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ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

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SEFAZ-BA
SECRETARIA DO ESTADO DA FAZENDA DA BAHIA
Pós-edital
NOÇÕES DE IGUALDADE RACIAL 
E DE GÊNERO
ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL
Livro Eletrônico
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho
SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Jéssica Sousa, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima
REVISOR(A): Nathália Souza Medeiros Rodrigues
DIAGRAMADOR: Weverton Carvalho
CAPA: Washington Nunes Chaves
Gran Cursos Online
SBS Quadra 02, Bloco J, Lote 10, Edifício Carlton Tower, Sala 201, 2º Andar, Asa Sul, Brasília-DF
CEP: 70.070-120
Capitais e regiões metropolitanas: 4007 2501
Demais localidades: 0800 607 2500 Seg a sex (exceto feriados) / das 8h às 20h
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TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode 
ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recupe ração de informações ou transmitida 
sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos 
autorais e do editor.
© 03/2019
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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NOÇÕES DE IGUALDADE RACIAL E DE GÊNERO
Estatuto da Igualdade Racial
Prof.ª Patrícia Maciel
Estatuto da Igualdade Racial ........................................................................7
1. Breve Introdução ....................................................................................7
2. Título I – Disposições Preliminares: Conceitos e Definições Gerais .................8
2.1. Discriminação Racial ou Étnico Racial ......................................................9
2.2. Desigualdade Racial ...........................................................................10
2.3. Desigualdade de Gênero e Raça ...........................................................11
2.4. População Negra ................................................................................11
2.5. Políticas Públicas ................................................................................12
2.6. Ações Afirmativas ..............................................................................12
3. Título II – Dos Direitos Fundamentais ......................................................14
3.1. Do Direito à Saúde .............................................................................15
3.2. Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer ..........................20
4. Título III – Do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR) 34
4.1. Dos Objetivos do SINAPIR ...................................................................36
4.2. Da Organização e Competência do SINAPIR ...........................................36
4.3. Das Ouvidorias Permanentes e do Acesso à Justiça e à Segurança ............37
4.4. Do Financiamento das Iniciativas de Promoção da Igualdade Racial...........39
5. Constituição do Estado da Bahia .............................................................41
5.1 Do Negro ...........................................................................................41
6. Constituição da República Federativa do Brasil (art. 1º, 3º, 4º e 5º) e 
Constituição do Estado da Bahia (Cap. XXIII “Do Negro”) ...............................42
6.1. Constituição da República Federativa do Brasil (arts. 1º, 3º, 4º e 5º) ........42
6.2. Art. 5º Dos Direitos e Garantias Fundamentais dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos ..............................................................................45
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NOÇÕES DE IGUALDADE RACIAL E DE GÊNERO
Estatuto da Igualdade Racial
Prof.ª Patrícia Maciel
Anexo .....................................................................................................60
Questões de Concurso ...............................................................................85
Gabarito ................................................................................................ 112
Questões Comentadas ............................................................................. 113
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NOÇÕES DE IGUALDADE RACIAL E DE GÊNERO
Estatuto da Igualdade Racial
Prof.ª Patrícia Maciel
Olá, querido(a) aluno(a)! Tudo bem com você? Espero que sim!
Sou a Professora Patrícia Maciel e estarei junto com você nessa jornada de 
estudos envolvendo o concurso da Secretaria de Fazenda do Estado da Bahia, no 
tocante ao conteúdo envolvendo o Estatuto da Igualdade Racial; Constituição da 
República Federativa do Brasil (arts. 1º, 3º, 4º e 5º). Constituição do Estado da 
Bahia, (Cap. XXIII “Do Negro”).
Uma breve explanação sobre mim, sou militante na advocacia desde 2009, 
eterna e incondicional estudante da área do direito. Além da prática advocatícia, 
exerço com muita honra e paixão a profissão de docente nas cadeiras de direito em 
graduação, especialização e cursos preparatórios para concursos públicos.
Também atuei como vice-presidente da Comissão da Igualdade Racial da Ordem 
dos Advogados do Brasil – OAB/DF, Subseção de Taguatinga, atuando frontalmente 
em combate à desigualdade racial.
Além das minhas profissões, que exerço com muito amor e paixão, administro 
rotinas envolvendo minha vida pessoal, incluindo casa, marido e filhos. E por que 
menciono este ponto? Simples, para que você saiba que não está sozinho. Todos 
nós temos obrigações e metas a serem traçadas para chegar a um propósito. E a 
sua aqui, é claro, é ter a tão sonhada aprovação neste concurso.
Logo, todo o esforço e todos os percalços do caminho serão recompensados 
após você encontrar seu nome escrito na lista de aprovados. Mesmo diante das 
mais diversas dificuldades, e ainda que as lágrimas sejam sua companheira nas 
madrugadas de estudo, lembre-se que valerá a pena!
Assim, vamos focar, erguer as mangas, e mãos à obra rumo ao sucesso! Conte 
comigo para o que for necessário ao alcance do seu objetivo.
Deixo a você meu e-mail para quaisquer dúvidas existentes: patriciamaciell@
hotmail.com.
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NOÇÕES DE IGUALDADE RACIAL E DE GÊNERO
Estatuto da Igualdade Racial
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Pois bem, o assunto aqui abordado se refere ao Estatuto da Igualdade Racial 
previsto pela Lei n. 12.288/2010. O objetivo aqui é trazer a você informações su-
ficientes que lhe permita gabaritar a prova envolvendo o assunto de NOÇÕES DE 
IGUALDADE RACIAL E DE GÊNERO.
Você deve estar se perguntando agora:
Professora, mas qual o objetivo da previsão de estudo sobre Igualdade Racial 
no Edital do meu concurso?Simples. Levando em consideração as diversas violações a direitos fundamen-
tais, a finalidade da Banca ao exigir este conteúdo é permitir uma análise das ga-
rantias previstas na LEI destinadas à população negra, da efetivação da igualdade 
de oportunidades, da defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e 
do combate à discriminação e das demais formas de intolerância étnica.
Metodologia aplicada
Levando em consideração que o Estatuto contém 65 artigos, a intenção des-
te material é aprofundar o estudo nos assuntos mais cobrados pelas Bancas, e, 
é claro, mais precisamente pela FGV, permitindo a você que entenda os conceitos 
previstos, sem a necessidade de decorá-los, e trazer exercícios que te deixarão 
tranquilos na hora da prova.
Levando em consideração ausência de questões suficientes da banca do seu con-
curso, trouxe a você uma coletânea de questões de diversas bancas examinadoras.
Por fim, transcrevo no material a literalidade da Lei logo ao final da nossa aula, 
para facilitar seus estudos e possíveis consultas.
Assim, mãos à obra!
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Estatuto da Igualdade Racial
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ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL
1. Breve Introdução
Antes de qualquer coisa, vale a pena trazer para você a estrutura esquemati-
zada do Estatuto da Igualdade racial, que lhe propiciará um melhor entendimento 
sobre o assunto.
