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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS - UNIFIMES CURSO DE MEDICINA TUTORIA 6ª ETAPA ALBERT MYULLER FERREIRA COIMBRA BRENDA SEABRA YACOUB GABRIELA DE LIMA REZENDE GABRIELA PEREIRA VALADARES GIOVANNA CASAGRANDE MORELI HÉLIO SOUZA CORTEZ HENRIQUE POLIZELLI PINTO NETO JOÃO OTÁVIO LEAL FARINA KÉSSIA GOMES PINTO LUIZ FERNANDO YABUMOTO MARIA JOSÉ ALVES MACEDO MATHEUS CARNEIRO PARANHOS SITUAÇÃO PROBLEMA 5 – “UMA GRANDE BATALHA!” MINEIROS- GO 2020 2 ALBERT MYULLER FERREIRA COIMBRA BRENDA SEABRA YACOUB GABRIELA DE LIMA REZENDE GABRIELA PEREIRA VALADARES GIOVANA CASAGRANDE MORELI HÉLIO SOUZA CORTEZ HENRIQUE POLIZELLI PINTO NETO JOÃO OTÁVIO LEAL FARINA KÉSSIA GOMES PINTO LUIZ FERNANDO YABUMOTO MARIA JOSÉ ALVES MACEDO MATHEUS CARNEIRO PARANHOS SITUAÇÃO PROBLEMA 5– “UMA GRANDE BATALHA!” Relatório referente à aula de Tutoria do 6º período do curso de Medicina do Centro Universitário de Mineiros-UNIFIMES, como requisito parcial para formação de nota, sob orientação do professor Felipe Pinheiro. MINEIROS- GO 2020 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.........................................................................................................................4 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM.....................................................................................4 DISCUSSÃO..............................................................................................................................4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................20 REFERÊNCIAS......................................................................................................................21 4 INTRODUÇÃO O presente relatório trata-se de caracterizar as leucemias, relacionando sua prevalência com a faixa etária dos pacientes acometidos, bem como identificar as alterações dos exames laboratoriais relacionados às leucoses. E, ainda, descreveu-se os mecanismos fisiopatológicos pelos quais as leucoses podem interferir na coagulação sanguínea, além de constatar as situações onde é indicada a reposição com concentrado de plaquetas, a durabilidade funcional destas e o cálculo da quantidade a ser infundida. Sendo assim, acresceu sobre a indicação do mielograma e os dados evidenciados por este exame relacionado à coagulação, e por fim, discutir sobre a valorização da atuação multiprofissional no cuidado integral de pacientes com leucemia, bem como de seus familiares. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM OBJETIVOS ESPECÍFICOS E DISCUSSÃO: Objetivo Específico 1- Caracterizar as leucemias, relacionando sua prevalência com a faixa etária dos pacientes acometidos; A leucemia representa um grupo de doenças caracterizadas pela produção anormal de células imaturas na medula óssea e no sangue, sendo essas células responsáveis por alterações sanguíneas, tais como: anemia, neutropenia e trombocitopenia. A leucemia representa um grupo de neoplasias malignas derivadas das células hematopoiéticas. Esta doença inicia sempre na medula-óssea, local onde as células sanguíneas são produzidas, e posteriormente invadem o sangue periférico, podendo atingir vários órgãos do paciente afetado. A leucemia é a doença maligna mais comum na infância, correspondendo aproximadamente a 30% dos casos de câncer em crianças. No Brasil são registrados cerca de 7400 casos de leucemia por ano com um total de 5500 mortes, representando o 8o tipo de câncer mais frequente na população brasileira (INCA, 2002). De acordo com a célula de origem, as leucemias podem ser classificadas em mielóide ou linfocítica. Lembrando que as células mielóides irão dar origem aos eritrócitos (hemácias), monócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos e plaquetas, e as células linfóides aos linfócitos. 5 Com a proliferação das células neoplásicas no interior da medula óssea há um suprimento na produção das células hematopoiéticas normais. Devido à redução no número de hemácias e, subsequentemente, da capacidade de transporte de oxigênio do sangue, os pacientes com leucemia irão apresentar anemia e fadiga. Os pacientes leucêmicos também apresentam problemas de sangramento devido à falta de plaquetas (trombocitopenia). A febre também é uma característica clínica comum e está associada á infecção devido à depleção de neutrófilos. De acordo com o comportamento clínico da doença as leucemias podem ser classificadas em aguda e crônica. Desta forma temos quatro tipos principais de leucemias: - Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) - Leucemia Mielocítica Aguda (LMA) - Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) - Leucemia