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INTRODUÇÃO-À-ENGENHARIA-DE-SEGURANÇA-DO-TRABALHO-3

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1 
 
 
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 CONTEXTO HISTÓRICO | SEGURANÇA NO TRABALHO ................................ 2 
1.1 Origem da Segurança e Saúde no Trabalho .................................................. 2 
1.2 Revolução Industrial ....................................................................................... 4 
1.3 Como Se Deu no Brasil o Surgimento da Segurança e Saúde no Trabalho .. 5 
1.4 Organização Internacional do Trabalho (OIT) ................................................ 7 
2 OS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO ................. 9 
2.1 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho ................................................................................................................... 9 
2.2 Técnico de Segurança do Trabalho ............................................................. 14 
2.3 Engenheiro de Segurança do Trabalho ........................................................ 16 
2.4 Técnico de Enfermagem do Trabalho .......................................................... 18 
2.5 Enfermeiro do Trabalho ................................................................................ 21 
2.6 Médico do Trabalho ...................................................................................... 23 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
1 CONTEXTO HISTÓRICO | SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
1.1 Origem da Segurança e Saúde no Trabalho 
 
No decorrer da história da humanidade, até o período pré-Revolução Industrial, 
poucos são os registros a respeito das atividades ligadas à identificação e à prevenção 
dos riscos no ambiente de trabalho. 
Alguns registros feitos pelo grego Hipócrates, foram encontrados em meados 
do século 4 a.C., ele que foi uma das figuras mais importantes da história da saúde, 
ressaltou a gravidade toxicológica causada pelo chumbo em indivíduos que 
trabalhavam em minas. 
No 5 a.C., Plínio escreveu sobre os perigos envolvendo outras substâncias, 
como enxofre, zinco, mercúrio e poeiras, materiais estes provenientes das atividades 
envolvendo mineração. Ele se referiu a um dos primeiros equipamentos de proteção 
individual, registrando que: quando os trabalhadores estavam expostos à poeira, os 
escravos improvisavam uma forma de proteção amarrando panos ao rosto a fim de 
cobrir nariz e boca e diminuir a sua inalação. 
Até que no final do século XV alguns estudos realizados relacionados a 
algumas doenças específicas geradas por alguns agentes químicos, não especificava 
qual a forma de tratamento. O primeiro estudo que de fato foi completo, foi realizado 
por George Bauer (1494/1555, Inglaterra), conhecido por seu nome latino Georgius 
Agrícola, sua obra “De Re Metallica” foi publicada em 1556. Nela foram estudados os 
problemas relacionados com as atividades de extração e fundição de prata e ouro. 
Onde foi abordado também, os acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre 
os mineiros e os meios de prevenção, ressaltando também a necessidade de 
ventilação no ambiente. 
Agrícola dava destaque para a “asma dos mineiros”. Para ele a doença era 
provocada por poeiras corrosivas. A descrição dos sintomas e a rápida evolução da 
doença indicavam tratar-se de silicose, mas cuja origem não ficou claramente descrita 
por Agrícola (NOGUEIRA, 1981). 
Outros autores que também escreveram sobre esse tema foram Aureolus 
Theophrastus Bembastus von Hohenheim (PARACELSO, 1493/1541). A 
obra publicada em 1567, “Dos ofícios e doenças da montanha”. Trata-se da primeira 
monografia sobre as relações entre trabalho e doença. Foram realizadas numerosas 
3 
 
 
observações, relacionando métodos de trabalho e substâncias manuseadas com 
doenças. Citando na sua obra, a silicose e as intoxicações pelo chumbo e pelo 
mercúrio sofridas pelos mineiros e fundidores de metais (RODRIGUES, 1982; 
NOGUEIRA, 1979; PIN, 1999). 
Os registros encontrados, a segurança e a saúde no trabalho também não eram 
motivos de preocupação para a grande maioria dos empregadores, pois os trabalhos 
pesados e manuais ficavam restritos aos escravos ou aos cidadãos de classes menos 
favorecidas da sociedade. 
Somente em meados de 1700, na cidade de Modena, Itália, o médico italiano 
Bernardino Ramazzini. Publicou uma importante obra a respeito do assunto, a De 
Morbis Artificium Diatriba – As Doenças do Trabalho. Consistia em um verdadeiro 
tratado sobre doenças ocupacionais, no qual estavam descritas pelo menos 50 
ocupações e as respectivas medidas que deveriam ser tomadas no intuito de reduzir 
os perigos à saúde dos trabalhadores. Essa publicação foi considerada pioneira e 
serviu como base para o desenvolvimento da medicina ocupacional, por isso 
Bernardino Ramazzini é visto até os dias atuais como o “pai da medicina ocupacional”. 
Algo interessante ser mencionado é que, nessa época, já existia na sociedade 
europeia a crença de que as doenças ocupacionais causavam perdas de 
produtividade e, consequentemente, de dinheiro advindo do trabalho. Em 1776, o 
economista Adam Smith, publicou a obra A Riqueza das Nações. Em um dos trechos 
do livro, o economista nos diz: 
 
Estando o trabalhador em seu estado normal de saúde, vigor e disposição, e 
no grau normal de sua habilidade e destreza, ele deverá aplicar sempre o 
mesmo contingente de seu desembaraço, de sua liberdade e de sua 
felicidade. O preço que ele paga deve ser sempre o mesmo, qualquer que 
seja a quantidade de bens que receba em troca de seu trabalho (SMITH, 
1776). 
 
Assim, diante do fato de que o potencial máximo de produtividade do trabalhador 
somente poderia ser alcançado quando ele se encontrasse em seu estado normal de 
saúde e vigor, é evidente que as empresas e os empregadores passaram a valorizar 
a manutenção da saúde e a prevenção de doenças ocupacionais, a fim de mantê-lo 
produtivo o quanto fosse possível. 
 