O Estatuto se divide em quatro títulos:
1) Disposições preliminares, que trazem conceitos e definições gerais para 
melhor definição da Lei;
2) Direitos fundamentais, que tratam sobre saúde, educação, lazer, cultura, 
liberdade, moradia, trabalho, meios de comunicação;
3) SINAPIR – Sistema Nacional de promoção da Igualdade Racial, que 
definem os OBJETIVOS do sistema;
4) Disposições finais.
Em ilustração, portanto, conferimos o esqueleto de todo o assunto abordado na 
Lei n. 12.288/2010:
Estatuto da
Igualdade Racial
Título I
Disposições preliminares: conceitos e definições gerais.
Título II
Direitos Fundamentais: Saúde, Educação, Cultura, Esporte, Lazer,
Liberdade de consciência e de crença e livre exercício dos cultos religiosos.
Título III
SINAPIR – Sistema Nacional de promoção da Igualdade Racial.
Título IV
Disposições finais.
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Estatuto da Igualdade Racial
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2. Título I – Disposições Preliminares: Conceitos e Defi-
nições Gerais
A Lei n. 12.288/2010 institui o Estatuto da Igualdade Racial, com a FINALI-
DADE de garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, 
a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discrimi-
nação e às demais formas de intolerância étnica.
Além das normas constitucionais relativas aos princípios fundamentais, aos di-
reitos e garantias fundamentais e aos direitos sociais, econômicos e culturais, 
o Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz político-jurídica a inclusão das 
vítimas de desigualdade étnico-racial, a valorização da igualdade étnica e o forta-
lecimento da identidade nacional brasileira.
Veja que a intenção da Lei ao criar o Estatuto foi coibir qualquer ato de violação 
a direitos envolvendo a população negra, repudiar todas as formas de intolerância 
relacionadas à etnia, e, ainda, INSTITUIR um sistema de promoção da igualdade 
racial — no caso o SINAPIR — de modo a efetivar políticas públicas afirmativas des-
tinadas a superar todas as desigualdades étnicas existentes no Brasil.
Questão 1 (MPE/SP/2013) À vista das regras contidas no Estatuto da Igualdade 
Racial, julgue o item seguinte.
O Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz político-jurídica a inclusão das 
vítimas de desigualdade étnico-racial, a valorização da igualdade étnica e o forta-
lecimento da identidade nacional brasileira.
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Estatuto da Igualdade Racial
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Certo.
É exatamente o que prevê o artigo 3º do Estatuto. Veja que a Banca cobrou a lite-
ralidade da Lei, dentro do título que trata sobre as disposições preliminares.
Pois bem, levando em consideração que estamos tratando sobre conceitos e 
definições (previstos no título I do Estatuto), vamos analisar o artigo 1º da Lei n. 
12.288/2010, que faz exatamente essas definições:
2.1. Discriminação Racial ou Étnico Racial
Trata-se de toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, 
cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou 
restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de di-
reitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, 
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.
Há discriminação racial quando um empregador decide contratar um branco em 
vez de um preto somente por causa da cor da pele dos dois, por exemplo.
Veja que a lei traz de forma clara que discriminação racial ou étnico racial NÃO é 
somente distinção baseada em cor de pele.
Aqui merece, ainda, um esclarecimento simples sobre distinção entre raça e etnia.
O conceito de raça se relaciona a fatores ligados a questões biológicas, tais como 
cor de pele e traços físicos da pessoa.
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Estatuto da Igualdade Racial
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Já a etnia diz respeito a questões culturais, tais como a nacionalidade, religião, tra-
dições etc. Trata-se de povo com mesmo costume.
http://slideplayer.com.br/slide/11005909/
2.2. Desigualdade Racial
A DESIGUALDADE racial se resume no caso de toda SITUAÇÃO injustificada de 
diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pú-
blica e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica.
As desigualdades de condições dizem respeito à diferença entre indivíduos em 
termos de condições de vida. Por exemplo, se algumas pessoas têm renda muito 
alta, e várias outras, renda muito baixa, então há muita desigualdade de renda de 
forma injustificada.
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Estatuto da Igualdade Racial
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2.3. Desigualdade de Gênero e Raça
Assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a distância social en-
tre mulheres negras e os demais segmentos sociais.
http://www.cnte.org.br/index.php/comunicacao/cnte-noticias/12766-leia-o-jor-
nal-mural-do-dia-da-consciencia-negra-2013.html
2.4. População Negra
Para fins do Estatuto, a população negra é o conjunto de pessoas que se autode-
claram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pela Fundação Institu-
to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição análoga.
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http://www.cnte.org.br/index.php/comunicacao/cnte-noticias/12766-leia-o-jornal-mural-do-dia-da-consciencia-negra-2013.html
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Estatuto da Igualdade Racial
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2.5. Políticas Públicas
São ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cumprimento de 
suas atribuições institucionais. Ou seja, são conjuntos de decisões tomadas pelo 
Estado com o objetivo de garantir direitos constitucionais a vários ou determinados 
grupos sociais.
2.6. Ações Afirmativas
Programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa priva-
da para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de 
oportunidades. A exemplos de ações afirmativas podemos citar o sistema de cotas 
existente no País, a qual se funda na necessidade de superar o racismo estrutural e 
institucional ainda existente na sociedade brasileira, e garantir a igualdade material 
entre os cidadãos, por meio da distribuição mais equitativa de bens sociais e da 
promoção do reconhecimento da população afrodescendente. (ADC 41, Relator(a): 
Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 08/06/2017, PROCESSO ELE-
TRÔNICO DJe-180 DIVULG 16-08-2017 PUBLIC 17-08-2017)
O Estatuto da Igualdade Racial traz uma RESPONSABILIDADE BIPARTITE 
para a observância dos direitos nele previstos. Ou seja, cabe ao ESTADO e à 
SOCIEDADE essa obrigação.
Assim, é dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de oportunidades, 
reconhecendo a todo cidadão brasileiro, independentemente da etnia ou da cor da 
pele, o direito à participação na comunidade, especialmente nas atividades políti-
cas, econômicas, empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo 
sua dignidade e seus valores religiosos e culturais.
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Estatuto da Igualdade Racial
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Observe, portanto, que a responsabilidade de garantir os direitos constitucio-
nais de forma igualitária a todo cidadão não se restringe ao Estado, mas se estende 
a toda a sociedade de forma geral.
