
Faz-se por concessão, permissão ou autorização de serviço público. Ex.
Educação.
Descentralização por serviço, funcional ou técnica. Transfere a execução, o
controle e o poder de polícia à outra pessoa jurídica de direito público criada
com o �m especí�co, por lei ou autorizada por esta. Tais pessoas jurídicas
formam a administração indireta.
Pode-se dizer que integram a administração indireta no direito brasileiro as
seguintes entidades:
Autarquias: Autarquia é o serviço público autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica de direito público, patrimônio e receita próprios, para
executar atividades típicas da Administração, que requeiram, para seu
funcionamento, gestão administrativa e �nanceira descentralizada.
São exemplos de autarquias: Banco Central do Brasil (Bacen), Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI),
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Departamento Nacional de
Estradas de Rodagem (DNER), USP (Universidade de São Paulo), Hospital das
Clínicas.
Empresa pública: Estas entidades devem ser criadas por lei, com controle
exclusivo do Poder Público, mas com personalidade de direito privado,
regendo-se suas atividades pelos preceitos comerciais. Veja que o Decreto-
Lei nº 200/67 (art. 5º – II). São Empresas Públicas: Serviço Federal de
Processamento de Dados (Serpro), Caixa Econômica Federal (CEF), Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
Sociedades de Economia Mista: O Decreto-Lei nº 900/69, de�ne a
Sociedade de Economia Mista, com a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, criado por lei para a exploração de atividade
econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a
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voto pertençam em sua maioria à União ou à entidade da administração
indireta.Ex: Banco do Brasil e Petrobrás.
Fundações Públicas: Uma Fundação é um conjunto de bens, uma
universalidade ou complexo destes, que são dados para que sejam
explorados e, com o rendimento auferido, seja cumprido determinada
�nalidade, que não objetiva lucro. Hodiernamente, o Poder Público vem
constituindo Fundações para realização de certos interesses coletivos, como
na área de educação, ensino, pesquisa, assistência social etc.
Agências: São autarquias em regime especial. Por vezes a diferença de
regime delas para as demais autarquias está no modo de escolha ou
nomeação do dirigente. Outras vezes está na existência de mandato �xo de
seus dirigentes, insuscetível de cessação por ato do Chefe do Executivo. Por
vezes está no grau menos intenso dos controles ou no tocante à autonomia
de gestão �nanceira. O que importa é que o que as agências fazem as
demais autarquias não poderão fazê-lo. São elas de duas espécies: agências
reguladoras e agências executivas.
Agências reguladoras: São autarquias especiais integrantes da
administração indireta federal e são vinculadas ao Ministério competente
para tratar da respectiva matéria. Os dirigentes são nomeados pelo
Presidente da República após aprovação do Senado para cumprir mandato.
Algumas foram criadas para exercer a �scalização de atividades exploradas
mediante concessões, permissões e autorizações. São exemplos delas a
Agência Nacional de telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), sendo que outras foram criadas por lei para exercem
verdadeiro poder de polícia relativamente a certos setores da sociedade. São
exemplos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Agência
Nacional de Saúde Pública Suplementar (ANS).
Agências executivas: É uma autarquia ou fundação que pode ser
quali�cada como agência executiva por ato do Presidente da República se
tiverem um plano estratégico de desenvolvimento institucional em
andamento e �rmarem contrato de gestão com o Ministério supervisor. Ser
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uma agência executiva confere a autarquia ou a fundação um regime
diferenciado no tocante à autonomia de gestão.
Classi�icação dos Órgãos Públicos
Atribuindo critérios sobre os órgãos públicos é possível realizar a
apresentação de algumas classi�cações, possibilitando melhor
entendimento do assunto.
Os órgãos públicos classi�cam-se:
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- Quanto à esfera de ação:
Órgãos independentes. São os
órgãos representativos dos
poderes do Estado. Ex.: Câmara,
Senado, Assembleia Legislativa,
Presidência, Supremo Tribunal
Federal etc.
Órgãos autônomos. São os
imediatamente subordinados
aos órgãos independentes e que
detêm autonomia administrativa,
técnica e �nanceira. Ex.:
Ministérios, Secretarias de
Estado, Secretarias Municipais,
Tribunal de Contas da União e
Ministério Público.
Órgãos superiores. São aqueles
que não gozam de autonomia
administrativa, �nanceira nem
técnica, mas possuem poder de
comando e de direção. Ex.:
departamentos, polícia civil,
gabinetes, coordenadorias,
divisões, delegacias, secretarias
gerais e procuradorias.
Órgãos subalternos. Não gozam
de autonomia nem têm poder de
comando. Exercem função
meramente de execução. Ex.:
seções de expedientes,
zeladorias, portarias e serviços
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Quadro 4.6: Classi�cação dos órgãos públicos
Fonte: Elaborado pelo autor.
#PraCegoVer: na primeira linha expõe a classi�cação quanto à esfera
de ação. Sendo Órgãos independentes que são os órgãos
- Quanto à estrutura:
Órgãos simples. Constituídos por
um único centro de atribuições
que não permite subdivisões
internas nem há outros órgãos
para auxiliar seu desempenho.
Ex.: seções que são as últimas
repartições na estrutura
administrativa.