 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595150959/epub/OEBPS/xhtml/B9788535291766000010.xhtml?favre=brett#bib0200
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595150959/epub/OEBPS/xhtml/B9788535291766000010.xhtml?favre=brett#bib0200
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595150959/epub/OEBPS/xhtml/B9788535291766000010.xhtml?favre=brett#bib0165
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595150959/epub/OEBPS/xhtml/B9788535291766000010.xhtml?favre=brett#bib0180
4 
 
 
1.2 Revolução Industrial 
 
Ocorreu a Revolução Industrial no final do século XVIII. Iniciada no continente 
europeu (Inglaterra, França e Alemanha), ficou caracterizada pela invenção da 
máquina a vapor (1784) por James Watts na Inglaterra e pela publicação de Adam 
Smith, The Wealth of the Nations (A Riqueza das Nações), em 1776. Essa invenção 
viabilizava a instalação de indústrias em qualquer lugar, antes restrita às margens dos 
rios (devido ao uso da força hidráulica), e a publicação apontava as vantagens 
econômicas da divisão do trabalho. São inegáveis os benefícios advindos da 
Revolução Industrial, que trouxe, entre outros, o grande aumento da produtividade, 
proporcionando uma ampliação no consumo de bens para a sociedade de um modo 
geral, porém também é inegável o preço pago por tais benefícios pelos trabalhadores 
(RODRIGUES, 1982; WAISSMANN & CASTRO, 1996). 
As condições de trabalho eram bastante degradadas, com numerosos 
acidentes de trabalho graves, mutilantes e fatais, tendo como causas: falta de 
proteção das máquinas, falta de treinamento para sua operação, jornada de trabalho 
prolongada, nível elevado de ruído das máquinas monstruosas ou pelas más 
condições do ambiente de trabalho. Não eram poupadas as mulheres e crianças a 
partir de 6 anos, contratadas com salários mais baixos. 
A primeira referência conhecida ao emprego de um médico numa manufatura 
é de 1789, em QuarryBank (MURRAY, 1987 apud GRAÇA, 2000). Em 1795, Peter 
Holland (1766-1855) era não só médico assistente da família do proprietário dessa 
manufatura como dos seus operários e aprendizes (GRAÇA, 2000). 
Concomitantemente ao bônus, surge o ônus, ou seja, as consequências 
negativas dessa evolução na indústria. 
Em resposta ao processo acelerado de produção em condições cada vez mais 
desumanas, começaram a surgir doenças ocupacionais, e as taxas de acidentes 
relacionados ao trabalho aumentaram a níveis alarmantes – não só homens, mas 
também idosos, mulheres e crianças eram designados para as mais diversas tarefas, 
em condições laborais e de vida muitas vezes deploráveis. Não havia qualquer 
controle sobre a segurança no desempenho das atividades ou a carga horária de 
trabalho e descanso, aumentando a mortalidade em alguns segmentos industriais 
atinge, nesse período, níveis assombrosos. 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter01.html#sec1-2
5 
 
 
Além das difíceis condições de trabalho, nasceu o receio de que a mão de obra 
humana fosse totalmente substituída pelas máquinas, o que desencadeou o primeiro 
movimento de luta operária, iniciado pelos trabalhadores que passaram a reivindicar 
seus direitos associando-se a sindicatos, recusando-se a desempenhar suas 
atividades laborais e resistindo ao controle dos gerentes. Essa revolta forçou os 
empresários capitalistas a pensarem em novas formas de organizar o trabalho. 
Essa foi uma época foi marcada por diversos movimentos sociais e trabalhistas, 
pressionando assim legisladores e políticos. Surgiram, dessa maneira, as legislações 
e proteções aos trabalhadores, que permitiram que as atividades fossem 
regulamentadas. Ainda assim, as mudanças ocorreram de forma muito lenta e 
gradual. Onde as primeiras ações de regulação jurídica dos direitos trabalhistas, 
surgiu o Direito do Trabalho, que se destina a proteger os trabalhadores do 
esgotamento, estabelecendo limites para as horas laborais e garantias mínimas contra 
demissões por meras razões econômicas ou decorrentes do arbítrio patronal. As 
empresas foram obrigadas a melhorar as condições de higiene e segurança, e foram 
criados sistemas de pensões, de reforma e de seguro contra acidentes ou 
desemprego. Sendo criadas também legislações de proteção mais rigorosas para 
mulheres e crianças, os quais eram muito explorados. 
 
1.3 Como Se Deu no Brasil o Surgimento da Segurança e Saúde no Trabalho 
 
No Brasil, não foi registado praticamente nenhum caso de doenças 
relacionadas ao trabalho antes do fim da escravidão. Os escravos eram designados a 
fazem todo o trabalho pesado e manual e, por isso, recebiam pouca importância por 
parte dos senhores. 
Um dos primeiros registros encontrados foi no início do século 20, durante a 
construção da ferrovia Madeira-Mamoré, entre 1907 e 1912, e liderado pelo doutor 
Oswaldo Cruz. Onde foram registrados os primeiros casos de doenças infecciosas 
relacionadas ao trabalho, principalmente em ferrovias. 
A partir de 1920, diversos estudos demonstraram a relação direta entre as más 
condições laborais e a ocorrência de doenças e acidentes no trabalho. Esses registros 
estão diretamente ligados às indústrias europeias transferidas para o Brasil, 
desencadeando aqui um reflexo do que houvera na Europa um século antes. De modo 
semelhante, as pressões dos movimentos sociais e trabalhistas, associadas às 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter01.html#sec1-3
6 
 
 
denúncias de trabalhadores, levaram à publicação de legislações voltadas à proteção 
do trabalhador. 
Destacou-se a seguir alguns registros que foram responsáveis por influenciar 
na elaboração das legislações brasileiras: 
 1918: Decreto no 3.550, cria o Departamento Nacional do Trabalho, 
regulamentando a organização do trabalho; 
 1919: Decreto Legislativo no 3.724, institui a reparação em caso de doença 
contraída pelo exercício do trabalho; é conhecido como a primeira lei sobre 
acidentes de trabalho; 
 1920: reforma “Carlos Chagas”, incorpora a Higiene do Trabalho ao âmbito da 
saúde pública por meio do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), 
órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Higiene do 
Trabalho, ou Higiene Ocupacional, é um termo relacionado à área de 
Segurança e Saúde no Trabalho, mais especificamente ao combate das 
doenças ocupacionais; 
 1923: Decreto no 16.027, cria o Conselho Nacional do Trabalho e a Inspetoria 
de Higiene Industrial e Profissional junto ao Departamento Nacional de Saúde, 
no Ministério da Justiça e Negócios Interiores; 
 1930: Decreto no 19.433, cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, 
desenvolvendo dispositivos regulamentadores das condições de trabalho, da 
organização sindical e da previdência social; 
 1934: Decreto Legislativo no 24.637, cria a Inspetoria de Higiene e Segurança 
do Trabalho, tornando-se conhecido como a segunda lei sobre acidentes de 
trabalho;; 
 1938: a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho se transforma em 
Serviço de Higiene do Trabalho, passando, em 1942, a denominar-se Divisão 
de Higiene e Segurança do Trabalho; 
 1938: fundação da American Conference of Governmental Industrial Hygienists 
(ACGIH), denominada, na ocasião, de National Conference of Governmental 
Industrial Hygienists; 
 1943: pelo Decreto-lei no 5.452, de 1o de maio, entra em vigor a Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT), com capítulo específico dedicado a Higiene e 
Segurança do Trabalho; 
7 
 