A participação da população negra, em condição de igualdade de oportunidade, 
na vida econômica, social, política e cultural do País será promovida, PRIORITA-
RIAMENTE, por meio de:
I – inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento econômico e social;
II – adoção de medidas, programas e políticas de ação afirmativa;
III – modificação das estruturas institucionais do Estado para o adequado enfren-
tamento e a superação das desigualdades étnicas decorrentes do preconceito 
e da discriminação étnica;
IV – promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o combate à discriminação 
étnica e às desigualdades étnicas em todas as suas manifestações individu-
ais, institucionais e estruturais;
V – eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e institucionais que im-
pedem a representação da diversidade étnica nas esferas pública e privada;
VI – estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas da sociedade civil 
direcionadas à promoção da igualdade de oportunidades e ao combate às 
desigualdades étnicas, inclusive mediante a implementação de incentivos e 
critérios de condicionamento e prioridade no acesso aos recursos públicos;
VII – implementação de programas de ação afirmativa destinados ao enfrenta-
mento das desigualdades étnicas no tocante à educação, cultura, esporte e 
lazer, saúde, segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, 
financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça, e outros.
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Estatuto da Igualdade Racial
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É importante aqui mencionar que a promoção de igualdade de oportunidade da po-
pulação negra se dará de forma PRIORITÁRIA por meio dos programas previstos; 
e não de forma EXCLUSIVA!
Questão 2 (IBFC/EMBASA/2015) Considerando as disposições da Lei Federal n. 
12.288, de 20/07/2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial, sobre o que a 
referida lei considera de forma precisa, desigualdade racial, é correto afirmar:
Toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e 
oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência 
ou origem nacional ou étnica.
Certo.
É a literalidade do artigo 1º inciso II da Lei n. 12.228/2010.
3. Título II – Dos Direitos Fundamentais
Aluno(a), em inauguração a este tópico, não custa lembrar que os direitos fun-
damentais a que se refere o Estatuto da Igualdade Racial são aqueles previstos, 
exemplificativamente, na Constituição Federal, que garantem o mínimo existencial 
básico à pessoa humana, tais como vida, educação, lazer etc.
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Estatuto da Igualdade Racial
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Geralmente em sala de aula gosto de mencionar aos meus alunos que no Direi-
to as palavras falam, e, portanto, quando nos referimos a direitos fundamentais, 
podemos extrair que se trata de direitos que fundamentam a existência humana, 
sem os quais a existência humana não seria possível.
Pois bem. Para melhor elucidação, os direitos fundamentais previstos no Estatu-
to estão distribuídos entre os artigos 6º ao 46 do estudado diploma legal. São eles:
3.1. Do Direito à Saúde
O direito à saúde da população negra será garantido pelo poder público me-
diante políticas universais, sociais e econômicas destinadas à redução do risco de 
doenças e de outros agravos.
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Estatuto da Igualdade Racial
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O acesso universal e igualitário ao Sistema Único de Saúde (SUS) para promo-
ção, proteção e recuperação da saúde da população negra será de responsabilidade 
dos órgãos e instituições públicas federais, estaduais, distritais e municipais, da 
administração direta e indireta.
O poder público garantirá que o segmento da população negra vinculado aos 
seguros privados de saúde seja tratado sem discriminação.
Para garantir o direito à saúde da população negra, o poder público efetivará 
políticas públicas, mediante conjunto de ações, as quais constitui a Política Nacional 
de Saúde Integral da população Negra, pautadas nas seguintes diretrizes:
•	 Ampliação e fortalecimento da participação de lideranças dos movimentos so-
ciais em defesa da saúde da população negra nas instâncias de participação 
e controle social do SUS;
•	 Produção de conhecimento científico e tecnológico em saúde da população 
negra;
•	 Desenvolvimento de processos de informação, comunicação e educação para 
contribuir com a redução das vulnerabilidades da população negra.
Logo, seguindo as diretrizes aqui listadas, a POLÍTICA NACIONAL DE SAÚ-
DE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA atuará com OBJETIVOS específicos nos 
moldes do Estatuto:
•	 Promover a saúde integral da população negra, priorizando a redução das desi-
gualdades étnicas e o combate à discriminação nas instituições e serviços do SUS;
•	 Melhorar a qualidade dos sistemas de informação do SUS no que tange à coleta, 
ao processamento e à análise dos dados desagregados por cor, etnia e gênero;
•	 Fomentar a realização de estudos e pesquisas sobre racismo e saúde da 
população negra;
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Estatuto da Igualdade Racial
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•	 Incluir o conteúdo da saúde da população negra nos processos de formação e 
educação permanente dos trabalhadores da saúde;
•	 Incluir a temática saúde da população negra nos processos de formação 
política das lideranças de movimentos sociais para o exercício da participação 
e controle social no SUS.
Não custa lembrar que objetivos são pontos atrativos das bancas para 
cobrança em prova. E as questões geralmente cobram a literalidade da Lei.
É importante lembrar, ainda, que os moradores das comunidades de remanes-
centes de quilombos serão beneficiários de incentivos específicos para a garantia 
do direito à saúde, incluindo melhorias nas condições ambientais, no saneamento 
básico, na segurança alimentar e nutricional e na atenção integral à saúde.
Em que pese nosso estudo se lastrear em torno do Estatuto da Igualdade Ra-
cial, em rápidas palavras, não é demais destacar o Decreto n. 4.887/2003, que 
regulamenta o procedimento administrativo para identificar determinado grupo 
quilombola. Vejamos:
Art. 2º Consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins 
deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com tra-
jetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de 
ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida.
§ 1º Para os fins deste Decreto, a caracterização dos remanescentes das comunidades 
dos quilombos será atestada mediante autodefinição da própria comunidade”.
Curiosidade: Quilombolas são descendentes de africanos escravizados que man-
têm tradições culturais, de subsistência e religiosas ao longo dos séculos.
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Atualmente tramita perante o STF uma Ação Direta de Inconstitucionalidade 
(ADI) n. 3239 contra o Decreto n. 4.887/2003, a qual discute, dentre outras ques-
tões, que para a caracterização dos quilombolas por meio de autodefinição da pró-
pria comunidade, não é este o único e isolado critério que embasa a titulação das 
terras. Para haver o reconhecimento, são necessárias outras fases técnicas, entre 
as quais o relatório técnico de identificação e delimitação de terras e a observância 
de diversos critérios antropológicos de natureza objetiva (http://www.stf.jus.br/
portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=361471).
Questão 3 (MPE-SP/MPE-SP/2013) À vista das regras contidas no Estatuto da 
Igualdade Racial, é correto afirmar que:
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, organizada de acordo 
com as diretrizes especificadas na Lei n. 12.288/2010, é constituída de um conjun-
to de ações de saúde voltadas à população negra.
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Certo.
Exatamente o que prevê o artigo 7º da Lei que diz:
O conjunto de ações de saúde voltadas à população negra constitui a Política Nacional 
de Saúde Integral da População Negra, organizada de acordo com as diretrizes abaixo 
especificadas:
I – ampliação e fortalecimento da participação de lideranças dos movimentos sociais 
em defesa da saúde da população negra nas instâncias de participação e controle social 
do SUS;
II – produção de conhecimento científico e tecnológico em saúde da população negra;
III – desenvolvimento de processos de informação, comunicação e educação para con-
tribuir com a redução das vulnerabilidades da população negra.