Órgãos compostos. Formados
por vários outros órgãos na sua
estrutura, ou seja, são órgãos
integrados por outros órgãos
públicos. Ex.: Ministérios no
âmbito federal e secretarias no
âmbito estadual e municipal.
- Quanto à composição:
Órgãos singulares. Compostos
por um único agente. Ex.:
Presidência da república,
diretoria de uma escola pública.
Órgãos colegiados. Compostos
por vários agentes. Ex.: Tribunal
de Contas da União, Conselho da
República, Tribunal de Impostos
e Taxas.
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representativos dos poderes do Estado. Ex.: Câmara, Senado,
Assembleia Legislativa, Presidência, Supremo Tribunal Federal etc.
Também os Órgãos autônomos. São os imediatamente subordinados
aos órgãos independentes e que detêm autonomia administrativa,
técnica e �nanceira. Ex.: Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias
Municipais, Tribunal de Contas da União e Ministério Público. Da mesma
forma os Órgãos superiores. São aqueles que não gozam de autonomia
administrativa, �nanceira nem técnica, mas possuem poder de
comando e de direção. Ex.: departamentos, polícia civil, gabinetes,
coordenadorias, divisões, delegacias, secretarias gerais e procuradorias.
Assim como os Órgãos subalternos. Não gozam de autonomia nem têm
poder de comando. Exercem função meramente de execução. Ex.:
seções de expedientes, zeladorias, portarias e serviços. Na segunda
linha a classi�cação quanto à estrutura, composta de órgãos simples.
Constituídos por um único centro de atribuições que não permite
subdivisões internas nem há outros órgãos para auxiliar seu
desempenho. Ex.: seções que são as últimas repartições na estrutura
administrativa. Também de Órgãos compostos. Formados por vários
outros órgãos na sua estrutura, ou seja, são órgãos integrados por
outros órgãos públicos. Ex.: Ministérios no âmbito federal e secretarias
no âmbito estadual e municipal. Na terceira linha a classi�cação quanto
à composição. Possui os Órgãos singulares. Compostos por um único
agente. Ex.: Presidência da república, diretoria de uma escola pública.
Assim como os Órgãos colegiados. Compostos por vários agentes. Ex.:
Tribunal de Contas da União, Conselho da República, Tribunal de
Impostos e Taxas.
Agentes Públicos
É toda pessoa física que presta serviços ao Poder Público, ainda que
transitoriamente, com ou sem vínculo jurídico, com ou sem remuneração
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paga pelos cofres públicos. Dividem-se nas categorias:
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AGENTES POLÍTICOS
São os detentores
dos cargos da mais
elevada hierarquia
da organização
administrativa. O
liame que os prende
à Administração é de
natureza política.
Seus direitos e
obrigações
decorrem da
Constituição Federal
e por leis
complementares
especí�cas. Alguns
são eleitos e outros
são nomeados.
Ex.: Presidente,
Governador,
Prefeito, Ministros
de Estado,
Secretários
Estaduais e
Municipais,
Senadores,
Deputados,
Vereadores.
PARTICULARES EM
COLABORAÇÃO COM
O PODER PÚBLICO
São pessoas físicas
que prestam
serviços à
Administração, ainda
que de forma
esporádica. Não
ocupam cargo nem
emprego.
agentes voluntários
(particulares que por
vontade própria
ajudam em situações
de epidemia,
emergência, guerra);
agentes honorí�cos
que são requisitados
pela Administração e
prestam um serviço
público em razão de
sua condição cívica
(ex.: mesários,
jurados); agentes
delegatários que
exercem função
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administrativa por
delegação da
Administração que
sofrem �scalização
do Poder Público,
mas prestam o
serviço por seu risco,
recebendo
remuneração paga
pelos usuários do
serviço (ex.:
leiloeiros públicos,
tabeliães, tradutores
e intérpretes
públicos) e o agentes
contratados que
celebram contrato
com o Poder Público
(concessionárias e
permissionárias de
serviço público).
SERVIDORES
PÚBLICOS OU
ADMINISTRATIVOS
São os que prestam
serviços à
Administração, com
vínculo jurídico e
remuneração paga
pelos cofres
públicos. Esta
categoria de agente
público compreende:
Os servidores
estatutários ou
funcionários
públicos. São os
ocupantes de cargo
público cujo regime
jurídico é
estatutário, vale
dizer, são regidos
por lei.
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Os empregados
públicos. São os
ocupantes de
emprego público
contratados pelo
regime da
Consolidação das
Leis do Trabalho
(CLT).
Os servidores
temporários . São
aqueles contratados
por tempo
determinado para
que a Administração
atenda uma
necessidade
temporária de
excepcional
interesse público,
conforme art. 37, IX
da CF. Exercem
função pública.
SERVIDORES
MILITARES
A emenda
constitucional 18/98
separou os militares
em duas categorias:
militares dos Estados
e do DF – polícia
militar e corpo de
bombeiro – regidos
pelo art. 42 da CF
militares federais –
que são os das
forças armadas –
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Quadro 4.7: Tipos de agentes públicos
Fonte: Elaborado pelo autor.