 
 1944: Decreto no 7.036, institui a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
(CIPA); 
 1953: Recomendação no 97 da OIT sobre “Proteção da Saúde dos 
Trabalhadores”; 
 1953: Portaria no 155, regulamenta as ações da CIPA; 
 1956: Decreto Legislativo aprova a Convenção no 81 – Fiscalização do 
Trabalho, da OIT; 
 1959: Conferência Internacional do Trabalho aprova a Recomendação no 112, 
que trata dos Serviços de Medicina do Trabalho; 
 1966: Lei no 5.161, cria a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e 
Medicina do Trabalho (Fundacentro), posteriormente denominada Fundação 
Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho; 
 1978: Portaria no 3.214, aprova as Normas Regulamentadoras (NRs) do 
Capítulo V, Título II, da CLT, referentes a segurança e medicina do trabalho; 
após a aprovação provida pela referida Portaria, foram viabilizadas legalmente 
e editadas 28 Normas Regulamentadoras, as quais sofreram várias alterações 
ao longo do tempo, até os dias atuais, inclusive com a inclusão das demais 
NRs, Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho; 
 1988: promulgada a Constituição Federal do Brasil e criadas as Normas 
Regulamentadoras Rurais (NRRs). 
 
1.4 Organização Internacional do Trabalho (OIT) 
 
Através do Tratado de Versalhes, em 1919 foi fundada a Organização 
Internacional do Trabalho (OIT), que possibilitou o desenvolvimento de estudos e 
acordos internacionais em segurança e saúde ocupacional. A OIT colaborou também 
para a promoção dos valores de proteção e significação dos trabalhadores em um 
número cada vez maior de países em todo o mundo. 
A OIT em conjunto com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) 
incumbida de garantir que homens e mulheres possam ter acesso a um trabalho 
decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade. A 
criação da OIT foi considerada como o marco definitivo do Direito Internacional do 
Trabalho. 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter01.html#sec1-4
8 
 
 
O termo “trabalho decente”, formalizado pela OIT em 1999, tem como 
finalidade, o respeito aos direitos do trabalhador, em especial aqueles definidos como 
essenciais pela Declaração Relativa aos Direitos e Princípios Fundamentais no 
Trabalho e que são os quatro objetivos estratégicos dessaorganização: 
 Liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva; 
 Eliminação de todas as formas de trabalho forçado; 
 Abolição efetiva do trabalho infantil; 
 Eliminação de todas as formas de discriminação em matéria de emprego e 
ocupação, promoção do emprego produtivo e de qualidade, extensão da 
proteção social e fortalecimento do diálogo social. 
Foi por meio da OIT que passaram a surgir diversos tratados internacionais que 
visavam promover a melhoria das condições de segurança e saúde no trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
2 OS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO 
 
2.1 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho 
 
Foi instituído em 27 de julho de 1972, o Serviço Especializado em Engenharia 
de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). Essa foi a época em que o Brasil 
liderava o ranking de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Diante de tal 
cenário desfavorável, o governo se viu diante da necessidade de tomar uma 
providência que impactasse as empresas e revertesse, em curto prazo, o quadro 
crítico. 
O país passou a sofrer pressão por parte da Organização Internacional do 
Trabalho (OIT) e estava também com uma péssima imagem que projetava 
internacionalmente. Para que revertesse o quanto antes o cenário em que se 
encontrava, foi criado o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho, também popularmente conhecido como SESMT, estabelecido 
no Art. 162 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e regulamentado pela Norma 
Regulamentadora no 4 (NR-4) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
Por não haver se baseado em quaisquer referências, sendo desenvolvido a 
partir de ideias totalmente nacionais, foram encontradas muitas dificuldades no início 
da implantação do SESMT, como, por exemplo, a necessidade de formação 
emergencial de vários profissionais para composição e implantação do serviço, a 
definição do campo de atuação de tais profissionais e a aceitação por parte dos 
empregados e empregadores, que não entendiam a importância dos profissionais de 
segurança e saúde no trabalho na empresa. 
Na época, a criação do SESMT teve um reflexo positivo também na esfera 
social, pois era comum, até então, que as empresas atuassem de maneira desumana, 
oferecendo aos empregados locais de trabalho sem a menor condição de segurança 
e de qualidade de vida. Tratava-se de um momento em que os sindicatos estavam 
envolvidos com outras questões e não priorizavam as discussões a respeito das 
condições de trabalho. 
Os trabalhadores estavam acostumados a encarar o risco de acidente como se 
fizesse parte do processo produtivo. Com o tempo, essa visão mudou; hoje, o 
trabalhador é um aliado da segurança do trabalho e não aceita mais exercer suas 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter02.html#sec2-1
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter02.html#sec2-1
10 
 