Questão 4 (CESPE/DPU/2017) Acerca da proteção a grupos vulneráveis, julgue o 
seguinte item.
O reconhecimento da ascendência quilombola pelas autoridades federais independe 
de a própria comunidade atribuir-se essa característica.
Errado.
Conforme o Decreto n. 4.887/2003:
Art. 2º Consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins 
deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com tra-
jetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de 
ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida.
§ 1º Para os fins deste Decreto, a caracterização dos remanescentes das comunidades 
dos quilombos será atestada mediante autodefinição da própria comunidade.
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3.2. Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Como não poderia ser diferente, é claro, a população negra tem direito a parti-
cipar de atividades educacionais, culturais, esportivas e de lazer adequadas a seus 
interesses e condições,de modo a contribuir para o patrimônio cultural de sua co-
munidade e da sociedade brasileira.
E para cumprir tais direitos, o Poder Público, em suas esferas federais, estadual, 
distrital e municipal adotará as seguintes providências:
•	 Promoção de ações para viabilizar e ampliar o acesso da população negra ao 
ensino gratuito e às atividades esportivas e de lazer;
•	 Apoio à iniciativa de entidades que mantenham espaço para promoção social 
e cultural da população negra;
•	 Desenvolvimento de campanhas educativas, inclusive nas escolas, para que a 
solidariedade aos membros da população negra faça parte da cultura de toda 
a sociedade;
•	 Implementação de políticas públicas para o fortalecimento da juventude ne-
gra brasileira.
3.2.1. Da Educação
No que diz respeito à Educação, é obrigatório o estudo da história geral da África 
e da história da população negra no Brasil, nos moldes da Lei n. 9.394/1996, que 
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Curiosidade: aliás, reforço que apesar de nosso estudo permear apenas a análi-
se do Estatuto da Igualdade Racial, vale a pena mencionar que a Lei n. 9.394/1996 
prevê que o ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das di-
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ferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das 
matrizes indígena, africana e europeia. E mais. O artigo 26-A e parágrafo 1º da Lei 
de diretrizes e bases da educação nacional destaca que:
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e 
privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. 
(Redação dada pela Lei n. 11.645, de 2008).
§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da 
história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir des-
ses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta 
dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o 
negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições 
nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada 
pela Lei n. 11.645, de 2008).
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas 
brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas 
áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. (Redação dada pela Lei 
n. 11.645, de 2008).
Os conteúdos referentes à história da população negra no Brasil serão minis-
trados no âmbito de todo o currículo escolar, resgatando sua contribuição decisiva 
para o desenvolvimento social, econômico, político e cultural do País.
Nas datas comemorativas de caráter cívico, os órgãos responsáveis pela educa-
ção incentivarão a participação de intelectuais e representantes do movimento negro 
para debater com os estudantes suas vivências relativas ao tema em comemoração.
O PODER EXECUTIVO FEDERAL (aqui faço uma consideração importante, pois o 
Estatuto da Igualdade Racial prevê expressamente que o poder executivo FEDERAL 
incentivará), por meio dos órgãos competentes, incentivará as instituições de ensi-
no superior públicas e privadas, sem prejuízo da legislação em vigor, a:
•	 Resguardar os princípios da ética em pesquisa e apoiar grupos, núcleos e 
centros de pesquisa, nos diversos programas de pós-graduação que desen-
volvam temáticas de interesse da população negra;
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•	 Incorporar nas matrizes curriculares dos cursos de formação de professores 
temas que incluam valores concernentes à pluralidade étnica e cultural da 
sociedade brasileira;
•	 Desenvolver programas de extensão universitária destinados a aproximar jo-
vens negros de tecnologias avançadas, assegurado o princípio da proporcio-
nalidade de gênero entre os beneficiários;
•	 Estabelecer programas de cooperação técnica, nos estabelecimentos de ensino 
públicos, privados e comunitários, com as escolas de educação infantil, ensino 
fundamental, ensino médio e ensino técnico, para a formação docente baseada 
em princípios de equidade, de tolerância e de respeito às diferenças étnicas.
O PODER EXECUTIVO FEDERAL, por meio dos órgãos responsáveis pelas 
políticas de promoção da igualdade e de educação, acompanhará e avaliará os pro-
gramas de que trata esta Seção.
Já noutra esfera, o PODER PÚBLICO (veja que aqui não se restringe apenas ao 
poder executivo federal) estimulará e apoiará ações socioeducacionais realizadas 
por entidades do movimento negro que desenvolvam atividades voltadas para a 
inclusão social, mediante cooperação técnica, intercâmbios, convênios e incentivos, 
entre outros mecanismos e adotará programas de ação afirmativa.
Para melhor compreensão:
PODER EXECUTIVO FEDERAL PODER PÚBLICO
Por meio dos órgãos competentes, incentivará as 
instituições de ensino superior públicas e privadas, 
sem prejuízo da legislação em vigor, a: (...)
Estimulará e apoiará ações socioeducacionais realizadas por 
entidades do movimento negro que desenvolvam atividades 
voltadas para a inclusão social, mediante cooperação técnica, 
intercâmbios, convênios e incentivos, entre outros mecanis-
mos e adotará programas de ação afirmativa
Por meio dos órgãos responsáveis pelas políticas de 
promoção da igualdade e de educação, acompanhará 
e avaliará os programas de que trata esta Seção.
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3.2.2. Da Cultura, Do Esporte e Lazer
O poder público garantirá o reconhecimento das sociedades negras, clubes e ou-
tras formas de manifestação coletiva da população negra, com trajetória histórica 
comprovada, como patrimônio histórico e cultural, nos termos dos arts. 215 e 216 
da Constituição Federal. (Os artigos mencionados da Constituição fazem menção à 
cultura nacional).1
O poder público, ainda, fomentará o pleno acesso da população negra às práti-
cas desportivas, consolidando o esporte e o lazer como direitos sociais.
O poder público garantirá, ainda, o registro e a proteção da capoeira, em todas 
as suas modalidades, como bem de natureza imaterial e de formação da identidade 
cultural brasileira, nos termos do art. 216 da Constituição Federal.
Aliás, a capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, sendo que a 
atividade de capoeirista será reconhecida em todas as modalidades em que a capo-
eira se manifesta, seja como esporte, luta, dança ou música, sendo livre o exercício 
em todo o território nacional, e é reconhecida como desporto de criação nacional, 
nos termos do art. 217 da Constituição Federal.
1 Art. 215. O Estado garantiráa todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura 
nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. Art. 216. Constituem 
patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em con-
junto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da socie-
dade brasileira, nos quais se incluem:
 I – as formas de expressão;
 II – os modos de criar, fazer e viver;
 III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
 IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
 V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, eco-
lógico e científico.
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https://biblioam.wordpress.com/2014/11/27/roda-de-capoeira-e-mais-novo-patrimonio-cul-
tural-imaterial-da-humanidade/
A capoeira se tornou a quinta manifestação cultural brasileira reconhecida pela 
Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O título deve ajudar a 
preservar a prática não só no Brasil, mas também no mundo.