#PraCegoVer : na primeira linha traz os AGENTES POLÍTICOS. São os
detentores dos cargos da mais elevada hierarquia da organização
administrativa. O liame que os prende à Administração é de natureza
política. Seus direitos e obrigações decorrem da Constituição Federal e
por leis complementares especí�cas. Alguns são eleitos e outros são
nomeados. Ex.: Presidente, Governador, Prefeito, Ministros de Estado,
Secretários Estaduais e Municipais, Senadores, Deputados, Vereadores.
Na segunda linha os PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER
PÚBLICO. São pessoas físicas que prestam serviços à Administração,
ainda que de forma esporádica. Não ocupam cargo nem emprego.
Podem ser os agentes voluntários (particulares que por vontade própria
ajudam em situações de epidemia, emergência, guerra); agentes
honorí�cos que são requisitados pela Administração e prestam um
serviço público em razão de sua condição cívica (ex.: mesários, jurados);
agentes delegatários que exercem função administrativa por delegação
da Administração que sofrem �scalização do Poder Público, mas
prestam o serviço por seu risco, recebendo remuneração paga pelos
usuários do serviço (ex.: leiloeiros públicos, tabeliães, tradutores e
intérpretes públicos) e o agentes contratados que celebram contrato
com o Poder Público (concessionárias e permissionárias de serviço
público). Na terceira linha os SERVIDORES PÚBLICOS OU
ADMINISTRATIVOS. São os que prestam serviços à Administração, com
vínculo jurídico e remuneração paga pelos cofres públicos. Esta
categoria de agente público compreende os servidores estatutários ou
funcionários públicos. São os ocupantes de cargo público cujo regime
jurídico é estatutário, vale dizer, são regidos por lei. Também compõe os
servidores os empregados públicos. São os ocupantes de emprego
público contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho
regidos pelo art. 142
da CF.
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(CLT).Assim como os servidores temporários. São aqueles contratados
por tempo determinado para que a Administração atenda uma
necessidade temporária de excepcional interesse público, conforme art.
37, IX da CF. Exercem função pública. Na terceira linha os SERVIDORES
MILITARES. A emenda constitucional 18/98 separou os militares em
duas categorias: militares dos Estados e do DF – polícia militar e corpo
de bombeiro – regidos pelo art. 42 da CF, e militares federais – que são
os das forças armadas – regidos pelo art. 142 da CF.
Cargo, Emprego e Função Pública.
Cargo é uma unidade de atribuições criada por lei, que lhe confere
denominação própria, �xando o padrão de seus vencimentos ou subsídio e o
vínculo que liga o agente ao cargo é considerado estatutário (imposto por
lei).
Emprego também é uma unidade de atribuições, mas cujo vínculo que une o
agente ao mesmo é contratual sob a regência da CLT.
CARGO PÚBLICO = regime estatutário (imposto por lei)
EMPREGO PÚBLICO = regime celetista (imposto pela CLT)
FUNÇÃO PÚBLICA = conceito residual (não é emprego nem cargo)
A Constituição Federal exige concurso público para acessibilidade tanto a
cargos como a empregos públicos. Ainda que nestes últimos os agentes
públicos sejam regidos pela CLT, o ingresso somente se dará mediante
concurso público de provas ou títulos e provas.
Função é um conceito residual. É um conjunto de atribuições as quais não
corresponde a cargo ou emprego. Perante a CF/88, quando se fala em
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função, podemos ter dois tipos de situação:
Função exercida por servidores contratados temporariamente com base no
art. 37, IX da CF em que não se exige concurso público, porque a urgência é
incompatível com tal procedimento.
Função de con�ança, de natureza permanente, correspondente a che�a,
direção e assessoramento, que são de livre nomeação e de livre exoneração,
mas que atualmente, após a emenda 19/98, serão exercidos exclusivamente
por servidores já ocupantes de cargo efetivo. (ARAÚJO, 2018)
Vale ainda falar sobre a diferença que a doutrina estabelece em relação aos
cargos em comissão, cargos efetivos e cargos vitalícios. Vejamos cada um
deles.
Cargo em comissão: é aquele que por se trata de cargos em con�ança,
dispensa concurso público, isto é, a autoridade competente para preencher
o cargo público tem plena liberdade de nomear pessoa de sua con�ança
assim como pode exonerá-la quando bem entender.
Cargo efetivos: é aquele em que o preenchimento é realizado em caráter
de�nitivo, não transitório. Desligados apenas por processo administrativo,
por ine�ciência compreendida à falta de qualidade ou por falta grave por
sentença judicial – estabilidade: esses agentes tornam estáveis depois de
três anos de exercício, conforme nova redação dada pela emenda 19/98 ao
art. 41, caput, da CF (NOHARA, 2019).
Cargos vitalícios: consiste na prerrogativa que impede a perda do cargo
titularizado por determinados funcionários públicos, adquirida após dois
anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de sentença
judicial com trânsito em julgado. A Constituição Federal garante vitaliciedade
aos magistrados (art. 95, inciso I), aos membros do MP (art. 128, § 5º, inciso I,
a) e aos membros dos Tribunais de Contas (Art. 73, § 3º, e 75).
Provimento de Cargos, Exoneração
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Provimento de cargo é o ato pelo qual se dá o preenchimento de cargo vago.
Não se confunde com a posse que signi�ca aceitação das atribuições,
responsabilidades e direitos do cargo pelo nomeado, efetuando-se por
assinatura de um termo. Fala-se que há duas formas de provimento:
originário e derivado.