Mielocítica Crônica (LMC) Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) A LLA representa cerca de 85% dos casos de leucemias em crianças, numa incidência de 1:25.000 indivíduos entre 0 a 14 anos. A faixa etária de maior frequência está entre 2 e 5 anos. A etiologia da LLA é discutida, embora sejam enfatizados como possíveis causas: efeitos da irradiação, exposição a drogas, fatores genéticos, fatores imunológicos e vírus. As principais características clínicas dos pacientes com LLA são febre, anemia, fadiga, anorexia e sangramento. Além disso, a dor óssea devido ao comprometimento da medula óssea também é muito frequente, e crianças pequenas podem mancar ou recusar-se a andar. Os pacientes com leucemia apresentam um maior número de células imaturas no sangue, podendo ser identificadas no hemograma e o diagnóstico final é feito através de punção aspirativa da medula óssea. O tratamento preconizado para a LLA é a quimioterapia e em alguns casos o transplante de medula óssea, visando substituir a medula “doente” por uma sadia. No Brasil, as crianças e jovens com LLA curam-se em 70% a 80% dos casos. Leucemia Mielocítica Aguda (LMA) A LMA afeta tanto adultos quanto crianças e representa cerca de 20% das leucemias da infância. As características clínicas são semelhantes às da LLA, onde os pacientes apresentam febre, anemia, fadiga. Os problemas com sangramentos são mais frequentes nos pacientes com LMA do que com LLA. O diagnóstico da LMA também é feito a partir do aspirado de medula óssea e o seu tratamento é mais complicado que da LLA. Através da quimioterapia 60% dos pacientes apresentam remissão completa da doença, no entanto, apenas 15 a 30% permanecem livres da doença por 5 anos. Devido a isso, o transplante de medula óssea é uma boa alternativa no tratamento da LMA. 6 Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) Este tipo de leucemia atinge quase que exclusivamente pacientes adultos, sendo considerado o tipo mais comum nesta faixa etária nos países Ocidentais. A média de idade dos pacientes acometidos é de 60 anos com uma discreta predominância no gênero masculino. Frequentemente este tipo de leucemia é assintomático, sendo detectada em exames de sangue de rotina. Em alguns casos os pacientes podem apresentar anorexia, perda de peso, linfadenopatia, hepatomegalia e esplenomegalia. A sobrevida média dos pacientes com LLC é de 4 a 6 anos. Em cerca de 30% dos pacientes com LLC ocorre uma transformação da leucemia em outras neoplasias linfóides mais agressivas, nestes casos a maioria dos pacientes sobrevivem menos de 1 ano. Leucemia Mielocítica Crônica (LMC) A LMC distingue-se de outras leucemias por apresentar uma anormalidade molecular singular, uma translocação entre um gene do cromossomo 9 e outro no cromossomo 22. Este tipo de leucemia também atinge com maior frequência pacientes adultos, com pico entre a 3a e 4a décadas de vida. Os sintomas iniciais da doença são perda de peso, fadiga, anorexia. A esplenomegalia é uma característica clínica bastante comum em pacientes com LMC. A evolução da LMC éde progressão lenta, no entanto, depois de um período variável, em média de 3 anos, cerca de 50% dos pacientes entram numa fase de crise, difícil de ser tratada, que termina num quadro que se assemelha à leucemia aguda. O tratamento para a LMC é feito através de quimioterapia e transplante de medula óssea, principalmente nos casos que entraram na fase de crise. Objetivo Específico 2- Caracterizar as alterações dos exames laboratoriais relacionados às leucoses; A identificação das leucemias é de fundamental importância para estadiamento e tratamento adequado. Sintomas gerais das leucemias agudas são anemia, infecções e sangramentos (CECIL, 2009). Leucemia Linfocítica Aguda É uma neoplasia hiperproliferativa que resulta em anemia, trombocitopenia e diminuição da imunidade mediada por células desse sistema. Com a invasão de células leucêmicas nos diversos órgão há o surgimento de hepatomegalia, esplenomegalia e linfadenomegalia. As manifestações podem ser variáveis observando palidez, petéquias, 7 equimoses ou gengivorragia. Ainda pode apresentar perda de apetite, inapetência artralgia e febre devido a progressão da doença (ZAGO, 2013) Anamnese A anamnese deve ser completa e minuciosa, deve ser descrito o inicio dos sintomas, tempo de duração, manifestações clinicas, presença de infecções e estado geral do paciente. Documentar história previa de outras doenças, vacinação e doenças da infância. Os antecedentes familiares de cânceres na família são de fundamental investigação. Alergias e medicamentos em uso. No exame neurológico buscar