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Análise de Demonstrações Financeiras / Indicadores Iniciais e Análise Vertical - … Itens operacionais e não operacionais Ativos Operacionais (AO) Representa todos os investimentos necessários para que uma empresa consiga gerar receita operacional (caixa mínimo, duplicatas a receber, estoques e imobilizações produ- tivas). Em resumo, o ativo operacional compreende o capital de giro mais o capital fixo. Ativos Não Operacionais São os ativos relacionados aos valores e investimentos de curto prazo excedentes ao necessário para o desenvolvimento das operações fundamentais da empresa. Exemplo: Aplicações financeiras. Passivos Operacionais (PO) O Passivo operacional compreende todos os financiamentos (recursos) oferecidos pela própria operação. Capital de terceiros e capital próprio são os recursos obtidos fora da operação. Representa todos os financiamentos espontâneos, aqueles que são típicos da operação (fornecedores, impostos a pagar incidentes sobre vendas, salários e encar- gos a pagar e adiantamento de clientes são os principais exemplos). Os itens operacionais e não operacionais que integram as demonstrações contábeis, podem ser organizados para fornecer informações adicionais para análise, como ilus- trado a seguir: 1 2 3 4 5 6 7 Voltar Próxima https://dex.descomplica.com.br/modulo-3-ferramenta-estrategico/analise-de-demonstracoes-financeiras-e62d7f/indicadores-iniciais-e-analise-vertical-horizontal Capital Operacional Líquido – COL, (SILVA, 2017) As informações podem ser utilizadas para se terminar o indicador de Capital de Giro Operacional Líquido (CGOL) como demonstra a figura a seguir: Capital de Giro Operacional Líquido – CGOL, (SILVA, 2017) Voltar Próxima Análise Comentada I. O Ativo Total contábil de $ 677.719 em dezembro de 20X3, porém seu ativo operacio- nal líquido é da ordem de $ 260.341; II. O Ativo Circulante Operacional (ACO) totaliza $ 206.044, diferindo do Ativo Circulante Não Operacional, por não ter as Aplicações Financeiras, o Realizável de LP e os Investimentos; III. O ACO representa uma aplicação de recursos em decorrência do volume de vendas da empresa e dos prazos de recebimento das vendas e de rotação de estoques, principalmente. IV. O PCO, no valor de $ 118.038, representa as chamadas fontes espontâneas de re- cursos, provenientes de fornecedores, salários e encargos e impostos sobre vendas; V. O CGOL é uma aplicação líquida de recursos e equivalendo a $ 88.006; VI. O PCO, no valor de $ 118.038, representa as chamadas fontes espontâneas de re- cursos, provenientes de fornecedores, salários e encargos e impostos sobre vendas; Alguns resultados sobre Ativos e Passivos Operacionais: Voltar Próxima → $ 378.379 – $ 118.038 = $ 260.341 COL = AO – PCO → $ 206.044 – $ 118.038 = $ 88.006 ou CGOL = ACO – PCO → $ 88.006 + $ 172.335 = $ 260.341 COL = CGOL + ANCO Indicadores e NOPAT Capital Operacional Líquido (COL) Parcela de Ativos e Passivos Operacionais (relacionados ao core business), formado por parte dos recursos próprios e de terceiros, necessários ao desenvolvimento das ati- vidades da empresa. O COL serve de referência para se estimar o custo do capital aplicado. Capital de Terceiros (CT) Em regra, são financiamentos associados a programas de investimento. Os capitais de terceiros são vistos como financiamentos estruturais, ou seja, financiamentos necessá- rios para que uma empresa possa montar sua estrutura de capital, e não financiamentos contratados para cobrir deficits temporários. Representa os financiamentos de curto e longo prazos obtidos através de bancos, emis- são de debêntures e outros papéis. Voltar Próxima Para fins de determinação do custo, se deve excluir o “benefício” da dedução do IR (t) no resultado. CT = ((Wd x Kd) x (1 – t) Wd – Parcela (%) de capital de 3ºs Kd – Taxa de Custo de Capital de 3ºs t – Alíquota do IR Capital Próprio (CP) Representa os financiamentos dos acionistas. É o dinheiro colocado pelos acionistas na empresa mais os lucros retidos (Patrimônio Líquido). É o Custo de Oportunidade defi- nido pelos proprietários CP = (Wp x Kp) Wp – Parcela (%) de Capital Próprio Kp – Taxa de Custo de Capital Próprio Ativo Operacional Líquido (AOL) Diferença do Ativo Operacional e o Passivo Operacional. Representa a parcela do Ativo Operacional que a administração da empresa terá que buscar em financiamentos fora da operação. AOL = Capital de Giro Líquido + Capital Fixo Voltar Próxima Net Operating Profit After Taxes - NOPAT O Lucro (Operacional) Após Imposto de Renda (LAIR/NOPAT) representa a avaliação do lucro, gerado apenas pelos Ativos Operacionais Líquidos (AOL), sem os efeitos dos impostos. Desconsidera, portanto, os efeitos dos juros e resultado de equivalência patri- monial. O NOPAT é uma medida de remuneração do Capital Operacional Líquido (COL), utilizado pela empresa. Portanto, é uma medida diferente do lucro líquido contá- bil. De modo semelhante, o COL também é diferente do Patrimônio Líquido contábil. NOPAT = EBIT – PROV. IR EBIT – Lucro Operacional Antes do IR (LOAIR) e sem os resultados não operacionais EVA e EBITDA Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) ou Weighted Average Cost of Capital – WACC) Representa a média ponderada da soma dos custos de recursos próprios com recursos de 3ºs. CMPC = (Wp x Kp) + ((Wd x Kd) x (1 – t) Onde: Wp – Parcela (%) de Capital Próprio Kp – Taxa de Custo de Capital Próprio Wd – Parcela (%) de capital de 3ºs Voltar Próxima Kd – Taxa de Custo de Capital de 3ºs t – Alíquota do IR Capital Circulante Líquido (CCL) Parcela de recursos formada pela diferença entre Ativos e Passivos Circulantes, tam- bém tratado como Capital de Giro Líquido. CCL = AC – PC Economic Value Added – EVA Mede os ganhos de capital do investidor em uma ação, assumindo que os dividendos são reinvestidos na empresa. EVA = NOPAT – CC Onde: CC – Custo do Capital obtido pelo CMPC CC = COL x CMPC O EVA guarda algumas características e informações: EVA considera o Custo Médio Ponderado de Capital (próprio + terceiros). O custo do capital próprio é a taxa de retorno exigida pelo acionista; O Lucro contábil considera apenas o custo da dívida; Voltar Próxima EVA considera o resultado estritamente operacional, obtido com os ativos operacionais; Geração (EVA > 0) ou Destruição (EVA < 0) de riqueza; Outras formas de cálculo do EVA: EVA = LUCRO OPER. – (AOL x CMPC) ou EVA = (RSAOL - CMPC) x AOL Sendo: RSAOL = LUCRO OPERACIONAL/AOL RSAOL – Taxa de Retorno sobre AOL Demonstração de Cálculo do EVA – DRE (SILVA, 2017) Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization - EBITDA Voltar Próxima Também conhecido por Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – LAJIRDA. Mede os ganhos de capital do investidor em uma ação, assumindo que os dividendos são reinvestidos na empresa. Muito aplicada em avaliações de empresas. EBITDA = EBIT + DEPRECIAÇÃO + AMORTIZAÇÃO Os indicadores podem ser observados em uma Demonstração do Resultado do Exercício, como a apresentação a seguir: Cálculo do EVA - Exemplo Considere os dados da DRE acima, e que: COL = $ 260.341 Taxa de Custo do Capital (TCC) = 15,08% a.a. NOPAT (LAIR) DO EXERCÍCIO: $ 61.853 Voltar Próxima Qual será o EVA? Solução: Custo do Capital (CC): CC= COL x TCC CC = 260.341 x 15,08% = $ 39.259 Cálculo do EVA: EVA = NOPAT – CC EVA = 61.853 – 39.259 = $ 22.594 EVA > 0 = Houve criação de riquezas. Análise Vertical, Horizontal e inflação Uma das técnicas de aplicação de análise mais simples, entretanto entre as mais impor- tantes, consiste