Provimento inicial, originário ou autônomo ocorre quando o servidor nunca
teve vínculo com o Poder Público ou quando o cargo foi criado e não foi
ainda provido. Para provimento inicial de cargo, a lei exige um procedimento
administrativo que envolve as seguintes etapas: • aprovação; • nomeação
pela autoridade competente; • posse; • entrar em exercício no prazo de 30
dias da posse, sob pena de exoneração.
Provimento derivado ocorre quando o agente já tinha relação anterior com o
cargo. Algumas �guras jurídicas expressam provimento derivado, quais
sejam:
a) Promoção ou ascensão: passagem de um funcionário de um cargo para
outro mais elevado. Passa-se de um cargo inferior a outro de classe superior.
b) Reintegração: é o funcionário que volta ao cargo por ter sido desligado
ilegalmente, tendo todos os direitos desde a data da demissão inclusive
vantagens que teria se estivesse no cargo, já que sua demissão foi anulada
por decisão administrativa ou judicial.
c) Aproveitamento: é o retorno obrigatório à atividade de servidor em
disponibilidade para cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado.
d) Reversão: reingresso à atividade de servidor aposentado por invalidez
quando, por junta médica o�cial, forem declarados insu�cientes os motivos
da aposentadoria.
Vacância: abertura de cargo
Por outro lado, a exoneração é o desligamento do agente a seu pedido, ao
passo que a demissão corresponde ao desligamento por pena de perda do
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cargo aplicada por processo administrativo em que se garanta ampla defesa
e contraditório. Por �m, cabe dizer que a vacância é a situação do cargo que
está sem ocupante
Passa-se agora a enumerar as regras constitucionais mais importantes
aplicáveis aos servidores públicos trazidas pelo texto constitucional. Vejamos
a mais relevantes:
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Art. 37, I – Regra da acessibilidade a cargos, empregos e funções
públicas. Eles são acessíveis aos brasileiros (natos ou naturalizados)
que preencham os requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros,
na forma da lei.
Art. 37, II – As Condições de ingresso. A investidura em cargo ou
emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos. Lembre-se que o concurso público
somente é dispensado para provimento de cargos em comissão,
função de con�ança e contratação de servidores temporários,
conforme já explicado em aula anterior.
Art. 37, VI – O servidor público tem direito à livre associação sindical.
Dispositivo constitucional autoaplicável.
Art. 37, VII – Direito de Greve. O servidor público tem direito de greve
garantido pela Constituição Federal, que deverá ser exercido nos
termos e limites de�nidos em lei especí�ca. Dispositivo não
autoaplicável. A jurisprudência já entendeu que esse dispositivo é
norma de e�cácia limitada e que por isso o servidor somente poderá
exercer o direito de greve quando surgir a regulamentação dele por
lei especí�ca. Lembre-se, contudo, de recente decisão do Supremo
Tribunal Federal em nadado de injunção 670, 708 e 712 que permitiu
aplicável aos servidores públicos as disposições previstas na Lei nº
7.783/89, que cuida da greve na iniciativa privada, até que seja
editada a lei especí�ca a que se refere o art. 37, VII da CF. Em 2016 o
STF entendeu que os servidores que realizam greve devem ter o
desconto em seus vencimentos em proporção aos dias não
trabalhados.
Art. 37, XVI – Proibição de acumulação remunerada de cargos
públicos. Como regra geral, é proibida a acumulação de cargos e
empregos públicos. Porém, a CF prevê exceções a esta vedação,
permitindo, contudo, tal acumulação quando houver compatibilidade
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Quadro 4.8: Regrasconstitucionais sobre servidores públicos
Fonte: Elaborado pelo autor.
#PraCegoVer : o quadro apresenta uma coluna e seis linhas. A primeira
linha consta  o Art. 37, I – Regra da acessibilidade a cargos, empregos e
funções públicas. Eles são acessíveis aos brasileiros (natos ou
naturalizados) que preencham os requisitos estabelecidos em lei e aos
estrangeiros, na forma da lei. Na segunda linha consta o Art. 37, II – As
Condições de ingresso. A investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos. Lembre-se que o concurso público somente é
dispensado para provimento de cargos em comissão, função de
con�ança e contratação de servidores temporários, conforme já
explicado em aula anterior. Na terceira linha consta o Art. 37, VI – O
servidor público tem direito à livre associação sindical. Dispositivo
constitucional autoaplicável. Na quarta linha, o Art. 37, VII – Direito de
Greve. O servidor público tem direito de greve garantido pela
Constituição Federal, que deverá ser exercido nos termos e limites
de�nidos em lei especí�ca. Dispositivo não autoaplicável. A
jurisprudência já entendeu que esse dispositivo é norma de e�cácia
limitada e que por isso o servidor somente poderá exercer o direito de
greve quando surgir a regulamentação dele por lei especí�ca. Lembre-
se, contudo, de recente decisão do Supremo Tribunal Federal em
nadado de injunção 670, 708 e 712 que permitiu aplicável aos
servidores públicos as disposições previstas na Lei nº 7.783/89, que
cuida da greve na iniciativa privada, até que seja editada a lei especí�ca
a que se refere o art. 37, VII da CF. Em 2016 o STF entendeu que os
de horários: Alínea “a” – para dois cargos de professor; Alínea “b” –
para um cargo de professor com outro técnico ou cientí�co; Alínea “c”
– para dois cargos ou empregos privativos de pro�ssionais de saúde.
