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Exame do sistema nervoso - motricidade

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Semiologia P2 Alexia F. Gomes | MED 20 
Exame do sistema nervoso 
→Exame da motricidade 
Compreende a avaliação dos seguintes 
tópicos: 
• Trofismo: volume e contorno dos 
músculo; 
• Tônus muscular: estado de contração 
basal; 
• Movimentos voluntários; 
• Determinação da força. 
*A via motora direta é a principal responsável 
pela execução de movimentos voluntários, e é 
constituída pelo trato corticoespinhal (TCE) e 
pelos motoneurônios alfa. Na decussação das 
fibras do TCE no bulbo há a formação do TCE 
lateral – relacionado aos movimentos 
apendiculares com velocidade e destreza - e 
do TCE anterior – relacionado aos movi-
mentos axiais e multissegmentares. 
TROFISMO MUSCULAR 
A técnica do exame envolve inspeção, 
palpação, percussão e medida dos músculos 
– determinando, assim, o volume e a 
consistência dos músculos. Devem ser 
avaliadas deformidades esqueléticas, 
assimetrias e despropor-ções musculares. 
Atrofia: o músculo fica com consistência 
amolecida. Pode ser resultante de transtornos 
do neurônio motor inferior – há atrofia e 
fraqueza proporcionais - ou dos músculos – 
atrofia é mais significativa do que a fraqueza. 
Pseudo-hipertrofia: é característica da 
Distrofia Muscular de Duchenne, que 
apresenta aumento aparente do volume 
muscular por excesso de deposição de 
gordura ou tecido conjuntivo. Frequente nas 
panturrilhas. 
Hipertrofia muscular verdadeira: ocorre por 
situação fisiológica ou por doenças que levam 
à contração muscular excessiva. 
Resposta idiomuscular: pode haver 
fasciculações (contrações involuntárias do 
músculo como “pulinhos na carne”), miotonia 
(de ação ou de percussão – essa última ocorre 
nos reflexos com martelo), rippling, etc. 
TÔNUS MUSCULAR 
É o grau de resistência muscular à 
movimentação passiva (movimento 
involuntário). 
Expresso por dois componentes funcionais: 
um neural e um muscular. 
Pode ser afetado por lesões no TCE lateral, 
no cerebelo, nos núcleos da base, SNP e nos 
músculos. 
Técnica de exame: primeiramente observa a 
postura do paciente e depois faz a 
movimentação passiva das suas articulações 
(o examinador que exerce o movimento no 
paciente). Devem ser feitas flexão, abdução, 
adução, extensão e rotação das articulações. 
Além disso, esses movimentos devem ser 
feitos lentamente e rapidamente. 
Dor pode restringir os movimentos e simular 
hipertonia. 
Teste de pêndulo de Wartemberg: feito 
empurrando as pernas do paciente para trás. 
A resposta normal é o movimento ir cessando 
progressivamente. 
Pode ser feito movimento para trás e para 
frente dos ombros. Quando o movimento é 
amplo, o paciente estando relaxado, pode 
indicar hipotonia. 
 Quando há espasticidade, o aumento do 
tônus é observado. Ocorre por disfunção do 
TCE lateral e os movimentos tornam-se 
bruscos e irregulares. 
Alterações tonígeas: 
• Na hipotonia os movimentos são mais 
amplos e de maior duração. 
• A hipertonia pode ser de dois tipos: 
plástica ou elástica. A hipertonia 
plástica é evidenciada no aumento do 
tônus em toda a extensão do 
movimento, idependente da sua 
velocidade ou direção. Pode ocorrer a 
postura parkinsoniana ou 
hemiparkinsoniana. 
• Já a hipertonia elástica, também 
conhecida por espasticidade, é 
caracterizada pelo sinal do canivete, 
Semiologia P2 Alexia F. Gomes | MED 20 
em que o movimento é mais difícil no 
início e se torna mais fácil no seu 
decorrer (aproximando da maior 
amplitude). Ela é eletiva, não 
ocorrendo em qualquer músculo do 
nosso corpo. Pode haver a atitude de 
Wernicke-Mann. 
MANOBRAS DEFICITÁRIAS (PROVAS 
PARÉTICAS) 
São utilizadas em caso de suspeita de lesão 
do SNC, principalmente no sistema piramidal 
– TCE. Adota-se uma postura e tenta mantê-
la por dois minutos. Pode haver normalidade, 
déficit motor sutil ou déficits motores 
verdadeiros e graves, em que o paciente não 
consegue adotar a postura recomendada. 
Membros superiores: 
• Manobra dos braços estendidos 
(Mingazzini dos membros superiores): 
braços estendidos horizontalmente 
com mãos supinadas. Em caso de 
paresia, ocorre adução dos dedos, 
pronação da mão, queda do punho, 
flexão do cotovelo e queda do braço. 
 