comprometimento do sistema nervoso central, sendo, cefaleia, náuseas e vômitos os sintomas característicos, uma vez que, há infiltração no sistema e consequentemente hipertensão intracraniana. Nos meninos pode existir um aumento indolor dos testículos, unilateral ou bilateral (ZAGO, 2013). Exames laboratoriais Hemograma: alterado com presença de anemia: Hemoglobina <12g/dL, trombocitopenia: Plaquetas <150.000/L e presença de blastos na contagem diferencial dos leucócitos. Perfil metabólico: a desidrogenase lática e o ácido úrico estão aumentados devido a rápida destruição e regeneração celular. Coagulograma: em geral está normal com elevação do fibrinogênio refletindo uma resposta inflamatória inespecífica. O tempo de protrombina e tromboplastina parcial podem estar normais ou aumentados. Radiografia simples: a radiografia de tórax pode apresentar com alargamento do mediastino nos casos de leucemias, LLA, do tipo T. Líquido cefalorraquidiano- LCR: deve ser obtido em pacientes com sinais e sintomas de comprometimento do sistema nervoso, esse exame irá mostrar pleocitose e células leucêmicas no sedimento citológico. O diagnóstico definitivo da leucemia é baseado no exame de medula óssea, com biopsia (CECIL, 2009). 8 Leucemia Linfocítica Crônica As leucemias linfoides crônicas podem ser classificadas segundo a linhagem celular de células B, células T ou NK, nesse tipo de anemia não existe a presença de blastos, mas sim a presença de células maduras neoplásicas. Os critérios diagnósticos envolvem características morfológicas , imunofenotípicas, citogenéticas e alterações moleculares (ZAGO, 2013). Os estudos demonstram uma predisposição genética, os fatores ambientais representados principalmente por exposição a agentes químicos e derivados do petróleo. O quadro clinico é normalmente assintomático, diagnosticando a doença em exames de rotina. Em pacientes sintomáticos existe os achados de linfoadenopatia generalizada, perda de peso e cansaço. Em 50% dos pacientes encontra-se hepatomegalia. A anemia é geralmente leve, e hemorragias são raras. Infecções bacterianas são frequentes. A síndrome de Richter ocorre em 3-15% dos pacientes e tem como característica o aparecimento de linfoma difuso de grandes células, febre, emagrecimento, sudorese, linfoadenopatia, anemia, trombocitopenia e gamopatia clonal, sendo seu prognostico ruim (CECIL, 2009). Exames laboratoriais Hemograma: linfocitose: linfócitos >5000/L persistente, linfócitos B presentes por mais de 3 meses. Anemia e/ou trombocitopenia. Predomínio de linfócitos pequenos e maduros. Imunofenotipagem: as caracteristicamente expressam antígeno CD5, CD19, CD20, CD23 e CD200. 9 A infiltração da medula óssea possui mais de 30% de linfócitos maduros, sendo esse dado importante nos casos de citopenia, mas não é requisito de diagnóstico (ZAGO, 2013). Pode ser dividida em 3 subgrupos de acordo com a porcentagem de células atípicas no sangue: 1- típica ou clássica é aquela que a maioria das células linfoides são pequenas e maduras, de linfócitos atípicos ou prolinfócitos; 2- LLC com transformação de prolinfocítica entre 11 e 54% de prolinfócitos no sangue; 3- mista em que apresenta porporção entre células linfoides atípicas, e os prolinfócitos constituem menos de 10% do total (ZAGO, 2013). Leucemia Mieloide Aguda Os sinais e sintomas são decorrentes da falência da hematopoese e da infiltração de tecidos por células leucêmicas, tendo como achado a hepatoesplenomegalia, linfademopatia, hipertrofia gengival e dor óssea. Como nas demais a anemia é presente com palidez cutaneomucosas, fadiga e fraqueza. Infecções decorrentes do quadro de leucocitose e manifestações hemorrágicas devido a trombocitopenia (ZAGO, 2013). Exames laboratoriais O hemograma demonstra presença de anemia normocítica e normocrômica, número de leucócitos aumentados e hiperleucocitose (leucócitos >100 mil/mm3) em 20% dos casos. Plaquetopenia está relacionada a anemia e a leucocitose. 10 No exame morfológico de do sangue periférico encontra-se mioblastos, a presença de Bastões de Auer é patognomônico da doença. A detecção de 20% ou mais de mioblasto entre os leucócitos do sangue periférico é considerado critério diagnóstico de LMA pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Coagulograma: alargamento do Tempo de Protrombina (TP), Tempo de Tromboplastina Parcial ativada (TTPa), Tempo de Trombina (TT), hipofribrinogenemia, aumento de Produtos de Degradação de Fibrina (PDF) e D’Dimeros. Alterações metabólicas demonstram hiperuricemia, aumento da enzima Lactato Desidrogenase (LDH). Medula óssea: o aspirado revela diminuição do número de células das outras linhagens hematológicas e