Art. 37, XVII – Extensão da vedação. A vedação de acumulação
também se estende às funções e empregos públicos.
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servidores que realizam greve devem ter o desconto em seus
vencimentos em proporção aos dias não trabalhados. Na quinta linha
consta o Art. 37, XVI – Proibição de acumulação remunerada de cargos
públicos. Como regra geral, é proibida a acumulação de cargos e
empregos públicos. Porém, a CF prevê exceções a esta vedação,
permitindo, contudo, tal acumulação quando houver compatibilidade de
horários: Alínea “a” – para dois cargos de professor; Alínea “b” – para um
cargo de professor com outro técnico ou cientí�co; Alínea “c” – para dois
cargos ou empregos privativos de pro�ssionais de saúde. Na sexta linha
consta o Art. 37, XVII – Extensão da vedação. A vedação de acumulação
também se estende às funções e empregos públicos.
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Licitação
É o procedimento administrativo mediante o qual a administração pública
seleciona a proposta mais vantajosa para a celebração do contrato de seu
interesse. A Administração pode travar relações jurídicas com terceiros.
Ocorre, porém, que a Administração não tem, nem poderia ter, a liberdade
absoluta de escolha do contratado. Logo, sujeita-se à formalidade da
licitação. Diz-se, assim, que a licitação funciona como fator de e�ciência e
moralidade dos negócios administrativos, e como forma de expediente que
saibamais
Saiba mais
Foi sancionada as novas regras da lei de
Licitações e Contratos Administrativos Lei n.
14.133/21, em substituição à lei de licitações
8666/93, lei de pregão 10.520/02 e a Lei do
Regime Diferenciado de contratações (RDC-
lei 12.462/11). Lembrando que essa nova lei
entrará em vigor imediatamente (não haverá
a famosa vacatio legis). Mas, atenção, a
REVOGAÇÃO das normas anteriores sobre
os contratos e as licitações ocorrerá
somente no prazo de 02 anos. Nesse
período, tanto as normas da antiga lei
quando da nova lei continuarão produzindo
efeitos jurídicos.
ACESSAR
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
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propicia a todos aqueles que desejam contratar com a Administração iguais
oportunidades. Eis os fundamentos da licitação: E�ciência dos negócios
administrativos; Moralidade administrativa; Propiciar iguais oportunidades.
(ARAÚJO, 2018)
A Lei nº 8666/93, em seu art. 3º, e a doutrina administrativa, trazem alguns
princípios básicos aplicáveis ao procedimento da licitação:
Princípio da isonomia , ou igualdade. Garante a lisura do procedimento
porque é ele que assegura a igualdade entre todos os licitantes. Igualdade de
direitos a todos os interessados em contratar.
Princípio da publicidade . A Administração deve dar ampla divulgação de
seus atos, divulgando não só sua intenção de contratar, mas também
possibilitando o conhecimento dos atos na licitação a qualquer interessado e
cidadão. A publicidade existe em qualquer modalidade de licitação, variando
apenas o grau dela. Quanto maior o valor da contratação, maior a
publicidade e vice-versa.
Princípio do julgamento objetivo . O julgamento das propostas dos
licitantes é feito sempre de forma objetiva, impondo tal princípio que se dê
segundo os critérios constantes do edital (que é a lei interna da licitação),
que conforme a lei poderão ser: licitação tipo menor preço, licitação tipo
melhor técnica, licitação tipo preço e técnica e maior lance ou oferta
(destinado apenas para a modalidade leilão).
Princípio da probidade administrativa . Refere-se à regra de boa
administração. É a ideia de honestidade, porque não deve existir
subjetivismos nem favoritismos de uns em detrimento de outros.
Princípio da vinculação ao instrumento convocatório . O instrumento
convocatório é o ato que convoca eventuais interessados a participar da
licitação e que ser edital ou carta-convite (este último é usado na modalidade
convite). É o edital (ou a carta-convite) a lei interna da licitação, já que ele �xa
todas as condições e critérios da disputa e as cláusulas do futuro contrato a
ser celebrado pelo vencedor. Regra é que a inobservância do edital pela
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Administração e pelo administrado gera a nulidade do procedimento
licitatório.
Princípio da adjudicação compulsória . Segundo ele, a Administração não
pode, concluído o procedimento, atribuir o objeto da licitação a outrem que
não o vencedor. A adjudicação ao vencedor é obrigatória, salvo se este
desistir expressamente do contrato ou o não �rmar no prazo pre�xado, a
menos que comprove justo motivo. O que não se permite é que a
administração contrate com outrem que não o vencedor ou que revogue ou
anule o procedimento sem justa causa.
Dispensa de Licitação e Inexigibilidade
Dispensa de licitação. Art. 24 da lei nº 8666/93. Nos casos taxativamente
previstos no art. 24 da lei, por ato discricionário, pode a administração
dispensar licitações.