 
funções em condições inseguras, sem qualidade de vida, participando ativamente das 
cobranças e sugestões de melhorias para o ambiente de trabalho. 
Nos dias que correm, o profissional especializado na área de segurança e 
saúde no trabalho não atua apenas com o objetivo de prevenir acidentes e cumprir a 
legislação vigente, mas também acrescenta valores ao negócio da organização por 
meio de ações de segurança e saúde que levam à redução das despesas com 
doenças ocupacionais e afastamentos, acidentes de trabalho e reclamações 
trabalhistas, os quais, ainda que de forma indireta, podem afetar os custos do produto 
ou serviço final destinado aos clientes. 
Após anos de muito trabalho, experiência, atualização e criação de leis, normas 
e procedimentos, o Brasil tornou-se referência para muitos países na área de 
segurança e saúde no trabalho, com modelos exemplares de legislação, literaturas 
específicas e cases de sucesso apresentados internacionalmente. 
Apesar da posição de prestígio conseguida ao longo do tempo, ainda hoje 
estamos entre os líderes mundiais de acidentes de trabalho, atrás apenas da China, 
EUA e Rússia. Essa aparente contradição se deve ao fato de que estamos passando 
por constante desenvolvimento em diversas áreas de negócios, como, por exemplo, 
o segmento da construção civil e energias, além de empresas e trabalhadores ainda 
não terem naturalizado a cultura de segurança e saúde no trabalho. 
O Anuário Estatístico da Previdência Social apresenta os números de acidentes 
de trabalho no país durante o ano. Na Figura 1 são apresentados os números de 
acidentes de trabalho entre os anos de 2005 e 2014. 
A Figura 1 demonstra que o índice de acidentes de trabalho no Brasil ainda é 
bastante elevado. Vale destacar que esses números, disponibilizados pela 
Previdência Social, são oficiais, ou seja, consideram apenas as notificações de 
ocorrências relativas a trabalhadores que possuem trabalho formal, ou seja, registro 
em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). 
Se considerarmos todas as ocorrências de acidentes, notificadas ou não, 
incluindo os referentes a trabalhadores que não possuem registro na CTPS, esse 
número poderia ser bem maior. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), em pesquisa realizada em parceria com o Ministério da Saúde, o 
número de acidentes de trabalho entre 2012 e 2013, envolvendo trabalhadores com 
ou sem registro em carteira de trabalho, está próximo de 5 milhões, ou seja, um 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter02.html#fig2-1
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11 
 
 
número muito superior ao que foi apresentado pela Previdência Social para o mesmo 
período. 
 
Figura 1 - Número de acidentes de trabalho no Brasil entre os anos de 2005 e 2014 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência Social. 
 
Esses dados assustadores demonstram que o mercado de trabalho necessita 
cada vez mais de profissionais especializados para aplicar procedimentos de 
segurança e medidas de controle, auxiliar na implementação da cultura de prevenção 
e segurança e reduzir o número de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, 
além de fazer cumprir a legislação, diminuindo, assim, o passivo trabalhista para as 
empresas e garantindo um ambiente saudável e motivador para os trabalhadores. 
Os empresários, progressivamente mais preocupados em estabelecer um 
conceito de empresa cidadã e socialmente responsável, vêm aumentado o 
investimento em segurança e saúde no ambiente de trabalho e melhorando, portanto, 
a qualidade de vida de seus colaboradores, o que expande e diversifica os serviços 
dos profissionais especializados do SESMT. 
O item 4.1 da NR-4, que trata da criação dos SESMT, diz que: 
As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta 
e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados 
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), manterão, 
obrigatoriamente, Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a 
integridade do trabalhador no local de trabalho. 
12 
 
 
O SESMT tem a sua existência jurídica assegurada nas empresas, em nível de 
legislação ordinária, por meio do Art. 162 da CLT: 
Art. 162 – As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo 
Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados 
em segurança e em medicina do trabalho. 
Parágrafo único – As normas a que se refere este artigo estabelecerão: 
a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a 
natureza do risco de suas atividades. 
b) o número mínimo de profissionais especializados exigido em cada 
empresa, segundo o grupo em que se classifique, na formada alínea anterior. 
c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de 
trabalho. 
d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em 
segurança e em medicina do trabalho, nas empresas. 
 
Nas empresas, o SESMT é dimensionado com base nas determinações da NR-4, 
que estabelece, a partir do grau de risco da atividade principal e da quantidade total 
de empregados, o número mínimo de profissionais para cada perfil de empresa e o 
tipo de profissional que a mesma deve possuir. O SESMT de uma empresa pode ser 
constituído por técnico de segurança do trabalho, engenheiro de segurança do 
trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho, enfermeiro do trabalho e médico do 
trabalho. Segue abaixo o dimensionamento dos SESMT – definição do número de 
profissionais que devem compor o SESMT da empresa de construção. 
 
Tabela 1 - Dimensionamento dos SESMT – definição do número de profissionais que devem 
compor o SESMT da empresa de construção. 
Grau Técnicos 
Número de empregados no estabelecimento 
50 
a 
100 
101 
a 
250 
251 
a 
500 
501 
a 
1.000 
1.001 
a 
2.000 
2.001 
a 
3.500 
3.501 
a 
5.000 
Acima de 5.000 para cada grupo 
de 4.000 ou fração acima de 
2.000** 
1 Técnico de segurança 
do trabalho 
 1 1 1 2 1 
Engenheiro de 
segurança do trabalho 
 1* 1 1* 
Auxiliar de enfermagem 
do trabalho 
 1 1 1 
Enfermeiro do trabalho 1* 
Médico do trabalho 1* 1* 1 1* 
2 Técnico de segurança 
do trabalho 
 1 1 2 5 1 
13 
 
 
Engenheiro de 
segurança do trabalho 
 1* 1 1 1* 
Auxiliar de enfermagem 
do trabalho 
 1 1 1 1 
Enfermeiro do trabalho 1 
Médico do trabalho 1* 1 1 1 
3 Técnico de segurança 
do trabalho 
 1 2 3 4 6 8 3 
Engenheiro de 
segurança do trabalho 
 1* 1 1 2 1 
Auxiliar de enfermagem 
do trabalho 
 1 2 1 1 
Enfermeiro do trabalho 1 
Médico do trabalho 1* 1 1 2 1 
4 Técnico de segurança 
do trabalho 
1 2 3 4 5 8 10 3 
Engenheiro de 
segurança do trabalho 
 1* 1* 1 1 2 3 1 
Auxiliar de enfermagem 
do trabalho 
 1 1 2 1 1 
Enfermeiro do trabalho 1 
Médico do trabalho 1* 1* 1 1 2 3 1 
*Tempo parcial (mínimo de 3 h). **O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em 
consideração o dimensionamento de faixas de 3.501 a 5.000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) 
de 4.000 ou fração acima de 2.000. 
Observação: hospitais, ambulatórios, maternidades, casas de saúde e repouso, clínicas e 
estabelecimentos similares com mais de 500 empregados deverão contratar um enfermeiro em tempo 
integral. 
Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência Social. Alterada pela Portaria SSMT no 34, de 11 de 
dezembro de 1987. 
 