• Manobra de Raimiste: paciente em 
decúbito dorsal ou sentado, com 
braços ao longo do corpo, cotovelo 
fletido a 90º e dedos abduzidos. Em 
caso de paresia há adução dos dedos, 
flexão do punho e queda do braço. 
 
 
• Manobra de percussão do polegar com 
índice de M. Fisher: deve percutir o 
polegar com o índice rapidamente. 
• Manobras de rolamento: paciente com 
punhos cerrados e antebraços na sua 
frente, deve executar movimentos 
circulares dos antebraços. Pode fazer 
também o rolamento dos dedos índices 
um sobre o outro. 
 
Membros inferiores: 
• Manobra de Mingazzini: em decúbito 
dorsal o paciente deve fletir o quadril 
sobre o tronco e realizar flexão do 
joelho e tornozelo, todos a 90º. Em 
plegias o paciente não consegue 
adotar a posição de prova e em 
paresias há oscilação dos movimentos. 
• Manobra de Barré: paciente em 
decúbito ventral com joelhos 
flexionados. Exige a musculatura 
flexora da coxa. Pode ter os três 
momentos expressos nas imagens: 
Semiologia P2 Alexia F. Gomes | MED 20 
 
• Prova da queda do membro inferior em 
abdução: paciente em decúbito dorsal, 
o examinador flete as coxas e pernas 
mantendo a região plantar sobre o leito. 
Quando o examinador solta o dorso 
dos pés, em casos de déficit dos 
músculos avaliados, há abdução da 
coxa e extensão das pernas. Em 
paresia essa queda é mais rápida. 
Pode ser feita em pacientes 
comatosos. 
MANOBRAS DE OPOSIÇÃO DE FORÇA 
São realizadas em caso de suspeita de lesão 
do SNP. 
Nessas manobras, a ação predominante de 
um grupo muscular ou de um músculo 
específico é avaliada. 
A articulação deve estar fixada (o examinador 
pode fornecer o apoio). 
Músculos de força moderada: avaliação 
iniciada com o músculo maximamente 
encurtado. 
Músculos fortes: inicia a avaliação com o 
músculo maximamente alongado – para 
fornecer uma desvantagem mecânica, em 
contrapartida o encurtamento oferece 
vantagem nos músculos de força moderada. 
• Escala de força: 
o 0 → nada 
o 1 → sem movimento articular 
o 2 → articulação tem movimento 
apenas no plano horizontal – não 
vence a gravidade. 
o 3 → vence apenas a gravidade 
o 4- → vence pouca resistência 
o 4+ → vence muita resistência 
o 5 → tem força normal 
 
• Pescoço: paciente em decúbito dorsal 
ou sentado deve fletir o pescoço com o 
queixo em direção ao tórax. O 
examinador exerce pressão 
empurrando a testa do paciente. 
• Coluna: deve-se inspecionar a postura 
(observa desvios, acentuação ou 
achatamento das curvaturas 
fisiológicas) e depois, com o paciente 
em decúbito dorsal e seus braços sobre 
o dorso, pede para que estenda a 
coluna afastando o apêndice xifoide da 
maca. 
• Abdome: paciente em decúbito dorsal, 
deve tentar sentar-se contra força 
exercida pelo examinador na porção 
superior do tronco. Pode haver sinal de 
Beevor, caracterizado por 
deslocamento da cicatriz umbilical em 
sentido cefálico na paresia dos 
músculos do andar inferior. 
• Tórax: avaliação da tosse voluntária 
com contração do diafragma. 
• Ombro e escápula: o paciente deve 
elevar o ombro contra a resistência. 
Pode haver escápula alada, que 
aparece em diferentes movimentos a 
depender do músculo que está fraco. 
Pode também avaliar a abdução do 
ombro, com o paciente com braços à 
frente em posição neutra e o 
examinador tentando afastá-los. 
 
Semiologia P2 Alexia F. Gomes | MED 20 
• Movimentos do cotovelo: avalia a 
flexão do cotovelo com os braços à 
frente em posição semifletida. O 
examinador estabiliza a articulação 
segurando o cotovelo e com a outra 
mão aplica pressão tentando estender 
o antebraço. 
 
• Movimentos do punho: mão supinada e 
fechada, com antebraço estabilizadopelo examinador, é pedido que o 
paciente faça flexão com desvio ulnar 
com pressão sobre a região 
hipotenariana – avalia o flexor ulnar do 
carpo. Além disso, pode fazer pressão 
para estender o punho em direção 
radial para avaliar o flexor radial do 
carpo. 
 
• Mãos e dedos: 
 
 
 
 
• Há ainda a avaliação dos movimentos 
do quadril, do joelho, do tornozelo, do 
pé e dos artelhos/dedos. 
*Sinergias = movimentos associados a outros 
movimentos (exemplo: balançar os braços 
enquanto anda) 
*Sincinesias = movimentos associados 
considerados patológicos. 
Fonte: Semiologia Neurológica, Unicamp.

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