AS HIPÓTESES DE DISPENSA ESTÃO NO ARTIGO 24 QUE ELENCA UM ROL
TAXATIVO E QUE PODE SER ASSIM DIVIDIDO EM QUATRO GRUPOS:
a) EM RAZÃO DO VALOR DO CONTRATO – ART. 24, INCISOS I E II;
b) EM RAZÃO DE SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS – ART. 24, INCISO III, IV E V
(atentar para a licitação deserta);
c) EM RAZÃO DO OBJETO DO CONTRATO – ART. 24, INCISO XII;
d) EM RAZÃO DA PESSOA CONTRATADA – ART. 24, INCISO XIII
São as hipóteses de dispensa:
dispensa em razão do pequeno valor do contrato. Conforme art.
24, incisos I e II da Lei nº 8.666/93, dispensa-se a licitação a
contratação de obras e serviços de engenharia de até R$ 15.000,00
(10% do valor consignado na alínea a do incisoI do art. 23, hoje
�xado em 150.000,00) e para serviços, menos os de engenharia, e
compras de pequenos valores, até R$8.000,00, podem ser
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contratados diretamente (10% do limite estabelecido na alínea a do
inciso II do art. 23, que é de R$80.000,00).
dispensa em razão de situações excepcionais. a Guerra e grave
perturbação da ordem, como um acidente grave que atinja toda
uma cidade, uma catástrofe, conforme art. 24, III podem levar à
dispensa da licitação nos contratos atinentes ao evento bélico
(aquisição de armas, alimentos para soldados), calamidade pública e
situação de emergência. Calamidade pública é situação de grave
perigo geral ou particular a uma região, decorrente de eventos da
natureza. O prazo é de 180 dias ininterruptos para a contratação
emergencial. Nas licitações desertas (sem concorrentes), no termo
do Art. 24, V, pode a administração realizar a contratação direta
desde que se observe as mesmas condições previstas no edital da
licitação havida como deserta, porque qualquer alteração que se
�zer nas condições do edital para facilitar a contratação direta
acarretará a nulidade do ajuste e a responsabilidade dos
causadores.
dispensa em razão do objeto do contrato. Objetos perecíveis,
durante certo período para programação de procedimentos
licitatórios, podem ser contratados diretamente.
dispensa em razão da pessoa do contratado. É exemplo a
contratação de instituição brasileira voltada à pesquisa, ao ensino e
ao desenvolvimento nacional ou instituição dedicada à recuperação
social do preso. – Art. 24, XIII.
Qualquer dessas contratações, ainda que o dispositivo não mencione, há de
ser feita por preços compatíveis com os praticados no mercado, respeitando
os princípios da moralidade e da e�ciência.
Difere-se a dispensa da inexigibilidade por na primeira haver a possibilidade
de competição (poderia a administração realizar licitação), enquanto na
segunda não há situação fática para a competição de interessados. Quanto à
inexigibilidade, o artigo 25 indica três hipóteses em que há inviabilidade de
competição, sem excluir outras. Na inexigibilidade a administração pública
não pode realizar a licitação por razão fática.
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São as seguintes hipóteses legais:
art. 25, inciso I da lei – Casos de produtor ou vendedor exclusivo. •
art. 25, inciso II da lei – Serviços técnicos especializados de
natureza singular , • art. 25, inciso III da lei – Contratação de
artista consagrado pela crítica especializada ou pela opinião
pública.
Modalidades Licitatórias
Atualmente tem-se seis modalidades de licitação: concorrência, tomada de
preços, convite, concurso, leilão e pregão (esta última regulada pela Lei nº
10.520/02. Vejamos quando cada uma delas poderá ser adotada pela
Administração.
Concorrência. Modalidade que se destina para contratações de
maior valor (obras e serviços de engenharia com valor superior a
R$1.500.000,00 e compras e outros serviços com valor superior
R$650.000,00), Independentemente do valor da contratação,
sempre se exigirá modalidade concorrência a concessão de serviços
públicos, concessão de direito real de uso, compra e venda de bens
imóveis e, em regra, a licitação internacional (se o valor estiver
dentro dos limites da tomada de preço e houver cadastro
internacional, é cabível a tomada de preço; se o valor estiver dentro
dos limites da modalidade convite e não houver fornecedor no país,
é cabível o convite internacional). (GONZAGA, 2017).
Tomada de preço. Destina-se a transações de valor médio
(entenda-se para obras e serviços de engenharia com valor até
R$1.500.000,00 e compras e outros serviços até R$650.000,00),
sendo certo que com a Lei nº 8.666/93 é modalidade de licitação
realizada entre interessados previamente cadastrados (que
possuem o certi�cado de registro cadastral) e interessados não
cadastrados, mas que preencham os requisitos para cadastramento
até o 3º dia antes do recebimento das propostas. Para os
participantes que apresentarem certi�cado de registro cadastral na
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tomada de preço, a habilitação é prévia porque é feita no momento
da inscrição no registro cadastral. Pela lei nº 8.666/93, quando há
licitantes não cadastrados na tomada de preço, a fase de habilitação
se iguala à da concorrência, pois a comissão de licitação não poderá
mais se limitar a apreciar os certi�cados de registro cadastral
quando houver interessados não cadastrados utilizando-se dessa
nova forma de participação.