Grau de risco (GR) é uma expressão muito conhecida na área de segurança e 
saúde do trabalho e diz respeito a uma classificação numérica variável entre 1 e 4 
relacionada à intensidade do risco da principal atividade econômica da empresa. 
Essas atividades são descritas pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
(CNAE). Cada empresa deve conhecer a sua classificação, que pode ser obtida 
no site da Receita Federal por meio do número de Cadastro Nacional de Pessoa 
Jurídica (CNPJ), e, posteriormente, consultar o seu GR na NR-4. 
De modo geral, cabe ao SESMT orientar os empregados a respeito dos riscos 
existentes no local de trabalho, realizar ações para reduzi-los ou eliminá-los, com o 
14 
 
 
intuito de estabelecer a segurança e a saúde no trabalho, prevenir acidentes e 
doenças ocupacionais, melhorar a qualidade de vida dos profissionais, bem como 
preservar o meio ambiente e o patrimônio da empresa. 
Adiante veremos a importância de cada um dos profissionais do SESMT, suas 
atribuições no campo de trabalho, remuneração e número mínimo de profissionais 
necessários de acordo com o GR da empresa, entre outras informações mais 
específicas. 
 
2.2 Técnico de Segurança do Trabalho 
 
Até a década de 50 esse profissional era conhecido como inspetor de 
segurança do trabalho, cuja função predominante era providenciar alguns 
equipamentos de proteção individual e fiscalizar o seu uso pelos profissionais, 
aplicando punições quando fosse necessário. Não havia ação educativa ou de 
orientação quanto à importância da segurança e da saúde no ambiente de trabalho. 
O cenário em que o Brasil se encontrava no setor industrial era um crescimento 
desordenado, tornando-se líder em acidentes de trabalho, conforme vimos no nosso 
levantamento histórico. 
Com a pressão para que o Brasil reduzisse o número de acidentes, a função 
de inspetor de segurança do trabalho foi criada de forma emergencial e para atender 
a essa demanda específica. Assim, a Fundacentro foi designada para formação 
desses profissionais, por meio de um curso de 100 horas; posteriormente, o curso 
passou a ser ministrado, também, pelas instituições de ensino em geral. 
Somente em 1985 essa profissão passou a ser regulamentada pela Lei 
no 7.410, de 27 de novembro, que “dispõe sobre a especialização de engenheiros e 
arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho e a profissão de Técnico de 
Segurança do Trabalho”, e, posteriormente, pelo Decreto no 92.350, de 09 de abril de 
1986, sendo assim denominada como técnico de segurança do trabalho. 
Por se tratar de uma profissão regulamentada, é necessário o registro 
profissional junto ao MTE, conforme estabelecido na NR-27 – registro profissional do 
técnico de segurança do trabalho –, que diz em seu Art. 1o: 
O exercício da profissão do técnico de segurança do trabalho depende de 
prévio registro no Ministério do Trabalho através da Secretaria de Segurança 
e Saúde no Trabalho ou das Delegacias Regionais do Trabalho. 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter02.html#sec2-3
15 
 
 
A referida NR foi revogada pela Portaria no 262, de 29 de maio de 2008, sendo 
o registro profissional de técnico de segurança do trabalho regulado, a partir de então, 
por tal portaria. 
As atividades desempenhadas pelo técnico de segurança do trabalho estão 
descritas na Portaria no 3.275, de 21 de setembro de 1989. Esse profissional deve 
dedicar-se a desempenhar exclusivamente as atribuições descritas nessa portaria, 
não sendo permitido o exercício de nenhuma outra função paralela ou similar e que 
não esteja estabelecida em lei. 
De acordo com o Art. 1o da portaria, o técnico de segurança do trabalho é 
responsável pelas seguintes atribuições: 
I. Informar o empregador, por meio de parecer técnico, sobre os riscos 
existentes nos ambientes de trabalho, bem como orientá-lo sobre as medidas 
de eliminação e neutralização; 
II. Informar os trabalhadores sobre os riscos da sua atividade, bem como as 
medidas de eliminação e neutralização; 
III. Analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de 
risco de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho e a 
presença de agentes ambientais agressivos ao trabalhador, propondo sua 
eliminação ou seu controle; 
IV. Executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e avaliar 
os resultados alcançados, adequando-os às estratégias utilizadas de maneira 
a integrar o processo prevencionista em uma planificação, beneficiando o 
trabalhador; 
V. Executar programas de prevenção de acidentes do trabalho, doenças 
profissionais e do trabalho nos ambientes de trabalho, com a participação dos 
trabalhadores, acompanhando e avaliando seus resultados, bem como 
sugerindo constante atualização dos mesmos e estabelecendo 
procedimentos a serem seguidos; 
VI. Promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, 
reuniões, treinamentos e utilizar outros recursos de ordem didática e 
pedagógica com o objetivo de divulgar as normas de segurança e higiene do 
trabalho, assuntos técnicos, visando evitar acidentes do trabalho, doenças 
profissionaise do trabalho; 
VII. Executar as normas de segurança referentes a projetos de construção, 
aplicação, reforma, arranjos físicos e de fluxos, com vistas à observância das 
medidas de segurança e higiene do trabalho, inclusive por terceiros; 
VIII. Encaminhar aos setores e áreas competentes normas, regulamentos, 
documentação, dados estatísticos, resultados de análises e avaliações, 
materiais de apoio técnico, educacional e outros de divulgação para 
conhecimento e autodesenvolvimento do trabalhador; 
IX. Indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio, 
recursos audiovisuais e didáticos e outros materiais considerados 
indispensáveis, de acordo com a legislação vigente, dentro das qualidades e 
especificações técnicas recomendadas, avaliando seu desempenho; 
X. Cooperar com as atividades do meio ambiente, orientando quanto ao 
tratamento e destinação dos resíduos industriais, incentivando e 
conscientizando o trabalhador da sua importância para a vida; 
XI. Orientar as atividades desenvolvidas por empresas contratadas, quanto 
aos procedimentos de segurança e higiene do trabalho previstos na 
legislação ou constantes em contratos de prestação de serviço; 
16 
 