3.2.3. Do Direito à Liberdade de Consciência e de Crença e ao Livre 
Exercício dos Cultos Religiosos
É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias.
O direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos 
religiosos de matriz africana compreende:
•	 A prática de cultos, a celebração de reuniões relacionadas à religiosidade 
e a fundação e manutenção, por iniciativa privada, de lugares reservados 
para tais fins;
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https://biblioam.wordpress.com/2014/11/27/roda-de-capoeira-e-mais-novo-patrimonio-cultural-imaterial-da-humanidade/
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•	 A celebração de festividades e cerimônias de acordo com preceitos das res-
pectivas religiões;
•	 A fundação e a manutenção, por iniciativa privada, de instituições beneficen-
tes ligadas às respectivas convicções religiosas;
•	 A produção, a comercialização, a aquisição e o uso de artigos e materiais reli-
giosos adequados aos costumes e às práticas fundadas na respectiva religio-
sidade, ressalvadas as condutas vedadas por legislação específica;
•	 A produção e a divulgação de publicações relacionadas ao exercício e à difu-
são das religiões de matriz africana;
•	 A coleta de contribuições financeiras de pessoas naturais e jurídicas de natu-
reza privada para a manutenção das atividades religiosas e sociais das res-
pectivas religiões;
•	 O acesso aos órgãos e aos meios de comunicação para divulgação das res-
pectivas religiões;
•	 A comunicação ao Ministério Público para abertura de ação penal em face de 
atitudes e práticas de intolerância religiosa nos meios de comunicação e em 
quaisquer outros locais.
Será assegurada a assistência religiosa aos praticantes de religiões de matrizes 
africanas internados em hospitais ou em outras instituições de internação coletiva, 
inclusive àqueles submetidos a pena privativa de liberdade.
O poder público adotará as medidas necessárias para o combate à intolerância 
com as religiões de matrizes africanas e à discriminação de seus seguidores, espe-
cialmente com o objetivo de:
•	 Coibir a utilização dos meios de comunicação social para a difusão de propo-
sições, imagens ou abordagens que exponham pessoa ou grupo ao ódio ou ao 
desprezo por motivos fundados na religiosidade de matrizes africanas;
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•	 Inventariar, restaurar e proteger os documentos, obras e outros bens de valor 
artístico e cultural, os monumentos, mananciais, flora e sítios arqueológicos 
vinculados às religiões de matrizes africanas;
•	 Assegurar a participação proporcional de representantes das religiões de ma-
trizes africanas, ao lado da representação das demais religiões, em comissões, 
conselhos, órgãos e outras instâncias de deliberação vinculadas ao poder público.
Em relação às religiões de matrizes africanas, importante destacar como exem-
plos a umbanda, o catimbó, a cabula e o candomblé.
Curiosidade: segundo dados compilados pela Comissão de Combate à Intole-
rância Religiosa do Rio de Janeiro (CCIR) mostram que mais de 70% de 1.014 ca-
sos de ofensas, abusos e atos violentos registrados no Estado entre 2012 e 2015 
são contra praticantes de religiões de matrizes africanas (http://www.bbc.com/
portuguese/noticias/2016/01/160120_intolerancia_religioes_africanas_jp_rm).
Desde sua chegada ao Brasil, os praticantes de religiões de matrizes africa-
nas foram alvo de perseguições por manifestarem a sua fé. Mas ainda hoje, em 
2015, os episódios de intolerância religiosa fazem parte do cotidiano. No contexto 
da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), a ONU destaca essas 
manifestações brasileiras e de forte ligação com a África (https://nacoesunidas.
org/a-intolerancia-contra-as-religioes-de-matrizes-africanas2/).
3.2.4. Do Acesso à Terra e à Moradia Adequada
O poder público elaborará e implementará políticas públicas capazes de promo-
ver o acesso da população negra à terra e às atividades produtivas no campo, pro-
movendo ações para viabilizar e ampliar o seu acesso ao financiamento agrícola, 
além de promover a educação e a orientação profissional agrícola para os trabalha-
dores negros e as comunidades negras rurais.
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A população negra terá assegurada a assistência técnica rural, a simplificação 
do acesso ao crédito agrícola e o fortalecimento da infraestrutura de logística para 
a comercialização da produção.
Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupandosuas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os 
títulos respectivos.
Atualmente existe no Brasil o Decreto Federal n. 4887/2003, que regulamenta 
o procedimento de titulação dos territórios quilombolas no Brasil. Para fins do De-
creto, consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos os grupos 
étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, 
dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra 
relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida.
Ocorre que a constitucionalidade do mencionado Decreto está sendo discutido 
perante o STF. Logo, até que prevalece o que está na Lei até que sua discussão 
chegue ao fim.
O Poder Executivo federal elaborará e desenvolverá políticas públicas especiais 
voltadas para o desenvolvimento sustentável dos remanescentes das comunidades 
dos quilombos, respeitando as tradições de proteção ambiental das comunidades.
Para fins de política agrícola, os remanescentes das comunidades dos quilombos 
receberão dos órgãos competentes tratamento especial diferenciado, assistência 
técnica e linhas especiais de financiamento público, destinados à realização de suas 
atividades produtivas e de infraestrutura.
Os remanescentes das comunidades dos quilombos se beneficiarão de todas as 
iniciativas previstas nesta e em outras leis para a promoção da igualdade étnica.
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O poder público garantirá a implementação de políticas públicas para assegurar o 
direito à moradia adequada da população negra que vive em favelas, cortiços, áreas 
urbanas subutilizadas, degradadas ou em processo de degradação, a fim de reinte-
grá-las à dinâmica urbana e promover melhorias no ambiente e na qualidade de vida.
O direito à moradia adequada, para os efeitos desta Lei, inclui não apenas o 
provimento habitacional, mas também a garantia da infraestrutura urbana e dos 
equipamentos comunitários associados à função habitacional, bem como a assis-
tência técnica e jurídica para a construção, a reforma ou a regularização fundiária 
da habitação em área urbana.
Os agentes financeiros, públicos ou privados, promoverão ações para viabilizar 
o acesso da população negra aos financiamentos habitacionais.
Questão 5 (MPE/SP/ 2013) À vista das regras contidas no Estatuto da Igualdade 
Racial, julgue as afirmativas abaixo:
a) Para o acesso da população negra à terra e às atividades produtivas no cam-
po, caberá ao poder público assegurar à população negra, dentre outras medidas, 
a assistência técnica rural, a simplificação do acesso ao crédito agrícola e o fortale-
cimento da infraestrutura de logística para a comercialização da produção.
b) Para garantia de acesso da população negra à moradia, constitui diretriz a ser 
observada pelos agentes financeiros, públicos ou privados, a promoção de ações 
para viabilizar seu acesso aos financiamentos habitacionais, observando-se a previ-
são legal expressa de criação de linha especial e diferenciada de crédito com juros 
inferiores aos praticados no mercado.