Convite. Tem em mira transações de vulto baixo ou menor vulto
(para obras e serviços de engenharia até R$150.000,00 e para
compras e outros serviços até R$80.000,00), em que a publicidade é
mínima porque se processa entre pessoas que operam no ramo da
licitação as quais, pelo menos três delas, cadastradas ou não, são
convidadas, por escrito, a fazerem sua proposta. Pela Lei nº
8.666/93, é modalidade de licitação entre, no mínimo, três
interessados do ramo, cadastrados ou não, que são convidados por
escrito pela Administração, podendo também participar aqueles
que, não sendo convidados, estiverem cadastrados na
correspondente especialidade e manifestarem seu interesse em
participar do convite com antecedência de até 24 horas antes da
apresentação das propostas.
Concurso. É uma disputa entre qualquer interessado para escolha
de trabalho técnico, artístico ou cientí�co, com a instituição de
prêmio ou remuneração aos vencedores. Todas as condições e
critérios de julgamento devem constar do Regulamento do
concurso. Ex.: concurso para desenvolver um projeto para a
Administração.
Leilão. Modalidade de licitação destinada à venda de bens móveis (e
semoventes) inservíveis (inúteis) para a Administração ou aàvenda
de produtos legalmente apreendidos ou penhorados (expressão
errônea da lei que queria dizer dados em penhor) a quem possa
oferecer o maior lance, desde que igual ou superior ao valor da
avaliação. (GONZAGA, 2017).
Pregão. Modalidade de licitação instituída pela Lei nº 10.520/2002
cabível para a aquisição de bens e serviços comuns assim
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considerados aqueles cujos padrões de qualidade e desempenho
possam ser objetivamente de�nidos pelo edital por meio de
especi�cações usuais de mercado. Na verdade, bens comuns são os
de fácil identi�cação e de�nição através de especi�cações gerais, de
conhecimento público. Hoje existe ainda a possibilidade do
chamado pregão eletrônico, que se realiza em sessão público por
meio de sistema eletrônico que promova comunicação pela
internet. Serão nestes casos previamente credenciados junto ao
provedor do sistema eletrônico: o pregoeiro, a autoridade
competente, integrantes da equipe de apoio, os operadores do
sistema e os próprios licitantes. Esse credenciamento é feito
mediante atribuição de “chave de identi�cação” e de senha pessoal
e intransferível para acesso ao sistema. A chave e a senha poderão
ser utilizadas em qualquer pregão.
RDC – Regime Diferenciado de Contratação. Sua disciplina é
aplicada exclusivamente às obras e serviços ligados às licitações e
contratos necessários à realização dos Jogos Olímpicos e
Paraolímpicos de 2016; Copa das Confederações da Federação
Internacional de Futebol Associação – FIFA 2013 e Copa do Mundo
de 2014, e, também, às obras de infraestrutura e de contratação de
serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da Federação
distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das
cidades sedes dos mundiais.
Procedimento da concorrência
O procedimento da modalidade concorrência conta com as seguintesfases:
edital, habilitação, classi�cação e julgamento das propostas, homologação e
adjudicação.
Edital. É o ato pelo qual a Administração faz público seu propósito
de licitar, estabelecendo os requisitos exigidos dos contratantes e
das suas propostas, regula os critérios segundo os quais os avaliará
e �xa as cláusulas do eventual contrato a ser travado. É a lei interna
da licitação. A fonte da licitação e do contrato. Decorre daí que a
Administração não pode exigir além ou aquém do edital. O ato
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convocatório na modalidade convite será a carta-convite. A carta-
convite depende de mera a�xação em local apropriado em que se
realizará a licitação no prazo de cinco dias úteis antes da realização
do evento e recebimento das propostas. Nos demais casos, o edital
deverá ser publicado, pelo menos uma vez, no Diário O�cial da
União, Diário O�cial do Estado ou jornal de grande circulação no
Município (na ausência de diário o�cial do ente federado) com prazo
de antecedência mínimo antes do início da disputa e recebimento
das propostas e que será de: 45 dias para a modalidade concurso e
para a modalidade concorrência quando se contrata regime de
empreitada integral ou quando a licitação é de melhor técnica ou
técnica e preço; 30 dias para as demais hipóteses de concorrência e
também para a tomada cuja licitação for do tipo melhor técnica ou
técnica e preço; 15 dias para as demais hipóteses de tomada de
preço e para o leilão (ARAÚJO, 2018).
habilitação. É a fase em que se analisa os envelopes contendo a
documentação dos licitantes, a �m de veri�car sua idoneidade para
contratar com a Administração. Examinam-se a capacidade jurídica
(é a capacidade para obrigar-se, se for pessoa física, devendo ser
maior e capaz, e se for pessoa jurídica, devendo ser regularmente
constituída), quali�cação técnica (por exemplo: exame atestados de
aptidão e de ISO 9000), quali�cação econômica atestando se a
contratante é capaz de assumir os encargos �nanceiros do contrato
(por exemplo: veri�cação de balanços patrimoniais ou documentos
contábeis do último exercício social) e regularidade �scal para
analisar se há débitos para com as fazendas federal, estadual e
municipal e seguridade social.