 
XII. Executar as atividades ligadas a segurança e higiene do trabalho 
utilizando métodos e técnicas científicos, observando dispositivos legais e 
institucionais que objetivem a eliminação, controle ou redução permanente 
dos riscos de acidentes do trabalho e a melhoria das condições do ambiente, 
para preservar a integridade física e mental dos trabalhadores; 
XIII. Levantar e estudar os dados estatísticos de acidentes do trabalho, 
doenças profissionais e do trabalho, calcular a frequência e a gravidade 
destes para ajustes das ações prevencionistas, normas, regulamentos e 
outros dispositivos de ordem técnica que permitam a proteção coletiva e 
individual; 
XIV. Articular-se e colaborar com os setores responsáveis pelos recursos 
humanos, fornecendo-lhes resultados de levantamentos técnicos de riscos 
das áreas e atividades para subsidiar a adoção de medidas de prevenção em 
nível de pessoal; 
XV. Informar os trabalhadores e o empregador sobre as atividades insalubres, 
perigosas e penosas existentes na empresa, seus riscos específicos, bem 
como as medidas e alternativas de eliminação ou neutralização dos mesmos 
XVI. Avaliar as condições ambientais de trabalho e emitir parecer técnico que 
subsidie o planejamento e a organização do trabalho de forma segura para o 
trabalhador; 
XVII. Articular-se e colaborar com os órgãos e entidades ligados à prevenção 
de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho; 
XVIII. Participar de seminários, treinamentos, congressos e cursos visando 
ao intercâmbio e ao aperfeiçoamento profissional. 
 
2.3 Engenheiro de Segurança do Trabalho 
 
O engenheiro de segurança do trabalho é o profissional graduado em 
engenharia ou arquitetura, com pós-graduação em Engenharia de Segurança do 
Trabalho, onde os cursos devem ser aprovados pelo CONFEA (Conselho Federal de 
Engenharia e Agronomia) e CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia). 
Não existe graduação específica nessa área, apenas a especialização em nível de 
pós-graduação exclusiva para os engenheiros e arquitetos. 
No Brasil, assim como o técnico de segurança do trabalho, essa profissão é 
regulamentada pela Lei no 7.410, que dispõe também sobre a especialização em nível 
de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho para engenheiros e 
arquitetos, desde a sua publicação em 27 de novembro de 1985. 
Antes da publicação dessa lei, a Fundacentro era responsável, também, pela 
formação dos profissionais de engenharia de segurança do trabalho. Os cursos eram 
realizados pela própria Fundacentro ou por instituições de ensino superior 
conveniadas. 
O (CREA) é a instituição responsável pelo registro desse profissional, nela que 
são definidas as disciplinas e a matriz curricular do curso de formação de engenharia 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter02.html#sec2-4
17 
 
 
de segurança do trabalho. Todo o processo de credenciamento das instituições de 
ensino que ofertam o curso de especialização, devem ser aprovados pelo CREA. 
Não há no Brasil um sindicato específico para engenheiros de segurança do 
trabalho, que, por isso, fazem parte do sindicado dos engenheiros em geral. O que 
existe em alguns estados são associações específicas para engenharia de segurança; 
em São Paulo, por exemplo, temos a Associação Paulista dos Engenheiros de 
Segurança do Trabalho (APAEST), cuja missão consiste na “atuação na defesa de 
seus associados, fortalecer a engenharia de segurança do trabalho, promover o 
desenvolvimento sustentável na comunidade, incluindo a melhoria das condições de 
trabalho e a preservação do meio ambiente e da integridade física dos trabalhadores”. 
Por se tratar de uma profissão regulamentada, existem diversas leis e 
resoluções referentes à Engenharia de Segurança do Trabalho. A principal delas é a 
Resolução no 325, de 27 de novembro de 1987, que “dispõe sobre o exercício 
profissional, o registro e as atividades do engenheiro de segurança do trabalho, e dá 
outras providências”. 
O Art. 1o dessa resolução trata do exercício da especialização de engenheiro 
de segurança do trabalho, que é permitido, exclusivamente: 
I. Ao engenheiro ou arquiteto, portador de certificado de conclusão de curso 
de especialização no nível de pós-graduação em Engenharia de Segurança 
do Trabalho; 
II. Ao portador de certificado de curso de especialização em Engenharia de 
Segurança do Trabalho, realizado em caráter prioritário, pelo Ministério do 
Trabalho; 
III. Ao possuidor de registro de engenheiro de segurança do trabalho, 
expedido pelo Ministério do Trabalho, dentro de 180 (cento e oitenta) dias da 
extinção do curso referido no item anterior. 
O Art. 2o trata dos conselhos regionais, que concederão o registro dos 
engenheiros de segurança do trabalho, procedendo à anotação nas carteiras 
profissionais já expedidas. 
O Art. 3o informa que, para o registro, só serão aceitos certificados de cursos 
de pós-graduação credenciados pelo Conselho Federal de Educação, ressalvadas as 
hipóteses contempladas nos incisos II e III do Art. 1o. 
O Art. 4o diz que as atividades exercidas pelos engenheiros e arquitetos na 
especialidade de Engenharia de Segurança do Trabalho envolvem: 
1. Supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os serviços de 
Engenharia de Segurança do Trabalho; 
18 
 