displasia em alguns casos (CECIL, 2009). A homeostasia está prejudicada devido ao consumo de fatores plasmáticos da coagulação. Leucemia Mieloide Crônica Neoplasia hiperproliferativa da série mielóide, resultando em esplenomegalia e leucocitose acentuada. Exposição a radiação ionizante aumenta a o risco da mesma, pode-se verificar um pico de incidência entre 5 a 12 anos após exposição. Os sintomas correlacionam-se com as fases da doença. De acordo com Zago (2013), essa pode ser divida em 3 fases: • Fase crônica: com duração mediana entre 3 e 5 anos, incluem manifestações de anemia como fadiga, perda de peso, sudorese e febrícula. Ao exame físico esplenomegalia podendo ou não se relacionar à queixas de plenitude pós-prandial. 11 • Fase acelerada: duração de alguns meses e caracteriza-se por resistência a terapêutica citorredutora, aumento da esplenomegalia, da basofilia, trombocitose ou trombocitopenia. • Crise blástica: apresenta 20% de células blásticas na medula óssea podendo ser mieloblastos ou linfoblastos, presençaa de febre, sudorese noturna, anorexia, dores ósseas. Infiltração extramedular em linfonodos, pele e SNC podem ocorrer. Exames Laboratoriais Hemograma: anemia, leucocitose variando entre 10.000 até 500.000 cél/L. Predomínio de neutrófilos, basófilia e eosinófilos aumentados. Trombocitose está presente na fase crônica, trombocitopenia é indicativo de mal prognóstico. Alterações metabólicas: baixo escore de fosfatase alcalina leucocitária. Elevação de vitamina B12, LDH, ácido úricoe lisozimas. Medula óssea: hipercelularidade e hiperplasia mielóide acentuada. Objetivo Específico 3- Descrever fisiopatologicamente os mecanismos pelos quais as leucoses podem interferir na coagulação sanguínea; A trombocitopenia ocasionada pela doença e acentuada pela quimioterapia pode causar hemorragia de difícil controle. Assim, todos os pacientes com sangramento ou com plaquetas em número menor que 20.000/μL devem receber concentrado de plaquetas, bem como concentrado de hemácias, para manter o hematócrito próximo a 30%. A coagulação intravascular disseminada (CID) geralmente resulta da entrada ou geração de produtos na circulação sangüínea de materiais com atividade de fator tecidual, dando início à coagulação. A CID geralmente surge em uma dentre quatro circunstâncias clínicas. Nas complicações obstétricas – por exemplo, placenta abrupta, aborto terapêutico induzido por solução salina, na síndrome do feto morto retido e na fase inicial da embolia do líquido amniótico). O material uterino com atividade de fator tecidual ganha acesso à circulação materna. Infecção, particularmente por microrganismos Gramnegativos. A endotoxina de Gram-negativos causa a geração de atividade de fator tecidual na membrana plasmática dos monócitos e células endoteliais. Malignidade, particularmente adenocarcinomas secretores de mucina do pâncreas e próstata e leucemia promielocítica aguda, em que se supõe que as células leucêmicas hipergranulares liberem material de seus grânulos com atividade de fator tecidual. Choque de qualquer causa, provavelmente devido à 12 geração de atividade de fator tecidual e células endoteliais. Ao diagnóstico, o tempo de protrombina aumentado, tempo de tromboplastina parcial ativada e tempo de trombina aumentanda e ainda hipofibrinogenemia e D-Dimers altos. Além disso é encontrada baixa contagem de plaquetas. O complexo trombinaantitrombina (TAT) e fibrinopeptídeo A são elevados, o que representa formação de trombina intravascular e ativação do cascata de coagulação in vivo, sugerindo que um mecanismo semelhante à CIVD pode estar presente. Atualmente há evidências de que nas leucemias é expresso fator tecidual (TF) e ocorre a secreção IL-1, induzindo ativação da cascata de coagulação. Além disso, procoagulante alternativo, nomeadamente o Procoagulante do Cancro, ativa o Fator X diretamente. Outras peculiaridades são encontradas: ● Meia-vida plaquetária, níveis de proteína C e antitrombina são normais. ● Além disso, a hemorragia clínica é desproporcional aos dados laboratoriais, sugerindo que mecanismos podem estar envolvidos (afuncionalidade plaquetária). Objetivo Específico 4- Identificar as situações onde é indicada a reposição com concentrado de plaquetas, a durabilidade funcional destas e o cálculo da quantidade a ser infundida; Indicação para reposição plaquetária ● Caracterização: os concentrados de plaquetas (CP) unitários contêm aproximadamente 5,5 x 1010 plaquetas em 50-60mL de plasma, já as unidades por aférese contêm, pelo menos, 3,0 x 1011 plaquetas em 200-300mL de plasma (correspondente a 6-8U de CP unitários). ● Indicações: estão associadas às plaquetopenias desencadeadas