na avaliação do desempenho empresarial, através da Análise Horizontal e Vertical. Nesta técnica, se procura transformar os números das demonstrações contá- beis em índices. Análise Horizontal Promove a transformação dos saldos finais das DCs em percentuais, identificando as variações anuais. Permite a análise de série histórica, onde podemos observara evolu- ção dos saldos das diversas contas que compõem as demonstrações contábeis. A Análise Horizontal pode ser calculada de forma Anualizada (AHA), com a comparação Voltar Próxima sempre em relação ao ano imediatamente anterior ou no formato Encadeada (AHE), com base no primeiro ano da série analisada: Cálculo de Análise Horizontal Anualizada ((Ano Atual – Ano Anterior) / Ano Anterior) x 100 Cálculo de Analise Horizontal Encadeada (Ano Atual / Ano Base) x 100 Exemplo: Considere uma empresa que apresentou os dados a seguir, extraídos de sua Demonstração do Resultado do Exercício, de forma comparativa: Memória de cálculos: AHA Com variação de 20X1 para 20X2: ((24.000 - 20.000)/20.000) x 100 = 20% Com variação de 20X2 para 20X3: ((18.000 - 24.000)/18.000) x 100 = - 25% Voltar Próxima Com variação de 20X3 para 20X4: ((36.000 - 18.000)/36.000) x 100 = 100% Com variação de 20X4 para 20X5: ((25.200 - 36.000)/25.200) x 100 = - 30% AHE Índice em 20X2: (24.000/20.000) x 100 = 120% Índice em 20X3: (18.000/20.000) x 100 = 90% Índice em 20X4: (36.000/20.000) x 100 = 180% Índice em 20X5: (25.200/20.000) x 100 = 126% Análise Vertical Identifica a representatividade das contas das DCs, o seu “grau de importância” para efeitos de análise. Promove a análise da participação percentual dos saldos das diver- sas contas e grupos de contas em relação ao Ativo/Passivo, no Balanço Patrimonial, e à Receita Líquida na Demonstração do Resultado. A Análise Vertical deverá ser calcu- lada, considerando como referência, o total do componente Ativo ou Passivo, para con- tas patrimoniais e o total da Receita Líquida de Vendas, para contas da Demonstração do Resultado do Exercício: Cálculo de AV (Saldo da Conta / Total do Componente) x 100 Exemplo: Voltar Próxima Considere uma empresa que apresentou os dados a seguir, extraídos de seu Balanço Patrimonial: Memória de cálculos: Análise Vertical de Estoques: (20.000 / 100.000) x 100 = 20% Análise Vertical de Disponível: (1.000 / 100.000) x 100 = 1% Efeitos da Inflação Voltar Próxima Segundo Silva, (2017), ao examinar a evolução da receita de vendas (de produtos, mer- cadorias ou serviços) de uma empresa, o analista terá duas grandes questões: 1. Qual a variação real da receita operacional, de um exercício para outro? 2. Como poderia usar uma moeda forte para fins de análise? Para esclarecer estas e outras questões, relacionadas a variação do dinheiro no tempo, é recomendável que os dados analisados sejam: Ajustados sem os índices de inflação do período; ou As demonstrações contábeis, sejam transformadas em moeda forte (dólares, por exemplo) Este processo permitirá uma análise mais conclusiva das demonstrações contábeis, ex- cluindo-se os efeitos inflacionários evitando assim, uma opinião de análise enganosa. Atividade extra Nome da atividade: Filme – Aula de Contabilidade: Análise Vertical e Horizontal - Instituto Monitor Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=uxOodNsiCc0 Referência Bibliográfica SILVA, J. P. Análise Financeira das Empresas. 13ª ed. rev. e ampl. São Paulo. Cengage Learnig. 2017, ISBN 9788522125784 Voltar Próxima PADOVEZE, C. L.; BENEDICTO, G. C. Análise das Demonstrações Financeiras. 3ª ed. rev. ampl. São Paulo. Cengage Learnig. 2017, ISBN 9788522114689 PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis, 8ª Ed., São Paulo. ATLAS. 2019 ISBN 9788597021134 Estranhou essa explicação? Voltar Próxima