 
2. Estudar as condições de segurança dos locais de trabalho e das 
instalações e equipamentos, com vistas especialmente aos problemas de 
controle de risco, controle de poluição, higiene do trabalho, ergonomia, 
proteção contra incêndio e saneamento; 
3. Planejar e desenvolver a implantação de técnicas relativas a 
gerenciamento e controle de riscos; 
4. Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos técnicos 
e indicar medidas de controle sobre grau de exposição e agentes agressivos 
de riscos físicos, químicos e biológicos, tais como: poluentes atmosféricos, 
ruídos, calor, radiação em geral e pressões anormais, caracterizando as 
atividades, operações e locais insalubres e perigosos; 
5. Analisar riscos, acidentes e falhas, investigando causas, propondo 
medidas preventivas e corretivas e orientando trabalhos estatísticos, inclusive 
com respeito a custos; 
6. Propor políticas, programas, normas e regulamentos de segurança do 
trabalho, zelando pela sua observância; 
7. Elaborar projetos de sistemas de segurança e assessorar a elaboração de 
projetos de obras, instalações e equipamentos, opinando do ponto de vista 
da engenharia de segurança; 
8. Estudar instalações, máquinas e equipamentos, identificando seus pontos 
de risco e projetando dispositivos de segurança; 
9. Projetar sistemas de proteção contra incêndio, coordenar atividades de 
combate a incêndio e de salvamento e elaborar planospara emergência e 
catástrofes; 
10. Inspecionar locais de trabalho no que se relaciona com a segurança do 
trabalho, delimitando áreas de periculosidade; 
11. Especificar, controlar e fiscalizar sistemas de proteção coletiva e 
equipamentos de segurança, inclusive os de proteção individual e os de 
proteção contra incêndio, assegurando-se de sua qualidade e eficiência; 
12. Opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e 
equipamentos cuja manipulação, armazenamento, transporte ou 
funcionamento possam apresentar riscos, acompanhando o controle do 
recebimento e da expedição; 
13. Elaborar planos destinados a criar e desenvolver a prevenção de 
acidentes, promovendo a instalação de comissões e assessorando-lhes o 
funcionamento; 
14. Orientar o treinamento específico de segurança do trabalho e assessorar 
a elaboração de programas de treinamento geral, no que diz respeito à 
segurança do trabalho; 
15. Acompanhar a execução de obras e serviços decorrentes da adoção de 
medidas de segurança, quando a complexidade dos trabalhos a executar 
assim o exigir; 
16. Colaborar na fixação de requisitos de aptidão para o exercício de funções, 
apontando os riscos decorrentes desses exercícios; 
17. Propor medidas preventivas no campo de segurança do trabalho, em face 
do conhecimento da natureza e gravidade das lesões provenientes do 
acidente de trabalho, incluídas as doenças do trabalho; 
18. Informar aos trabalhadores e à comunidade, diretamente ou por meio de 
seus representantes, as condições que possam trazer danos à sua 
integridade e as medidas que eliminam ou atenuam estes riscos e que 
deverão ser tomadas. 
 
2.4 Técnico de Enfermagem do Trabalho 
 
O auxiliar de enfermagem do trabalho é o profissional com formação em auxiliar 
de enfermagem. 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter02.html#sec2-5
19 
 
 
De acordo com a NR-4, as empresas são obrigadas a manter em seu quadro 
de funcionários o auxiliar de enfermagem do trabalho. Tem se tornado comum, porém, 
que as instituições de ensino deixem de formar o auxiliar de enfermagem do trabalho, 
dando exclusividade apenas para o técnico de enfermagem do trabalho, o que, para 
as empresas, acaba se tornando um bom negócio, pois terão a possibilidade de 
contratar um profissional mais especializado. Hoje, quem inicia o curso de auxiliar de 
enfermagem acaba dando preferência ao curso técnico, ao passo que os auxiliares já 
formados estão voltando para escola para complementar sua formação por meio do 
curso de formação e de especialização de nível técnico. 
A inclusão do auxiliar de enfermagem do trabalho junto à equipe de saúde 
ocupacional ocorreu em 1972 por meio da Portaria no 3.237 do MTE, que tratava da 
obrigatoriedade da existência dos SESMT no Brasil. 
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Conselho Regional de 
Enfermagem (Coren) são os responsáveis pelos critérios de formação, registro e 
fiscalização desses profissionais. Existem diversas leis e resoluções pertinentes à 
enfermagem do trabalho; a Resolução no 238/2000 do Cofen “fixa normas para a 
qualificação em nível médio de enfermagem do trabalho e dá outras providências”. 
Esse profissional integra o SESMT com a finalidade de promover a saúde do 
trabalhador no ambiente de trabalho, auxiliando os demais profissionais do SESMT. 
De acordo com a Lei no 7.498/1986, que “dispõe sobre a regulamentação do exercício 
da Enfermagem”, esse profissional deve atuar sob a supervisão de um enfermeiro do 
trabalho no atendimento ambulatorial, além de exercer as seguintes atividades: 
 Atender o trabalhador; 
 Auxiliar nos exames admissionais; 
 Atender as emergências e oferecer primeiros socorros; 
 Coletar materiais para exames quando necessário; 
 Fazer encaminhamento de exames laboratoriais; 
 Preparar o empregado para a realização de exame médico; 
 Auxiliar nas campanhas educativas e eventos de segurança e saúde no 
trabalho, como, por exemplo, campanhas de prevenção a diabetes, doenças 
sexualmente transmissíveis (DST), tabagismo, hipertensão, obesidade, 
alcoolismo e drogas ilícitas; 
 Controlar e preparar equipamentos; 
20 
 
 
 Organizar, controlar e arquivar documentos médicos. 
Para a Associação Nacional de Enfermagem do Trabalho (Anent), existe 
diferença entre os perfis do técnico e do auxiliar de enfermagem. Enquanto o técnico 
de enfermagem desempenha atividades de colaboração com o enfermeiro do 
trabalho, no que diz respeito às atividades de planejamento, programação, orientação 
e execução de atividades, o auxiliar de enfermagem restringe-se à execução de 
atividades planejadas. 
De acordo com a Anent, as atribuições do técnico de enfermagem do trabalho são: 
 Participar, junto ao enfermeiro, de: 
•Planejamento, programação e orientação das atividades de enfermagem do 
trabalho 
•Desenvolvimento e execução de programas de avaliação da saúde dos 
trabalhadores 
•Elaboração e execução de programas de controle das doenças transmissíveis 
e não transmissíveis e de vigilância epidemiológica dos trabalhadores 
•Execução dos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção 
de acidentes e de doenças profissionais 
 Executar todas as atividades de enfermagem do trabalho, exceto as privativas 
do enfermeiro 
 Integrar a equipe de saúde do trabalhador. 
Já o auxiliar de enfermagem do trabalho carrega as seguintes atribuições: 
 Auxiliar o enfermeiro na execução de programas de avaliação da saúde dos 
trabalhadores, de acordo com a sua qualificação: 
•Observando, reconhecendo e descrevendo sinais e sintomas 
•Executando ações de simples complexidade 
 Executar atividades de enfermagem do trabalho, de acordo com a sua 
qualificação, nos programas de: 
•Prevenção e controle das doenças profissionais e acidentes de trabalho 
•Controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis e vigilância 
epidemiológica dos trabalhadores 
•Educação para a saúde da clientela 
 Integrar a equipe de saúde dos trabalhadores. 
21 
 
 
O técnico e o auxiliar de enfermagem do trabalho auxiliam o SESMT no 
desenvolvimento de projetos, aplicando técnicas que visam à prevenção e ao controle 
de doenças do trabalho, auxiliando na investigação de acidentes, quando necessário, 
e na realização de treinamentos específicos relacionados à saúde dos trabalhadores. 
 