por falência medular, raramente indicamos a reposição em plaquetopenias por destruição periférica ou alterações congênitas de função plaquetária. São elas: - Plaquetopenia por falência medular - Distúrbios associados as alterações das funções plaquetárias - Plaquetopenia por diluição ou destruição periférica - Procedimentos cirúrgicos ou invasivos em pcte plaquetopênicos Durabilidade funcional ● Tempo no plasma sanguíneo in vivo: 8-10 dias ou 10-15 dias ● Tempo de viabilidade do CP: 5/7 dias com agitação leve e constante. Dose e modo de administração 13 ● A dose preconizada é de 1 unidade de CP para cada 7 a 10kg de peso do paciente, porém pode-se considerar também a contagem de plaquetas desejada dependendo da presença ou ausência de sangramento como segue: - Transfusões terapêuticas (contagem desejada superior a 40.000/μL): ▪ Adultos > 55kg de peso – dose mínima de 6,0 X 1011 (8-10U de CP unitários ou 1U CP obtidos por aférese). ▪ Pacientes 15-55kg de peso – dose mínima de 3,0 X 1011 (4-6U de CP unitários ou 0,5-1U CP obtidos por aférese). ▪Crianças < 15kg – dose de 5-10mL/kg. - Transfusões profiláticas (contagem desejada superior a 25.000/μl): ▪ Adultos > 55kg de peso – dose mínima de 4,0 X 1011 (6-8U de CP unitários ou 1U CP obtidos por aférese). ▪ Pacientes menores – dose 1U de CP unitários para cada 10kg de peso. O concentrado de plaquetas (CP) pode ser obtido a partir de unidade individual de sangue total ou por aférese, coletadas de doador único. Unidades de CP obtidas de uma unidade de sangue total, tenham sido elas obtidas a partir de PRP ou de buffycoat, são chamadas de unidades (ou concentrados) de plaquetas randômicas; estes CPs contêm aproximadamente 5,5⋅10−10 plaquetas em 50 a 60 mL de plasma. Já as unidades por aférese contêm pelo menos 3⋅10−11 plaquetas em 200 a 300 mL de plasma. A fim de facilitar a administração de CPs randômicos em pacientes adultos, é comum que 5 a 6 bolsas destes CPs sejam agrupadas em uma bolsa única (pool de plaquetas randômicas), que contém contagem plaquetária equivalente a um CP obtido por aférese. Entretanto, é válido destacar que o pool é oriundo de múltiplos doadores, e a aférese provém de uma única pessoa. Atualmente, a única forma de preservar a estrutura e a função plaquetárias é armazenando-as à temperatura ambiente sob agitação contínua. Essa peculiaridade reduz a vida útil dos CPs após a sua obtenção (validade de 5 dias), devido ao risco aumentado de contaminação bacteriana após esse prazo. A manutenção dos estoques de plaquetas é um grande desafio para os bancos de sangue. Indicações e níveis críticos 14 A indicação da transfusão de CP é para reverter um déficit plaquetário, seja este quantitativo ou qualitativo. Para profilaxia de sangramento espontâneo, o gatilho para uso de CP é de contagens menores em torno de 10.000⋅μL−1; entretanto, a coexistência de fatores que favorecem sangramento (inflamação, infecção e febre) pode motivar transfusão de CP com contagens entre 10.000 e 50.000⋅μL−1. Para profilaxia antes de cirurgias e alguns procedimentos invasivos, os valores são variáveis conforme demonstrado na Tabela 36. O uso terapêutico de CP está indicado em pacientes com sangramento ativo e contagem plaquetária menor que 50.000⋅μL−1, ou menor que 100.000⋅μL−1 em pacientes com sangramento no sistema nervoso central ou coagulação intravascular disseminada. A transfusão de CP também está indicada para tratar pacientes com sangramento e contagem plaquetária adequada, mas que apresentem uma disfunção plaquetária previamente conhecida ou em potencial (p. ex., uso de antiplaquetários, circulação extracorpórea, disfunções plaquetárias congênitas). Doses A dose tradicional é de 1 unidade randômica para cada 10 kg de peso, ou 1 pool de plaquetas randômicas ou 1 unidade de plaquetas por aférese. Qualquer dessas três opções fornece ao paciente cerca de 3 a 4⋅10−11 plaquetas. A dose pediátrica é de 5 a 10 mL⋅kg−1. Essas doses descritas resultam em um incremento plaquetário aproximado de 30.000⋅μL−1, com pico em 10 minutos e um declínio ao longo de 72 horas. Em transfusões profiláticas, antes de realizar o procedimento, é prudente checar se a contagem plaquetária desejada foi atingida, o que pode ser feito logo após 10 minutos do término da transfusão. Nas transfusões para tratar sangramentos, o controle da hemorragia é um desfecho mais relevante do que a contagem plaquetária atingida após a transfusão.Objetivo Específico 5- Explicar a indicação do mielograma e os dados evidenciado por este exame relacionados à coagulação; O exame da medula óssea é fundamental para a investigação e diagnostico de doenças de etiologias diversas. Aspirado