O certi�cado de registro cadastral previsto no art. 36 da Lei nº 8.666/93
substitui alguns documentos necessários à habilitação em qualquer
modalidade de licitação, devendo ser complementado na concorrência com
os documentos referentes à quali�cação técnica e econômica. Na fase de
habilitação abre-se em ato público os envelopes contendo a documentação
que deve ser rubricada pelos licitantes presentes e pela comissão
processante. Os licitantes que não estiverem com sua documentação
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conforme o edital serão considerados inabilitados para participar da licitação
e recebem de volta, fechado, o envelope “proposta”, que não será analisado.
Basta a habilitação de um licitante para que se dê prosseguimento
passando-se para a fase de classi�cação e julgamento das propostas, sendo
que os demais �cam excluídos. (NOHARA, 2019).
Classi�cação e julgamento das propostas. É o ato pelo qual a
Administração julgada as propostas dos habilitados conforme
critérios objetivos �xados no edital e as classi�ca em ordem de
preferência em função das vantagens que oferecem. Três são os
critérios de julgamento que poderão ser previstos no edital para �ns
de julgamento das propostas: o de menor preço (será vencedor o
licitante que ofertar o menor preço conforme os termos do edital); o
de melhor técnica (será considerado vencedor o licitante que
apresentar a melhor técnica, sempre conjugada com o menor preço)
e o de técnica e preço (será considerado vencedor o candidato que
obtiver a melhor média ponderada entre os critérios técnica e
preço). Em caso de empate no julgamento das propostas cabe
aplicar os critérios de desempate previstos no art. 3º, § 2º da Lei nº
8.666/93, dando-se preferência: a bens e serviços produzidos e
prestados por empresas brasileiras de capital nacional (cuidado: não
existe mais essa classi�cação na Constituição Federal de 1988, de
modo que essa opção deverá ser desconsiderada, conforme melhor
doutrina); a bens e serviços produzidos e prestados no país; a bens
e serviços produzidos e prestados por empresas brasileiras; ou a
bens e serviços produzidos e prestados por empresas que invistam
em pesquisa e desenvolvimento tecnológico no país. Se mesmo
assim persistir o empate, o desempate far-se-á por sorteio.
Se todas as propostas forem desclassi�cadas, a Administração poderá �xar
aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de outras
propostas, escoimadas das causas que deram margem à desclassi�cação.
Mesmo assim nenhum licitante apresentar proposta hábil à classi�cação, a
licitação será considerada fracassada ou frustrada, cabendo a Administração
promover outra, se achar que é caso de insistir na contratação.
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Do julgamento das propostas caberá recurso administrativo com efeito
suspensivo.
Homologação. É ato pelo qual a autoridade competente superior
(não é mais da competência da comissão processante) aprova o
procedimento licitatório, veri�cando a existência de algum vício de
ilegalidade ou determinando seu saneamento, se cabível. Se o
procedimento estiver em ordem, ela o homologará. A mesma
autoridade pode, por razões de interesse público devidamente
demonstradas (ocorrência de fato superveniente), revogar a
licitação.
Adjudicação. É ato �nal do procedimento pelo qual a autoridade
competente para homologar atribui ao vencedor cuja proposta foi
classi�cada em 1º lugar o objeto da licitação. A Administração não
está obrigada a adjudicar o objeto da licitação. Se achar que é caso
de realmente contratar, o vencedor tem direito à adjudicação, que
somente poderá ocorrer com o aquele colocado em 1º lugar na
licitação. Mas deve-se lembrar que a adjudicação não acarreta
inexoravelmente para a Administração a obrigação de contratar. Até
porque a contratação é ato discricionário da Administração.
DIFERENÇAS PARA OS DEMAIS PROCEDIMENTO DA
TOMADA DE PREÇOS E DO CONVITE:
A) TOMADA DE PREÇOS habilitação é prévia para os portadores do
certi�cado de registro cadastral e faz-se durante o procedimento para os
demais;
B) CONVITE não há propriamente habilitação, porque ou o licitante é
convidado, ou o licitante já é cadastrado;
C) NO PREGÃO PRESENCIAL HÁ UMA INVERSÃO DE FASES DA
CONCORRÊNCIA QUE TEM FEITO TODA A DIFERENÇA EM TERMOS DE
AGILIDADE DO PROCEDIMENTO, QUAL SEJA: EDITAL, JULGAMENTO E
CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS (com possibilidade de lances verbais entre
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os participantes), HABILITAÇÃO DO VENCEDOR, HOMOLOGAÇÃO,
ADJUDICAÇÃO
Anulação e Revogação
INVALIDAÇÃO = casos de ilegalidade no procedimento licitatório
REVOGAÇÃO = casos de conveniência e oportunidade fundados em fatos
supervenientes devidamente comprovados.
DESISTÊNCIA DA LICITAÇÃO: Revoga-se um procedimento concluído e
acabado. Durante o desenvolver do procedimento nada se revoga, apenas
desiste-se.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
(EXAME UNIFICADO XXIV) João foi aprovado em concurso público promovido pelo
Estado Alfa para o cargo de analista de políticas públicas, tendo tomado posse no
cargo, na classe inicial da respectiva carreira. Ocorre que João é uma pessoa
proativa e teve, como gestor, excelentes experiências na iniciativa privada.
Em razão disso, ele decidiu que não deveria cumprir os comandos determinados
por agentes

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