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Certo, Errado.
a) Perfeita questão. Trata-se de previsão expressa nos artigos 27 ao 30 do Estatuto.
b) Aqui tem uma pegadinha a ser observada. Veja que a questão trata sobre linha 
especial e diferenciada de crédito para o acesso da população à moradia. Ocorre que 
essa linha diferenciada está relacionada à política agrícola; não à moradia. Veja:
DO ACESSO À TERRA. POLÍTICA AGRÍCOLA
Art. 33 da Lei
DO ACESSO À MORADIA
Art. 37 da Lei
Para fins de política agrícola, os remanescentes 
das comunidades dos quilombos receberão dos 
órgãos competentes tratamento especial diferen-
ciado, assistência técnica e linhas especiais de 
financiamento público, destinados à realização 
de suas atividades produtivas e de infraestrutura.
Os agentes financeiros, públicos ou privados, 
promoverão ações para viabilizar o acesso da 
população negra aos financiamentos habita-
cionais.
3.2.5. Do Trabalho
Não é de hoje que a população negra no Brasil sofre atos de preconceitos nas 
mais diversas áreas, principalmente no que se refere ao direito ao trabalho.
A implementação de políticas voltadas para a inclusão da população negra no 
mercado de trabalho será de responsabilidade do poder público, observando-se:
•	 O instituído neste Estatuto;
•	 Os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a Convenção Internacio-
nal sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, de 1965;
•	 Os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a Convenção no 111, de 
1958, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da discrimi-
nação no emprego e na profissão;
•	 Os demais compromissos formalmente assumidos pelo Brasil perante a co-
munidade internacional.
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O poder público promoverá ações que assegurem a igualdade de oportunidades 
no mercado de trabalho para a população negra, inclusive mediante a implementa-
ção de medidas visando à promoção da igualdade nas contratações do setor público 
e o incentivo à adoção de medidas similares nas empresas e organizações privadas.
O Ministério do Trabalho e Emprego incentiva a inserção da população negra no 
mercado de trabalho. Um desses incentivos está baseado na Portaria n. 709, que 
determina que as políticas, programas e projetos desenvolvidos pelo ministério 
contemplem ações de incentivo à inclusão da população negra do mercado de tra-
balho. As medidas estão previstas na Lei n. 12.288/2010, que institui o Estatuto da 
Igualdade Racial.
O ministério pretende adequar iniciativas como o Portal Mais Emprego e o Pro-
Jovem Trabalhador, que incentivam a formação, capacitação e inserção no mercado 
de trabalho, ao Estatuto da Igualdade Racial. É dever do Estado, segundo o esta-
tuto, estimular ações que promovam a elevação da escolaridade e a qualificação 
profissional em setores econômicos que apresentam alto índice de ocupação por 
trabalhadores negros de baixa escolarização. O documento também estabelece 
incentivo às ações afirmativas para mulheres negras, e o direito dessas pessoas à 
participação na comunidade, em atividades políticas, empresariais, educacionais, 
culturais e esportivas. (http://www2.planalto.gov.br/noticias/2015/06/governo-fe-
deral-vai-incentivar-inclusao-da-populacao-negra-no-mercado-de-trabalho).
A igualdade de oportunidades será lograda mediante a adoção de políticas e 
programas de formação profissional, de emprego e de geração de renda voltados 
para a população negra.
As ações visando a promover a igualdade de oportunidades na esfera da admi-
nistração pública far-se-ãopor meio de normas estabelecidas ou a serem estabe-
lecidas em legislação específica e em seus regulamentos, observado o princípio da 
proporcionalidade de gênero entre os beneficiários.
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Dentre as ações de promoção, serão garantidos pelo Poder Público:
•	 O acesso ao crédito para a pequena produção, nos meios rural e urbano, com 
ações afirmativas para mulheres negras.
•	 A promoção de campanhas de sensibilização contra a marginalização da mu-
lher negra no trabalho artístico e cultural.
•	 Promoção de ações com o objetivo de elevar a escolaridade e a qualificação 
profissional nos setores da economia que contem com alto índice de ocupação 
por trabalhadores negros de baixa escolarização.
O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) — órgão 
colegiado, de caráter tripartite e paritário, composto por representantes dos traba-
lhadores, dos empregadores e do governo, que atua como gestor do FAT — formu-
lará políticas, programas e projetos voltados para a inclusão da população negra no 
mercado de trabalho e orientará a destinação de recursos para seu financiamento.
Curiosidade: a Exemplo de programa formulada pelo Codefat, existe a Resolu-
ção n. 746 de 2 de julho de 2015 do Órgão, que recomenda ações de estímulo para 
a inclusão da população negra nas políticas, programas e projetos custeados com 
recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT.
O Poder Executivo federal poderá implementar critérios para provimento de 
cargos em comissão e funções de confiança destinados a ampliar a participação de 
negros, buscando reproduzir a estrutura da distribuição étnica nacional ou, quando 
for o caso, estadual, observados os dados demográficos oficiais.
JURISPRUDÊNCIA
Ementa: Direito Constitucional. Ação Direta de Constitucionalidade. Reserva 
de vagas para negros em concursos públicos. Constitucionalidade da Lei n. 
12.990/2014. Procedência do pedido. 1. É constitucional a Lei n. 12.990/2014, 
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que reserva a pessoas negras 20% das vagas oferecidas nos concursos públi-
cos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da 
administração pública federal direta e indireta, por três fundamentos. 1.1. Em 
primeiro lugar, a desequiparação promovida pela política de ação afir-
mativa em questão está em consonância com o princípio da isonomia. 