medular → Exame citológico Biopsia osteomedular → Exame histológico 15 As principais indicações do exame de MO são: • Investigação de anemina inexplicada, índices eritrocitários anormais, outras citopenias ou citoses. • Investigação de alterações na morfologia do sangue periférico sugestivas de doença da medula óssea. • Diagnostico/estadimento/follow-up de doenças hemato-oncológicas. • Suspeita de infiltração por células metastáticas • Lesões osteolíticas de etiologia desconhecida • Organomegálias ou presença de massas inacessíveis à biópsia • Investigação de febre de etiologia desconhecida ou infecções específicas. • Avaliação dos depósitos de ferro • Investigação de doenças de armazenamento • Exclusão de doenças hematológicas em potenciais das dores alogênicos de células hematopoiéticas. Dentre as contra indicações para realizar o exame de MO podemos destacar, trombocitopenia grave, deficiência de factores de coagulação, infecção no local da punção e ACO/ anti – agregantes plaquetários. A interpretação está relacionada: idade do paciente + dados clínicos + Exame físico + Dados do hemograma. Número de células nucleadas na medula óssea do adulto 200.10³ células/l, sendo: 60% linhagem mieloide, 20% linhagem eritróide e 20% linhagem linfocitária. • Aparência da extensão: Presença de grumos // Aspecto gorduroso na cauda da extensão// A extensão está diluída? • Análise do número de células nucleadas: Normocelular//Hipercelular//Hipocelular • Análise da frequência e grau de maturação dos megacariócitos: Observar a frequência de células gordurosas e hematopoiéticas. Válido lembrar que o idoso tem a medula óssea com mais células gordurosas quando comparada a medula de pacientes mais jovens. • Índice de G/E ( Precursores granulocíticos/ Precursores eritróides). • Contar 500 células diferenciando-as em linhagens granulocíticas ou eritróides: A relação G/E normal é de 3 precursores granulocíticos para 1 precursor eritróide • Leucemia mieloide crônica: A relação pode ser maior que 20/1. 16 • Anemia Megaloblástica há hiperplasia da série vermelha com a presença de hematopoese ineficaz, a relação G/E pode estar invertida. • Análise quantitativa (%): Medula óssea normocelular: deve-se contar 500 células nucleadas diferenciando as células uma a uma segundo as séries: eritrocitária, granulocítica, linfo-plasmocitária, monomacrofágica e megacariocítica. • Medula hipercelular = contar pelo menos 1000 células. Objetivo Específico 6- Valorizar a atuação multiprofissional no cuidadoi ntegral de pacientes como o Nicolas, bem como de seus pais. Para um tratamento oncológico bem sucedido, o paciente precisa ser acompanhado não somente por um oncologista, mas sim por toda uma equipe multidisciplinar. O ideal é que nessa equipe estejam incluídos profissionais da Psicologia, Fisioterapia, Farmácia, Odontologia, Enfermagem, Nutrição e Serviço Social. Dessa forma, o paciente pode ser tratado como um todo em vez de focar somente na doença. Além disso, esses cuidados também evitam que outras condições de saúde se instalem, tornando o tratamento oncológico mais complexo. De acordo com a Constituição Brasileira a “saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Ou seja, todas as pessoas brasileiras têm direito a receber do Estado cuidado para a saúde de forma integral. Sendo assim, ter acesso a uma equipe multidisciplinar durante o tratamento é direito de todos. Odontologista na equipe multidisciplinar Wolnei Pereira, coordenador do Comitê de Odontologia da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), explica que a Odontologia busca promover a “adequação da saúde bucal para que o paciente inicie o tratamento antineoplásico sem riscos de interrupção por conta de infecções na cavidade bucal”. Ele conta que a Odontologia é importante em todas as fases do tratamento oncológico. Além da melhora na qualidade de vida, o dentista pode ser o profissional que suspeita de um câncer na cavidade bucal. “O cirurgião dentista pode ser aquele profissional da saúde que fará o primeiro diagnóstico de alguma alteração na cavidade oral suspeita e encaminhará o paciente para 17 exames complementares. Todos sabemos que o diagnóstico precoce é determinante no sucesso do tratamento”, afirma o especialista. No caso de um câncer já diagnosticado, é importante que o paciente também seja encaminhado para um odontologista. Dessa forma, o profissional avaliará todos os dentes em busca de infecções que poderão comprometer o tratamento. Além disso, ele diz que alguns protocolos de quimioterapia e radioterapia, no pescoço e cabeça, podem causar efeitos colaterais bucais. Por exemplo, a mucosite, sangramentos e alterações no