2.5 Enfermeiro do Trabalho 
 
O enfermeiro do trabalho é o profissional graduado em enfermagem e 
especialista em enfermagem do trabalho. No ambiente empresarial, é o líder e o 
responsável pelos técnicos e auxiliares de enfermagem do trabalho; presta serviço de 
atendimento aos funcionários no ambulatório da empresa ou, quando necessário, nos 
setores, exerce atividades relacionadas a higiene ocupacional, medicina e segurança 
do trabalho e coordena o auxiliar e/ou técnico de enfermagem do trabalho, integrando 
a equipe do SESMT. 
No Brasil, a enfermagem do trabalho no Brasil vem ganhando espaço ao longo 
dos anos. A inserção do enfermeiro do trabalho nas equipes de saúde ocupacional 
ocorreu em 1975 por meio da Portaria no 3.460 do MTE. A princípio, era visto como 
um profissional de atendimento a emergências nas empresas, o que não o valorizava 
muito, já que os casos de atendimento emergencial dentro das empresas eram raros, 
para não dizer improváveis. Hoje, essa visão mudou, principalmente após a 
publicação de legislações mais densas e a mudança de conceitos de empresários e 
funcionários, que modificaram a maneira como o enfermeiro do trabalho poderia atuar 
nas empresas, ampliando a sua gama de atribuições no que diz respeito à promoção 
da saúde e à prevenção de doenças. O enfermeiro do trabalho atua, também, em 
controle das atividades, desenvolvimento de projetos e pesquisas, bem como presta 
atendimento aos empregados em situações de emergência. 
Dentre as atribuições do enfermeiro do trabalho, de acordo com a Classificação 
Brasileira de Ocupação(CBO) 0-71.40, temos suas principais funções descritas 
abaixo: 
 Estudar as condições de segurança e periculosidade da empresa, efetuando 
observações nos locais de trabalho e discutindo-as em equipe, para identificar 
as necessidades no campo da segurança, higiene e melhoria do trabalho; 
 Elaborar e executar planos e programas de proteção à saúde dos empregados, 
participando de grupos que realizam inquéritos sanitários, estudam as causas 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter02.html#sec2-6
22 
 
 
de absenteísmo, fazem levantamentos de doenças profissionais e lesões 
traumáticas, procedem a estudos epidemiológicos, coletam dados estatísticos 
de morbidade e mortalidade de trabalhadores, investigando possíveis relações 
com as atividades funcionais, para obter continuidade operacional e aumento 
da produtividade; 
 Executar e avaliar programas de prevenções de acidentes e de doenças 
profissionais ou não profissionais, fazendo análise da fadiga, dos fatores de 
insalubridade, dos riscos e das condições de trabalho do menor e da mulher, 
para propiciar a preservação de integridade física e mental do trabalhador; 
 Prestar primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou 
doença, fazendo curativos ou imobilizações especiais, administrando 
medicamentos e tratamentos e providenciando o posterior atendimento médico 
adequado, para atenuar consequências e proporcionar apoio e conforto ao 
paciente; 
 Elaborar e executar ou supervisionar e avaliar as atividades de assistência de 
enfermagem aos trabalhadores, proporcionando-lhes atendimento 
ambulatorial, no local de trabalho, controlando sinais vitais, aplicando 
medicamentos prescritos, curativos, inalações e testes, coletando material para 
exame laboratorial, vacinações e outros tratamentos, para reduzir o 
absenteísmo profissional; 
 Organizar e administrar o setor de enfermagem da empresa, provendo pessoal 
e material necessários, treinando e supervisionando auxiliares de enfermagem 
do trabalho, atendentes e outros, para promover o atendimento adequado às 
necessidades de saúde do trabalhador; 
 Treinar trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material adequado 
ao tipo de trabalho, para reduzir a incidência de acidentes; 
 Planejar e executar programas de educação sanitária, divulgando 
conhecimentos e estimulando a aquisição de hábitos sadios, para prevenir 
doenças profissionais, mantendo cadastros atualizados, a fim de preparar 
informes para subsídios processuais nos pedidos de indenização e orientar em 
problemas de prevenção de doenças profissionais. 
Além das funções definidas pela CBO, é também sua função registrar dados 
estatísticos de acidentes e doenças profissionais, mantendo cadastros atualizados, a 
23 
 
 
fim de preparar informes para subsídios processuais nos pedidos de indenização e 
orientar em problemas de prevenção de doenças profissionais. 
 
2.6 Médico do Trabalho 
 
Essa é uma especialidade que trata das relações entre a saúde dos 
trabalhadores no seu campo de trabalho. Cuidando da prevenção de acidentes, 
doenças ocupacionais e do trabalho, desenvolvendo programas apropriados de 
segurança, saúde e qualidade de vida no trabalho. Para proporcionar aos 
trabalhadores o bem-estar nos âmbitos sociais e profissionais. 
O médico do trabalho é o profissional graduado em Medicina e especialista em 
Medicina do Trabalho. Dentro de uma empresa, é o responsável por área médica, 
procedimentos de saúde, realização de consultas e atendimentos médicos, tratamento 
e acompanhamento das doenças dos profissionais, negociação com empresas, 
implantação e acompanhamento de ações de prevenção de doenças e promoção da 
saúde dos trabalhadores, por meio de programas e serviços de saúde, efetuando 
perícias e auditorias médicas e elaborando documentos de medicina do trabalho. 
Entre as demais tarefas do médico do trabalho estão elaboração, implantação 
e implementação do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), 
que se baseia nas informações apresentadas no Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA) desenvolvido pelo engenheiro de segurança do trabalho e pelo 
técnico de segurança do trabalho. 
Dentre as atribuições do médico do trabalho, temos: as investigações de 
acidentes e doenças ocupacionais e do trabalho; elaboração a comunicação de 
acidente de trabalho (CAT); avaliações ergonômicas; auxilio na elaboração do Laudo 
Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) e dos laudos de insalubridade 
e periculosidade; dentro outros. 
 
 
 
 
 
 
 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527730600/epub/OEBPS/Text/chapter02.html#sec2-7
24 
 
 
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Outros materiais