Ela se funda na necessidade de superar o racismo estrutural e institu-
cional ainda existente na sociedade brasileira, e garantir a igualdade 
material entre os cidadãos, por meio da distribuição mais equitativa 
de bens sociais e da promoção do reconhecimento da população afro-
descendente. 1.2. Em segundo lugar, não há violação aos princípios do con-
curso público e da eficiência. A reserva de vagas para negros não os isenta da 
aprovação no concurso público. Como qualquer outro candidato, o beneficiário 
da política deve alcançar a nota necessária para que seja considerado apto 
a exercer, de forma adequada e eficiente, o cargo em questão. Além disso, 
a incorporação do fator “raça” como critério de seleção, ao invés de afetar 
o princípio da eficiência, contribui para sua realização em maior extensão, 
criando uma “burocracia representativa”, capaz de garantir que os pontos de 
vista e interesses de toda a população sejam considerados na tomada de deci-
sões estatais. 1.3. Em terceiro lugar, a medida observa o princípio da propor-
cionalidade em sua tríplice dimensão. A existência de uma política de cotas 
para o acesso de negros à educação superior não torna a reserva de vagas nos 
quadros da administração pública desnecessária ou desproporcional em sen-
tido estrito. Isso porque: (i) nem todos os cargos e empregos públicos exigem 
curso superior; (ii) ainda quando haja essa exigência, os beneficiários da ação 
afirmativa no serviço público podem não ter sido beneficiários das cotas nas 
universidades públicas; e (iii) mesmo que o concorrente tenha ingressado em 
curso de ensino superior por meio de cotas, há outros fatores que impedem os 
negros de competir em pé de igualdade nos concursos públicos, justificando 
a política de ação afirmativa instituída pela Lei n. 12.990/2014. 2. Ademais, 
a fim de garantir a efetividade da política em questão, também é constitucional 
a instituição de mecanismos para evitar fraudes pelos candidatos. É legítima 
a utilização, além da autodeclaração, de critérios subsidiários de heteroiden-
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tificação (e.g., a exigência de autodeclaração presencial perante a comissão 
do concurso), desde que respeitada a dignidade da pessoa humana e garanti-
dos o contraditório e a ampla defesa. 3. Por fim, a administração pública deve 
atentar para os seguintes parâmetros: (i) os percentuais de reserva de vaga 
devem valer para todas as fases dos concursos; (ii) a reserva deve ser apli-
cada em todas as vagas oferecidas no concurso público (não apenas no edital 
de abertura); (iii) os concursos não podem fracionar as vagas de acordo com 
a especialização exigida para burlar a política de ação afirmativa, que só se 
aplica em concursos com mais de duas vagas; e (iv) a ordem classificatória 
obtida a partir da aplicação dos critérios de alternância e proporcionalidade na 
nomeação dos candidatos aprovados deve produzir efeitos durante toda a car-
reira funcional do beneficiário da reserva de vagas. 4. Procedência do pedido, 
para fins de declarar a integral constitucionalidade da Lei n. 12.990/2014. Tese 
de julgamento: “É constitucional a reserva de 20% das vagas oferecidas nos 
concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos 
no âmbito da administração pública direta e indireta. É legítima a utilização, 
além da autodeclaração, de critérios subsidiários de heteroidentificação, desde 
que respeitada a dignidade da pessoa humana e garantidos o contraditório e 
a ampla defesa”.
(ADC 41, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 
08/06/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-180 DIVULG 16-08-2017 PUBLIC 
17-08-2017)
3.2.6. Dos Meios de Comunicação
Segundo um estudo realizado pela USP, a baixa participação da população negra 
nas programações e propagandas veiculadas nos grandes meios de comunicação 
de massa no Brasil pode significar menores oportunidades de trabalho e alimentar 
um preconceito racial velado no país (http://www.usp.br/agen/?p=45620).
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Realmente, na prática, ainda podemos observar uma participação pequena ou 
sub-representada da população negra nos diversos meios de comunicação.
Por tal razão, o Estatuto da Igualdade Racial prevê que a produção veiculada 
pelos órgãos de comunicação valorizará a herança cultural e a participação da po-
pulação negra na história do País, sendo que na produção de filmes e programas 
destinados à veiculação pelas emissoras de televisão e em salas cinematográficas, 
deverá ser adotada a prática de conferir oportunidades de emprego para atores, 
figurantes e técnicos negros, sendo vedada toda e qualquer discriminação de natu-
reza política, ideológica, étnica ou artística.
É importante destacar, no entanto, que tal previsão não se aplica aos filmes e 
programas que abordem especificidades de grupos étnicos determinados.
4. Título III – Do Sistema Nacional de Promoção da 
Igualdade Racial (SINAPIR)
Dentre os assuntos já estudados, considero destinar uma atenção especial ao 
presente tópico, levando em consideração que se trata de um sistema criado como 
forma de organização e de articulação voltadas à implementação do conjunto de 
políticas e serviços destinados a superar as desigualdades étnicas existentes no 
País, prestados pelo poder público federal, com o propósito de garantir à população 
negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa de direitos e o combate 
à discriminação e as demais formas de intolerância.
O SINAPIR FOI INSTITUÍDO PELO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL 
(Lei n. 12.288/2010) e regulamentado pelo Decreto n. 8136/2013, assinado pela 
presidenta Dilma Rousseff na abertura da III Conferência Nacional de Promoção da 
Igualdade Racial (III Conapir), que ocorreu de 5 a 7 de novembro de 2013, e pela 
Portaria SEPPIR n. 8, de 11 de fevereiro de 2014.
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Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios PODERÃO participar do Sinapir 
mediante adesão, e o poder público federal incentivará a sociedade e a iniciativa 
privada a participar do Sinapir.
A adesão de Estados e municípios ao sistema contribui nos processos de criação 
ou fortalecimento de órgãos e conselhos de promoção da igualdade racial em âm-
bito municipal e estadual, levando a uma gestão descentralizada e democrática da 
política em nível nacional (http://www.seppir.gov.br/articulacao/sinapir) .
A adesão ao Sinapir é aplicável apenas aos entes federados. A União, represen-
tada pela Seppir e pelos órgãos setoriais responsáveis pela execução da política 
(Ministérios e demais órgãos) já integra o sistema. A sociedade civil participa do 
Sinapir por meio da representação em conferências, conselhos, comitês, grupos de 
trabalhos e outras instâncias, bem como pela execução de projetos específicos de 
promoção da igualdade racial em parceria com o Poder Público. (http://www.seppir.
gov.br/articulacao/sinapir)
Questão 6 (IBFC/AGERBA/2017) Considerando as disposições da Lei Federal n. 
12.288, de 20/07/2010 que institui o Estatuto da Igualdade Racial, assinale a al-
ternativa correta sobre o significado da sigla SINAPIR.
a) Serviço de Integração e Autopromoção Racial
b) Serviço Nacional de Apoio às Práticas de Integração Racial
c) Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial
d) Sistema Nacional de Promoção da Integração Racial
e) Sindicato Nacional de Participação Racial
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Letra c.
Inquestionável que a questão se refere à letra “c”, não é mesmo. O título III do 
Estatuto inaugura o assunto exatamente com o nome “SISTEMA NACIONAL DE 
PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL.”
4.1. Dos Objetivos do SINAPIR
São objetivos do Sinapir:
•	 Promover a igualdade étnica e o combate às desigualdades sociais resultan-
tes do racismo, inclusive mediante adoção de ações afirmativas;
•	 Formular políticas destinadas a combater os fatores de marginalização e a 
promover a integração social da população negra;
•	 Descentralizar a implementação de ações afirmativas pelos governos estadu-
ais, distrital e municipais;
•	 Articular planos, ações e mecanismos voltados à promoção da igualdade étnica;
•	 Garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos criados para a implementa-
ção das ações afirmativas e o cumprimento das metas a serem estabelecidas.
4.2. Da Organização e Competência do SINAPIR
O PODER EXECUTIVO FEDERAL elaborará plano nacional de promoção da 
igualdade racial contendo as metas, princípios e diretrizes para a implementação 
da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial (PNPIR).