paladar. Nesses casos, o cirurgião dentista da equipe multidisciplinar é o responsável por acompanhar e tratar essas condições. Melhorando, assim, a qualidade de vida do paciente. Outra função muito importante é orientar o paciente sobre a importância do autocuidado para manter bons hábitos de higiene bucal. Por exemplo, escovação com escova de cerdas macias e creme dental com flúor; uso de fio dental após as refeições e muita hidratação. Também é recomendado usar creme labial à base de água para evitar o ressecamento dos lábios. “Os efeitos colaterais da quimioterapia não são permanentes nos pacientes. Ou seja, passado os efeitos da medicação, também serão superados os efeitos colaterais”, afirma Wolnei. Fisioterapeuta na equipe multidisciplinar Já a importância da Fisioterapia se dá na prevenção ou tratamento das complicações físicas e funcionais causadas pelo tratamento oncológico. “O tratamento do câncer pode causar diversas alterações físicas, como dor, fraqueza, redução da mobilidade, edema, cansaço. A Fisioterapia utiliza das suas técnicas para melhorar ou minimizar o impacto desses sintomas na qualidade de vida do paciente”, explica Ana Paula Santos, coordenadora do Comitê de Fisioterapia da Abrale. Ela diz que a fisioterapia pode ser iniciada em qualquer fase do tratamento. Inclusive, quanto antes ela for inserida, maiores as chances de um resultado satisfatório “O profissional da Fisioterapia atua desde a atenção primária, como campanhas de conscientização, até o nível terciário, como na reabilitação. Além disso, o fisioterapeuta dentro da Oncologia não tem um papel exclusivo de reabilitador. Cada vez mais sua importância tem sido demonstrada no manejo de sintomas. Fora o acolhimento para conforto e bem-estar do paciente em fase mais avançada da doença ou cuidados paliativos”, ressalta Ana Paula. 18 Antes de começar a terapia, o fisioterapeuta precisa observar algumas particularidades do paciente para definir qual a melhor estratégia. Por exemplo, se há presença de neutropenias, plaquetopenias ou fragilidades ósseas e a condição física em si. Nutricionista na equipe multidisciplinar Os efeitos colaterais também podem afetar a forma com que o paciente se alimenta, sendo necessário acompanhamento nutricional. Camila Farias, nutricionista na BP – A Beneficiência Portuguesa de São Paulo, lembra que esses efeitos podem fazer com que a pessoa sinta muita náusea, vômito, perda de apetite, levando à anorexia e falta de nutrientes, e outros “Isso pode reduzir a capacidade do paciente tolerar o tratamento. Nesse sentido, o acompanhamento nutricional deve fazer parte da terapia oncológica. Já que uma nutrição adequada e individualizadapode ajudar a reduzir os sintomas e complicações durante o tratamento”, explica Camila. De acordo com a especialista, a “assistência alimentar e nutricional personalizada contribui para um melhor controle de sintomas”. Para identificar qual a melhor orientação e conduta nutricional, o profissional analisa o quadro clínico do paciente juntamente com qual fase do tratamento ele está. Assim, é possível saber qual a necessidade metabólica. Ou seja, o quanto de energia e quais tipos de nutrientes aquela pessoa necessita. A partir disso, são escolhidos os alimentos mais adequados para aquele momento. “É muito importante que a nutrição seja baseada em evidências. Sempre aliada ao bom senso, ética e, sobretudo, a prática clínica”, diz a nutricionista. Farmacêutico na equipe multidisciplinar A quimioterapia em si utiliza diversos medicamentos. Além disso, muitas vezes, para controlar e tratar os efeitos colaterais, são necessários mais medicamentos. É aí que entra o papel do farmacêutico. “O farmacêutico é o profissional que avalia as possíveis interações entre os medicamentos quimioterápicos e não quimioterápicos utilizados pelo paciente. Tanto aqueles aplicados no ambulatório ou em internação, como os medicamentos já utilizados de forma contínua”, diz o farmacêutico Guilherme Munhoz. Além de analisar as interações entre os medicamentos, o farmacêutico orienta quanto ao armazenamento; a administração e efeitos colaterais dos remédios que estão sendo utilizados. 