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Poder Executivo Federal:
Plano nacional da promoção
da igualdade racial
DiretrizesPrincípios
Metas
A elaboração, implementação, coordenação, avaliação e acompanhamento da 
PNPIR, bem como a organização, articulação e coordenação do Sinapir, serão efe-
tivados pelo órgão responsável pela política de promoção da igualdade étnica em 
âmbito nacional.
As diretrizes das políticas nacional e regional de promoção da igualdade étnica 
serão elaboradas por órgão colegiado QUE ASSEGURE A PARTICIPAÇÃO DA 
SOCIEDADE CIVIL.
4.3. Das Ouvidorias Permanentes e do Acesso à Justiça e à 
Segurança
O PODER PÚBLICO FEDERAL instituirá, na forma da lei e no âmbito dos 
Poderes Legislativo e Executivo, Ouvidorias Permanentes em Defesa da Igualda-
de Racial, para receber e encaminhar denúncias de preconceito e discriminação 
com base em etnia ou cor e acompanhar a implementação de medidas para a 
promoção da igualdade.
Curiosidade: a Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, 
interligada ao Ministério dos Direitos Humanos, possui a Ouvidoria Nacional da Igual-
dade Racial, cuja função é receber denúncias de racismo e de discriminação racial e 
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encaminhá-las aos órgãos responsáveis nas esferas federal, estaduais e municipais. 
A Ouvidoria é também encarregada de receber observações, críticas ou sugestões 
para garantir a sintonia do trabalho da SEPPIR com os anseios da sociedade.
A Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial pode ser acessada por meio do ende-
reço eletrônico ouvidoria.seppir@mdh.gov.br ou pelo número (61) 2025-7000.
É assegurado às vítimas de discriminação étnica o acesso aos órgãos de Ouvi-
doria Permanente, à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, 
em todas as suas instâncias, para a garantia do cumprimento de seus direitos.
Assim, o Estado:
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Levando em consideração a previsão legal que garante à população negra me-
didas especiais com a finalidade de coibir violência policial (conforme ilustrado na 
imagem acima), vale a pena trazer um dado coletado mediante estudo realizado 
pelo PNUD, por meio do Relatório de Desenvolvimento Humano Brasil 2005 — Ra-
cismo, pobreza e violência.
Segundo o estudo, os negros são as maiores vítimas não só dos criminosos, 
mas também da polícia. “A probabilidade de negros morrerem em confrontos com 
a polícia é muito maior nas favelas, que são os locais em que o número de mortos 
é maior. Mas a diferença entre brancos e negros continua desproporcional quando 
consideradas outras áreas urbanas”, observa o coordenador da Unidade de Direitos 
Humanos e Cidadania do PNUD, Guilherme de Almeida, um dos colaboradores do 
relatório (http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/7/docs/negro_e_vitima_maior_
de_crime_e_policia.pdf).
4.4. Do Financiamento das Iniciativas de Promoção da 
Igualdade Racial
Na implementação dos programas e das ações constantes dos planos plurianu-
ais e dos orçamentos anuais da União, deverão ser observadas as políticas de ação 
afirmativa a que se refere o inciso VII do art. 4º desta Lei e outras políticas públicas 
que tenham como objetivo promover a igualdade de oportunidades e a inclusão 
social da população negra, especialmente no que tange a:
•	 Promoção da igualdade de oportunidades em educação, emprego e moradia;
•	 Financiamento de pesquisas, nas áreas de educação, saúde e emprego, vol-
tadas para a melhoria da qualidade de vida da população negra;
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•	 Incentivo à criação de programas e veículos de comunicação destinados à di-
vulgação de matérias relacionadas aos interesses da população negra;
•	 Incentivo à criação e à manutenção de microempresas administradas por 
pessoas autodeclaradas negras;
•	 Iniciativas que incrementem o acesso e a permanência das pessoas negras na 
educação fundamental, média, técnica e superior;
•	 Apoio a programas e projetos dos governos estaduais, distrital e municipais 
e de entidades da sociedade civil voltados para a promoção da igualdade de 
oportunidades para a população negra;
•	 Apoio a iniciativas em defesa da cultura, da memória e das tradições africanas 
e brasileiras.
Relembrando as ações afirmativas listadas no artigo 4º, inciso VII:
VII – implementação de programas de ação afirmativa destinados ao enfrentamento 
das desigualdades étnicas no tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde, se-
gurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, 
acesso à terra, à Justiça, e outros.
Ações afirmativas são políticas públicas feitas pelo governo ou pela ini-
ciativa privada com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes 
na sociedade, acumuladas ao longo de anos.
O Poder Executivo federal é autorizado a adotar medidas que garantam, em cada 
exercício, a transparência na alocação e na execução dos recursos necessários ao 
financiamento das ações previstas neste Estatuto, explicitando, entre outros, a pro-
porção dos recursos orçamentários destinados aos programas de promoção da igual-
dade, especialmente nas áreas de educação, saúde, emprego e renda, desenvolvi-
mento agrário, habitação popular, desenvolvimento regional, cultura, esporte e lazer.
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Durante os 5 (cinco) primeiros anos, a contar do exercício subsequente à publi-
cação do Estatuto, os órgãos do Poder Executivo federal que desenvolvem políticas 
e programas nas áreas referidas no § 1º deste artigo discriminarão em seus orça-
mentos anuais a participação nos programas de ação afirmativa referidos no inciso 
VII do art. 4º desta Lei.
5. Constituição do Estado da Bahia
5.1 Do Negro
Sobre a Constituição do Estado da Bahia, no tocante ao assunto que nos inte-
ressa, “a sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da 
comunidade afro-brasileira, constituindo a prática do racismo crime inafiançável 
e imprescritível, sujeito a pena de reclusão, nos termos da Constituição Federal” 
(art. 286).
Assim, com países que mantiverem política oficial de discriminação racial, o Es-
tado não poderá (287):
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A rede estadual de ensino e os cursos de formação e aperfeiçoamento do ser-
vidor público civil e militar incluirão em seus programas disciplina que valorize a 
participação do negro na formação histórica da sociedade brasileira (Art. 288).
E nos termos do artigo 289 da Constituição Estadual, sempre que for veiculada 
publicidade estadual com mais de duas pessoas, será assegurada a inclusão de 
uma da raça negra (289).
O Dia 20 de novembro será considerado, no calendário oficial, como Dia da 
Consciência Negra (290).
6. Constituição da República Federativa do Brasil (art. 1º, 
3º, 4º e 5º) e Constituição do Estado da Bahia (Cap. XXIII 
“Do Negro”)
6.1. Constituição da República Federativa do Brasil (arts. 1º, 
3º, 4º e 5º)
Em estreia ao presente tópico, vamos tecer alguns comentários importantes 
para a sua prova no tocante aos fundamentos da República Federativa do Brasil.
Imperioso esclarecer que os fundamentos, objetivos e princípios contidos 
nos artigos 1º, 3º e 4º, respectivamente, estão inseridos no rol dos PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS do Título I da Constituição Federal.
É de suma importância

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