19 “O farmacêutico tem o conhecimento técnico sobre a forma de administrar, as principais interações e reações adversas mais conhecidas”, Guilherme diz. Caso o paciente tenha dúvida sobre questões relacionadas ao uso de um medicamento em si, ele pode perguntar tanto para os farmacêuticos quanto para os enfermeiros da equipe. Psicólogo na equipe multidisciplinar A psicóloga Flávia Sayegh, coordenadora do Comitê de Psicologia da Abrale, adiciona que juntamente com esses efeitos físicos, o câncer pode trazer também muitas questões emocionais. “Então, para isso tudo, a pessoa pode contar com um profissional da Psicologia como um espaço para se reorganizar diante de tantas mudanças. Eu acho que no espaço da psicoterapia, a pessoa pode olhar para esses medos, olhar para essa insegurança, esses receios. Isso tudo permite que ela aprenda a lidar com o que está acontecendo”, fala Flávia. Ela ainda considera que é importante que todas as especialidades se conversem para proporem soluções que atendam o paciente na sua totalidade. “Eu vejo ainda um pouco além do multidisciplinar, há a necessidade desse tratamento ser transdisciplinar. Isto é, que essas especialidades se comuniquem, se falem, estejam juntas no cuidado dessa pessoa e não atuando isoladamente”. “A psicologia tem que se integrar e falar com essas outras disciplinas. Isso para o bem-estar do paciente é muito importante. A equipe toda tem que estar falando a mesma linguagem e sabendo o que está acontecendo com o paciente e com a família. É importante que os profissionais se falem, se comuniquem”, considera Flávia. Ter o acompanhamento psicológico faz com que o paciente tenha a tendência a se alimentar muito melhor. Além de aceitar e ter melhor adesão ao tratamento e também a ter um melhor relacionamento com os outros profissionais. Para que isso aconteça, o profissional pensa, junto com o paciente, se ele precisa de uma terapia a longo prazo ou mais pontual. Isso tudo acontece a partir de uma escuta atenta a fim de chegar a melhor maneira de apoiar aquela pessoa. O tipo de atendimento varia muito de paciente para paciente, além também do momento do tratamento no qual ele está. Então, se foi recém-diagnosticado, se está internado, após o tratamento etc. “Vale ressaltar que o psicólogo não prescreve nenhum tratamento medicamentoso. O profissional responsável pelo cuidado emocional que prescreve medicamentos é o psiquiatra, que é formado médico”, explica a especialista. 20 Você tem direito a isso tudo! Como já mencionado, os cuidados multidisciplinares são um direito do paciente oncológico e devem ser fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, não é bem isso que acontece. Ana Paula considera que “ainda existe um número insatisfatório de profissionais especialistas na área e menor ainda o número de contratações públicas para suprir essa demanda de assistência fisioterapêutica ao paciente oncológico”, diz Ana Paula. O mesmo acontece na área da Odontologia, apesar de o Brasil ser o país com o maior número de dentistas por habitantes no mundo. “O número de profissionais da Odontologia que se dedicam ao tratamento das manifestações orais em pacientes oncológicos é insignificante. Principalmente, quando comparados com o total de médicos oncologistas, quimioterapeutas, hematologistas e radioterapeutas. Assim como com a alta incidência dos casos de câncer na nossa população. Além disso, a grande maioria dos hospitais e das clínicas oncológicas não dispõe ou não pratica protocolos adequados de prevenção e tratamento das afecções orais oriundas do tratamento oncológico”, diz Wolnei Pereira. “Daí a importância de organizações como a ABRALE, que buscam o melhor atendimento dos pacientes junto às esferas governamentais, promovendo congressos aos profissionais de saúde, e na orientação e acolhimento dos pacientes”, finaliza. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao fim do fechamento do caso clínico observou-se a importância da realização de uma anamnese minuciosa, além de reconhecimento das diferentes epidemiologias nos casos de leucoses. O diagnóstico dos tipos de leucoses, bem como, suas classificações, manifestações e estadiamento refletem não só o exame laboratorial mas a apresentação do paciente. O estudo hematológico e o entendimento direciona ao tratamento e consequentemente ao prognóstico. Também caracterizamos utilização do hemoconcentrado de plaquetas, o que esclarece a alta demanda de doação de sangue, uma vez que a meia- vida dessas é relativamente baixa. 21 REFERÊNCIAS [1] GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Medicina Interna. 23. ed. Saunders- Elsevier, 2009. [2] Guia para uso de hemocomponentes. Acessado em 22 de Outubro de 2020. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_uso_hemocomponentes.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/Avaliacao_epidemiologica_das_leucemi as_linfoblasticas_em._pa.pdf [3] PATOLOGIA GERAL- Leucemias e linfomas. DB-301, UNIDADE V, FOP/UNICAMP ÁREAS DE SEMIOLOGIA E PATOLOGIA. [4] ZAGO, MA, FALCÃO, RP, PASQUINI, R. Tratado de Hematologia. 1a ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013.
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